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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA


RAFAEL GIMENEZ RODRIGUES

FADIGA E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA AVIAÇÃO

Palhoça
2021
1

RAFAEL GIMENEZ RODRIGUES

FADIGA E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA AVIAÇÃO

Monografia apresentada ao Curso de


graduação em Ciências Aeronáuticas, da
Universidade do Sul de Santa Catarina,
como requisito parcial para obtenção do
título de Bacharel.

Orientador: Prof. Joel Irineu Lohn, MSc.

Palhoça
2021
2

RAFAEL GIMENEZ RODRIGUES

FADIGA E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA AVIAÇÃO

Esta monografia foi julgada adequada à


obtenção do título de Bacharel em Ciências
Aeronáuticas e aprovada em sua forma final
pelo Curso de Ciências Aeronáuticas, da
Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 19 de Novembro de 2021.

__________________________________________
Orientador: Prof. Joel Irineu Lohn, MSc.

__________________________________________
Avaliador: Prof.Orlando Flavio Silva, Esp.
3

Dedico este trabalho a minha esposa e filhos


pela paciência e compreensão nos
momentos de ausência e ao meu orientador
pelo auxilio e atenção na execusão da
monografia.
4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por me dar condições de executar o


trabalho com maestria.
A minha esposa Greicy Vendrame Gimenez pelo auxílio e compreensão
neste momento da minha ausênsia para a execusão do trabalho, bem como aos
meus filhos Matheus Vendrame Gimenez e Isabella Vendrame Gimenez pela
paciência e entendimento da falta de atenção neste período de crescimento
pessoal e profissional.
Ao meu orientador Joel Irineu Lohn, que me ajudou nesta fase de
desempenho e execusão deste trabalho.
5

“O conhecimento tem um começo, mas não tem fim”.


(Geeta Iyengar)
6

RESUMO

Este estudo acadêmico buscou investigar como a fadiga humana pode influênciar
no desempenho do trabalho dos aeronautas e as possíveis formas de prevenção
de possíveis acidentes. A metodologia utilizada foi à bibliográfica explicativa com o
intuito de diferenciar as principais fadigas relacionadas à aeronáutica, e suas
consequências em longo prazo. Reportando a uma abordagem qualitativa.
Apresentando as principais influências causadoras da fadiga no espaço aéreo,
relacionado ao estado de alerta e ao ciclo ciardiano tanto do piloto quanto da
tripulação, posterior aborda- se as consequências e como gerir em espaço aéreo
este problema, destacando de uma forma objetiva o significado de fadiga, os
problemas que ela pode apresentar na aviação, e o que pode ocasionar ao piloto e
a tripulação, mostrando dentro do contexto diferentes tipos de quadros tanto
piscológicos quanto fisíológicos.

Palavras – chave: Fadiga. Ciclo Cicardiano. Estado de Alerta.


7

ABSTRACT

This academic study sought to investigate how human fatigue can influence the
work performance of aeronauts and possible ways to prevent possible accidents.
The methodology used was the explanatory bibliographic in order to differentiate the
main fatigues related to aeronautics, and their long-term consequences. Reporting
to a qualitative approach. By presenting the main influences that cause fatigue in
airspace, related to the alert state and the cycle of both the pilot and the crew, the
consequences and how to manage this problem in airspace are then discussed,
objectively highlighting the meaning of fatigue, the problems it can present in
aviation, and what it can cause to the pilot and the crew, showing in context
different types of both piscological and physiological conditions.

Keywords: Fatigue. Cycardian Cycle. Alert state.


8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Ciclo Cicardiano __________________________________________ 25


Figura 2 – Estado de Alerta __________________________________________ 29
9

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Definição de fadiga ................................................................................ 19


Tabela 2 – Fatores Contriuintes .............................................................................. 31
Tabela 3 – SMS ...................................................................................................... 34
10

LISTA DE SIGLAS

ANAC Agência Nacional de Aviação Civil.

RBAC Regulamento Brasileiro de Aviação Civil.

ICAO International Civil Aviation Organization.

FRMS Fatigue Risk Management System.

SGSO Sistemas de Gerenciamento de Segurança Operacional.

SFC Sindrome da Fadiga Crônica

SCN Núcleo Supraquiasmático.

CNFH Comissão Nacional de Fadiga Humana

SMS Safety Management System

FAST Fatigue Avoidance Scheduling Tool

PSNA Provedores De Serviço De Navegação Aérea

RELPREV Relatório de Prevenção

RIF Reporte Indício de Fadiga


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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO____________________________________________________ 12
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ________________________________________ 13
1.2 OBJETIVOS ______________________________________________________ 13

1.2.1Objetivo Geral___________________________________________________ 13
1.2.2 Objetivos Especificos ___________________________________________ 14
1.3 JUSTIFICATIVA___________________________________________________ 14
1.4 METODOLOGIA __________________________________________________ 15

1.4.1 Natureza da Pesquisa e tipo de pesquisa _________________________ 15


1.4.2 Materiais e Métodos_____________________________________________ 15
1.4.3 Procedimento de Coleta de Dados _______________________________ 16
1.4.4 Procedimento de análise de dados _______________________________ 16
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ___________________________________ 17

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA _____________________________________ 18


2.1 FADIGA __________________________________________________________ 18

2.1.1 Fadiga Aguda __________________________________________________ 20


2.1.2 Fadiga Crônica _________________________________________________ 22
2.1.3 Ciclo Cicardiano ________________________________________________ 24
2.1.4 Estado de Alerta ________________________________________________ 28
2.2 CONSEQUÊNCIAS DA FADIGA EM VÔO ____________________________ 30
2.3 GERENCIAMENTO DE RISCO DE FADIGA HUMANA _________________ 33

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ________________________________________ 36


REFERÊNCIAS ______________________________________________________ 38
12

1. INTRODUÇÃO

Desde o ínicio dos tempos, pode-se dizer que as pessoas têm vontade
de saber como voar, visto que se observa em livros infantis e histórias sobre a
aviação.
Sabe - se que desde a pré-história o homem observa o movimento do
bater de asas do pássaro, até ter a ideia de criar o primeiro objeto em 1709 a voar,
o balão feito por Bartolomeu de Gusmão. Posterior foi lançado o Zepellin (um
dirigível) em 1900 LZ1, que teve uma grande visibilidade depois da 1º guerra
mundial. Porém o homem não poderia controlar completamente o destino de vôo
destes veículos (CORDEIRO, 2017).
A partir de então, em 1906 é apresentado o primeiro avião ainda rústico
por Alberto Santos Dumont (SANTOS 2021). No decorrer dos anos as idéias foram
se aprimorando e atualmente temos o avião como meio de transporte, auxiliando
as pessoas tanto para locomoções com maior rapidez, bem como para serviços de
transportes de cargas alavancando o comércio internacional; salvamento em
regiões de difícil acesso; transporte para serviços médicos de urgência entre
outros, tornando-se indispensável para o dia a dia da população.
Porém o uso do avião foi intensificado após a segunda guerra mundial,
com intuito de transportar de passageiros e cargas grandes (TRANSPORTE...
2020).
Relacionado a salvamento e serviços médicos, nos Estados Unidos
ainda aconteceu um ano antes do término da segunda guerra mundial, e no Brasil
só após este período.
Bueno (2018) relata que:
Os primeiros relatos de Busca e Salvamento (SAR, do inglês Search and
Rescue) de pessoas em situação de perigo remontam à Idade Média,
quando expedições saíam à procura de embarcações desaparecidas.
Propriamente, a história do serviço SAR começou na Segunda Guerra
Mundial. Na Grã-Bretanha, a Royal Air Force [..] No Brasil, o então
Ministério da Aeronáutica criou, no fim de 1950, o serviço de Busca e
Salvamento em cada Zona Aérea.[...] em 1967, cinco sobreviventes foram
resgatados 11 dias após a queda do voo FAB 2068, em um C-47
encontrado próximo a Tefé (AM). Nesta ocasião, foram envolvidas 35
aeronaves da FAB e da Força Aérea Americana (USAF), 347 pessoas e
mais de mil horas de voo. Um dos resgatados, ao avistar a equipe da FAB,
disse à frase que se tornaria um bordão: “eu sabia que vocês viriam!”.
(www.fab.mil.br)
13

Mediante a este cenário observa - se o quanto é importante ter uma


tripulação de voo saudável para que não ocasione acidentes aéreos, o que na
maioria das vezes chega a ser fatal.
Pesquisas mostram que, os acidentes aéreos devido à fadiga no voo se
baseiam em 20 % dos casos como menciona Licate (2021), no qual muitos são
fatais. Como por exemplo, o voo 3407 da Continental Airlines, que acabou por cair
em uma casa e matar toda a tripulação e ainda uma pessoa em solo.

Segundo News (2018):


Por motivos de fadiga, a tripulação do voo 3407 da Continental Airlines se
distraiu e não percebeu o acionamento do Stick Shaker (conjunto de
sensores e motores eletricos, ligados a coluna de comando, que emite
barulho e gera grandes vibrações, avisando aos pilotos a eminência do
Estol). O piloto interpretou o aviso errado e,[...] puxou o manche perdendo
velocidade e fazendo o avião estolar. O copiloto tentando ajudar recolheu
os flaps perdendo sustentação [...] O avião que transportava 44
passageiros e 4 tripulantes caiu sobre uma casa matando todos a bordo e
mais uma pessoa em solo. (www.pilotopolicial.com.br)

Vislumbrando este cenário chega-se ao tema deste projeto de pesquisa


fadiga e suas consequências na aviação.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais os problemas que a fadiga humana pode causar na aviação e o


que pode ocasionar ao piloto e a tripulação?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1Objetivo Geral

Analisar a fadiga humana e como ela influência na aviação, bem como o


que pode ocasionar e como previnir.
14

1.2.2 Objetivos Especificos

 Identificar a principal causa de fadiga humana na tripulação aérea,


baseado em pesquisas bibliográficas.

 Identificar as principais consequências que a fadiga pode ocasionar


aos pilotos e a tripulação.

 Verificar o que é necessário para previnir esta questão e como


podemos gerir a fadiga em espaço aéreo.

1.3 JUSTIFICATIVA

Considerando o quanto é importante para as pessoas um meio de


transporte que seja rápido, devido a diversos compromissos, nos deparamos com o
transporte aéreo. Contudo o vôo tem que apresentar segurança, não somente para
o piloto, mas como a toda tripulação envolvida.
Para que seja seguro é necessário que o piloto consiga definir, o quanto
está cansado, e qual o seu teor de fadiga, como se sabe a mesma acaba gerando
um desgaste fisico e mental que vai além de um simples cansaço, o que torna as
atividades que são corriqueiras do dia a dia, algo tão incontrolável para o piloto
tornando-se perigoso tanto a ele quanto a tripulação.
Portanto este trabalho tem o intuito de concientizar o piloto e a tripulação
do quanto pode ser perigoso e como previnir, para que não ocorra este tipo de
tragédia por fadiga, pois mesmo tendo um manual, não é tão simples definir se é
apenas um cansaço ou uma fadiga.
Cabe ressaltar CASAGRANDE, (2015):
O problema da fadiga humana tem recebido atenção especial das
autoridades aeronáuticas em todo o mundo. A OACI (Organização de
Aviação Civil Internacional, ICAO na sigla em inglês) já publicou diversas
recomendações para que se implemente um Sistema de Gerenciamento
de Risco de Fadiga com a intenção de diminuir o cansaço dos pilotos e,
consequentemente, a ocorrência de acidentes e incidentes aeronáuticos
que tenham a fadiga como um fator contribuinte. (https://aeromagazine.
uol.com.br)
15

Na citação acima se pode observar que realmente é um assunto de


extrema importância, a ponto de ter uma atenção especial do orgão da ICAO, desta
maneira com um método de gestão para que possa mitigar acidentes em espaço
aéro.

1.4 METODOLOGIA

1.4.1 Natureza da Pesquisa e tipo de pesquisa

A pesquisa a ser apresentada será bibliografica explicativa de


abordadem qualitativa.
Segundo GIL, (2002, p.44): “[...] a pesquisa bibliográfica é desenvolvida
com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos”.
Por se tratar de uma pesquisa bibliografica explicativa, tem o intuito de
explicar a razão pela qual a fadiga é um dos principais problemas na aviação,
mediante os estudos posteriores realizados.

1.4.2 Materiais e Métodos

Para discorrer o trabalho, foi escolhido o método de pesquisa bibliografia


e explicativa, que de acordo com Duarte (2021), uma pesquisa explicativa consiste
em explicar a razão do por que:
Considera-se ser este o tipo de pesquisa que explica a razão, o porquê
dos fenômenos, uma vez que aprofunda o conhecimento de uma dada
realidade. Assim, pelo fato de esta modalidade estar calcada em métodos
experimentais, ela se encontra mais direcionada para as ciências físicas e
naturais. Mesmo que a margem de erros represente um fator relevante,
sua contribuição é bastante significativa, dada a sua aplicação prática.
(https://monografias.brasilescola.uol.com.br)

Com este tipo de pesquisa é possível selecionar artigos, bem como


teses documentos e livros que abordam o tema, na busca de uma explicação pelo
qual a fadiga é um dos temas frequentes na aviação. O que contribuiu para o
desenvolvimento desta monografia.
16

1.4.3 Procedimento de Coleta de Dados

Para a elaboração foi necessário buscar em sites, artigos científicos,


jornais, revistas, livros e teses relacionados ao tema de pesquisa com o intuito de
atender as necessidades da pesquisa.

1.4.4 Procedimento de análise de dados

Com o Intuito de compreender o fenômeno da fadiga na aviação à


abordagem escolhida é qualitativa, ou seja, um estudo amplo do contexto que está
inserido e as suas caracteristicas mediante ao que ela ocasiona a sociedade.

Segundo Qualibest (2020):

Em outras palavras, é possível afirmar que a pesquisa qualitativa se


preocupa principalmente com a geração de insights.
Algumas de suas características incluem:
 Os tipos de dados coletados nesse modelo de pesquisa são
narrativos, sem utilizar um sistema numérico;
 O tipo de abordagem é subjetivo;
 Diferentemente da pesquisa quantitativa, a amostragem é
selecionada, com poucos participantes. O objetivo é conseguir um
entendimento mais profundo do tema proposto;
 Já os métodos de pesquisa são flexíveis e as estratégias
utilizadas para coletar os dados pode incluir: observações,
entrevistas individuais e grupos focais;
 A análise dos dados para chegar a uma conclusão se baseia em
observações e comentários;
 Esse método de pesquisa lida principalmente com insights
subjetivos, por esse motivo é utilizado para entender as
motivações, pensamentos, ideias e opiniões dos entrevistados,
sendo possível até mesmo descobrir tendências por esse
caminho. (www.institutoqualibest.com)

Observa-se que este método qualitativo apresenta uma abordagem


subjetiva através de coletas de dados sem serem selecionados, com o intuito de
conseguir um entendimento mais profundo sobre o tema a ser abordado.
17

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Para atingir os objetivos propostos pelo tema o trabalho foi elaborado


desta maneira a seguir:
 Capítulo 1: Introdução, problema da pesquisa, objetivo, justificativa e
metodologia. Na qual a introdução abrange sobre o que foi pesquisado e qual o
intuito da pesquisa. O problema apresenta o que será exposto neste trabalho. O
objetivo resultando no que a pesquisa vai esclarecer. A justificativa apresentando o
porquê do tema e por fim a metodologia no qual aborda com que base o trabalho
foi elaborado.
 Capítulo 2: Traz o referêncial teórico do qual é discorrido o assunto da
fadiga na aviação e suas consequências. Abrangendo o que é a fadiga, quais os
tipos principais na aviação e como podemos gerenciar para que ocorra com menos
frequência.
 Capítulo 3: Apresenta as considerações finais.
 Capitúlo 4: Finaliza com as referências bibliograficas.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fadiga na aviação é um tema atual que abrange uma visão mais


delicada sobre o assunto, sendo que uma de suas consequências são os acidentes
e incidentes que ela pode ocasionar, além do fato de o piloto e a tripulação
passarem por transtornos físicos e mentais.
No capítulo a seguir apresentar-se-a contextualização da fadiga, e nos
demais será aboradado as consequências e como gerir em espaço aéreo.

2.1 FADIGA

A Fadiga é um termo originário do latim fatigari que de acordo com


Marlylianda (2011) é um sinônimo para cansaço conforme relatado abaixo:
“[...] um sinônimo de Cansaço, a palavra Fadiga”. Ela vem do
Latim fatigari, “cansar”, originalmente “fazer desabar”, formada por fatis, de origem
desconhecida, mais a raiz de agere, “guiar, levar a”.
Ao procurar o significado da palavra encontra-se a menção de cansaço
extremo ou esgotamento por trabalho repetitivo, bem como por algum fator
emocional.
Em Significado... (2021) “Fadiga é um substantivo feminino da língua
portuguesa e significa o cansaço extremo ou esgotamento, físico ou mental,
causado pelo esforço repetitivo ou trabalho intenso”.
Portanto pode-se dizer que o estado de fadiga impede o indivíduo de
exercer as atividades recorrentes no dia a dia, devido a uma exaustão física ou
mental.
Qualquer fadiga faz parte de um conjunto de sintomas, que tem como
base a dificudade de iniciar ou sustentar uma atividade devido à falta de energia
(WASSERMAN, 2019), cansaço extremo e um enorme desejo de descansar.
Porem existe vários tipos de fadiga que são: Muscular, Mental, Crônica,
Adrenal, Sensorial e Fadiga de verão.

Fadiga muscular A fadiga muscular é causada pelo excesso de atividade


19

física. Isso pode significar maior intensidade, frequência e/ou uso de pesos
em exercícios; e/ou menor intervalo de descanso entre os exercícios.
Costuma causar cansaço físico intenso e dor no músculo que trabalhou
exageradamente. Fadiga adrenal A fadiga adrenal é um sintoma
relacionado à dificuldade do corpo em lidar com altos e prolongados níveis
de estresse, resultando na disfunção nas glândulas adrenais (que
compõem o sistema endócrino).Fadiga crônica A fadiga crônica é
geralmente causada por uma enorme carga de estresse na rotina, estando
principalmente ligada ao âmbito profissional, amoroso e familiar.Fadiga
mental A fadiga mental é decorrente do desgaste intelectual. Isso
acontece devido ao estresse gerado pelo excesso de informações que
nosso cérebro recebe. Fadiga sensorial A fadiga sensorial é a exaustão
relacionada aos órgãos sensoriais, principalmente olhos e ouvidos. Os
sintomas costumam estar diretamente relacionados à, portanto, estes
órgãos. Fadiga de verão (natsubane) Com nome de origem japonesa, a
fadiga de verão é a exaustão ocasionada por temperaturas altas. Em dias
mais quentes pode ocorrer a desidratação e transpiração excessiva,
resultando em cansaço excessivo, indisposição e irritabilidade. (BUENO,
2021).

Ao observar em diversas áreas que o termo fadiga não tem um conceito


geral e único, porém em todas as áreas entende-se que se trata do mesmo
conceito apenas com maneiras de se expressar diferenciadas.
Em geral, se refere a um cansaço a nível extremo e que se não cuidado
pode gerar riscos a saúde, pois a mesma tende a afetar as dimensões tanto físicas
quanto mentais.
Neste quadro pode se observar que a definição de fadiga de cada área é
diferenciada, porém com o mesmo intuito de mostrar que é um desgaste físico ou
mental:
Tabela 1 – Definição de fadiga

Área Definição de Fadiga

Estudo do desgaste relacionado à redução da


Psicologia
motivação.
Declínio na capacidade de gerar tensão muscular com a
Educação Física
estimulação repetida.
Estado de desgaste que segue um período de esforço,
mental ou físico, caracterizado por uma diminuição da
Index Medicus
capacidade de trabalhar e redução da eficiência para
responder a um estímulo.
Condição caracterizada por sofrimento e diminuição da
Oncologia
capacidade funcional devido à redução de energia.
A fadiga refere-se ao ‘desgaste’ de materiais de
Odontologia próteses parciais, geralmente gerado por falha no
próprio material ou por efeito de cargas repetidas.
Fadiga é um modo prevalente de falência de
Engenharia componentes estruturais ocasionado por períodos de
estresse.
Dicionário etimológico Cansaço.
Estado com aumento do desconforto e diminuição da
Dorland’s illustraded Medical Dictionary eficiência resultante de um esforço prolongado ou
excessivo.

Fonte: MOTA; CRUZ; PIMENTA (2005), P. 289.


20

Subentende-se apartir do que foi apresentado, que a fadiga na aviação


está relacionada às condições a qual o piloto ou a tripulação estão passado no
momento, podendo ser por horas excessivas de trabalho, bem como diferentes
fusos horários, gerando uma situação de desconforto físico como stress, desgaste
entre outros, que caso não solucionado pode ocorrer consequências desastrosas,
tanto para o piloto quanto para a tripulação.
Na aviação encontram-se dois tipos de fadiga que se classificam como:
aguda ou crônica relacionado há um dia exaustivo de trabalho, o que faz com que o
piloto perca a atenção e raciocínio por um longo período de tempo.
[...] a fadiga de voo pode ser classificada em fadiga aguda, onde está
relacionada com um dia cansativo de trabalho, quando é solicitado do
piloto de avião atenção e raciocínio por um longo período ao longo das
etapas do voo e do dia ou quando, por algum problema, acaba colocando
o voo em condição de risco à segurança do voo. Quando essas situações
acontecem esporadicamente, uma noite de sono reparador afasta a
condição de fadiga aguda. A fadiga crônica está relacionada a fatores que
lesam a capacidade de trabalho dos pilotos que podem provocar efeitos
fisiológicos e psicológicos. Os efeitos da fadiga crônica são: perda de
apetite, perda de peso, insônia, depressão, irritabilidade, déficit de atenção
e de alerta. (NED, 2016).

Devido às atividades de horas de voo às vezes excessivas acaba por


ocasionar fadiga aguda ou crônica, incluindo a interrupção do ritmo cicardiano 1ou
ciclo cicardiano, que será apresentado no decorrer deste capítulo.

2.1.1 Fadiga Aguda

Além ter vínculo com o ciclo cicardiano também está relacionada à


fadiga muscular, devido a eventos que impedem a manutenção dos músculos
como longas jornadas de trabalho, caso não seja detectada e tratada pode
ocasionar a fadiga crônica.
Esse tipo de fadiga muscular é ocasionado por varíos eventos
fisíologicos que impedem a manutenção muscular devido a uma determinada
atividade. De acordo com Santos (2021):
A fadiga muscular é um processo resultante de eventos fisiológicos que
impedem a manutenção da ação muscular em uma determinada atividade.

1
O ritmo circadiano ou ciclo cicardiano, refere – se ao relógio biológico de cada ser humano é o
mecanismo do nosso corpo que regula o nosso organismo identificando o dia e a noite.
21

Alguns estudos sugerem que esse processo é uma forma de o organismo


proteger-se para que nenhuma lesão maior ocorra, principalmente no caso
de uma fadiga aguda. (www.biologianet.com)

A fadiga aguda é caracterizada por seu curto prazo de tempo geralmente


tem duração de 1 a 6 meses (WASSERMAN, 2019).
Santos (2021) menciona: “Fadiga aguda: é caracterizada por alterações
fisiológicas que impedem o indivíduo de realizar uma determinada atividade física.”.
Davis (1997) diz que “a fadiga aguda pode ainda ser subdividida em
central e periférica”.
No caso de central e periférica é quando se trata de muscular parte
física, mas também existe a fadiga mental.
A fadiga muscular é um cansaço extremo, após exercícios intensos que
afeta a parte central quando falta força localizada e a periférica quando há falta de
energia, porém quando a aparição dela é em momentos que não são apropriados
como ao acordar isso pode ser sinal de algo mais grave (O QUE... 2017).
Já a fadiga mental é a sensação de estar com a dificuldade de
concentração, um sinal de que há horas que o indivíduo não descansa como uma
sobrecarga.
Sensações como dificuldade na concentração, irritabilidade e dores de
cabeça soam familiar? Todos esses são sintomas da fadiga mental, sinal
de que o cérebro andou trabalhando demais e está se sentindo cansado.
Assim como na fadiga muscular, é normal após certas atividades, como
trabalhos intelectuais de longa duração. Em outras circunstâncias, também
pode indicar que algo está errado, principalmente no que tange estilo de
vida e a situação emocional. (O QUE... 2017).

Pode se dizer que a fadiga aguda é uma fadiga pontual, na qual pode
ser resolvida por horas de sono e descanso, ou com um tratamento específico.

Os sintomas que pode ser descrito pela fadiga de acordo com (O QUE...
2017). são:

Cansaço é dificuldade para se levantar mesmo tendo dormido bem na


noite anterior; Diminuição da energia em geral; Falta de vontade para
realizar as atividades do dia-a-dia; Humores tristes ou variáveis;
Dificuldade de concentração; Problemas com a memória; Dores de cabeça
(cefaleia); Dores musculares; Maior facilidade para contração de doenças .
(https://minutosaudavel.com.br)
22

Estes sintomas tem tratamento, só não pode passar de seis meses, se


não o quadro se agrava, tornando-se uma fadiga crônica.
Na aeronáutica, pode-se observar que a fadiga aguda é relatada como a
mais constante devido aos sintomas. Rayol (2015) relata perfeitamente as causas
mais frequentes:
[...] as causas mais frequentes do sintoma de fadiga humana, afetando as
condições físicas dos pilotos, são: poucas horas de sono, distúrbios
durante o sono, interrupção do ritmo circadiano, stress mental ou
emocional relacionado a problemas de família, ansiedade ou mesmo o
stress de um check de equipamento, problemas de saúde, entre outros.
(www.pilotopolicial.com.br)

Por consequência, se diagnosticada com antecedência, não ocasionara


problemas a tripulação bem como ao piloto, por ser uma fadiga pontual e que tem
tratamento que não geram tanto risco à saúde quanto a crônica.

2.1.2 Fadiga Crônica

Também identificada de origem central é a principal causadora de


alterações no sistema nervoso central, este tipo de fadiga, dura mais de seis
meses, onde precisa de intervenção de tratamentos medicamentosos e terapias.
Apesar da fadiga aguda também precisar e medicamentos e terapias ela
não é tão intensa quanto à crônica.
Segundo Santos (2021):
Fadiga crônica: é caracterizada por alterações no organismo após a
realização de grande esforço ou atividade de longa duração com um
processo de recuperação incompleto. Os sintomas desse tipo de fadiga
são o cansaço, alterações de humor, comprometimento do sistema imune,
com o aparecimento de gripes e resfriados frequentes, entre outros;
(www.biologianet.com).

Por ser de origem central, apresenta como sintomas diminuição do


rendimento da atividade realizada, no caso dos pilotos a falta de atenção a um
estado de extrema fadiga. Ocasionando incidentes a toda a tripulação, tanto físicos
quanto psicológicos.
23

Santos (2021) também menciona que a origem central está relacionada


a:
[...] exercícios intensos e de longa duração causam alterações no sistema
nervoso central, alterando, por exemplo, a síntese e atividade de
neurotransmissores, como a dopamina, o que leva a uma diminuição no
rendimento da atividade realizada. A diminuição da dopamina causa, entre
outros sintomas, falta de coordenação e perda de equilíbrio;
(www.biologianet.com).

Tanto a fadiga aguda quanto a crônica se apresenta da mesma forma, a


crônica atingindo principalmente a parte central, mas ao entrar em um estado
crônico, pode-se dizer que já passou por um estado de fadiga aguda, este tipo de
fadiga atinge um período maior de seis meses, e neste caso o importante é verificar
o que há de errado com a pessoa.
“Quando a fadiga dura mais de seis meses, ela se torna crônica. Nesses
casos, a sensação pode estar relacionada a alguma condição médica ou à
Síndrome da Fadiga Crônica, uma doença ainda pouco conhecida”. (O QUE...
2017).
Quando chega neste estágio a pessoa começa a presentar a Síndrome
da fadiga crônica, o que já afeta o organismo, tanto ocasionando uma anemia
profunda quanto a alguma outra doença, que neste caso precisa de tratamento
medicamentoso para soluciona-la, pois uma noite de sono não basta para se
recuperar.
Segundo Síndrome... (2011):
Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) é uma condição de diagnóstico clínico
cujo principal sintoma é a presença de fadiga (cansaço) intensa que pode
piorar com a atividade física ou mental, mas não melhora com o repouso.
Ou seja, o paciente sente-se persistentemente cansado sem uma causa
aparente, independente da quantidade de repouso que realize. Embora na
maioria dos casos a causa seja desconhecida, fatores estressantes
orgânicos (infecções) ou psicológicos podem desencadear o início dos
sintomas. O tratamento deve ser direcionado para um melhor controle dos
sintomas e muitos pacientes podem se recuperar da SFC com o passar do
tempo (www.reumatologia.org.br)

Ou seja, é um estado frequente de fadiga, pode-se dizer que se o piloto


ou a tripulação apresenta um desses quadros de fadiga crônica ou a síndrome, o
ideal seria que se afastasse da função até que seja resolvida a situação para que
não coloque em perigo a vida das demais pessoas.
24

A SFC tem uma evolução variável, do qual o indivíduo pode piorar ou


permanecer estável, porém a diminuição só ocorre com o tempo, apresentando à
possibilidade de melhoras ou piora do caso, no entanto alguns casos melhoram por
completo (SÍNDROME... 2011).
Continuando com Síndrome... (2011), os sintomas mais importantes
para o diagnóstico são: “dificuldade com a memória ou concentração, dor de
garganta, presença de gânglios (íngua) dolorosos no pescoço ou nas axilas, dores
musculares e nas juntas, dor de cabeça e sono não reparador”. Todavia se
trantando de uma síndrome, de acordo com o que o próprio nome se refere é um
conjunto de sintomas logo outro sintomas como: “dor abdominal, dor no peito, tosse
crônica, diarréia, tonturas, boca seca, náuseas, irritabilidade, depressão,
transtornos de ansiedade, formigamento, olho seco, além da perda ou ganho de
peso.” (SÍNDROME... 2011), podem aparecer em conjunto com a doença.
Assim como qualquer doença o quanto antes diagnosticado melhor se
apresentará o quadro do paciente. Apesar da SFC não ter tratamento específico,
são utilizadas medidas para controlar os sinais e sintomas, tais como: “Moderação
para as atividades diárias; Exercícios físicos; Terapia cognitivo-comportamental;
Tratamento da depressão e ansiedade; Tratamento da dor; Tratamento dos
problemas de sono” (SÍNDROME... 2011), entre outros.
Quando o piloto evolui para este tipo de quadro clinico o ídeal é afasta-lo
das funções e ver qual o melhor método para a recuperação do piloto e caso não
consiga uma recuperação mais aconselhavél é afasta-lo por tempo indeterminado
ou até mesmo ver a possibilidade de uma aposentadoria.
Porém independente da fadiga que o piloto apresente, todas estão
relacionadas ao ciclo cicardiano, o qual apresentar-se-a no tópico seguinte.

2.1.3 Ciclo Cicardiano

Quando o assunto está relacionado à fadiga no vôo, a palavra que uma


maior amplitude é o ciclo cicardiano ou ritmo cicardiano, pois se dá devido à
alteração do relógio biológico, referente a longas escalas de vôo, bem como a
fusos horários distintos.
25

De acordo com Dentillo (2020):


O ciclo circadiano, também conhecido como ritmo circadiano, é o
mecanismo pelo qual nosso organismo se regula entre o dia e a noite. A
partir dele, nossos processos fisiológicos são comandados para que nosso
corpo consiga acordar, sentir fome, estar ativo, ficar com sono, e assim
por diante. O período de 24 horas, ou seja, o dia completo é que dita o
nosso ciclo circadiano. Mas algumas pessoas conseguem “funcionar”
melhor durante o dia; outras, durante a noite. E esse processo é regulado
por vários fatores, incluindo a genética. (https://dglab.com.br)

Nosso organismo precisa de 7,5 ou 8,5 horas de sono para que não
atrapalhe o nosso rendimento no trabalho ou na vida pessoal, contudo para os
pilotos e tripulação o que ocorre são as escalas de trabalho que acabam por intervir
no ciclo.
Figura 1 – Ciclo Cicardiano

Fonte: Mikail (2020).


26

Ao analisar a figura acima, pode notar que a fase de sono profundo


acontece as 02h, ou seja, manter-se acordado acaba sendo um desafio, tornando-
se uma situação que pode se dizer desgastante para o piloto e tripulação.
Além da parte relacionada ao horário, observa-se também a questão do
claro e escuro, quando a tripulação altera o fuso horário acaba por intervir também
no ciclo ciardiando.
Vasconcelos (2019, p.54) resalta que a atividade biológica humana, é
controlada pelo hípotálamo, referente ao local que estabelece os padrões do sono
e que na parte ventral anterior ao hipotálamo fica localizado o núcleo
supraquiasmático (SCN) que é o principal relógio cicardiano. Este relógio é
responsável por processar sinais de luminosidade, ou seja, claro e escuro, dentro
deste contexto pode-se dizer que quando é alterado o fuso horário, provoca um
estresse dentro do ciclo ciardiano da pessoa.
De acordo com Paulo Rogério Licati (2017):
O principal problema do trabalho em turno é a dessincronização do relógio
biológico. Embora o ciclo circadiano consiga se ajustar em uma ou duas
horas por dia, as escalas de trabalho dos aeronautas demandam ajustes a
uma variação de 8 ou 12 horas, o que não possibilita essa sincronização. :
(https://aeromagazine.uol.com.br)

Portanto o ritmo cicardiano trabalha por variações relacionadas a claro e


escuro, no qual todas as funções do corpo humano estão relacionadas, por isso é
muito importante manter um ciclo em condições normais para o corpo.
De acordo com (CNFH; CNPAA, 2017, p. 16):
O relógio biológico regula o ciclo diário de atividade e inatividade. Em
condições normais, o ciclo circadiano trabalha com variações nas vinte e
quatro horas do dia, orientado pelo ciclo claro-escuro e por atividades
sociais. Praticamente todas as funções do corpo são programadas de
acordo com ciclo claro-escuro.

Logo, o ciclo vem a influenciar nas funções do corpo humano, bem como
sono, temperatura corporal, atividades diárias entre outras (CNFH; CNPAA, 2017).
O ciclo intrínseco do relógio biológicohumano é ajustado automaticamente
em cada manhã por influência da luz do dia, e se adapta ao ciclo de 24
horas. Este processo de sincronização é conhecido como arrastamento
(entrainment). (CNFH; CNPAA, 2017, p. 17):
27

No entanto muitas pessoas conseguem desempenhar melhor as


atividades na parte da noite do que da manhã, o que é uma alternativa para uma
escala de vôo.
Segundo Dentillo (2020):
Você já deve ter notado que algumas pessoas têm maior disposição
durante a manhã, acordam cantando. Enquanto isso, outros mal abrem os
olhos e já estão de mau humor, praguejando contra o despertador.
Alternativamente, alguns têm uma energia muito maior à noite, realizam
atividades até de madrugada, ao passo que outras pessoas dormem
super-cedo e realizam suas atividades perfeitamente apenas antes de
escurecer. Essas características formam o que chamamos de cronotipo,
ou seja, a tendência que cada pessoa tem para sentir-se mais disposta ou
cansada, com mais ou menos fome, de acordo com o período do dia. Ter
hábitos mais diurnos ou mais noturnos interferem em todas as atividades
diárias. (https://dglab.com.br)

Em vista do relato de Dentillo, uma proposta seria que ao executar uma


escala de trabalho, a companhia verifique quais são as pessoas que mais se
adaptam a noite, desta maneira evitaria maiores transtornos tanto para a tripulação
quanto para o piloto, que em momentos de demasiado cansaço, picos de stress e
desconforto com os parceiros de trabalho chegam a ser critícos gerando incomodo
por situações constrangedoras.
Quanto à questão dos fusos horários, a opção seria escalas mais
prolongadas, para que o trabalho gere menos estresse a todos.
Contudo Vasconcelos (2019, p.55) relata que:
[...] mesmo em áreas como a zona de penumbra subpolar ou em zonas
espaciais, o corpo tende a ciclos regulares de sono e vigília, pois sempre
haverá ajustes do organismo após um período de adaptação. Também,
quando se viaja para locais com fusos horários diferentes do ponto de
origem, ocorrerá uma alteração no ritmo circadiano, que é denominada,
por sua vez, de jet lag.

O Jet lag, é uma situação temporária causada pela alteração de fuso


horário, desordenando o ciclo cicardiano.
Jet lag é uma condição temporária causada pelo desalinhamento entre o
ciclo circadiano do indivíduo e os horários externos, observada em viagens
que ultrapassam pelo menos dois fusos horários. A característica
fundamental dos transtornos circadianos do sono é o desalinhamento do
padrão de sono do indivíduo com o horário desejado ou visto como normal
pela sociedade. Como a pessoa não consegue ou não pode dormir
quando esperado ou desejado, o sono e os períodos de vigília ocorrem em
momentos inadequados e como consequência, há sintomas de insônia e
sonolência excessiva, com prejuízos profissionais e sociais. (TAVARES,
28

2021).
Porém, sendo uma situação exporádica, não gera prejuizos ao indivíduo,
contudo quando se torna frequente pode ocasionar problemas de saúde e
prejudicar o estado de alerta do piloto e da tripulação.
Continuando com Tavares (2021):
As queixas mais comuns do Jet Lag são: alterações do sono, diminuição
do alerta e da função cognitiva, mal-estar, fadiga, sintomas
gastrointestinais. É uma condição que afeta todas as idades, embora
idosos possam ter sintomas mais acentuados. Além disso, a intensidade
das queixas depende também do número de fusos viajados e da direção
da viagem (geralmente para leste é de pior adaptação), da capacidade do
indivíduo dormir durante o voo, da intensidade da pista temporal
circadiana no local de chegada e diferenças individuais. (www.einstein.br)

Contudo pode se observar que se para a tripulação essas viagens são


desgastantes imagine para os pilotos como deve ser, principalmente pelo fato de
ter de manter o estado de alerta.

2.1.4 Estado de Alerta

O estado de alerta é definido pelo perfeito condicionamento do cérebro


em tomar decições e quando este estado acaba sendo alterado dentro da aviação
como da vida particular, pode gerar consequências desagradáveis.
Subentende-se que é o estado no qual o ciclo cicardiano opera em
perfeitas condições, ou seja, um ciclo de vigília do qual seja pela manhã ou tarde a
pessoa da qual irá operar a aeronave encontra-se em perfeitas condições bem
como sua tripulação.
Desta forma opera o avião com segurança, de acordo com (CNFH;
CNPAA, 2017, p. 18):
O ciclo não é o mesmo para todas as pessoas, uma vez que o pico
principal de alerta pode ocorrer mais cedo ou mais tarde durante as vinte e
quatro horas. Embora os ritmos individuais variem, o ciclo de todos os
seres humanos apresenta dois pontos extremos distintos (máximo e
mínimo).

Logo o nível de alerta vai determinar se a pessoa vai poder


desempenhar bem a sua função, pois se o indíviduo estiver fadigado o
desempenho dele para realizar a atividade será prejudicado, e em alguns
29

momentos de maneira drástica.


O estado de alerta pode ser prejudicado por vários fatores de acordo
com (CNFH; CNPAA, 2017, p. 17), abaixo a imagem irá ilustrar estes fatores:
Figura 2 – Estado de Alerta

Fonte: CNFH; CNPAA, 2017, p. 14.

Porém há alguns meios de se manter em estado de alerta, como um


alongamento ou mascar um chiclete, o que pode vir a estimular este estado, bem
como o piloto pode acordar com o copiloto sonecas estratégicas e controladas para
aumentar o desempenho e rendimento no serviço, assim como aumento do ar
condicionado da cabine, música entre varias outras formas.
Agindo desta maneira em alguma situação de desgaste devido à viagem
ou mesmo escalas, o ambiente de trabalho se torna mais agradável, pois a fagida
em conjunto com o estado de alerta deteriorado, gera prejuízos à tripulação,
ambiente hostil e pode ocasionar acidentes graves, conforme será mencionado no
próximo capítulo.
30

2.2 CONSEQUÊNCIAS DA FADIGA EM VÔO

Uma das consequências que a fadiga pode ocasionar são acidentes,


comprometendo a segurança operacional do vôo, podendo gerar até a morte de
toda tripulação.
Segundo Mota, Cruz e Pimenta (2005, p.287):
As principais consequências que influenciam diretamente no vôo são:
cansaço; exaustão; desgaste; alteração da capacidade funcional, falta de
recursos/ energia; letargia; sonolência; diminuição da motivação, atenção,
concentração e mal-estar.

Ao observar a rotina de um piloto civil, notamos que a preparação


começa antes do vôo, onde o piloto tem que sair da sua casa ou do hotel com
antecedência, para que possa decolar. Contudo dependendo da escala de trabalho
às vezes, tem que sair de madrugada, o que afeta a rotina do sono, assim como
fuso horário e escalas.
Compreende que o que mais influência é o ritmo cicardiano, pois a
alteração gera um grande desconforto para o piloto e tripulação, criando um
ambiente de trabalho hostíl.
Um dos problemas ocasionados pela fadiga é a alteração do estado de
alerta, esse estado corresponde à ótima condição do cérebro, que faz com que a
pessoa se permita tomar uma decisão sobre determinada situação podendo,
aceitar ou excluir.
No caso dos pilotos auxilia em uma situação de perigo, tomando
decisões de forma rápida e correta, sem apresentar falha humana.

Montadon (2007) ressalta:


A fadiga de voo é um estado que resulta na diminuição das habilidades no
trabalho e prejuízo do estado de alerta, em função, dentre outros fatores,
de atividades profissionais longas e cansativas, esgotamento físico e
mental, sendo uma ameaça à segurança operacional, por degradar o
desempenho dos tripulantes.(MONTADON, 2007, p.131)

Algumas alteções no ritmo cicardiano, pode gerar a fadiga o que


deteriora o estado de alerta, tanto do piloto quando da tripulação.
Ao criar uma situação na qual o piloto se encontra fadigado e o copiloto
e tripulação estiverem descansados o risco de acidentes será bem menor, devido à
31

ajuda e cooperação da equipe de bordo.


Portanto é importante, verificar a escala de todos para que o risco de
acidentes seja menor.
Porém atualmente o índice de acidentes ocasionados por fatores
contribuintes podendo se julgar como fadiga de acordo com Silva Junior (2010-
2019, p.45), é de 33,3%: “Os fatores contribuintes mais frequentes nesse período
foram: JULGAMENTO DE PILOTAGEM, INDISCIPLINA DE VOO e PROCESSO
DECISORIO”. Abaixo a tabela com os principais fatores nos ultimos 10 anos

Tabela 2 – Fatores Contribuintes

Fonte: SILVA JUNIOR (2010-2019) p.46.

Em uma reportagem de 2016 realizada por Cruz/Lusa ([2016]) apontou


fadiga no piloto e na tripulação, devido à relação de horas intensas e ciclos
32

realizados.
Embora o período de descanso anterior ao voo fosse adequado e o tempo
de voo estivesse dentro dos limites de tempo de voo definidos pela
empresa e na legislação, as seis pernas de voo podem ter reduzido os
níveis de alerta dos dois pilotos. O desempenho degradado da tripulação
de voo é consistente com os efeitos da fadiga. “As ações e declarações do
piloto indicaram que o seu conhecimento e compreensão da técnica de
recuperação de aterragem saltada (aos saltos) da aeronave ATR 72 era
insuficiente”, concluiu a investigação. (https://observador.pt)

Um dos acidentes ocasionados por fadiga que marcou o país foi à queda
do avião do Eduardo de Campos, conforme mencionado abaixo:
A FAB (Força Aérea Brasileira) informou nesta terça-feira (19) que uma
sequência de falhas humanas — especialmente o cansaço dos pilotos, a
falta de treinamento para comandar a aeronave acidentada e o
descumprimento dos procendimentos de segurança para o pouso — e o
mau tempo determinaram a queda do avião que levava o então
presidenciável Eduardo Campos — um jato Cessna 560XL, prefixo PR-
AFA. (FADIGA... 2016)

Além de acidentes, a fadiga pode ocasionar tanto o piloto quanto a


tripulação doenças conforme mencionado no capítulo 2.1 tópico 2.1.2 do qual relata
sobre a sindrome da fadiga crônica, doença que às vezes pode ser irreversível.
O guia de investigação da fadiga humana em ocorrências aeronáuticas
reporta que no Brasil até o ano de 2017 registrou 21 ocorrências que envolveram a
contribuição da fadiga. Dentro do guia encontramos um histórico que vai desde o
ano de 1989 até 2014, e todos demandam a mesma informação perda de controle
em vôo e apenas um em 2007 que menciona colisão em vôo com obstáculo.
(CNFH; CNPAA, 2017).
Mediante as diversas situações a fadiga tornou–se um assunto com uma
visibilidade maior, e dentro do contexto que estava se formando foi tomado
algumas medidas para prevenção, como discorrerá o capítulo a seguir.
33

2.3 GERENCIAMENTO DE RISCO DE FADIGA HUMANA

Devido a alguns acidentes ocasionados pela Fadiga:


Foi publicado nesta terça-feira (19/3), no Diário Oficial da União,
o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) nº 117, intitulado
“Requisitos para Gerenciamento de Risco de Fadiga Humana”. O
normativo da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) consiste na
regulamentação da nova Lei do Aeronauta (Lei nº 13.475/2017), que
entrará em vigor a partir de fevereiro de 2020, proporcionando flexibilidade
de jornada, com mais oportunidades de trabalho para tripulantes (pilotos e
comissários), e competitividade em voos internacionais para empresas
áreas brasileiras. (ANAC, 2019)

Com o intuito de mitigar o risco a ANAC, publicou a regulamentação da


nova lei, juntamente com a RBAC, que corresponde ao periodo do qual o piloto tem
que trabalhar, e seu tempo de descanso para que não ocorra excesso de fadiga.
Porém ao observar as ações preventivas, vem desde 2011, onde a ICAO
programou um sistema de risco de fadiga (FRMS), esse sistema abrange um meio
orientado por dados com intuito de monitorar e gerenciar os riscos relacionados à
fadiga de maneira continua, com o intutito de que sejam executados os níveis
adequados de alerta.
O FMRS visa assegurar que os membros da tripulação de voo e cabine
estejam suficientemente alertas para operarem em nível satisfatório de
desempenho. Aplica princípios e processos dos Sistemas de
Gerenciamento de Segurança Operacional (SGSO) para gerenciar os
riscos específicos associados à fadiga do membro da equipe. (ICAO,
2011, p.1)

De acordo com Licati (2011):


O Fatigue Risk Management System (FRMS), Sistema de Gerenciamento
do Risco de Fadiga, usa um mecanismo com base em modelos
biomatemáticos para o acompanhamento da fadiga. Esse monitoramento
é feito com softwares programados para avaliar o desempenho humano,
verificando o relógio biológico, a homeostase e o sono (débito, quantidade
e qualidade). Além disso, é uma ferramenta que auxilia nas investigações
em que a fadiga pode ter sido fator contribuinte e quanto a falhas que são
registradas no Acompanhamento e Análise de Dados (FOQA), Flight
Operations Quality Assurance. (https://aeromagazine.uol.com.br)

A FRMS aplica princípios e processos de um Safety Management


System (SMS), esse tipo de processo para gerenciar a fadiga procura balancear a
segurança os custos e a produtividade do piloto envolvido, contudo pode-se dizer
que a FRMS é dependente de uma estrutura eficiente de reporte de segurança, um
processo de gerenciamento contínuo e comprometimento da empresa, quando a
34

organização emprega esse tipo de ferramenta, tem o intuito de achar deficiências


ao invés de culpado, desta maneira compartilha informações e boas práticas com a
equipe da qual irá trabalhar, com treinamentos e comprometimento para
melhoramento contínio dos processos. (MATIAS, 2018)
A tabela abaixo exemplifica com clareza como a FRMS pode se
beneficiar com o SMS:
Tabela 3 – SMS

Fonte: MATIAS (2018, p. 12)

Mesmo sendo um sistema trabalhoso de se introduzir em uma


companhia, pode se dizer que é um dos melhores indíces para contribuir para a
segurança e bem estar da companhia e do colaborador.
Mediante ao exposto a CNFH (Comissão Nacional de Fadiga Humana)
apresentou um guia de investigação da fadiga humana em ocorrências
aeronáuticas, do qual reporta que:
[...] a fadiga prescinde de um gerenciamento compartilhado entre o
indivíduo e a organização, uma vez que ambos contribuem para as
condições de trabalho e descanso dos trabalhadores. Portanto, para
avaliar as condições de fadiga as quais o indivíduo esta exposto, devem
ser considerados e investigados desde fatores de ordem
indivídual/fisiológicas, tais como alerta, relógio biológico, ciclo do sono/
despetar, natureza e função do sono, etc. ; bem como fatores
organizacionais, tais como escalas de vôo, horários e condições de
descanso, treinamentos e politicas sobre o gerenciamento da fadiga etc.
(CNFH; CNPAA, 2017, p. 11).
35

Com o avanço das investigações, a partir de 2014 contavam também


com a possibilidade de análise da voz, fala e linguagem, este avanço se deu após
o acidente que ocorreu em 13 de agosto de 2014 (perda de controle em vôo) a
partir de então a CNFH buscou parâmetros especificos para embasar as análises
para a investigação da fadiga. (CNFH; CNPAA, 2017).
Consequentemente, instituiram um programa do qual o software tinha
como objetivo prever avaliar as mudanças de comprotamento, conforme descrito
abaixo:
Fatigue Avoidance Scheduling Tool (FAST) projetado para avaliar e prever
mudanças de desempenho induzidas por restrições de sonoe por fatores
cicardianos. Os resultados obtidos salientaram a contribuição do uso desta
ferramenta no gerenciamento da segurança operacional. (CNFH; CNPAA,
2017, p. 59).

Licati et al. (2010, p.121) ressalta que: “devido à simplicidade de uso da


ferramenta FAST e sua eficácia, ela pode ser facilmente usada para o
planejamento adequado das escalas dos tripulantes e a investigação de erros,
incidentes e acidentes, conforme exemplos que se seguem”.
Atualmente para a prevenção da fadiga o indivíduo reporta-se através
dos provedores de serviço de navegação aérea (PSNA), geralmente por meios
voluntários. O RELPREV (Relatório de prevenção), por exemplo, que é uma
ferramenta que auxilia para o cadastramento do RIF (Reporte Indício de Fadiga).
“O cadastro de RIF é feito exclusivamente através do site do SIGCEA na
internet ou intraer clicando na caixa de seleção “RIF – Reporte Indício de Fadiga”“.
(ATD/SDOP, 2021)
Portanto com esse tipo de gerenciamento compartilhado, podem-se
evitar ocorrências de fadiga tanto no piloto quanto na tripulação, ocasionado menos
transtornos e auxiliando para uma tripulação mais saudável, sem problemas com
ciclo cicardiano e estado de alerta, o que ajudará para uma resposta rápida e eficaz
em algum momento de tensão dentro da aéronave.
36

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Perfaz esta monografia analisando a fadiga como um todo a fim de


diferenciar os tipos que existem e quais os mais comuns dentro da aviação, na
introdução do trabalho, abordou – se a origem da vontade de saber voar e um
breve relato de como a fadiga pode influênciar em acidentes aéreos.
Na realização desta pesquisa utilizou-se a pesquisa de natureza
bibliográfica explicativa de caráter qualitativo, na qual se amplia a visão para um
desfecho do qual se pode, tentar explicar a razão pela qual a fadiga interfere na
aviação, para isto como objetivo principal, foram traçados três objetivos
específicos, tratando-se da principal fadiga humana na tripulação; consequências
que ela pode ocasionar e por fim como previnir e gerir em espaço aéreo, no qual foi
minunciadamente descrito em cada capítulo abordado.
Por conseguinte, foi possível apresentar a principal causa da fadiga
humana, bem como expor a que mais se destaca dentro da aviação, no decorrer de
cada parte da fundamentação teórica.
Na fundamentação teórica abordou-se sobre a Fadiga, explicando sua
origem, como ela pode ser diagnosticada e diferenciada, bem como distinguir as
principais fadigas dentro da aviação sendo os dois tipos: que é a fadiga aguda e a
crônica e que ambas estão relacionadas, sendo a mais recorrente a aguda, devido
ao cansaço do dia a dia que a tripulação e o piloto têm que passar.
Contudo para chegar a esta conclusão observou-se que o ciclo ciardiano
que representa o nosso relógio biológico e em conjunto com o estado de alerta que
se deteriorado, afeta ao piloto e a tripulação em viagens de horas excessivas e
também fusos horários distintos. O estado de alerta, é o que auxilia a manter todas
as funções do cérebro em perfeita harmonia, e quando ele está deteriorado por
algum tipo de fadiga altera as decisões a serem tomadas.
Dentro das consequencias da fadiga em vôo, considera-se que a fadiga
é um sintoma principal para acidentes aéreos, devido ao ciclo cicardiano e ao
estado de alerta deteriorado, contudo pode-se dizer que a fadiga por ainda ser um
tema de ampla definição não se pode trata-la como certo relacionado ao
diagnostico médico e sim como um problema pontual a ser solucionado, para que
37

não ocorra agravantes dentro do espaço aéreo.


Na parte de gerenciamento do risco da fadiga humana em espaço aéreo,
o qual se pode atentar aos meios de prevenção que atualmente ajuda a reduzir os
acidentes ocasionados por ela, mediante ao gerenciamento compartilhado, do qual
ou o piloto ou a tripulação sinalizam estar sentido algum tipo de fadiga, evitanto
ocorrências e ambiente de trabalho hostil. Nestes casos conta-se com o apoio de
ferramentas de trabalho como, por exemplo, o FAST e o RELPREV apoiados na lei
que foi alterada recentemente em conjunto com o RBAC.
No problema da pesquisa, dentro do que foi exposto conclui-se que os
problemas que pode gerar na aviação são: acidentes aéreos, alguns ocasionando
mortes, bem como levar o nome da companhia civil a qual o piloto e a tripulação
trabalham em descrédito para a população, e ao piloto e tripulação se tornarem
desvalorizados perante a companhia da qual trabalha, além deste fato, ainda há a
parte de trabalhar em um ambiente hostíl e desrespeitoso, e quem sofre de fadiga
pode comprometer a saúde ocasionado danos fisíológicos e psicológicos por vezes
irreversíveis.
Acredita-se que quando o assunto fadiga for melhor evidenciado pelos
profissionais da saúde, relatando realmente qual o principal sintoma, para a
aviação será ótimo, pois o risco a acidentes por fadiga se apresentará quase nulo,
porém hoje apenas podemos trabalhar mediante o compartilhamento de
informações para que possa ser gerido em espaço aéreo.
Por fim este trabalho não esgota as pesquisas na área e conhecimento,
propondo que outras pesquisas sejam feitas e mais estudos sejam realizados, pois
o conceito fadiga ainda encontra-se em mudança, o que se sugere um
aprofundamento dos conhecimentos.·.
38

REFERÊNCIAS

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