ALEXANDRE ZAMBONI Aula 30: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM MATÉRIA CRIMINAL EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Fundamentação legal: artigo 1.042 do NCPC.
Quando você irá apresentar agravo? Quando for necessário atacar a decisão do Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de Justiça ou do Tribunal Regional Federal que, por ocasião do juízo de admissibilidade, negar seguimento aos recursos extraordinário e especial. Prazo: o CPC/2015 inovou em relação ao prazo do agravo, que, em matéria cível, passou a ser de quinze dias. Este mesmo regramento deve, agora, ser conferido também aos agravos criminais.
Fundamento legal: artigo 994 c/c artigo 1.003, §
5º, ambos do NCPC. Procedimento: a petição de agravo será dirigida à Presidência ou Vice-Presidência do Tribunal recorrido, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e dos recursos especiais repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e de juízo de retratação (art. 1.042, § 2º, do CPC/2015). Protocolizada essa petição, será o agravado intimado para oferecer resposta no mesmo prazo estabelecido para a interposição (art. 1.042, § 3º, do CPC/2015). Após o prazo para resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido à Instância Superior (art. 1.042, § 4º, do CPC/2015). ATENÇÃO: considerando os termos do art. 1.042, § 4º, do CPC/2015, chega-se à conclusão de que o agravo não possui juízo de admissibilidade no Tribunal de origem. Isto quer dizer que a prelibação (exame dos pressupostos recursais) será realizada, única e exclusivamente, no Tribunal Superior em que será julgado o recurso. Ainda que intempestivo, por exemplo, o agravo deverá ser encaminhado ao juízo ad quem. Caso o agravo de instrumento seja indeferido, cabe, desta decisão, a interposição de outro agravo, desta feita o agravo interno, dirigido ao colegiado (art. 39 da Lei 8.038/1990 c/c art. 1.021 do CPC/2015).