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farmácia
https://www.youtube.com/watch?v=t7EaiTmoxic
O diâmetro das fibras de cabelo do couro cabeludo
humano varia de 15 a 110 µm (1 micrometro = 1
milionésimo do metro ou equivalente à milésima parte
do milímetro), dependendo da etnia, e crescem em três
fases distintas que são controladas por hormônios. Em
termos de comprimento, o cabelo humano cresce
aproximadamente 1,0 a 1,5 cm por mês e possui
aproximadamente 100.000 folículos produtivos
responsáveis por repor em média de 50 a 100 cabelos
por dia
Os fios ou fibras capilares são constituídos basicamente por cerca de 65 a 95% de
proteínas, sendo a queratina aquela presente em maior quantidade.
As proteínas são polímeros de condensação ou macromoléculas formadas por uma
sequência de 15 a 20 tipos de aminoácidos.
As moléculas mais simples desses compostos são formadas por um grupo carboxílico
(COOH), um grupo amina (NH2) e dois átomos de hidrogênio (H) ligados a um átomo de
carbono (Glicina). A esse mesmo carbono pode se ligar um radical (R) qualquer no lugar
de um dos átomos de hidrogênio, o qual irá determinar o tipo de aminoácido. Ao
sofrerem reações químicas, tais como branqueamentos químicos (oxidação), alisamentos
alcalinos e exposição à luz solar, os aminoácidos são convertidos em outras substâncias
ou derivados, como, por exemplo, a cistina formada por dimerização da cisteína em
condições oxidantes.
Fórmulas estruturais dos principais aminoácidos presentes no cabelo
Outros componentes dos fios de cabelo são: água, lipídeos (estruturais e livres), pigmentos e
elementos traços (geralmente não livres e combinados quimicamente com cadeias laterais
de grupos proteicos ou com grupos de ácidos graxos)
Os principais elementos químicos presentes na fibra
capilar são descritos na Tabela 1. Além destes, o ferro,
o zinco, o iodo, o cobre e o alumínio também são
elementos que fazem parte da constituição do cabelo
na forma de traços
A cutícula é a região em torno do córtex cuja
característica é ser quimicamente resistente. Cada
célula da cutícula contém uma membrana externa fina,
a epicutícula, que, é subdividida em três camadas
principais: a exocutícula “A”, a exocutícula “B” e a
endocutícula. O córtex compreende a maior parte da
massa da fibra capilar, suas células contêm proteínas e
melanina – os grânulos de pigmentos responsáveis
pela coloração dos fios. A região mais interna é a
medula, um eixo oco no interior do cabelo, formado
por fibras de queratina em pequenas cavidades
As proteínas do cabelo unem-se umas às outras por meio de ligações de hidrogênio, pontes
dissulfeto (S–S) e ligações iônicas, as quais são responsáveis pela estabilidade estrutural, pela
forma do cabelo e pela resistência mecânica dos fios. A ligação de hidrogênio ocorre entre um
átomo de hidrogênio proveniente da hidroxila (-OH) de um aminoácido e o átomo de oxigênio
proveniente do grupo carbonila (R2–C=O) de outro aminoácido. Quando o cabelo está
molhado, estas ligações são favorecidas, então podemos alterar temporariamente sua forma
como, por exemplo, quando se faz escova.
As pontes dissulfeto ocorrem com a união de dois átomos de enxofre -S-S-, como, por
exemplo, quando os grupos tióis (-SH) provindos de duas moléculas do aminoácido
cisteína se combinam formando o aminoácido cistina. O rompimento dessas ligações
ocorre quando realizamos processos de alisamento e relaxamento capilar.
As ligações iônicas ocorrem por meio da atração eletrostática entre dois íons carregados, um
com carga positiva e o outro com carga negativa, provenientes de aminoácidos diferentes.
Essas ligações são quebradas pela ação da água quando o cabelo é molhado, por exemplo,
ocorrendo o aumento da sua extensão
Os diferentes tipos de cabelo são resultado
de variadas conformações das cadeias
proteicas e dos diversos tipos de
aminoácidos. As mulheres adoram mudar a
aparência alterando a coloração capilar,
mas por que o cabelo humano tem
diferentes colorações?
A cor dos cabelos varia entre o negro, castanho, louro, ruivo,
grisalho e branco. A melanina, presente no córtex dos fios, é o
pigmento responsável por essas colorações.
https://www.youtube.com/watch?v=pK2ct27E_pU
https://www.youtube.com/watch?v=W5ryEayq3z0
Há dois tipos principais de melanina:
a feomelanina = marrom-avermelhado ao
loiro
A eumelanina e a feomelanina são
formadas a partir de reações químicas
envolvendo espécies químicas
intermediárias altamente reativas. A
produção do pigmento eumelanina
ocorre devido a oxidação enzimática do
aminoácido tirosina a dopaquinona. Caso
esse composto sofra processo de
ciclização intramolecular e polimerização
oxidativa é produzido o pigmento
eumelanina. Porém, se a dopaquinona
reagir com cisteína formará a 5-S-
cisteinildopa e isômeros, os quais
poderão sofrer posterior ciclização
intramolecular e polimerização oxidativa
formando o pigmento feomelanina, como
mostra a figura a seguir.
O cabelo grisalho ou branco (com ausência de cor)
pode estar relacionado com o tamanho e a distribuição
dos grânulos de melanina, bem como os tipos de
pigmentos nas fibras. Como já visto anteriormente, a
formação dos pigmentos do cabelo ocorre nos
melanócitos presentes no bulbo dos folículos a partir
do aminoácido tirosina. A formação dos cabelos
brancos acontece quando os melanócitos tornam-se
menos ativos durante a primeira fase de crescimento
capilar, ou seja, haverá menor produção de pigmentos
É provável que os dois tipos de
pigmentos sejam formados nos
cabelos de uma mesma pessoa,
dependendo da quantidade de
cisteína presente nos melanócitos e
também das diferenças no grau de
agregação e dispersão do pigmento
eumelanina, sendo que esta fornece
maior proteção para as proteínas do
cabelo do que a feomelanina. Os
anéis aromáticos de ambas as
estruturas melânicas são de alta
densidade de elétrons, tornando-as http://www.campusvirtual.ufsj.edu.br/mooc/ciencianacomunid
sensíveis ao ataque de agentes ade/o-procedimento-de-luzes-nos-cabelos/
oxidantes presentes no processo de
“luzes” capilar
https://www.youtube.com/watch?v=hD5c8sBs3mM
Matriz da unha
Localizada abaixo da pele na base da unha,
a matriz contém nervos, vasos sanguíneos e linfáticos que
produzem células ungueais. As novas células achatam e
são empurradas para frente em direção à ponta do dedo,
resultando no crescimento das unhas. Danos nesta área
importante e sensível podem resultar em irregularidades
na placa ungueal, que às vezes podem ser irreversíveis,
advertem os dermatologistas e podólogos. Certifique-se
de evitar a pressão excessiva ao empurrar a cutícula e o
uso agressivo de equipamentos eletrônicos, nesta área.
Lunula
A lunula, ou a “pequena lua” esbranquiçada na base da
unha, obtém sua cor a partir dos núcleos de células vivas
da unha que transitam da matriz. À medida que a unha
cresce, essas células perdem a viabilidade e os núcleos
se desintegram, tornando a unha transparente. Um mito
comum é que uma lunula nítida sinaliza uma unha
saudável. Mas, na verdade, a genética de um cliente é a
maior responsável pela aparência da lunula.
Dobra ungueal proximal
Situada perto do ponto de origem da unha – que na
anatomia da unha é a matriz. A dobra ungueal proximal é
uma dobra da pele que forma uma barreira protetora para
impedir que bactérias e infecções atinjam a matriz.
Eponíquio
O eponíquio é o “lábio” visível da dobra ungueal
proximal. Forma uma vedação com a placa ungueal,
protegendo a matriz contra bactérias nocivas. Muitas
pessoas se referem erroneamente ao eponíquium como a
cutícula, e é por isso que o ditado “Nunca corte a
cutícula!” é comum, embora tecnicamente incorreto. De
fato, o eponíquio é pele viva e nunca deve ser cortado. Em
vez disso, hidrate e empurre o eponíquio para uma
aparência uniforme e simétrica. Além disso, é necessário
que incentive os clientes a manter a pele ao redor da
unha hidratada consistentemente entre as consultas.
Cutícula
A cutícula é a camada de pele translúcida que é
derramada da parte inferior da dobra ungueal proximal à
medida que a unha cresce. Esta pele emerge por baixo
do eponíquio ligado à placa ungueal. Como esse tecido
está morto, a maior parte dele pode ser cortada ou
removida com segurança – e, na verdade, você
deveria! Isso irá melhorar a aderência dos produtos de
alongamentos e esmaltes.
Leito ungueal
O leito ungueal é a pele debaixo da placa ungueal. Ele
contém vasos sanguíneos que fornecem nutrientes para a
ponta do dedo. Às vezes, as pessoas confundem o leito
ungueal com a placa ungueal, como em “Oh, você tem
belos leitos de unha”, mas o elogio provavelmente se
refere à placa ungueal, e não à pele em que ela repousa.
Placa ungueal
A placa ungueal é o revestimento duro de queratina na
ponta do dedo. Para os técnicos, é aqui que a mágica
acontece – seja verniz, esmaltação, alongamentos ou nail
artes. Remover o brilho da lâmina ungueal é um passo
comum nos serviços de unhas, mas é importante parar
por aí! A placa ungueal pode tornar-se fina, fraca e
sensível quando as camadas são removidas por
manuseio ou remoção inadequado.
Prega lateral da unha
A prega lateral da unha é a continuação da dobra ungueal
proximal ao longo de cada lado da unha. Serve para
proteger os lados da placa ungueal.
Perioníquio
O perioníquio é a pele que envolve a unha e é
frequentemente uma área problemática. “É propenso a
usar as unhas e é onde a maioria dos clientes escolhe ou
morde, o que pode levar à infecção”, o correto é
manterem esta área hidratada, pois a desidratação pode
levar a novas rachaduras dolorosas.
Hiponíquio
O hiponíquio é a pele que forma a vedação entre a placa
ungueal e o leito ungueal onde a borda livre começa. Esta
área é muito vascular e sensível, portanto, evite a limpeza
agressiva com implementos. Se a pele for cortada não
causará apenas dor, mas danificar o hiponíquio pode causar
onicólise ou o levantamento da placa ungueal do leito,
deixando a área suscetível a infecções e fungos.
Borda livre
A Borda livre é o crescimento da unha além da ponta do
dedo.
A produção da lâmina ungueal é contínua desde o desenvolvimento embrionário até a morte.
Entretanto, o crescimento das unhas é influenciado por inúmeros fatores, entre eles: sexo, idade,
doenças sistêmicas ou locais, uso de medicamentos e cosméticos, e condições ocupacionais e
sazonais, resultando em variações significativas na taxa de crescimento observada entre indivíduos e
em diferentes etapas da vida.
A análise da cor, do formato, da espessura,
da estrutura, da curvatura e de alterações no aspecto
pode fornecer indicativos de alterações locais, mas
também sistêmicas. Isso não significa dizer que a
análise isolada dessas características seja suficiente
para fazer um diagnóstico correto. Contudo, esta é
uma fonte relevante para a confirmação de
diagnóstico, de se há indícios de problemas de saúde,
da existência ou não de deficiências nutricionais, para
a análise de composição proteica da unha etc. Além
disso, diversas análises das unhas podem ser feitas de
forma não invasiva, mediante uma avaliação micro
ou macroscópica e por meio de técnicas simples,
como raspagem superficial ou corte da borda livre.
https://www.youtube.com/watch?v=0mtLEIySlAw
Unhas fracas
https://www.youtube.com/watch?v=al8Gyf-e0M8
COSMÉTICOS
Cosméticos no Brasil são controlados pela Câmara Técnica de
Cosméticos da ANVISA (CATEC/ANVISA) e pela Resolução RDC nº.
211, de 14 de julho de 2005. A definição oficial de cosméticos
adotada por essa Câmara compreende todos os produtos de uso
pessoal e perfumes que sejam constituídos por substâncias
naturais ou sintéticas para uso externo nas diversas partes do corpo
humano – pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais
externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral – com o
objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar
sua aparência, corrigir odores corporais, protegê-los e/ou mantê-
los em bom estado. Os produtos do setor são divididos em 4
categorias e 2 grupos de risco, de acordo as Resoluções 79/2000 e
335/1999.
Categorias:
Entretanto, a função dos cosméticos ultrapassa as tendências. Muito além do papel estético, o
emprego de formulações cosméticas é feito para o tratamento das unhas, atuando tanto na sua
hidratação quanto em sua proteção contra perda de água, e para cobrir imperfeições das unhas que
possam impactar no bem-estar e na autoestima das pessoas.
- Hidratantes: são cremes e loções que atuam favorecendo a retenção de água e evitando a sua perda por
evaporação. Impactam na melhora da aparência geral das unhas e, ao diminuir sua fragilidade, melhoram
sua capacidade de barreira, prevenindo infecções.
- Removedores de esmaltes: a esses produtos são atribuídos diversos casos de alergias, principalmente
devido ao componente acetona, que é um solvente capaz de remover o manto lipídico do eponíqueo,
causando grande irritação. Além disso, alguns removedores podem fragilizar as unhas devido a um
ressecamento excessivo.
- Esmaltes: o uso desses produtos é atribuído a diversos casos de alergias e dermatites de contato, mas o
filme impermeável que os esmaltes formam sobre as unhas é capaz de protegê-las contra o ressecamento,
tornando-as mais resisitentes. Podem ser acrescidos de substâncias, como vitaminas e resinas, que
fortalecem unhas frágeis. O emprego de formaldeído em endurecedores de unhas é permitido até a
concentração de 5% (Anvisa, 2013). Já
existem no mercado diversas opções de esmaltes hipoalergênicos para pessoas sensíveis aos
componentes da formulação tradicional.