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Palhoça
2018
ANA CAROLINA GUIRRO COLETTO
PALHOÇA
2018 2
ANA CAROLINA GUIRRO COLETTO
________________________________________
Orientador :Prof. Orlando Flavio Silva
________________________________________
Profª. Drª. Conceição Aparecida Kindermann
Dedico este trabalho à minha família, em
especial, pelos momentos de ausência. E ao
professor Orlando Flávio, pela empatia durante
a execução do mesmo, além de todos que
acreditaram no meu potencial.
AGRADECIMENTOS
Durante vários períodos estive ausente, seja pela profissão de aeronauta ou pela
necessidade de estar contida em casa para os estudos. Essa condição de estar distante, muitas
vezes não é compreendida pelos familiares e amigos, coisa que, admiravelmente não
aconteceu comigo. Por isso deixo aqui registrado meus agradecimentos a minha mãe Lia, meu
Pai Marco. Peço desculpas pela ausência física. Agradeço imensamente meus amigos pela
paciência, entendimento e parceria em aceitar e compreender meus compromissos e sempre
me incentivar a continuar os estudos. Agradeço a Deus pelas oportunidades vividas na vida
pessoal e profissional. Aos poucos amigos que continuaram comigo nessa trajetória.
A todos: MUITO OBRIGADA!
“Um piloto de acrobacia deve ter sorte, mas não deve jamais contar com ela.” Cristhian
Lesage – piloto francês
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo principal explanar sobre a acrobacia aérea, qualificando
seus objetivos no meio aeronáutico, como por exemplo, a importância do treinamento de
manobras anormais na formação e na vida de um piloto. Caracteriza-se uma pesquisa
exploratória, com procedimento bibliográfico e documental, por meio de artigos, reportagens,
sites de aviação em geral, livros sobre a acrobacia e o seu treinamento, regulamentações e
leis. A abordagem utilizada foi qualitativa e quantitativa. Sendo feita a análise dos dados por
meio de gráficos, analisados de acordo com a fundamentação teórica. Ao finalizar a pesquisa,
conclui-se que o desconhecimento e a relevância sobre o assunto é de mera importância no
meio aeronáutico, assim, mantendo um estudo sobre a segurança de voo em atitudes
anormais, sendo estas efetuadas de forma segura, a fim de garantir a segurança dos pilotos e
dos que assistem e apreciam as manobras do solo, e com isso aumentar a consciência
situacional dos envolvidos, qualificando as habilidades, qualificando a pratica de voara fim de
conseguir maior aproveitamento do voo, conhecendo assim os limites do homem e da
aeronave a ser voada. Com esta pesquisa será discutido sobre o que é acrobacia aérea, como
ela influencia na aprendizagem de um piloto, elevando assim a consciência do piloto.
This research had as main objective to explain about acrobatics, qualifying its objectives in
the aeronautical environment, as for example the importance of the training of abnormal
maneuvers in the formation and in the life of a pilot. It is characterized an exploratory
research, with bibliographical and documentary procedure, through articles, reports, aviation
sites in general, books on acrobatics and its training, regulations and laws. The approach used
was qualitative and quantitative. Analyzing the data by means of graphs, analyzed according
to the theoretical basis. At the end of the research, it is concluded that the lack of knowledge
and relevance on the subject is of only importance in the aeronautical environment, thus,
maintaining a study on flight safety in abnormal attitudes, and these are carried out in a safe
way, in order to guarantee the safety of pilots and those who watch and appreciate the
maneuvers of the ground, and thereby increase the situational awareness of those involved,
qualifying the skills, qualifying the practice of flying, in order to achieve greater use of the
flight, thus knowing the limits of man and of the aircraft to be flown. With this research will
be discussed on what aerobatics is, how it influences the learning of a pilot, thereby raising
the pilot's awareness, qualifying it, and ensuring an increase in flight safety.
Figura 10 - Ana Coletto com Fernando Paes de Barros na linha de juízes no Troféu Bertelli
em Itápolis em 2017.................................................................................................................41
Figura 21 - Looping.................................................................................................................51
Figura 27 - Immelman..........................................................................................................55
Figura 29 - Knife.................................................................................................................57
FH – FATOR HUMANO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 13
6 COMPETIÇÕES .............................................................................................................. 31
6.1 REGRAS..........................................................................................................................31
7 MANOBRAS ..................................................................................................................... 42
7.1 ROLLS…...........................................................................................................................43
7.2 TURNS……………………………………...…………………………………………...46
7.2.4 Chandelle……………….…………………………………………………………….49
7.2.5 Hammer………………………………………………………………………………50
7.3 LOOPING…………………….………………………………………………………..51
7.3.1Square Loop………………………………………………………………………….52
7.3.2 Avalanche…..……………………………………………………………………….53
7.4.1 Eights……………………………………….……………………………………….54
7.4.2 Immelman……………….…………………………………………………………..55
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 62
13
1 INTRODUÇÃO
Acrobacia aérea ou até mesmo o nome mais usado para estes cursos conhecidos
como UPSET RECOVER , que não tem uma tradução genérica, mas é conhecida entre os
pilotos por “Recuperação de situação indesejada”, assim insere o piloto em um mundo de
atitudes anormais dentre estas muitas situações indesejadas, onde essas atitudes são para
enriquecer os seus conhecimentos, qualificando-os e aprimorando-os cada vez mais, a fim de
ajudar em emergências que podem acontecer, e ainda mais aumentando a segurança de vôo,
garantindo uma eficiência em pilotar, a fim de promover uma maior segurança em diversas
atitudes do voo. Conseguindo ainda aprimorar as habilidades de pilotagem com o treinamento
adequado, colaborando para a seguranca de voo.
tema. Assim, o objetivo geral é verificar se a acrobacia contribui para a segurança de voo.
Com isso o objeto especifico fica com os estudos sobre as manobras, como o treinamento
dessas pode contribuir com a habilidade de pilotagem. Conseguindo assim, levantar questões
para serem discutidas com maior ênfase durante a realização do trabalho, conseguindo
explanar todas as dúvidas obtidas, e conseguindo ainda expor as metas chegando assim no
objetivo geral da pesquisa, que é explanar sobre a importancia do treinamento acrobatico para
contribuir com a segurança de voo.
As razões para se realizar tal pesquisa é embasada na teoria, para conseguir
qualificar a prática de voar, a fim de conseguir maior aproveitamento do voo, conhecendo os
limites do homem e da aeronave a ser voada, para que com isso seja colocado em prática com
segurança a arte, o esporte que é a acrobacia aérea. Sendo assim, um importante trabalho, para
sanar dúvidas que estão aparecendo com frequência em escolas de aviação onde se vê pilotos
com seus aviões, fazendo acrobacia aérea.
Afim de explanar questões recorrentes do dia a dia em um aeroclube com cursos e
pilotos que fazem acrobacia aérea, este projeto de pesquisa se torna exploratória já que esta
se restringe na busca de informações sobre o assunto e ainda na definição de objetivos da
mesma. No entanto ela acaba se tornando explicativa, no momento em que se passa a
responder as questões expostas, a fim de explicar, identificar e determinar as ocorrências que
levam acontecer a arte da acrobacia, com isso ainda consegue-se englobar os três tipos de
pesquisa, para que seja uma pesquisa mais completa e sem margens para dúvidas, ela
consegue se tornar descritiva quando descreve-se as manobras, os tipos de treinamento, as
categorias de uma competição, as aeronaves a serem usadas na acrobacia aérea. Sendo este
um delineamento de pesquisa documental, e bibliográfica já que serão obtidos através de
materiais publicados em livros, artigos e em sites de aviação, assim conseguindo realizar uma
investigação por meio dos documentos obtidos, tendo como objetivo descrever tanto na
realidade do presente quanto do passado como se faz e faziam a arte de voar.
Com isso, a metodologia aplicada neste trabalho refere-se à uma pesquisa
bibliografica e documental em livros e artigos voltados para a aviaçao, à analise de cenários, à
assimilação de conhecimentos teoricos e praticos e a obtenção de experiencias externas.
Analisando as normas como o Codigo Aresti, por exemplo, que apresenta alguns aspectos
relevantes e alguns estudos sobre as manobras, as sequencias, e o que elas contribuem no
desenvolvimento das habilidades de pilotagem.
15
Assim, pode-se dizer que acrobacia aérea é um esporte radical com alto grau de
dificuldade e que exige diversas técnicas, que exigem treinamento e grande preparação física,
é praticada com pequenos aviões, planadores e eventualmente helicópteros, que envolvem
manobras aéreas solo, ou em formação de múltiplas aeronaves (voo em formação e/ou voo de
esquadrilha).
O invento desta modalidade esportiva é creditado ao piloto militar russo Piotr
Nesterov, sendo a maioria dos praticantes também militares, havendo alguns pequenos grupos
que realizam acrobacias aéreas por entretenimento ou diversão. Com a Primeira Guerra
Mundial os pilotos foram obrigados a se aperfeiçoar e inventar manobras ousadas, para
adquirirem experiência e segurança durante as guerras. Com o fim da guerra têm-se os
primeiros registros de voos acrobáticos no Brasil, com os irmãos Robba e com a aviadora
Anésia Pinheiro Machado (ACRO BRASIL, 2017).
No Brasil o início da acrobacia aérea se deu ainda na década de 1920,
predominantemente por pilotos militares. Em 1952 foi fundada a Esquadrilha da Fumaça no
Campo dos Afonsos no Rio de Janeiro, e nos anos seguintes destacou-se o acrobata aéreo
Aberto Bertelli, mais especificamente no Aeroclube de São Carlos e depois no Aeroclube de
Rio Claro (aeroclubes do interior paulista). (CBA, 2016).
Conforme diz Plínio, em seu site Aero Magia (2013) “a acrobacia aérea é uma
atividade perfeitamente codificada atualmente (Código Aresti1).”
1
Código Aresti: É um catálogo de manobras, onde estão desenhadas as manobras formando uma seqüência
de voo. Sendo as manobras representadas por linhas e símbolos
16
Com isso, respondem-se esta questão dizendo que acrobacia é um esporte no qual
realizam voos com manobras sendo estas demonstradas, apenas para agradar, “segurar os
olhos” do publico.
Sendo uma arte/esporte no qual o piloto executa manobras em três dimensões, é
um show, uma apresentação no qual o homem domina a maquina. É em esporte que tem como
necessidade muito treinamento, capacidade física e estudo das manobras.
Toda manobra acrobática requer treinamento e prática para evitar acidentes. A
acrobacia aérea consegue ensinar habilidades que fazem com que o piloto tenha uma rápida
tomada de decisão, a fim de evitar acidentes e incidentes, garantindo a segurança do voo e da
operação. Além do mais, a acrobacia consegue conscientizar os pilotos dos seus riscos,
fazendo com que estes treinem e se capacitam com maior segurança, e com treinadores
qualificados para a formação e treinamento, com a intenção de contribuir para a segurança de
voo.
A prática da acrobacia requer do piloto muita experiência e responsabilidade, já
que para fazê-lo é necessário levar em consideração que qualquer erro pode ser fatal tanto
para o piloto, como para quem está observando. É por isso que em alguns países, o uso de
paraquedas em conjunto com o sistema de ejeção 2 é obrigatório.
2
Sistema de ejeção é um sistema com o propósito de lançar o piloto para fora da aeronave a uma distância
segura, para abrir o paraquedas e permitir que o piloto pouse no chão são e salvo. Sendo esse sistema
disponível nos aviões militares com maior frequência do que nos aviões civis.
17
Os treinos não têm dia certo para ocorrer, e dependem tanto da meteorologia quanto da escala
de trabalho dos pilotos nas companhias aéreas. Mas seguem mais ou menos um padrão (este
padrão é determinado por pilotos internacionais, seguindo as regras já existentes da
acrobacia), que é o mesmo utilizado no mundo inteiro para a prática de acrobacia de
competição.
Faz se necessário a existência de um “BOX” acrobático, que nada mais é que um
cubo imaginário com 1000 metros cada lado, com laterais marcadas por referências no solo, e
cuja base inferior fica a uma altura segura do solo, algo em torno de 300 metros – é dentro
desse espaço que o piloto realizará as manobras, com o intuito de manter a segurança
operacional elevada, e a fim de evitar incidentes e ou acidentes.
Além disso, um treino de acrobacia de competição nunca ocorre com a presença
apenas do piloto, é de grande importância ter um treinador no solo, este tem a função de
acompanhar visualmente a realização das manobras e se comunicar por rádio com o piloto,
informando ao piloto, o que se deve corrigir, e quais as falhas cometidas.
O que colabora para que o voo se torne muito mais seguro, é a existência deste
piloto treinador no solo, principalmente em aeroportos que são desprovidos de rádio ou de
torre.
Finalmente, os voos de uma competição seguem uma sequencia estabelecida,
nesta o piloto já sabe quais as manobras que irá efetuar e suas limitações. Os voos em geral
são curtos – duram de 10 a 20 minutos.
Os pilotos têm limites que influenciam diretamente na segurança do voo, das
manobras, ou seja, afetam a segurança operacional, estes limites são: os fatores estruturais ao
qual os pilotos podem voar frequentemente mantendo uma margem de segurança abaixo dos
limites estruturais absolutos e ainda os limites físicos pessoais dos pilotos.
Diante disso, além da aeronave ser adequada para se fazer acrobacia aérea, é
necessário que o piloto tenha um condicionamento físico e principalmente mental, já que uma
simples decisão pode nos conduzir a sotavento de uma crista de morro3, ou uma má avaliação
conduzirá ao mau tempo, ou ainda uma pressão psicológica considerável fara um piloto
novato afazer uma aterrisagem desastrada.
Se para os pilotos profissionais o objetivo do Fator Humano é de melhorar suas
capacidades para que eles possam superar o maior número possível de situações, para os
3
Sotavento: é o lado oposto ao lado do qual sopra o vento, assim quando ocorre uma má decisão do piloto,
a aeronave pode o levar para o lado errado, ocasionando assim um acidente.
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pilotos de lazer os fatores humanos terão a função de evitar que se coloquem em situações
indesejáveis que ultrapassem as suas capacidades de pilotagem e ainda os limites da aeronave.
Uma boa assimilação dos fatores humanos diminuiu em até 50% dos erros de
julgamentos nas suas decisões e vale lembrar que estas últimas estão na origem da maior parte
dos acidentes (como descrito na figura abaixo). São duas, ou três vezes menos risco de
acontecerem acidentes entre dois indivíduos de um aeroclube ao outro, de um país ao outro.
Em cerca de 80% dos acidentes aéreos o fator contribuinte principal é o FH, seja
ele sendo um mau julgamento, uma má decisão, um simples erro. Na maior parte dessa
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porcentagem as capacidades técnicas do piloto não permitem que ele encare uma situação
hostil para ele (mas não necessariamente para o outro), que pode ser até um simples vento de
traves, durante uma aterrisagem por exemplo.
Conhecendo os fatores humanos, os pilotos começam a avaliar seus limites, e,
sobretudo aprender a não os ultrapassar, permitindo assim reduzir as situações de risco em
relação a você e o meio que o circunda.
Assim pode-se dizer que pilotar é dominar a formação técnica, ser piloto é uma
mistura- por vezes sutil e nem sempre livre de riscos- entre o que se deve saber fazer, o que
você pode fazer o que deve fazer.
Com isso, é possível ainda dizer que durante uma apresentação de acrobacia
aérea, ou até mesmo em um treinamento é necessário que o piloto esteja bem, tanto
fisicamente quanto psicologicamente.
Temos os sintomas fisiológicos de fator carga, sendo este durante uma carga
negativa ou positiva, força da gravidade agindo sobre o corpo, é possível ter uma perda total
da consciência, ter uma visão turva, ficar com a visão totalmente escura- sendo um blackout4
ou ainda um grey-out5, impossibilitando que o piloto tenha a real visão do que está
acontecendo, ainda mais isso ocorre devido à falta de pressão no cérebro, e intuitivamente os
pilotos treinados relaxam o controle de pressão reduzindo a força G e imediatamente
recuperar a visão completa e ainda permanecerá consciente sobre tudo, e mais se um piloto
perder a consciência ele tem 15 segundos para recuperar sem causar grandes danos à saúde.
Além disso, é possível afetar os ouvidos, o sistema auricular do piloto, durante
algumas manobras pela pressão estabelecida pelo fator carga gerado pela manobra realizada.
E mais, é possível ainda que ocorra uma desorientação, por permanecer fazendo rotações
continuas, já que os fluidos do na orelha interna alcançam e a sensação de uma elação é
removida. A desorientação causa perda de controle da aeronave, e pode resultar em um
grande e grave acidente, podendo ainda levar a fatalidades.
Contudo, ainda existem as emoções que podem atrapalham a performance durante
uma manobra aérea, como exemplo o estres, a ansiedade, podendo ocasionar enjoos em voo,
náuseas pela pressão que os pilotos colocam em si para conquistas títulos e ainda temos as
condições climáticas que ao mesmo tempo que ajudam acabam atrapalhando as manobras, por
exemplo em um dia quente é difícil conseguir fazer várias sequencias de looping , por
4
Black out: é um apagão da visão, tornando-a escura.
5
Grey out – visão cinza, turva, sendo um apagão mais leve, entrando ainda algumas luzes.
21
exemplo, já que com o passar das repetições o corpo estará cansado, e o calor, o clima quente
faz com que se canse mais facilmente, já outra, as manobras saem com menos perfeição já
que a temperatura também afeta de diferentes formas a performance da aeronave.
Em um dia com um clima mais ameno, mais fresco, o corpo não se desidrata
facilmente, assim os pilotos conseguem manter uma sequência maior, sem aumentar o esforço
físico realizado, e ainda as manobras saem com uma qualidade elevada, justamente por causa
da melhora da performance das aeronaves.
22
4 AERONAVES UTILIZADAS
6
G negativo: É quando uma aeronave mergulha com os motores a pleno e você terá uma sensação de sair
do banco da aeronave, já que a sua aceleração é maior do que a da gravidade, suponhamos que se soltar um
objeto dentro do avião ele ficará “grudado” no teto.
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e harmoniosa, assim temos dois tipos de fumaça a fumaça branca e a fumaça colorida (que
pode ser colorida com corantes).
As aeronaves acrobáticas contam com um sistema de saída de emergência e um
paraquedas para cada piloto a bordo da aeronave. Os regulamentos da FAA requerem que os
paraquedas como acessório essencial, já que são usados sob algumas circunstâncias
emergenciais, e que há uma única ação de emergência no sistema de saída de voo. Para aviões
com uma cobertura sobre o cockpit, este sistema é um meio de alijamento de dossel 7onde os
trincos de retenção são desfeitos e o Canopy8 é levado pelas cargas de ar.
Conhecer a máquina em que se voa é de extrema importância, anualmente
ocorrem no mundo centenas de apresentações aéreas, em máquinas de todos os tipos, a
maioria são voos de grande qualidade e alguns são de fato excepcionais. No entanto, o show
aéreo tem algo de extraordinário que faz com que não importa qual aparelho possa ser
utilizado. Obviamente que um Airbus não poderá manobrar da mesma forma que um sukhoi.
Para fazer uma bela apresentação não significa que é preciso exceder o desempenho da
aeronave. Mas se for comandada por um piloto de grande experiência naquele tipo de voo,
qualquer aeronave poderá efetuar uma demonstração de qualidade, que agradará tanto aos
espectadores leigos quanto aos profissionais mais veteranos. Por outro lado, pode acontecer
de um avião de alto desempenho não causar entusiasmo se estiver na mão de um piloto
inexperiente.
7
Alijamento dossel: é a ação de ser lançado para fora em situações de emergências, sendo amarrados aos
bancos que podem ser os paraquedas ou somente o paraquedas.
8
Canopy: É a “capota” do avião, sendo uma peça de vidro ou plexiglass que reveste a cabine de pilotagem.
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5 CATEGORIAS ACROBÁTICAS
5.1.2 Esporte/Sportsman
Segundo o site ACRO Brasil, está categoria já exigi mais do piloto, já que as
exigências são maiores de acordo com o regulamento, com o passar dos anos, a sequencia que
têm de 10 a 15 manobras diferentes, é liberada pelo IAC – INTERNATIONAL AEROBATIC
CLUB, todos os anos. Nesta categoria, contém praticamente todos os tipos de manobras
básicas e pode ser executada por todos os aviões acrobáticos. São feitos dois voos que tem a
duração de cerca de 3 minutos sem interrupções. A partir dela começa a ser penalizadas as
incursões para fora das laterais do “Box”, ou seja, as regras são levadas à risca,
diferentemente da categoria básica.
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5.1.3 Intermediária/Intermediate
Segundo o site ACRO Brasil, uma categoria mais avançada que as outras, ela
começa a dar mais ênfase às manobras verticais e é onde aparece o tuno rápido ou “snap” pela
primeira vez. Com isso se torna uma categoria difícil, e necessita de maior treinamento, e
habilidades para executa - lá.
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5.1.4 Avançada/Advanced
Segundo o site ACRO Brasil, com combinações mais complexas e que fazem os
pilotos se desgastarem com maior facilidade, esta categoria enfatiza às manobras de altos Gs
negativos, inclusive snaps. Exigindo também aeronaves mais avançadas.
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5.1.5 Ilimitada/Unlimited
Segundo o site ACRO Brasil, categoria onde é exigido um nível elevado de
precisão da acrobacia aérea, sendo a ultima categoria de campeonatos. É de extrema
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necessidade um bom preparo físico por parte dos pilotos. E um ótimo treinamento já que voa-
se muito próximo do solo, até um mínimo de 100 metros.
Segundo o site ACRO Brasil, seguindo as regras na categoria básica cada piloto
executa duas vezes a sequência conhecida, para que seu voo possa ser avaliado. No segundo
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voo da categoria esporte o piloto pode optar por voar uma sequência de sua escolha (livre) em
vez de repetir a conhecida. Já nas categorias mais complexas, que são a intermediária, a
avançada e a ilimitada, são voadas três sequências: a conhecida ( sendo esta a pré-definida), a
livre ( o piloto se responsabiliza pela criação desta sequencia) e a desconhecida (é uma
sequencia que não pode ser treinada, e é entregue para o competidor um dia antes do voo).
Os pilotos devem voar uma única vez no dia. E ainda existe uma altura mínima
para que os pilotos executem as manobras que vai sendo reduzida de aproximadamente 500
metros (1.500pés) nas categorias básica e esporte para até cem metros, que é o caso da
categoria ilimitada, e estas alturas devem ser seguidas por questão de segurança
principalmente.
Enquanto cada piloto faz sua apresentação, os juízes – que permanecem no chão e
cujo número pode chegar a 15 – avaliam as manobras a partir de técnicas apuradas, dando
nota com base na maneira como a aeronave é conduzida e como são realizadas as figuras no
céu. A cada erro, imprecisão ou esquecimento da sequência pelos pilotos, o julgamento dos
juízes é negativo, reduzindo a nota final do competidor.
6 COMPETIÇÕES
6.1 REGRAS
9
Rocando – vem do termo rocar, significando assim balançar as asas para iniciar a sequencia de manobras.
10
Frequência ACRO – É a frequência de rádio estabelecidas pelos organizados do evento, para que os
pilotos que estiverem voando se comuniquem.
33
“Nas categorias que lhe couberem, o próprio piloto confeccionará o seu aresti 12 e o
divulgará na forma de Known ou na Unknown13, que é a confeccionada e entregue
apenas no dia da apresentação de acordo com o fator K estipulado máximo. Fator K
é o peso de cada manobra de acordo com a sua dificuldade, através dele é prevista
uma determinada pontuação máxima ou mínima, todos constam no aresti divulgado
pela IAC. (Acro Brasil)”
11
Rocando: vem do termo rocar, significando assim balançar as asas para iniciar a sequência de manobras.
12
Aresti: é o catálogo de manobras – CODIGO ARESTI
13
Known e Unknown-: é a forma de mostrar ou não mostrar aos juízes a sequência que foi feita e que será
realizada.
34
que pode ser encaminhado ao fim das apresentações por carta ao juiz chefe, e será aceito ou
não de acordo com seu argumento. Este briefing é restrito apenas a pilotos, e todos que irão
voar devem participar dele, inclusive os pilotos da Esquadrilha da Fumaça.
A primeira parte do briefing é dedicada à Segurança de Voo. Um responsável
ressalta que cada participante tem suas características próprias e é muito importante para o
evento, de maneira que ninguém deve se preocupar em „competir‟ com o outro. Ressalta
também que para a maior parte do público só o fato de estar próximo aos aviões já é um
grande acontecimento, de maneira que não é preciso exagerar nos voos. Após isso, é exibida
uma lista de acidentes em demonstração aérea pelo mundo afora, para lembrar a todos que
nem os melhores estão isentos de falhas.
No próximo passo, são mostradas a todos os pilotos as demarcações da área de
manobras, acompanhadas das linhas de infração (foul), que são limite que os pilotos não
podem ultrapassar. Se a aeronave ultrapassar uma vez alguma dessas linhas, a torre emitirá
um alerta, e se ultrapassar uma segunda vez, o piloto deverá pousar imediatamente, como uma
forma de penalidade (vale lembrar que no dia em questão, nenhum voo incorreu nessa medida
extrema).
É vedada qualquer manobra na qual o avião realize giros em trajetória
descendente com o nariz apontado para o público (essa é uma regra universal no âmbito das
demonstrações aéreas). Após essas definições, outro responsável se apresenta e transmite
todas as informações meteorológicas para o dia (vento, nuvens, umidade, precipitação,
visibilidade, temperatura, etc.), com imagens de satélite, horários e demais detalhes.
E por fim, passa-se à organização dos horários de voo de cada piloto, com as
coordenadas de rádio e demais procedimentos, que ocorrem da forma seguinte: após fazer a
notificação, cerca de 20 minutos antes da decolagem o piloto deve comunicar ao controle e
solicitar autorização para acionamento do motor, e se houver atraso, o tempo será descontado
do voo. Se em até 15 minutos antes do horário previsto o piloto não estiver pronto, poderá ser
alterada a ordem dos voos, impedindo que haja uma janela considerável no show. Para tanto,
o demonstrador seguinte deve estar sempre de prontidão.
Para aviões menores o acionamento dos motores deve ser fora da área dos
hangares, e tampouco o cheque de motor pode ser perto do público. Durante o evento, cerca
de 5 frequências14 ficam ativadas: duas para o controle no solo, uma “acro”, que é onde os
pilotos se comunicam em caso de demonstração de voo em formatura, e outra que o controle
14
Frequências: são canais de comunicação bilaterais.
35
Limites inferiores:
Limite superior:
Dimensões laterais:
Nota: AGL = Above Ground Level; ou seja, é a altitude absoluta ou altura (em
relação ao solo).
36
Os parâmetros exteriores são sempre fatores que podem levar o piloto a fazer suas
manobras acima da altura mínima autorizada, são estes a turbulência, a visibilidade, a
temperatura, o solo e, sobretudo o revelo e obstáculos ao redor.
A altura segura não depende meramente de uma linha em pés ou metros, por
exemplo, um parafuso chato terminado a 400 pés de altura é infinitamente mais perigoso do
que um immelmann15 iniciado a 1 metro do solo. No entanto, paradoxalmente, em numerosos
países o parafuso chato será autorizado enquanto o immelmann rasante será estritamente
proibido. E, além disso, as alturas determinam uma segurança tanto para os pilotos, quanto
para os espectadores dos shows aéreos e das competições.
15
Immelmann : manobra acrobática é uma meia volta com meio rolo de aileron ou meio snap rool para
erguer o voo no topo, descrita na pagina 65, item 10.4.2.
38
- A direção do vento deve ser indicada no desenho, por setas continuas na parte
superior.
F4- parafusos;
F5- reversões/hammerheads;
16
Estóis : indica a separação do fluxo de ar do extradorso da asa, resultando em perda total de sustentação.
39
A sequência de manobra pode ser colocada numa posição visível ao piloto durante
a realização do voo, na maioria das vezes localizada no painel da aeronave, de maneira a
possibilitar lê-la como se fosse uma partitura musical. No início e no final de cada
sequência o piloto deve sinalizar com as asas aos juízes para indicar que iniciou a prova.
precisa; ritmo das rotações; a nitidez (o piloto deve definir bem quando está entrando e
saindo de uma manobra); respeito a sequência e ao sentido do vento; o posicionamento do
Box, a altura do voo, etc.
Figura 10 - Autora com Fernando Paes de Barros na linha de juízes no Troféu Bertelli em
Itápolis-SP, em 2017
7 MANOBRAS
A preparação para competições e shows aéreos não envolve somente o voo, mas
também uma série de atividades que ajudam a disciplinar a mente para as disputas e aumentar
o nível de segurança dos voos. Algumas manobras foram inventadas durante o combate aéreo,
durante as guerras mundiais, e entre diferentes países como forma de se livrar de ser um alvo,
sendo assim, foram incluídas algumas descrições verbais e o símbolo do IAC para cada figura
básica, os símbolos para as figuras seguem as regras do FAI para descrição de figuras de
acrobacia, seguindo o Código Aresti. Toda figura de acrobacia aérea começa e termina em
linhas horizontais, em voo normal ou invertido, afetando assim o número de dificuldade para
cada figura.
- Linhas
- Arcos
- Rolls
- Curvas
- Parafusos de competições.
17
Looping: Um loop é uma manobra inteiramente no plano de lançamento em que a aeronave gira 360 ° em
um caminho normalmente circular, descrição na pagina 61, item 10.3.
43
descrevem voo invertido / voo de dorso. As porções arredondadas (arcos) na maioria das
figuras têm que ter o mesmo raio em todas as partes da mesma figura. Já em Rolls em linhas
verticais e em linhas de 45° tem que ser centrados nesta linha para marcar o máximo de
pontos. Qualquer divergência do centro resulta uma perda de pontos durante uma competição.
Temos manobras acrobáticas simples que englobam os Rolls, loopings e
parafusos. Assim, elevando de categoria tem-se linhas, loopings e tunos, subindo ainda mais
temos além dessas manobras o snap, e na categoria ilimitada já começa a ter ¾ de snap, que
se torna de maior grau de dificuldade por ser uma manobra giroscópica sendo esta a mais
difícil.
7.1 ROLLS
7.1.1 Aileron Roll – roll é o movimento geralmente sobre o eixo longitudinal da aeronave
geralmente um rolamento razoavelmente rápido e com uma trajetória de voo direta.
18
Aileron Full: é o movimento realizado com o aileron, utilizando-o totalmente.
44
7.1.2 Barrel roll, ou tuno barril – é a combinação de rolagem, pitch e guinada. A aeronave
descreve um espiral horizontal. Ou seja, em que o traço segue um trajeto de voo
helicoidal como se estivesse a voar em volta do entorno de um barril/ dentro de um
barril.
7.1.3 Slow Roll – é uma torração em volta do eixo longitudinal onde a aeronave segue
normalmente direto e nivelado durante uma parte do voo. Os pilotos mantem a altitude
com as asas verticalmente e se necessário utiliza um ângulo de ataque negativo para
manter o voo invertido.
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7.1.4 Hesitation roll- essa manobra consiste em girar em ângulos de 90° graus, por exemplo,
a aeronave está reta nivelada com um ponto e aplica aileron e pedal para o lado direito,
aí mantem este giro até voltar ao nivelamento original. Esta manobra também é
conhecida como tuno de 4 tempos, onde o piloto pode efetuar 4, 8 ou até 16 pausas
durante a rolagem. É muito fácil em aeronaves de altas performances, já que a guinada
adversa provocada por ailerons também um problema me velocidades mais baixas.
7.1.5 Snap Roll – a manobra com um nível mais difícil de ser feita, já que necessita de um
conjunto de outras manobras, e ela se torna uma manobra giroscopica de lato risco. Um
estol acelerado e um giro incipiente através de meia ou uma volta, às vezes mais ao
longo de uma trajetória de voo horizontal, embora não seja incomum em uma direção
vertical, ou 45 °, para cima ou para baixo. Também usado para o meio roll ou roll
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7.2 TURNS
7.2.1 Derry turn- é um tuno sob inversão de curva íngreme de uma direção para uma curva
íngreme na outra direção - normalmente feita através de um rolo de aileron, mas às
vezes via snap roll.
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7.2.2 Inverted turn – é um giro invertido ou externo de um voo reto e nivelado invertido com
a cabeça do piloto saindo da trajetória de voo (portanto, há g negativo ao longo da
manobra).
7.2.3 Wing- Over – é o resultado de um leve puxar para cima, rolar, virar subindo, descida de
curva, chance de direção, através de qualquer número de graus - usado para posicionar
a aeronave e estabelecer os parâmetros de entrada para a próxima manobra. Muito útil
para procurar e ganhar a queda de uma nova aeronave. Não estritamente uma manobra
acrobática como todas as aeronaves são capazes de uma asa sobre. Pode ser unido a
partir de um oito preguiçoso.
Figura 19 - Chandelle
Figura 20 – Hammerhead
7.3 LOOPING
Figura 21-Loop
7.3.1 Square Loop -Em um loop quadrado, o pitching é conduzido em quatro mudanças
discretas no traçado de voo de 90 ° com um período momentâneo de voo direto entre os
cantos. É uma manobra severa que requer rápida aplicação e remoção para tornar a
manobra distinta e claramente definida.
7.3.2 – Avalanche -A avalanche consiste em uma rolagem completa do voo invertido para o
voo invertido na parte superior do loop normal. É espetacular, mas fácil e confortável
de realizar.
7.3.3 - Outside Loop - o loop realizado com a cabeça do piloto fora do caminho de voo.
Requer uma entrada invertida e termina invertida. Sendo necessário ter uma alta
experiência e pratica nesta performance
7.3.4 Loop Round - é uma sequência de looping, seguido de outras manobras, tendo
dentro dessa manobra, 1/4 de rolo, ou um tuno 4 tempos, e assim por diante.
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7.4.1.1 Horizontal Eight um loop de três quartos para um mergulho vertical seguido por
um meio roll (através de 180 °), um loop de vertical para baixo para vertical para baixo
seguido de mais um meio roll e pull out (saída).
7.4.1.2 -Cuban Eight / Oito Cubano - um loop de 5/8 (através da posição descendente
de 225 ° para a posição de 45 °) seguido de um meio rolo, um loop de peça a mais até
270° (45 ° até 45 ° para baixo), mais meio roll e puxe para fora.
7.4.1.3- Vertical Eight- um meio loop normal para invertido com um meio roll, outro
loop para cima, mais um meio roll para invertido e completando o primeiro loop
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7.4.1.4 Clover Leaf- quatro laços/loopings com 90 ° para baixo (ou para cima) rolam
entre si.
7.4.2 Immelmann – é uma meia volta com meio rolo de aileron ou meio snap rool para
erguer o voo no topo. Uma mudança de direção no plano vertical sem componente
horizontal. Como uma maneira rápida de reverter a direção sem perda de altitude, no
mínimo espaço, e com perda mínima de energia. É o mesmo que um meio cubano oito,
exceto que o teste é completado no ápice para maximizar o ganho de altitude.
7.4.3 Split -S (Half roll and pull through) - um meio rolo de aileron ou meio snap roll para
voo invertido seguido pela metade descendente de um loop para erguer voo
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7.4.3.1 Vertical S – meio roll, o meio loop de descida seguido de outro meio roll e meio
loop. O S vertical também pode ser executado para cima, como meio loop para o voo
invertido, meio roll, mais meio loop para o invertido e um outro meio roll para erguer
o voo de um oito vertical
7.4.4 Knife- Edge Flight – é um trajeto de voo reto e de alavanca com as asas verticais. A
força lateral da fuselagem junto com o componente vertical de empuxo gera a elevação
necessária. O empuxo da hélice nesse ângulo alto do flanco esquerdo tem um
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Alguns pilotos gostam de incluir um giro controlado e meio como parte de seu
repertório acrobático. O aspecto essencial dessa manobra é iniciar e completar as
rotações precisamente no proa. Isso exige uma entrada e recuperação positivas. Isso,
por sua vez, significa praticar e estar familiarizado com seu avião particular, e além
disso seja qual for o modelo do avião, a recuperação de um parafuso é sempre efetuada
da mesma maneira: pressão contraria do leme de direção e um momento após, o
manche é levado para frente, alguns aviões cessarão de girar logo que os comandos
forem neutralizados, outros são projetados de modo que é necessário tira-los do
parafuso. Enfim, de um modo geral, deve-se aplicar pressão para os comandos para:
cessar a rotação, adquirir menos velocidade, e a saída do mergulho deve ser gradativa.
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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
e nova performance, para assim conseguir escalar com um passo de cada vez a vitória em
competições, e o mérito entre os pilotos.
Sobretudo, voar melhor não significa voar mais baixo, mais rápido, nem mais
forte, mas sim voar com a segurança operacional em primeiro lugar sem ultrapassar nenhum
limite, para manter elevada a segurança, e assim, sem causar incidentes ou acidentes.
A segurança é uma preocupação iminente entre os pilotos, organizadores,
espectadores de uma competição, demonstração aérea, e esta devem ser mantidos nos níveis
mais rigorosos possíveis, para assim ter um evento, uma competição segura, e ainda, fazer a
utilização de aviões que são concebidos especificamente para manobras, fazer uso de
paraquedas, que é um item obrigatório, ter atenção reforçada que cada piloto dispensa a seu
avião antes de voar, ainda pela experiência adquirida e transmitida pelos instrutores aos
pilotos, e de piloto a piloto, pois a finalidade é explorar o máximo domínio seguro do voo, já
que a progressividade da formação e aperfeiçoamento através de categorias de voo permite a
cada um acostumar seu organismo progressivamente e se adaptar as performances das
aeronaves.
Para concluir, a acrobacia aérea é uma atividade desportiva onde se adquire
perfeccionismo, pois ao lutar para corrigir os erros, defeitos técnicos, aprende-se a dominar as
reações físicas e emotivas. E finalmente, é uma atividade individual que se pratica em grupos,
já que quando o instrutor se torna dispensável, é ele que ajudara o piloto a manter o voo
seguro, assim ele intervém dando avisos, macetes ou ainda só orienta pelo rádio sobre a
segurança visual da aérea de evolução do piloto, e ainda mais é ele que corrige do solo se a
entrada está correta, se a manobra ficou de acordo com o desenho dela, se será descontado
pontos ou não, tudo isso durante o treinamento. Sabendo que em uma competição quem
pontua o voo do piloto, são os juízes, que recebem treinamentos para ficarem por dentro das
mudanças que aconteceram nas sequencias, e sobre como pontuar corretamente, sem deixar
escapar nenhum detalhe.
Conclui-se que a acrobacia aérea é de encher os olhos de quem aprecia, ou de
quem a pratica, assim é necessário ter todo um conjunto de treinamento, para conseguir
mantê-la dentro das regras, dos limites operacionais, e ainda mais além de tudo isso, efetuar o
voo com segurança, que é o principal objetivo de se conhecer as manobras a serem realizados,
conhecer a aeronave em que vai voar, e se conhecer, para evitar acidentes e ou incidentes de
grandes proporções.
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REFERÊNCIAS
KERSHNER, William. The Basic Acrobatic Manual. Aviation Supplies and Academics,
Inc. Newcastle, WA. 2006.
MARK, Robert. Upset Recovery Training Revisited by CAE and APS. 2012.