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TERAPIA CAPILAR

Em todas as culturas e em todas as épocas, o cabelo é venerado e

diferentes povos têm seus ideais de beleza relacionados com o comprimento

do cabelo e a calvície. Muitos indivíduos são acometidos por afecções no

cabelo que podem gerar queda (alopecia) ou modificações no equilíbrio

fisiológico do couro cabeludo ou do fio, o que poderia gerar insatisfação com

a aparência. Essas modificaçõ es podem ser agravadas quando associadas a

quadros de desequilíbrio hormonal, alteração do sistema imune, estresse e


falta de cuidados com a higiene do couro cabeludo e do cabelo.
O profissional da área de estética, após avaliação e programação

terapêutica, pode executar diversas abordagens, tais como o laser, a alta

frequência, a dermocosméticos ou cosméticos, microagulhamento,


massagens, terapia vibracional, suplemento alimentar etc. Os objetivos do

tratamento podem ser o de permitir que o cliente tenha seu cabelo em bom

aspecto por um período mais longo, diminuindo a queda ou a evolução desse

processo, ou, então, promover ganho de quantidade e volume dos fios. No

entanto, é importante atentar que o sucesso da terapêutica depende do tipo

de disfunção e da disciplina do cliente com o tratamento.


A intervenção nas disfunções do fio e couro cabeludo é realizada
mediante um trabalho interdisciplinar, que reú ne profissionais da área de
saú de e profissionais da estética. Entre os profissionais médicos atuam as
especialidades de dermatologia, cirurgia plástica, endocrinologia, psiquiatria
e hematologia. Outros profissionais como os psicólogos, fisioterapeutas,
profissionais da estética (tecnólogos e esteticistas), profissionais que
confeccionam próteses capilares e de visagismo são essenciais para alcançar
os objetivos dos tratamentos capilares. Não podemos deixar de
ressaltar a importância do profissional cabeleireiro nas finalizações e
mudanças de cores e estrutura das fibras capilares.
Cabe ao profissional envolvido na terapêutica capilar a formação
adequada na área, principalmente com o estudo de disciplinas, tais como:

anatomia, fisiologia, eletroterapia, cosmetologia capilar e correlatos, além


dos ativos utilizados para tratamento do escalpe, fibras capilares, tricoses e
patologias capilares, como os fatores de penetração, adsorção e absorção de
substâncias químicas, de redução e de oxidação, e as patologias do couro

cabeludo. Além desses aspectos, ressaltamos a importância de se dominar as


classificações de tricoses, os testes capilares, ter consciência e conhecimentos
para execução de uma anamnese estética capilar e planejar a abordagem
terapêutica ao paciente com problemas capilares.

Importante também adquirir conhecimentos e praticar em cabine os


ensinamentos sobre profilaxia, degermação, esterilização dos equipamentos,
higienização do couro cabeludo e dos fios.
A terapia capilar é um tratamento das alterações capilares são
mú ltiplas, como as: disfunções hormonais, origem genética (alopecia
androgenética) etc. Existem, ainda, as alterações no couro cabeludo e fio por
ação de micro-organismos como fungos e bactérias, bem como a queda de
cabelo de origem psiquiátrica, quando o indivíduo arranca os próprios
cabelos (tricotilomania).

A ESTRUTURA DO CABELO E PELO


Os pelos são estruturas queratinizadas que evoluem durante o
desenvolvimento fetal a partir de invaginações da epiderme. Sua cor, tamanho
e disposição variam de acordo com a raça e a região do corpo, e sua
concentração reflete as diferenças étnicas.
Os pelos são filamentos que se distribuem por toda superfície corporal.
São produzidos no folículo pilossebáceo, estruturas que se formam durante
os primeiros meses da vida intrauterina.
Os pelos têm função de proteção contra radiação, traumas, atritos além
de ser isolante térmico. Já os cabelos têm função estética de adorno,
funcionando como moldura para o rosto. Estão relacionados à necessidade
humana de se embelezar.
Os pelos determinam os caracteres sexuais secundários, são
considerados anexos da pele e estão classificados em três tipos:
- Pelo: grande, espesso, pigmentado localizado na cabeça, axilas, pú bis e barba
- Velo: incolor, fino, recobre toda superfície cutânea exceto regiões palmar e
plantar

- Lanugo: são pelos que recobrem o feto e o bebê recém nascido.

Os folículos são formados por regiões anatômicas diferentes. Entre


elas, existe o bulbo (que se encontra na parte mais inferior do folículo, onde o
cabelo é produzido – nessa região encontram-se a papila, onde há as células
da matriz do cabelo, responsáveis por sua formação e crescimento) e o duto
(que é dividido em istmo ou talo, que se estende da inserção do mú sculo
eretor do pelo até a abertura da glândula sebácea, e infundíbulo, parte
superior que vai da abertura da glândula sebácea até a epiderme e que
conduz o cabelo à superfície da pele). A haste do cabelo se localiza do lado de
fora do couro cabeludo.

Em relação à sua estrutura, cada fio de cabelo apresenta três camadas.

A parte mais interna é a medula; ao redor dela está o córtex (parte


externa do cabelo), composto por células largas e queratinizadas; e a
cutícula, que tem uma estrutura em forma de “placas sobrepostas” para
proteger o córtex. Os pelos pigmentados são ricos em melanina produzida

pelos melanoblastos encontrados no bulbo piloso.


No bulbo piloso, ocorrem os processos de regeneração dos
componentes do folículo. Nele também é encontrada a papila, rica em
capilares sanguíneos. Este local é denominado matriz do pelo, e sua
localização está de 2 mm a 5 mm abaixo da superfície cutânea.
No duto de cada folículo, desemboca uma glândula sebácea que produz
o sebo, que tem como função regular o pH da superfície do couro cabeludo,
impedindo a proliferação de micro-organismos que causam infecções, e
também colaborar com a formação de uma “película” na superfície do cabelo
que ajuda a manter a hidratação e a saú de dos fios. Nessa região, além da
glândula sebácea, são encontradas também as glândulas sudoríparas
(glândulas apócrinas).
O produto de secreção dessas glândulas é liberado dentro do folículo
piloso com a função de prover o arrefecimento da estrutura da pele e pelos. A
associação do folículo piloso com uma glândula sebácea e com o seu mú sculo

eretor é chamado de unidade pilossebácea.

Cutícula: formada por células de queratina, com altas quantidade de enxofre

e lisina, sobrepostas e muito unidas, tem função de proteger o córtex e

controlar o conteú do de água da fibra. A cutícula é incolor e transparente.


Córtex: formado por células alongadas e também muito unidas, é
responsável pela estrutura do pelo. No cortéx encontra-se a melanina,
pigmento que da cor ao cabelo, constituída por queratina, enxofre e cisteína.

Medula: consiste em uma coluna formada por células grandes e anucleadas


na parte central da haste capilar. A medula só aparece nos pelos grossos e sua
função ainda não esta definida.

O pelo é formado por aproximadamente 65% a 95% de queratina,


além de água, lipídios, alguns elementos químicos e pigmento. A quantidade
de folículos está determinada geneticamente e não ocorre formação de novos
folículos após o nascimento.
O crescimento do pelo é determinado por fatores genéticos,
alimentares, hormonais, comportamentais, e até mesmo ambientais.
 Genéticos: existe influencia genética quanto à distribuição, quantidade,
cor, espessura, aumento ou queda.
 Hormonais: vários hormônios são envolvidos no crescimento do fio,
entre eles tiroidiano, prolactina, andrógenos.
 Ambientais: altas temperaturas estimulam o metabolismo favorecendo
o crescimento dos fios.
 Metabólicos: carências nutricionais.
 Emocionais: ansiedade, depressão e estresse podem causar
alopecia areata.

O CICLO DE CRESCIMENTO DO PELO


Estima-se que há cerca de 100 mil a 150 mil fios no couro cabeludo e
que o seu crescimento seja de aproximadamente 10 mm por mês em
uma pessoa adulta, com queda de sessenta a cem fios por dia. O ciclo de
crescimento do pelo apresenta três fases: anágena, catágena e telógena .
A duração de cada fase é variável e está relacionada à idade, ao sexo, à
localização do pelo no corpo e à ação de hormônios, como, por exemplo, os

hormônios andrógenos.

 Fase Anágena: é a fase ativa da formaçã o e crescimento do pelo.


As células germinativas apresentam grande atividade mitó tica,
formando um novo pelo. Essa fase dura em média de 2 a 6 anos,
dependendo da regiã o do corpo em que se encontra o pelo.

 Fase catágena: as células germinativas perdem a atividade


mitó tica, cessa a melanogênese e o ciclo de crescimento entra em
fase de repouso. Essa fase dura em média três semanas.

 Fase telógena: é a fase de queda do pelo que dura em média de


3 a 4 meses. Nessa fase ocorre regressã o importante do folículo,
o pelo se solta da papila e assim permanece até que um novo
pelo se forme e empurre para fora.

A forma do folículo e sua angulação pode


determinar o tipo
de cabelo:
- Um folículo redondo normalmente resulta em cabelo liso
- Um folículo oval resulta em cabelo com ondulaçã o.
- Um folículo achatado resulta em um fio cacheado.

AFECÇÕES QUE ALTERAM O


COURO CABELUDO OU O FIO DO
CABELO
ALOPECIAS

É chamada de alopecia a queda excessiva de cabelos em uma


determinada regiã o. No couro cabeludo há uma média de cem mil
folículos pilosos, quantidade 10% maior em loiros e 10% menor em
ruivos. Desses, 13% dos folículos entram em repouso diariamente, o
que corresponde a uma queda média diá ria de cem fios.
A palavra alopecia tem origem grega (aló pekia) e significa
diminuiçã o dos pelos ou cabelo. Pode ser classificada em cicatricial e
nã o cicatricial, segundo o tipo de agressã o causal e seu nível de
interferência nos folículos pilosos.

ALOPECIA CICATRICIAL
A agressã o se localiza na regiã o do istmo ou do infundíbulo
durante o ciclo de crescimento do pelo (de forma permanente).
Provoca uma alteraçã o definitiva no folículo, ocasionando queda
capilar irreversível e uma fibrose cicatricial local.
 Agentes físicos ou químicos como traumas e queimaduras.
 Infecçõ es fú ngicas (querion, favus), bacterianas (piogênicas,
tuberculose), treponêmicas (sífilis tardia), tripanossô mica
(leishmaniose), viró tica (herpes simples, varicela, zoster).
• Neoplasias (carcinoma, linfoma e metá stase).

ALOPECIA ANDROGENÉTICA

É a queda de cabelo nos homens provocada por herança genética


e pela açã o dos andró genos, principalmente a dihidrotestosterona
(DHT). É causada por um gene ú nico autossô mico e dominante, com
atividade reduzida no sexo feminino. Caracteriza-se por uma
miniaturizaçã o gradual e progressiva do folículo, transformando em
velo. Por isso, seu primeiro sinal é sempre um afinamento dos cabelos.

Calvície masculina de causa androgenética: Classificação de Norwood-


Hamilton.
Estágio 5 – A perda de cabelo aumenta, fazendo com que
a faixa pilosa se torne esparsa e mais estreita.

Ao contrá rio do que se pensa, a alopecia androgenética nã o está


relacionada ao envelhecimento, uma vez que costuma surgir na
puberdade, época da vida do homem em que os hormô nios sexuais
estã o em grande alteraçã o. O que ocorre é que a queda se intensifica
com a idade, atingindo um grau acentuado de calvície por volta dos 40
anos.

Na mulher, caracteriza-se pela rarefaçã o difusa discreta dos


cabelos na parte central. Só ocorre em mulheres que apresentam forte
predisposiçã o genética.

Classificação de Ludwig para calvície androgenética feminina.


ALOPECIA AREATA

É uma doença auto imune mediada pelos Linfó citos T que


provoca
perda parcial dos cabelos. Pode ocorrer por pré disposiçã o genética,
mas é causada mais frequentimente por fatores emocionais. É
caracterizada pela perda sú bda dos fios em qualquer sexo ou idade. As
á reas sã o ovaladas ou redondas, com pele lisa e brilhante sem sinais de
inflamaçã o.

ALOPECIA TOTAL
Observa-se perda total dos pelos do couro cabeludo.
ALOPECIA UNIVERSAL

Observa-se perda total dos cabelos, pelos e sobrancelhas. É uma


doença auto imune em que o sistema imunoló gica ataca células
ciliadas.

ALOPECIA TRAUMÁTICA

Resulta da traçã o dos cabelos e é visível nas regiõ es temporais e


nas margens do couro cabeludo. Muito comum acontecer por conta da
traçã o nos cabelos para prende-los.

EFLÚVIOS ANÁGENO E TELÓGENO


O eflú vio é a perda do pelo decorrente de um distú rbio no seu
ciclo de vida. Existem dois tipos de eflú vio: anágeno e telógeno, de
acordo com o está gio do ciclo capilar.
No eflúvio anágeno, ocorre a inibiçã o abrupta da divisã o celular
da matriz do pelo na fase aná gena. Uma das causas desse processo é o
uso de substâ ncias durante a quimioterapia (assim como a
radioterapia). No caso, a queda do cabelo ocorre poucas semanas apó s
o início da medicaçã o que desencadeia o processo de interrupçã o da
fase aná gena.
No eflúvio telógeno, a queda do cabelo é aguda e intensa (cerca
de 120 a 400 fios por dia) e ocorre de dois a quatro meses apó s a açã o
de fatores desencadeantes no folículo.3 Esses fatores fazem que as
fases anteriores (aná gena e catá gena) mudem, precoce e
abruptamente, para a fase teló gena.
Os agentes desencadeantes podem ser: interrupçã o do uso de
contraceptivos orais, período pó s-parto, pó s-febre, estresse físico ou
emocional, dietas radicais para emagrecer, infecçã o grave, ou doenças
sistêmicas graves.

ALTERAÇÕES DOS PELOS EM DOENÇAS SISTÊMICAS

Algumas doenças sistêmicas podem afetar os pelos, tanto a haste


como o couro cabeludo, modificando sua estrutura.
As doenças podem ser de origem hematoló gica, ou seja, causadas
por alteraçõ es do sangue, como as anemias crô nicas, que deixam os
cabelos finos e secos; as nutricionais e metabó licas, como a deficiência
de ferro, que causa alopecia difusa; a deficiência de proteínas, que pode
causar uma alopecia difusa e cabelos secos; e a deficiência de zinco, na
qual os cabelos ficam secos e finos, e podem assumir um tom de cor
avermelhado.
Entre as alteraçõ es do cabelo de causa endó crina, destacamos:
• hipopituitarismo – pode existir a perda total dos pelos,
cabelos finos e ausência de pelos pú bicos e axilares (deficiências
hipofisá rias pó sparto);
• hipotireoidismo – pode existir perda difusa dos cabelos,
evoluindo para posterior perda dos pelos do corpo;
• hipertireoidismo e hipoparatireoidismo – podem-se
encontrar, nestes casos, alopecia difusa, alopecia areata (frequência
aumentada), cabelos escassos, secos e grosseiros. Em indivíduos com
diabetes mellitus pode existir alopecia difusa, o eflú vio teló geno.

OUTRAS AFECÇÕES QUE ALTERAM O COURO CABELUDO OU


O FIO DO CABELO

DERMATITE SEBORREICA

A dermatite seborreica é uma alteraçã o crô nica e recorrente, em


que ocorre inflamaçã o nas á reas da pele onde existe um maior nú mero
de glâ ndulas sebá ceas. Caracteriza-se por placas eritemato-
descamativas arredondadas, ovaladas, localizadas em á reas mais
oleosas como couro cabeludo, face, colo e dorso.38,39 Pode aparecer,
em qualquer momento da vida, a partir da puberdade, e seguir um
curso crô nico com frequentes exacerbaçõ es. As causas da doença sã o
pouco conhecidas, porém, estã o relacionadas ao aumento no
metabolismo das glâ ndulas sebá ceas em virtude da predisposiçã o
genética e a presença do fungo (Pityrosporum ovale) presente na pele.
Por causa das características desse fungo lipó filo, ele concentra-se
particularmente em regiõ es ricas em glâ ndulas sebá ceas, ocasionando
os sinais da dermatite que sã o principalmente eritema e descamaçã o.
O couro cabeludo é o local mais comprometido, sendo a caspa a
manifestaçã o mais frequente nos casos leves.
Nas formas mais intensas, pode ser observado eritema com a
presença de escamas aderentes de aspecto gorduroso e de maior
tamanho, e pode levar à formaçã o de crostas que afetam praticamente
todo o couro cabeludo. Além disso, a dermatite seborreica pode causar
a queda dos cabelos e apresentaçã o clínica de rarefaçã o capilar.
O tratamento é geralmente realizado com medicaçõ es de uso
tó pico na forma de xampus, loçõ es capilares ou cremes e, em alguns
casos, medicaçõ es por via oral podem ser utilizadas. Estudos
evidenciaram que nã o existe uma forma de prevenir o
desenvolvimento ou o reaparecimento da dermatite seborreica, mas
com cuidados especiais de higiene, principalmente com uso de xampu
adequado, a doença é relativamente controlada.
PSORÍASE NO COURO CABELUDO

A psoríase é uma doença crô nica que afeta a pele com períodos
de exacerbaçã o e remissã o. É de causa desconhecida e está relacionada
à baixa imunidade e fatores genéticos. Apresenta fatores
desencadeantes como estresse, doenças virais, utilizaçã o de
medicamentos locais ou sistêmicos e doenças metabó licas, como
diabetes descontrolado.
A psoríase pode se manifestar em qualquer idade, no entanto
afeta principalmente adultos entre 18 e 40 anos. Existem vá rios tipos
de psoríase, contudo, a mais comum apresenta-se por placas
eritematosas, descamativas e o indivíduo pode apresentar prurido.
De acordo com alguns autores, quando a lesã o acomete o couro
cabeludo, pode levar à alopecia. Eles relataram que foi utilizada uma
soluçã o alcoó lica de minoxidil a 5% na á rea afetada do couro cabeludo
e, apó s oito meses, a paciente apresentou discreto aumento de pelos
velus na regiã o tratada. O paciente com a doença deve ser
acompanhado para tratá -la.

ABORDAGEM TERAPÊUTICA
TERAPIA CAPILAR

A abordagem do terapeuta capilar é realizada apó s avaliaçã o e o


tratamento pode ter como objetivos evitar a perda de cabelo e a
evoluçã o do processo, permitindo que o cliente mantenha seu cabelo
por um período de tempo mais longo, porém, sem ganhos, ou entã o,
reduzir a perda de cabelo e promover o ganho de quantidade ou
volume de fios. No entanto, cada resposta ao tratamento depende de
fatores individuais.
Recursos cosméticos, eletroterapêuticos e mecâ nicos podem ser
utilizados na clínica capilar com o objetivo de realizar uma limpeza
profunda, umectaçã o, nutriçã o e estimulaçã o do couro cabeludo e do
cabelo.
Entre esses recursos, estã o a cosmetologia, o laser de baixa
potência, a corrente galvânica (desincruste e iontoforese),
microagulhamento, o alta frequência, o vapor de ozônio, a
massagem e a drenagem do couro cabeludo.
O terapeuta capilar deverá conhecer seus efeitos, sua correta
utilizaçã o e as contraindicaçõ es para uma melhor resposta ao
tratamento.
Além das terapêuticas apresentadas, o cliente pode optar pela
realizaçã o de cirurgia de transplante de cabelo, que será realizada por
cirurgiã o plá stico.
Nesses casos, o terapeuta capilar atua como parte da equipe no
que se refere à preparaçã o do couro cabeludo para o transplante ou no
seu cuidado apó s a cirurgia. É importante o conhecimento da técnica
cirú rgica e das etapas do pré e pó s-operató rio para a escolha dos
recursos adequados para a terapêutica capilar.

COSMETOLOGIA: sã o utilizados tanto no couro cabeludo como


nos fios, de acordo com o objetivo do tratamento. Os cosméticos
podem ser xampus, condicionadores, tô nicos, má scaras, todos com
princípios ativos para serem utilizados na terapia capilar.

ARGILOTERAPIA: As argilas sã o de uso milenar nos tratamentos


estéticos. Na terapia capilar, recomenda-se o uso para tratamento do
couro cabeludo. Seus minerais essenciais promovem desintoxicaçã o do
tecido, açã o esfoliante, antisséptica, anti-inflamató ria, hidratante,
tonificante e cicatrizante.

LASER DE BAIXA POTÊNCIA: Laser e Led

Sã o emanaçõ es luminosas tento como fonte de energia o fó ton.


Fó ton é uma carga energética que irá agir na pele. Essas emissõ es sã o
conhecidas como radiaçõ es ou ondas eletromagnéticas.

Benefícios: - Açã o antiinflamató ria; - Vasodilataçã o; - Açã o bactericida


- Cicatrizante.
Fisiologicamente age: - Estimulando linfó citos; - Ativando mastó citos;
- Aumentando ATP mitocondrial; - Cascata de resposta celular.
Luz Azul: Melhora a hidrataçã o e potencializa a permeaçã o de ativos.
Regula a produçã o de queratina melhorando as cutículas e a textura do
fio. É fungicida e bactericida auxiliando no controle da caspa e
dermatite.
Luz Vermelha: Estimula o bulbo capilar, aumenta o metabolismo
folicular, fortalece os fios reduzindo a queda, estimula o
desenvolvimento de novos folículos.
Luz Ambar: Estimula e modula a síntese de colá geno e elastina.
Estimulo da organela ribossô mica.
ALTA FREQUÊNCIA
Utilizaçã o de eletrodos de vidro com uma corrente alternada de
frequência alta. Libera ozô nio (O³) na parte externa do vidro.
Objetivo:
- Desinfecçã o: casos de seborréia, caspa, dermatite seborréica.
- Estimulo da circulaçã o: casos de alopecia
- Efeito bactericida: pó s transplante capilar ou pó s microagulhamento.

CONTRA INDICAÇÕES:
Marca Passo;
Cancer;
Gestantes;
Epiléticos;
Pele com cosméticos inflamá veis;
Pinos ou placas no local;
MICROAGULHAMENTO

Técnica com diversas evidências cientificas já publicadas que


promove microlesõ es para melhor permeabilidade de ativos (Drug
Delivery), melhora do aporte sanguíneo e, consequentemente, melhora
da oxigenaçã o e nutriçã o do tecido além do aumento da síntese de
colá geno. No caso das substâ ncias terapêuticas, citamos como exemplo,
em alopecia, o minoxidil, com o objetivo de estimular a vascularizaçã o
na papila dérmica, aumentar a duraçã o da fase aná gena e ampliar
folículos miniaturizados e subutilizados.73,74 O minoxidil pode ser
adquirido ou manipulado na concentraçã o de 5% para homens e 2%
para as mulheres (atualmente, encontramos prescriçã o médica de
minoxidil a 5% também para mulheres).

CONTRA INDICAÇÕ ES:


- Uso de Anti Inflamatorios;
- Problemas de cicatrizaçã o;
- Diabetes descompensada;
- Disturbio Hemorrá gico;
- Gestantes e Lactantes;
- Verrugas;
- Infecçõ es cutâ neas;
- Uso de Corticoide;
- Uso de anti coagulante.
VAPOR DE OZÔNIO

Nesse aparelho, sã o compilados os efeitos bactericida e fungicida


do ozô nio associados à açã o emoliente do vapor. O vapor deverá ser
posicionado a 30 cm da á rea de atuaçã o na cabeça e o tempo de
aplicaçã o é de cerca de 10 minutos.
MASSAGEM

A massagem manual facilita a circulaçã o e a oxigenaçã o dos


tecidos e, assim, potencializa a açã o de cosméticos como ó leos
essenciais e demais produtos tricotró ficos aplicados no couro cabeludo
do cliente.
Devemos evitar as massagens em cabelos muito oleosos, pois
poderemos estimular ainda mais a produçã o de sebo.
Em relaçã o aos benefícios da massagem no couro cabeludo,
destacamos:
• A massagem provoca atrito e pressã o na á rea acometida. Isso
aumenta a circulaçã o no local por provocar maior aporte de oxigênio e
nutrientes.
• O aumento do fluxo sanguíneo melhorará a saú de do couro cabeludo
como um todo, o que inclui os folículos pilosos.
• Promoverá relaxamento geral (antiestresse).
• O relaxamento promoverá a reduçã o da produçã o e da secreçã o dos
hormô nios do estresse pelas glâ ndulas endó crinas. Essa situaçã o
favorece a melhor saú de das raízes dos cabelos que sã o muito sensíveis
a esses hormô nios.
• Alguns ó leos essenciais que podem ser utilizados na massagem
colaboram com a reduçã o da caspa e das dermatites, e estimulam os
tecidos, entre eles: lavanda, cedro, jojoba, rosemary e semente de uvas.

PROTOCOLO - CRESCIMENTO DE CABELOS E PELOS


⠀⠀⠀⠀⠀
1 VEZ A CADA 15 DIAS
⠀⠀⠀⠀⠀
Anestésico:
✅Aplicar Anestésico de sua opçã o uma hora antes do procedimento e
reaplicar apó s 30 minutos.
⠀⠀⠀⠀⠀
Higienizaçã o e Preparaçã o:
✅Utilizar Spray Higienizante com auxílio de gaze (nã o remover)
⠀⠀⠀⠀⠀
Microagulhamento:
✅Realizar o Microagulhamento com roller de 0,5 ou 0,75mm em todo
local a ser tratado.
⠀⠀⠀⠀⠀
Pó s Microagulhamento:
✅Aplicar Melange Especial (Fator de Crescimento) e Perfect Growth
em pump ou pente na regiã o a ser tratada, como sobrancelhas, cabelos
ou barba. (nã o remover)
⠀⠀⠀⠀⠀
Home Care:
✅Utilizar Perfect Growth (pump ou pente) todos os dias a partir do 2º
dia apó s o procedimento.

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