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São Paulo
2020
RAFAEL MOURA BENTO
Palhoça
2020
RAFAEL MOURA BENTO
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Orientador: Prof. Cleo Marcus Garcia, MSc
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Professor Avaliador Prof. Antônio Carlos Vieira de Campos, Esp.
Dedico este trabalho à minha família, pelos
momentos de ausência.
AGRADECIMENTOS
Esta pesquisa teve como objetivo geral demonstrar como o CRM – Fator Humano pode
desenvolver as Habilidades Interpessoais, ou seja, compreender de que forma o indivíduo pode
aprimorar as habilidades interpessoais, dentre elas a comunicação tornando-a assertiva, para
que seja eficiente nas atividades comportamentais associadas com o time de trabalho.
Caracteriza-se como uma pesquisa exploratória com procedimento bibliográfico e documental
por meio de livros, artigos, reportagens, regulamentos e leis. A abordagem utilizada foi
qualitativa e quantitativa. A análise dos dados foi baseada em livros e documentos que
abrangem a área da Comunicação, artigos e manuais de treinamento em CRM feita por meio de
gráficos e quadros, analisados de acordo com a fundamentação teórica. Após criteriosa análise
e identificação dos principais problemas constatou-se que aprimorar a capacidade de
comunicação interpessoal e assertiva pode levar algum tempo, é algo que se desenvolve com a
prática.
This research aimed to demonstrate how CRM - Human Factor can develop interpersonal skills,
understand how the individual can improve interpersonal skills, including communication
making it assertive, so that it is efficient in behavioral activities associated with the work team.
It is characterized as an exploratory research with bibliographic and documentary procedures
through books, articles, reports, regulations and laws. The approach used was qualitative and
quantitative. The analysis of the data was based on books and documents covering the area of
communication, articles and training CRM manuals made through graphs and charts, analyzed
according to the theoretical foundation. After careful analysis and identification of the main
problems, it was found that improving the ability of interpersonal and assertive communication
could take some time; it is something that develops with practice.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7
1.1 PROBLEMA DA PESQUISA .................................................................................... 8
1.2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 9
1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 9
1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................................................. 9
1.3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 9
1.4 METODOLOGIA ...................................................................................................... 11
1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo da pesquisa ............................................................... 11
1.4.2 Materiais e Métodos ............................................................................................... 11
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .......................................................................... 12
2. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 13
2.1 O CRM E A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO ................................................. 13
2.2 FATORES HUMANOS NA AVIAÇÃO ..................................................................... 15
2.3 COMUNICAÇÃO ...................................................................................................... 20
2.3.1 Definição de comunicação ...................................................................................... 20
2.3.2 Comunicação Assertiva .......................................................................................... 21
2.4 HABILIDADES INTERPESSOAIS ............................................................................ 23
3 ANÁLISE CRM – FATORES HUMANOS ................................................................ 25
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 28
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 30
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1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
equipe e que se conectar com eles é fundamental para minimizar situações difíceis, para si
mesmos ou entre os outros, pois na falta de comunicação com qualidade é impossível haver
gerenciamento da tripulação. Indicar de que maneira uma comunicação efetiva pode evitar
conflitos no gerenciamento de problemas evitando acidentes e salvando vidas.
1.4 METODOLOGIA
2. REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com a FAA (2005), Fatores humanos é o estudo do ser humano como
parte central de qualquer sistema. Fatores humanos identificam a capacidades e limitações dos
seres humanos e, em seguida, adapta os componentes humanos ou do sistema adequadamente.
A ciência dos fatores humanos pode quantificar o desempenho humano com medidas como
tempo, unidades de trabalho, segurança, erro e, às vezes, mudança de atitude. Tais medidas
ajudam a projetar ou modificar sistemas para obter desempenho humano ideal. Portanto,
atenção operacional a fatores humanos pode aumentar a eficiência, eficácia e segurança em
ambientes de aviação. Isso se traduz em custo controle e segurança contínua.
O termo fator humano tem se tornado cada vez mais importante na indústria da
aviação comercial, pois o erro humano em relação a falha mecânica é mais comum na maioria
dos acidentes e incidentes. Para Izabela Tissot, em coletâneas de artigos da ANAC, fator
humano é um termo que abrange a ciência de compreender as características da capacidade
humana e a aplicação deste entendimento na hora do projeto, desenvolvimento e implantação
de sistemas e serviços ou equipamentos devendo assegurar assim que o projeto esteja adaptado
as limitações e características humanas. O reconhecimento da necessidade de educação básica
a respeito dos fatores humanos para o pessoal de aviação civil partiu da análise de acidentes,
em que se observou a falta, excesso ou de ciência de ações humanas. Essa constatação levou a
OACI a implantar o requisito de capacitação nesse tema para as empresas aéreas e aqueles que
trabalham com outorga de licenças e com o processo de investigação de acidentes.
O fator humano exerce um importante papel no desempenho do profissional não só
nas atividades relacionadas a aviação, mas em todo âmbito profissional. Sua influência se
estende ao aumento de qualidade de produção e exercício das atividades, assim como uma
significativa redução de acidentes provocados pela interação do homem dentro de uma equipe
e com os sistemas ligados ao seu meio de trabalho.
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Segundo o Grupo de estudo ANAC MMA, a lista de fatores humanos que podem
afetar a manutenção da aviação e o desempenho no trabalho é amplo, pois abrangem uma
muitos tipos de desafios que influenciam as pessoas de diferentes formas porque todos não têm
as mesmas capacidades, as dificuldades ou limitações. Alguns são mais sérios do que outros,
mas, na maioria dos casos, quando você combina três ou quatro dos fatores, eles criam um
problema que contribui para um acidente ou incidente aéreo.
A figura abaixo mostra alguns dos fatores humanos na aviação que estão
relacionados a manutenção de aeronaves.
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Percebe-se que o principal objeto de estudo se ocasiona por causa dos erros
cometidos com a relação entre acidente e fator humano. O erro envolve algum tipo de desvio
no desempenho humano, seja do curso pretendido da ação ou do planejamento de ações ou,
ainda, um desvio de comportamento. Como temos a premissa de que o erro é algo inerente à
natureza humana, torna-se importante adotar e colocar em pratica os meios para que eles não
se repitam. Elevando assim a eficiência das equipes e tripulação das aeronaves, com
treinamento melhorando e aperfeiçoando a utilização de todos os recursos disponíveis (homem,
meio e máquina) para promover a segurança.
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2.3 COMUNICAÇÃO
O emissor corresponde àquele que toma a palavra; o receptor, àquele que a recebe;
a mensagem é o tema, o assunto sobre o que se fala; o referente é aquilo sobre o que se fala. No
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entanto, para que a mensagem chegue ao receptor, ela precisa ser codificada e transmitida por
um canal. Por exemplo, este texto possui como código a língua portuguesa e chega até você
pela escrita.
A comunicação é uma atividade verbal e para Maingueneau (2014, p. 26), toda a
atividade verbal é, na realidade, uma interatividade que envolve dois ou mais parceiros pela
oralidade na qual os interlocutores coordenam suas enunciações, enunciam em função da
atitude do outro e percebem imediatamente o efeito que suas palavras têm sobre ele. Assim o
discurso é interativo o destinatário, receptor, interlocutor, ouvinte, leitor são sujeitos ativos na
interação. Ele não recebe simplesmente aquilo que o remetente, emissor, locutor, falante, autor
produz. Pelo contrário, o interlocutor pode concordar, discordar, refutar, complementar, negar,
enfim, pode se comportar de várias e várias maneiras, contribuindo com a construção efetiva
da comunicação.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
treinamento seja efetivo, é preciso que ele esteja inserido no contexto atual, a par das principais
dificuldades, causas de acidentes e estatísticas e ressaltando que o profissional pratique o
conceito em sua rotina de trabalho. De uma forma geral a performance humana pode ser
melhorada com monitoramento e treinamento e os operadores (empresas aéreas por exemplo)
devem continuamente medir e incrementar a eficácia dos programas de treinamento, assim
mantendo e elevando o conhecimento dos tripulantes sobre fatores contribuintes de acidentes.
Buscar a evolução contínua – trabalhar para manter a capacidade de comunicação
assertiva é essencial para obter bons resultados e garantir o andamento das relações
interpessoais. Investir em aprimoramento para a continuidade do treinamento é o meio utilizado
para levar os indivíduos a adquirirem ou ampliarem habilidades para executarem as tarefas, no
menor tempo, com o menor esforço, menor custo e com a maior eficiência. O diagnóstico das
necessidades de treinamento é uma atividade contínua, ou seja, não é uma tarefa onde são
definidos o início e o término. A empresa deve estar sempre atenta em prever as mudanças no
ambiente interno e externo para se manter atualizada.
Assim ao encerrar este ciclo de pesquisa, percebeu-se que restam insuficiências,
surgiram mais dúvidas que não puderam ser aprofundadas. Considerando o treinamento
fundamental para praticar e desenvolver as Habilidades Interpessoais, propõe-se um próximo
estudo com tripulantes acerca da evolução do indivíduo e o seu entendimento, levando em conta
a sua performance, antes e depois da aplicação do LOFT.
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REFERÊNCIAS
Agência Nacional de Aviação. Manual Treinamento Facilitador CRM3. Disponível em: <
Civilhttps://www2.anac.gov.br/arquivos/pdf/manualTreinamentoFacilitadorCRM3.pdf>
Acesso em: fev, 2020.
CAMPOS, Antonio Carlos Vieira de. Procedimentos Operacionais. Palhoça, Unisul Virtual,
2013.
Federal Aviation Administration, FAA - Human Factors Guide for Aviation Maintenance.
Disponível em: <
https://www.faa.gov/about/initiatives/maintenance_hf/library/documents/media/human_factor
s_maintenance/human_factors_guide_for_aviation_maintenance.pdf >. Acesso em: maio,
2020.
GIANNETTI, Regina. Habilidades Interpessoais: tudo o que você precisa saber. Disponível
em: < https://curseduca.com/blog/habilidades-interpessoais/>. Acesso em: abril, 2020.
MARTINS, Vera. Seja assertivo: como conseguir mais auto confiança e firmeza na sua
vida profissional e pessoal. 1ed. São Paulo: Atlas Books, 2020.
OACI - Circular 217-AN/132 - Compêndio sobre Fatores Humanos, nº 02, cap. 5, p. 34.
REASON, J. et al. Beyond aviation human factors — safety in high technology systems.
Aldershot: Avebury Aviation, 1995.
SANTOS, Paulo Roberto dos. Segurança da aviação. Palhoça: Unisul Virtual, 2016.