Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
M 2019
João Manuel Vale - Toxicidade da Exposição Profissional a Formaldeído e a Xilol nos Laboratórios de Anatomia M.ICBAS 2019
Patológica e Patologia Forense: Utilização de Reagentes Alternativos
Toxicidade da Exposição Profissional a Formaldeído e a Xilol nos Laboratórios de
Anatomia Patológica e Patologia Forense: Utilização de Reagentes Alternativos
João Manuel Vale
Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar
João Manuel Baptista do Vale
Quero agradecer à Prof. Doutora Maria José Pinto da Costa por todo o apoio dado
na execução desta dissertação e por todos os conhecimentos adquiridos ao longo destes
anos. Sem dúvida é a minha maior referência na área das Ciências Forenses.
À Prof. Doutora Catarina Eloy por ser um exemplo profissional a seguir, por todos
os conhecimentos transmitidos na área profissional e pessoal, pelo apoio na execução
deste trabalho e por me ter dado energia para concluí-lo.
Aos meus colegas e amigos de trabalho, por toda a paciência e incentivo diário
para comigo. Aos meus familiares e amigos, por tudo. Não preciso de referir nomes,
todos eles sabem quem são.
Muito obrigado!
iii
Conteúdo sem conflitos de interesse a declarar.
iv
RESUMO
v
TRACT
vi
ABSTRACT
Pathological Anatomy and Forensic Pathology laboratories use various reagents, such as
formaldehyde and xylene, which are a source of occupational chemical risk.
Formaldehyde toxicity is expressed in various ways, such as irritation, neurological
changes, nasal tumors and leukemias. Exposure to xylene may result in nose and throat
irritation, lung problems, cardiovascular effects and central nervous system depression. It
is therefore important to replace these reagents with less harmful ones with similar
technical characteristics. Thus, this review work aimed at demonstrating formaldehyde
and xylene substitute reagents and exposing the physicochemical properties, advantages
and disadvantages of these alternative reagents and whether there is potential for their
practical application. FineFIX®, RCL2® and Glyoxal are examples of formaldehyde
substitute reagents that have good results in preserving tissue morphology and tissue
molecular integrity. Isopropanol, MileGREEN®, Ottix Plus® and SBO® are examples of
xylene substitute reagents with good deparaffinization and diaphanization results. All
reviewed formaldehyde substitutes have good results, and it is not possible to choose an
alternative fixator with full conviction compared to formaldehyde. Ottix Plus® can be an
integral substitute for xylene as it can be used at all stages in the laboratory routine.
Regardless of the reagent replaced, the validation and feasibility of substitute application
must always be performed and experimental tests performed to assess potential
implementation in the laboratory routine.
vii
viii
ÍNDICE
1 – INTRODUÇÃO 2
1.3.1 – Autópsia 8
1.3.3 – Macroscopia 9
1.3.7 – Citopatologia 13
3 – SUBSTITUTOS DO FORMALDEÍDO 31
3.1 – FineFIX® 31
3.2 – RCL2® 32
3.3 – Glioxal 33
4 – SUBSTITUTOS DO XILOL 35
4.1 – Isopropanol 36
4.2 – MileGREEN® 37
4.4 – SBO® 38
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 42
ix
ÍNDICE DE FÍGURAS
x
ÍNDICE DE TABELAS
xi
Conteúdo sem conflitos de interesse a declarar.
INTRODUÇÃO
1 – INTRODUÇÃO
2
1.2 – Qualidade do ar interior
Para além dos edifícios se tornarem cada vez mais fechados, o grau de
automatização também aumentou. A sua dependência de controlos computadorizados
(sistemas forçados de ventilação, sistemas de ar condicionado, entre outros) foi
crescendo (9). Diminuições nos gastos energéticos foram possíveis pela implementação
de computadores para controlar a variação das quantidades de ar introduzidas no
edifício, baseadas somente em requisitos de carga térmica nos espaços ocupados. O
único critério usado, no que diz respeito ao ar interior, foi a temperatura e a humidade.
Paralelamente, outros parâmetros envolvendo a qualidade do ar interior foram ignorados
(8-10).
Se, por um lado, houve um cuidado acrescido com a economia energética, por
outro, a qualidade do ar interior foi deixada para segundo plano. Avanços nos sistemas
automatizados provocaram uma redução drástica nas perdas de energia nos últimos
trinta anos e as taxas de infiltração de ar decresceram (9). Como resultado deste
acontecimento, as concentrações médias dos diversos poluentes no ar interno
aumentaram consideravelmente (7).
3
Segundo alguns autores, a incidência de poluentes no ar em ambientes fechados
é frequentemente superior à do exterior (11-13).
4
significativamente positivo na produtividade (16,18).
Como verificado, a estrutura dos edifícios pode ser uma fonte de contaminação
com extrema relevância no que toca à qualidade do ar e à saúde dos ocupantes. Esta
situação torna-se ainda mais problemática quando, em contexto ocupacional, se
manipulam reagentes químicos, biológicos e radioativos.
5
1.3 – Orgânica dos Laboratórios de Anatomia Patológica e Patologia Forense
6
7
Figura 1 – Esquema geral organizacional de um Laboratório de Anatomia Patológica e sua relação com as diferentes valências.
1.3.1 – Autópsia
A fixação tem como objetivo a preservação das células e tecidos o mais próximo
possível do seu estado in vivo, evitando a degradação dos componentes tecidulares,
incluindo proteínas, péptidos, ácido ribonucleico mensageiro (mRNA), ácido
desoxirribonucleico (DNA) e lípidos (32). Este processo impede também a destruição de
estruturas macromoleculares, como membranas citoplasmáticas, retículo endoplasmático
liso, retículo endoplasmático rugoso, membranas nucleares, lisossomas e mitocôndrias
(32,33).
8
anatomopatológico tornar-se-á ineficaz e praticamente inútil. Por isso, é fundamental a
fixação de todos os produtos histológicos, independentemente da sua proveniência
(autópsia ou pequena e grande cirurgia) (33).
1.3.3 – Macroscopia
9
descrição e identificação de tecidos ou órgãos removidos cirurgicamente ou provenientes
de autópsias, associando as suas características macroscópicas a determinadas
patologias. Os fragmentos histológicos representativos resultantes deste procedimento
são fundamentais para estabelecer um diagnóstico (clínico ou mecanismo de causa de
morte) e podem determinar o prognóstico e decisões terapêuticas (40).
Figura 2 – Retalho de pele com lesão irregular Figura 3 – Colheita de fragmentos referentes à
de cor acastanhada. amostra histológica representada na Figura 2.
(Imagem obtida em: Bancroft JD, Suvarna SK, Layton C. Bancroft's (Imagem obtida em: Bancroft JD, Suvarna SK, Layton C. Bancroft's
Theory and Practice of Histological Techniques. 7th ed. Churchill Theory and Practice of Histological Techniques. 7th ed. Churchill
Livingstone, Elsevier: 2013. p.98) Livingstone, Elsevier: 2013. p.98)
10
1.3.4 – Processamento de tecidos
11
amolecida. Por outro lado, os fragmentos submetidos demasiado tempo em banhos de
parafina apresentam uma redução significativa do tamanho e quebradiços, dificultando a
fase de inclusão e corte (45,46,48).
12
A hematoxilina é um corante básico catiónico, derivado da hemateína (45,52,53).
Este reagente não possui por si só propriedades corantes até a hemateína ser oxidada e
combinada com um mordente (45). A hematoxilina cora a cromatina e outros
componentes celulares ácidos, como os ribossomas e o retículo endoplasmático rugoso.
Tecidos bem processados e corados demonstram núcleos vesiculares, exibem uma
membrana nuclear corada de azul e cromatina bem definida. Um bom detalhe
intranuclear possibilita observar e avaliar padrões característicos e variados de
condensação da cromatina o que permite caracterizar o tipo celular e eventual
associação a um tipo de patologia (45,52,53).
1.3.7 – Citopatologia
Diversas vezes a amostra citológica é envolvida em gel sintético para passar a ser
13
Figura 4 – Exemplo de um protocolo da coloração de
Hematoxilina e Eosina, demonstrando os reagentes
químicos necessários para a sua execução.
14
tratada como um exame histológico – técnica denominada por citobloco – passando por
todo o procedimento técnico histológico, a partir do processamento histológico (59).
15
1.4 – Gestão do risco químico em Anatomia Patológica
___________________________________________________
(a) Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que regulamenta o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, nos termos do
artigo 284.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro (alterado pela Lei n.º 42/2012, de 28 de agosto).
(b) Decreto-Lei n.º 88/2015, de 28 de maio, que altera o Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho, que estabelece as prescrições mínimas para
a sinalização de segurança e de saúde no trabalho, alterado pela Lei n.º 113/99, de 3 de agosto; a Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que
aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, alterada pelas Leis n.os 42/2012, de 28 de agosto, e 3/2014, de 28
de janeiro; o Decreto -Lei n.º 24/2012, de 6 de fevereiro, que consolida as prescrições mínimas em matéria de proteção dos trabalhadores
contra os riscos para a segurança e a saúde devido à exposição a agentes químicos no trabalho e transpõe a Diretiva n.º 2009/161/UE, da
Comissão, de 17 de dezembro de 2009; e o Decreto-Lei n.º 301/2000, de 18 de novembro, que regula a proteção dos trabalhadores contra os
riscos ligados à exposição a agentes cancerígenos ou mutagénicos durante o trabalho.
(c) Decreto-Lei n.º 106/2017, de 29 de agosto, regula a recolha, publicação e divulgação da informação estatística oficial sobre acidentes de
trabalho.
(d) Lei n.º 113/99, de 3 de agosto, que desenvolve e concretiza o regime geral das contraordenações laborais, através da tipificação e
classificação das contraordenações correspondentes à violação da legislação específica de segurança, higiene e saúde no trabalho em
certos sectores de atividades ou a determinados riscos profissionais.
(e) Decreto-Lei n.º 24/2012, de 6 de fevereiro, que consolida as prescrições mínimas em matéria de proteção dos trabalhadores contra os
riscos para a segurança e a saúde devido à exposição a agentes químicos no trabalho e transpõe a Diretiva 2009/161/UE, da Comissão, de
17 de dezembro de 2009.
(f) Decreto-Lei n.º 41/2018, de 11 de junho, que procede à segunda alteração ao Decreto -Lei n.º 24/2012, de 6 de fevereiro, alterado pelo
Decreto -Lei n.º 88/2015, de 28 de maio, transpondo a Diretiva (UE) 2017/164 da Comissão, de 31 de janeiro de 2017, que estabelece uma
quarta lista de valores -limite de exposição profissional indicativos nos termos da Diretiva 98/24/CE do Conselho, e que altera as Diretivas
91/322/CEE, 2000/39/CE e 2009/161/CE.
(g) Decreto-Lei n.º 301/2000, de 18 de novembro, regula a proteção dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes
cancerígenos ou mutagénicos durante o trabalho.
(h) Decreto-Lei n.º 84/97, de 16 de abril, que transpõe para a ordem jurídica interna as Diretivas do Conselho 90/679/CEE, de 26 de
novembro, e 93/88/CEE, de 12 de Outubro, e a Diretiva 95/30/CE, da Comissão, de 30 de junho, relativas à proteção da segurança e saúde
dos trabalhadores contra os riscos resultantes da exposição a agentes biológicos durante o trabalho.
(i) Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho, que estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de segurança e de saúde no trabalho.
16
Para cumprir a legislação e manter as normas e acreditações, um laboratório deve
apresentar uma política eficaz de gestão de riscos. De forma a minimizar ou extinguir a
ocorrência de acidentes deve-se identificar todos os riscos existentes; avaliar a
probabilidade e gravidade desses riscos; eliminar os riscos elimináveis; e reduzir o efeito
dos riscos que não podem ser eliminados (64).
17
gravidade dos mesmos. Ao classificar os riscos quanto à sua probabilidade e gravidade,
é possível usar uma matriz como uma ferramenta que valoriza riscos específicos. Os
incidentes e acidentes, por menos relevantes que possam parecer, devem ser registados
para que essas informações sejam trabalhadas e aplicadas melhorias (63).
18
maior ampliação. Como exemplo, para diminuir a exposição ao formaldeído na receção
das amostras, adaptou-se, em alguns laboratórios, o local de receção e registo
informático das mesmas com um sistema de exaustão (acoplada a utilização de
máscaras individuais próprias) (61-64). O mesmo acontece com o transporte das
cassetes com os fragmentos recolhidos após a macroscopia para o processador de
tecidos que é feito em caixa fechada e, no local do equipamento, adaptou-se um sistema
de exaustão idêntico à da receção (64).
19
1.5 – Toxicidade do formaldeído
O formaldeído tem a forma molecular CH2O, sendo um dos aldeídos mais simples
(Figura 5), encontrando-se em condições ambientais normais no estado gasoso (65,66).
É solúvel em água, acromático e exibe um odor picante e bastante singular sendo, no
estado gasoso, inflamável e explosivo. A sua grande reatividade advém da presença de
uma ligação dupla polarizada entre o átomo de carbono e o átomo de oxigénio, enquanto
a alta pressão de vapor explica a sua elevada volatilidade (Tabela 1) (66).
20
o dia, o tempo de semi-vida do formaldeído é sensivelmente de 50 minutos, diminuindo
para 35 minutos na presença de dióxido de azoto no ar (66).
21
com este reagente é um processo químico demorado e que ocorre através da sua reação
com os grupos reativos das proteínas que leva à formação de pontes metilénicas entre as
moléculas do tecido (73). A rede proteica formada evita a difusão de moléculas, tornando-
as insolúveis. É um fixador economicamente acessível e bastante eficaz sendo há muitos
anos o eleito para aplicação na rotina em Anatomia Patológica. Apresenta propriedades
desinfetantes e não provoca o endurecimento excessivo dos tecidos, tornando-o um
excelente meio para preservar e armazenar tecidos e órgãos humanos e animais (72,73).
22
à cisteína para formar tiazolidina-4-carboxilato e ligar-se também à ureia para originar
adutos hidroximetil. Pode ainda reagir com macromoléculas como o DNA, RNA e
complexos proteicos para formar adutos reversíveis ou irreversíveis. Há uma panóplia de
enzimas envolvidas no processo de oxidação do formaldeído, designadamente a
desidrogenase do formaldeído (ADH3), o aldeído desidrogenase, a S-formilglutationa
hidrolase, a glioxalase e a catalase (65,71,78)
23
A toxicidade do formaldeído exprime-se de diversas formas, desde simples
irritações das mucosas, como epífora e prurido, até danos graves, como alterações
neurológicas irreversíveis e tumores nasais, levando à incapacidade ou à morte do
indivíduo exposto (81,82). Na generalidade, os efeitos agudos principais provocados pela
exposição ao formaldeído são da origem das suas características irritantes. A expressão
da toxicidade depende da dose (concentração e tempo de exposição) e das regiões
anatómicas onde ocorre a absorção (77,78,83). A sintomatologia mais facilmente
detetável provocada pela exposição a formaldeído é a ação irritante, temporária e
reversível sobre as mucosas oculares e do trato respiratório superior (nasofaringe e
orofaringe), para exposições frequentes e superiores a 1ppm. Doses mais elevadas são
citotóxicas conduzindo à degenerescência e necrose das mucosas e epitélios. A
perceção olfativa varia de pessoa para pessoa, mas a sua deteção ronda em média entre
os 0,1 e os 0,3ppm no ar envolvente (69,71-73,80).
24
tecidos, como hiperplasia, metaplasia e displasia, na cavidade nasal a concentrações a
partir de 2ppm. Concentrações de formaldeído superiores a 15ppm, o índice de
proliferação celular aumentou 8 a 13 vezes em ratos, em 18 horas, após um período
único de inalação de 6 horas. Depois de uma exposição de curta duração, durante 5 dias
sucessivos, a uma concentração superior, o índice aumentou entre 13 e 23 vezes (78,87-
100). Para além das suas propriedades mutagénicas, em 2006 o formaldeído foi
categorizado como carcinogénico, com base em diversos estudos em profissionais
ligados ao uso desta substância química que apresentavam tumores nasofaríngeos
(101,102). Os mecanismos de carcinogenicidade ainda não estão bem elucidados, no
entanto a proliferação celular associada à utilização do formaldeído torna um fator
importante no desenvolvimento neoplásico (101-105). Alguns estudos mencionam ainda
outras neoplasias com possível relação com a exposição a formaldeído, nomeadamente
cancro biliar, cancro do canal hepático, cancro linfático e hematopoiético. Foram também
descritos alguns registos pontuais de leucemia, cancro do pâncreas e do cólon, mieloma
múltiplo, linfoma de Hodgkin e melanoma do globo ocular (105-108).
Existem cada vez mais provas científicas sobre as consequências na saúde dos
trabalhadores que manipulam formaldeído, facto que tem levado a uma revisão dos
valores limite recomendados da sua exposição (100-108). Em 2017 a American
Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) atualizou os valores,
registando um valor limite de 0,1ppm para exposições de 8 horas diárias e 0,3ppm para
exposições de curta duração (15 minutos, no máximo) (73).
25
1.6 – Toxicidade do xilol
26
para produzir ácido metil-hipúrico, que é excretado na urina. Grande parte do xileno que
entra no organismo é exteriorizado após 18 horas da exposição. Após exposição
prolongada, especialmente em ambientes ocupacionais, há forte probabilidade de
acumulação do xilol principalmente no tecido adiposo e muscular (111,112).
27
Tabela 3 – Sintomatologia dos diversos sistemas do organismo associada relacionada com a dose e
o tempo de exposição ao xileno. (Adaptação: Rajan ST, Malathi N. Health Hazards of Xylene: A
Literature Review. Journal of Clinical and Diagnostic Research. 2014;8(2):271-4).
OBJETIVOS
28
2 – JUSTIFICAÇÃO DO TEMA E OBJETIVOS
Desta forma, este trabalho de revisão bibliográfica teve como principal objetivo a
demostração de reagentes substitutos do formaldeído e xilol com potencial utilização nos
laboratórios de Anatomia Patológica e Patologia Forense. Pretendeu-se, como objetivos
específicos, expor as propriedades físico-químicas, vantagens e desvantagens destes
reagentes alternativos e se há potencialidades da sua aplicação prática.
29
Tabela 4 – Aplicações práticas do formaldeído e do xilol nas diferentes valências da Anatomia
Patológica.
Fixação no processamento
Histopatologia histológico
Preservação, através da
fixação prévia dos tecidos
Biologia Molecular (relação biológicos, do DNA, RNA e
indireta) outras estruturas celulares
importantes para
diagnóstico molecular
Agente diafanizador no
processamento de tecidos
Agente desparafinador de
cortes histológicos para
colorações (Hematoxilina-
Histopatologia Eosina e histoquímica)
Agente de limpeza de
equipamentos
Agente diafanizador em
Citopatologia
colorações
30
3 – SUBSTITUTOS DO FORMALDEÍDO
3.1 – FineFIX®
31
O FineFIX®, contrariamente ao formaldeído, atua precipitando e reduzindo a
solubilidade das moléculas proteicas dos tecidos e, frequentemente, interrompe as
interações hidrofóbicas que normalmente resultam na estrutura terciária das proteínas.
(125).
Num outro estudo realizado por Zenini, et al. verificou-se que a utilização deste
reagente químico provoca um endurecimento dos fragmentos biológicos após o
processamento histológico dificultando, consequentemente, as etapas de inclusão em
parafina e o corte histológico. A base em etanol do FineFIX® contribui para um índice de
rigidez tecidular maior, sendo necessário ocorrer modificações no processamento de
tecidos uma vez que este procedimento compreende uma etapa de desidratação,
igualmente à base em etanol, levando a uma maior rigidez do que o habitual (127).
3.2 – RCL2®
32
histomorfológico e permite a integridade dos ácidos nucleicos (132).
3.3 – Glioxal
33
nas regiões celulares originais (137).
DO XILOL
34
4 – SUBSTITUTOS DO XILOL
Sendo o xilol miscível com parafina, este também é utilizado como agente
desparafinador em cortes histológicos parafinados para se proceder a diversas
colorações (138). No final das colorações é necessário diafanizar os cortes para, após a
desidratação dos cortes histológicos com etanol, ocorrer a substituição do meio
desidratante e permitir a montagem com lamela através da miscibilidade do xilol e o meio
de montagem. Desta forma, torna-se difícil encontrar um substituto com estas
características e com reduzidas propriedades toxicológicas (140).
35
sistemas de alerta automáticos para a troca de reagentes fornecendo mecanismos de
troca que reduzem ainda mais a exposição aos agentes químicos (142-145).
4.1 – Isopropanol
36
como perda de afinidade por alguns corantes ou perda de imunoreatividade por diversos
soros imunológicos (158-160). O aquecimento de reagentes utilizados na fixação e
processamento de tecidos, como o isopropanol, pode levar à perda de componentes
voláteis e à alteração, precipitação e decomposição de reagentes termoinstáveis. A perda
de componentes voláteis deve-se à evaporação ou ebulição destes reagentes
(154,155,158-160).
4.2 – MileGREEN®
37
4.4 – SBO®
FINAIS
38
5 – DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
39
complexo. A fixação é um processo pré-analítico, sendo efetuada antes de qualquer
produto histológico ser entregue num serviço de Anatomia Patológica. Os departamentos
clínicos são os responsáveis primordiais pelo acondicionamento do material histológico
que recolhem nos pacientes, colocando os produtos biológicos em fixador. A
implementação de um novo fixador tornar-se-á numa difícil organização logística que
poderá levar a um grande intervalo de tempo de adaptação, sendo crucial a
sensibilização clínica para proteção das próprias equipas e dos próprios doentes. Muitos
profissionais fora dos laboratórios não têm conhecimento da toxicidade do formaldeído e
se não forem devidamente alertados podem desvalorizar a importância da substituição
deste fixador. A implementação de um substituto torna-se mais facilitada quando são os
laboratórios de Anatomia Patológica a fornecer o fixador às entidades clínicas. Quando
são os hospitais e as clínicas a adquirirem o agente fixador torna-se ainda mais difícil
esta implementação devido aos custos da compra de reagentes alternativos. O
formaldeído é um químico relativamente barato comparativamente aos potenciais
substitutos (118,119). Por sua vez, a utilização de reagentes alternativos de fixação nos
laboratórios de Patologia Forense deverá ser menos complexa porque o circuito de
movimentação do material histológico é restrito aos Institutos de Medicina Legal e
Ciências Forense e Gabinetes Médico-Legais, podendo ser a sua implementação mais
facilitada. Relativamente à utilização do formaldeído na rotina dos laboratórios de
Anatomia Patológica e Patologia Forense, não existem estudos que provem que a
aplicação de um fixador alternativo no processamento de tecidos em amostras
previamente fixadas em formaldeído tenha bons resultados e sem interferências nas
técnicas subsequentes. Da mesma forma, não há qualquer prova científica da aplicação
de substitutos do formaldeído que possam ter resultados satisfatórios em técnicas
histoquímicas, como a reticulina, que utilizam esta substância química como agente
redutor.
40
Independentemente do reagente substituído, é necessário que seja sempre
executada a validação e viabilidade da aplicação dos substitutos nos laboratórios de
Anatomia Patológica e Patologia Forense, isto é, realizar testes experimentais para
avaliar a potencial implementação na rotina laboratorial. A realidade da orgânica de cada
laboratório é diferente de serviço para serviço e a subjetividade da avaliação
anatomopatológica do suporte bibliográfico encontrado pode ser uma limitação neste tipo
de investigações.
BIBLIOGRÁFICAS
41
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4. Rajamanickam R, Nagan S. Assessment of Air Quality Index for Cities and Major
Towns in Tamil Nadu. Journal of Civil and Environmental Engineering. 2018;8(2):
2165-784
7. Brown NJ. Indoor air quality. Ithaca, NY: Cornell University, Workplace Health and
Safety Program. 2019
9. Bishoi B, Prakash A, Jain VK. A Comparative Study of Air Quality Index Based on
Factor Analysis and US-EPA Methods for an Urban Environment. Aerosol and Air
Quality Research. 2007;9(1):1-17
10. Srinivas J, Purushotham AV. Determination of Air Quality Index Status in Industrial
areas of Visakhapatnam. Research Journal of Engineering Sciences.
2013;2(6):13-24
11. Schirmer WN, Pian, LB, Szymanski MS, Gauer MA. Air pollution in internal
environments and sick building syndrome. Ciência e Saúde Coletiva. 2008;3583-
90
42
INDEX project: executive summary of a European union project on indoor air
pollutats. Allergy. 2008;63:810-9
13. Sundell J, Levin H, Nazaroff WW, Cain W, Fisk WJ, Grimsrud DT. Ventilation rates
and health: multidisciplinary review of the scientific literature. Indoor Air.
2011;21(3):191-204
14. Sundell J. On the history of indoor air quality and health. Indoor Air. 2004;14(2):
51-8
15. Mendes AC. Indoor Air Quality in Hospital Environments. 20th Congress of IFHE,
XXVI Seminario de IH, Congresso Nacional. Barcelona. 2008;1-8
18. Quadros ME, Lisboa HD, Oliveira VL, Schirmer WN. Qualidade do ar interno em
ambientes hospitalares. Rev. Tecnológica. 2009;30:38-52
19. Costa RFW, Rodrigues MA, Rosa TDC, Silva LL, Garcia HG, Melo JS, Souza MP.
A qualidade do ar em ambientes comerciais fechados: prevenindo patologias
associadas à permanência diária em espaços com climatização artificial. Revista
Científica Doctum: Multidisciplinar. 2019
20. Lu CY, Tsai MC, Muo CH, Kuo YH, Sung FC, Wu CC. Personal, Psychosocial and
Environmental Factors Related to Sick Building Syndrome in Official Employees of
Taiwan. International Journal of Environmental Research and Public Health. 2018;
15(1):7-16
24. Ambu S, Chu WL, Mak JW, Wong SF, Chan LL, Wong ST. Environmental Health
and Building Related Illnesses. International e-Journal of Science, Medicine e
Education. 2008;2:11-8
43
25. Cedeño-Laurent JG, Williams A, MacNaughton P, Cao X, Eitland E, Spengler J,
Allen J. Building Evidence for Health: Green Buildings, Current Science, and
Future Challenges. Annual Review of Public Health. 2018;39:291-308
30. Amat JHM. Autopsy as strength of the Cuban health care system. Revista Cubana
de Salud Pública. 2016;42(2):321-31
31. Calabuig G. Medicina Legal y Toxicología. 7.ª ed. Elsevier: 2019. p.3-5
32. Lester SC. Manual of surgical pathology. 3rd ed. Saunders/Elsevier: 2010. p.592
33. Howat WJ, Wilson BA. Tissue fixation and the effect of molecular fixatives on
downstream staining procedures. Elsevier. 2014;70(1):12-9
34. Bancroft JD, Suvarna SK, Layton C. Bancroft's Theory and Practice of Histological
Techniques. 7th ed. Churchill Livingstone, Elsevier: 2013. p.69-71
36. Kiernan JA. Histological and Histochemical Methods: Theory and Practice. 4th ed.
Oxfordshire: Scion Publications; 2008. p.24-8
37. Alves MTS, Roman LCM. Study of the effect of different fixation times in formalin
and methods of antigen retrieval in immunohistochemistry. Jornal Brasileiro de
Patologia e Medicina Laboratorial. 2005;41(1):43-9
44
38. Vollert CT, Moree WJ, Gregory S, Bark SJ, Eriksen JL. Formaldehyde scavengers
function as novel antigen retrieval agents. Nature, Scientific Reports. 2015
39. Zupančič D, Terčelj M, Štrus B, Veranič P. How to obtain good morphology and
antigen detection in the same tissue section? Protoplasma. 2017;254:1931-9
40. Bancroft JD, Suvarna SK, Layton C. Bancroft's Theory and Practice of Histological
Techniques. 7th ed. Churchill Livingstone, Elsevier: 2013. p.94-103
43. Kiernan JA. Histological and Histochemical Methods: Theory and Practice. 4th ed.
Oxfordshire: Scion Publications; 2008. p.52-61
44. Bancroft JD, Suvarna SK, Layton C. Bancroft's Theory and Practice of Histological
Techniques. 7th ed. Churchill Livingstone, Elsevier: 2013. p.139-55
45. Feldman AT, Wolfe D. Tissue Processing and Hematoxylin and Eosin Staining.
Springer Link. 2014
46. Metgud R, Astekar MS, Soni A, Naik S, Vanishree M. Conventional xylene and
xylene-free methods for routine histopathological preparation of tissue sections.
Journal Biotechnic and Histochemistry. 2013;88(5):234-41
48. Buesa RJ, Peshkov MV. Histology without xylene. Annals Diagnostic Pathology.
2009;13(4):246-56
50. Grizzle WE. Fixation and tissue processing models. Biotech Histochem.
2009;84(5):185–93
51. Chan JKC. The Wonderful Colors of the Hematoxylin–Eosin Stain in Diagnostic
Surgical Pathology. International Journal of Surgical Pathology. 2014;22(1):12-32
45
34
54. Albanna MZ, Holmes JH. Skin Tissue Engineering and Regenerative Medicine.
Academy Press is an imprint of Elsevier: 2016. p.50-2
55. Cardiff RD, Miller CH, Munn RJ. Manual Hematoxylin and Eosin Staining of Mouse
Tissue Sections. Cold Spring Harbor Protocols. 2014
56. Vilaça FA, Siqueira AC, Frenedozo RC. O ensino de citopatologia no contexto
universitário: um olhar para a produção/ publicação académica e sua
empregabilidade como ação prática de ensino. Revista de Ensino de Ciências e
Matemática. 2019;10(3):168-87
57. Chantziantoniou N, Donnelly AD, Mukherjee M, Boon ME, Austin RM. Inception
and Development of the Papanicolaou Stain Method. Acta Cytologica.
2017;64(4):266-80
58. Lad DL, Lad LKV, Jhala NC, Toha A. EUS-Guided FNA Biopsy of Solid Pancreatic
Lesions: A Review of 111 Cases and Comparative Study of Diff-Quik/PAP/Thin
Prep Staining Techniques. Journal of Global Oncology. 2018
60. Kiernan JA. Histological and Histochemical Methods: Theory and Practice. 4th ed.
Oxfordshire: Scion Publications; 2008. p.141-533
63. Bancroft JD, Suvarna SK, Layton C. Bancroft's Theory and Practice of Histological
Techniques. 7th ed. Churchill Livingstone, Elsevier: 2013. p.1-4
46
65. Schulte HVA, Bernauer U, Madle S, Mielke H, Herbst U, Reichhelm HBR, Appel
KE, Remy UG. Assessment of the Carcinogenicity of Formaldehyde.
Bundesinstitut für Risikobewertung (BfR). 2006
66. Naya M, Nakanishi J. Risk assessment of formaldehyde for the general population
in Japan. Regulatory Toxicology and Pharmacology. 2005;43(3):232-48
67. Carvalho LVB, Amaral ICC, Mattos RCOC, Larentis AL. Occupational exposure to
chemicals, socioeconomic factors and Occupational Health: an integrated vision.
SciELO Public Health. 2017;41(3):31
69. Cruz C, Fujimoto RY, Luz RK, Portella MC, Martins ML. Toxicidade aguda e
histopatologia do fígado de larvas de trairão (Hoplias lacerdae) expostas à
solução aquosa de formaldeído a 10%. Pesticidas: Revista de Ecotoxicologia e
Meio Ambiente. 2005;15:21-8
70. Wilbourn J, Heseltine E, Moller H. IARC evaluates wood dust and formaldehyde.
Scandinavian Journal of Work, Environment and Health. 1995;21(3):229-32
71. Andrae U, Burge S, Chhabra RS, Cocker J, Coggon David, Demers PA, Faustman
EM, Feron V, Gérin M. IARC Working Group on the Evaluation of Evaluation of
Carcinogenic Risks to Human: FORMALDEHYDE, 2-BUTOXYETHANOL and 1-
tert-BUTOXYPROPAN-2-OL. World Health Organization International Agency for
Research on Cancer. 2006
72. Vieira IIF, Dantas BPA, Ferreira FCM, Carvalho RBAC, Freire IB, Neto EJS.
Efeitos da utilização do formaldeído em laboratórios de anatomia. Revista de
Ciências da Saúde Nova Esperança. 2013;11(1):97-105
73. Pires AF, Pais A, Faria T, Silva S, Pinhal H, Nogueira A. Exposição profissional a
formaldeído em laboratórios de anatomia patológica. Instituto Nacional de Saúde
Doutor Ricardo Jorge, Boletim Epidemiológico. 2019;10:48-51
74. Arundel AV, Sterling EM, Biggin JH. Indirect health effects of relative humidity in
indoor environments. Environmental Health Perspectives. 1986;65:351-61
75. Lee SC; Guo H, Li WM. Inter-comparison of air pollutant concentrations in different
indoor environments in Hong Kong. Atmospheric Environment. 2002;36(12):1929-
40
76. Gilbert N. Proposed residential indoor air quality guidelines for formaldehyde. U.S.
Department of Energy Office of Scientific and Technical Information. 2005
47
77. Avila EHI, López JAV, Cañas RV. La exposición ocupacional al formol y la nueva
tabla de enfermedades laborales. Journal of Public Health. 2017;19(3):382-5
79. Herber R, Duffus JH, Christensen JM. Risk assessment for occupational exposure
to chemicals: a review of current methodology. Pure Applied Chemistry.
2001;73(6):993-1031
80. Teng S, Beard K, Pourahmad J, Moridani M, Easson E, Poon R, O'Brien PJ. The
formaldehyde metabolic detoxification enzyme systems and molecular cytotoxic
mechanism in isolated rat hepatocytes. Chemico-Biological Interactions.
2001;130:285-96
81. Hansen J, Olsen JH. Occupational exposure to formaldehyde and risk of cancer.
Ugeskrift for Laeger. 1996;158(29):4191-4
82. Marsh GM, Stone RA, Esmen NA, Henderson VL, Lee KY. Mortality among
chemical workers in a factory where formaldehyde was used. Occupational and
Environmental Medicine.1996;53:613-27
84. Hilton J, Dearman RJ, Basketter DA. Experimental assessment of the sensitizing
properties of formaldehyde. Food and Chemical Toxicology. 1996;34(6):571-8
85. Taskiken HK, Kyyronen P, Sallmén M. Reduced fertility among female wood
workers exposed to formaldehyde. American Journal of Industrial Medicine.
1999;36(1):206-12
86. Collins JJ, Ness R, Tyl RW. A review of adverse pregnancy outcomes and
formaldehyde exposure in human and animal studies. Regulatory Toxicology and
Pharmacology. 2001;34(1):17-34
88. Thrasher JD, Kilburn KH. Embryo toxicity and teratogenicity of formaldehyde.
Archives of Environmental Health. 2001;56(4):300-11
89. Casanova M, Deyo DF, Heach, DAH. Covalent binding of inhaled formaldehyde to
48
DNA in the nasal mucosa of Fischer 344 rats: analysis of formaldehyde and DNA
by highperformance liquid chromatography and provisional pharmacokinetic
interpretation. Fundamental and Applied Toxicology. 1989;12(3): 397-417
92. Yager JW, Cohn KL, Spear RC. Sister-chromatid exchanges in lymphocytes of
anatomy students exposed to formaldehyde-embalming solution. Mutation
Research. 1986;174(2):135-9
94. Costa S, Coelho P, Costa C, Silva S, Mayan O, Santos LS, Gaspar J, Teixeira JP.
Genotoxic damage in pathology anatomy laboratory workers exposed to
formaldehyde. Toxicology. 2008;252(2):40-8
97. Costa S, Carvalho S, Costa C, Coelho P, Silva S, Santos LS, Gaspar JF, Porto B,
Laffon B, Teixeira JP. Increased levels of chromosomal aberrations and DNA
damage in a group of workers exposed to formaldehyde. Mutagenesis.
2015;30(4):463-73
49
formaldehyde. Scandinavian Journal of Work, Environment and Health.
2013;39(6):618-30
99. Silveira MAD, Kazanovski M, Ribeiro DL, Cecchinato CN, d'Arce LPG.
Formaldehyde exposure in medical students: a short period of contact causes
DNA damage and instability. International Multispecialty Journal of Health.
2016;2(9):1-7
100. Shi L, Wang Y, Xu L, Liu Yan, Yao D, Li X, Jia Y. Indoor Air Quality Real-Time
Monitoring Results of Pathology Department. Journal of Environmental Protection.
2015;6:851-6
101. Hauptmann M, Lubin JH, Stewart PA. Mortality from solid cancers among workers
in formaldehyde industries. American Journal of Epidemiology.
2004;159(12):1117-30
102. Miller FJ, Connolly RB, Kimbell JS. An updated analysis of respiratory tract cells at
risk for formaldehyde carcinogenesis. Journal Inhalation Toxicology.
2017;29(12):586-97
104. Miller FJ, Connolly RB, Kimbell JS. An updated analysis of respiratory tract cells at
risk for formaldehyde carcinogenesis. Journal Inhalation Toxicology.
2017;29(12):586-97
105. Möhner M, Liu Y, Marsh GM. New insights into the mortality risk from
nasopharyngeal cancer in the national cancer institute formaldehyde worker cohort
study. Journal of Occupational Medicine and Toxicology. 2019;14(4):1-4
107. Collins JJ, Lineker GA. A review and meta-analysis of formaldehyde exposure and
leukemia. Regulatory Toxicology and Pharmacology. 2004;40(2)81-91
109. Fay M, Eisenmann C, Diwan S. Toxicological Profile for Xylene. U.S. department
of Health and Human Services, Public Health Service, Agency for Toxic Substance
50
and Disease Registry. 1995
110. Jacobson GA, McLean S. Biological monitoring of low level occupational xylene
exposure and the role of recent exposure. Annals of Occupational Hygiene.
2003;47(4):331-6
113. Nelson KW, Ege JF, Ross M. Sensory response to certain industrial solvent
vapors. The Journal of industrial hygiene and toxicology. 1943;25:282-85
114. Morley R, Eccleston DW, Douglas CP, Greville WE, Scott DJ, Anderson J. Xylene
poisoning: a report on one fatal case and two cases of recovery after prolonged
unconsciousness. British Medical Journal. 1970;3(5720):442-3
115. Uchida Y, Nakatsuka H, Ukai H, Watanabe T, Liu YT, Huang MY, Wang YL, Zhu
FZ, Yin H, Ikeda M. Symptoms and signs in workers exposed predominantly to
xylenes. International Archives of Occupational and Environmental Health.
1993;64(8):579-605
117. Rajan ST, Malathi N. Health Hazards of Xylene: A Literature Review. Journal of
Clinical and Diagnostic Research. 2014;8(2):271-4
118. Moelans CB, Hoeve N, Ginkel JWV, Kate FJ, Diest PJ. Formaldehyde Substitute
Fixatives: Analysis of Macroscopy, Morphologic Analysis, and
Immunohistochemical Analysis. American Journal of Clinical Pathology.
2011;136(4):548-556
120. Shi SR, Cote RJ, Taylor CR. Antigen retrieval techniques: current perspectives.
Journal of Histochemistry and Cytochemistry. 2001;49:931-7
51
121. Frank TS, Newman SMS, Hsi ED. Comparison of methods for extracting DNA from
formalin-fixed paraffin sections for nonisotopic PCR. Diagnostic Molecular
Pathology. 1996;5:220-4
123. SDS FineFIX®. Milestone. MEDICAL 2019 [acesso: 7 jul 2019]. Disponível em:
https://www.milestonemedsrl.com/product/FineFIX®/
125. Kiernan JA. Histological and Histochemical Methods: Theory and Practice. 4th ed.
Oxfordshire: Scion Publications; 2008. p.14-33
126. Grigorev IP, Korzhevskii DE. Current Technologies for Fixation of Biological
Material for Immunohistochemical Analysis (Review). CTM. 2018;10(2):156-64
129. Moelans CB, Hoeve N, Ginkel JW, Kate FJ, Diest PJ. Formaldehyde Substitute
Fixatives: Analysis of Macroscopy, Morphologic Analysis, and
Immunohistochemical Analysis. American Journal of Clinical Pathology.
2011;136:548-56
52
Fixation of Brain Tumor Biopsy Specimens with RCL2 Results in Well‐Preserved
Histomorphology, Immunohistochemistry and Nucleic Acids. Brain Pathology.
2010;20(6):1010-20
133. Delfour C, Roger P, Bret C, Berthe ML, Rochaix P, Kalfa N, Raynaud P, Bibeau F,
Maudelonde T, Boulle N. RCL2, a New Fixative, Preserves Morphology and
Nucleic Acid Integrity in Paraffin-Embedded Breast Carcinoma and Microdissected
Breast Tumor Cells. The Journal of Molecular Diagnostics. 2006;8(2):157-69
136. Sabatini DD, Bensch K, Barrnett RJ. Cytochemistry and electron microscopy. The
preservation of cellular ultrastructure and enzymatic activity by aldehyde fixation.
The Journal of Cell Biology. 1963;17:19-58
137. Richter KN, Revelo NH, Seitz KJ, Helm MS, Sarkar D, Saleeb RS, D'Este E,
Eberle J, Wagner E, Vogl C, Lazaro DF, Richter F, Coy-Vergara J, Coceano G,
Boyden ES, Duncan RR, Hell SW, Lauterbach MA, Lehnart SE, Moser T, Outeiro
TF, Rehling P, Schwappach B, Testa I, Zapiec B, Rizzoli SO. Glyoxal as an
alternative fixative to formaldehyde in immunostaining and super-resolution
microscopy. The EMBO Journal. 2018;37(1):139-59
140. Kiernan JA. Histological and Histochemical Methods: Theory and Practice. 4th ed.
Oxfordshire: Scion Publications; 2008. p.52-65
141. Sravya T, Rao GV, Kumari MG, Sagar YV, Sivaranjani Y, Sudheerkanth K.
Evaluation of biosafe alternatives as xylene substitutes in hematoxylin and eosin
staining procedure: A comparative pilot study. Journal of Oral and Maxillofacial
Pathology. 2018;22(1):148
142. Singla K, SandhuSV, Pal RAGK, Bansal H, Bhullar RK, Kaur P. Comparative
evaluation of different histoprocessing methods. International Journal of Health
53
Sciences. 2017;11(2):28-34
143. Rohr LR, Layfield LJ, Wallin D, Hardy D. A comparison of routine and rapid
microwave tissue processing in a surgical pathology laboratory. Quality of
histologic sections and advantages of microwave processing. American Journal of
Clinical Pathology. 2001;115(1):703-8
145. Devi RB, Subhashree AR, Parameaswari PJ, Parijatham BO. Domestic microwave
versus conventional tissue processing: A quantitative and qualitative analysis.
Journal of Clinical and Diagnostic Research. 2013;7(1):835-9
146. Bancroft JD, Suvarna SK, Layton C. Bancroft's Theory and Practice of Histological
Techniques. 7th ed. Churchill Livingstone, Elsevier: 2013. p.30
147. Ng PCY, Long BJ, Davis WT, Sessions DJ, Koyfman A. Toxic alcohol diagnosis
and management: an emergency medicine review. Internal and Emergency
Medicine. 2018;13(3):375-83
148. Viktorov IV, Proshin SS. Use of Isopropyl Alcohol in Histological Assays:
Dehydration of Tissue, Enbessing into Paraffin, and Processing of Paraffin
Sections. Bulletin of Experimental Biology and Medicine. 2003;136(7):119-20
151. Kok LP, Visser PE, Boon ME. Histoprocessing with the microwave oven: an
update. The Histochemical Journal. 2019;20(6-7):323-8
152. Doxtadee EK. Isopropyl alcohol in the paraffin infiltration technic. Biotechnic
Histochemistry. 1948;23(1):1-2
154. Mathai AM, Naik R, Pai MR, Rai S, Baliga P. Microwave histoprocessing versus
conventional histoprocessing. Indian Journal of Pathology and Microbiology.
2008;51(1):12-6
54
155. Buesa RJ. Microwave-assisted tissue processing: real impact on the histology
workflow. Annals of Diagnostic Pathology. 2007;11(3):206-11
161. MILESTONE HELPING PATIENTS. Histology goes green: Milestone products for
a safer, environmental-friendly histology laboratory. [acesso: 2 jun 2019].
Disponível em: http://en.esbe.com/Customer/esscin/specpages/MILGreen.pdf
162. DIAPATH. X0076 OTTIX PLUS 5LT. [acesso: 2 jun 2019]. Disponível em:
https://www.diapath.com/product/ottix-plus-5-lt-x0076-572
55
cancer. Breast Cancer. 2018;25(6):698-705
167. Sanchis CI, Fuster DF, Marin JM. Preliminary study on the existence of ocular
injuries after bullfighting or the bull-on-fire. Revista Iberoamericana. 2019;11(1):81-
103
171. Franklin SL, Bettini DR, Mattos UAO, Fortes JDN. Assessment of environmental
conditions in the pathological anatomy laboratory of a university hospital located in
Rio de Janeiro. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial.
2009;45(6):463-70
56
Conteúdo sem conflitos de interesse a declarar.
57