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Campus: Mooca
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Prof. Convidadoaaaaaaaaaaaa
DESORIENTAÇÃO ESPACIAL, UM OLHAR PARA OS
ACIDENTES NA AVIAÇÃO GERAL1
Arthur De Queiroz Lira
Eduardo Albuquerque da Silva
Felipe Orsi Casado
João Victor Moraes Dias
Lucas do Nascimento Germano
Maiara Pereira Silva
Marcos Paulo Figueiredo
Maria Gabriella de Brito Ferreira
Rafaella Brinatti Soares Silva
Thalita Pugira Pavan
Thiago Alves
Victor Lanzotti da Cunha
Vitor Alves Melilli
Viviane Silva Cruz2
Francisco José Resende 3
RESUMO
O presente trabalho está organizado em 4 partes, nos quais os assuntos são específicos em temas
que levam a desorientação espacial de muitos profissionais aeronautas. Por esse motivo foi
abordado os temas, a seguir, com exemplos de acidentes da atualidade, para orientar e auxiliar
atuais e futuros pilotos na aviação. A metodologia utilizada foi os assuntos abordados durante
o período de aprendizagem dos alunos do curso de Aviação Civil, da universidade Anhembi
Morumbi. Enriquecida com pesquisas e fatos reais delatados por órgãos de investigação de
acidentes aeronáuticos.
ABSTRACT
The motivation to achievement the present study is to defined the importance about
Spatial disorientation in the reality of many pilots. To the aviation market this reality It’s very
persistent. With the growth of aviation, it was possible to define that many professionals in the
area have difficulties in dealing with danger situations, which can aggravate in other
circumstances that compromise operational safety. The goal of this study is to presented factors
and models that avoid aeronautical accidents, such as the SHELL model or the REASON
1
Trabalho de Conclusão do curso de Aviação Civil, Universidade Anhembi Morumbi, 2022
2
Graduandos no curso de Aviação Civil
3
Professor orientador
model. Also citing other resources as CRM (Corporate Resource Management) and its need in
the air operation.
Há três tipos básicos de desorientação espacial para fins de classificação, que são:
O piloto não tem consciência de que há algo de errado e atua nos comandos de acordo
com as falsas sensações de atitude e movimento, não detectando qualquer disparidade entre as
informações dos instrumentos e as suas sensações. É o que
acontece quando não se tem a percepção de que um instrumento não está funcionando bem, ou
quando há uma distração na leitura deles. Uma consequência é o chamado Controled Flight Into
Terrain (CFIT), quando o piloto conduz diretamente a aeronave para o solo ou água sem ter
essa noção. É o tipo de desorientação que mais causa acidentes.
Tipo II (reconhecida)
Nesta, o piloto reconhece que há algo de errado e tenta corrigir, mas desconhece que é
a desorientação espacial a causa, e suspeita de erro nos instrumentos. Neste tipo, ou há
discrepância entre o que os sentidos lhes dizem sobre a atitude do avião e a leitura nos
instrumentos, ou há conflito entre dois sistemas como o vestibular e o visual. Um exemplo é a
percepção de estar em curva quando na verdade está nivelado, ou quando um piloto acaba por
se ejetar para não ocorrer em CFIT (em caso de voo militar), sobrevive e testemunha que
percebeu que algo de errado se passava, mas não conseguia concluir como corrigir a situação.
Neste caso o piloto sabe que existe algo de errado, mas o conflito sensorial ou o stress
psicológico é tão grande que o julgamento do piloto fica bloqueado. Pode ter como causa, por
exemplo, o nistagmo, que impede o piloto de conseguir ver os controles do avião de forma
apropriada ou uma alteração cognitiva que impeça a resolução da situação.
2.1 Leans
Uma condição chamada de Leans é a ilusão mais comum durante o voo e é causado por
um retorno súbito ao voo nivelado depois de uma virada gradual e prolongada que passou
despercebida pelo piloto.
Essa ilusão ocorre quando o piloto está efetuando uma manobra de curva prolongada, o
cérebro acaba esquecendo que o corpo está se inclinando para o lado e ao sair da curva o piloto
volta a estar nivelado, porém, o cérebro entende que está ocorrendo uma inclinação na direção
oposta.
Essa ilusão ocorre durante a decolagem, consiste em uma aceleração rápida que estimula
os órgãos otólitos da mesma forma que inclina o cabeça para trás. O piloto desorientado pode
empurrar a aeronave em um nariz baixo iniciando uma atitude de mergulho. Uma rápida
desaceleração pela rápida redução do acelerador pode ter o efeito oposto, com o piloto puxando
a aeronave para uma atitude de nariz para cima ou estol, perdendo a sustentação da aeronave.
Consiste em uma mudança abrupta de subida para voo direto e nivelado, pode estimular
os órgãos otólitos o suficiente para criar a ilusão de estar caindo para trás, o piloto desorientado
pode empurrar a aeronave abruptamente para uma atitude de nariz baixo, o que pode acabar a
intensificar essa ilusão.
Consiste em uma aceleração vertical ascendente muito forte causada por uma corrente
de ar, o piloto pode ter a sensação de estar subindo, que, por conseguinte agiria comandando o
nariz da aeronave para baixo. Em caso de aceleração vertical descendente muito forte, há a
sensação de estar descendo, fazendo com que o piloto comande o nariz da aeronave para cima.
As ilusões visuais são especialmente perigosas porque os pilotos confiam em seus olhos
para obter informações corretas. Duas ilusões que levam à desorientação espacial, falso
horizonte e autokinesis, afetam apenas o sistema visual do piloto.
2.7.2 Autokinesis
Durante o período noturno, quando os olhos fixam em luzes estacionadas por algum
tempo, tem-se a falsa sensação de que estas luzes estão se movendo. Caso o piloto venha a
alinhar a aeronave com os falsos movimentos dessa luz, poderá ocorrer a desorientação fazendo
com que ele perca controle da aeronave.
Quando uma aeronave se encontra na final de uma pista com características up sloping
ou down looping, pode criar a ilusão de que a aeronave está em uma altitude maior ou menor
do que realmente está. O piloto desorientado pode pousar antes da cabeceira ou após a zona de
toque da pista, não tendo terreno suficiente para frenagem.
Quando uma aeronave vem para pouso em uma pista estreita, o piloto pode não
reconhecer esta largura fazendo uma aproximação mais baixa, com o risco de atingir obstáculos
próximos da pista. Já se a pista for larga, ocorre o oposto, podendo o piloto nivelar a aeronave
alta e fazer um pouso forçado ou ultrapassar o limite da pista.
Quando uma aeronave está vindo para pouso em terrenos de áreas escuras ou sobre a
água, pode criar uma ilusão de que a aeronave está em uma altitude maior do que realmente
está. Esta ilusão também é conhecida como ilusão do Buraco Negro.
Durante a aproximação para pouso pode haver a confusão com luzes ao longo da rota
próximas à pista de pouso, como luzes de trens em movimento. A pouca iluminação do terreno
ao redor da pista, pode criar a ilusão de menor distância para o pouso, fazendo com que o piloto
execute uma aproximação mais alta que o recomendável.
3. CORPORATE RESOURCE MANAGEMENT
O que é o CRM
- Trabalhar em equipe;
Área do CRM
- Comunicação;
- Relacionamento Interpessoal;
- Tomada de Decisão;
- Proficiência Técnica.
Eficiência Atual do CRM
A CAA (2002) informa que os programas de CRM vêm sendo desenvolvidos por
praticamente todos os operadores aéreos mundiais.
No entanto, embora o conceito esteja recebendo aceitação generalizada, um limitado
progresso vem sendo alcançado na indústria como um todo, principalmente devido a confusão
entre os elementos chave do CRM e como desenvolver um programa de treinamento de CRM
adequado.
Para o FAA (2004), a formação em CRM foi concebida para prevenir acidentes na
aviação melhorando o desempenho da tripulação através de uma melhor coordenação, no
entanto, as melhorias observadas após o treinamento inicial em CRM tendem a desaparecer e
as atitudes dos indivíduos tendem a retornar para níveis anteriores após um tempo.
Para esta instituição, é importante avaliar o status da organização sabendo como os
conceitos de CRM são compreendidos e praticados antes de implantação de um programa de
CRM na empresa, pois, dessa forma, as prioridades podem ser definidas reforçando os tópicos
que devem ser mais abordados.
Concluímos então que para aumentar a eficiência dos Programas de CRM, precisamos
pensar em adequar os assuntos às realidades específicas de cada empresa pois, chegamos em
um estágio no qual a simples repetição periódica dos "dirtydozen" já não proporciona um
impacto tão efetivo na melhoria do ambiente de segurança operacional.
Na aviação, nenhum acidente é em vão. Buscamos incessantemente o alto nível de
segurança. E através dos acidentes buscamos entender as causas e através disso se prevenir de
outros acidentes iguais.
O CRM, atualmente, é extremamente importante para a segurança operacional, e teve
sua origem e implementação justamente por conta de acidentes fatais.
Na década de 1970, em um estudo feito pela National Transportation Safety
Board (NTSB), foi descoberto que muitos acidentes poderiam ter sido evitados se os tripulantes
tivessem usado todos os recursos à sua disposição, incluindo um ao outro.
Partindo do conceito que o desempenho de cada profissional é fundamental para a
garantia da efetividade do sistema, o CRM trabalha com a finalidade de potencializar a
identificação de falhas relacionadas aos fatores humanos.
De acordo com Instrução de Aviação Civil (IAC) 060 1002ª, de 14 de abril de 2005, a
sigla CRM significa Gerenciamento dos Recursos de Equipes (Corporate Resource
Management). Inicialmente a letra “C” correspondia ao termo cockpit (cabine). Num segundo
momento, substituiu-se o termo por Crew (tripulação), ampliando o programa para toda a
tripulação técnica.
Após estudar causas de vários desastres, o modelo foi proposto por James T. Reason em
1990. O Queijo Suíço é uma forma de explicar o porquê as falhas, os acidentes, desastres e
fracassos acontecem em sistemas complexos. Portanto, é um modelo que funciona muito bem
para análise, gerenciamento e prevenção de riscos.
O modelo explica que qualquer componente de uma organização pode ser considerado uma
fatia. Entretanto, perante esse viés, esses elementos não são perfeitos, naturalmente eles contêm
falhas e fraquezas. Por isso, cada um desses componentes é representado como fatias de queijo
suíço pois os buracos do queijo representam essas deficiências. Se essas fraquezas se alinharem
em todas as fatias, ou seja, “buracos” em comum em todas as camadas, você terá um desastre.
James Reason trouxe algumas percepções que levaram a construção dessa teoria
integrada chamada queijo suíço:
- As falhas que podem contribuir para um evento catastrófico não têm impacto significativo
quando ocorrem isoladamente.
- Os seres humanos são propensos a erros operacionais e por isso requerem sistemas
adequadamente projetados para mitigar esses riscos.
- Muitos fatores contribuintes para um acidente ficam latentes, ou seja, às vezes eles estão
alinhados mas ficam inativos, esperando o gatilho que os fará serem acionados a qualquer
momento.
Como supracitado acima, quase todos os eventos adversos ocorrem por conta da
combinação de dois fatores, as falhas ativas e falhas latentes. Sendo elas:
Falha Ativa: é quando alguém, em algum momento, decide, por exemplo, não usar os
equipamentos de segurança, não seguir o procedimento padrão, ou qualquer outra atividade que
seria necessária eventualmente.
Falha Latente: é uma falha incorporada no processo, procedimento, máquinas, ou
qualquer outra coisa. São falhas aguardando para serem acionadas por uma falha ativa.
O modelo SHELL, por sua vez, foi desenvolvido por Edwards (1972), procura enfatizar
a ação humana em interação com os demais componentes do tradicional sistema homem – Meio
– Máquina.
S – Software (lógico).
H – Hardware (equipamento)
E – Environment (ambiente)
L – Liveware (ser –humano)
L – Liveware (outras pessoas)
Modelo esse que é representado por um diagrama de blocos, baseado nas iniciais de seus
componentes. Tendo o homem como o elemento central, este que no qual é considerado o foco
crítico do sistema. Apesar de ser o mais complexo e criativo, é também o mais flexível, o que
o torna vulnerável e passível de sofrer influências que podem afetar negativamente seu
comportamento, devido a limitações biológicas, psicológicas e sociais.
Existe outro processo interessante que visa facilitar a execução e manter os números
dentro da margem de segurança. De extrema importância seguir alguns procedimentos,
facilitando o trabalho de todo pessoal envolvido para que entenda e execute da melhor maneira
possível.
Existem diversos perigos eminentes que podem prejudicar a operação aérea. Por
exemplo, bando de pássaros próximos a reta final ou risco de balões. Isso se torna um tremendo
risco para atividade aérea.
Quando identificado as situações exponenciais de perigo, o comandante imediatamente
deve relatar ao órgão de controle responsável, ou seja, após a identificação do perigo e o relato
com o intuito de ações mitigatórias o controle irá tomar as devidas instruções para que o perigo
seja minimizado e que não avance para um possível incidente ou acidente.
Importante o relato correto para as soluções mais corretivas possível. Com o intuito de
manter os números aceitáveis de segurança, identificando esses perigos será mais fácil executar
o próximo passo.
4.6 Probabilidade
Após a identificação dos perigos, é realizada uma avaliação de risco para determinar a
sua probabilidade e severidade. E conforme a gravidade do risco o mesmo deve ser priorizado.
Um fator Importante para determinar o nível do risco são as análises com bases nas suas
probabilidades.
4.7 Severidade
Ao determinar os níveis de risco, as avaliações dos sistemas adotados devem ser feitas
para a identificação da efetividade das defesas em relação ao perigo identificado.
Essa avaliação é importante para o fluxo de segurança operacional e de fato, garantir
satisfatoriamente níveis de segurança.
4.10 Identificar novos perigos
- Falta de comunicação
- Complacência
- Falta de conhecimento
- Distrações
A falta de trabalho em equipe também pode contribuir para erros em aviação. A falta do
chamado Gerenciamento de Recursos de Equipe, ou CRM na sigla em inglês, também é
frequente nas causas apontadas pelos relatórios de acidentes e incidentes.
- Fadiga
A fadiga é um importante fator que já contribuiu para vários erros que resultaram em
acidentes. Ela pode ser de natureza física, mas também mental e emocional afetando o
desempenho físico e mental.
- Falta de recursos
A falta de recursos pode interferir com a habilidade de completar uma tarefa devido a
falta de suprimento e suporte. Produtos de baixa qualidade também afetam a habilidade de se
completar uma tarefa.
Mas a falta de recursos de qualquer natureza para conduzir uma tarefa pode causar
acidentes. Por exemplo: se uma aeronave for liberada com um sistema não funcionando e tal
sistema geralmente não é necessário para o voo, mas repentinamente se torna um recurso
necessário, isto pode causar um problema
- Pressão
- Falta de assertividade
- Estresse
A aviação possui tarefas estressantes devido a vários fatores. As aeronaves devem estar
funcionais e voando para que as empresas obtenham receita, o que significa prazos justos para
que se evitem atrasos e cancelamentos. A tecnologia em rápida e constante mudança pode
adicionar mais estresse. Isto exige que todos estejam sempre treinados nos equipamentos e
métodos mais novos. O estresse mais presente em aviação é saber que o trabalho, se não for
feito corretamente, pode resultar em tragédia.
- Falta de conscientização
- “Normas”
6. FADIGA
A fadiga resulta em uma capacidade reduzida de executar tarefas operacionais e pode
ser considerado um desequilíbrio entre o esforço físico e mental de todas as atividades de vigília
e a recuperação desse esforço, que requer sono exceto para aqueles relacionados a recuperação
de fadiga muscular.
Definir fadiga em humanos é extremamente difícil devido à grande variabilidade de
causas. As causas da fadiga podem variar de tédio à interrupção do ritmo circadiano ao esforço
físico pesado. Dentro em termos leigos, a fadiga pode ser definida simplesmente como cansaço.
Segundo a Administração Federal da Aviação (FAA - Federal Aviation Administration)
a fadiga é uma condição caracterizada pelo aumento do desconforto com capacidade de
trabalho, eficiência reduzida de realização, perda de potência ou capacidade de responder à
estimulação, e geralmente é acompanhado por uma sensação de cansaço e fadiga.
Cabe a nós salientarmos os três principais sintomas que podem ser perceptivos coma
agravantes quanto existe indícios de fadiga por parte da
tripulação. São eles os sintomas emocionais, físicos e mentais. Normalmente eles são
apresentados com alguns sinais como indícios de julgamento deficiente, aumento do tempo de
reação fora nos padrões estipulados, indícios de problemas de memória durante os checklists,
dificuldade de concentração em alguns estágios da operação, desempenho abalado e fora dos
padrões da companhia e sintomas de sonolências e mudança de comportamento e humor.
- Sintomas emocionais: Caracterizados principalmente pelo ato de insegurança,
incerteza, negatividade, desesperança e em alguns casos até sintomas de depressão.
- Sintomas físicos: Caracterizado por aspectos de sonolência, desgaste, cansaço, falta de
energia na operação e em alguéns casos quadros de insônia e dores.
- Sintomas mentais: Caracterizado principalmente por quadros de letargia, falta de
concentração, esquecimentos subsequentes e falta de avaliação coesa por parte do piloto
agravado por desorientação espacial.
6.5 Commuting
6.6.2 Fadiga cumulativa: É necessárias pelo menos duas noites inteiras com boa
qualidade de sono para recuperar o desgaste causado.
6.6.3 Fadiga crônica: São os casos no qual a pessoa não consegue mais se recuperar
permanentemente em estado letárgico mesmo depois do repouso.
6.6.4 Cansaço: Caracterizado pelo desequilíbrio entre esforço físico e mental, porém por
um período curto, bastando duas boas noites de sono para se recuperar.
6.6.5 Sonolência: Ocorre quando estamos dispostos para o sono. A sonolência afeta o
desempenho, provoca problemas de memória, diminui a capacidade mental e aumenta a
possibilidade de incidentes e acidentes.
6.7 Hipóxia
6.8 Hiperventilação
Em agosto de 1993 o voo AIA Flight808 uma aeronave de modelo DC8 em configuração
de cargueiro, haviam 3 tripulantes a bordo. Esses tripulantes estavam em uma jornada de
trabalho de 19 horas seguidas. Saíram de Dallas Texas USA dia 17 às 23:00 tendo o quinto
destino previsto em GuantanamoBay Cuba, as 16:56 horário local de Cuba. As principais causas
para esse acidente foi a perda de controle da aeronave poucas milhas antes da pista e falha ao
identificar e corrigir a situação devido efeitos de fadiga.
Em agosto de 2022 O voo ET343 partiu de Cartum às 1:26 UTC era com destino Adis
Abeba. A aeronave era um Boeing 737-800 com matrícula ET-AOB. A aeronave se aproximava
de Adis Abeba a 37.000 pés passando sobre o aeroporto às 2:51UTC. Os pilotos se encontravam
dormindo no momento e foram acordados pelo aviso sonoro associado à desconexão do piloto
automático após sobrevoar o aeroporto de destino. O voo posteriormente fez uma curva à
esquerda e começou a descer de volta para Adis Abeba, pousando às 03:16UTC, 25 minutos
depois de sobrevoar o aeroporto.
6.10 Sono
A estrutura do sono é dividida em 5 fases, sono não REM e sono REM. Seu ciclo total
tem duração aproximada de 90 minutos.
Estágio 1: Transição da vigília para o sono, caracterizado por um sono leve de fácil
despertar.
Estágio 2: Início do sono mais pesado, caracterizado por ser um pouco mais profundo.
Nessa faze ocorre o início da queda de temperatura corporal e a percepção ambiental.
Estágio 5 REM: Sono restaurador, no qual o corpo fica imóvel apenas os olhos se
mexem e os sonhos acontecer. Caracterizado por alta atividade cerebral e um estado de
relaxamento, finalizando o ciclo do sono.
O Jet Lag é caracterizado pela dessincronização do ciclo circadiano que pode vir a
ocorrer quando muitos fusos horários são cruzados. Isso ocorre devido a defasagem do ciclo
circadiano em relação ao novo horário local no qual o individuo se encontra, gerando essa
dessincronização resultando em estresse físico e privação de sono.
Devido a natureza do Jet Lag são necessários vários dias para que o corpo se ajuste a
um novo horário e durante esse tempo o ciclo circadiano permanece fora de sincronia com o
mundo à volta do indivíduo. Quando ocorre essas situações, o relógio biológico promove o
despertar quando ainda é necessário dormir, e induz a dormir quando é necessário permanecer
acordado.
6.15 Cochilo
A ICAO estabelece por meio do DOC 9966 protocolos procedimento para o uso do
cochilo controlado na cabine de comando como estratégia de mitigação eficaz que deve ser
usada quando se fizer necessária, em resposta à experiência de fadiga, durante operações de
voo. Porém, adverte que essa estratégia não deve ser usada como uma ferramenta de gestão da
programação, isto é, como uma estratégia planejada para permitir a ampliação de períodos de
serviço.
6.16.1 Cafeína: É a substância que impede a adenosina de gerar sonolência e nos deixa
mais atento e motivados. Mesmo que tomemos café a adenosina continua se acumulando, e
assim que o efeito da cafeína passa, o cérebro vem cobrar o sono atrasado. Cabe ressaltar que
precisa entre 8 e 14 horas para o organismo esteja totalmente livre da cafeína, o uso da cafeína
deve ser evitado antes de dormir.
6.16.3 Nicotina: É uma substância que deve ser evitada, pois é um estimulante que pode
interferir no início da manutenção do sono.
6.16.4 Medicamentos: Os medicamentos que auxiliam o sono devem ser utilizados com
cuidado e apenas sob orientação médica, pois podem levar à sonolência prolongada, confusão
esquecimento e até mesmo em alguns casos dependência.
7. METEOROLOGIA
A Meteorologia Aeronáutica é o ramo da meteorologia aplicado à aviação que
visa contribuir para a garantia dos padrões de segurança, de economia e de eficiência dos voos.
Durante a Conferência de Chicago, em novembro de 1944, na qual teve origem a
Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), foi estabelecido que os países
membros mantenham um serviço meteorológico com a finalidade de prover aos usuários as
informações sobre as condições atmosféricas necessárias à segurança das operações aéreas.
7.1 Checklist Meteorológico
A consulta das informações meteorológicas disponíveis nos aeródromos de decolagem,
destino, alternativa e em rota deve ser realizada, para que não ocorra nenhum imprevisto,
conforme a sequência de verificações abaixo:
7.2 Fatores que podem contribuir para uma avaliação equivocada das condições
meteorológicas
Algumas condições meteorológicas adversas podem ser fatores contribuintes para incidentes e
acidentes aeronáuticos. Dentre elas estão:
8. OCORRÊNCIAS AERONÁUTICAS
O presente relatório trata de alguns exemplos de acidentes aeronáuticos que tem como
seu fator contribuinte a desorientação espacial. Foi com base nestas informações e utilizando
os dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - CENIPA, que
temos uma perspectiva técnica dos acidentes e dos fatos evidenciando-se, com isso elucidamos
os casos dentro de um ponto de vista concreto, ao longo do conteúdo descrito nos tópicos a
seguir.
COMANDANTE GARCEZ
A aeronave PT-KLO que transportava o cantor Gabriel Diniz no dia de seu acidente
relaciona o fato ocorrido no dia 27 de maio de 2019, quando um avião caiu em um mangue no
povoado de Porto do Mato, em Estância, Sergipe. O acidente acabou por vitimar três pessoas:
o próprio cantor Gabriel Diniz e os pilotos Abraão Farias e Linaldo Xavier Rodrigues. Foi
constatado que antes do acidente a aeronave estava com o certificado de aeronavegabilidade
válido até fevereiro de 2023 e a inspeção anual de manutenção até março de 2020, mas que a
mesma não podia exercer a função de táxi-aéreo.
Em 29 de outubro de 2020, o CENIPA apresentou o relatório final. Segundo as
investigações vários fatores foram determinantes para a causa do acidente, sendo os principais
a altitude de voo, condições meteorológicas adversas, indisciplina de voo, desorientação
espacial, julgamento de pilotagem, planejamento de voo e processo decisório.
TEORI ZAVASCKI
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ICAO. Safety Management Manual (SMM) - Doc. 9859. Montreal: International Civil Aviation
Organization, 2018.
ANAC, Agencia Nacional de Aviação Civil, Guia para gerenciamento de riscos da aviação,
pilotopolicial.com.br, 2019. Disponível em: <https://www.pilotopolicial.com.br/anac-
disponibiliza-guia-para-gerenciamento-de-riscos-da-aviacao/>. Acesso em: 09, setembro de
2022.
https://hangarmma.com.br/blog/fatores-humanos-na-aviacao/
DECLARAMOS, ainda, que, em caso de eventual não veracidade desta afirmação, poderemos infringir
as normas penais incriminadoras, descritas no art. 184 do Código Penal Brasileiro, vinculado à Lei 9.610
de 19 de fevereiro de 1998 (Lei dos Direitos Autorais), bem como no artigo 299 do Código Penal
Brasileiro, e nos sujeitar às penas ali previstas nos termos do entendimento das autoridades competentes.
RA Nome Assinatura
Este documento é a formalização de que os alunos abaixo estão sob a orientação de um professor para
o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso no decorrer do semestre. Ele é condição necessária
para que, ao final do semestre, o grupo seja encaminhado para a defesa em banca acadêmica.
Ano/Semestre:_____________
TÍTULO TRABALHO:____________________________________
Componentes do Grupo:
RA Nome Assinatura
TÍTULO: _________________________________________________________________________________
1. ______________________________________________________ RA_____________________
2. ______________________________________________________ RA_____________________
3. ______________________________________________________ RA_____________________
4. ______________________________________________________ RA_____________________
5. ______________________________________________________ RA_____________________
6. ______________________________________________________ RA_____________________
7. ______________________________________________________ RA_____________________
8. ______________________________________________________ RA_____________________
9. ______________________________________________________ RA_____________________
10. ______________________________________________________ RA_____________________
11. ______________________________________________________ RA_____________________
12. ______________________________________________________ RA_____________________
13. ______________________________________________________ RA_____________________
14. ______________________________________________________ RA_____________________
15. ______________________________________________________ RA_____________________
Trabalho escrito (Peso 7.0) Nota: atribuir até 1 ponto para cada item
Prof. 1 Prof. 2 Média
1. O trabalho atende adequadamente às normas gramaticais e ortográficas
vigentes da Língua Portuguesa e padrões de formatação?
2. O trabalho contém todos os elementos obrigatórios de um artigo científico,
conforme o guia?
3. Há preocupação de fornecer coerência interna a cada seção e dispõe
corretamente os objetivos, as discussões e o fechamento?
4. O trabalho respeita as normas de pontuação e gramática, bem como a
distribuição adequada de tabelas, gráficos e/ou figuras?
5. Estrutura narrativa clara (linguagem; conceitos explicados e relacionados;
coerência textual), apoiando-se em literatura especializada para fundamentar
os argumentos e conclusões?
6. A pesquisa empírico-documental-bibliográfica é consistente e aderente à revisão
bibliográfica, contribuindo efetivamente para o conhecimento científico?
7. Os procedimentos metodológicos foram apresentados e detalhados de forma
adequada na introdução e nas considerações finais?
8. Utilizou adequadamente o tempo (entre 15 e 20 minutos) e explorou
adequadamente os recursos audiovisuais?
9. Demonstrou domínio de técnicas de apresentação?
10. Demonstrou domínio sobre o assunto, articulando adequadamente as
palavras com objetividade e conhecimento?
2.
FICHA DE AVALIAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC
TÍTULO: _________________________________________________________________________________
1. ______________________________________________________ RA_____________________
2. ______________________________________________________ RA_____________________
3. ______________________________________________________ RA_____________________
4. ______________________________________________________ RA_____________________
5. ______________________________________________________ RA_____________________
6. ______________________________________________________ RA_____________________
7. ______________________________________________________ RA_____________________
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10. ______________________________________________________ RA_____________________
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Trabalho escrito (Peso 7.0) Nota: atribuir até 1 ponto para cada item
Prof. 1 Prof. 2 Média
1. O trabalho atende adequadamente às normas gramaticais e ortográficas
vigentes da Língua Portuguesa e padrões de formatação?
2. O trabalho contém todos os elementos obrigatórios de um artigo científico,
conforme o guia?
3. Há preocupação de fornecer coerência interna a cada seção e dispõe
corretamente os objetivos, as discussões e o fechamento?
4. O trabalho respeita as normas de pontuação e gramática, bem como a
distribuição adequada de tabelas, gráficos e/ou figuras?
5. Estrutura narrativa clara (linguagem; conceitos explicados e relacionados;
coerência textual), apoiando-se em literatura especializada para fundamentar
os argumentos e conclusões?
6. A pesquisa empírico-documental-bibliográfica é consistente e aderente à revisão
bibliográfica, contribuindo efetivamente para o conhecimento científico?
7. Os procedimentos metodológicos foram apresentados e detalhados de forma
adequada na introdução e nas considerações finais?
8. Utilizou adequadamente o tempo (entre 15 e 20 minutos) e explorou
adequadamente os recursos audiovisuais?
9. Demonstrou domínio de técnicas de apresentação?
10. Demonstrou domínio sobre o assunto, articulando adequadamente as
palavras com objetividade e conhecimento?
2.