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HISTÓRIA: GOVERNO DE DILMA ROUSSEF

Carlos Eduardo dos Santos Vieira;


João Lúcio de Morais Gomes Netto;
Lailla Thaline dos Santos;
Raul Fernandes da Silva;
Cláudio Wagner Silva dos Santos.

Dilma Rousseff
Dilma Vana Rousseff (1947) é uma política brasileira. Ex-presidente da
República do Brasil, a primeira mulher eleita para presidir o país. Foi ministra da Casa
Civil do governo de Lula no período de 2005 a 2010.
Em sua adolescência, no período da ditadura militar no Brasil, atuou como
integrante do Colina (Comando de Libertação Nacional) e Vanguarda Armada
Revolucionária Palmares. Dilma foi julgada por um tribunal militar sob a acusação de
subversão por discordar publicamente da ditadura. Ela não participou de lutas armadas.
A punição teve como base o decreto n.º 477, do AI-5 (Ato Institucional n.º 5). Por esse
motivo, cumpriu pena no período de 1970 a 1972, em São Paulo.
Ela entrou para a vida política no estado do Rio Grande do Sul atuando pelo
PDT-Partido Trabalhista do Brasil. De 1999 a 2002, foi Secretária de Minas e Energia
do governo daquele estado. Em 2001, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT),
quando esse era presidido por Luís Inácio Lula da Silva.
Depois da vitória de Lula nas urnas, Dilma Rousselff atuou como ministra de
Minas e Energia até 2005, quando aconteceu o escândalo do "Mensalão", o que abalou o
governo. O então ministro da casa civil, José Dirceu, envolvido no escândalo, teve que
renunciar. Dilma Rousseff assumiu o cargo.
No período entre 2005 e 2010, Dilma Rouseff foi preparada por Lula para
candidatar-se a sua sucessão, o que acabou ocorrendo em 2010, sendo a primeira mulher
eleita para presidente, da história do Brasil. Em 2014, Dilma foi reeleita para o mandato
de 2015/2018.
Período em que foi presidente
Sua Presidência ficou marcada por uma série de medidas intervencionistas na
economia. Ela promoveu a queda dos juros, desonerou diversos setores da economia e
promoveu a mudança de contratos com concessionárias de energia para derrubar o preço
da conta de luz. Dilma definiu como alguns de seus objetivos a manutenção da
estabilidade econômica, a erradicação da pobreza e a criação de empregos.
Em seu primeiro mandato enfrentou denúncias de corrupção em sua base
governamental. Com seis meses de governo, ela promoveu a primeira “faxina”,
demitindo uma série de ministros. O cenário político do Brasil foi transformado por
massivos protestos de rua que começaram em São Paulo em junho de 2013 e se
espalharam por todo o país. Manifestações de rua, inicialmente contra a tarifa do
transporte público em São Paulo, se espalharam por várias cidades do país. Os protestos
logo viraram mostra de insatisfação geral contra os políticos. A aprovação do governo
Dilma caiu 27 pontos e ficou abaixo dos 30%. Mesmo com queda de popularidade, ela
enfrentou uma nova campanha eleitoral e saiu vitoriosa em 2014, reelegendo-se com
51,6% dos votos. Também havia muita insatisfação com os gastos do governo em obras
para a Copa do Mundo, que o país sediou em 2014, e para os Jogos Olímpicos de Verão
que ocorrerão em 2016.
Com baixa popularidade e falta de apoio no Congresso, Dilma enfrentou um
difícil começo de mandato. As políticas econômicas adotadas no primeiro mandato não
funcionaram. Os juros voltaram a subir, o valor da conta de luz disparou. A Operação
Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal, atingiu importantes nomes do governo,
incluindo o ex-presidente Lula. O governo tentou adotar medidas impopulares, como
ajuste fiscal e aumento de impostos, e enfrentou oposição do Congresso. Manifestantes
foram às ruas pedir o impeachment da presidenta. Um novo escândalo, envolvendo a
Petrobras, o PT e o pagamento de propinas, teve enorme repercussão. Dilma foi
presidente do Conselho de Administração da Petrobras durante um período que coincide
com o do pagamento das supostas propinas, mas as investigações a isentaram de
qualquer responsabilidade pelos crimes. Muitos brasileiros, porém, duvidaram de sua
inocência e realizaram manifestações nas ruas, pedindo o impeachment de Dilma.

O Impeachment
Dilma Rousseff foi destituída do seu cargo em 31 de agosto de 2016, e este
talvez tenha um dos eventos mais contraditórios da história do Brasil, o país inteiro
pareceu se dividir entre “coxinhas” e “petralhas”, ou você era a favor de Dilma ou
contra, sem meios termos, surgiram os batedores de panela, os patos na rua e pessoas
que protestavam contra a corrupção de um único partido.
Logo no primeiro ano do segundo mandato já se mostrava claro que a
permanência de Dilma no cargo de presidente pelos quatro anos previstos
constitucionalmente não seria uma tarefa fácil, pois mais de 50 de impeachment foram
protocolados a Câmara dos Deputados, até que em dois de dezembro do mesmo ano
finalmente se inicia ao processo de impeachment quando Eduardo Cunha, então
presidente da Câmara dá prosseguimento ao pedido dos juristas Hélio Bicudo, Miguel
Reale Júnior e Janaína Paschoal. A acusação era de que Dilma Rousseff tinha cometido
crime de responsabilidade contra a lei orçamentária, praticando as chamadas "pedaladas
fiscais" e pela edição de decretos de abertura de crédito sem a autorização do
Congresso.
O impeachment na câmara se deu da seguinte maneira, em 8 de dezembro o
Plenário da Câmara elege a comissão especial que analisaria o pedido de impeachment.
Nove dias depois o STF define o rito do impeachment a ser seguido, anulando a eleição
da comissão especial. Em março de 2016, Eduardo Cunha instala a nova comissão
especial e os deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO) foram
eleitos respectivamente presidente e relator. Em 11 de abril, a comissão especial aprova
a abertura do processo contra Dilma, por 38 votos a 27. E no dia 17, ouve a votação
nominal que o país inteiro parou para assistir, e o Plenário autoriza a abertura do
processo de impeachment contra Dilma por 367 votos a favor, 137 votos contra e 7
abstenções, Dilma é então afastada do cargo e seu vice Michel Temer assume a
presidência de maneira interina.
Depois disso foi “ladeira abaixo”, o pedido de impeachment vai ao Senado onde
em 9 de agosto e decidido, por 59 votos a 21, que a presidente afastada iria a
julgamento, no terceiro dia do julgamento, a presidente Dilma comparece ao Congresso
para se defender, mas não teve mais jeito, o mandato de Dilma foi cassado em 31 de
agosto, mas ela manteve seus direitos políticos.

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