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TÍTULO:

Dimensionamento de um Coletor de Escape para Veículo Formula SAE através do Método de Stefano Gillieri.
AUTORES:
Guilherme Cavalcanti Marques de Oliveira. Miguel Ângelo Menezes, Murilo Lima de Moraes, Campus de Ilha Solteira,
Faculdade de Engenharia, Engenharia Mecânica, guicavoli17@gmail.com
INTRODUÇÃO:
Os componentes utilizados para o escoamento de fluidos são de fundamental importância para o bom funcionamento dos
sistemas do motor de um veículo; tais como: sistemas de admissão, de lubrificação, de arrefecimento, e de escape.
Particularmente, para a obtenção do melhor desempenho de um motor a combustão interna, como o utilizado em um
veículo formula SAE, a geometria do coletor de escape deve ser dimensionada e construída de forma a evitar perdas de
carga e de modo a potencializar o ganho de torque e potência do motor. Todavia, se tal dimensionamento for incorreto, o
mesmo implicará em perda de potência, de eficiência volumétrica, torque e de rendimento, diminuindo assim o
desempenho dinâmico do veículo.
OBJETIVOS:
Determinar qual a melhor geometria do coletor de escape, de acordo com o espaço disponível dentro do chassi, que
proporcione o melhor desempenho do motor em um veículo formula SAE de acordo com o método de Stefano Gillieri.
MATERIAL E MÉTODOS:
No presente trabalho se calcula as dimensões do coletor de escape, utilizando-se fórmulas empíricas e simples, conforme
indicado pelo método de Stefano Gillieri. Dessa maneira, pode-se observar a adequação do coletor de escape para o
motor em questão. Primeiramente, calcular-se o comprimento do coletor de escape primário. Para isso, utiliza-se o valor de
máxima rotaçãopor minuto do motor (RPM), e o valor em graus do diagrama de distribuição do escape determinado
empiricamente; ou seja, o grau de abertura da válvula de escape. Com a determinação do comprimento, pode-se
determinar o diâmetro do coletor primário utilizando, conjuntamente, o volume unitário de cada cilindro do motor, como
parâmetro de cálculo. Entretanto, pelo fato do coletor possuir geometrias muito curvas, o resultado obtido no cálculo, deve
ser adicionado em 10%. Assim, os quatro tubos primários ainda devem se unir em um único tubo de exaustão, formando
uma caixa de expansão, que permite a redução da velocidade dos gases e, em consequência, a de ruído. Além disso,
todos os gases queimados pelos cilindros devem se unir em um único fluxo de corrente; portanto, deve-se garantir que as
correntes reversas não coincidam nesse momento. Por outro lado, para o tubo do coletor secundário é aconselhável ainda
se determinar o seu diâmetro, utilizando-se como parâmetros, o valor da cilindrada do motor e o comprimento do coletor
primário. Contudo, para o comprimento do coletor secundário, aconselha-se que o mesmo tenha um valor múltiplo do
comprimento do coletor primário.
RESULTADOS:
Da metologia utilizada, obteve-se as dimensões dos diâmetros e comprimentos dos tubos primários e secundários do
coletor de escape para um veículo formula SAE de modo satisfatório. Levando-se em conta a limitação do espaço
disponível dentro com chassi, esboçou-se a melhor geometria possível, a qual atende aos requisitos das dimensões
obtidas analiticamente. Além disso, empregou-se aproximações quanto ao diâmetro dos tubos disponíveis no mercado,
devido a dificuldade de se obter um tubo com o exato diâmetro calculado.
DISCUSSÃO:
A partir dos resultados obtidos, pôde-se determinar a melhor opção encontrada, que atende-se aos requisitos de projeto, e
que implicará após sua manufatura, em um melhor desempenho do motor. Sendo ao final empregados tubos de 1 ¼” de
diâmetro e 44,7 cm de comprimento para os coletores primários; e um tubo de 1 ¾ “ de diâmetro e 52,3 cm de
comprimento para o coletor secundário.
REFERÊNCIAS:
[1] – GILLIERI, S. Preparacíon de motores de serie para competición, Barcelona, España: Ceac, (2007).
[2] – SOLIS, E. MACERO, D. Diseño y construcción del múltiple de escape para el motor Yamaha FZR600 de formula
SAE. España, Cuenca: UPS (2014).

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