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30 de Dezembro de 2022

6 dicas para o divórcio ser mais barato, mais rápido e


menos estressante

Publicado por Rick Leal Frazão há 5 anos  6.941 visualizações

Olá, JusAmiguinhos! Infelizmente, o que começou com amor


nem sempre termina assim e as pessoas decidem por fim ao
casamento.

Quando isso acontece geralmente a relação já está muito


desgastada e os cônjuges já não conseguem sequer conversar, o
que torna o processo de divórcio um dos mais estressantes,
além de caros.

Porém, isso pode ser amenizado se você se tiver a orientação de


um profissional especializado.
Abaixo elenquei alguns caminhos a serem tomados para tornar
o processo de divórcio menos tormentoso, o que pode trazer
grandes benefícios não só para os divorciandos, mas sobretudo
para os eventuais filhos que eles venham a possuir.

1. Faça o divórcio no cartório


O art. 733 do Código de Processo Civil permite que o divórcio
seja feito diretamente no cartório sem a necessidade de um
processo judicial, desde que o caso cumpra os seguintes
requisitos:

Não pode haver nascituros (crianças sendo geradas no


ventre da mãe ainda por nascer);

Não pode haver filhos menores de idade (menos de 18


anos) ou incapazes (sem discernimento)

As partes estão de acordo em relação aos seguintes pontos:

Partilha dos bens comuns

Pensão alimentícia entre os cônjuges

Guarda, pensão e regime de visitas dos filhos

Se o seu caso cumpre todos os requisitos acima expostos,


qualquer dos divorciandos pode contatar um advogado para que
ele os ajude a conversar e chegar a um acordo satisfatório.

Pode ser um advogado para os dois ou um para cada um.

O advogado então solicita os documentos necessários, redige o


acordo e todos assinam, ele dá entrada no cartório, que processa
o pedido e ao fim o divórcio está concluído.

Mas e se houver filhos menores, incapazes ou nascituros?


Nesse caso temos outras opções...

2. O advogado dá entrada no divórcio


consensual
Depois que todos assinaram o acordo (marido, esposa e
advogado) o advogado dá entrada judicialmente no divórcio
consensual.

O juiz intima o Ministério Público para que se manifeste sobre o


acordo (art. 178, II, do Código de Processo Civil).

Se o Ministério Público entender que o acordo preserva


satisfatoriamente os direitos dos menores envolvidos, ele vai
apresentar parecer favorável à homologação.

Nesse ponto pode ou não haver a chamada audiência de


ratificação (na qual as partes se apresentam perante o juiz para
confirmar com a própria boca o que já disseram no papel).

Hoje a tendência é de não haver mais essa audiência devido ao


art. 784, IV, do Novo Código de Processo Civil, mas isso ainda
varia, conforme o entendimento do juiz.

O juiz avalia se os direitos dos menores estão preservados e se o


acordo é válido e então o homologa determinando a averbação
(registro) no cartório.

Pronto, divórcio concluído.


3. Tente um acordo no CEJUSC
Se estiver difícil de fechar o acordo, é possível também utilizar a
estrutura dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos que
normalmente disponibilizam conciliadores e mediadores que
podem auxiliar na construção do acordo.

Os advogados das partes junto com os


conciliadores/mediadores muitas vezes conseguem por fim às
discussões infindáveis ocasionadas pelo fim do relacionamento,
levando os divorciandos a restabelecer um grau mínimo de
civilidade que lhes permita restabelecer a cooperação necessária
pelo bem dos filhos comuns.

Para isso basta falar com seu advogado e ele marcará uma
audiência no CEJUSC utilizando o sistema Attende do Tribunal
de Justiça do Maranhão.

4. Tente um acordo no âmbito do


processo
Se não foi possível fazer o divórcio consensual e ele acabou se
tornando litigioso, ainda é possível fechar um acordo durante o
processo, inclusive nas audiências.

Nesse momento, o ideal é que você já tenha exposto todas as


suas preocupações e prioridades para o seu advogado e assim os
advogados de ambas as partes poderão conversar e juntos tentar
delinear um acordo que seja satisfatório para todos.

Terminar o processo com acordo faz com que ele se encerre


mais rápido e acabe por ser mais barato e menos desgastante.
5. Deixe a partilha dos bens para
depois do divórcio
Se a discussão que impede o divórcio consensual diz respeito
apenas à partilha dos bens do casal, então o art. 731, parágrafo-
único, do Código de Processo Civil permite que se faça o
divórcio logo, deixando a partilha de bens para momento
posterior.

Assim ao menos a pessoa fica logo desimpedida para seguir em


frente para outros relacionamentos caso queira.

6. Contrate um profissional
especializado
Um advogado que conhece com profundidade o Direito Civil e
de Família e já atua na área há um certo tempo não cometerá
erros elementares que podem fazer o processo demorar mais e
também já conhece o funcionamento interno das Varas,
Secretarias e Cartórios o que ajuda a definir a forma mais célere
de fazer cada procedimento.

Para entrar em contato ou ver mais conteúdo acesse o meu blog.

Disponível em: https://rick.jusbrasil.com.br/artigos/557188637/6-dicas-para-o-divorcio-ser-mais-


barato-mais-rapido-e-menos-estressante

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