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LUANA CAROLINE SOUSA DE MIRANDA

GORVERNO DE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Goianésia
2022
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LUANA CAROLINE SOUSA DE MIRANDA

GOVERNO DE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Trabalho apresentado ao Colégio


Decisão da cidade de Goianésia-Goiás,
como requisito para obtenção de nota
parcial do quarto bimestre do 3º ano do
Ensino Médio da disciplina de Hisória.
Professor: Edivaldo

Goianésia
2022
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GOVERNO DE LULA

INÍCIO DO GOVERNO

Lula nasceu em 27 de outubro de 1945 na localidade de Caetés — hoje município, na


época parte da cidade de Garanhuns —, em Pernambuco. Aos sete anos de idade, migrou com a
família liderada por sua mãe, Dona Lindu, para o Guarujá, no litoral paulista.
Chegou a São Paulo apenas em 1956. Estabeleceu-se com a família nos fundos de um
bar no bairro do Ipiranga, bairro operário onde criaria seu instituto décadas mais tarde. Lula
sendo carregado após comício com sindicalistas em 1979, em São Bernardo. Lula após comício
de sindicalistas em 1979; no Sindicato dos Metalúrgicos, ele lançou as greves de operários que
contribuíram para o enfraquecimento da ditadura militar. O primeiro passo para se transformar
em político veio em 1962, quando formou-se torneiro mecânico em um curso do Senei. Um ano
depois perderia o dedo mínimo da mão esquerda, o que se tornaria uma das suas principais
marcas, ao lado da barba farta e da voz rouca. Casou-se três vezes. A mais recente, em maio de
2022, foi com a socióloga e militante do PT Rosângela Silva, a Janja. A primeira mulher, Maria
de Lourdes, morreu em 1970 por conta de uma gravidez de risco, assim como seu primeiro
filho. Em 1974, Lula conheceu a também viúva Marisa Letícia (1950-2017), e do casamento
nasceram quatro filhos. A partir dali ele lançou as greves de operários que contribuíram para o
enfraquecimento da ditadura militar. Mas mesmo entre os maiores inimigos cultivou algumas
amizades. Era o caso do ex-chefe da Polícia Federal Romeu Tuma, que o liberou da prisão para
acompanhar o velório da mãe, em 1980.

PARTIDO DOS TRABALHADORES

Foi o mesmo ano em que sua carreira político-partidária começou, com a fundação do
Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1982, com uma plataforma radical defendida por
intelectuais do partido, Lula disputou o governo do Estado de São Paulo e terminou em quarto
lugar, com menos de 10% dos votos. Logo depois fundaria a CUT (Central Única dos
Trabalhadores) e participaria do movimento Diretas Já, pela volta da democracia. Lula com
FHC, Marisa e José Alencar em sua primeira cerimônia de posse, em 2003; petista chorou na
titulação dizendo que o diploma de presidente da República era o primeiro de sua vida. O
movimento não teve resultado imediato, mas a possibilidade de os brasileiros voltarem a votar
para presidente reapareceu em 1985, em uma votação no Congresso. Lula, por sua vez,
defendeu a abstenção dos deputados petistas na eleição indireta de Tancredo Neves à
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Presidência da República. Parlamentares que se rebelaram contra a decisão acabaram expulsos
do partido, contra a vontade de Lula. Tancredo morreu antes de tomar posse como presidente.
Quando José Sarney assumiu, o PT migrou para a oposição. Em 1986, Lula se tornou o
deputado federal mais votado do país, para participar da Assembleia Constituinte. O papel
discreto não o afastou da candidatura à Presidência da República pela primeira vez, 1989.
Modelo econômico começou a dar sinais de cansaço no segundo mandato de Lula, mas Lula
perdeu o segundo turno para Fernando Collor de Mello. Dois anos depois, o petista estaria nas
ruas para pedir o impeachment de Collor, acusado de corrupção. Quando Itamar Franco tomou o
lugar de Collor, Lula recusou cargos no governo. Em nova disputa nas urnas, acabou derrotado
em 1994 por Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, que foi ministro de Itamar e um dos
idealizadores do Plano Real, chamado por Lula de "estelionato eleitoral". Foi um choque para o
petista, que meses antes chegara a cogitar a formação de uma chapa moderada ao lado do tucano
Tasso Jereissatti como vice. Os planos foram barrados por radicais no PT.
Quatro anos depois, surpreendido pela emenda que passou a permitir a reeleição, perdeu
novamente para FHC, no primeiro turno. A impopularidade de FHC em seu segundo mandato
tornava a vitória de Lula mais provável em 2002. Além das mudanças políticas e econômicas,
Lula abraçou o marketing político como centralizador das mensagens eleitorais. Um dos pontos
cruciais foi a chamada "Carta ao povo brasileiro", em que Lula acalmava o mercado com
promessas de manter os pilares macroeconômicos do antecessor e governar com
responsabilidade fiscal. Um empresário, José Alencar, se tornou seu confidente e vice-
presidente por oito anos. Lula chorou na cerimônia de titulação no Tribunal Superior Eleitoral
dizendo que o diploma de presidente da República era o primeiro que tinha ganhado na vida.

GOVERNO

Em seu governo, iniciativas difusas até então se transformaram no unificado Bolsa


Família, um programa de transferência de renda voltado aos mais pobres que em 2022 acabou
extinto para dar lugar ao Auxílio Brasil, programa do governo de Jair Bolsonaro. Sob Lula, o
que seria uma reforma da Previdência para garantir direitos trabalhistas transformou-se em um
aceno ao mercado para lidar com deficit galopante. Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa
durante julgamento do mensalão; escândalo marcou governo Lula. Popular internamente, Lula
ganhou fama internacional, sobretudo pelas medidas de combate à pobreza. Ficou famoso, em
2009, em reunião do G20, o momento em que o então presidente americano Barack Obama o
chamou de "o cara". O boom das commodities, o avanço de políticas de crédito e a emergência
de uma nova classe média geraram anos de crescimento econômico e aumento do consumo, mas
no fim do governo Lula esse modelo econômico já dava mostras de esgotamento.
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Na política, veio o escândalo do mensalão, em 2005, em que ministros centrais do


governo Lula foram acusados de compra de apoio político no Congresso. Depois de perder para
denúncias o seu ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e de ver seu amigo Delúbio Soares,
tesoureiro do PT, apontado como artífice do esquema, Lula se disse "traído", mas evitou apontar
os aliados como responsáveis. Sua popularidade afundou até a faixa dos 30% e ele respondeu
com acenos para os dois lados. Primeiro, instituiu a política de valorização do salário mínimo e
o ProUni, programa de concessão de bolsas universitárias a jovens carentes. Depois, ofereceu
mais ortodoxia na economia, sob o comando do presidente do Banco Central e ex-deputado do
PSDB, Henrique Meirelles. Acabou reeleito em 2006, vencendo o tucano Geraldo Alckmin. Seu
segundo mandato foi mais centrado em programas de infraestrutura.
Em 2007, Lula privatizou estradas federais, deixando para trás um antigo dogma petista
contrário à venda de patrimônio público. Lançou também o PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento), coordenado por Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil. Quando veio
a crise econômica internacional, em 2008, o governo Lula disse se tratar de uma "marolinha". O
presidente foi à TV pedir aos brasileiros que continuassem impulsionando o consumo. Pouco
depois, veio o programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", também a ser coordenado por
Dilma.
Lula fez sua sucessora e deixou o cargo com quase 90% de aprovação popular. Mas isso nem de
longe significava a aposentadoria do ex-presidente.

LAVA JATO

Até que, em 2015, a operação Lava Jato inicia investigações sobre figuras-chave de sua
administração. As acusações de corrupção na estatal fizeram com que Lula fosse pela primeira
vez ouvido como testemunha em uma série de investigações sobre integrantes do seu governo.
No ano seguinte, eclodiu uma nova onda de protestos populares pelo impeachment de Dilma, e
polêmicos bonecos de Lula vestidos como presidiário se tornam presença constante nas
manifestações. A Lava Jato resultou na prisão e condenação de antigos aliados de Lula, como o
ex-governador do Rio Sergio Cabral e o ex-ministro Antonio Palocci, condenado em 2017 a 12
anos por lavagem de dinheiro e corrupção. Em julho de 2017, o juiz federal Sergio Moro
condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção no julgamento em que era
acusado de receber um apartamento no Guarujá (SP) em troca da promoção de interesses da
empreiteira OAS junto à Petrobras. Em março do ano seguinte, o Tribunal Regional Federal da
4ª Região rejeitou por unanimidade os recursos apresentados pela defesa de Lula contra a
condenação. No início de abril de 2018, um pedido de habeas corpus do ex-presidente foi
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negado pelo STF. Lula, então, teve sua prisão decretada. Naquele momento, já se apresentava
como pré-candidato à Presidência nas eleições que aconteceriam em outubro. O ex-presidente
Lula naquele momento mantinha-se como líder em intenções de votos, segundo pesquisas
eleitorais.

PRISÃO

O ex-presidente se manteve figura importante da política nacional durante seu período na


prisão. Chegou a ser registrado como candidato oficial do PT, tendo Haddad como vice, mas seu
registro foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. Haddad
acabou concorrendo e foi derrotado, em segundo turno, por Jair Bolsonaro. Num primeiro
momento, foi impedido de dar entrevistas, mas o STF revogou essa proibição. Lula deixou a
prisão duas vezes. Na primeira, em 14 de novembro do ano passado, ele saiu para prestar
depoimento à juíza Gabriela Hardt, que substitui Moro — atualmente ministro da Justiça e
Segurança Pública — nas ações da Lava Jato. Na segunda, em abril deste ano, ficou fora por
cerca de nove horas. Ele viajou a São Bernardo do Campo, em São Paulo, para o velório e a
cerimônia de cremação de seu neto Arthur, de sete anos, que morreu no dia anterior vítima de
uma infecção bacteriana.
Antes disso, em janeiro, a defesa de Lula já havia solicitado à Justiça que o ex-presidente
deixasse a prisão para ir ao funeral de seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em São
Bernardo do Campo. Mas a juíza Carolina Lebbos negou. Na ocasião, a magistrada diz ter
tomado a decisão com base em um parecer da Polícia Federal, segundo o qual não era possível,
à época, garantir a segurança de Lula e das demais pessoas durante o trajeto até São Bernardo
devido ao curto prazo. Pouco antes do enterro de Vavá, no entanto, o STF autorizou o ex-
presidente a deixar a prisão. Mas Lula decidiu não ir porque não havia mais tempo hábil.

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