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REGISTRO: ANEXO A
UNIVERSIDADE VILA VELHA
(para uso do PPGSP) PROPOSTA DE PESQUISA
Na sociedade em rede do século XXI, a relação entre os poderes civis transpassam a lógica da autoridade
comum estamental e da burocracia instalada como elementos chaves da democracia representativa do século
XX, incluindo o capital financeiro concentrado em bancos, ou então com as redes sociais como motor da
discussão política no lugar das discussões físicas.
Para além das novas formas de negócio, a tecnologia de blockchain vem como um marco na era
informacional, promovendo novas formas de comunicação e métodos de organização da tecnologia da
informação pela sociedade civil, através da internet com sua mineração de dados.
Esta nova tecnologia trás consigo direitos e práticas financeiras que podem ainda no momento não estarem
totalmente exploradas, ou mesmo, mensuradas com legislação adequada, pelas antigas formas de gerir os bens
públicos, já que estas baseiam-se, por via de regra, num antagonismo entre a criptografia privada e altiva, e na
defesa incondicional da propriedade privada contra os interesses do Estado.
Sendo assim, em suma, utilizadas pelo cidadão como uma nova forma de investimento, e proteção dos seus
bens, impedindo o avanço da economia pública e planejada, e até mesmo, protegendo-o da taxação de
impostos. Pelo menos, sob um olhar distante, como no caso brasileiro, e nas economias menos desenvolvidas
que ainda não se adaptaram as essas novas tecnologias. E tratam o caso como sonegação de impostos ¹
(impedindo até mesmo projetos de taxação das grandes riquezas).
Alguns países diante do fato das suas economias digitais estarem ganhando força já avançam no
prosseguimento de suas agendas na criação de novas moedas criptografadas e públicas, até mesmo estáveis na
conversão com o dólar ou outras moedas fiduciárias, como o Franco Suíço, lastreadas em metais nobres ou
não, chamadas stablecoins. Contudo até mesmo empresas privadas como a Tesla Motors e o Facebook²
demonstram interesse criando na perspectiva das stablecoins um modelo de negócios. Oferecendo novas
formas de diálogo, e até mesmo pagamento pela internet, com canais ultraprotegidos e rápidos. Com o
objetivo de criar moedas estáveis e adaptadas as garantias da coisa pública e do erário, como pouca variação
do valor nominal e poder de compra.
Nota-se que neste sentido, muitos dos programas de radicalização da democracia pelos movimentos de
vanguarda da internet atual, caminham no sentido de assegurar as garantias civis conquistadas pelo Estado, ou
até mesmo, contrárias ao avanço da monetização das criptomoedas, que em suma, podem ser classificados
como uma forma de anarco-capitalismo, pelos teóricos do anarquismo, ou então pela radicalização financeira
evidente. Neste sentido, abrindo possibilidade para uma nova forma de gestão democrática baseada em
plataformas como o Ethereum, ou de tecnologias semelhantes, sem a intervenção do estado nas mecânicas do
plataforma.
Portanto ter a compreensão da mecânica de blockchain, pode significar compreender sua nova utilidade nas
políticas públicas³ e algoritmos de governamentalidade do SÉC XXI. Tendo em vista a privacidade do seu
funcionamento.
10. OBJETIVOS:
(gerais e específicos - até 1.000 caracteres, incluindo espaços)
11. MÉTODOS:
(até 1.000 caracteres, incluindo espaços)
12. REFERENCIAL TEÓRICO / REVISÃO DA LITERATURA:
(até 2.000 caracteres, incluindo espaços)
BOBBIO, Norberto, Dicionário de política I e II Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino; trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad.
João Ferreira; rev.geral João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília : Editora Universidade de Brasília, 11a ed., 1998.
(2) <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/18/tecnologia/1560851467_183722.html#:~:text=O%20Facebook%20lan%C3%A7ar%C3%A1%20em
%202020%20sua%20pr%C3%B3pria%20moeda%3A%20a%20Libra.&text=A%20Libra%20pretende%20chegar%20a,custo%20ou%20a%20baixo
%20custo%22.>. Acesso em 16 de julho de 2020.