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APOSTILA SOBRE ALISAMENTO REVISADA
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APOSTILA SOBRE ALISAMENTO REVISADA

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Published by elainenanidomingues, 2019-12-03 14:39:02

APOSTILA SOBRE
ALISAMENTO
REVISADA

Pages: 1 - 12

APOSTILA SOBRE ALISAMENTO REVISADA

A
L
I
S
A
M
E
N
T
O

A ESTRUTURA BIOQUÍMICA DO FIO DE CABELO

Os princípios ativos dos produtos para alisamento de


cabelos agem diretamente sobre a
estrutura química do fio, por esse motivo há a
necessidade de uma breve descrição de sua estrutura
e formação bioquímica.

Na (figura 1) foi montado um desenho esquemático


sobre a estrutura física do fio de cabelo
e as suas fibras, as descrições das suas formações
segue abaixo: O cabelo é uma massa de queratina

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formada por três camadas celulares concêntricas de


fora para dentro: a cutícula, o córtex e a

medula. (A) A cutícula é o invólucro em forma de


escamas, com bordas dirigidas para cima
protegendo o córtex; (B) o córtex representa 90% do
peso do cabelo e é formado por fibras muito
longas de queratina pigmentadas, unidas entre si por
substâncias inter celulares. Cada fibra se
apresenta como um feixe de “cabos torcidos”, as
macrofibrilas; (D) cada macrofibrila, ela própria é
constituída por milhares de microfibrilas; (E) as
microfibrilas por sua vez constituem-se de 11
protofribilas; (F) cada protofribila se apresenta como
uma “corda torcida” formada por três cerdas
elementar; (G) a cerda elementar é uma longa cadeia
de aminoácidos (cadeia polipeptídica). A
medula (C) é a parte interna do fio, não há estudos
que comprovem a função exata da medula, há
cabelos que não possuem esta estrutura.

Figura 1. Desenho esquemático da estrutura


bioquímica do fio de cabelo

CÓRTEX

= feixes de macrofibrila

(D) Macrofibrila =milhares de


(A) microfibrila

(C )

(E) MICROFIBRILA

= 11 protofibrila

(F) PROTOFIBRILA

(B) = corda torcida


formada por 3
cerdas elementares

(G) CERDA ELEMENTAR

= 1 cadeia polipeptídica

A maior parte do cabelo é constituída pela proteína


denominada queratina. A queratina, como outras
proteínas, é formada por aminoácidos em forma de
íons com cargas positivas e negativas. Esses
aminoácidos

podem formar grandes estruturas poliméricas através


de ligações amidas entre o grupo ácido de um
aminoácido
e o amino de outro. Para a queratina ter uma
estrutura organizada, modelada e fixa, forma-se
outras ligações
químicas adicionais, ligações estas relacionadas na
(figura 2), que se dispõem de três modos: (1) A
formação de
pontes de hidrogênio entre cadeias polipeptídicas
paralelas: são consideradas fracas, quebram-se com a
simples
ação da água porém são numerosas e significativas
para a estabilização da estrutura da proteína. (2) A
formação
de ligações salinas entre as ligações paralelas de
ácidos e bases: algumas cadeias de polipeptídios
possuem grupos
ácidos e outros básicos, por isso há a formação de
sais (ligações iônicas), são consideradas de força
média. (3) A
formação de ligações pelos átomos de enxofre ou
dissúlfeto: são ligações fortes. A solidez e
insolubilidade da
queratina atribuem-se a grande quantidade do
aminoácido cistina, este aminoácido contendo dois
grupos amino
e dois grupos carboxilo, por isso, podem ligar-se a
cadeias polipeptídicas paralelas através dos átomos
de
enxofre

Figura 2. Desenho esquemático das ligações químicas


entre os aminoácidos da queratina.
1) ligações de hidrogênio

2) ligações salinas

Ligações dissúlfeto

A estrutura das cadeias polipeptídicas vai se


adaptando em uma forma helicoidal com 3,7
aminoácidos
em cada volta da hélice. Cada volta da hélice está
fixada em relação a outra por ligações de hidrogênio,
formando

a cerda elementar que, por sua vez, liga-se à outra


cerda de uma forma retorcida pelos átomos de
enxofre
(ligações dissúlfeto) e por ligações iônicas (salinas). A
influência dessas ligações em relação a estrutura do
fio
estão bem definidas, por exemplo: se as ligações
dissúlfeto se quebram, o cabelo se debilita, mas não
partirá se
forem mantidas íntegras as ligações salinas (iônicas).
Da mesma maneira acontece com as ligações salinas,
se
forem mantidas as dissúlfeto. A forma do cabelo nas
diferentes
Enrichment raças não Books
Business está relacionada
Art a uma estrutura
Lifestyle Religion
bioquímica diferente, ela é determinada pela forma

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folículo piloso. Por exemplo: no cabelo afro, o
folículo
piloso encontra-se em forma de espiral, explicando a
forma crespa do cabelo; o folículo dos orientais é
completamente reto, e a haste do cabelo é tesa; já o
folículo piloso do caucasiano é intermediário.

MECANISMO DE AÇÃO DOS PRODUTOS DE


ALISAMENTO NO FIO DE CABELOS.

Tioglicolato
A primeira etapa quando passa, consiste na redução
das ligações dissulfeto, pelo ácido Tioglicólico em

uma solução de amônia (com pH alcalino 9, para


abertura das cutículas). Ele reduz os grupos RSSR
(ligações

dissulfeto) para RSH (pontes de hidrogênio). A


segunda etapa consiste em dar ao cabelo a forma lisa
desejada.
Após se lavar e aplicar o neutralizante no cabelo,
oxida os grupos RSH para RSSR, ou seja, restabelece
as
ligações dissulfeto, com a aplicação desse agente
oxidante, tal como o peróxido de hidrogênio,
costumamos
falar que ele dá uma bagunçada no interior do fio pra
reorganizar. Esta etapa é fundamental porque se refaz
as
pontes de Enxofre e o cabelo assume a nova forma. O
Tioglicolato de Amônia é considerado um alisante
mais
brando, pois danifica menos os cabelos em
comparação com os hidróxidos.

Hidróxidos
A mistura de Hidróxido de Cálcio e Carbonato de
Guanidina haverá é que dará a formação do Hidróxido

de Guanidina. Pelo fato dessa reação ser muito


instável as partes só devem ser misturadas na hora da
aplicação.
Devido ao pH altamente alcalino 12, deve-se ter a
preocupação de proteger o couro cabeludo antes da
aplicação
do creme, pois provoca feridas de queimadura em
algumas pessoas. A neutralização do cabelo é feita
com a
retirada do creme e lavagem com um shampoo de pH
ácido.
Age no fio do cabelo, transformando as ligações
dissulfetos da cistina em ligações de lantiolina. Essa
classe de
produtos, na maioria das vezes, não apresenta odor
forte e não requer neutralização. O hidróxido de sódio
é

compatível com ele mesmo e com outros produtos à


base de hidróxido de magnésio, e cálcio. Como
pertence à
mesma família de hidróxidos, sua compatibilidade
com outros tipos de hidróxidos deve ser feita
mediante
avaliação do estado dos fios. São produtos alcalinos,
pH 13, e uma lixívia cáustica que pode danificar os
cabelos,
e queimaduras no couro cabeludo e até mesmo
cegueira, caso atinja os olhos.

Formol
A solução de formaldeido tem seu uso permitido em
cosméticos na concentração máxima de 0,2%,

tendo como função a de conservação do produto


contra a ação de microrganismos (ANVISA, 2001).
Todos
os produtos liberados pela ANVISA que apresentem
formol na sua composição têm a concentração da
substância dentro dos limites previstos na legislação
vigente. Produtos não registrados na ANVISA, não
possuem sua formulação avaliada e pode conter
substâncias prejudiciais a saúde (ANVISA 2005). Na
concentração de 0,2%, o formol não possui ação
alizante de cabelos, para que comece a alisar a fibra
capilar
precisamos ter uma quantidade superior a 12%.
Causando assim muitos maleficios a saúde do
professional

que respire uma quantidade muito grande do


produto, e também trazendo maleficios a fibra capilar
plastificando a fibra e dificultando assim que qualquer
ativo de tratamento entre nessa fibra.

Cisteína - Carbocisteína.

Derivada de um aminoácido (parte da proteína)


chamado L-cisteína, a cisteína é um dos aminoácidos
codificados pelo código genético, sendo N-
acetilcisteína e a Carbocisteína formas do aminoácido.
A carbocisteína
devido a sua alta bio afinidade com os fios, tem uma
alta capacidade de retenção de água como o
colágeno, por
apresentar uma estrutura molecular menor, penetra
no córtex e forma ligações fundamentais para
reforçar sua
estrutura. A carbocisteína é um dos aminoácidos que
formam a queratina, o principal componente do
cabelo, é
responsável pelas pontes cisteínicas que fazem com
que os fios tenham a ondulação natural, quanto mais
pontes
cisteínicas um cabelo possui, mais encaracolado é o
cabelo. Para alisá-lo, é preciso quebrar essas pontes.
Ela
sozinha não consegue alisar os cabelos, é preciso um
agente oxidante, ela apenas quebra, geralmente é
efeito de
liso e proporcionado por outros aditivos ácidos e
aldeídos.

Esse processo também pode provocar a degradação


de aminoácidos da queratina original do fio, tais como
o triptofano, cistina e metionina, aparecendo a cor
amarelada. Cabelos loiros podem ficar da cor de um
amarelo
ovo e cabelos ruivos podem ficar alaranjados. Por isso
uma tonalização depois se faz necessária, mas uma
vez
degradado, assim fica por dentro, então me diz se o
cabelo precisa ou não continuar a ser tratado?
Quando você
ouvir dizer que uma escova é carbocisteína, se
entende de que forma ela trabalha no fio, abri o fio e
transforma
as ligações fortes, com ajuda de componentes e
transforma.

Falam que acetilcisteína xarope é o mesmo da


progressiva pra alisar o cabelo, de fato o aminoácido é
o
mesmo, quando ingerido pela pessoa (o xarope) o
aminoácido trabalha pra ocorrer uma quebra de
ligações,
que interfere com a formação de ligações dissulfureto
em proteínas do muco, no popular o catarro,
tornando o
muco mais liquido e mais fácil de expulsão dos
pulmões. Mas vamos lá pulmão não é cabelo, cada
macaco no seu
galho..

Ácido Glioxílico

O Ácido Glioxílico é extraído do Etanol que é a


“fermentação” da matéria orgânica antes que ela
chegue à
decomposição e se transforme em Gás Metano,
sendo o mais fraco dos aldeídos, mas que quando
aquecido em
altas temperaturas libera vapor de formol, “e agora
mito ou verdade?”

“O ácido glioxílico ou ácido formilfórmico é um ácido


orgânico de fórmula C2 H2 O3 , é o mais simples
dos aldeídos, conhecido como liberador de
formaldeído em altas temperaturas. Existem poucos
relatos na
literatura com relação à sua decomposição; estudos
realizados em amostra padrão, temperaturas até 200
°C
por GC/MS – SPME nos limites de detecção do
equipamento de 1x10-9 concluiu que não foi possível
quantificar
o formol identificado durante o processo de
decomposição1 ; em outro estudo foi quantificada a
formação de
formaldeído em quantidades equivalentes a existente
no ar2 . A NR15 – Portaria 3214/78, estabelece limites
de formaldeído no ar abaixo de 1,6 ppm e da
Legislação de conservante em produtos cosméticos
permite o uso
de até 0,2% p/p3. O mercado brasileiro vem utilizando
o ácido glioxílico como alternativa segura ao uso
formaldeído” (estudo realizado pelo instituto Adolfo
Lutz - Núcleo de Ensaios Físicos e Químicos em
Cosméticos e
Saneantes-Centro de Medicamentos Cosméticos e
SaneantesInstituto Adolfo Lutz )

Agora após a breve explicação vamos continuar. O


ácido libera substâncias que promovem em conjunto
a
quebra da ligação de cisteína nas pontes dissulfetos,
no interior do fio. Por não ter um pH alto, quando
aplicado
no cabelo, em conjunto com a cisteína que dilata as
cutículas, permitindo assim a entrada dos ativos em
conjunto.
O ácido glioxílico oferece um poder de alisamento
com variações dependendo da quantidade utilizada
dentro da
formula, pode ser usado na concentração de 1% a
20% e o resultado depende do cabelo. Ele doa uma
molécula de
carbono aos sulfetos, formando uma nova cadeia
chamada carboxila ou ligação que deixa fio mais
rígido e dando
um novo formato, também interrompe a força
tensora da fibra.

Outros ácidos que também trabalham modificando as


pontes e ligações dentro do fio moldando sua
estrutura, e sua
origem.
Ácido Oleico- O ácido oleico é obtido a partir da
gordura animal e de certos óleos vegetais (óleo de
oliva, palma,
uva, etc). É muito empregado em cremes e emulsões
cosméticas pelas suas propriedades emolientes e
para
recompor a oleosidade com capacidade de proteção e
regeneração.

Ácido linoleico - Derivados do ácido araquidônico (AA)


é um ácido graxo essencial, ácido linoleico (Ômega 6) ,
da
família dos omega-6, óleo de argan, Óleo de soja, óleo
de algodão, óleo de ojon, óleo de cártamo, e o ácido
alfa
linolênico (Omega 3) que provem da linhaça ele ajuda
a fortalecedor da fibra dos cabelos, evitando a quebra
fácil
e reestruturando os fios.

Ácido Cítrico - Encontrado em frutas cítricas como


limão laranja, lima, maracujá, maçã. Modifica as
pontes de
hidrogênio.
Ácido lático - A partir do açúcar do leite (lactose)
promove hidratação pela capacidade de absorver
água.
Regulação do PH da região.

Ácido acético - Resultado de fermentação e oxidação


de madeira, é o principal ingrediente do vinagre,
obtido
pela fermentação do vinho, da cidra, do malte ou do
álcool diluído.

Ácido ascórbico- A sua principal função é criar um


estrutura de colágeno, a proteína fibrilar que dá
resistência.O ácido ascórbico presente em diversas
frutas e legumes

Para entender melhor:

ALISAMENTOS consistem na quebra, temporária ou


permanente, das ligações químicas que mantêm a
estrutura tridimensional da molécula de queratina em
sua forma rígida original. Elas são divididas em
ligações
fortes (pontes dissulfeto) e ligações fracas (pontes de
hidrogênio, forças de Van der Waals e ligações
iônicas).
As forças fracas são quebradas no simples ato de
molhar os cabelos. As ligações químicas mais fracas
resultam
da atração de cargas positivas e negativas. Existem os
alisamentos temporários, que utilizam técnicas físico-
químicas, como o secador e a piastra (“chapinha”), e
também a técnica do “hot comb”.

Temporários, pois duram até a próxima lavagem.


Necessitam que os cabelos sejam previamente
molhados, para que ocorra a quebra das pontes de
hidrogênio no processo de hidrólise da queratina,
permitindo, assim, a abertura temporária de sua
estrutura helicoidal. Com isso, o fio fica liso. A
desidratação
rápida com o secador mantém a forma lisa da haste.

A aplicação da prancha quente molda as células da


cutícula (escamas), como se as achatasse
paralelamente à haste. O fio adquire aspecto liso e
brilhante, por refletir mais a luz incidente. Os
alisamentos
definitivos rompem as pontes de dissulfeto da
queratina. Podem ser à base de hidróxido de sódio,
lítio e
potássio, hidróxido de guanidina (hidróxido de
cálcio+carbonato de guanidina) e tioglicolato de
amônio ou
etalonamina ou AMP, que utilizam reações químicas
de redução. O fio, uma vez alisado pela aplicação de
guanidina ou hidróxido de sódio, não pode ser alisado
novamente, pois há risco de se partir.

Já quando é utilizado o tioglicolato, recomenda- se


que somente o fio novo seja alisado, porém, caso
seja utilizada uma concentração baixa, é necessária
uma nova aplicação cuidadosa, sempre testando uma
mecha
de cabelos antes do processo total. O cabelo alisado
só pode voltar a ser submetido a um processo de
alisamento
com a mesma substância inicialmente usada. O

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