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Contrato pré-nupcial: divisão de bens

acertada antes do casamento previne


desgaste
Fonte | InfoMoney - Terça Feira, 31 de Maio de 2005

A separação do recente casal Ronaldinho e Daniela Cicarelli, assim


como tantas uniões de celebridades, traz à tona a discussão
financeira: quem saiu ganhando?

A questão gira em torno da ausência, na maioria dos casos, de um


contrato pré-nupcial, ou também conhecido como pacto antenupcial.
A medida não é muito comum no Brasil, mas pretende facilitar o
processo de divisão de bens no caso de um eventual divórcio.

De acordo com o advogado especialista em Direito de Família, Dr


Angelo Carbono, ainda que a separação seja amigável, não se pode
negar que há um desgaste emocional decorrente da decisão. Por esta
razão, uma importante medida é se precaver para não ter que pensar
em bens materiais em momentos delicados como este.

Coisa de novela

A imagem desse tipo de documentação é vulgarmente associada a


uma garantia que noivos abastados estabelecem para se proteger de
"golpes do baú" de ex-esposas e maridos. Mas a idéia não se refere
apenas a milionários.

A prática é defendida por Carbone como forma de separar e preservar


o patrimônio de cada cônjuge, mesmo que não seja de altíssimo
valor, além de evitar discussões ou desgastes emocionais maiores na
hora da separação. Além disso, em caso de falecimento de um dos
cônjuges, a outra parte interessada não ficará presa a questões
jurídicas para reaver o que lhe é de direito.

Precauções emocionais

O advogado ressalta ainda que o acordo pré-nupcial pode parecer


pessimista ou desconfiado em relação à durabilidade do
relacionamento.

Neste sentido, para evitar constrangimentos ou mágoas futuras,


principalmente em casos de grande disparidade de patrimônios, a
orientação é discutir sinceramente a possibilidade e chegar a um
consenso, sem ameaça à honestidade do outro.

Tudo no papel

Para não fica o dito pelo não dito, é preciso que o acordo seja
registrado a fim de garantir a legitimidade do pacto. Assim, a
validade começa a ser reconhecida após o documento ser lavrado em
um Tabelião de Notas por meio de escritura.

Em seguida, deve também ser apresentado junto com o documento


dos noivos no Cartório de Registro Civil onde será oficializado o
casamento. Somente após a celebração é que o acordo será enviado
para o Cartório de Registro de Imóveis, como manda a lei.

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