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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR PIAUIENSE


FACULDADE MAURICIO DE NASSAU – FAP TERESINA
COORDENAÇÃO DO CURSO BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CLEIDE DE FREITAS MARTINS BARBOSA

A GESTÃO DE ESTOQUES COMO INSTRUMENTO PARA A MAXIMIZAÇÃO DE


LUCROS NA EMPRESA BETA ATACADISTA DE MATERIAL MEDICO
CIRURGICO HOSPITALAR

Teresina
2013
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CLEIDE DE FREITAS MARTINS BARBOSA

A GESTÃO DE ESTOQUES COMO INSTRUMENTO PARA A MAXIMIZAÇÃO DE


LUCROS NA EMPRESA BETA ATACADISTA DE MATERIAL MEDICO
CIRURGICO HOSPITALAR

Monografia apresentada à Faculdade Maurício de Nassau –


FAP Teresina, como requisito para a obtenção do título de
Bacharela em Ciências Contábeis sob orientação da
Professora mestre Ruthelle Maria de Carvalho Sousa.

Teresina
2013
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CLEIDE DE FREITAS MARTINS BARBOSA

A GESTÃO DE ESTOQUES COMO INSTRUMENTO PARA A MAXIMIZAÇÃO DE


LUCROS NA EMPRESA BETA ATACADISTA DE MATERIAL MEDICO
CIRURGICO HOSPITALAR

Monografia apresentada à Faculdade Maurício de Nassau –


FAP Teresina, como requisito para a obtenção do título de
Bacharela em Ciências Contábeis sob orientação da
Professora mestre Ruthelle Maria de Carvalho Sousa.

APROVADA EM: ______/______/______

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________
Presidente: Ruthelle Maria de Carvalho Sousa
Mestre em administração (PUC-SP)

_________________________________________
2º Membro: Joselita Silva Chantal
Especialista em Auditoria financeira (CESVALE)

________________________________________
3º Membro: Dielson Moreira Gomes
Especialista em Cont.Gov.e Controle Interno (UNESC)
3

Dedico este trabalho a meu pai Alfredo das Chagas


Martins (in memorian), meu marido Quirdson Barbosa,
meus filhos Marcus e Marcio.
4

AGRADECIMENTOS

A muitas pessoas devo agradecer por este trabalho. Primeiramente a Deus


que me deu o dom da vida e que diariamente me ilumina e fortalece para que eu
possa superar obstáculos e as dificuldades que surgem em nosso dia a dia, e elas
são muitas.

Agradeço especialmente ao meu querido amor Quirdson Barbosa, aos meus


amados filhos Marcus e Marcio que sempre me apoiaram, estando sempre ao meu
lado quando eu mais precisava.

Agradeço também ao meu compadre Raimundo Neco, grande incentivador do


meu retorno aos estudos.

Agradeço igualmente aos meus mestres queridos, o repasse de seus


conhecimentos, experiências profissionais e de vida.

Agradeço aos meus amigos de classe, pois juntos conseguimos transformar a


nossa faculdade em um lugar inesquecível, em um lugar que, além de aprender a
ciência contábil, aprendemos também o significado da palavra companheirismo.

E finalizando um agradecimento todo especial a minha querida orientadora


professora mestre Ruthelle Maria de Carvalho Sousa, que me proporcionou uma
orientação nota dez.
5

“É preciso multiplicar o tempo para dar conta de tudo o


que temos de fazer. Ou multiplicar nossos conhecimentos
para que nosso tempo renda mais. Como a primeira
hipótese é impossível, nos resta a segunda. Mãos a
obra...”

Leandro Paulsen
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RESUMO

A busca por melhores alternativas para o máximo desempenho dentro da


organização é fator primordial para o sucesso do empreendimento. Este
trabalho apresenta uma abordagem sobre a gestão de estoques em uma
empresa de material medico hospitalar. Por ser um processo que movimenta o
capital da empresa e representa grande parte da totalidade de seus
investimentos, o desempenho na gestão de estoques visando à maximização
da sua lucratividade e a satisfação dos clientes é seu ponto vital. A busca por
melhores alternativas para que se tenha o máximo desempenho dentro da
organização é fator primordial, fazendo do estoque um setor de suma
importância, ou seja, o diferencial para obtenção de baixo custo na
operacionalização da empresa, que com um bom sistema de gestão torna-se
eficiente e pronta para enfrentar fortemente o mercado e a concorrência. É
importante que métodos e técnicas de controle de estoque sejam aplicados de
acordo com a necessidade da organização, basta o administrador conhecer
todo o processo da empresa e preparar um bom planejamento, assim, o
objetivo a ser atingido será alcançado, com clientes satisfeitos, baixo custo e
bons resultados. De maneira geral ao longo desse trabalho utilizando um
método exploratório com base bibliográfica e um estudo de caso, verificou-se
a importância da ferramenta de gerenciamento e controle de estoque na
estratégia competitiva das empresas para a maximização de seus lucros.

Palavras chave: gestão estoque, maximização, lucro.


7

ABSTRACT

He search for better alternatives to maximize the performance within an


organization is the key factor for success of a company. This work presents an
approach about the inventory management in a hospital medical supply
company. As a process that deals with the capital of the company and
represents a big share of its investments, the performance of the inventory
management that aims at maximizing the company´s profitability and customer
satisfaction is essential. The search for better alternatives to achieve maximum
performance within the organization is a key factor for transforming the stock
area a sector of great importance, that is, the differential for obtaining low cost
in an operation for the company is with good planning
and efficient management that makes it strong and ready to face the
market and competition. It is important that methods and technique of
inventory control are used according to the necessity of the organization and
the administrator has to know the whole process of the company to prepare a
good plan, so that, the goal will be achieved taking into account
the satisfied customers, low cost and good results. In general, during this work
a case study was used which showed that the importance of management and
inventory control for the company ´s competitive strategy.

Keywords: stock management, maximizing profit


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

QUADROS

Organograma................................................................................................... 49

Quadro de pessoal .............................................................................................50

FIGURAS

1- Elementos básicos da logística........................................................................23

2- Ciclo das atividades primárias ............................................................................24

3- Relacionamento das atividades de apoio com a primária...................................27

4- A cadeia de suprimentos...............................................................................29
9

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária

DIVISA – divisão de Vigilância Sanitária estadual

PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

PCMSO - Programa de Controle médico de Saúde Ocupacional

LTCAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho

SGQ - Sistema gestão da qualidade

SUS – Sistema único de saúde

EPP – Empresa de pequeno porte

PGRSS- Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde

OPME – órteses e próteses e materiais especiais

PEPS - primeiro a entrar/expirar, primeiro a sair


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12

2 UM ENFOQUE LOGÍSTICO..................................................................................17

2.1 A LOGISTICA E SUA FUNÇÃO EMPRESARIAL ........................................20

2.2 ATIVIDADES LOGISTICAS ...........................................................................23

2.2.1 Principais .....................................................................................................24

2.2..1 Transportes .....................................................................................................24

2.2.1.2 Manutenção de estoques.....................................................................24

2.2.1.3 Processamento de pedidos,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,24

2.2.2 Secundarias...........................................................................................25

2.2.2.1 Armazenagem......................................................................................25

2.2.2.2 Manuseio de materiais ..................................................................................25

2.2.2.3 Embalagem..........................................................................................26

2.2.2.4 Obtenção...........................................................................................26

2.2.2.5 Administração de informações...............................................................26

2.3SUPPLY CHAIN MANAGEMENT.......................................................................27

3 A GESTÃO DE ESTOQUES...................................................................................31

3.1 ESTOQUES - CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES.......................................31

3.2 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PARA A GESTÃO..............................33

3.3 CONTROLE DE ESTOQUE.................................................................................34

3.4 METODO PEPS/UEPS.............................................................................37

3.5 O CUSTO DE ESTOQUES........................................................................37

3.6 INVENTARIOS................................................................................................39

3.6.1 Critérios de avaliação.............................................................................40

3.6.2 Conceito de custo integrado e coordenado com a escrituração.....................41


11

4 A CONTABILIDADE COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO................................42

4.1 A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE NA GESTÃO DE ESTOQUES..............44

4.1.1 Balanço patrimonial..................................................................................45

4.1.2 Demonstração do Resultado...................................................................45

4.1.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido.......................................46

4.1.4 Demonstração dos fluxos de caixa...........................................................46

5 ANALISE DO CASO: BETA ATACADISTA DE MATERIAL MEDICO

CIRURGICOHOSPITALAR.................................................................................48

5.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA.................................................. ..............49


5.1.1 Missão..................................................... .........................................................51
5.1.2 Visão.....................................................................................................52
5.1.3 Valores................................................................................................52
5.2 ESTRUTURA................................................................................................52

5.3 ESTRATÉGIAS DE RECURSOS MATERIAIS DA EMPRESA..........................53

5.3.1 Técnicas de Estoques ......................................................................................55

5.3.2 Inventários............................................................................................56

5.3.3 Sistemas de Vendas................................................................................56

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................59

REFERENCIAS..............................................................................................61

APENDICE 1: QUESTIONARIO APLICADO...................................................63

APENDICE 2: FOTOS DO ESTOQUE......................................................................66


12

1 INTRODUÇÃO

O mundo apresenta sinais para as empresas que suas estratégias de


negócios devem ser aprimoradas sempre e cada vez mais. A competitividade impõe
a busca por melhores alternativas de gestão dentro de sua organização. Nesse
contexto, o gerenciamento dos estoques é um item fundamental, ou seja, o
diferencial para que se tenha baixo custo dentro da organização.

A eficiência na sua administração, com redução de tempo e custos entre


outros fatores como a utilização de técnicas modernas, possibilitam meios de
minimizar impactos financeiros negativos para a empresa. Desta forma, fica possível
atuar fortemente na administração de materiais, utilizando ferramentas de controle e
política de estoques.

Outra característica importante é a intensificação da interdependência


econômica numa escala cada vez mais abrangente, entre elas, as relações entre
economia, sociedade e Estado. Esta última, em particular, contou com fatores
geopolíticos em seu processo de expansão: o esfacelamento do bloco soviético,
reordenamento de nações e o término da guerra fria são destaques.

Nos anos 80, a ideia de gestão também foi redimensionada. A flexibilização


passou a ser a palavra-chave no mundo ocidental, devido a fatos como: a crescente
falta de coesão do movimento sindical; especialização, individualização e
ressignificação das relações de trabalho; incorporação da mulher no mercado de
trabalho em situação de desigualdade, dentre outros fatores.

A globalização1 não é novidade, tampouco representa a civilização, já que


tudo o que se convencionou chamar de progresso é fruto da aventura humana de
ousar, sempre em busca do que está além de nosso alcance. Tal postura traduziu-

1
A ascensão do neoliberalismo foi a mola mestra no processo de consolidação da
globalização econômica. A liberalização representa a diminuição (com metas de
aniquilação) de barreiras comerciais (consideradas verdadeiros entraves à sofisticação do
capitalismo) de acesso aos mercados nacionais. A desregulamentação envolve a eliminação
ou afrouxamento das normas outrora criadas para regular as atividades econômicas. O que
o neoliberalismo faz é a inversão de sinais: intervenção estatal x iniciativa privada; regulação
x mercado; barreiras comerciais x liberalização; e, controle do investimento externo x
abertura.
13

se em viagens (grandes navegações), comércio, imigração, trocas culturais,


construção e disseminação de saberes (dentre os quais, a ciência e a tecnologia).

Outro fator de extrema relevância é o crescimento sem precedentes da


concorrência, inserida num cenário de intensa diferenciação geográfica e cultural
que produz inúmeras possibilidades de acumulação e gestão do capital.

Dentro deste contexto a gestão de estoques nas empresas tem grande


importância para um fluxo de materiais enxuto, onde seja garantido o bom
atendimento ao cliente final sem que haja desperdícios e estoques em excesso ao
longo da cadeia de suprimentos, focando sempre a lucratividade.

O estoque se destaca como um processo para reduções de custos porque,


além de ser uma parcela relevante destes custos, tem um grande impacto sobre o
retorno do investimento realizado.

Assim, o processo contínuo de melhoria utilizado pelas empresas para traçar


suas diretrizes gerenciais, torna-se uma questão de sobrevivência frente a este
mercado competitivo. E esse processo ganha suporte através da gestão de
estoques.

Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como proposta apresentar um


estudo de caso em uma empresa do ramo do comercio atacadista de material
médico cirúrgico hospitalar em Teresina, tendo como tema a gestão de estoques
como instrumento para a maximização de lucros da empresa, e seu objetivo é
demonstrar como esse modelo de gestão, pode contribuir para a maximização dos
seus lucros.

Além disso, pretende-se verificar a estrutura organizacional do setor logístico


da empresa, bem como descrever o seu sistema de controle de estoque e
armazenagem e, por último mas não menos importante, identificar os mecanismos
utilizados, para que haja o alcance da maximização dos lucros no modelo de
controle de estoques adotado pela empresa em questão.

Metodologicamente, o presente trabalho configura-se como um estudo de


caso, pois lida diretamente com um objeto (ou problema) de pesquisa que não
apresenta uma solução pré-determinada, exigindo assim um esforço do pesquisador
no sentido de identificar o objeto e suas particularidades, construir dados, interpretá-
14

los, tecer considerações (argumentos), avaliar (os dados) e propor alguns


encaminhamentos (ou soluções). No contexto empresarial, no qual este trabalho
está inserido, incertezas, possibilidades e necessidade de tomada de decisões
possibilitam um campo fértil para a utilização desta ferramenta de pesquisa.

Outro dado importante que justifica tal opção metodológica é o fato de as


empresas hoje nutrirem expectativa por profissionais que ousam ir para além do
conhecimento técnico, sendo capazes de perceber e antecipar problemas e tornar-
se flexíveis e competentes em diversas áreas de seu ambiente profissional. Para
atingir tal objetivo, é necessário desenvolver possibilidades de adaptação e de
compreensão de novos cenários em um mundo globalizado e interdependente.

De acordo com Stake (2000), o estudo de caso como ferramenta de pesquisa


caracteriza-se pelo foco em situações específicas e não pelos métodos e técnicas
de investigação, inseridos numa diversidade de opções, tanto qualitativos quanto
quantitativos. No entanto, o autor chama atenção para o fato de que um caso é uma
construção intelectual bastante complexa e nos fornece algumas dicas para
identificar o que pode constituir um caso. Para o autor em questão, um caso é uma
unidade específica, um sistema bem delineado cujas partes interagem entre si. O
comportamento de uma criança, por exemplo, apresenta padrões nos quais atuam
diversos fatores (fisiológicos, psicológicos, culturais, dentre outros). Algumas destas
características podem estar no interior do sistema, nos limites do caso, e outras fora,
tornando complexa a distinção entre indivíduo e contexto.

Trata-se ainda de uma pesquisa qualitativa2, quantitativa e descritiva3. Por


meio da pesquisa qualitativa busca-se a compreensão a construção de instrumental

2
Partimos do princípio de que a pesquisa qualitativa é aquela em que as informações
construídas pelo pesquisador não são expressas necessariamente em números, ou então
aquela na qual os números e as conclusões nela baseadas representam um papel
coadjuvante na análise. Diante da complexidade de tal conceito, podemos afirmar que os
dados qualitativos incluem também informações não expressas em palavras, tais como
pinturas, fotografias, desenhos, filmes, vídeos, dentre outras possibilidades (TESCH, 1990).
Partindo do princípio de que a pesquisa qualitativa não envolve a quantificação de
fenômenos, em Administração (ou áreas afins) ela pode ser associada com a coleta
(construção) e análise de texto (falado e escrito) e a observação direta do comportamento.
3
De maneira geral, os estudos quantitativos são norteados por uma forma de pesquisa na
qual o pesquisador parte de quadros conceituais de referência tão bem construídos quanto
possível, a partir dos quais elabora hipóteses sobre os problemas, objetos ou situações que
quer compreender. Uma série de consequências é então deduzida das hipóteses. A
15

teórico que possibilite algumas soluções (desfechos) para o problema apresentado,


através do levantamento e construção de dados, entrevistas, questionários e
conversas informais com funcionários da empresa responsáveis pelos setores. No
método quantitativo emprega-se a quantificação na coleta de informações e no
tratamento delas por meio de técnicas estatísticas. É exploratória, porque busca
conhecer de forma mais aprofundada a realidade de uma população específica.
Descritiva, porque apresenta tal realidade podendo servir para a realização de
futuras pesquisas. Tem-se, portanto, na tessitura do trabalho, um processo de
triangulação metodológica.

Por meio deste trabalho pretende-se responder o problema proposto pelo


presente estudo: De que forma a gestão de estoques e armazenagem de produtos
pode se tornar um instrumento eficaz para a maximização de lucros na empresa?

Este estudo divide-se em cinco capítulos. No primeiro é feito a introdução ao


trabalho, com ênfase na questão metodológica. No segundo conceitua-se logística
empresarial, sua evolução, suas atividades, a logística integrada no papel do (SCM)
Supply Chain Management. O terceiro capítulo enfatiza a gestão de estoques em
uma revisão bibliográfica que traz uma construção teórica que permeia vários
autores. O quarto capítulo apresenta a contabilidade como instrumento de gestão,
sua posição, e sua importância para a organização na tomada de decisão. O quinto
capítulo traz o histórico da empresa pesquisada os dados levantados através dos
questionários aplicados e as informações levantadas, faz-se um quadro comparativo
entre a realidade existente e a literatura. Conclui-se com as considerações finais em
torno da pesquisa e como foram alcançados os objetivos da mesma.

Acredita-se que o presente trabalho poderá servir de instrumento para a


empresa aperfeiçoar e profissionalizar sua gestão de estoques, reduzir custos

construção de dados enfatizará números (ou informações conversíveis em números) que


permitam perceber a ocorrência ou não das consequências, e daí então a aceitação (mesmo
que provisória) ou não das hipóteses. Os dados são analisados com apoio da estatística
(inclusive multivariada) ou outras técnicas das ciências exatas. Os tradicionais
levantamentos de dados são o exemplo clássico de estudo quantitativo (POPPER, 1972).
Richardson estabelece que estudos quantitativos-descritivos representam uma categoria
dentro da pesquisa. Tal categoria possui ainda subdivisões ou propósitos, bem como de
modo geral a “verificação de hipóteses e a descrição de relações quantitativas entre
variáveis especificadas” (1989, p. 55).
16

desnecessários, ajuda na tomada de decisão, na análise de consumo e para


pesquisadores desta área e afins, pois proporciona conhecimento e aprendizagem,
como também poderá servir de modelo para outras organizações de segmentos
médicos. Poderá facilitar na operacionalização da empresa, viabilizar uma análise de
desempenho e, consequentemente alcançar melhores resultados.
17

2 UM ENFOQUE LOGISTICO

Dos estudos realizados extrai-se que logística é a parte do processo da cadeia


de suprimento que planeja programa e controla o eficiente e efetivo fluxo e
estocagem de bens, serviços e informações relacionadas, do ponto de origem ao
ponto de consumo, visando atender aos requisitos dos consumidores.

O conceito de logística tem origem no termo “LOGISTIKOS”, que significa


cálculo e raciocínio no sentido matemático. “Nos primórdios da civilização, mais
especificamente nos tempos da Civilização Grega, o termo, era então relacionado
intimamente ao progresso das atividades militares” (SILVA E MUSETTI, 2003,
p.346).

Atualmente, a logística assume seu papel no mundo dos negócios e ganha


destaque em importância estratégica. É um conhecimento que os gestores devem
dominar plenamente, pois ela é o diferencial de vital importância para a
competitividade. Os recursos logísticos podem ser utilizados nos diversos setores de
atividades das empresas, e isto é o que lhe dá ainda mais significância para que
seja utilizada por todos os componentes de uma cadeia.

Para Ballou, (2007 p.19) a logística “é influenciada diretamente pelos custos


associados a suas atividades”. Essa é uma das principais razões que levam as
organizações a investirem no seu setor logístico, podendo ser definida como
agilidade e flexibilidade da empresa que é repassada ao cliente.

As estratégias logísticas variam segundo os setores comerciais; todavia, em


cada caso, servem para administrar de modo completo e coerente todos os fluxos
dos materiais, da entrada deles na empresa até sua saída.

A logística empresarial trata de todas atividades de movimentação e


armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição
da matéria-prima até ponto de consumo final, assim como dos fluxos de
informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de
providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável
(BALLOU 2007 p.24).
Com o passar dos anos e o avanço do mercado, a logística assumiu maior
enfoque, uma vez que passa apresentar considerável importância ao longo de toda
a cadeia de suprimentos, levando em consideração a localização da fonte da
matéria-prima em relação à localização da efetiva transformação, e ainda, ao local
18

de venda, o que proporciona se observar que a logística apresenta ação antes


mesmo que o produto seja encaminhado ao mercado.

Assim, a logística torna-se um fator de fundamental importância no suprimento


das necessidades dos clientes e como estratégia competitiva para o crescimento
nas empresas.

Desta forma, Ballou (2007) diz que o conceito básico da logística do qual
evoluíram todos os outros é “colocar o produto certo, na hora certa, no local certo e
ao menor custo possível”. Apesar de ser um conceito amplo, define claramente o
objetivo da logística.

As atividades chave para os objetivos da logística em nível de custo são os


transportes, a manutenção de estoques e o processamento de pedidos. Essas
atividades são essenciais para a coordenação logística.

Segundo Figueiredo, Fleury e Wanke, (2006, p.32) “dependendo da


complexidade logística, a operacionalização do conceito de custo total pode não ser
uma tarefa trivial”, pois são muitos os elementos a serem estudados, para se efetuar
uma ação logística. As estratégias relacionadas a logística estão direcionadas
basicamente a redução de custos e melhora significativa do setor, agregando assim
maior qualidade ao produto final.
As organizações passaram a se concentrar na busca por diferenciais
competitivos através de eficiente elaboração de estratégias no intuito de atrair e
proporcionar maior satisfação aos clientes.

Diante disso, “um elemento subjacente a todas essas questões seria a


identificação dos custos relevantes para determinada tomada de decisão com
relação à organização dos fluxos dos produtos” (FIGUEIREDO; FLEURY; WANKE,
2006, p.32).

Por outro lado, a operação logística se constitui num processo cuja rotina
deve ser observada, controlada e planejada constantemente, seu sucesso depende
de um perfil maleável que pode ser dado a este processo.

O conhecimento das necessidades de cada um dos componentes do processo


é fator-chave para se alcançar a plena satisfação, baseada nas atividades logísticas
entre todos os membros da cadeia de suprimentos.
19

Para Ballou (2007 p.17) “A logística é um assunto vital. É um fato econômico


que tanto os recursos quanto seus consumidores estão espalhados numa ampla
área geográfica”, daí a razão de seu principal problema, integrar da melhor maneira
possível, a produção e a demanda e isso significa fornecer um nível de serviço
superior aos clientes.

Sendo assim, a competência logística busca a diminuição de custos, melhora


nos serviços deste setor através da agilidade e flexibilidade dos mesmos, a
dedicação contínua de esforços nesta área tão relacionada ao sucesso
organizacional, ao preço de venda, e a qualidade do produto.

Segundo Bertaglia (2009, p.4) a “administração da cadeia de abastecimento


exige o entendimento dos impactos que serão causados nas organizações, em seus
processos e na sociedade”. Entend -la não se limita a saber que a demanda afeta
todo o processo e que, portanto, estimativas e pedidos devem ser bem elaborados,
para satisfazer as necessidades de clientes e consumidores.

Dessa forma, pode-se notar a importância de uma logística bem estruturada e


eficiente dentro de uma organização em relação à qualidade, determinando seu
diferencial em relação à concorrência.

“O mapeamento das relações entre os custos poderia ser um importante


balizador da coerência na definição de determinada organização do fluxo do produto
e dos recursos configurados para sua consecução” (FIGUEIREDO; FLEURY;
WANKE, 2006, p. 32).

Com o tempo, os administradores passaram a ter maior conhecimento sobre


este procedimento, passando então a perceber que a terceirização não
proporcionava apenas uma redução de custos, mas também uma vantagem
competitiva, uma vez que a organização passava a ter a oportunidade de dar maior
enfoque ao seu produto ou atividade final.

A logística é um dos principais meios para a redução de custos e aumento


dos lucros, e os diversos setores empresariais começaram a vê-la como uma
ferramenta útil e necessária à competitividade e à sobrevivência dos negócios.

Ao longo dos últimos anos, diversas empresas buscaram organizar o fluxo


de produtos a partir de iniciativas de ressuprimento enxuto com seus
clientes e fornecedores. Através de serviços logísticos específicos que
asseguraram maior conectividade na troca de informações entre empresas
20

foi possível melhorar o desempenho das operações de produção e de


distribuição (FIGUEIREDO, FLEURY, WANKE, 2006 p.37).
Assim, a logística torna-se um fator de fundamental importância no suprimento
das necessidades dos clientes e como estratégia competitiva nas empresas, com o
intuito de aumentar a eficiência e melhorar continuamente o nível de serviços
prestados e reduzindo os custos em função da concorrência.
A sua utilidade não está limitada a uma fatia maior do mercado, mas alcançar
os seus objetivos em sua totalidade abrangem desde o nível estratégico até o
operacional.

Segundo Fabiano Caxito (2011, p.4), a “estratégia operacional da logística é


desenvolvida por tr s atividades: Armazenar, Transportar e Distribuir." Contudo, há
uma série de atividades adicionais que apoiam essas atividades primárias. São elas:
armazenagem, manuseio de materiais, embalagem de proteção, obtenção,
programação de produtos, e manutenção de informação.

Para todos os efeitos, a prática moderna da logística empresarial configura


nova disciplina. Isto não significa que as atividades essenciais de
transporte, manutenção de estoques e processamentos de pedidos são
novidades. Entretanto, foi só recentemente que uma filosofia integrativa
esteve disponível para guiar seus passos. (BALLOU, 2007 p.28).
Com isso, pode-se notar a importância de uma logística bem estruturada e
eficiente dentro de uma organização, já que ela pode ser um dos fatores, senão o
principal, que determina a sua eficiência e eficácia, condicionando o status da
organização em relação à qualidade, e ainda, determinando seu diferencial em
relação à concorrência.

2.1 A LOGISTICA E SUA FUNÇÃO EMPRESARIAL

Com a globalização econômica e um mercado cada vez mais acirrado, as


organizações passaram a se concentrar na busca por diferenciais competitivos
através da elaboração de estratégias, no sentido de atrair e proporcionar maior
satisfação aos clientes. Essa satisfação pode ser definida como agilidade e
flexibilidade da empresa que é revertida ao cliente em forma de entregas pontuais e
atendimento personalizado, afunilando a relação entre fornecedor e cliente.

A logística empresarial tem como finalidade perceber “como a administração


pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e
21

consumidores” (BALLOU, 2007, p.17). Nesta perspectiva de otimização na


organização e prestação de serviços é que as organizações assumiram a logística
como parte imprescindível em seus negócios.

A Logística Empresarial compõe-se de dois subsistemas de atividades: a


administração e a distribuição física de materiais. A administração de materiais
compreende o agrupamento de materiais de várias origens e a coordenação dessa
atividade com a demanda de produtos ou serviços da empresa. A distribuição física
trata da movimentação dos produtos acabados ou semi-acabados de uma unidade
fabril para outra, ou da empresa para seu cliente, ao qual constitui o transporte
eficiente e eficaz, englobando a armazenagem, gestão de estoques, processamento
de pedidos dentre outros.

Para Ballou, há toda uma integração entre ambas:

A administração de materiais e a distribuição física integram-se para formar


o que se chama hoje de logística empresarial. Muitas companhias
desenvolveram novos organogramas para melhor tratar das atividades de
suprimentos e distribuição, frequentemente dando status de alta
administração para a função, ao lado do marketing e produção. O tempo da
logística empresarial está chegando e uma nova ordem das coisas está
começando (BALLOU, 2007 p.38).
Para atingir esses objetivos logísticos, as empresas necessitam combinar
atividades de transportes, manutenção de estoques, processamento de pedidos,
armazenagem, manuseio de materiais, embalagens, programação das necessidades
de produção e informação.

Durante todo o processo de desenvolvimento ou na fase final de qualquer


produto ou serviço, a logística está sempre presente e à disposição todos os dias da
semana, durante todo o ano.

A logística representa o elo entre todas as expectativas geradas pelos


demais departamentos, sejam eles Vendas, Marketing, Finanças, ustos,
Pesquisa e Desenvolvimento, Produção ou todos os setores que, somados,
visam a um mesmo objetivo, o sucesso de suas metas, e através da
expertise nos conhecimentos logísticos a integração de todos permite o
crescimento organizado e sustentável. (CALIXTO, FABIANO, 2011, p.2).
Com isso, a logística tomou grandes esforços das organizações, fazendo com
que pessoas e funções fossem remanejadas a fim de estruturá-la com qualidade, o
que trouxe uma perda de foco dentro da organização.
22

Uma empresa pode fornecer um nível de serviço básico a todos os clientes


cujo desempenho logístico implica em ter estoque suficiente de mercadorias ou
produtos para atender de maneira consistente às necessidades dos clientes.

Um dos grandes desafios enfrentados atualmente pelas organizações se


refere ao balanceamento dos estoques em termos de produção e logística
com a demanda do mercado e o serviço ao cliente.A gestão dos estoques é
elemento imprescindível na agenda dos administrado- res. Ela deve ser
administrada eficientemente (BERTAGLIA, 2009, p.330).
Para sanar este problema, a saída foi a terceirização desta área, a qual não
está ligada diretamente à atividade principal da organização, o que proporcionou à
mesma focar sua produção e agregar maior qualidade ao seu produto principal.

Para Novaes (2004) os processos logísticos envolvem a armazenagem,


materiais e os produtos acabados e percorre todo um processo, indo desde os
fornecedores iniciais em direção aos consumidores finais.

A figura a abaixo demonstra o fluxo de um processo logístico.

Figura 1 - Elementos Básicos da Logística


Fonte: Novaes (2004 p. 36).
23

2.2 ATIVIDADES LOGISTICAS

As atividades logísticas afetam os índices de preços, custos financeiros,


produtividade, custos de energia e satisfação dos clientes. No clima econômico
rigoroso de hoje, em que os mercados em expansão são poucos e em que os novos
concorrentes estão acirrando a competitividade, os negócios passaram
inevitavelmente a enfatizar, como ponto central, as estratégias que estabelecem
uma lealdade de longo prazo com o cliente.

As atividades logísticas podem ser agrupadas de acordo com a sua posição na


cadeia de suprimentos. Identificam-se dois grandes grupos: Logística de Suprimento
e Logística de Distribuição, que representam atividades de natureza variadas.
Muitas são as atividades logísticas necessárias para atender seus objetivos. Vários
autores dividem estas atividades em principais e secundárias (de apoio).

Segundo Ballou, a figura abaixo representa as Atividades Principais:

Figura 2: Ciclo das atividades primárias.


Fonte: (BALLOU, 2007, p. 25).
24

2.2.1 Principais

As atividades principais são: transportes, manutenção de estoques e


processamento de pedidos. Estas atividades, segundo Ballou , são consideradas
principais porque contribuem com a maior parcela do custo total da logística e são
essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística.

2.2.1.1 Transportes

Para a maioria das empresas, o transporte é a atividade mais importante,


simplesmente porque ela é a mais visível e também porque ela é essencial.
Nenhuma firma pode operar sem providenciar a movimentação de suas matérias
primas ou de seus produtos acabados. "Transporte" refere-se aos vários meios para
se movimentar os produtos. A administração da atividade de transporte geralmente
envolve decidir-se quanto ao método de transporte, aos roteiros e à utilização da
capacidade dos veículos.

2.2.1.2 Manutenção de estoques

Muitas vezes não é possível entregar o produto ao cliente assim que acaba sua
fabricação. Da mesma forma, não é possível receber todos os suprimentos no exato
momento em que eles são necessários na produção, embora muito se tenha feito. A
armazenagem torna-se necessária quando por alguma razão temos que guardar
uma matéria prima, componente ou produto acabado até a sua utilização. Os
estoques agem então como "amortecedores entre a oferta e a demanda".

A manutenção dos estoques pode atingir de um a dois terços dos custos


logísticos, o que torna a manutenção de estoques uma atividade-chave da logística.
Enquanto o transporte adiciona valor de "lugar" ao produto, o estoque agrega valor
de "tempo". Para agregar este valor, o estoque deve ser posicionado próximo aos
consumidores ou aos pontos de manufatura. A administração de estoques envolve
25

manter seus níveis tão baixo quanto possíveis, ao mesmo tempo em que prevê a
disponibilidade desejada pelos clientes.

2.2.1.3 Processamento de pedidos

Os custos de processamento de pedidos tendem a ser pequenos quando


comparados aos custos de transporte ou de manutenção de estoques. Contudo, o
processamento de pedidos é uma atividade logística primária. Sua importância
deriva do fato de ser um elemento crítico em termos de tempo necessário para levar
bens e serviços aos clientes. É também uma atividade primária que inicializa a
movimentação de produtos e a entrega de serviços.

2.2.2 Secundarias

As atividades secundárias são: Armazenagem, Manuseio de Materiais,


Embalagem de Proteção, Obtenção e Manutenção de Informação. Estas atividades
dão suporte indispensável às atividades primárias trabalhando integradas, o bom
desempenho de ambas é responsável pela excelência logística de qualquer
organização.

2.2.2.1Armazenagem:

Refere-se à administração do espaço necessário para manter estoques.


Envolve problemas como: localização, dimensionamento da área, arranjo físico,
configuração do armazém.

2.2.2.2Manuseio de materiais

Está associada com a armazenagem e também apoia a manutenção de


estoques. Está relacionada à movimentação do produto no local de estocagem.
26

2.2.2.3 Embalagem:

Seu objetivo é movimentar bens sem danificá-los além do economicamente


razoável.

2.2.2.4 Obtenção

É a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. Trata da


seleção das fontes de suprimento, das quantidades a serem adquiridas, da
programação de compras e da forma pela qual o produto é comprado. Não deve ser
confundida com a função de compras, pois esta envolve detalhes de procedimento,
tais como a negociação de preços e avaliação de vendedores, que não são
relacionados com a tarefa logística

2.2.2.5 Administração de informações

Nenhuma função logística dentro de uma firma poderia operar eficientemente


sem as necessárias informações de custo e desempenho. Manter uma base de
dados com informações importantes – por exemplo: localização dos clientes,
volumes de vendas, padrões de entregas e níveis de estoques – apoia a
administração eficiente e efetiva das atividades primárias e de apoio.

A figura a seguir mostra o relacionamento das atividades de apoio com as


primárias.
27

Figura 3: Relacionamento das atividades de apoio com as primárias


Fonte: (BALLOU, 2007, p.26).

2.3 SUPPLY CHAIN MANAGEMENT

O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural


do conceito da logística integrada, e hoje se apresenta como a principal estratégia
de gestão de estoques por considerar todos os elos da cadeia de suprimentos e
proporcionar uma gestão sistêmica e por processos, de forma que, o resultado das
diversas partes que a compõem é mais importante que o resultado das partes
isoladamente.

Dentre as funções de suporte ao marketing incluem-se compras, vendas,


informações, transporte, armazenagem estoque, programação da produção, e
financiamento. Qualquer organização ou agente que execute uma ou mais funções
de suporte ao marketing é considerado um membro do canal de distribuição. Os
diversos membros participantes de um canal de distribuição podem ser classificados
em dois grupos: membros primários e membros especializados. Membros primários
28

são aqueles que participam diretamente, assumindo o risco pela posse do produto, e
incluem fabricantes, atacadistas, distribuidores e varejistas. Membros secundários
são aqueles que participam indiretamente, basicamente através da prestação de
serviços aos membros primários, não assumindo o risco da posse do produto.
Exemplos mais comuns são as empresas de transporte, armazenagem,
processamento de dados e prestadores de serviços logísticos integrados.

Segundo Accioly; Ayres e Salmeiron, (2009, p.22):

A denominação gestão da cadeia de suprimentos, traduzida do inglês


supply chain management (SCM), compreende as atividades de
planejamento, organização, direção e controle de todas as atividades ao
longo de toda a cadeia de agregação de valor, envolvendo todos os
processos de obtenção de insumos.

Esta cadeia se torna fundamental para que se alcancem os objetivos do


processo logístico, sendo que o ideal é que todos os processos estejam alinhados
ou seguindo uma sequência direta de programação, fabricação e distribuição ao
cliente final, abrangendo todas as entidades físicas ou jurídicas, que exerçam
atividade econômica visando atingir determinada finalidade.

Desta forma Fleury (2002, p.3), define o S M como “O esforço de


coordenação nos canais de distribuição, através da integração de processos de
negócios que interligam seus diversos participantes”. om o desenvolvimento de
novas formas de gestão e com o surgimento do SCM, o foco do processo logístico
passou a ser a integração dos elos da cadeia de suprimento, visando à redução dos
custos logísticos, com consequente aumento da satisfação dos clientes.

O gerenciamento da cadeia de suprimentos nas organizações começa com o


ato de comprar até a entrega ao consumidor final, ou seja, satisfazer os anseios do
cliente que se tornou o alvo para o sucesso das empresas, não se admitindo
funções que ajam de forma individual, assumindo uma posição de compartilhamento
de informações com objetivo único.

Diante disso, Accioly; Ayres e Salmeiron, (2009, p.22) “O conceito abrange,


portanto, toda a interação que há, envolvendo as diversas organizações que têm de
atuar coordenadamente para colocar à nossa disposição os produtos que
consumimos no nosso cotidiano”. Mas, para o seu perfeito funcionamento, deve-se
29

combinar eficiência em seus processos, uma medida necessária para o


planejamento estratégico.

A figura abaixo ilustra uma cadeia de suprimento para o abastecimento de


produtos dentro de uma organização facilitando um fluxo de produtos contínuos sem
interrupções ou paradas intermediárias.

Figura 4: A cadeia de suprimentos


Fonte: Garcia (2006).

Para Garcia (2006), SCM é o termo usado para descrever a administração do


fluxo de bens e informações ao longo de uma cadeia de suprimentos, passando por
fornecedores de matérias-primas, fabricantes, distribuidores, atacadistas e
varejistas, até que os consumidores finais tenham suas demandas atendidas.

Muito importante também é lembrar que a cadeia de suprimento estendida


necessita um canal de informações que conecte todos os participantes

Para que ocorra uma inteira ligação entre o fornecedor e o cliente é necessário
um planejamento direto com os seus fornecedores, para trabalhar de uma forma
mais ágil no momento de entrega, não afetando o giro de estoque dos itens dentro
da empresa.

A tecnologia da informação, os recursos tecnológicos materiais e os serviços


oferecidos para o processo logístico estão evoluindo constantemente e desta forma
as empresas podem fazer as suas escolhas, diante de diversas opções, tanto de
software como de equipamentos, indo em busca daquilo que mais se adequa às
suas necessidades.
30

Dessa forma, considerando os conceitos sobre a gestão da cadeia de


suprimentos fica claro que ela traz um novo conceito de relação entre comprador e
fornecedor, a gestão os aproxima tornando a relação mais eficiente e deixando para
trás os relacionamentos formais. Diante disso, pode-se entender que uma cadeia de
suprimento é dinâmica e envolve um fluxo constante de informações, produtos e
dinheiro entre os seus diferentes estágios. Cada estágio da cadeia executa
diferentes processos interagindo entre si.
31

3 A GESTÃO DE ESTOQUES

A gestão de estoque tem a responsabilidade de planejar e controlar os


estoques, desde a matéria-prima até a entrega ao cliente do produto acabado.
Sendo esse um assunto bem amplo, faz-se relevante demonstrar o que é a gestão
de estoque e armazenagem de produtos no mundo contemporâneo, assim como a
sua importância para a maximização dos lucros nas organizações. Sem estoque é
impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como a mola mestra entre os
vários estágios da produção até a venda final.

Um dos princípios básicos de gestão de estoques é como seus investimentos


impactam os negócios, porque estoque é considerado capital imobilizado e sem
liquidez imediata, representando custos financeiros para as empresas. É importante
destacar também a necessidade cada vez maior de melhorar o relacionamento entre
indústria e distribuidores para que ambos compartilhem informações que só irão
melhorar as previsões de demanda e venda, diminuindo os riscos de estocagem.

3.1 ESTOQUES - CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES

A competitividade entre as organizações, em função do aumento da


complexidade e da interdependência organizacional, levou as empresas a
desenvolverem novas formas e métodos de gestão de estoques, de forma que o
amplo uso da tecnologia da informação, e das ferramentas de apoio em função da
mesma, proporcionou uma renovação da cadeia de suprimentos.

Segundo Accioly, Ayres e Sucupira (2008, p.25) “Estoques são fatores


geradores de custo”. Tem-se então que, esse custo precisa necessariamente ser
bem gerido para que haja o retorno esperado ante o capital investido pela
organização, e esse é o papel de uma boa gestão.

A gestão de estoques tem como objetivo tornar seguro os investimentos em


materais, tornando eficiente os meios internos utilizados pela empresa, diminuindo o
capital investido e aumentando seus lucros.
32

Para HAMBERS (1999, p.279) “Estoque é definido como acumulação


armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação”. Os estoques
representam uma necessidade real em qualquer organização, bem como fontes
constantes de problemas, cuja grandeza é função do porte, da complexidade e da
natureza das operações da produção das vendas ou serviços.

Para Arnold, os estoques são uma parte considerável do ativo.

São materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja


para vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o processo de
produção. Todas as empresas e instituições precisam manter estoques.
Frequentemente, os estoques constituem uma parte substancial dos ativos
totais. Em termos financeiros, os estoques são muito importantes para as
empresas eles representam 20% a 60% dos ativos totais. À medida que os
estoques vão sendo utilizados, seu valor se converte em dinheiro, o que
melhora o fluxo de caixa e o retorno sobre o investimento (ARNOLD, 1999,
p. 265).

Assim, a administração de estoques demanda que as atividades envolvidas


no processo, seja qual for à forma, sejam unidas num sistema em quantias e valores
sugeridos para atender somente uma necessidade planejada.

Viana (2002, p.108), cita que “em qualquer empresa, os estoques representam
componentes extremamente significativos, seja sob aspectos econômicos
financeiros ou operacionais críticos”. Isso já não acontece com as empresas
prestadoras de serviços públicos ou serviços em geral.

Tem-se então que os estoques, excetuando-se as prestadoras de serviços,


geram demanda financeira e operacional de extrema importância dentro das
empresas, visto que são a essência da gestão de estoques.

Segundo Accioly, Ayres e Sucupira (2009. p.24), dentre os principais objetivos


da gestão de estoques, “destacam-se a antecipação da demanda, favorecimento de
ganhos com economia de escala e racionalidade”, ou seja, o gestor tem de estar
atento a tudo que diz respeito a composição e recomposição de estoques, para que
haja uma perfeita sintonia entre a reposição e a demanda.

Para Bowersox (2001, p. 224) a “formulação de políticas de estoques, requer o


conhecimento dos estoques nas áreas de produção e marketing, deve-se ter uma
visão da magnitude dos ativos nele investidos”. Nos processos de gestão é
33

importante atentar também para o fato de que as ações devem ser guiadas pelo
bom senso e, no caso do gerenciamento dos estoques, não é diferente.

Segundo Dias, controlar o estoque se traduz em qualidade,

A gestão de estoques visa elevar o controle de custos e melhorar a


qualidade dos produtos guardados na empresa. As teorias sobre o tema
normalmente ressaltam a seguinte premissa: é possível definir uma
quantidade ótima de estoque de cada componente e dos produtos da
empresa, entretanto, só é possível defini-la a partir da previsão da demanda
de consumo do produto (DIAS, 1993, p. 36).

Desta forma, o dinheiro investido em estoques é que será o combustível para


aumentar à produção e consequentemente as vendas, porém em quantidades
menores e entregas mais frequentes, aumentando o giro dos produtos.

3.2 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PARA A GESTÃO

A gestão de estoques, segundo Wanker (2003), revela que é muito importante


atualmente para a redução e controle dos custos como também melhoramento no
nível de serviços prestado pelas empresas. O gerenciamento de estoque permite
identificar e acompanhar o estoque, preencher e entregar pedidos da forma mais
precisa possível, com a maior frequência, podendo visualizar e monitorar a
localização, a condição e as quantidades de todos os itens finalizados, componentes
e matéria-prima em sua operação de armazenagem.

Para Dias (2005), a gestão de estoque tem como objetivo garantir a máxima
disponibilidade dos produtos, com o menor estoque possível. Assim sendo, explica-
se que quantidade de recursos ou bens produzidos parados é capital parado.

Dessa forma, entende-se que a gestão de estoque é administração da


produção ou compra de mercadorias de modo que não faltem produtos aos
consumidores no momento certo com o menor capital investido possível.

De acordo com SLACK (2007) a maioria dos estoques de qualquer tamanho


significativo em termos de quantidade é gerenciada por sistemas computadorizados.
Algumas empresas utilizam métodos manuais de controle, outras utilizam sistema
34

computadorizado e existem outras ainda que se utilize de um sistema


computadorizado associado à ação humana.

De acordo com Wanke a importância dada a gestão de estoques vem


crescendo pois a empresas estão focadas na diminuição dos seus custos
agregando maior valor na visão do cliente, e ainda ampliando a lucratividade da
organização.

É crescente a importância atribuída à gestão de estoques como elemento


fundamental para a redução e controle dos custos totais e melhoria do nível
de serviço prestado pela empresa. Em linhas gerais, o estoque aparece na
cadeia de valor sobre diversos formatos (matérias-primas, produtos em
processamento e produtos acabados) que podem ser caracterizados por
diferenças no peso, volume, no coeficiente de variação das vendas, no giro,
no custo adicionado e nas exigências com relação à disponibilidade e ao
tempo de entrega. Cada um destes formatos exige procedimentos distintos
ao planejamento e controle, influenciando significativamente a gestão de
estoques (WANKE, 2003, p.11).

O fluxo de informações e materiais ao longo da cadeia de valor possibilita


reconhecer benefícios a favor das empresas, na medida em que a administração de
toda cadeia de operações e processos satisfaçam o consumidor final, e eliminem
todas as fontes de desperdício, podendo com isso, produzir e entregar mercadorias
mais baratas, com maior velocidade e qualidade.

3.3 CONTROLE DE ESTOQUES

A tarefa de planejar e controlar os estoques de uma empresa é um processo


muito complexo e dinâmico, pois existe a necessidade de se trabalhar com vários
fornecedores, com um número significativo de itens e produtos. Estoques são todos
os bens e materiais mantidos por uma organização para suprir demandas futuras.

O principal objetivo do controle de estoque “é aperfeiçoar o investimento em


estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos de uma empresa, e
minimizar as necessidades de capital investido em estoque”. (Dias, 1993)

O objetivo do controle de estoque é também financeiro, pois a manutenção de


estoques é cara e o gerenciamento do estoque deve permitir que o capital investido
seja minimizado. Ao mesmo tempo, não é possível para uma empresa trabalhar sem
35

estoque. Portanto, um bom controle de estoque passa primeiramente pelo


planejamento desse estoque.

O controle de estoques envolve as tarefas de coordenação dos fornecedores,


condições físicas, armazenamento, distribuição e registro das existências de todas
as mercadorias (GURGEL, 2000, p. 67).

Através das tarefas do dia a dia, o responsável dentro da organização fica


encarregado de controlar as possíveis necessidades dos clientes, a reposição do
estoque e consequentemente a saída do produto.

O controle de estoque é o procedimento adotado para registrar, fiscalizar e


gerir a entrada e saída de mercadorias e produtos seja numa indústria ou no
comércio. O controle de estoque deve ser utilizado tanto para matéria prima,
mercadorias produzidas e/ou mercadorias vendidas.

Segundo Bowersox (2001), controle de estoque deve ser uma rotina


necessária dentro da empresa para realmente ser cumprida uma política de
estoques. Este controle atinge toda quantidade disponível de um determinado
produto e acompanha suas entradas e saídas por um longo tempo.

A administração de estoques deverá conciliar da melhor maneira possível, os


objetivos dos quatro departamentos (Compras, Produção, Vendas e Financeiro),
sem prejudicar a operacionalidade da empresa.

O controle de estoques pode ser considerado como uma ferramenta de suma


importância para empresas que trabalham com uma grande variedade de produtos,
visto que controla os desperdícios, apura valores para análises, identifica os itens
obsoletos, reduz os custos e proporciona melhores investimentos e um nível de
estoque estável.

Diante disso, Dias (1993), revela que o objetivo do controle de estoque é


aperfeiçoar o investimento, aumentando o uso dos meios internos da empresa e
minimizando custos. Para tanto, faz-se necessário que as políticas de estoque sejam
adequadamente definidas pela empresa para atender uma alta ou baixa das vendas
ou uma alteração de consumo devido a esse ou aquele fator.
36

Neste sentido algumas empresas buscam explorar técnicas inovadoras


implantando controles em diversos setores onde pode-se considerar de maior risco,
estoques, armazenagem, compras, faturamento, contas a pagar.

Ainda de acordo com Dias (1993), qualquer tipo de materiais gera custos que
são: juros, depreciação, aluguel, equipamentos de movimentação, deterioração,
obsolescência, seguros, salários e conservação. Esses custos podem ser agrupados
em modalidades como: custos de capital (juros, depreciação); custo com pessoal
(salários, encargos sociais); custos com edificação (aluguel, impostos, luz,
conservação); custos de manutenção (deterioração, obsolescência, equipamento).

O controle de estoques pode ser considerado como uma ferramenta de suma


importância para empresas que trabalham com uma grande variedade de produtos,
visto que controla os desperdícios, apura valores para análises, identifica os itens
obsoletos, reduz os custos e proporciona melhores investimentos e um nível de
estoque estável.

Os elevados custos de estoques podem inviabilizar a permanência da empresa


no mercado. Os responsáveis pelo de estoques devem buscar mecanismos que
permitam reduzir os custos de manutenção sem levar à falta de mercadorias e
produtos. Manter baixos níveis de estoques não significa que a empresa terá altos
ganhos, mas outros aspectos devem ser considerados para que o processo logístico
seja bem gerenciado e traga resultados positivos

Em resumo, o objetivo do controle de estoque é determinar quanto e quando


comprar; acionar o setor de compras; determinar o que deve permanecer estocado;
controlar quantidades e valores estocados; identificar e retirar do estoque itens
obsoletos e/ou danificados e realizar inventários periódicos.

Qualquer que seja o método é fundamental a plena observância das rotinas


em prática a fim de se evitar problemas de controle, com consequências no
inventário, que redundam em prejuízos para a empresa.
37

3.4 METODO PEPS/UEPS

Na avaliação do estoque pelos métodos PEPS/UEPS não é necessário levar


em consideração o preço de venda, e sim somente quanto é que custaram as
mercadorias vendidas.

> Peps (primeiro a entrar/expirar, primeiro a sair)

Segundo Pozo (2007), este procedimento é baseado na cronologia das


entradas e saídas. É feita uma contabilização dos itens de estoque, com registro de
entrada do material, sendo que o primeiro que entra no estoque tem que ser o
primeiro a sair, levando-se em conta a data de expiração, pois na verdade o mais
próximo a expirar deverá ser o primeiro a sair.

O método PEPS é geralmente escolhido quando os materiais possuem prazo


de validade, entretanto é muito importante que a demanda dos produtos seja
conhecida com alto grau de precisão, caso contrario tal método não funciona.

> Ueps (último a entrar é o primeiro a sair)

Para Pozo (2007), método também é baseado na cronologia das entradas e


saídas, e considera que o primeiro a sair deve ser o ultimo que entrou em estoque,
portanto, sempre teremos uma valorização do salto baseado nos últimos preços. É
um procedimento muito utilizado em economias inflacionárias, facilitando a
contabilização dos produtos para definição de preços de vendas e refletindo custos
mais próximos da realidade de mercado. Este método não é aceito pela Receita
Federal, pois apresenta um resultado operacional menor, prejudicando a
arrecadação.

3.5 O CUSTO DE ESTOQUES

De acordo com Pozo (2007), existem três tipos de custos que são estudados
em relação ao Custo de Estoque, são eles: o custo de pedido, o custo de
manutenção de estoques e o custo por falta de estoque.
38

>Custo de Pedido:

Temos custos fixos – são os associados aos salários do pessoal envolvido na


emissão dos pedidos e não são afetados pelas políticas existentes de estoque. Já os
custos variáveis, consistem nas fichas de pedidos e nos processos de enviar esses
pedidos aos fornecedores, bem como, todos os recursos necessários para tal
procedimento. Por tanto, o custo de pedido está diretamente determinado com base
no volume das requisições ou pedidos que ocorrem no período;

>Custo de Manutenção de Estoques:

É obvio que as empresas preferem manter estoques mínimos. Os estoques são


investimentos, o capital da empresa está imobilizado em materiais e bens, e se esse
capital estiver disponível para uso alternativo e não em estoques, por exemplo, a
empresa poderá aplicar no capital financeiro. Os custos de manutenção de estoque
incorporam também as despesas de armazenamento, tais como: altos volumes,
demasiados controles, enormes espaços físicos, sistemas de informações
específicos. Temos também custos associados aos impostos e as seguros de
incêndio e roubo decorrentes do material estocado. Além disso, os itens estão
sujeitos a perdas, roubos e obsolescência, aumentando ainda mais os custos de
mantê-los em estoques.

>Custo por Falta de Estoque:

Tal fato, normalmente, ocorre por falta de um adequado planejamento e


controle de estoque. Não entregar ou atrasar um produto por falta de um item causa
enormes transtornos ao cliente (imagem, custos, confiabilidade, concorrência etc.)
(POZO, 2007, p.42).

Os tópicos acima dão a dimensão da importância do conhecimento dos custos


de estoque, bem como suas definições aos gestores, focando o quanto é necessário
ter esse conhecimento em relação aos elementos citados à cima.

E se os estoques forem mínimos, a empresa poderá usar esse capital não para
especular no sistema financeiro e estagnar, mas para aprimorar seus recursos nos
processos de manufatura, na aquisição de novos equipamentos ou adicionais, para
39

expandir ou diversificar sua produção, tornando-se mais eficaz e competitiva (POZO,


2007, p. 42).

Dimensionar adequadamente as necessidades de estoques em relação à


demanda, às oscilações de mercado, às negociações com os fornecedores e à
satisfação do cliente, otimizando-se os recursos disponíveis e minimizando os
estoques e custos.

Para Pozo (2007) temos, portanto, que dimensionar adequadamente às


necessidades de estoques em relação à demanda, às oscilações de mercado, às
negociações com os fornecedores e à satisfação do cliente. Aperfeiçoa-se assim, os
recursos disponíveis, minimizando os estoques e custos.

A correta manutenção dos estoques bem como o tempo de permanência no


local indicado entre outros fatores são pontos importantes que devem ser
observados pelas empresas para evitar um aumento nos gastos com estocagem.

Todos os custos relacionados podem ser chamados de custos de


armazenagem, que são calculados baseados no estoque médio (fator de
armazenagem), os custos de armazenagem são proporcionais à quantidade e ao
tempo que o item permanece em estoque parado dentro das áreas de estocagem.

Assim o estoque deve ser controlado, levando em consideração os impactos


financeiros que podem causar, como por exemplo, a queda do preço, custo de
armazenagem, prazo de validade, queda de demanda, etc.

3.6 INVENTARIOS

Periodicamente, as organizações efetuam contagem física de seus itens em


estoques e em processos, para comparar a quantidade física com os dados
contabilizados em seus registros, a fim de eliminar as discrepâncias que possam
existir entre valores contábeis dos livros, e o que realmente existe em estoque.
Serve também o inventário, e isso é muito importante para a apuração do valor total
de estoques, para efeito de balanço do ano fiscal e seu imposto de renda. O
inventário pode ser geral ou rotativo (POZO, 2007, p. 96).
40

A realização do inventário tem como objetivo verificar, quantitativa e


qualitativamente, os materiais pertencentes ao ativo permanente, em uso ou
estocados, e os materiais de consumo em almoxarifado.

Os estoques deverão ser avaliados de acordo com o seguinte critério


(RIR/1999, art. 296):

a) os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das


matérias-primas adquiridas no período, ou em 80% do valor dos produtos acabados,
determinado de acordo com a alínea "b" a seguir;

b) os dos produtos acabados, em 70% do maior preço de venda no período de


apuração.

Os estoques de produtos agrícolas, animais e extrativos poderão ser avaliados


pelos preços correntes de mercado, conforme as práticas usuais em cada tipo de
atividade (RIR/1999, art. 297).

No final de cada exercício, as empresas devem inventariar seus estoques de


materiais (matérias primas, materiais de embalagem, etc.), produtos acabados e em
elaboração, serviços em andamento e mercadorias para revenda.

O inventário deve ser escriturado no Livro de Registro de Inventário, sendo


que devem ser observadas as prescrições fiscais exigidas (ICMS, IPI e Imposto de
Renda).

3.6.1 Critérios de avaliação

O custo das mercadorias revendidas e das matérias-primas utilizadas será


determinado com base em registro permanente de estoque ou no valor dos estoques
existentes, de acordo com o livro de inventário, no fim do período de apuração.

O valor dos bens existentes no encerramento do período-base poderá ser o


custo médio ou dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente.

A empresa que mantiver sistema de custo integrado e coordenado com o


restante da escrituração poderá utilizar os custos apurados para avaliação dos
estoques de produtos em fabricação e acabados.
41

3.6.2.Conceito de custo integrado e coordenado com a escrituração

Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o


restante da escrituração aquele:

I – apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão-de-


obra direta, custos gerais de fabricação);

II – que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques
de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos
acabados;

III – apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas contínuas, ou mapas de apropriação


ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes
da escrituração principal;

IV – que permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período


de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos.

(Base: art. 294 do RIR/99).

Essa conferência permite uma gestão mais eficiente dos recursos utilizados
com estoque, uma vez que é possível planejar, de forma mais adequada, as
compras a serem realizadas para reposição dos itens; controlar o nível dos
estoques para atendimento das solicitações das unidades administrativas;
definir periodicidade para reposição de acordo com as saídas dos materiais;
dentre outros, com base nos dados obtidos no inventário.
42

4 A CONTABILIDADE COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO

A contabilidade moderna, além de mensurar o patrimônio e calcular resultados,


é primordial para a gestão de negócios, propiciando uma gama de dados que
permitem a seus usuários a obtenção de informações úteis para a tomada de
decisões dentro e fora da empresa.

Segundo Lopes de Sá (2002, p.46), “ ontabilidade é a ci ncia que estuda os


fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e
comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais”.
Para o autor a contabilidade é a ciência que fornece informações do patrimônio da
empresa para seus administradores.

A contabilidade faz parte do cotidiano operacional das empresas. Devido às


mudanças no mundo empresarial, torna-se cada vez mais essencial para o seu
desenvolvimento, como ferramenta auxiliar no gerenciamento das decisões.
Portanto, a contabilidade exerce papel fundamental nesse processo.

A contabilidade é uma das mais relevantes áreas de um negócio, visto que ali
se encontram todos os registros da vida de uma empresa, as oscilações diárias, as
operações, os resultados registrados e analisados demonstram seu desempenho.

Para Basso, (2005, p.24) “o principal objeto da contabilidade é o patrimônio”, a


contabilidade facilita as ações fornecendo informações de acordo com o
desempenho medido, entretanto, ainda encontramos empresários que veem a
contabilidade apenas como burocracia, não reconhecendo nela nenhum benefício.

A falta de informação do empresário acontece porque sua realidade é que


precisa saber comprar e vender, mas não necessariamente precisa conhecer e
entender a contabilidade. Existem outros que justamente por falta de um registro
adequado e uma análise objetiva confundem margem de contribuição com lucro, e é
nesse momento que todo um empreendimento pode ser colocado a perder.

Em sua grande maioria, é comum a inexistência de um plano de contas


adequado que permita o registro das operações e a apuração dos custos em bases
técnicas. Por essa razão começaram a surgir cursos rápidos de “contabilidade para
não contadores”, como forma de combater a desinformação dos empresários.
43

Entendemos que contabilidade, como um conjunto ordenado de conhecimentos,


leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla,
observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e
qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se
constituí na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem
como de acumular resumir e revelar informações de suas variações e situação,
especialmente de natureza econômico-financeira (BASSO, 2005, p.22).

O desenvolvimento tecnológico, o crescimento das corporações e a


complexidade do ambiente econômico têm dificultado esse conhecimento e
consequentemente a gestão dos negócios. A consequência natural deste processo é
a necessidade, cada vez maior, de informações que auxiliem os gestores nas
tomadas de decisões.

É necessária uma análise contábil de cada empresa separadamente, seja ela


comercial industrial ou prestadora de serviços, pois cada uma tem suas
particularidades e diferenças, dependendo da área em que atuam. Por isto é
necessário que os contadores estejam em constante atualização na área , para o
bom desempenho diário de trabalho auxiliando as empresas em todas as
implicações cotidianas relativas a uma boa gestão.

Segundo Iudícibus (2000, p.19), a Contabilidade: repousa mais na construção


de um 'arquivo básico de informação contábil', que possa ser utilizado, de forma
flexível, por vários usuários, cada um com ênfases diferentes, porém, extraídos
todos os informes do arquivo básico ou 'data-base' estabelecido pela Contabilidade.

Portanto, no ambiente organizacional, faz-se necessária uma profunda análise


da empresa em todos os processos, verificando suas principais forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças. Estes processos envolvem as diversas áreas
organizacionais, sejam financeiras, tecnológicas, de produção, de recursos
humanos, sociais e ambientais.
44

4.1 A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE NA GESTÃO DE ESTOQUES

Há algum tempo a contabilidade era vista apenas como um sistema de


informações tributárias, que servia somente como uma obrigação da empresa em
apurar e recolher impostos, no entanto, hoje já é vista também como um instrumento
gerencial, que fornece informações através da análise das demonstrações aos
administradores, acionistas, investidores e demais Stakeholders.

A Contabilidade Gerencial tem como objetivo facilitar o planejamento, controle,


avaliação de desempenho e a tomada de decisão internamente, através de
relatórios de orçamento, contabilidade por responsabilidade, desempenho, custos e
relatórios especiais com a finalidade de facilitar a tomada de decisão (PADOVEZE,
1996).

Através da contabilidade a empresa pode se mostrar oficialmente para os


agentes com os quais se relaciona, ou seja, o Estado/Governo (que cobram
impostos e emitem leis, regulamentos), os clientes (que compram os produtos ou
usam os serviços da empresa, exigindo qualidade e preços adequados), os
Fornecedores (que vendem seus produtos e querem certeza de pagamento), os
Sócios ou Acionistas (que investem recursos e querem remuneração
compensatória), os Administradores (que dirigem o negócio), os Parceiros, em fim o
mercado de uma maneira geral.

Hoje, a contabilidade impõe-se como instrumento fundamental para o


administrador que através das informações geradas, consegue tomar decisões com
maior segurança, e é através dos relatórios contábeis, que são encontradas essas
informações.

Para tanto, a contabilidade utiliza as demonstrações financeiras que


apresentam um resumo deste desempenho. As principais demonstrações
financeiras contábeis são:
45

4.1.1 Balanço patrimonial

O Balanço Patrimonial é a representação gráfica do patrimônio. No Balanço


constam os valores do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido em determinado
momento (na data em que o balanço for elaborado. O Balanço Patrimonial é uma
das principais demonstrações contábeis.

Segundo Marion (2005, p. 42):

É a principal demonstração contábil. Reflete a Posição Financeira em


determinado momento, normalmente no fim do ano de um período
prefixado. É como se tirássemos uma foto da empresa e víssemos de uma
só vez todos os bens, valores a receber e valores a pagar em determinada
data.
Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a
situação patrimonial da empresa em dado momento. O Balanço Patrimonial se
divide em duas colunas:

 a da esquerda contém o Ativo;

 a da direita contém o Passivo e o Patrimônio Liquido.

Apresenta os ativos, os passivos e o patrimônio líquido numa determinada data;

4.1.2 Demonstração do resultado

Demonstração do resultado do exercício é um relatório contábil elaborado em


conjunto com o balanço patrimonial, que descreve as operações realizadas pela
empresa em um determinado período.

No Brasil a DRE deve ser elaborada obedecendo ao princípio do Regime de


Competência. Segundo o Manual de Contabilidade Empresarial “Por este princípio,
as receitas e as despesas devem ser incluídas na operação do resultado do período
em que ocorreram, sempre simultaneamente quando se correlacionam,
independente de recebimento ou pagamento”.

Nota-se, assim, que a DRE é elaborada ao mesmo tempo em que se define o


balanço patrimonial e que não é possível conceber este relatório dissociado deste
outro instrumento contábil. Permite ao usuário verificar se o resultado foi positivo
(lucro) ou negativo (prejuízo)
46

4.1.3 Demonstração das mutações do patrimônio líquido

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) fornece a


movimentação nas diversas contas que compõe o Patrimônio Líquido. Faz indicação
do fluxo de uma conta para outra, a origem e o valor de cada acréscimo ou
diminuição no Patrimônio Líquido durante o período. São informações que
complementam o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados.

Sua análise torna-se mais importante quando indica claramente a formação e


utilização de todas as reservas e não apenas das originadas pelos lucros, o que
serve para compreender melhor a movimentação do patrimônio para cálculo de
dividendos obrigatórios.

Detalha como o patrimônio líquido mudou entre um período e outro, incluindo


aqui o resultado do período;

4.1.4 Demonstração dos fluxos de caixa

Apresenta um detalhamento das movimentações ocorridas no caixa da


entidade, indicando a origem e a aplicação desses recursos.

A elaboração e a divulgação destas demonstrações têm por finalidade fornecer


informações para ajudar os administradores e os usuários externos no processo de
decisão financeira.

Os usuários devem ter certo conhecimento de contabilidade e das atividades


da empresa, além de tempo necessário para fazer a leitura e a análise dos dados
fornecidos pela contabilidade. Existem diversos mecanismos e métodos adequados
para se efetuar cada tipo de análise.

Para que o trabalho do contador gerencial alcance com mais eficiência o seu
resultado final é essencial que utilize todas as suas ferramentas de trabalho com o
intuito de aperfeiçoar os seus serviços. Seus relatórios contábeis devem ser
revestidos de quatro características principais qualitativas da informação contábil.
São elas: relevância, compreensibilidade, confiabilidade e comparabilidade.
47

Com isso a empresa terá condições de controlar sua atividade economizando


nos custos e, aumentando sua lucratividade A contabilidade é um ótimo instrumento
de gestão, bem utilizada poderá suprir a empresa com todos os subsídios
necessários a uma eficiente administração.
48

5 ANALISE DO CASO: BETA ATACADISTA DE MATERIAL MEDICO CIRURGICO


HOSPITALAR

A pesquisa realizada neste trabalho pode ser classificada como estudo de


caso, modelo escolhido por proporcionar um conhecimento profundo sobre um
determinado objeto de estudo, trazendo como vantagem a facilidade na obtenção
dos dados e baixo custo na execução, porém com limitações quanto ao tempo
(cronológico) de pesquisa.

Este trabalho quanto aos fins se classifica como descritiva e exploratória. A


pesquisa é descritiva, pois “expõe características de determina população ou de
determinado fenômeno. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que
descreve, embora sirva de base para tal explicação.”. E pode ser considerada
exploratória, pois “é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e
sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta hipóteses que,
todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa”, conforme as ideias
apresentadas por Vergara (2009, p.42).

Este estudo é documental devido à investigação “realizada em documentos


conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com
pessoas”. Pode ser uma pesquisa de campo, pois é feito uma “investigação empírica
realizada no local onde ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para
explicá-lo.”. E por fim pode ser classificada como estudo de caso, pois é definido
como “o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa,
família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter
de profundidade e detalhamento.” segundo Vergara (2009, p. 43 e 44).

O objeto deste estudo é uma empresa de pequeno porte que atua no setor
atacadista de material médico cirúrgico hospitalar há mais de 28 anos, e encontra-se
sediada na região central da cidade de Teresina, Estado do Piaui. No estudo de
caso será apresentada uma avaliação dos resultados atuais e de melhoria caso
necessário, para uma gestão de estoques que priorize as necessidades da empresa
na relação entre investimento e lucro.

A coleta de dados foi realizada com a aplicação de questionário e entrevistas


com os gerentes e funcionários da empresa pesquisada.
49

5.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

Sua atuação no mercado tem início em 21 de janeiro de 1985, sob a


denominação social de PIMMES-PIAUI MATERIAL MEDICO ESPECIALIZADO
LTDA, com sede na Avenida Ininga, 511 Bairro Jóquei Clube, nesta Capital. A
empresa inicialmente foi implantada e administrada por três irmãos de origem
cearense; Carlos Roberto Holanda Gomes, Marcos Antonio Holanda Gomes e
Ângela Maria Gomes Coelho, que com visão de mercado aguçada para o avanço da
área médica no Estado do Piauí, resolveram investir com a finalidade de facilitar a
obtenção de produtos médicos cirúrgicos implantáveis no mercado interno de
Teresina e todo o interior do Piauí, até então a empresa possuía apenas um
funcionário.

Com o crescimento do negócio surgiu a necessidade de maiores instalações,


bem como de mão de obra. Então a empresa mudou-se para a Avenida Frei
Serafim, um local estratégico, devido à proximidade dos centros consumidores
(hospitais) e contratou mais quatro funcionários. Toda essa mudança foi ocasionada
prelo crescimento dos negócios que gerou um aumento da demanda dos produtos
por ela fornecidos.

Atualmente a empresa tem como proprietários apenas o Sr. Marcos Antonio


Holanda Gomes e Maria Eldelita Franco Holanda. A sociedade é administrada pelo
Sr. Marcos Antonio, sua sede hoje se encontra na Avenida Campos Sales, 1875-
norte bairro Centro. A empresa conta com 15 funcionários, nas diversas funções de
escritório, instrumentadores, vendas, motorista, serviços gerais e administração. A
empresa atua no segmento de comercialização de produtos médico-cirurgico
hospitalares. Seu público-alvo são hospitais e clínicas públicos e privados, Fundação
Municipal de Saúde, Secretaria Estadual da Saúde, Ministério da Saúde - SUS e
convênios privados. Os produtos oferecidos pela empresa são órteses e próteses
das áreas de trauma, ortopedia, neurocirurgia, buco-maxilo-facial, coluna e
biomateriais.

A PIMMES não vende apenas os produtos. Todas as cirurgias de grande porte


de órteses e próteses são acompanhadas por instrumentadores capacitados e que
conhecem o material, bem como a maneira que ele deve ser manejado durante o
50

procedimento cirúrgico. Isso transmite tanto ao médico como ao paciente maior


segurança, além de dar maior agilidade ao ato cirúrgico.

Acreditando e investindo na qualidade de sua administração, a Pimmes


construiu, nesses 28 anos de atuação no mercado, uma imagem de empresa sólida
e idônea, alcançando o respeito no seu campo de atuação.

A empresa se enquadra como uma EPP, e sua opção tributária e o lucro


presumido.

Organograma - PIMMES -Piauí Material Médico Especializado Ltda.

Fonte: a empresa – elaboração própria -2011

A estrutura organizacional da empresa apresenta uma divisão em setores e por


áreas geográficas, e obedece à hierarquia do setor e do segmento trabalhado,
configuram um aspecto descentralizado, que facilita a tomada de decisões e
contribui de forma significativa para o alcance das metas da empresa.
51

Quadro de pessoal

CARGOS NOMES

Diretor geral (sócio administrador) Marcos Gomes

Diretora administrativa e gestão da Ana Renata Holanda


qualidade

Diretor comercial/Gestão de Marcos Gomes filho


compra/vendas

Responsável Técnico (farmacêutico) Floriano Tavares

Financeiro /recursos humanos /Depto Claudia


pessoal

recepção Jandira

Gestão marketing Yvana

Motorista Damião

Almoxarife Everaldo

Serviços gerais Aurineide

Instrumentadores cirúrgicos Miguel, Antonio, Araly, Maria Carmilene,


Rosemeyre Augusta e Claudia.

Fonte: empresa – elaboração própria 2011

Os recursos humanos da empresa é bem qualificado, em se tratando de uma


empresa de pequeno porte. Seu quadro de pessoal conta com seis funcionários com
nível superior completo, os instrumentadores são técnicos em enfermagem com
vários cursos de capacitação em instrumentação cirúrgica, e os demais tem nível
médio completo.

5.1.1 Missão

Ser uma empresa líder na comercialização de produtos médico-hospitalares


primando pela satisfação de consumidores e clientes através da melhoria continua
52

de nossos produtos, processos e serviços, oferecendo produtos com tecnologia


medica de alto padrão de qualidade, alcançando crescimento e retorno financeiro.

5.1.2 Visão

Ser a maior empresa de material médico hospitalar do meio-norte do Brasil.

5.1.3 Valores

 Excelência, visando garantir a satisfação do cliente;

 Honestidade;

 Ética;

 Respeito;

 Comprometimento com a sustentabilidade e o social;

 Primar por negociações justas com clientes, fornecedores e concorrentes;

 Organização e controle do desempenho de suas atividades;

 Cumprimento da legislação.

5.2 ESTRUTURA

A Pimmes possui tecnologia, frota própria de veículos, e um amplo setor de


almoxarifado para estocagem. Os cuidados com as órteses e próteses, começam
com o transporte adequado. A empresa possui dois veículos adaptados para atender
toda a rede de hospitais e clínicas, seguindo os padrões de segurança dos produtos
adotados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA. Seus veículos
possuem Licença Estadual de transporte para transitarem, de acordo com as
normas da DIVISA-PI.
Hoje após uma série de mudanças organizacionais e estruturais, a empresa
atingiu um nível de organização razoável. Isso ocorre, porque está em pleno
processo de implantação do SGQ, a fim de alcançar um patamar de qualidade
desejável. Sua área tecnológica é coberta por um sistema próprio de automação
53

comercial que abrange toda a logística da empresa do momento da compra até a


entrega da mercadoria ao consumidor final (hospitais e clínicas).
Suas instalações são amplas arejadas e climatizadas. O almoxarifado é
controlado por termômetros inspecionados e controlados diariamente para a
manutenção da temperatura ideal aos produtos de acordo com especificações de
fábrica.
A empresa construiu e mantém um padrão de qualidade que é imposto a todo o
segmento de produtos para a saúde através do seu Sistema de Gestão da
Qualidade-SGQ, gerenciado pela gerente administrativa.
A empresa possui Licença Sanitária Nacional emitida pela ANVISA, Licença
Sanitária Estadual emitida pela DIVISA_PI, Licença Ambiental emitida pela
Prefeitura Municipal de Teresina, PGRSS- Programa de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde, LTCAT-Laudo Técnico das Condições Ambientais
de Trabalho, PCMSO-Programa de Controle medico de Saúde Ocupacional, PPRA-
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, e Controle integrado de vetores e
pragas, possui também Projeto de Prevenção de contra Incêndios aprovado pelo
Corpo de bombeiros.
Toda essa estrutura demonstra o anseio da empresa em responder
adequadamente às exigências impostas para o alcance do seu padrão de qualidade.
Outra norma da empresa, que merece destaque, é a preocupação com seus
funcionários, mantendo permanente diálogo e treinamento visando eliminar pontos
críticos, melhorando desta forma seu compromisso com a empresa, e o
companheirismo dentro do ambiente de trabalho. Cursos e palestras vinculadas as
“Boas práticas de distribuição” exigida pela ANVISA, tem sido aplicados
rotineiramente.

5.3 ESTRATÉGIAS DE RECURSOS MATERIAIS DA EMPRESA


Neste subtópico, procura-se apresentar o resultado da pesquisa de campo
realizada na empresa, com a aplicação de questionário e de entrevistas com seus
diretores, gerentes e o encarregado do setor de estoque.
Antes de operacionalizar suas compras, a empresa tem que se qualificar
perante seus fornecedores. Anualmente, são solicitadas as cópias renovadas de
54

todas as licenças exigidas por lei para que uma empresa possa comercializar
produtos para a saúde, para que haja a continuação do elo comercial entre ambos.
Por sua vez, a empresa também, só deve comercializar com empresas que
mantenham seus registros e dos produtos comercializados em dia com a legislação
e a regulação nos padrões da ANVISA.

A pré-qualificação de fornecedores – critérios:

 qualidade
 prazo de entrega
 preços acessíveis
 estrutura para atender a solicitação
 habilidade técnica para produzir/fornecer-autorização ANVISA
 serviços pós-venda (sistema de suporte)
 localização
 reputação e solidez no mercado produtos medico hospitalar.
Parceria
empresa Fornecedor
Confiabilidade

Após a qualificação, as compras de órteses e próteses são feitas diretamente


aos fornecedores pelo gerente comercial em conjunto com a gerente administrativa
pautados nos relatórios semanais emitidos pelo sistema. A Pimmes possui um
departamento próprio de controle de estoques que é estruturado da seguinte
maneira:

1. Visualização da entrada de mercadoria no sistema;


2. Conferência geral das mercadorias;
3. Classificação e separação de mercadorias;
4. Conferência específica das mercadorias;
5. Estoques.
55

Na primeira etapa tem acesso o gerente geral, o gerente comercial, o


almoxarife e o responsável técnico, mas quem faz o acompanhamento dos produtos
na empresa especificamente são: o gerente comercial e o almoxarife, que são os
responsáveis pelos pedidos. Esses fazem a visualização das entradas das
mercadorias no sistema, onde é verificado o estoque (físico/sistema). A empresa
trabalha com estoque de segurança (alto) e os pedidos são gerados
automaticamente por semana, sendo necessários também que os gerentes
minimizem as rupturas, através de pedidos extras, pois como seus produtos podem
salvar vidas, tem-se que precaver de todas as formas para que não haja faltas.
Gerados os pedidos semanais, na segunda etapa é feita a conferência de toda
a mercadoria pedida, com a conferência das notas fiscais e as quantidades geradas
na planilha de pedidos.
Nas etapas seguintes, são feitas a classificação, separação e conferência
conforme planilha de pedidos e nota fiscal do fornecedor. Os itens são conferidos
de forma individual, atendo-se para possíveis avarias e expirações. Caso sejam
detectados esses problemas é informado ao responsável técnico para o
acondicionamento dos mesmos, para serem devolvidos ao fornecedor e gerados
relatórios de não conformidade para envio à gestão de qualidade da empresa.
Esse processo é feito primeiramente via sistema, onde as quantidades
problemáticas são descritas em um relatório de não conformidade enviado para a
gestão de qualidade, e posteriormente são emitidas as notas fiscais de devolução
para a o fornecedor. Depois de verificadas as mercadorias, elas são acondicionadas
de acordo com suas classes e exigências específicas de alocação.

5.3.1 Técnicas de Estoques

Segundo a gerente a empresa trabalha com estoque de segurança alto porque


como são produtos para a saúde os pedidos são imprevisíveis, às vezes são feitos
pedidos aleatoriamente quando se nota que poderão faltar no estoque.
O controle de estoques é feito através da data de validade dos produtos;
verificação da situação dos fornecedores e dos produtos junto à ANVISA. A
tecnologia é uma ferramenta essencial na rastreabilidade dos produtos que é exigida
pela legislação.
56

A identificação do material no almoxarifado é feita de forma que os produtos


sejam identificados de acordo com seu tipo e cada produto tem seu local próprio. Na
empresa é utilizada codificação para todos os produtos.
As mercadorias em estoque são colocadas em prateleiras nomeadas, onde
são separadas em caixas hermeticamente fechadas ficando a disposição do pessoal
do setor para manutenção, conferência, limpeza e abastecimento.
Essas conferências são mensais, onde se verifica as quantidades entre
estoque físico e o sistema, para a correção de possíveis divergências. No processo
também são verificadas as datas de validade e possíveis avarias, para colocação do
referido material em separado para descarte.
A empresa mantém contrato com uma empresa especializada em descarte e
segregação de matérias ecologicamente correto em atendimento a gestão da
qualidade e em obediência a legislação, para não afetar o meio ambiente,
contribuindo com o desenvolvimento sustentável.

5.3.2 Inventários

Mensalmente é feito inventário físico na empresa. São conferidas todas as


mercadorias por quantidades e confrontadas com o estoque do sistema. É nesse
processo se inicia a regularização das divergências e feitos os devidos ajustes para
a perfeita manutenção da sintonia entre estoque físico e sistema. e apurar realmente
o que existe no estoque. Com o inventário periódico a empresa tem a exata noção
da apuração do valor total de estoques. A área financeira é a principal responsável
pela execução dos inventários, cabe a esse setor a documentação necessária para
esta atividade. Quando da finalização do inventário, essa documentação é arquivada
com cópia para a contabilidade para comparações quando da realização do balanço
geral do ano fiscal.

5.3.3 Sistemas de Vendas

As vendas nesse tipo de empresa têm um diferencial em relação às outras


empresas comerciais, as órteses e próteses que são seus produtos fim, são
57

consignadas nos hospitais e clinicas com os quais a empresa mantém relações


comerciais, para uso quando necessários.
Nos hospitais públicos, a empresa participa de licitações para poder consignar
seus produtos. Nas clínicas e hospitais privados, são feitos acordos comerciais para
a consignação e uso do material.
Todos os produtos da empresa são controlados desde sua saída do ponto de
fabricação até o consumidor final (pacientes implantados) através do sistema de
rastreabilidade feito por lotes e séries, exigidos pela ANVISA, para o controle dos
materiais para a saúde fabricados no Brasil.
A logística de distribuição da empresa dá-se da seguinte forma:
1 - Todos os dias os implantes são levados em consignação aos hospitais e
clínicas conveniados, acondicionados em caixas numeradas e codificadas
para rastreio, com seu devido instrumental para uso;
2 - Estrategicamente, em hospitais chave, a empresa mantém instrumentadores
cirúrgicos de plantão;
3 - Os instrumentadores auxiliam os médicos nas cirurgias onde são usados os
implantes da empresa, preenchem um formulário padrão em duas ou mais
vias (uma para a empresa, outra para o prontuário do paciente) indicando
todo o material usado, o código do procedimento médico adotado, o código
opme, o nome do paciente, nome do cirurgião a data e o nome do hospital.
4- Após cada cirurgia, a caixa de instrumental é lavada com material apropriado
hospital, daí então o instrumentador separa a caixa de instrumental usada
junto com o formulário para envio a empresa para a rastreabilidade do
material implantado no paciente;
5- Essa caixa com os instrumentais e os implantes retorna para a empresa, que
confere a caixa com o material descrito no formulário da cirurgia do paciente,
verifica o material faltante, codifica os implantados no paciente com seus lotes
e séries, prepara o formulário de rastreabilidade e grava no sistema para a
posterior emissão da nota fiscal;
6-Em seguida, faz-se a reposição do material usado completando-se a caixa para
ser enviada novamente para o hospital, recomeçando assim todo o ciclo de
distribuição novamente.
58

Esse mesmo procedimento é realizado diariamente em todos os hospitais e


clinicas com os quais a empresa mantém convenio, em transporte próprio, adaptado
com termômetro para manutenção de temperatura adequada para os produtos e
vistoriado periodicamente pelo órgão competente.
Devido à natureza de uso do seu produto, a empresa não tem necessidade de
investimento em marketing, o que por si só já ajuda na desoneração dos seus
custos.
Sobre o controle de estoque, a empresa se utiliza de um sistema
computadorizado e através dele efetua contagem mensal de produtos.
Observou-se durante visita, que há perda de produtos, e isso ocorre durante a
movimentação nos hospitais e clínicas onde o material fica consignado para uso, em
consequência de métodos inadequados e de pessoas desqualificadas e ou
descomprometidas com o seu manuseio.
Segundo a gerente administrativa, com o advento do Sistema de qualidade, a
empresa passou a ter um maior controle de todos os materiais que entram e que
saem. Há um controle de validade dos produtos, onde é usado o princípio “Primeiro
que entra, Primeiro que sai”, isso é feito na estocagem e em seguida, por meio da
identificação dos produtos, que é realizada no momento do lançamento da nota de
entrada. Esse controle também é realizado por meio do uso de etiquetas e, em
alguns casos através do controle dos estoques de consignação.
Ainda segundo a gerente, há casos de perdas nos estoques de consignação
em confirmação á observação feita anteriormente. Essas perdas referem-se aos
materiais deixados nos hospitais para serem usados em cirurgias que em geral,
ficam acomodados em caixas, sendo que cada caixa é cadastrada no sistema, com
uma numeração e com a descrição dos materiais nela contidos codificados por lote.
No momento do uso, ou na lavagem do material eles podem se perder. Para se
verificar a ocorrência da perda é necessária a realização da rastreabilidade dos
materiais usados, ou seja, é verificado o que foi usado (por meio do formulário de
uso do paciente), e o que tinha na caixa. Caso falte algo que não foi usado na
cirurgia e que constava no registro da caixa, esse produto é dado como perda. Hoje
a empresa tem uma planilha das perdas e esse valor é quantificado para a utilização
nos seus custos.
59

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho focou a importância da gestão de estoques dentro da empresa


pesquisada, como forma de obtenção da maximização dos seus lucros, começando
pela logística de distribuição bem elaborada, como vantagem competitiva, boa
administração de materiais e controle de estoques.

Este estudo limitou-se à empresa estudada, uma vez que foi feito através de
um estudo de caso. Por essa razão, não pode ser generalizado à outras empresas,
nem mesmo empresas que estejam no mesmo segmento

. A revisão bibliográfica foi um recurso utilizado na elaboração dessa pesquisa,


sendo que a mesma foi de fundamental importância para o desenvolvimento dos
assuntos que levaram a conclusão deste trabalho.

A pesquisa foi realizada na empresa citada, por a mesma dispor dos recursos
necessários para sua elaboração, por ter material apropriado para o
desenvolvimento do estudo de caso, no qual pode ser visto todo o processo desde a
logística de distribuição, passando pela logística de transporte, até chegar ao seu
final, que são hospitais e clínicas e por fim os pacientes que serão implantados.

Também se presenciou todo o processo de recebimento, separação,


conferencia, alocação e todos os demais processos que envolvem o controle de
estoque de produtos para a saúde.

Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante


e da posição financeira das empresas. Sua correta determinação no início e no fim
do período contábil é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do
exercício.

De acordo com as respostas obtidas no questionário de entrevista com a


gerente administrativa, foi possível constatar que dentro dos processos que
envolvem o controle de estoque de órteses e próteses como também o responsável
por este trabalho, ainda existem falhas que comprometem o desempenho das
atividades envolvidas, o que dificulta o alcance da maximização dos seus lucros.

A logística da empresa estudada, no que refere à gestão de estoque, é tratada


como um fator de grande importância para os gestores assim como para os
60

colaboradores, uma vez que suas ações são realizadas com o intuito de garantir a
satisfação de seus clientes, fazendo com que chegue o produto certo, na hora certa
e no lugar certo e com isso contribuir diretamente para o aumento do lucro, pois uma
boa gestão gera também um aumento de suas vendas.

Deve-se destacar que o conhecimento dos principais conceitos de custos é


fundamental, tanto para aplicação de uma metodologia de custeio dos estoques
quanto para utilização destas informações nas decisões relativas à gestão e ao
planejamento da demanda. Entretanto, a visão financeira da influência do estoque
no retorno sobre o patrimônio líquido é fundamental para se entender o estoque na
perspectiva dos acionistas e da alta administração, ou seja, conciliar a minimização
dos custos com a maximização dos seus lucros.

Conclui-se então que o trabalho serviu para mostrar como algumas


organizações, como a citada no presente estudo, ainda apresentam falhas à frente
do controle de estoques, que é o seu capital imobilizado. Diante disso, verifica-se ser
imprescindível o conhecimento adquirido através do referencial teórico para a
condução com eficiência e eficácia da administração de materiais voltada para o
controle de estoques das organizações como também as principais dificuldades que
devem ser corrigidas.

A expectativa construída ao término deste trabalho é que o mesmo possa


contribuir para a empresa e também possa servir de fonte para outras empresas do
mesmo segmento.

Sugestões:

Com esse conhecimento sugere-se que a empresa deve focar seus esforços
nos produtos que são responsáveis pelos resultados mais expressivos. Deve-se ter
atenção especial ao setor de compras, uma negociação mal feita é igual a uma
compra ruim. Uma compra ruim normalmente implica em uma venda ruim. Para
empresas que dependem da atividade de revenda o ato de comprar e negociar
são imprescindíveis. Dominar plenamente os custos desse setor e as
vantagens que ele pode trazer a organização é algo que deve ser considerado.
61

REFERÊNCIAS

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MARION, José Carlos, Análise das Demonstrações Contábeis: contabilidade


Empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas 2009

PADOVEZE, Clovis Luís. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de


informação contábil. 3. ed. São Paulo: Atlas 2000

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Administração. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

WANKE, Peter. Gestão de estoques na cadeia de suprimento: decisões e


modelos quantitativos / São Paulo: Atlas, 2003
63

APENDICE 1: QUESTIONÁRIO APLICADO

1- Roteiro da entrevista com gestor/gerente/administrador

1. Como você considera a organização do estoque da empresa?

2. Em sua opinião a deficiência do sistema antigo era única exclusivamente dele ou


das pessoas que o utilizavam?

3. A empresa realiza treinamentos de qualificação profissional para os funcionários?

4. Como funciona o inventário do estoque da empresa? Ele é realizado


periodicamente ou é rotatório?

5. Ocorre perda de vendas na empresa por falta de produtos no estoque? Se ocorre


qual a frequência?

6. No seu ponto de vista como esta a rotatividade de funcionários na empresa e o


que isso acarreta?

2 – Questionário aplicado aos funcionários

1. Quanto tempo você tem de empresa?

( )Menos de 1ano

( ) Entre 1 e 2 anos

( ) Entre 2 e 3 anos

2. Qual a sua escolaridade?

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino superior completo


64

3. Como você considera o estoque da empresa?

( ) Organizado

( ) Desorgarnizado

( ) Pouco organizado

( ) Poderia ser melhor organizado

4. Qual a periodicidade de treinamentos realizados pela empresa?

( ) Semanal

( ) Mensal

( ) Bimestral

( ) Trimestral

( )Anual

( ) Ainda não realizou nenhum

5 .Na sua opinião o que motiva a falta de mercadoria quando ela ocorre?

( ) Falta de planejamento de compras

( ) Falta de atenção com o estoque disponível

( ) Diferença entre o estoque físico e o existente no sistema

( ) Atraso na entrega pelo fornecedor

Especifique:

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

6. Como você definiria o espaço físico reservado para o estoque da empresa?


65

( ) Adequado

( ) Inadequado

( ) Poderia ser melhor

( ) Não sei responder

7. Existe uma equipe ou pessoa especifica responsável pelo recebimento e entrada


da mercadoria?

( )Sim

( )Não

8. Como é realizado o controle de avaria da mercadoria do estoque?

( ) Através de um procedimento especifico

( ) Não existe um procedimento especifico

( ) Ainda não existe um controle

( ) Não sei responder


66

APENDICE 2: FOTOS DO ESTOQUE

Foto 1: Bandeijas de instrumentais


Fonte: autor 2013

Foto 3: Materiais implantes


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Fonte:autor 2013

Foto 2:Materiais implantes


Fonte:autor 2013

Foto 4: Materiais implantes


Fonte:autor,2013
68

Foto 5:Materiais implantes em temperatura ambiente


Fonte:autor, 2013

Foto 7: Materiais implantes termostato controle ambiente


Fonte:autor, 2013
69

Foto 6:Materiais implantes em não conformidade – separados para descarte/segregação


Fonte:autor ,2013

Foto 8:Materiais implantes


Fonte:autor, 2013
70

Foto 9:
Fonte: autor 2013

Foto 11: Materiais implantes


Fonte:autor, 2013
71

Foto 10: Imagens do almoxarifado da empresa - funcionários


Fonte: autor, 2013

Foto 12: imagens almoxarifado


Fonte: autor, 2013
72

Foto 13: imagens almoxarifado empresa


Fonte: autor, 2013

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