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C.c. : Ecotoxicologia
Docente: Emerson Carvalho
Discente: Rebeca Bispo dos Santos
INTRODUÇÃO.
Com o passar do tempo os primeiros testes toxicológicos começaram a ser realizados para testar
venenos e antídotos concebendo um importante princípio utilizado até os dias atuais, postulado
por Paracelsus, o Princípio da Dose.
“Todas as substâncias são venenosas. A dose correta diferencia o veneno do remédio.”
Desde então os estudos sobre toxicologia e sua aplicação nas áreas da saúde, indústria e meio
ambiente tem sido uma ferramenta crucial para o desenvolvimento da sociedade e garantia da
qualidade de vida do homem e demais seres vivos. Este trabalho abordará de forma suncinta as
áreas de aplicação da toxicologia e respectivos artigos sobre cada ramo de atuação.
TOXICOLOGIA AMBIENTAL
A toxicologia ambiental é o ramo da toxicologia que estuda como agentes químicos e físicos
presentes no ambiente afetam os organismos vivos. Isso inclui a avaliação do impacto da
poluição do ar, do solo e da água na saúde humana e nos ecossistemas, compreendendo quais os
efeitos que elas têm sobre a saúde humana e a biodiversidade. Atuando também no
desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle da poluição ambiental e seus efeitos
adversos.
Artigo: Use of bone marrow for detection of toxic chemicals for the elucidation of poisoning in
forensic veterinary medicine.
Uso da medula óssea para detecção de produtos químicos tóxicos
para a elucidação de envenenamento em perícias medicina veterinária.
Por: Sóstenes A.C. Marcelino, Rogéria Serakides e Viviane N. Castro-Silva.
O principal objetivo desse artigo foi demonstrar que a medula óssea pode ser uma boa opção
de amostragem na triagem toxicológica em animais vítimas de envenenamento criminoso. Na
medicina legal humana, este método de investigação utiliza amostras do rim, fígado e tecido
adiposo no exame toxicológico. No entanto, em cadáveres em avançado estado de decomposição
ou esqueletização a avaliação e o processamento das amostras para análise é comprometida.
Por conta da medula óssea ser um tecido altamente vascularizado, bem protegido por osso, sua
matriz lipídica pode atuar como repositório de agentes químicos. Isso pode ser particularmente
importante quando a carcaça está em um estágio avançado de decomposição.
No estudo foi realizada investigação toxicológica em medula óssea de cães e gatos com
suspeita de envenenamento. No total, seis animais (três cães e três gatos) foram necropsiados, e
fragmentos de órgãos abdominais e torácicos foram coletados em formol tamponada a 10%. A
medula óssea do fêmur, tíbia e úmero foi coletada de cada animal, pesada e um pool foi utilizado
para análise toxicológica. Todos os cadáveres estavam em excelentes condições, pois eram
mantidos em câmara fria. Neste estudo, foram detectados 8 diferentes agrotóxicos e seus
metabólitos na medula óssea.
As concentrações medidas de todos os compostos foram maiores que a LOD (5,0 ppb), mas
menores que a LOQ (10,0 ppb). As substâncias aldicarbe, aldicarbe sulfona, asulam,
carbendazim, clorpirifós, diclorvós, thifensulfuron methyl e trifloxysulfuron foram depositados
na medula óssea de cães e gatos e detectados por LC-MS.
Por fim, com base nos resultados deste estudo de caso, foi concluído que a medula óssea pode
ser utilizada para a detecção de produtos químicos tóxicos na investigação de intoxicações em
medicina veterinária forense.
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
Artigo: Estudo retrospectivo dos níveis de ácido hipúrico urinário em exames de toxicologia
ocupacional.
Por: Kelly Cristina Gonzalez; Fernando Rodrigues Sagebin; Paola Garcia Oliveira; Luiz Glock;
Flavia Valladão Thiesen.