Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MANUAL GERDAU
PILARES DE AÇO E
MISTOS EM TUBOS COM
SOLDA HELICOIDAL
MANUAL GERDAU
1ª edição / 2022
Consultoria:
Gílson
Gilson Queiroz
Oswaldo Teixeira Baião Filho
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO 7
1.1 Objetivo 9
1.2 Fora de escopo 9
1.3 Responsabilidade 10
2 CONSIDERAÇÕES BÁSICAS 11
4 BASES DE PILARES 37
4.1 Pilares de aço - Força normal, força cortante e momento fletor limitado 39
4.2 Pilares mistos de aço e concreto - Força normal, força cortante e momento 42
fletor limitado
MANUAL GERDAU
1 INTRODUÇÃO
1ª edição / 2022
Consultoria:
Gilson Queiroz
Oswaldo Teixeira Baião Filho
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
1 INTRODUÇÃO
Pilares de aço e mistos de aço e concreto, com diâmetros variando de 400 mm a 1000 mm,
fabricados através de soldagem em forma helicoidal de tiras de chapas de aço, têm tido
sua aplicação cada vez mais difundida na construção de diversos tipos de edificações no
Brasil, tais como terminais de aeroportos, centros de convenções, centros de distribuição,
coberturas de áreas públicas, edifícios de andares múltiplos etc.
A utilização desses pilares, em conjunto com outros elementos estruturais como vigas de
alma cheia ou treliças, bem como núcleos de concreto armado, tem conduzido a estrutu-
ras de grande desempenho, com uso já consagrado na América do Norte, Europa e outras
regiões, inclusive no Brasil.
Este manual é fruto de um programa desenvolvido pela Gerdau, que envolveu estudos e
pesquisas por profissionais experientes em estruturas de aço e em estruturas mistas de
aço e concreto. Os conceitos e critérios adotados neste manual foram extraídos de normas
técnicas nacionais e internacionais pertinentes e representam a mais recente abordagem
disponível sobre o assunto.
Espera-se que este manual, ao difundir o conhecimento sobre a utilização desses tipos de
pilares, venha contribuir de forma significativa para consolidar e ampliar o uso de estrutu-
ras de aço e mistas de aço e concreto, na construção civil de forma geral, apoiando o
desenvolvimento da construção industrializada.
1.1 Objetivo
Este manual tem como objetivo contribuir para ampliar ainda mais a otimização e a viabili-
zação de construções, apresentando recomendações e procedimentos para edificações
com o emprego de tubos específicos: aqueles fabricados através de soldagem em forma
helicoidal de tiras de chapas de aço em pilares de aço e mistos de aço e concreto.
Para o caso de incêndio, devem ser especificadas proteção ativa e passiva contra o fogo,
quando necessário. No caso de pilar tubular misto, como alternativa à aplicação externa
de materiais de proteção contra fogo, pode-se utilizar armadura do concreto de forma que
o pilar de concreto armado (desprezando a presença do tubo) resista às ações de cálculo a
serem consideradas na situação de incêndio. Neste caso, as regiões do pilar ligadas a
vigas, e outras regiões em que as cargas são introduzidas por meio de conectores solda-
dos no tubo, devem ser protegidas externamente, pela aplicação do material de proteção
usado para o resto da estrutura, em uma extensão suficiente para garantir a integridade
do tubo em todo o comprimento de introdução da carga e das ligações. As armaduras
devem ser detalhadas conforme a NBR 6118:2014.
1.3 Responsabilidade
Este manual foi elaborado de acordo com princípios de engenharia reconhecidos e consa-
grados.
Nas verificações de resistência não foram contempladas as referentes aos demais ele-
mentos estruturais que ficam ligados aos pilares, tais como vigas, escoras, blocos de fun-
dações, ou outros elementos que não sejam os próprios pilares objeto deste manual, nem
as respectivas ligações. Salienta-se, entretanto, que as verificações desses elementos e
de suas ligações são indispensáveis e precisam ser realizadas pelo engenheiro respon
sável.
Este manual enfatiza a importância do cálculo e projeto dos pilares também na fase de
construção, quando eles podem ficar submetidos a condições de carregamentos diferen-
tes da situação normal de uso, e, no caso de pilares mistos, eles podem ainda não estar
concretados, ou em fase anterior à cura do concreto.
10
PILARES DE AÇO E
MISTOS EM TUBOS COM
SOLDA HELICOIDAL
MANUAL GERDAU
1 CONSIDERAÇÕES
BÁSICAS
1ª edição / 2022
Consultoria:
Gilson Queiroz
Oswaldo Teixeira Baião Filho
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
2 CONSIDERAÇÕES BÁSICAS
ABNT NBR 8800:2008 - Projeto de estrutura de aço e de estrutura mista de aço e concreto
de edifícios
Comprimento: m, cm, mm
Área: cm2
Raio de giração: cm
Força: kN
Deslocamento: cm, mm
2.3 Materiais
Os tubos previstos neste manual são fabricados com aço Gerdau Civil 350, com limite de
escoamento fy ≥ 350 MPa e limite de resistência à tração do aço fu ≥ 450 MPa. A tabela 2.1
mostra as bitolas previstas. As soldas helicoidais devem sempre ser de penetração total.
13
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Diâmetro Espessura da
externo (mm) parede (mm)
6,3
400
8,0
6,3
450
8,0
6,3
500
8,0
8,0
550
9,5
8,0
600
9,5
9,5
800
12,5
9,5
1000
12,5
Outros materiais
Cantoneiras laminadas: ASTM A36
Chapas de ligação: ASTM A36 e Gerdau Civil 350
Parafusos: ASTM A325N TIPO 1
Eletrodos de solda: E70XX
Barras de armadura: CA-50
Concreto: fck= 30 MPa e f’ck= 45 MPa, densidade normal
Conectores de cisalhamento: tipo “stud”, atendendo às exigências da NBR 8800:2008
O aço e o concreto são dois materiais que possuem compatibilidades física e química que
possibilitam trabalharem solidariamente em elementos estruturais.
Devem existir dois furos de 20 mm, diametralmente opostos, para permitir a saída de vapor
em caso de incêndio, acima e abaixo dos pisos. A distância vertical entre esses furos não
deve exceder 5 m. Eles não podem ficar dentro da altura da laje ou das camadas de reves-
timento da mesma. Durante a concretagem esses furos devem ser fechados com tampas
apropriadas, as quais devem ser retiradas após a cura do concreto.
2.4.4 Drenagem
Devem existir furos semicirculares para drenagem em todos os locais onde possa haver
retenção de água dentro do tubo, por exemplo, junto à base ou chapas de emendas não
vazadas.
Nas emendas de pilares, a maior diferença permitida entre os diâmetros externos dos
tubos inferior e superior é de 4 mm; os tubos devem ser posicionados de forma que essa
15
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
No caso de transição entre um pilar misto (inferior) e um pilar de aço (superior), ambos
com o mesmo diâmetro externo, o pilar de aço deve ser concretado em uma altura de dois
metros acima da emenda.
O topo do pilar deve ser fechado com chapa. No caso de pilar misto, as vigas devem ser
apoiadas no centro do pilar, de forma a evitar introdução de momentos na extremidade do
pilar. Devem ser previstos conectores para introdução da carga no pilar misto e furos na
chapa de fechamento, para completar a concretagem após a solda da mesma (item 2.4.5).
16
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
2.5 Campo de aplicação
O campo de aplicação das informações deste manual refere-se exclusivamente aos pilares
formados com os tubos apresentados na tabela 2.1, utilizados em edificações com pavi-
mentos e coberturas.
As emendas previstas são soldadas e para pilares de mesmo diâmetro externo. As ligações
previstas com vigas de alma cheia são rotuladas.
Os pilares mistos deverão estar travados horizontalmente por lajes, vigas ou escoras liga-
das a um sistema de estabilização, de maneira que o comprimento destravado não seja
superior a vinte diâmetros.
O campo de aplicação deste manual não abrange pilares para torres de transmissão, para
equipamentos de energia eólica, plataformas off-shore, tubos com pressão externa ou
interna, nem pilares sujeitos a fadiga ou em situação de incêndio.
17
PILARES DE AÇO E
MISTOS EM TUBOS COM
SOLDA HELICOIDAL
3 RESISTÊNCIAS
MANUAL DE CÁLCULO
GERDAU
DE PILARES EM FUNÇÃO DO
COMPRIMENTO
1ª edição / 2022 DE
FLAMBAGEM
Consultoria:
Gilson Queiroz
Oswaldo Teixeira Baião Filho
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
3 RESISTÊNCIAS DE CÁLCULO DE PILARES EM FUNÇÃO DO
COMPRIMENTO DE FLAMBAGEM
3.1.1) Fórmulas
MSd, NSd e VSd são os esforços solicitantes de cálculo obtidos por análise de segunda ordem,
realizada conforme a NBR 8800:2008, levando em conta as excentricidades das reações
verticais das vigas rotuladas - Figura 3.1
γa1 = 1,1
Z = [D3 - (D - 2t)3]/6,
W = I/(D/2)
I = π[D4 - (D - 2t)4]/64
Observa-se que alguns tubos têm relação D/t inferior a 62,9, mas o processo de cálculo
também é aplicável a eles, com a limitação Ae ≤ Ag.
NRd = FcrAe/γa1
Ae = [0,038E/(fyD/t) + 2/3]Ag ≤ Ag
Fe = π2E/(Lc/r)2
A = π[D2 - (D - 2t)2]/4
VRd = F’cr(A/2)/γa1
F’cr1 = 0,6fy
F’cr2 = 0,78E/(D/t)3/2
3.1.3) Tabelas
As tabelas 3.1 a 3.14 fornecem (para momento de torção nulo) os valores máximos permiti-
dos de MSd, NSd e VSd, para cada tubo, em função da distância Lc entre seções contidas late-
ralmente (figura 3.1). As solicitações de cálculo devem ser determinadas por análise de
segunda ordem, conforme prescrições da NBR 8800:2008, levando em conta as excentri-
cidades das reações verticais das vigas rotuladas. No caso de flexão em dois planos, os
valores máximos permitidos de MSd e VSd aplicam-se, do lado da segurança, às somas dos
valores absolutos respectivos nos dois planos, obtidos na análise. Se a distância Lc em um
plano for diferente da que ocorre no plano perpendicular, entrar na tabela com o maior
valor.
Atenção
a) Os valores máximos permitidos são inferiores aos das tabelas 3.1 a 3.14, nas regiões de
alguns tipos de ligações, por exemplo ligações de vigas por meio de anéis (ver item 7.2).
23
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
27
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
3.2.1) Fórmulas
Classificação das seções dos tubos para pilares mistos (fy = 350 MPa, t = 0,93tn)
Os tubos previstos neste trabalho (com t = 0,93tn - ver item 3.1.1), exceto o tubo de 1000x9,5
(D/t = 113,2 - seção esbelta para força normal de compressão), têm seção não compacta
para momento fletor e compacta ou não compacta para força normal de compressão. O
tubo de 1000x9,5 não será utilizado, por ter seção esbelta, devido à possibilidade de flam-
bagem local associada à introdução das cargas no pilar. Os cálculos serão realizados con-
siderando seção não compacta, inclusive para os tubos com seção compacta para força
normal (serão usados os controles necessários).
Observações
a) Na fase de construção, o tubo de aço deve ser verificado conforme item 3.1.1, para com-
binações de ações de cálculo aplicadas antes da cura do concreto.
b) Considera-se que o pilar misto seja contido lateralmente por lajes e sistemas de estabi-
lização independentes (como núcleo de concreto armado); a distância entre as seções
contidas lateralmente (Lc) não deve ser superior a vinte vezes o diâmetro do tubo.
c) A área da seção do tubo deve ser igual ou superior a 1% da área total da seção mista.
Não considerando eventual armadura do concreto, todas as seções utilizadas atendem
a esta condição, com o menor valor correspondente ao tubo de 800x9,5, para o qual:
Aa/( Aa + Ac) = 0,0437 ou 4,37%
NSd, MSd e VSd são as solicitações de cálculo (Figura 3.1), correspondentes a combinações de
ações de cálculo aplicadas antes e após a cura do concreto, e devem ser determinadas por
análise de segunda ordem, conforme prescrições da NBR 8800:2008, levando em conta as
excentricidades das reações verticais das vigas rotuladas. Na análise da estrutura mista
devem ser consideradas as seguintes expressões de rigidez (não considerando eventual
armadura do concreto):
VRd = força cortante resistente de cálculo, do tubo de aço, determinada como no item 3.1.1
NRd = força normal de compressão resistente de cálculo, do pilar misto, determinada como
a seguir
NRd = Pn/γa2
γa2 = 1,35
Pp = fyAa + 0,95fckAc
Py = fyAa + 0,7fckAc
λ = D/t ≥ λp
t = 0,93tn
λp = 0,15E/fy = 85,7
λr = 0,19E/fy = 108,6
Pe = π2(EIef)/(Lc)2
29
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
MRd = momento fletor resistente de cálculo, do pilar misto, determinado como a seguir
MRd = Mn/γa1
γa1 = 1,1
λ = D/t ≥ λp
t = 0,93tn
λp = 0,09E/fy = 51,4
λr = 0,31E/fy = 177,1
Figura 3.2 - Mp e My
30
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
3.2.2) Uso das tabelas
3.2.3) Tabelas
As tabelas 3.15 a 3.27 fornecem (para momento de torção nulo) os valores máximos permi-
tidos, fora das regiões de introdução da cargas, de MSd, NSd e VSd, correspondentes a com-
binações de ações de cálculo aplicadas antes e após a cura do concreto, para cada tubo
preenchido com concreto, em função da distância Lc entre seções contidas lateralmente
(figura 3.1). Para determinação das solicitações de cálculo, MSd, NSd e VSd, ver item 3.2.1.
No caso de flexão em dois planos, os valores máximos permitidos de MSd e VSd aplicam-se,
do lado da segurança, às somas dos valores absolutos respectivos nos dois planos, obti-
dos na análise. Se a distância Lc em um plano for diferente da que ocorre no plano perpen-
dicular, entrar na tabela com o maior valor.
Atenção:
a) Nas regiões de introdução de cargas, por exemplo ligações de vigas (item 7.1), os valo-
res máximos permitidos das solicitações de cálculo são inferiores aos das tabelas 3.15
a 3.27.
b) Caso os valores máximos de VSd ou MSd dados em cada tabela sejam superados (mesmo
com a devida alteração de NSd), será necessário utilizar conectores para transmitir o
fluxo de cisalhamento do tubo para o concreto no trecho considerado, entre regiões de
introdução de cargas.
Tabela 3.15 - Tubo de 400x6,3 preenchido Tabela 3.16 - Tubo de 400x8 preenchido
τRd = 0,097 MPa (ver item 3.2.3-a) τRd = 0,123 MPa (ver item 3.2.3-a)
Notas Notas
1) Valores de MRd, NRd e VRd usados 1) Valores de MRd, NRd e VRd usados
na fórmula de interação (item 3.2.1): na fórmula de interação (item 3.2.1):
MRd = 343 kNm MRd = 426 kNm
NRd = primeiro valor de NSd para cada Lc NRd = primeiro valor de NSd para cada Lc
VRd = 693 kN VRd = 876 kN
2) Não podem ser superados, mesmo com a 2) Não podem ser superados, mesmo com a
devida alteração de NSd devida alteração de NSd
Tabela 3.17 - Tubo de 450x6,3 preenchido Tabela 3.18 - Tubo de 450x8 preenchido
τRd = 0,077 MPa (ver item 3.2.3-a) τRd = 0,097 MPa (ver item 3.2.3-a)
Notas Notas
1) Valores de MRd, NRd e VRd usados 1) Valores de MRd, NRd e VRd usados
na fórmula de interação (item 3.2.1): na fórmula de interação (item 3.2.1):
MRd = 437 kNm MRd = 546 kNm
NRd = primeiro valor de NSd para cada Lc NRd = primeiro valor de NSd para cada Lc
VRd = 780 kN VRd = 987 kN
2) Não podem ser superados, mesmo com a 2) Não podem ser superados, mesmo com a
devida alteração de NSd devida alteração de NSd
32
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Tabela 3.19 - Tubo de 500x6,3 preenchido Tabela 3.20 - Tubo de 500x8 preenchido
τRd = 0,062 MPa (ver item 3.2.3-a) τRd = 0,079 MPa (ver item 3.2.3-a)
Notas Notas
1) Valores de MRd, NRd e VRd usados 1) Valores de MRd, NRd e VRd usados
na fórmula de interação (item 3.2.1): na fórmula de interação (item 3.2.1):
MRd = 540 kNm MRd = 680 kNm
NRd = primeiro valor de NSd para cada Lc NRd = primeiro valor de NSd para cada Lc
VRd = 818kN VRd = 1099 kN
2) Não podem ser superados, mesmo com a 2) Não podem ser superados, mesmo com a
devida alteração de NSd devida alteração de NSd
Tabela 3.21 - Tubo de 550x8 preenchido Tabela 3.22 - Tubo de 550x9,5 preenchido
τRd = 0,065 MPa (ver item 3.2.3-a) τRd = 0,077 MPa (ver item 3.2.3-a)
Notas Notas
1) Valores de MRd, NRd e VRd usados 1) Valores de MRd, NRd e VRd usados
na fórmula de interação (item 3.2.1): na fórmula de interação (item 3.2.1):
MRd = 828 kNm MRd = 971 kNm
NRd = primeiro valor de NSd para cada Lc NRd = primeiro valor de NSd para cada Lc
VRd = 1211 kN VRd = 1434 kN
2) Não podem ser superados, mesmo com a 2) Não podem ser superados, mesmo com a
devida alteração de NSd devida alteração de NSd
33
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Tabela 3.23 - Tubo de 600x8 preenchido Tabela 3.24 - Tubo de 600x9,5 preenchido
τRd = 0,055 MPa (ver item 3.2.3-a) τRd = 0,065 MPa (ver item 3.2.3-a)
Tabela 3.25 - Tubo de 800x9,5 preenchido Tabela 3.26 - Tubo de 800x12,5 preenchido
τRd = 0,037 MPa (ver item 3.2.3-a) τRd = 0,048 MPa (ver item 3.2.3-a)
Notas Notas
1) Valores de MRd, NRd e VRd usados 1) Valores de MRd, NRd e VRd usados
na fórmula de interação (item 3.2.1): na fórmula de interação (item 3.2.1):
MRd = 2081 kNm MRd = 2726 kNm
NRd = primeiro valor de NSd para cada Lc NRd = primeiro valor de NSd para cada Lc
VRd = 1807 kN VRd = 2748 kN
2) Não podem ser superados, mesmo com a 2) Não podem ser superados, mesmo com a
devida alteração de NSd devida alteração de NSd
34
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Tabela 3.27 - Tubo de 1000x12,5 preenchido
τRd = 0,031 MPa (ver item 3.2.3-a)
35
PILARES DE AÇO E
MISTOS EM TUBOS COM
SOLDA HELICOIDAL
MANUAL
4 BASES GERDAU
DE PILARES
1ª edição / 2022
Consultoria:
Gilson Queiroz
Oswaldo Teixeira Baião Filho
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
4 BASES DE PILARES
(Devem ser observadas as disposições construtivas dadas em 2.4)
4.1 Pilares de aço - Força normal, força cortante e momento fletor limitado
4.1.1) Fórmulas
Observação:
Com o limite imposto a MSd, todos os casos tabelados ficam no regime elástico, e as ten-
sões normais são de compressão em toda a parede do tubo, com tensão igual ou superior
a NSd/Aφ no ponto onde ocorre (τSd)max.
Assim, a resistência por atrito nesse ponto, considerando μ = 0,385 (conforme AISC - Steel
Design Guide 1 –2006), é:
Nos pontos onde a tensão normal tende para zero (e consequentemente também a resis-
tência por atrito), a tensão de cisalhamento no concreto pode exceder a resistência por
atrito. Porém, pode-se mostrar que as componentes da tensão de cisalhamento na dire-
ção da força cortante excedem a resistência por atrito no máximo em 13,5%, e que as
componentes perpendiculares à força cortante podem ser resistidas com folga por flexão
da placa de base (anel) em seu plano.
Tomando-se uma área de concreto igual à área considerada comprimida (item 4.1.1.2),
pode-se mostrar que a máxima tensão de cisalhamento de cálculo no concreto, com as
limitações impostas acima para VSd, são sempre inferiores a 0,2f’ck (conforme AISC - Steel
Design Guide 1 – 2006 - sendo f’ck a resistência característica à compressão do concreto da
fundação). Nos pontos onde a tensão normal tende para zero, pode-se mostrar que, redu-
39
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Na figura 4.1 mostra-se uma base típica. Para detalhes de nivelamento e dos chumbado-
res, ver “Ligações para Estruturas de Aço”, 2018 (GERDAU).
Verificar se a base tabelada (tabela 4.1) para o tubo de 500x8 é adequada para um pilar de
aço com comprimento de flambagem de 8 m, sujeito aos seguintes esforços solicitantes
de cálculo obtidos na análise:
Considerar que haja vigas ligadas ao pilar conforme figura 7.3 do item 7.2, solicitadas con-
forme tabela 7.12-b.
Solução
- da tabela 7.12-b (segunda linha para Lc = 8 m) - NSd = 1496 kN MSd = 162 kNm VSd =45 kN
- limitação - MSd = (D/4)NSd = (0,5/4)x1496 = 187 kNm VSd = 2(D/4)NSd/Lc = 2x187/8 = 46,75 kN
Assim, as solicitações de cálculo permitidas seriam, neste caso, iguais às da tabela 7.12-b,
todas superiores às obtidas na análise, e a base da tabela 4.1 é adequada para os esforços
solicitantes de cálculo obtidos na análise.
4.1.3) Tabela
1) Dimensões em mm
4) Chumbadores ASTM A 36
4.2 Pilares mistos de aço e concreto - Força normal, força cortante e momento
fletor limitado
4.2.1) Fórmulas
tubo 400x6,3 400x8 450x6,3 450x8 500x6,3 500x8 550x8 550x9,5 600x8 600x9,5
ψ 0,429 0,492 0,400 0,461 0,374 0,433 0,409 0,453 0,387 0,431
Para os pilares mistos com tubos de 800x9,5, 800x12,5 e 1000x12,5, o par MSd e VSd das tabe-
las é sempre o menor.
42
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Observação:
Com os limites impostos a MSd e VSd, e com raciocínios análogos aos utilizados para o pilar
de aço, pode-se concluir que a resistência à força cortante é obtida por atrito entre o aço
e o concreto da fundação (com eventual pequena flexão do anel da placa de base em seu
plano), respeitados também os limites das tensões de cisalhamento no concreto. A área
de concreto considerada comprimida pelas tensões normais no tubo de aço (ver item
4.2.1.2) é superior à considerada para o caso do pilar de aço feito com o mesmo tubo (item
4.1.1.2).
Com o limite imposto a MSd, todos os casos tabelados ficam no regime elástico, e as ten-
sões normais são de compressão em toda a parede do tubo.
Na figura 4.1 mostra-se uma base típica. Para detalhes de nivelamento e dos chumbado-
res, ver “Ligações para Estruturas de Aço”, 2018 (GERDAU).
Verificar se a base tabelada (tabela 4.2) para o tubo de 550x8 é adequada para um pilar
misto com comprimento de flambagem de 8 m, sujeito aos seguintes esforços solicitantes
de cálculo obtidos na análise:
Considerar que haja vigas ligadas ao pilar conforme figura 7.1 do item 7.1, solicitadas con-
forme tabela 7.1-b.
Solução
- da tabela 7.1-b (terceira linha para Lc = 8 m) - NSd = 3422 kN MSd = 212 kNm VSd =59 kN
todas superiores às obtidas na análise, e a base da tabela 4.2 é adequada para os esforços
solicitantes de cálculo obtidos na análise.
4.2.3) Tabelas
1) Dimensões em mm
4) Chumbadores ASTM A 36
45
PILARES DE AÇO E
MISTOS EM TUBOS COM
SOLDA HELICOIDAL
MANUAL
5 EMENDASGERDAU
SOLDADAS DE
PILARES DE AÇO DE MESMO
DIÂMETRO,
1ª edição / 2022 SUJEITOS À
FLEXO-COMPRESSÃO
Consultoria:
Gilson Queiroz
Oswaldo Teixeira Baião Filho
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
5 EMENDAS SOLDADAS DE PILARES DE AÇO DE MESMO DIÂMETRO,
SUJEITOS À FLEXO-COMPRESSÃO
a) A tolerância de diferença entre os raios externos dos tubos acima e abaixo da emenda
é de 2 mm. Este valor é considerado no dimensionamento das chapas de emenda. Se
necessário, usar travamento interno no tubo acima da emenda (que não prejudique a
concretagem), para evitar ovalização.
b) Para tubos com espessuras diferentes acima e abaixo da emenda, a menor espessura
deve sempre ser a do tubo superior.
5.2) Fórmulas
As solicitações de cálculo limites do pilar que contém a emenda são iguais às máximas
solicitações de cálculo permitidas, dadas na tabela para o pilar de aço (capítulo 3 ou 7, o
que for aplicável, considerando a seção acima da emenda).
Verificar se a emenda tabelada (tabela 5.1) entre um tubo de 500x6,3 e outro de 500x8 é
adequada para um pilar de aço com comprimento de flambagem de 8 m, sujeito aos seguin-
tes esforços solicitantes de cálculo obtidos na análise:
Considerar que haja vigas ligadas ao pilar conforme figura 7.3 do item 7.2, solicitadas con-
forme tabela 7.11-a.
Solução
As solicitações de cálculo limites (item 5.2.1), considerando o tubo de 500x6,3, são (tabela
7.11-a; segunda linha para Lc = 8 m):
5.4) Tabela
Eletrodos E70XX
50
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Figura 5.2 - Detalhes da emenda
D ts ti Dch t db
6,3 6,3 440 22 19
400 6,3 8 440 22 19
8 8 440 22 19
6,3 6,3 490 22 19
450 6,3 8 490 25 19
8 8 490 22 19
6,3 6,3 540 22 19
500 6,3 8 540 25 19
8 8 540 25 19
8 8 600 25 19
550 8 9,5 600 31,5 19
9,5 9,5 600 25 19
8 8 650 25 19
600 8 9,5 650 31,5 19
9,5 9,5 650 31,5 19
9,5 9,5 860 31,5 19
800 9,5 12,5 860 37,5 19
12,5 12,5 860 31,5 19
9,5 9,5 1060 31,5 19
1000 9,5 12,5 1060 37,5 19
12,5 12,5 1060 37,5 19
51
PILARES DE AÇO E
MISTOS EM TUBOS COM
SOLDA HELICOIDAL
a) A tolerância de diferença entre os raios externos dos tubos acima e abaixo da emenda
é de 2 mm. Este valor é considerado no dimensionamento das chapas de emenda. Se
necessário, usar travamento interno no tubo acima da emenda (que não prejudique a
concretagem), para evitar ovalização.
b) Para tubos com espessuras diferentes acima e abaixo da emenda, a menor espessura
deve sempre ser a do tubo superior. Só é prevista transição de pilar de aço para pilar
misto quando o de aço for o superior.
d) Nomenclatura utilizada:
ESd = esforço solicitante de cálculo, podendo ser força normal ou momento fletor
ΔESd = parcela de ESd a ser transferida entre aço e concreto pelos conectores
Pan = fyAa = contribuição do aço para a resistência nominal Pno do pilar misto à força
normal, sem considerar flambagem global (item 3.2.1)
Man = contribuição do aço para a resistência nominal Mn do pilar misto a momento fletor
(item 3.2.1); Man deve ser calculado com relação ao eixo perpendicular ao plano de flexão,
que passa pelo centro geométrico da seção.
55
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
6.2.1) Fórmulas
As solicitações de cálculo limites do pilar que contém a emenda são iguais às máximas
solicitações de cálculo permitidas, dadas na tabela para o pilar de aço (capítulo 3 ou 7, o
que for aplicável), porém, com o par momento fletor e força cortante solicitantes de cál-
culo igual ao menor dos três pares dados a seguir:
— maior momento solicitante de cálculo que seria permitido, com a respectiva força cor-
tante de cálculo, considerando o pilar que contém a emenda como se fosse misto (capí-
tulo 3 ou 7, o que for aplicável, última linha da tabela correspondente ao tubo e ao valor
de Lc), com NSd da tabela do pilar de aço.
Essas limitações de momento fletor e força cortante aplicam-se também à fase de cons-
trução.
Esforços solicitantes de cálculo ΔESd a serem transferidos para o concreto, via conectores:
(Obs.: Os conectores devem ficar logo abaixo da emenda, em uma região de comprimento
vertical inferior ou igual a 1,5D, conforme figura 6.1)
Os conectores devem ficar dentro do espaço previsto (figura 6.1), dispostos como na figura 6.3.
Os tubos com diâmetro 400 mm e 450 mm são inadequados para a instalação de conecto-
res de 19 mm de diâmetro. A espessura da parede do tubo do pilar misto deve ser igual ou
superior a 8 mm, para que possam ser utilizados conectores de 19 mm de diâmetro. Não é
prevista a utilização de pilar misto com tubo de 1000x9,5 (ver item 3.2.1). Também não é
prevista a utilização de tubos com diâmetro de 500 mm e de 1000 mm, quando houver
vigas ligadas ao pilar misto, conforme capítulo 7.
57
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Verificar se a emenda tabelada (tabela 6.1) entre um pilar de aço (tubo de 550x8) e outro
misto (tubo de 550x9,5) é adequada, considerando, para o pilar que contém a emenda, um
comprimento de flambagem de 8 m e os seguintes esforços solicitantes de cálculo obtidos
na análise:
Considerar que haja vigas ligadas ao pilar de aço conforme figura 7.3 do item 7.2, solicita-
das de acordo com a tabela 7.13-b, e ligadas ao pilar misto conforme figura 7.1 do item 7.1,
solicitadas de acordo com a tabela 7.1-b.
Solução
— NSd = 1699 kN MSd =180 kNm VSd =50 kN (tabela 7.13-b; segunda linha para Lc = 8 m)
— NSd = 1699 kN MSd =212 kNm VSd =59 kN (MSd, VSd da tabela 7.1-b; última linha para Lc = 8 m)
58
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Assim, as solicitações de cálculo permitidas seriam, neste caso:
todas superiores às obtidas na análise, e a emenda da tabela 6.1 é adequada para os esfor-
ços solicitantes de cálculo obtidos na análise.
6.2.3) Tabela
Eletrodos E70XX
Tabela 6.1 - Emenda de um pilar de aço (superior) com um pilar misto (inferior)
n’tot Hconect
D ts ti DeA DiA t db
(*) (*)
6,3 8 640 440 44,4 16 20 500
500
8 8 640 440 44,4 16 30 500
8 8 690 480 44,4 16 30 550
550 8 9,5 690 480 50 16 30 550
9,5 9,5 690 480 44,4 16 40 700
8 8 750 530 44,4 19 36 600
600 8 9,5 750 530 50 19 36 600
9,5 9,5 750 530 44,4 19 48 800
9,5 9,5 960 720 50 19 64 800
800 9,5 12,5 960 720 63,5 19 64 800
12,5 12,5 960 720 63,5 19 80 1000
9,5 12,5 1180 910 70 19 72 1000
1000
12,5 12,5 1180 910 63,5 19 90 1100
(*) n’tot = número total de conectores (número de conectores por seção e espaçamento
vertical conforme fig. 6.3), dispostos na região de altura Hconect (fig. 6.1)
6.3.1) Fórmulas
As solicitações de cálculo limites do pilar que contém a emenda são iguais às máximas
solicitações de cálculo permitidas, dadas na tabela para o pilar misto (capítulo 3 ou 7, o que
for aplicável, considerando a seção acima da emenda), porém, com o par momento fletor
e força cortante solicitantes de cálculo igual ao menor dos dois pares dados a seguir:
Esforços solicitantes de cálculo ΔESd a serem transferidos do concreto para o tubo abaixo
da emenda, via conectores:
Obs.: Os conectores devem ficar logo abaixo da emenda, em uma região de comprimento
vertical inferior ou igual a 1,5D (figura 6.1).
fyAa, Pno, Man e Mn calculados para o pilar misto inferior (i) e para o superior (u), como indi-
cado nas duas expressões anteriores.
Quando forem iguais as espessuras dos tubos dos pilares mistos acima e abaixo da emenda,
os esforços solicitantes ΔNSd e ΔMSd são nulos.
Os conectores devem ficar dentro do espaço previsto (figura 6.1), dispostos como na figura 6.3.
Os tubos com diâmetro 400 mm e 450 mm são inadequados para a instalação de conecto-
res de 19 mm de diâmetro. A espessura da parede do tubo do pilar misto deve ser igual ou
superior a 8 mm, para que possam ser utilizados conectores de 19 mm de diâmetro. Não é
prevista a utilização de pilar misto com tubo de 1000x9,5 (ver item 3.2.1). Também não é
prevista a utilização de tubos com diâmetro de 500 mm e de 1000 mm, quando houver
vigas ligadas ao pilar misto, conforme capítulo 7.
Verificar se a emenda tabelada (tabela 6.2) entre dois pilares mistos (tubo de 550x8 e tubo
de 550x9,5) é adequada, considerando, para o pilar que contém a emenda, um compri-
mento de flambagem de 8 m e os seguintes esforços solicitantes de cálculo obtidos na
análise:
Considerar que haja vigas ligadas ao pilar misto conforme figura 7.1 do item 7.1, solicitadas
de acordo com a tabela 7.1-b.
Solução
- NSd = 3422 kN MSd =212 kNm VSd =59 kN (tabela 7.1-b; última linha para Lc = 8 m)
todas superiores às obtidas na análise, e a emenda da tabela 6.2 é adequada para os esfor-
ços solicitantes de cálculo obtidos na análise.
6.3.3) Tabela
Eletrodos E70XX
62
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Tabela 6.2 - Emenda de dois pilares mistos
n’tot Hconect
D ts ti DeA DiA t db
(*) (*)
(*) n’tot = número total de conectores (número de conectores por seção e espaçamento
vertical conforme fig. 6.3), dispostos na região de altura Hconect (fig. 6.1)
63
PILARES DE AÇO E
MISTOS EM TUBOS COM
SOLDA HELICOIDAL
MANUAL GERDAU
7 LIGAÇÕES DE PILARES
TUBULARES
1ª edição / 2022 COM VIGAS
Consultoria:
Gilson Queiroz
Oswaldo Teixeira Baião Filho
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
7 LIGAÇÕES DE PILARES TUBULARES COM VIGAS
7.1) Ligações rotuladas de pilares mistos com vigas de alma cheia
A figura 7.1 mostra detalhe típico para ligações rotuladas de pilares mistos com vigas de
alma cheia.
Figura 7.1 - Detalhe típico para ligações rotuladas de vigas - Pilar misto
67
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
7.1.1 Fórmulas
7.1.1.1 Ligações rotuladas de vigas com o pilar misto (ver figura 7.1)
Para ligações rotuladas de vigas, com cantoneiras parafusadas tanto na alma da viga
quanto no elemento suporte, as resistências de cálculo podem ser obtidas das ligações
LCPP do manual “Ligações para estruturas de aço”, da GERDAU (última edição), que são as
únicas previstas aqui. Via de regra as solicitações de cálculo Vv,Sd e Nv,Sd (figura 7.1), que
podem ser aplicadas ao pilar na região da ligação, são inferiores às resistências de cálculo
dadas no manual para as ligações com as vigas (ver tabelas 7.1 a 7.6).
Vv,Sd e Mv,Sd são a reação vertical de cálculo da viga, correspondente a combinações de ações
de cálculo aplicadas antes e após a cura do concreto, e o momento desta reação em relação
ao centro geométrico da seção do pilar, respectivamente (ligação rotulada)
Man é a participação da seção do tubo de aço na resistência nominal do pilar misto a momento
fletor; Man deve ser calculado com relação ao eixo perpendicular ao plano de flexão, que
passa pelo centro geométrico da seção
7.1.1.3) Conectores tipo pino com cabeça a serem instalados (ver figura 7.1)
O número total de conectores (ntot) é igual a quatro vezes o número de conectores (n) cor-
respondentes a cada viga (situados nas quatro posições definidas pelo ângulo α a partir do
eixo da viga, duas junto à viga e duas diametralmente opostas, e dentro do comprimento
de introdução de carga). Mesmo não havendo quatro vigas, deve ser usado o número total
de conectores (ntot) nas posições mostradas na figura 7.1.
Os conectores devem ter comprimento mínimo de 5 vezes o diâmetro após sua instalação.
O material do conector, as dimensões da cabeça e a instalação (para garantir fusão total na
região de contato com a parede do tubo) devem obedecer às prescrições da AWS D1.1.
Determinação de ntot
ntot = 4n
Acsfucs/1,54 0,5Acs(fckEcm)1/2/1,25
7.1.1.4) Verificações do tubo, dos anéis, das chapas verticais e de suas ligações (ver figura 7.1)
A chapa que recebe as cantoneiras parafusadas tem largura igual à soma das larguras das
abas das cantoneiras mais a espessura da alma da viga. Sua espessura mínima deve ser de
9,5 mm. A verificação dessa chapa, incluindo cisalhamento, pressão de contato nos furos
e flexão devida à tração nos parafusos, deve ser feita conforme a NBR 8800:2008 conside-
rando as forças Vv,Sd e Nv,Sd atuando nos parafusos, na altura da ligação Llig, cujo valor deve
ficar entre 0,7H e H-80 mm.
Deve-se ter
cA/t2 ≤ 28, e
c1/(2xt1) ≤ 0,38(E/f’y)1/2
(se o valor de t1 dado nas tabelas não for suficiente, reduzir Vv,Sd e Nv,Sd das tabelas, até que t1
atenda, mantendo a relação Vv,Sd/Nv,Sd )
P’Hd = Vv,Sd (cA + t1) /(H - 2tA) + Nv,Sd(H - y - Llig/2 - tA/2)/(H - tA)
69
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
τ›2,Sd = P’Hd/(t2cA)
Deve-se ter
τ’2,Sd ≤ 0,6f’y/1.1
As soldas de filete duplo b1, dos anéis com a chapa que recebe as cantoneiras parafusadas,
e em toda a volta do enrijecedor de espessura t2, são calculadas conforme a NBR 8800:2008,
considerando as forças Vv,Sd e Nv,Sd atuando na altura Llig, que deve ficar entre 0,7H e H-80
mm.
τw1,Sd = τ2,Sdt2/(2x0,707b1)
τw2,Sd = σ’2,Sdt2/(2x0,707b1)
Deve-se ter
Para verificar os anéis superior e inferior, bem como os efeitos locais no tubo, considera-se
que possa haver de uma a quatro vigas ligadas ao pilar por meio de ligações rotuladas,
conforme figura 7.1, com Vv,Sd sempre atuando para baixo no pilar. As forças horizontais de
cálculo nos anéis, PHd, oriundas de Vv,Sd e Nv,Sd (ver cálculos a seguir), são resistidas por fluxo
de cisalhamento na parede do tubo, quando não forem autoequilibradas. A seção transver-
sal considerada de cada anel inclui uma parte da parede do tubo, como indicado na figura
7.2 e, para isso, o pilar deve se projetar acima do anel superior pelo menos vinte vezes a
espessura do tubo. Para os cálculos, foi usado o livro Roark’s Formulas for Stress and Strain
(6ª edição).
O valor absoluto máximo de PHd, para cada viga ligada, é dado pela expressão:
PHd = Vv,Sd (cA + t1) /(H - tA) + Nv,Sd(H - y - Llig/2 - tA)/(H - 2tA)
70
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Na parede do tubo
τh,Sd = PHd√2/(πrmt)
A1 = 18t2
A2 = cAtA
Asec = A1 + A2
R = D/2 - t + xG
R/xG = → h/xG = (extrair do livro Roark’s Formulas for Stress and Strain, 6a edição, pg 243)
h = (h/xG)xG
γ = h/R
β = 2F(1 + ν) γ
k11 = 1 - γ + β
k22 = 1 - γ
V’Ad = 0,511PHd
M’’+ = 0,3183PHdRk22
V’’Ad = 0,511PHd
NAd = N’’Ad
y1 = cA + t - xG + h
r1 = D/2 + cA
y2 = cA + t - y1
r2 = D/2 - t
σradd = σφd(18t2)/[(D/2)tA]
72
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Tensões de cisalhamento
τAd = VAd/A2
τφd = τAdtA/(2t)
Variações dos diâmetros são críticas para duas cargas PHd opostas
Em valores absolutos
Deve-se ter
cA/tA ≤ 0,38(E/f’y)1/2
σradd ≤ 0,1(fy/1,1)
σφd ≤ 0,3(fy/1,1)
(Na equação de interação do pilar misto, os valores obtidos de NSd e MSd devem ser multipli-
cados por 0,95 e 0,9, respectivamente, o que corresponde aproximadamente a multiplicar
a resistência só do perfil de aço por 0,9; a redução de NSd não é necessária quando NRd tem
redução mais significativa devida a Lc)
Acréscimo equivalente da força cortante no tubo entre anéis, para usar na equação de
interação:
τwAresd ≤ 0,6fw/1,35
2ΔD ≤ D/500 (um pouco afastado do plano do anel, o tubo tem uma variação de diâmetro da
ordem de duas vezes a calculada)
73
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Um pilar misto, de tubo 550x8 (aço Gerdau Civil 350), pertencente a uma estrutura anali-
sada conforme a NBR 8800:2008, apresentou as seguintes solicitações de cálculo na fase
final (ações aplicadas antes e depois da cura do concreto, com fck = 30 MPa):
1a. hipótese
Considerando que esse pilar não tenha redução de resistência causada por regiões de
introdução de carga, verificar se sua seção é suficiente para as solicitações acima.
Solução
2a. hipótese
Considerando que esse pilar comece (ou termine) em uma região que recebe ligações
rotuladas de vigas de alma cheia, conforme Figura 7.1, verificar se sua seção é suficiente
para as solicitações obtidas na análise, levando em conta que as reações máximas de cál-
culo das vigas são (ver figura 7.1):
Solução
E, para estas reações de cálculo das vigas, as solicitações de cálculo permitidas para Lc =
8 m, na segunda linha, são:
A seção deve ser alterada e novas análise e verificações devem ser realizadas. A seção
mais próxima a ser testada seria 600x8, tabela 7.3-b, com as solicitações da nova análise.
Obs.: a análise anterior deve ser feita para ambas as extremidades do comprimento Lc
7.1.3) Tabelas
Devido à dificuldade para instalação de conectores tipo pino com cabeça no interior dos
tubos, e estabelecendo uma espessura mínima de 8 mm para esta instalação, somente
serão considerados os tubos:
(o tubo de 1000x9,5 já foi excluído por ter seção esbelta - item 3.2.1, e o tubo de 1000x12,5
também foi excluído devido às dimensões dos anéis que seriam necessárias)
As tabelas 7.1 a 7.6 apresentam, para as regiões afetadas pelas ligações de vigas, as solici-
tações de cálculo (listadas a seguir) máximas permitidas, correspondentes a combinações
de ações de cálculo aplicadas antes e após a cura do concreto, em função dos parâmetros
dados e da distância entre seções contidas lateralmente (Lc). Para determinação das
solicitações de cálculo, MSd, NSd e VSd, ver item 3.2.3 (ver também influência da região da
ligação, à frente).
No caso de flexão em dois planos, os valores máximos permitidos de MSd e VSd aplicam-se,
do lado da segurança, às somas dos valores absolutos respectivos nos dois planos, obti-
dos na análise. Se a distância Lc em um plano for diferente da que ocorre no plano perpen-
dicular, entrar na tabela com o maior valor.
75
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Reações das vigas (reações verticais sempre aplicadas para baixo nos pilares)
NSd, MSd e VSd (deve ser considerada a pior situação nas extremidades do comprimento Lc)
— A força cortante VSd é acrescida de ΔVeq,Sd para entrar na fórmula de interação (item 3.2.1)
— Os valores de MSd e NSd, obtidos com a fórmula de interação, são multiplicados por 0,9 e
0,95, respectivamente (a redução de NSd foi feita só para Lc = 4 m, para todos os tubos).
Observações
1) A figura 7.1 apresenta as dimensões mencionadas nas tabelas, além das que já foram
definidas anteriormente.
2) Na fase de construção, o tubo de aço deve ser verificado conforme item 7.2, para com-
binações de ações de cálculo aplicadas antes da cura do concreto.
3) Considera-se que possa haver de uma a quatro vigas ligadas ao pilar por meio de liga-
ções rotuladas, conforme figura 7.1, com Vv,Sd sempre atuando para baixo no pilar.
4) Nas tabelas 3.15 a 3.27 foram apresentadas as solicitações de cálculo permitidas, sem
levar em conta a influência das regiões afetadas pelas ligações de vigas.
5) Se o valor de t1 dado nas tabelas não for suficiente, reduzir Vv,Sd e Nv,Sd das tabelas, até
que t1 atenda, mantendo a relação Vv,Sd/Nv,Sd
7) Extensão do pilar acima do anel superior pelo menos 20 vezes a espessura nominal do
tubo.
Tabelas 7.2-a, 7.2-b, 7.2-c, 7.2-d - Tubo de 550x9,5 preenchido - τRd = 0,077 MPa
Tabelas 7.4-a, 7.4-b, 7.4-c, 7.4-d - Tubo de 600x9,5 preenchido - τRd = 0,065 MPa
Tabelas 7.4-a e 7.4-b - H = 480 mm Llig = 336 mm a 380 mm
cA = 140 mm tA = 19 mm bA = 6 mm t1 = 9,5 mm t2 = 16 mm b1 = 7 mm
Tabela 7.4-a Tabela 7.4-b
Vv,Sd = 190 kN Nv,Sd = 70 kN (máx. absolutos) Vv,Sd = 340 kN Nv,Sd = 0 kN (máx. absolutos)
ntot = 16 (ver item 7.1.1.3) ntot = 24 (ver item 7.1.1.3)
Tabelas 7.6-a, 7.6-b, 7.6-c, 7.6-d - Tubo de 800x12,5 preenchido - τRd = 0,048 MPa
Tabelas 7.6-a e 7.6-b - H = 600 mm Llig = 420 mm a 500 mm
cA = 160 mm tA = 22 mm bA = 7 mm t1 = 12,5 mm t2 = 16 mm b1 = 8 mm
Tabela 7.6-a Tabela 7.6-b
Vv,Sd = 300 kN Nv,Sd = 80 kN (máx. absolutos) Vv,Sd = 450 kN Nv,Sd = 0 kN (máx. absolutos)
ntot = 16 (ver item 7.1.1.3) ntot = 24 (ver item 7.1.1.3)
A figura 7.3 mostra detalhe típico para ligações rotuladas de pilares de aço com vigas de
alma cheia.
Figura 7.3 - Detalhe típico para ligações rotuladas de vigas - Pilar de aço
83
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
7.2.1 Fórmulas
7.2.1.1 Ligações rotuladas de vigas com o pilar de aço (ver figura 7.3)
Para ligações rotuladas de vigas, com cantoneiras parafusadas tanto na alma da viga
quanto no elemento suporte, as resistências de cálculo podem ser obtidas das ligações
LCPP do manual “Ligações para estruturas de aço”, da GERDAU (última edição), que são as
únicas previstas aqui. Via de regra as solicitações de cálculo Vv,Sd e Nv,Sd (figura 7.3), que
podem ser aplicadas ao pilar na região da ligação, são inferiores às resistências de cálculo
dadas no manual para as ligações com as vigas (ver tabelas 7.7 a 7.18).
7.2.1.2) Verificações do tubo, dos anéis, das chapas verticais e de suas ligações (ver figura
7.3)
A chapa que recebe as cantoneiras parafusadas tem largura igual à soma das larguras das
abas das cantoneiras mais a espessura da alma da viga. Sua espessura mínima deve ser de
9,5 mm. A verificação dessa chapa, incluindo cisalhamento, pressão de contato nos furos
e flexão devida à tração nos parafusos, deve ser feita conforme a NBR 8800:2008 conside-
rando as forças Vv,Sd e Nv,Sd atuando nos parafusos, na altura da ligação Llig, cujo valor deve
ficar entre 0,7H e H-80 mm.
Deve-se ter
cA/t2 ≤ 28, e
c1/(2xt1) ≤ 0,38(E/f’y)1/2
(se o valor de t1 dado nas tabelas não for suficiente, reduzir Vv,Sd e Nv,Sd das tabelas, até que t1
atenda, mantendo a relação Vv,Sd/Nv,Sd )
P’Hd = Vv,Sd (cA + t1) /(H - 2tA) + Nv,Sd (H - y - Llig/2 - tA/2)/(H - tA)
τ›2,Sd = P’Hd/(t2cA)
τ’2,Sd ≤ 0,6f’y/1.1
As soldas de filete duplo b1, dos anéis com a chapa que recebe as cantoneiras parafusadas,
e em toda a volta do enrijecedor de espessura t2, são calculadas conforme a NBR 8800:2008,
considerando as forças Vv,Sd e Nv,Sd atuando na altura Llig, que deve ficar entre 0,7H e H-80 mm.
τw1,Sd = τ2,Sdt2/(2x0,707b1)
τw2,Sd = σ’2,Sdt2/(2x0,707b1)
Deve-se ter
Para verificar os anéis superior e inferior, bem como os efeitos locais no tubo, considera-se
que possa haver de uma a quatro vigas ligadas ao pilar por meio de ligações rotuladas,
conforme figura 7.3, com Vv,Sd sempre atuando para baixo no pilar. As forças horizontais de
cálculo nos anéis, PHd, oriundas de Vv,Sd e Nv,Sd (ver cálculos a seguir), são resistidas por fluxo
de cisalhamento na parede do tubo, quando não forem autoequilibradas. A seção transver-
sal considerada de cada anel inclui uma parte da parede do tubo, como indicado na figura
7.2 e, para isso, o pilar deve se projetar acima do anel superior pelo menos vinte vezes a
espessura do tubo. Para os cálculos, foi usado o livro Roarks’ Formulas for Stress and
Strain (6ª edição).
O valor absoluto máximo de PHd, para cada viga ligada, é dado pela expressão:
PHd = Vv,Sd (cA + t1) /(H - tA) + Nv,Sd(H - y - Llig/2 - tA)/(H - 2tA)
Na parede do tubo
τh,Sd = PHd√2/(πrmt)
A1 = 18t2
A2 = cAtA
Asec = A1 + A2
R = D/2 - t + xG
R/xG = → h/xG = (extrair do livro Roark’s Formulas for Stress and Strain, 6a edição, pg 243)
h = (h/xG)xG
γ = h/R
β = 2F(1 + ν) γ
k11 = 1 - γ + β
k22 = 1 - γ
V’Ad = 0,511PHd
86
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Duas cargas PHd opostas ou três
M’’+ = 0,3183PHdRk22
V’’Ad = 0,511PHd
NAd = N’’Ad
y1 = cA + t - xG + h
r1 = D/2 + cA
y2 = cA + t - y1
r2 = D/2 - t
Tensões de cisalhamento
τAd = VAd/A2
τφd = τAdtA/(2t)
Variações dos diâmetros são críticas para duas cargas PHd opostas
Em valores absolutos
Deve-se ter
cA/tA ≤ 0,38(E/f’y)1/2
σradd ≤ 0,1(fy/1,1)
σφd ≤ 0,3(fy/1,1)
(Na equação de interação do pilar de aço, os valores obtidos de NSd e MSd devem ser multi-
plicados por 0,9; a redução de NSd não é necessária quando NRd tem redução mais significa-
tiva devida a Lc)
Acréscimo equivalente da força cortante no tubo entre anéis, para usar na equação de
interação:
τwAresd ≤ 0,6fw/1,35
2ΔD ≤ D/500 (um pouco afastado do plano do anel, o tubo tem uma variação de diâmetro da
ordem de duas vezes a calculada)
O pilar do exemplo dado no item 7.1.2 apresentou, na fase de construção, para as cargas
aplicadas antes da cura do concreto, as seguintes solicitações de cálculo:
1a. hipótese
Considerando que esse pilar não tenha redução de resistência causada por regiões de intro
dução de carga, verificar se sua seção (só de aço) é suficiente para as solicitações acima.
Solução
Considerando que esse pilar comece (ou termine) em uma região que recebe ligações
rotuladas de vigas de alma cheia, conforme Figura 7.3, verificar se sua seção (só de aço) é
suficiente para as solicitações obtidas na fase de construção, levando em conta que as
reações máximas de cálculo das vigas, nessa fase, são (ver figura 7.3):
V*v,Sd = 80 kN N*v,Sd = 0
Solução
E, para estas reações de cálculo das vigas, as solicitações de cálculo permitidas para Lc =
8 m, na segunda linha, são:
Os valores obtidos na análise para as reações de cálculo das vigas são iguais ou inferiores
aos máximos permitidos correspondentes (OK), mas a força normal de cálculo obtida na
análise (1790 kN) é superior à máxima permitida correspondente (1699 kN), e a seção não é
suficiente. Mesmo reforçando o anel (tabela 7.13-d), a seção não seria suficiente.
A seção deve ser alterada e novas análise e verificações devem ser realizadas. A seção
mais próxima a ser testada seria 600x8 (devido à fase final, conforme item 7.1.2), tabela
7.15-b, com as solicitações da nova análise.
Obs.: a análise anterior deve ser feita para ambas as extremidades do comprimento Lc
7.2.3) Tabelas
As tabelas 7.7 a 7.18 apresentam, para as regiões afetadas pelas ligações de vigas, as soli-
citações de cálculo (listadas a seguir) máximas permitidas, em função dos parâmetros
dados e da distância entre seções contidas lateralmente (Lc). Para determinação das
solicitações de cálculo, MSd, NSd e VSd, ver item 3.1.3 (ver também influência da região da
ligação, à frente).
Foram excluídos os tubos 1000x9,5 e 1000x12,5, devido às dimensões dos anéis que seriam
necessárias.
No caso de flexão em dois planos, os valores máximos permitidos de MSd e VSd aplicam-se,
do lado da segurança, às somas dos valores absolutos respectivos nos dois planos,
obtidos na análise. Se a distância Lc em um plano for diferente da que ocorre no plano
perpendicular, entrar na tabela com o maior valor.
Reações das vigas (reações verticais sempre aplicadas para baixo nos pilares)
NSd, MSd e VSd (deve ser considerada a pior situação nas extremidades do comprimento Lc)
— A força cortante VSd é acrescida de ΔVeq,Sd para entrar na fórmula de interação (item 3.1.1)
— Os valores de MSd e NSd, obtidos com a fórmula de interação, são multiplicados por 0,9
(a redução de NSd foi feita para Lc = 4 m para todos os tubos e, adicionalmente, Lc = 8 m para
os tubos com diâmetro ≥ 550 mm)
Observações
1) A figura 7.3 apresenta as dimensões mencionadas nas tabelas, além das que já foram
definidas anteriormente.
2) Considera-se que possa haver de uma a quatro vigas ligadas ao pilar por meio de liga-
ções rotuladas, conforme figura 7.3, com Vv,Sd sempre atuando para baixo no pilar
3) Nas tabelas 3.1 a 3.14 foram apresentadas as solicitações de cálculo permitidas, sem
levar em conta a influência das regiões afetadas pelas ligações de vigas.
90
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
4) Se o valor de t1 dado nas tabelas não for suficiente, reduzir Vv,Sd e Nv,Sd das tabelas, até
que t1 atenda, mantendo a relação Vv,Sd/Nv,Sd
5) Extensão do pilar acima do anel superior pelo menos 20 vezes a espessura nominal do
tubo.
91
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
99
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
7.37.3Ligações de pilares
Ligações de pilaresdede aço
aço com
com vigas
vigas em treliça
em treliça
A figura 7.4 mostra detalhe típico para ligações de pilares de aço com vigas em treliça
A figura 7.4 mostra detalhe típico para ligações de pilares de aço com vigas em treliça
Reforço da solda b1
t1 cA bA
(nota c)
tA ys
Ns,Sd Ns,Sd
b1
H
A A Nd,Sd
Nd,Sd
Ni,Sd Ni,Sd
yi
tA
t2
cA
tn
c1
D
CORTE A-A
Figura 7.4 - Detalhe típico para ligações de pilares de aço com vigas em treliça
Figura 7.4 - Detalhe típico para ligações de pilares de aço com vigas em treliça
100
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
Devido às diversas soluções construtivas possíveis para vigas em treliça, não serão apre-
sentados cálculos detalhados para as ligações destas com os tubos de aço.
d) As forças horizontais aplicadas nos anéis superior e inferior, respectivamente, são dadas
por:
PHsd = [Ns,Sd(H - tA/2 - ys) - Ni,Sd/(yi - tA/2) + Nd,Sd (cosα0) (cA + t1)] /(H - tA) - tração
PHid = [Ni,Sd(H - tA/2 - yi) - Ns,Sd/(ys - tA/2) + Nd,Sd (cosα0) (cA + t1)]/(H - tA) - compressão
e) Como a entrada das forças PHsd e PHid nos anéis é, em grande parte, direta (tração e
compressão), aparece uma tensão radial na borda no anel, que não existia nos casos de
ligações rotuladas de vigas de alma cheia com os tubos (item 7.2.1.2).
101
102 Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
PILARES DE AÇO E
MISTOS EM TUBOS COM
SOLDA HELICOIDAL
MANUAL GERDAU
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1ª edição / 2022
Consultoria:
Gilson Queiroz
Oswaldo Teixeira Baião Filho
Manual DE PILARES DE AÇO E MISTOS EM TUBOS COM SOLDA HELICOIDAL
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT NBR 8800:2008 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e con-
creto de edifícios
AISC:2006 - Steel Design Guide 1 – Base Plate and Anchor Rod Design – 2nd Edition
GERDAU - Ligações para estruturas de aço – Guia prático para estruturas com perfis lami-
nados - 2018
YOUNG, W. C., Roark’s Formulas for Stress and Strain - Sixth Edition, 1989
YOUNG, W. C., BUDYNAS, R. G., Roark’s Formulas for Stress and Strain - Seventh Edition,
2002
105
Reforço da solda b1
t1 cA bA
(nota c do item 7.2.1)
tA ys
Ns,Sd Ns,Sd
t2
b1
cA
H
A tn
Nd,Sd A Nd,Sd
Ni,Sd c1 Ni,Sd
D
yi
tA
CORTE A-A
t1 cA bA
y tA b1
A A
Vv,Sd tA Vv,Sd
b1
cA
t2
PILARES DE AÇO E
MISTOS EM TUBOS
tn
c1
D
COM SOLDA
CORTE A-A
HELICOIDAL
D Dch
M ts
ti
www.gerdau.com.br
Ao utilizar matéria-prima reciclada na confecção deste
folder, contribuímos com o desenvolvimento sustentável
da sociedade. “Reciclamos sem fim” é uma iniciativa que
nos mobiliza e está presente em nosso dia a dia.
/gerdau /gerdau @gerdau /gerdau /GerdauSA