Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 - INTRODUÇÃO
2 – MÉTODO FAA
Uma pista simples, em média, suporta cerca de 200.000 operações-ano. Num aeródromo com
pequenas aeronaves em condições visuais favoráveis (VMC) uma pista simples atende até 99
operações por hora, Caindo para 60 quando as aeronaves são de grande porte. Condições
instrumentais de operação (IMC) fazem a capacidade cair para 42 a 53 operações por hora.
A Advisory Circular 150/5060-5 de 1983 [2], no site www.faa.gov disponibiliza uma versão com
correções até janeiro de 1995. É recomendado seu uso para o estágio de planejamento. Esse
documento dispõe de 5 capítulos:
Nos seus apêndices estão relatados exemplos de aplicação. Muitas tabelas estão disponíveis,
principalmente nos capítulos 2, 3 e 4, para subsidiar os cálculos necessários.
Cálculo do Índice-Mix
Os valores se baseiam nas regras e práticas de controle de tráfego aéreo observadas nos
aeroportos norte-americanos
Porcentagens iguais de chegadas e partidas
Saídas e acessos de pista suficientes e sem cruzamentos
Porcentagens de toque e arremetida conforme Tabela 1
Espaço aéreo sem limitações
Pelo menos uma pista equipada com ILS
Para o cálculo anual considera-se 10% do tempo em operação VFR
% Toque e
Índice-mix X* Y**
arremetida
0-20 0-50 290 9
21-50 0-40 300 10
51-80 0-20 310 11
81-120 0 320 12
121-180 0 350 14
X* - razão entre demanda anual e demanda média diária (do mês pico)
Y** - razão entre demanda média diária e demanda média de hora-pico (do mês pico)
Para avaliação de espera (atrasos) pode ser utilizada a Figura 2 que fornece uma estimativa da
espera por aeronave baseado na razão entre a demanda anual e o volume de serviço (capacidade
anual). Multiplicando-se o valor da espera por aeronave pela demanda anual obtêm-se a estimativa
de total de atraso anual. Adota-se a porção superior da banda quando domina a operação de
operações da Aviação Comercial Regular. A parte inferior refere a situações onde a Aviação Geral
é dominante.
Tabela 2 – Capacidades Fornecidas [2]
Estão disponíveis ainda os custos decorrentes pela espera. Na Tabela 3 estão reveladas as
estimativas para custos com tripulação, combustível e manutenção, para operadores da aviação
comercial (regular ou táxi aéreo) e, os custos de combustível e manutenção, para os operadores
da aviação geral (geral).
Aeronave USD/minuto
Classe A - 1 motor 1-3 assentos 0,60
+ 4 assentos (geral) 1,00
Até 12.500 lb + 4 assentos (regular) 1,80
Classe B - + 1 motor 2 / pistão (geral) 2,50
2 / pistão (táxi) 3,70
Até 12.500 lb 2 / turbina (geral) 5,20
2 / turbina (táxi) 6,80
Classe C Motor pistão (geral) 2,80
Motor pistão (táxi) 4,00
De 12.500 a 300.000 lb Motor pistão (regular) 2,90
2 / turbina (geral) 5,60
2 / turbina (táxi) 7,30
2 / turbina (regular) 6,60
4 / turbina (regular) 15,10
2 / jato (geral) 13,60
2 / jato (táxi) 16,80
2 / jato (regular) 22,00
3 / jato (regular) 31,40
4 / jato (regular) 35,50
Classe D 2 / jato (regular) 39,00
3 / jato (regular) 57,60
+ 300.000 lb 4 / jato (regular) 79,30
Pistão (geral) 1,40
Pistão (táxi) 2,30
Helicópteros Turbina (geral) 3,30
Turbina (táxi) 4,40
3 – MODELAGEM ANALÍTICA
O estudo de capacidade pode ser feito através de modelos analíticos baseados na representação
gráfica das trajetórias das aeronaves durante procedimentos de pouso e decolagem, os diagramas
espaço-tempo. A capacidade é formulada como o inverso do tempo médio de serviço das
aeronaves que se movimentaram na pista. O tempo médio desse serviço na pista é definido pelo
maior dos dois valores: a separação no ar em termos de tempo ou o tempo de ocupação da pista.
Considerando o caso mais simples de uma pista dedicada apenas a pousos, sob condições de
demanda contínua e não levando em conta as possibilidades de ocorrência de erros por parte de
pilotos e controladores de vôo, o tempo de ocupação de pista por uma aeronave pode ser obtido
pela diferença entre os tempos de passagem pela cabeceira da pista de uma aeronave líder i e
outra seguidora j. As aeronaves que compõem a frota operante na pista podem ser agrupadas em
classes discretas de velocidades de aproximação Vi, Vj, etc. O tempo médio de serviço ponderado
pelas classes de aeronaves pode ser obtido através de uma matriz Mij, de separações entre
aeronaves que chegam à cabeceira da pista e das porcentagens de participação Pij, das classes
de aeronaves na frota. O valor esperado do tempo médio de serviço ponderado entre as classes
de aeronaves da frota E[Tij] é o somatório entre os produtos de Pij e de Mij. Esses modelos
determinam o número máximo de operações que um sistema de pistas pode acomodar num
intervalo de tempo específico quando há demanda contínua de serviço. Nestes modelos o valor da
capacidade pode ser traduzido pelo inverso da média do tempo de serviço para todas as
aeronaves e tratam do corredor de aproximação em conjunto com a pista, formando o sistema
pista. Janic mostra em [5] uma abordagem muito interessante de avaliação de capacidade dos
diversos subsistemas do Transporte Aéreo. De forma geral o tempo de ocupação de uma pista na
decolagem varia de 30 segundos (pequenas aeronaves) a 60 segundos (grandes aeronaves). Já o
tempo de ocupação no pouso depende das velocidades e do porte das aeronaves líder e
seguidora. Essas separações variam de país para país. Para decolagens, numa pista simples, a
separação oscila de 45 a 120 segundos. Para o pouso a variação é de 3 a 7 milhas náuticas. Em
rota, no Brasil, utilizam-se os mínimos, no caso de separação radar, mostrados na Tabela 4.
4 – SIMULAÇÃO
Muitos são os modelos desenvolvidos que utilizam técnicas de simulação que buscam retratar as
operações de uma pista e quantificar sua capacidade e identificar suas limitações. O Simulation
Model (SIMMOD) é um dos modelos mais utilizados no Brasil. O Airfield Delay Simulation Model
(ADSIM) é um modelo de simulação por eventos discretos que calcula tempos de viagem, atrasos
e fluxos de operação. O Runway Exit Interactive Design Module (REDIM), um software free, está
sendo testado no ITA para verificar sua eficácia no cálculo de capacidades de pista. Outros
modelos como o Reorganised ATC Mathematical Simulator (RAMS), também está sendo estudado
no ITA mais diretamente quanto à capacidade do espaço aéreo e o TAAM, um programa de custo
bastante elevado, tem sido empregado por especialistas no Brasil. Muito citado na literatura, o
ARENA, um pacote de aplicação mais geral, tem sido estudado mais para simulação do lado
terrestre de aeroportos (por exemplo: terminais de carga, estacionamento de veículos e terminais
de passageiros).
Referências