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UNISANTA

UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

ENGENHARIA ELÉTRICA

MÁQUINAS ELÉTRICAS II
FUNCIONAMENTO DO GERADOR E MOTOR CC
PARTE 1

Thiago Rodrigues Alves


RA: 105808

Prof: Dr. Silvério Penin Y Santos

1º Semestre 2020
Santos/SP
UNISANTA

FUNCIONAMENTO DO GERADOR C.C.


Professor: Dr Silvério Penin y Santos
Professor: MSC Alexandre Shozo

1) OBJETIVO
Familiarizar o aluno com as máquinas do laboratório principalmente a máquina de
corrente continua funcionando como gerador e como motor.
Verificar a influencia da rotação sobre a tensão do gerador C.C.

2) A BANCADA
Identificação das máquinas do experimento. Idem dos instrumentos com os respectivos
fins de escala

Para o Gerador CC e Motor CC observar:


a) A fonte de campo alimenta o enrolamento derivação alimentado por fonte CC
externa, terminais CD.
b) Os enrolamentos para ligação série (EF1) e composta (EF) não serão utilizados.
c) O enrolamento ''interpolo'' sempre é ligado em série com a armadura. Sua função
é eliminar o faiscamento em carga
d) Para as três máquinas colocar e numerar os terminais
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Bancada de teste do Gerador CC


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3) GERADOR CC
3.1) ESQUEMA COMO GERADOR CC

Figura 2: Experimento para reconhecimento de máquina CC e Motor de Indução


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3.2) ROTEIRO DO ENSAIO
a) Partir o motor de indução ou assíncrono com a reostato de partida.
b) Partir o motor de indução ou assíncrono com inversor de frequencia
c) Verificar o aumento da tensão quando se aumenta a rotação.
d) Verificar o aumento da tensão quando se aumenta a corrente de excitação.
e) Quando o grupo moto-gerador estiver em velocidade nominal, ligar e aumentar
gradualmente a carga, preenchendo as tabelas.

Gerador sem carga, apenas com variação de velocidade e tensão de excitação.

rpm V3 I3 mA Vcc Icc A


1 1800 235 440 250 0
2 1600 219 440 250 0
3 1400 195 440 250 0
4 1200 165 440 250 0
5 1000 136 440 250 0

Velocidade x Tensão de excitação


2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
100 120 140 160 180 200 220 240 260
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Gerador em Carga:

rpm V3 I3 mA Vcc Icc A


1 1800 107 340 220 0
2 1800 107 340 220 0,8
3 1800 107 340 215 1,8
4 1800 107 340 210 2,2
5 1800 107 340 205 3,1
6 1800 107 340 205 3,8
7 1800 107 340 205 4,4

Relação Tensão x Corrente do Gerador em carga


222

220

218

216

214

212

210

208

206

204
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5
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4) MOTOR CC
4.1) ESQUEMA COMO MOTOR CC

Figura 3: Experimento para reconhecimento de Máquina CC e Motor de Indução


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4.2) ROTEIRO DO ENSAIO


a) Certificar-se que a FONTE que alimenta a armadura esta zerada
b) Excitar o MOTOR CC ATÉ 0,7 A no campo
c) Partir o motor CC aumentando gradativamente a tensão da fonte que alimenta a
armadura. Verificar o aumento da rotação quando se aumenta a tensão
d) Com Iexc=0,7

V1 rpm I2(campo)
1 120 708 0,7
2 140 934 0,7

3 160 1055 0,7

4 200 1180 0,7

5 220 1298 0,7

6 240 1410 0,7

Tensão x Velocidade
300

250

200

150

100

50

0
600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500
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e) Quando o grupo moto-gerador estiver em velocidade nominal, e com 0,7 no
campo reduzir gradativamente a corrente de campo

rpm V1 I2
1 1256 220 0,7
2 1294 220 0,65

3 1335 220 0,6

4 1380 220 0,55

5 1470 220 0,5

6 1580 220 0,45

7 1604 220 0,4

Corrente x Velocidade
0,8

0,7

0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
1200 1250 1300 1350 1400 1450 1500 1550 1600 1650
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5) RESPONDER AS QUESTÕES

a) Justificar pela correspondente equação porque a tensão gerada varia


quando ocorre a uma variação de velocidade

𝐸 = 𝐾𝑒 ∗ 𝑛 ∗ ∅

Na expressão acima, a velocidade “n” é diretamente proporcional à tensão gerada “E”,


ou seja, quanto maior a velocidade maior a tensão, o inverso também é verdadeiro
considerando as mesmas condições.

b) Justificar pela correspondente equação porque a tensão gerada varia quando


ocorre a uma variação da tensão de campo.

𝐸 = 𝑉 − (𝑟𝑎 + 𝑟𝑖) ∗ 𝐼

Semelhante a expressão da questão a), a tensão de gerada é diretamente proporcional a


tensão de campo, logo quando variamos para mais ou para menos, respectivamente a
tensão gerada variará acompanhando a intensidade da variação da tensão de campo.
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c) Porque você não pode partir o Motor cc sem corrente de campo

Apesar de utilizar em sua origem elementos elétricos para funcionar, o motor gira numa
resultante física. F=BIL.
A força (F) que fará o motor girar, ou partir, está diretamente relacionada ao Campo
magnético (B), que corta a bobina (L), mediante a corrente (I) que circula por ela. A
combinação destes 3 elementos posicionados conforme figura abaixo, resultará em uma
força perpendicular a bobina.

Ao aprofundarmos mais a análise, envolvendo todos os aspectos que contribuem para a


partida da máquina, podemos observar também a corrente na equação geral do Torque
para máquinas CC

(𝑍⁄𝑎) ∗ 𝑝
𝑇= ∗𝐼∗∅
2𝜋

Sendo o fluxo diretamente proporcional ao Conjugado, se não houver corrente de


campo não haverá conjugado.

Relacionado a velocidade, se não houver fluxo magnético e haver tensão na armadura o


motor dispara.

𝑉 − (𝑟𝑎 + 𝑟𝑖) ∗ 𝐼𝑎
𝑛=
𝐾𝑒 ∗ ∅

Observando a expressão acima, se a corrente de Campo Ic tender a 0, não haverá fluxo.


Se o fluxo ∅ for 0, a velocidade “n” tende ao infinito e o motor dispara.
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d) Porque você não pode partir o Motor cc com tensão plena na armadura?

O risco de partir o motor com tensão plena na armadura é de que o rotor possa aumentar
a velocidade descontroladamente, conhecida como disparo.
Este efeito também pode ocorrer com a interrupção da corrente de campo, pois o fluxo
está diretamente ligado a corrente de campo, essas condições levam ao equipamento
entrar em colapso. A expressão matemática abaixo exemplifica o efeito.

𝑉 − (𝑟𝑎 + 𝑟𝑖) ∗ 𝐼𝑎
𝑛=
𝐾𝑒 ∗ ∅

A velocidade é diretamente proporcional a Tensão na Armadura V. Indiretamente


proporcional a Corrente de campo e consequentemente o fluxo. A corrente de armadura
(carga) também é um atenuante da velocidade.

Ao elevarmos muito o V com o equipamento em vazio (Ia próximo a 0) a velocidade


aumenta
Ao elevarmos o V e o Fluxo ∅ for baixo, a resultante da velocidade é alta
Ao zerarmos o Fluxo ∅ a velocidade tende ao infinito.

Partir o motor CC com tensão plena (Numerador muito elevado em relação o


Denominador) contribui para uma alta rotação, ou seja, imediatamente o motor partirá
de repouso a velocidade máxima, causando sérios riscos à sua estrutura.

Além disso, a corrente de partida pode ser extremamente elevada variando de 50 a 70


vezes a tensão nominal.

Sendo assim, não é recomendável que se faça a partida de um motor de corrente


contínua a plena tensão em sua armadura.

e) Por que o gerador CC não é usado. Desde quando??

Em geral as máquinas CC são onerosas em sua construção e em sua manutenção. A


partir da evolução tecnológica e descoberta de novos materiais as máquinas CA
ganharam espaço no mercado. A fator preponderante foi a utilização dos retificadores
de silício, conhecidos como CSR. A mudança de geradores CC para CA teve início na
década de 60
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f) Porque o Motor CC está saindo de uso??

Os motores de CA ganharam espaço no mercado a partir da década de 90 devido as


inovações tecnológicas (inversores de frequência) que permitiram um controle eficaz de
sua velocidade, tornando o motor CC menos atrativo em relação a custo e manutenção.

g) Porque a curva da tensão de armadura x corrente de campo possui um


trecho linear e um trecho não linear?
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h) Qual a função do comutador e das escovas do gerador CC?

O comutador e as escovas realizam uma retificação de onda completa de maneira


mecânica na tensão gerada na armadura e isso faz com que o eixo do rotor gire em
apenas uma direção. O Comutador está acoplado a armadura (rotórica) enquanto as
escovas estão fixas no estator. As escovas realizam o contato na superfície externa do
comutador direcionando a energia gerada aos seus terminais.

O movimento rotativo da máquina faz com que a bobina se intercale entre os polos
Norte e Sul, esse deslocamento se reflete na alternância da corrente elétrica

i) Como mitigar a comutação de uma máquina de CC


j) Conclusões

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