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atlas solar

rande
do Sul

GOVERNO DO ESTADO
RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DE MINAS E ENERGIA
EDIÇÃO
Secretaria de Minas e Energia Fotografias
Eng. Eberson José Thimmig Silveira (Coordenador) Bruno Todeschini
Adm. Márcia Zamberlam Zig Koch
Ramon F.
Pontifícia Universidade Católica do
PRODUÇÃO Rio Grande do Sul - PUCRS Ilustrações e Capa
Estado do Rio Grande do Sul Prof. Adriano Moehlecke Leo Gibran
José Ivo Sartori Profª. Izete Zanesco
Governador
Projeto Gráfico e Diagramação
Universidade Federal do du.ppg.br
Secretaria de Minas e Energia Rio Grande do Sul - UFRGS
Susana Kakuta Prof. Arno Krenzinger Revisão de Texto
Secretária Eng. César Wilhelm Massen Priebe Roberto Santos Sobrinho

Eberson José Thimmig Silveira Universidade Estadual do Impressão e acabamento


Diretor de Inovação, Fontes Energéticas e Rio Grande do Sul - UERGS OptaGraf
Mineração Prof. Elton Gimenez Rossini
Prof. Fabiano Perin Gasparin
Prof. Rafael Haag
EQUIPE TÉCNICA
DE ELABORAÇÃO Modelagem de Mesoescala Fornecida pela
Camargo-Schubert Engenharia UL Truepower
Alexander Clasen Back Joan Aymaní
Fabiano de Jesus Lima da Silva Michael Brower
Fábio Catani José Vidal
Guilherme Guebur Lima
Isadora Limas Coimbra
Odilon A. Camargo do Amarante
Paulo Emiliano Piá de Andrade
Ramon Morais de Freitas
Vicente Ferrer Correia Lima Neto
A881 Atlas solar : Rio Grande do Sul / elaborado por Camargo Schubert Engenhei-
ros Associados, SMERS, UERGS, PUCRS, UFRGS. – Curitiba : Camargo
Schubert ; Porto Alegre : SMERS, 2018.
144 p. : il., mapas ; 32.6 x 31.4 cm.

Inclui Bibliografia
ISBN 978-85-67342-04-7

1. Energia Solar – Rio Grande do Sul – Mapas. 2. Medições Solarimétricas


– Rio Grande do Sul. 3. Geração de energia fotovoltaica – Rio Grande do Sul.
4. Energia – Fontes Renováveis – Rio Grande do Sul. 5. Meio ambiente. I. Ca-
margo Schubert Engenheiros Associados. II. SMERS III. UERGS. IV. PUCRS.
V. UFRGS.

CDD (20.ed.) 621.47


CDU (2.ed.) 620.91 (816.5)

IMPRESSO NO BRASIL/PRINTED IN BRAZIL

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Mensagem do Governador
O Sol é uma fonte inesgotável de energia e tem despertado muito interesse nos
últimos anos através da energia fotovoltaica. No Rio Grande do Sul, existe um
ambiente favorável para o desenvolvimento dessa fonte, quer pela forte ligação
com raízes europeias que fazem uso dela há muito tempo, quer pelo empreende-
dorismo dos gaúchos.

Em janeiro de 2015, comprometidos com um projeto para o desenvolvimento


do Estado, criamos a Secretaria de Minas e Energia com o propósito de dar um
foco específico para as questões deste segmento fundamental para o crescimento
econômico e social. Passados quatro anos, chegamos à vice-liderança nacional em
potência fotovoltaica instalada e o quarto lugar em energia eólica.

Apostamos nesse mercado que tem registrado um crescimento exponencial,


gerado muitas oportunidades de trabalho em projetos, instalações, vendas de
equipamentos e apontado excelentes perspectivas para o estabelecimento da ca-
deia produtiva e atração de empresas nacionais e estrangeiras.

Criamos a Lei 52.964/2016 sobre isenção do Imposto sobre Circulação de Mer-


cadorias na Geração Distribuída e pela Resolução CONSEMA 372/2018 concede-
mos a isenção de Licenciamento Ambiental para autoprodução e geração distri-
buída de energia elétrica a partir de fonte solar ou eólica, regradas pela Resolução
Normativa nº 687 da Agência Nacional de Energia Elétrica.

O Atlas Solar é uma fonte importante de informação, especialmente para os


empreendedores. Deixa um legado para as futuras gerações e enaltece o nosso
papel como indutor de políticas sustentáveis.

José Ivo Sartori


Governador do Estado

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Apresentação
O Atlas Solarimétrico do Rio Grande do Sul é um impor- Ressalto a valorosa contribuição e dedicação dos professo-
tante instrumento para utilização no desenvolvimento de po- res envolvidos na elaboração deste projeto, agregando, no con-
líticas públicas e no incentivo ao uso da energia do Sol para a teúdo, suas experiências e conhecimentos, para os quais exter-
produção de energia elétrica ou para o aquecimento de água, no meus agradecimentos, bem como às respectivas instituições
e complementa outros trabalhos dessa natureza tais como os acadêmicas representadas.
Atlas Eólico e de Biomassa, publicados em anos recentes. Ele
exibe as informações detalhadas do potencial de Radiação So- A energia do Sol é o recurso natural mais abundante e
lar apontando os locais mais adequados para a implantação de essencial para a vida podendo ser aproveitada em diferen-
sistemas de produção de energia a partir da energia solar. tes níveis. Independentemente da localização geográfica,
técnicas solares ativas podem utilizá-la através de cole-
É uma ferramenta fundamental para atrair empreendimen- tores solares térmicos e das energias fotovoltaica e solar
tos no setor, identificar o potencial da energia solar, promo- concentrada, para converter a luz solar em resultados úteis
ver o conhecimento inerente ao aproveitamento desta fonte de como eletricidade ou calor, aumentando a oferta de ener-
energia, além de gerar uma base de dados para futuros empre- gia renovável.
endimentos no Estado. Dentro deste contexto, os resultados
aqui alcançados permitem uma apresentação do potencial da Em particular, a energia solar fotovoltaica está em franco
energia solar bem como o levantamento de necessidades que desenvolvimento no mundo onde a capacidade instalada vem
possam servir de vetores para o desenvolvimento da indústria crescendo de forma exponencial alcançando 404,5 GW em
e aos empreendimentos de interesse. 2017. É um mercado cada vez mais competitivo impulsionado
pela diminuição dos preços dos equipamentos e dos aumentos
Um dos produtos desse estudo mostra que, com a utiliza- dos preços da eletricidade.
ção de apenas 2% da área não urbana do Estado, considerada
apta para instalação de projetos fotovoltaicos, é possível ins- No Brasil, o grande passo para viabilizar a geração distri-
talar uma potência de 23 GW de energia fotovoltaica e pro- buída de energia elétrica foi através da Resolução Normativa
duzir, anualmente, cerca de 34 TWh de eletricidade, número n° 482 (RN482), da ANEEL, de 17 de abril de 2012, que esta-
equivalente à média do consumo gaúcho de energia elétrica beleceu regras para a geração distribuída e sua integração às
registrada nos últimos 7 anos, incluindo as perdas do sistema. redes de distribuição de energia elétrica.

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O Rio Grande do Sul, a exemplo do Brasil, possui um mer- Decreto Lei nº 52.964, estabelecendo os limites de potência dos
cado bastante promissor para a geração distribuída e tem se projetos com base na Resolução Normativa 482 da Agência Na-
consolidado como o segundo estado brasileiro com a maior cional de Energia Elétrica – ANEEL (até 1 MW). Esse benefício
potência instalada desse segmento. Possui uma excelente ma- tem impacto direto no tempo de retorno dos investimentos.
lha de distribuição de energia, que abrange todo o seu territó-
rio, políticas de incentivos à geração distribuída, várias empre- Outro benefício diz respeito à isenção do ICMS nas opera-
sas qualificadas em projetos fotovoltaicos, além de uma forte ções com diversos equipamentos e componentes para o apro-
cultura europeia que facilita o intercâmbio de conhecimento e veitamento das energias solar e eólica, através do Convênio
a abertura para a entrada de novas tecnologias. ICMS/CONFAZ 101/97.

Nesse sentido, a franca expansão da energia solar fotovoltai- Outra medida adotada pelo governo gaúcho é a isenção de
ca, movimenta a venda de uma considerável cadeia de equipa- Licenciamento Ambiental, através da Resolução CONSEMA
mentos e de serviços, abrindo a possibilidade de implantação 372/2018 de 22/02/2018, para autoprodução e geração distri-
de fábricas para alimentar a cadeia produtiva, tais como mó- buída de energia elétrica a partir de fonte solar ou eólica, regra-
dulos fotovoltaicos e inversores, bem como para prestadores de das pela Resolução Normativa nº 687 da ANEEL.
serviços especializados em projetos, montagem e manutenção.
Assim, várias medidas foram implementadas pelo governo A matriz de energia elétrica do Estado, que sempre contou
gaúcho para viabilizar esse mercado no Estado. com a predominância dos recursos hídricos, teve, a partir do
ano de 2006, a inserção da energia eólica que hoje representa
A micro e mini geração distribuída de energia elétrica possui, 19,1% do total instalado. A partir de 2013, a energia solar foto-
no RS, a partir de 01 de junho de 2016, isenção do Imposto So- voltaica vem conquistando, em evolução geométrica, o merca-
bre Circulação de Mercadorias – ICMS, incidente sobre a ener- do nacional através da geração distribuída e de usinas produto-
gia elétrica fornecida pela distribuidora à unidade consumidora ras de eletricidade para o Sistema Interligado Nacional.
de energia elétrica na quantidade correspondente à injetada na
rede de distribuição por essa mesma unidade, aplicando-se a co- Assim, a participação da energia solar na potência instalada
brança de ICMS somente sobre a diferença líquida sobre o que de energia elétrica tende a ter um aumento significativo nos
foi consumido, através do convênio ICMS/CONFAZ 16/2015, próximos anos e dar uma contribuição muito importante na
com adesão do RS através do convênio ICMS 157/2015 e do produção gaúcha de eletricidade.

Susana Kakuta
Secretária de Minas e Energia

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Índice

O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MEIO AMBIENTE


1.1 Características Geográficas 09 3.1 Legislação Ambiental 45

1.2 Infraestrutura de Transporte 11 3.2 Unidades de Conservação 45

1.3 Infraestrutura Elétrica e Consumo 11 3.3 Impactos Ambientais 48

1.3.1 Transmissão e Geração 11 3.3.1 Uso do Solo 48


1.3.2 Concessionárias e Permissionárias de Distribuição 13 3.3.2 Impacto Visual 48
1.3.3 Geração Fotovoltaica Distribuída 17 3.3.3 Uso da Água 48
1.3.4 Consumo de Energia Elétrica 17 3.3.4 Materiais Tóxicos 49
3.3.5 Emissões de Gases Associados ao Efeito Estufa 49

RADIAÇÃO SOLAR E CLIMATOLOGIA TECNOLOGIA


2.1 Geometria Solar 19 4.1 Histórico 51

2.2 Espectro Solar 20 4.1.1 Histórico da Tecnologia Solar 51


4.1.2 Histórico no Brasil 55
2.3 Parâmetros de Radiação e Instrumentos de Medição 20
4.1.3 Histórico no Rio Grande do Sul 55
2.3.1 Irradiância Global Horizontal - GHI [W/m2] 21
4.2 Tecnologias Atuais para Aproveitamento da Energia Solar 56
2.3.2 Irradiância Total no Plano Inclinado - POA [W/m2] 21
4.2.1 Produção de Energia Elétrica 56
2.3.3 Irradiância Difusa Horizontal - DHI [W/m2] 21
4.2.2 Geração de Energia Térmica 59
2.3.4 Irradiância Normal Direta - DNI [W/m2] 21
2.3.5 Radiação de Onda Longa 22
2.3.6 Albedo e Radiação Solar Líquida 23
2.3.7 Horas de Sol ou Insolação Total 23
2.3.8 Profundidade Óptica de Aerossóis – AOD 23 METODOLOGIA
2.3.9 Distribuição Espectral da Radiação 26
5.1 O Modelo WRF 61
2.4 Incertezas na Quantificação da Radiação Solar 26
5.2 Medições Solarimétricas 61
2.5 Outros Parâmetros Meteorológicos 26
2.5.1 Temperatura Ambiente [°C] e Temperatura Média Diurna [°C] 26 5.3 Validação dos Mapas e Incertezas 65

2.5.2 Velocidade [m/s] e Direção [°] do Vento 26 Etapas de Processamento das Estações INMET EMA e
5.3.1 66
Cálculo da Produtividade
2.5.3 Precipitação [mm] e Nebulosidade [octas] 26
Delimitação das Áreas Aptas e Cálculo de Produtividade
2.6 Climatologia 26 5.4 66
Fotovoltaica
2.6.1 Temperatura e Radiação 26
2.6.2 Insolação (horas de Sol) e Nebulosidade 31
2.6.3 Precipitação e Dias de Chuva 31
2.6.4 Variabilidade do Diagrama Solar 38
2.6.5 Variabilidade da Irradiação 38
2.7 Nomenclatura e Unidades Adotadas no Atlas 38

6
MAPAS SOLARES ANÁLISES E DIAGNÓSTICOS
Mapa 6.1 Irradiação Global Horizontal Sazonal 70 7.1 Potencial Energético Fotovoltaico 97

Mapa 6.2 Irradiação Global Horizontal Anual 71 7.1.1 Considerações Gerais 97


7.1.2 Resultados 97
Mapa 6.3 Irradiação Global Horizontal Mensal 72
Integração por Microrregiões e a complementaridade
Mapa 6.4 Irradiação Difusa Horizontal Sazonal 74 7.2 100
solar e eólica
Mapa 6.5 Irradiação Difusa Horizontal Anual 75 Variabilidade Mensal e Horária da Irradiação e
7.3 101
Produtividade Fotovoltaica
Mapa 6.6 Irradiação Difusa Horizontal Mensal 76
7.4 Critérios Para Escolha de locais para Plantas Fotovoltaicas 110
Mapa 6.7 Irradiação Normal Direta Sazonal 78 7.4.1 Geração Centralizada Fotovoltaica 110

Mapa 6.8 Irradiação Normal Direta Anual 79 7.4.2 Geração Distribuída 110
7.5 Considerações Finais 111
Mapa 6.9 Irradiação Normal Direta Mensal 80

Mapa 6.10 Irradiação Total Sazonal no Plano Inclinado a 20º 82

Mapa 6.11 Irradiação Total Anual no Plano Inclinado a 20º 83


REFERÊNCIAS
Mapa 6.12 Irradiação Total Mensal no Plano Inclinado a 20º 84
112
Mapa 6.13 Irradiação Total Sazonal no Plano Inclinado a 45º 86

Mapa 6.14 Irradiação Total Anual no Plano Inclinado a 45º 87

Mapa 6.15 Irradiação Total Mensal no Plano Inclinado a 45º 88

Mapa 6.16 Produtividade Fotovoltaica Sazonal no Plano Inclinado a 20º 90


APÊNDICES
Mapa 6.17 Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 20º 91
Procedimento para o Cálculo da Produtividade
Mapa 6.18 Produtividade Fotovoltaica Sazonal no Plano Inclinado a 45º 92 Apêndice A 120
Fotovoltaica nas Séries INMET
Mapa 6.19 Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 45º 93 Guia para Aquisição de Pequenos Projetos de Aprovei-
Apêndice B 124
tamento Solar
Mapa 6.20 Áreas Aptas: Intersecção entre Mapas Solar e Eólico 94
Apêndice C Siglas Utilizadas e Glossário 128

Mapa 6.21 Densidade de Potência Instalada Fotovoltaica – 95 Apêndice D Subestações 130


Geração Distribuída
Apêndice E Produtividade Fotovoltaica por Município 132
Apêndice F Ventos Extremos – Rajada Máxima 10 m 142

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O Estado do Rio Grande do Sul

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O E S TA D O D O R I O G R A N D E D O S U L

1.1 CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS


O Rio Grande do Sul, o nono maior Estado brasileiro, localiza-se no extremo sul do país em uma área de 281.730 km² entre os
paralelos 27° S e 33° S e os meridianos 49° O e 57° O. Limita-se com o Oceano Atlântico a leste e divide fronteiras com o estado de
Santa Catarina ao norte e com as Repúblicas da Argentina e Uruguai ao oeste e ao sul, respectivamente.

No que se refere à geomorfologia, o Estado divide-se em cinco grandes regiões: a Planície Costeira, marcada pela umidade
oriunda do Oceano Atlântico e ocupada pela agricultura e por projetos florestais; a Serra Geral, com aproveitamentos agrícolas
sobre elevadas altitudes; o Pampa, de relevo ondulado e com predominância de campos naturais, estes majoritariamente ocupados
pela atividade pecuária; a Depressão Central, coberta por florestas e atividades agrícolas; e o Planalto das Araucárias e das Missões,
cujo perfil econômico baseia-se na agricultura.

A população do Estado atingiu 11.329.605 habitantes em 2018, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-
tística - IBGE [1], e está distribuída em 497 municípios, os quais, por sua vez, estão agrupados, de acordo com esse mesmo Insti-
tuto, em 35 microrregiões e sete mesorregiões, conforme representado no Mapa 1.1 [2]. Esse mapa ilustra também a produção de
riquezas observada em 2015.

Verifica-se que 35,7% dos gaúchos residem a uma distância de até 50 km da capital Porto Alegre e são responsáveis por 41,1%
do Produto Interno Bruto - PIB do Estado [3]. Outra parcela, de 32,6% da população, está distribuída pelos demais seis grandes
núcleos populacionais apresentados na Figura 1.1, e foi responsável por 33,7% do PIB gaúcho no ano de 2015, como observado na
Tabela 1.1.

Passo Fundo
Cruz Alta Erechim
Ijuí Carazinho
Santo Ângelo Marau
Panambi
Santa Maria Caxias do Sul
Tupanciretã Bento Gonçalves
Júlio de Castilhos Farroupilha
Gramado

Santa Cruz do Sul Porto Alegre


Lajeado Canoas
Venâncio Aires Gravataí
Novo Hamburgo

Pelotas
Rio Grande

FIGURA 1.1 Rio Grande do Sul - principais agrupamentos


populacionais e mosaico de imagens LandSat 7.

FONTE: DOI [4] E CGIAR [5].

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O E S TA D O D O R I O G R A N D E D O S U L

A distribuição do PIB e da população pelo Estado, na maior


TABELA 1.1 Unidades fotovoltaicas instaladas nas principais concentrações urbanas do Estado.
parte dos casos, é proporcional à distribuição das instalações
de geração distribuída fotovoltaica. Destaca-se deste padrão o APROVEITAMENTO
núcleo de Santa Cruz do Sul - Lajeado - Venâncio Aires, o qual
PARTICIPAÇÃO
REGIÕES RELATIVA SOLAR FOTOVOLTAICO
acumula mais de 900 instalações (24%) de capacidade instala- ago/2018
considerando raio de 50 km
da fotovoltaica no Estado, embora seja responsável por apenas População PIB Unidades Capacidade Instalada
2018 2015 kWp
6% do PIB. Isso deve-se principalmente às linhas de financia-
Porto Alegre e região metropolitana 35,7% 41,1% 880 1.1017
mento dos painéis fotovoltaicos e também ao incentivo do
Caxias do Sul - Bento Gonçalves - Farroupilha - Gramado 9,7% 11,7% 454 5.328
Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na
Pelotas - Rio Grande 6,4% 4,7% 105 687
América Latina - Ideal, através do Projeto 50 Telhados [6] [7].
Santa Cruz do Sul - Lajeado - Venâncio Aires 5,4% 6,0% 946 12.441
Passo Fundo - Erechim - Carazinho - Marau 4,6% 5,3% 145 1.649
Santa Maria - Tupanciretã - Júlio de Castilhos 3,6% 2,8% 190 1.529
Cruz Alta - Ijuí - Santo Ângelo - Panambi 2,9% 3,2% 190 1.767
Restante do Estado 31,7% 25,2% 1.433 15.624
FONTE: IBGE [1], FEE [3] E ANEEL [8].

MAPA 1.1 •

FONTE: IBGE [1] [9] [10] , FEE [3] E ANEEL [11].

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O E S TA D O D O R I O G R A N D E D O S U L

1.2 INFRAESTRUTURA DE TABELA 1.3 Potência de geração elétrica instalada no RS em geração distribuída. TABELA 1.6 Potência de geração elétrica instalada no

TRANSPORTE FONTE POTÊNCIA INSTALADA [KW] [%]


RS em usinas hidrelétricas.

O Estado do Rio Grande do Sul possui mais de 17 mil qui- USINA RIO MW*
lômetros de rodovias estaduais e federais, dos quais aproxima- Fotovoltaica 61.150,5 93,07
damente 80% são pavimentados [12]. Além das rodovias, há UTE 34,0 0,05 Itá Uruguai 725,0

também uma infraestrutura de portos, aeroportos, ferrovias e Eólica 20,7 0,03 Machadinho Pelotas 570,0

hidrovias que são fundamentais no processo de logística para a Itaúba Jacuí 500,4
CGH 4.500,0 6,85
instalação de grandes projetos solares. É preciso observar que Foz do Chapecó Uruguai 427,5
TOTAL 65.705,2 100,00
todo o setor de transporte possui um grande potencial de uti- Barra Grande Pelotas 349,1
FONTE: ANEEL [17].
Passo Fundo Passo Fundo 226,0
lização do recurso solar, seja em pequena escala, como em pla-
Jacuí Jacuí 180,0
cas de sinalizações, seja em grande escala, como na produção
Passo Real Jacuí 158,0
de energia elétrica em terminais de passageiros ou carga. TABELA 1.4 Potência de geração elétrica instalada no RS em usinas eólicas. Castro Alves das Antas 130,8

A infraestrutura de transporte do Estado, com a localização dos Monte Claro das Antas 130,0
USINA MUNICÍPIO MW
principais portos, aeroportos e rodovias é apresentada no Mapa 1.2. Dona Francisca Jacuí 125,0
Chuí Chuí 161,9 14 de Julho das Antas 100,7
Osório, Sangradouro e Índios Osório 314,0 Passo São João Ijuí 77,0
1.3 INFRAESTRUTURA Palmares, Fazenda Rosário e Atlântica Palmares do Sul 177,5 Monjolinho Passo Fundo 74,0
ELÉTRICA E CONSUMO Corredor do Senandes,
Vento Aragano e Cassino Rio Grande 172,0 São José Ijuí 51,0
Canastra Santa Maria 44,8
Verace, Aura Mirim e Aura Mangueira Santa Vitória do Palmar 627,9
1.3.1 TRANSMISSÃO E GERAÇÃO Cerro Chato, Cerro dos Trindade,
Passo do Meio Rio das Antas 30,0

O Estado do Rio Grande do Sul possui uma ampla rede Ibirapuitã, Galpões, Coxilha Seca e Santana do Livramento 217,2 Serra dos Cavalinhos II Das Antas 29,0
Capão do Inglês
de transmissão, distribuição e geração de energia elétrica. O Jararaca Da Prata 28,0
Elebrás Cidreira Tramandaí 70,0
Da Ilha Prata 26,0
Estado conta atualmente com mais de 8 GW de potência Pontal Viamão 59,8
Serra dos Cavalinhos I Das Antas 25,0
instalada utilizando distintas fontes de energia, tais como Xangri-lá Xangri-lá 27,7
Palanguinho Lajeado Grande 24,2
hidrelétricas, termelétricas e eólicas. O sistema de transmissão é
interligado com linhas de 525 kV e 230 kV ao Sistema TOTAL INSTALADO 1.828,0 Boa Fé Carreiro 24,0
Autódromo Carreiro 24,0
Interligado Nacional - SIN. Já a distribuição opera com linhas FONTE: ANEEL [17].
Criúva Lajeado Grande 23,9
de 138 kV e 69 kV. A capacidade total de energia instalada no
Caçador Carreiro 22,5
Rio Grande do Sul, incluindo tanto a geração distribuída como
TABELA 1.5 Potência de geração elétrica instalada no RS em usinas termelétricas. Esmeralda Bernardo José 22,2
as usinas eólicas, termelétricas e hidrelétricas é apresentada nas
Linha Emília Carreiro 19,5
Tabelas 1.2 a 1.6, respectivamente. O Mapa 1.4 apresenta a
USINA COMBUSTÍVEL MW Cotiporã Carreiro 19,5
infraestrutura elétrica do Estado, com a localização das
Pezzi Antas 19,0
principais subestações e linhas de transmissão e distribuição a Uruguaiana Gás Natural 639,9
Engenheiro Ernesto Ivaí 17,9
partir de 69 kV. Candiota III Carvão Mineral 350,0 Jorge Dreher
TABELA 1.2 Potência de geração elétrica instalada no RS. CMPC Licor Negro 251,0 Marco Baldo Turvo 16,8
Sepé Tiaraju Gás Natural 248,6 Ouro Marmeleiro 16,0
TIPO DE POTÊNCIA INSTALADA NÚMERO REFAP Óleo Combustível 74,7 São Paulo Carreiro 16,0
USINA MW % DE USINAS Copesul Outros Derivados de Petróleo 74,4 São Bernardo Bernardo José 15,0
São Borja Casca de Arroz 12,5 José Barasuol Ijuí 14,3
HIDRELÉTRICAS* 4.534,6 55,5 125
Piratini Resíduos Florestais 10,0 Moinho Bernardo José 13,7
• UHE 3.869,4 47,4 18
Biotérmica Recreio Biogás - RU 8,6 Engenheiro Henrique Ivaí 13,0
• PCH 575,1 7,0 54 Kotzian
Energir Resíduos Florestais 7,0
• CGH 90,1 1,1 53 Toca do Tigre Turvo 11,8
PCT SLC Alimentos Casca de Arroz 5,8
12 outras pequenas
SVA Casca de Arroz 4,9 Vários 103,7
TERMELÉTRICAS 1.806,9 22,1 128 centrais hidrelétricas
S. A. V. - Unisinos Gás Natural 4,6
• Biomassa 318,4 3,9 17 75 outras centrais Vários 90,1
115 outras termelétricas Vários 114,9 geradoras hidrelétricas
• Fóssil 1.488,5 18,2 111

EÓLICA 1.828,0 22,4 80


TOTAL 1.806,9 TOTAL 4.534,6
FONTE: ANEEL [17].
FOTOVOLTAICA 0,1 0,0006 0 FONTE: ANEEL [17]. *AS USINAS NA DIVISA COM SC FORAM
CONSIDERADAS COM METADE DA POTÊNCIA.

TOTAL 8.169,5 100 333


FONTE: ANEEL [17]. *AS USINAS NA DIVISA COM SC FORAM CONSIDERADAS
COM METADE DA POTÊNCIA.

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atlas solar
rande
do Sul

MAPA 1.2 •

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE
BASE CARTOGRÁFICA: DAER-RS [13], IBGE [14], [15], DNIT [16].

12
1.3.2 CONCESSIONÁRIAS TABELA 1.7 Unidades consumidoras por agente distribuidor e classe de consumo.

E PERMISSIONÁRIAS DE
DISTRIBUIÇÃO UNIDADES CONSUMIDORAS POR AGENTE* E CLASSE DE CONSUMO (2017)

A distribuição de energia elétrica no Estado é realizada por EMPRESA RESIDENCIAL COMERCIAL INDUSTRIAL RURAL PÚBLICO TOTAL
oito distribuidoras e quinze cooperativas de eletrificação per- CEEE-D 1.405.697 146.854 12.792 88.927 8.989 1.663.259
missionárias. Uma representação simplificada dos componen- RGE 1.199.549 101.131 13.154 137.353 14.413 1.465.600
tes do sistema elétrico com geração centralizada e distribuída
RGE SUL 1.118.374 85.200 7.034 107.630 10.248 1.328.486
fotovoltaica é apresentada na Figura 1.2. A distribuição geo-
CERTEL 41.017 3.700 587 16.175 772 62.251
gráfica das respectivas áreas de concessão e a atuação destes
COPREL 9.872 2.110 434 38.038 2.077 52.531
agentes são apresentadas no Mapa 1.3. As coordenadas das su-
ELETROCAR 28.563 3.708 189 3.930 412 36.802
bestações encontram-se no Apêndice D.
DEMEI 29.397 2.725 94 15 190 32.420
CERMISSÕES 8.399 1.367 20 15.717 608 26.110
As três maiores distribuidoras gaúchas, CEEE-D, RGE e RGE
CERTAJA 12.670 465 60 10.472 285 23.951
SUL, atendem aproximadamente 91% das 4,89 milhões de
unidades consumidoras do Estado, sendo a parcela restante CRELUZ-D 7.161 1.385 62 13.460 492 22.559

atendida pelos demais agentes [8]. A Tabela 1.7 apresenta o HIDROPAN 16.393 1.147 161 277 187 18.164

número de unidades consumidoras (por classe de consumo) NOVA PALMA 9.689 1.089 99 4.430 367 15.674
atendidas por cada agente (os dados de alguns agentes não es- COOPERLUZ 3.323 626 28 11.050 265 15.291
tavam disponíveis). CERILUZ 1.556 681 55 11.157 260 13.709
MUXENERGIA 9.435 1.585 84 24 107 11.235
CRERAL 1.253 254 42 5.633 155 7.338

TOTAIS 3.902.348 354.027 34.895 464.288 39.827 4.795.385


FONTE: ANEEL [8] E EPE [18]. * DADOS PROVENIENTES DOS AGENTES CELETRO, CERFOX, CERTHIL, CERVALE, COOPERNORTE, COOPERSUL E COSEL NÃO DISPONÍVEIS.

FIGURA 1.2 Diagrama simplificado do sistema elétrico com energia solar.

Transmissão

Geração centralizada Centro consumidor


Distribuição

Geração distribuída

13
atlas solar
rande
do Sul

MAPA 1.3 •

CONCESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS
DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

BASE CARTOGRÁFICA: ANEEL [11], IBGE [14], [15].

*Conforme REA ANEEL 2761/11 [11]

14
atlas solar
rande
do Sul

SISTEMA ELÉTRICO MAPA 1.4 •

Geração, Transmissão* e Subestações


BASE CARTOGRÁFICA: AES SUL [20], CEEE, ELETROSUL, RGE,
ANEEL [17], [21], ONS [22], IBGE [14], [15].

*Linhas de transmissão e distribuição com tensão a partir de 69 kV.

**Usinas agrupadas pela classificação do ONS [19]


ou por critério geográfico.

15
O E S TA D O D O R I O G R A N D E D O S U L

GRÁFICO 1.1 (a) Unidades consumidoras com geração fotovoltaica. (b) Unidades consumidoras com geração fotovoltaica por classe de consumo e capacidade instalada. (c) Evolução da capacidade de
geração fotovoltaica instalada no Estado. (d) Capacidade de geração fotovoltaica adicionada por classe de consumo e capacidade instalada.

a b

c d

FONTE: ANEEL [25].

16
O E S TA D O D O R I O G R A N D E D O S U L

Até agosto de 2018, o Rio Grande do Sul já contava com mais Sul - SEINFRA-RS [26], a demanda global no Estado tem
1.3.3 GERAÇÃO FOTOVOLTAICA de 50,0 MWp em capacidade instalada fotovoltaica. As instala- permanecido relativamente estável desde o ano 2012. En-
DISTRIBUÍDA ções comerciais lideram a capacidade de aproveitamento ener- tretanto, ao analisar os dados por classe de consumo, cons-
gético solar: 979 instalações, totalizando mais de 25,8 MWp, tata-se que o setor rural apresentou forte crescimento no
Com o incentivo à autoprodução de energia elétrica atra- equivalente a metade da capacidade instalada. O aproveitamen- período 2012-2016, contrabalançando reduções verifica-
vés do ambiente de Geração Distribuída aliado aos avanços to comercial típico (61,6% das instalações) possui capacidade das no setor comercial. O consumo e a demanda dos se-
tecnológicos (ver Capítulo 4), regulatórios [23] e fiscais [24], individual entre 20 kWp e 100 kWp. Já em quantidade de projetos tores industrial e residencial permaneceram relativamente
tem-se percebido um crescimento exponencial no número de conectados à rede, a classe residencial soma 2.957 instalações, constantes (Gráfico 1.2) [18] [26].
instalações com aproveitamento da energia solar em unidades responsáveis por uma capacidade instalada de 15,7 MWp. O pro-
consumidoras no Rio Grande do Sul. Desde 2014, a capacidade jeto típico desta classe de consumo (66,3% dos projetos residen- Quanto à oferta de energia, houve significativa evolução da
de produção com tecnologia fotovoltaica no Estado multiplica- ciais) possui capacidade individual igual ou inferior a 10 kWp. produção estadual, devida principalmente ao rápido avanço da
se por um fator de dez a cada dois anos, aproximadamente (ver produção eólica a partir de 2012, que reduziu o déficit de energia
Gráfico 1.1). No entanto, esta geração ainda não é significativa elétrica de 41,1% (média do período de 2004-2013) para 14,5%
frente à quantidade de unidades consumidoras. Em agosto de 1.3.4 CONSUMO DE (média de 2014-2016). Considerando a capacidade fotovoltaica
2018, a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL [25] ENERGIA ELÉTRICA instalada no Estado até novembro de 2018 e a produtividade es-
contabilizava 4.343 unidades consumidoras com painéis fo- perada, estima-se que atualmente a conversão de energia solar
tovoltaicos no Rio Grande do Sul, número inferior a 0,1% de De acordo com os dados sobre o consumo de energia seja capaz de suprir 80 GWh/ano, equivalente a 0,2% da deman-
todas as unidades consumidoras do Estado [8]. elétrica da Secretaria dos Transportes do Rio Grande do da elétrica gaúcha em 2016 (Gráfico 1.2) [18] [26].

GRÁFICO 1.2 Demanda e oferta

FONTE: EPE [18] E SEINFRA-RS [26]. *PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAMENTO ESTIMADAS ENTRE 2012-2016. **FOI CONSIDERADO A
METADE DA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DAS USINAS DE FRONTEIRA (BARRA GRANDE, FOZ DO CHAPECÓ, ITÁ E MACHADINHO).
de energia elétrica no Rio Grande
do Sul.

17
Radiação Solar e Climatologia

18
R A D I A Ç Ã O S O L A R E C L I M AT O L O G I A

2.1 GEOMETRIA SOLAR


O planeta Terra descreve dois principais movimentos que fazem com que a quantidade de radiação solar na superfície se altere
ao longo do dia e ao longo do ano. Enquanto o movimento de rotação terrestre em torno do seu próprio eixo dá a definição de dia e
noite, o movimento elíptico de translação terrestre ao redor do Sol delimita os anos. Devido à inclinação do eixo da Terra de 23°27’
em relação ao plano da Linha do Equador, o movimento de translação faz com que os hemisférios recebam quantidades diferentes
de radiação ao longo do ano, resultando nas estações do ano (Figura 2.1). Na primavera e no outono, a incidência de radiação so-
lar é maior próximo à Linha do Equador, e os inícios dessas estações são marcados pelos equinócios (dias e noites com durações
iguais). No verão e no inverno, essa incidência de radiação alterna-se entre os trópicos, e o início dessas estações coincide com os
solstícios (dias e noites com maior diferença de duração) [1].

FIGURA 2.1 Movimento de translação e rotação terrestre.

Equinócio
21-22 de março
Sol vertical no Equador
23,5º

Círculo ártico
Trópico de câncer

Equador

Trópico de capricórnio SOL


Solstício Solstício
21-22 de junho 21-22 de dezembro
Círculo antártico Sol vertical na Sol vertical na
latitude 23,5ºN latitude 23,5ºS

Equinócio
22-23 de setembro
Sol vertical no Equador

FONTE: ADAPTADO DE PEREIRA ET AL. [2].

Quanto maior a latitude, maiores são a definição de cada estação e a variação da altura do Sol em relação ao horizonte durante
o ano. Na Linha do Equador, as estações do ano são pouco distintas: nos equinócios, o Sol atinge a altura de 90° exatamente ao
meio do dia; entre março e setembro, ele passa mais ao norte; e de setembro a março, ele passa mais ao sul. As menores alturas
ocorrem quando o Sol está sobre os trópicos de Câncer (ao Norte) e Capricórnio (ao Sul), ou seja, nos solstícios, exatamente 66,5°
em relação ao horizonte. Como se percebe, a altura do Sol não varia muito para o observador que se encontra na Linha do Equador,
enquanto tal variação é máxima para o observador localizado nos polos [1].

19
R A D I A Ç Ã O S O L A R E C L I M AT O L O G I A

2.2 ESPECTRO SOLAR FIGURA 2.2 Espectro de radiação solar.

O Sol contribui com cerca de 99,8% da massa total do Sis-


tema Solar e é composto predominantemente pelos elemen-
tos químicos hidrogênio e hélio. A estrela está a uma distância
aproximada de 150 milhões de quilômetros da Terra, para onde

FONTE: ADAPTADO DE NICK84 / DERIVADO DE DRAGONS


irradia a energia necessária e suficiente para a manutenção e

FLIGHT / MAIUSG2 / GFDL / VIA WIKIMEDIA COMMONS.


desenvolvimento da vida. A temperatura e a pressão no núcleo
do Sol favorecem processos de fusão nuclear, os quais liberam
energia como radiação, isto é, como uma forma de transporte
de energia por meio de ondas eletromagnéticas. Estudos in-
dicam que no Sol ocorre a transformação de mais de quatro
toneladas de massa em energia por segundo [3].

A radiação emitida pelo astro varia predominantemente en-


tre o infravermelho e o ultravioleta, passando pelos comprimen-
tos de onda de 200 a 3000 nm. A Figura 2.2 mostra a distribuição
espectral da radiação solar no topo da atmosfera e seu decai-
mento pela presença de cada elemento da atmosfera (ozônio O3,
oxigênio O2, vapor d’água H2O e gás carbônico CO2).

2.3 PARÂMETROS DE
RADIAÇÃO E INSTRUMENTOS
DE MEDIÇÃO
Para o sucesso de um empreendimento de aproveitamen-
to de energia solar, é necessário um planejamento adequado, FIGURA 2.3 Caminho da radiação até chegar à superfície de aproveitamento do recurso solar.
que passa pela aquisição de equipamentos para estudo de pa-
râmetros atmosféricos até a construção, operação e posterior
descarte da central fotovoltaica. Da mesma forma, as escolhas
a
da metodologia e da tecnologia a serem utilizadas no projeto 26% fle
tid
tid
a
também são fundamentais, sendo as medições e estudos preli-
minares essenciais para garantir confiabilidade sobre o retorno
Radiação
difusa
%
Re vens
20 s nu
na
e
R o
6% atm
na
fle sfera

ireta
SOL
ã od
do investimento. diaç
Ra
19% Absorvida %
na atmosfera e nuvens 25
A radiação solar incidente sobre a Terra pode ser separada
em frações que seguem cursos distintos (Figura 2.3): aproxi-
madamente 30% é perdida para o espaço por reflexão e espa-
lhamento (20% por reflexão pelas nuvens, 4% por reflexão pela tid
a
fle cie
superfície dos continentes e oceanos e 6% por espalhamento Re perfí
4% su
pela atmosfera); cerca de 19% é absorvida pela atmosfera e nu- na
vens; e 51% é absorvida pela superfície terrestre (25% de radia-
ção solar direta e 26% de radiação difusa, i. e., espalhada até
chegar à superfície), sendo esses números sujeitos a variações
em função da posição geográfica.

20
R A D I A Ç Ã O S O L A R E C L I M AT O L O G I A

A medida da irradiância solar pode ser expressa por meio


2.3.2 IRRADIÂNCIA TOTAL NO FIGURA 2.6 Sistema de medição da DHI.
de três componentes principais: Irradiância Direta Normal
(Direct Normal Irradiance - DNI), Irradiância Difusa Horizon- PLANO INCLINADO - POA [W/m2]
tal (Diffuse Horizontal Irradiance - DHI) e Irradiância Global A Irradiância Total no Plano Inclinado (Plane of Array -
Horizontal (Global Horizontal Irradiance - GHI). Define-se POA) é a potência da radiação solar recebida em uma unidade pr
oj
a integral da irradiância no tempo como irradiação solar de área de superfície inclinada. Projetos solares em geral, prin- eç
ão
[W/m2/tempo], p. ex. [kWh/m2] ou [J/m2] [4]. Cada uma das cipalmente aqueles localizados em maiores latitudes (onde o da
so
componentes é analisada nas seções a seguir, juntamente com Sol está, durante a maior parte do ano, em posição inclinada, m
br
a
outros parâmetros da radiação considerados importantes para isto é, com inclinação menor que 90° em relação ao horizonte)
estudos de aproveitamento do recurso solar. Os principais são dispostos em estruturas inclinadas para evitar o sombrea-
instrumentos de medição também são resumidamente descri- mento e aproveitar melhor o recurso. A POA pode ser medi-
tos, com o intuito de familiarização com os procedimentos de da por um piranômetro disposto em posição inclinada. Essa
prospecção. medição, porém, raramente é realizada porque usualmente a
inclinação dos coletores só é definida nas fases finais dos pro-
2.3.1 IRRADIÂNCIA GLOBAL jetos, quando já se têm definidos os azimutes finais e a disposi-
HORIZONTAL - GHI [W/m2] ção dos receptores. A POA para a inclinação ideal é, portanto,
calculada já na fase de modelagem e simulação energética, a
A Irradiância Global Horizontal - GHI é a potência da ra- partir da medida da GHI e dos parâmetros finais de localização
diação solar recebida em uma unidade de área de superfície e disposição do projeto.
horizontal, constituindo-se no parâmetro fundamental para o
cálculo de aproveitamento do recurso solar. Possui duas com- A Figura 2.5 ilustra a importância da inclinação dos mó-
ponentes: a Irradiância Direta Horizontal e a Irradiância Difu- dulos fotovoltaicos para a captação ideal da irradiação solar.
sa Horizontal. A GHI pode ser medida por um piranômetro de A inclinação maximiza a incidência da radiação solar sobre o
termopilha (Figura 2.4), que consiste em um detector térmico módulo.
passivo (termopilha) que responde à potência total absorvida
por um revestimento de superfície preta (de alta absortivida-
de), transformando calor em tensão pela variação de tempe- A razão DHI/GHI é utilizada na determinação da tecnologia de
ratura de sua resistência. Com a calibração, é possível extrair FIGURA 2.5 Influência da inclinação dos aproveitamento da energia solar. Quanto menor a razão, mais lim-
uma relação linear entre a tensão elétrica gerada e a irradiância módulos fotovoltaicos na irradiação recebida. po é o caminho da radiação até a superfície e melhor é o aproveita-
total absorvida, e medir o recurso solar disponível. mento do recurso, o que favorece o emprego de sistemas com Con-
centradores de Energia Solar (Concentrating Solar Power - CSP)
FIGURA 2.4 Piranômetro de termopilha. ou Concentradores Fotovoltaicos (Concentrated PhotoVoltaics
- CPV), como os vistos na Figura 2.7.

FONTE: ADAPTADO DE IFC [5]. 2.3.4 IRRADIÂNCIA NORMAL


DIRETA - DNI [W/m2]
2.3.3 IRRADIÂNCIA DIFUSA A Irradiância Normal Direta - DNI é a irradiância pro-
veniente diretamente do Sol (radiação solar e circunso-
Sensor de Cobertura de silicone HORIZONTAL - DHI [W/m2] lar) incidente sobre um plano normal (perpendicular) aos
temperatura
Sensor de radiação A Irradiância Difusa Horizontal é a potência da radiação raios solares. A DNI pode ser medida por um pireliômetro
Retentor de Cápsula solar recebida em uma unidade de área de superfície hori- (Figura 2.8), no qual a superfície de recepção capta apenas a
umidade protetora zontal, subtraída da irradiância direta. Em outras palavras, é radiação desejada, normalmente por meio de pequena aber-
a radiação que atinge a superfície terrestre após ter sofrido es- tura, da ordem de 5°. Para medições contínuas, é aconselhado
palhamento pelos componentes da atmosfera. Este parâmetro o uso de um rastreador solar, que sempre posiciona o equi-
pode ser medido por um arranjo de um piranômetro com sis- pamento perpendicularmente aos raios solares, garantindo a
tema de sombreamento (Figura 2.6), em que a esfera de som- medição isolada da componente direta. No entanto, a ope-
breamento bloqueia a radiação solar direta, impedindo-a de ração de pireliômetros com rastreador solar é relativamente
FONTE: ADAPTADO DE: ALBERT SN / CC atingir o sensor de radiação. complexa e custosa.
BY-SA 4.0 / VIA WIKIMEDIA COMMONS.

21
R A D I A Ç Ã O S O L A R E C L I M AT O L O G I A

A DNI também pode ser inferida a partir dos dados de GHI


FIGURA 2.7 Exemplo de concentrador solar (à esquerda, no CSP, espelhos refletem a luz solar para o coletor de calor para aumentar
e DHI, por meio da relação com o ângulo solar zenital θz (que
a absorção de irradiação) e fotovoltaico (à direita, no CPV ocorre a concentração de irradiação para aumentar o efeito fotoelétrico nos
varia com a posição relativa do Sol em relação à superfície ter-
painéis fotovoltaicos.
restre):

GHI=DNI×cos θz +DHI.
SOL
Na Figura 2.9 são apresentados os principais ângulos uti-
lizados para descrever a posição do Sol a partir de um plano
750
250
500

1000
1250
1500
1750
2000
2250
2500

com qualquer orientação, localizado na Terra [8].


Refletor
Infravermelho Próximo (NIR)

SOL Secundário

Refletor 2.3.5 RADIAÇÃO DE ONDA LONGA


Primário
Infravermelho

O comprimento de onda da radiação emitida por um corpo


Luz Visível

Saída de
fluido
Célula
é inversamente proporcional à sua temperatura (Lei de Wien).
Saída
Fotovoltaica Elétrica Como a temperatura da Terra e de sua atmosfera é bastante
inferior à do Sol, a radiação emitida pelo planeta possui maior
Sistema de Saída comprimento de onda. Por esse motivo, a radiação refletida e
Arrefecimento Térmica
redirecionada pela Terra e pela atmosfera terrestre é conhe-
cida como radiação de onda longa ou infravermelha distante.
Painel
Base e
Fotovoltaico Ela tem fundamental importância para a manutenção da tem-
Entrada de Rastreador
fluido peratura média da atmosfera, mais absorvente para radiações
Tubo Espelhos Fluxo do Fluido de ondas longas, embora não esteja diretamente associada ao
absorvedor refletores de Arrefecimento
aproveitamento do recurso solar com fins energéticos. A me-
dição da radiação de onda longa pode ser obtida com um pir-
FONTE: ADAPTADO DE ARPA-E [6]. FONTE: ADAPTADO DE XU E KLEINSTREUER [7].
geômetro, que é um medidor de radiação (piranômetro) com
um filtro passa-alta normalmente configurado para medir a
irradiância a ~4000 nm de comprimento de onda.
FIGURA 2.8 Pireliômetro. FIGURA 2.9 Ângulos notáveis em energia solar.
Linha do zênite perpendicular ao solo

z al
enit
ulo z
g
Ân

Di
re
çã
o
do
Di

So
lar

re
çã

l
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S
Ân clina

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da
Ângulo

L O
l
eção do So Equador
ão da dir
Projeç

Âng or
ulo a
zimu v ad
tal er
bs
O
N
22
R A D I A Ç Ã O S O L A R E C L I M AT O L O G I A

O albedo de uma superfície é difícil de ser modelado, pois


2.3.6 ALBEDO E RADIAÇÃO 2.3.7 HORAS DE SOL OU
é espacialmente e temporalmente heterogêneo, variando com
SOLAR LÍQUIDA o tipo de cobertura da terra. Por exemplo, uma área agrícola INSOLAÇÃO TOTAL
O albedo é a razão entre a irradiância que é refletida pelo tem o albedo modificado ao longo do ciclo da cultura: plantio,
ambiente e a que chega na superfície (solo, vegetação, etc.). Ex- crescimento da cultura e colheita. A absorção, espalhamento O conceito de “horas de Sol” ou “insolação total” é dado pelo
presso adimensionalmente, pode variar de zero (absorção to- e reflexão da radiação numa área de dunas é bem diferente do número de horas durante o qual uma determinada região fica ex-
tal da radiação, superfície perfeitamente negra) até 1 (reflexão que ocorre em uma área florestada, a qual, por sua vez, é dife- posta à irradiância solar direta superior a 120 W/m². Define-se
perfeita, superfície branca). O albedo depende da frequência da rente de uma pastagem ou de áreas alagadas. A representação ainda como “hora solar pico” as horas de irradiância maior do que
radiação e da posição dos raios solares, e sua média é bastante dessa variabilidade é uma tarefa complexa e um grande desafio 1000 W/m². Com aplicação mais frequente na agricultura, biolo-
utilizada como primeira aproximação na identificação de tipos para a modelagem atmosférica próxima à superfície. Frequen- gia e meteorologia, esses parâmetros não são empregados direta-
de superfície. Valores típicos de albedo para algumas superfícies temente, o cálculo do albedo é feito com medidas indiretas rea- mente para o cálculo da radiação solar e podem ser obtidos pelo
são apresentados na Tabela 2.1. lizadas por satélite e com modelos análiticos que descrevem o heliógrafo laser, de Campbell Stokes (Figura 2.11) ou de Jordan.
fluxo de radiação na superfície e na atmosfera.
TABELA 2.1 Albedo médio para cada tipo de superfície. FIGURA 2.11 Heliógrafo de Campbell Stokes.
Ainda assim, a modelagem do albedo é fundamental para
SUPERFÍCIE TIPO ALBEDO a estimativa do balanço de energia da superfície nos modelos
climáticos, principalmente para representar a variabilidade da
Escuro, molhado 0,05
Solo cobertura da terra ao longo do tempo. Para fins de modelagem,
Claro, seco 0,40
existem dois tipos de albedo: o direcional e o hemisférico. De
Dunas e deserto - 0,20 – 0,45
maneira simplificada, o albedo de céu negro ou direcional é
Grama Longa (1,00 m) 0,16
intrinsecamente dependente da radiação direta incidente na
Curta (0,02 m) 0,26
superfície, desconsiderando a componente difusa. Varia, por-
Áreas Agrícolas - 0,18 – 0,25
tanto, de acordo com o ângulo de incidência da radiação e das
Pomares - 0,15 – 0,20
propriedades de absorção e espalhamento da radiação na su-
Florestas 0,15 – 0,20
perfície [11]. Já a componente hemisférica ou de céu branco é
Coníferas - 0,05 – 0,15
dependente também dos constituintes da atmosfera, que mo-
Pequeno ângulo 0,03 – 0,10 dulam a absorção e o espalhamento da radiação, e representa
zenite
Água
Grande ângulo 0,10 – 1,00 a componente difusa da radiação na superfície. O cálculo do
zenite
albedo real da superfície é uma combinação complexa entre os
Perene 0,40
Neve dois albedos, sendo função do ângulo zenital, dos tipos e ca-
Fresca 0,95
racterísticas da cobertura da terra, bem como dos constituintes
2.3.8 PROFUNDIDADE ÓPTICA
Gelo
Mar
Geleira
0,30 – 0,45
0,20 – 0,40
óticos da atmosfera que modulam a absorção e o espalhamento DE AEROSSÓIS – AOD
da radiação incidente na superfície e na atmosfera local. Com
FONTE: ADAPTADO DE OKE [9].
esses dois albedos é possível estimar o albedo de superfície Aerossóis são partículas sólidas ou líquidas em suspen-
para todas as condições de iluminação, a partir das proprieda- são em um gás. Quando suspensas nas camadas da atmosfe-
O albedo pode ser medido por meio de um albedômetro, des da superfície. ra, elas são capazes de absorver e dispersar a radiação solar.
que consiste em um arranjo de dois piranômetros posiciona- Influenciam, portanto, no clima, de forma indireta, consti-
dos em direções opostas, de modo a captar as radiações in- O Mapa 2.1 apresenta os valores médios da componente di- tuindo núcleos de condensação de nuvens que interferem na
cidente e refletida (Figura 2.10). O balanço entre a radiação recional do albedo para o ano de 2017, no Rio Grande do Sul, nebulosidade. A Profundidade Óptica de Aerossóis (Aerosol
incidente e a refletida pela superfície é denominado Radiação e foi elaborado a partir de dados do sensor orbital PROBA-V, Optical Depth - AOD) é um parâmetro que mede a capacida-
Solar Líquida. distribuídos pelo Copernicus Global Land Service da Agência Es- de dos aerossóis de absorver e dispersar a radiação incidente
pacial Europeia [10]. Regiões florestadas no Nordeste do Estado no meio em que estão inseridos. A medição da AOD é reali-
FIGURA 2.10 Albedômetro.
e com matas ciliares possuem menor albedo que áreas agrícolas, zada por faixas de comprimento de onda com o uso de fotô-
tipicamente no Noroeste do Estado. Já as regiões de dunas, no metros, radiômetros de filtro ou fotômetros solares automá-
litoral, apresentam maior albedo, com valores superiores a 0,35. ticos (Figura 2.12). Devido à complexidade desses sensores
As variações sazonais do albedo são apresentadas no Mapa 2.2. e pela profundidade óptica já estar implícita nos resultados
Durante o verão, o albedo das áreas agrícolas fica mais elevado, obtidos de medições da radiação solar, não é de fundamental
devido à presença do solo exposto nos períodos de colheita e de importância a aferição da AOD para projetos de energia so-
preparo do solo, com valor médio acima de 0,20. Na primavera, lar. Porém, é de grande utilidade para estudos da atmosfera
o albedo direcional diminui devido ao incremento da vegetação local e na parametrização de modelos numéricos de previsão
nas áreas agrícolas e pastagens. de tempo.

23
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 2.1 •

ALBEDO DIRECIONAL
MÉDIA SAZONAL EM 2017

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
ALBEDO DIRECIONAL
MÉDIA SAZONAL [%]

24
atlas solar
rande
do Sul

ALBEDO DIRECIONAL MAPA 2.2 •

MÉDIA ANUAL EM 2017


BASE CARTOGRÁFICA: DAER-RS [12], IBGE [13], [14].

Mapas elaborados a partir de dados coletados durante o ano de 2017 pelo


sensor orbital PROVA-V [10].
ALBEDO DIRECIONAL
MÉDIA ANUAL [%]

25
os piranômetros são classificados de acordo com a incerteza de
FIGURA 2.12 Fotômetro solar. FIGURA 2.13 Anemômetro e windvane.
medição associada a equipamentos de referência [16].

Além da precisão dos sensores, outros tipos de incertezas in-


fluenciam o processo de avaliação dos empreendimentos, tais
como a variação interanual da irradiância solar, a representativi-
dade do período de monitoramento, a transposição do recurso
medido para a área da usina, a metodologia de simulação ener-
gética e as perdas associadas ao processo de conversão de energia direção do vento
solar em elétrica (conversão de energia, estimativa de temperatura
de operação, degradação e desempenho dos equipamentos, etc.).

2.5 OUTROS PARÂMETROS


METEOROLÓGICOS
2.5.1 TEMPERATURA AMBIEN- 2.5.3 PRECIPITAÇÃO [mm] E
TE [°C] E TEMPERATURA MÉDIA NEBULOSIDADE [octas]
2.3.9 DISTRIBUIÇÃO DIURNA [°C] Mesmo que visto como menos relevante para o estudo do
ESPECTRAL DA RADIAÇÃO A temperatura altera o desempenho dos módulos fotovol- aproveitamento solar, o monitoramento da precipitação serve
taicos, sendo, desta forma, um importante parâmetro a ser le- como indicador da disponibilidade de recurso hídrico para
A avaliação da distribuição espectral da radiação incidente vado em conta na escolha da tecnologia para aproveitamento utilização na infraestrutura dos sistemas solares (manutenção
auxilia na determinação da melhor tecnologia de aproveitamen- da energia solar. Ambientes mais quentes sugerem módulos do centro de operação, arrefecimento de sistemas, etc.), valen-
to da energia solar. Para projetos fotovoltaicos, diferentes tipos fotovoltaicos com menor coeficiente de temperatura (menor do lembrar que a chuva também auxilia na limpeza dos pai-
de módulos fotovoltaicos podem apresentar melhor eficiência redução da eficiência com o aumento da temperatura). No caso néis. A relação entre precipitação e irradiância solar se dá pela
em função da faixa espectral. A distribuição espectral é medida dos sistemas de conversão térmica da energia solar, como nos nebulosidade: quanto mais limpo o céu, maiores os níveis de
por espectrorradiômetros. aquecedores solares de água, a temperatura ambiente é ainda energia recebidos na superfície.
mais importante, pois influencia a transferência de calor entre
2.4 INCERTEZAS NA o absorvedor e o ar exterior ao coletor. A temperatura pode A precipitação acumulada pode ser medida por um pluviô-
ser medida por um termopar, um termistor, ou outro sensor, metro, enquanto que a nebulosidade, expressa em oitavos [oc-
QUANTIFICAÇÃO DA e é recomendada a sua aferição durante pelo menos um ano tas] ou em porcentagem em relação à superfície total do céu,
RADIAÇÃO SOLAR climatológico, nas proximidades da região do projeto, para es- pode ser avaliada por fotografias (Figura 2.14) ou por tecnolo-
timar a sua influência na produção de energia no longo prazo. gias avançadas que calculam a sua evolução temporal. Ambas
Os estudos da radiação solar para avaliação dos recursos Para aproveitamento do recurso solar, é de especial interesse as propriedades estão inseridas implicitamente na irradiância
energéticos utilizam várias metodologias, desde a medição lo- a avaliação do parâmetro de temperatura ambiente durante global horizontal, medida por piranômetros durante campa-
cal até métodos indiretos, baseados em dados de sensores orbi- os horários de Sol, denominado Temperatura Média Diurna, nhas de prospecção para projetos de aproveitamento solar.
tais a bordo de satélites [11]. Outra metodologia utilizada tanto p. ex., entre as 6 h e as 18 h.
para a previsão de curto prazo quanto para o mapeamento so-
2.6 CLIMATOLOGIA
lar dos recursos energéticos é a Previsão Numérica do Tempo 2.5.2 VELOCIDADE [m/s] E
(Numerical Weather Prediction - NWP). A avaliação da quali-
DIREÇÃO [°] DO VENTO O clima do Estado do Rio Grande do Sul é caracterizado pela
dade dos resultados dessa modelagem numérica é realizada por
meio de diferentes métricas estatísticas [15]. Em geral, a incer- As condições de vento influenciam no cálculo estrutural grande incidência de sistemas frontais e pela influência de fa-
teza dos resultados do modelo varia temporalmente e espacial- do projeto e, por isso, é recomendado que o dimensiona- tores geográficos regionais, tais como diferenças de altitude e
mente em função da topografia, proximidade de corpos d’água e mento das forças devidas à ação do vento seja baseado em relevo dentro de seu território, diferenças de continentalidade e
constituintes da atmosfera, como aerossóis e vapor d’água. medições anemométricas (velocidade e direção do vento) maritimidade, vegetação e atividade humana.
locais. O vento também contribui com o arrefecimento
A incerteza da medição do recurso solar está diretamente do sistema, favorecendo a troca de calor por convecção e 2.6.1 TEMPERATURA E
ligada à classe de equipamentos utilizados durante a prospec- atenuando os efeitos da temperatura ambiente no desem- RADIAÇÃO
ção. A calibração dos sensores pode ser realizada em laboratório penho do painel fotovoltaico, devendo ser considerado nas
ou em campo, seguindo padrões de referência de normas reco- estimativas de produção. A velocidade do vento pode ser Por ser o Estado brasileiro localizado em maior latitude, o Rio
nhecidas (International Organization for Standardization - ISO medida por um anemômetro, enquanto a direção, por uma Grande do Sul possui as maiores amplitudes térmicas anuais. As
/ World Meteorological Organization - WMO). De modo geral, windvane (biruta) (Figura 2.13). temperaturas caracterizam-se, no Estado, por regiões geográficas

26
distintas, em função da incidência de sistemas atmosféricos e da do Escudo Sul-Rio-Grandense; e no Litoral Sul. O Litoral Sul Um fator importante no dimensionamento dos sistemas
influência do relevo, altitude e continentalidade (Mapas 2.3 e 2.4). representa a região do final das planícies, com forte incidên- solares fotovoltaicos e térmicos é a temperatura mínima ab-
cia de frentes polares oriundas da Argentina e do Uruguai. As soluta, para a definição dos sistemas de proteção. O mapa de
As temperaturas mais amenas situam-se nas regiões do temperaturas mais altas situam-se a leste da Depressão Central temperaturas mínimas absolutas diurna para o Estado do Rio
Planalto Basáltico (Nordeste do Estado, onde localizam-se as (devido à compressão adiabática do ar ao descer as encostas Grande do Sul (Mapa 2.5) foi elaborado a partir de normais cli-
maiores altitudes, favorecendo as perdas por radiação) e da do Planalto Basáltico), na região metropolitana (devido à ra- matológicas do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET e
Cuesta do Haedo; nas regiões a oeste da Depressão Central diação de ondas longas emitida pela zona urbana) e na região séries das estações automáticas, até o ano de 2017.
(no Sudoeste, com influência da continentalidade) e a oeste dos vales do rio dos Sinos e do rio Uruguai (Norte do Estado).

FIGURA 2.14 Escala de nebulosidade.

Nuvens não visíveis


devido à presença de
camada de nuvens
mais baixa
5.000 ft

4.000 ft

1/8
3.000 ft

2.000 ft

1.000 ft

Horizonte Superfície
Solo

Escala em octas/oitavos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 (9)


Céu limpo parcialmente nublado nublado obstruido

FONTE: ADAPTADO DE NWS E FAA [17].

27
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 2.3 •

TEMPERATURA MÉDIA
SAZONAL

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
MÉDIA SAZONAL [°C]
TEMPERATURA

28
atlas solar
rande
do Sul

MAPA 2.4 •

TEMPERATURA MÉDIA ANUAL


BASE CARTOGRÁFICA: DAER-RS [12], IBGE [13], [14].

Mapas elaborados a partir de dados climatológicos coletados em 25 estações do


INMET, no período de 1981 a 2010 [18], ajustados para altitude conforme equações
da atmosfera padrão ISA [19].
MÉDIA ANUAL [ªC]
TEMPERATURA

29
atlas solar
rande
do Sul

MAPA 2.5 •

TEMPERATURA MÍNIMA ABSOLUTA


BASE CARTOGRÁFICA: DAER-RS [12], IBGE [13], [14].

* Mapas elaborados a partir de dados climatológicos coletados em 49 estações


do INMET, coletados a partir de 1981 [18] [20], ajustados para altitude conforme
equações da atmosfera padrão ISA [19].
MÍNIMA ABSOLUTA [°C]
TEMPERATURA

30
R A D I A Ç Ã O S O L A R E C L I M AT O L O G I A

2.6.2 INSOLAÇÃO (HORAS DE


SOL) E NEBULOSIDADE
A variação da insolação no Rio Grande do Sul acompanha
as diferentes latitudes e a distribuição do relevo. Enquanto a FIGURA 2.15 Nebulosidade na região de São José dos Ausentes.

latitude determina a duração dos dias, o relevo influi nos índi-

FOTO: ZIG KOCH.


ces de nebulosidade. No Norte do Estado o Planalto Basáltico
é um grande formador de nuvens. No Nordeste do Estado, na
Serra Geral, há maior formação de nevoeiros e nebulosidade
devido à concentração de umidade na atmosfera próximo às
encostas, como ocorre na região dos cânions (Figura 2.15). No
litoral, onde predomina o relevo plano, os sistemas frontais
deslocam-se mais rapidamente, diminuindo assim a nebulosi-
dade e aumentando as horas de Sol. No Oeste do Estado a ne-
bulosidade é dissipada rapidamente, devido à grande diferença
de temperatura entre os sistemas frontais polares e a tempera-
tura local, que acelera a passagem do ar. Os mapas de insolação
(Mapas 2.6 e 2.7) e nebulosidade (Mapas 2.8 e 2.9) foram ela-
borados a partir das normais climatológicas disponibilizadas
pelo INMET de 1981-2010 [18].

2.6.3 PRECIPITAÇÃO E
DIAS DE CHUVA
Temperado subtropical, o clima do Rio Grande do Sul tem
as estações bem definidas, com invernos frios e verões quentes.
O Sul e o Oeste são mais secos durante o verão, com maiores
níveis pluviométricos durante o inverno, quando ocorre maior
influência de frentes frias. O Norte é a região mais chuvosa do
Estado, tendendo a concentrar os períodos de maior precipita-
ção no verão e primavera. O litoral possui pluviosidade regular
ao longo do ano (Mapas 2.10 e 2.11).

As chuvas fazem a limpeza natural dos painéis fotovoltaicos


e são uma fonte de água para arrefecimento de alguns tipos
de sistemas de aproveitamento do recurso solar. Assim como
a nebulosidade, a precipitação é influenciada pelo relevo e por
sua orientação em relação aos ventos úmidos. No Rio Grande
do Sul, o litoral plano, assim como a grande amplitude térmica
das frentes frias do Oeste do Estado, favorecem a rápida passa-
gem de nuvens carregadas, reduzindo os dias de chuva nessas
regiões.

31
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 2.6 •

INSOLAÇÃO MÉDIA
SAZONAL

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
INSOLAÇÃO TOTAL
SAZONAL [HORAS]

32
atlas solar
rande
do Sul

MAPA 2.7 •

INSOLAÇÃO TOTAL MÉDIA ANUAL


BASE CARTOGRÁFICA: DAER-RS [12], IBGE [13], [14].

Mapas elaborados a partir de dados climatológicos coletados em 22 estações do


INMET, no período de 1981 a 2010 [18].
INSOLAÇÃO TOTAL
ANUAL [HORAS]

33
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 2.8 •

NEBULOSIDADE
MÉDIA SAZONAL

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
MÉDIA SAZONAL [%]
NEBULOSIDADE

34
atlas solar
rande
do Sul

MAPA 2.9 •

NEBULOSIDADE MÉDIA ANUAL


BASE CARTOGRÁFICA: DAER-RS [12], IBGE [13], [14].

Mapas elaborados a partir de dados climatológicos coletados em 26 estações do


INMET, no período de 1981 a 2010 [18].
MÉDIA ANUAL [%]
NEBULOSIDADE

35
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 2.10 •

PRECIPITAÇÃO ACUMULADA
MÉDIA SAZONAL

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
PRECIPITAÇÃO ACUMULADA
MÉDIA SAZONAL [mm]

36
atlas solar
rande
do Sul

PRECIPITAÇÃO ACUMULADA
MÉDIA ANUAL MAPA 2.11 •
BASE CARTOGRÁFICA: DAER-RS [12], IBGE [13], [14].

Mapas elaborados a partir de dados climatológicos coletados em 27 estações do


INMET, no período de 1981 a 2010 [18].
PRECIPITAÇÃO ACUMULADA
MÉDIA ANUAL [mm]

37
R A D I A Ç Ã O S O L A R E C L I M AT O L O G I A

no, quando os níveis de radiação são menores, conforme pode


2.6.4 VARIABILIDADE DO • Irradiação Solar Difusa (IDIF ou HDIF)
ser observado também no diagrama da Figura 2.17. Representa a quantidade de radiação que incide sobre a su-
DIAGRAMA SOLAR perfície terrestre após ter sido espalhada pela atmosfera. Com-
Para exemplificar a variabilidade do diagrama solar no Estado Com fins comparativos, apresenta-se a variabilidade in- plementar à irradiação global, os níveis de irradiação difusa afe-
do Rio Grande do Sul, foram elaborados gráficos representando teranual e intra-anual da irradiação nas cidades de Berlim e tam a produção final das usinas fotovoltaicas.
a trajetória do Sol no ano de 2018, para algumas localidades do Roma, que possuem níveis menores que os encontrados no
Estado (Figura 2.16). As trajetórias limites (solstícios de inverno Rio Grande do Sul. Nos meses de inverno (dezembro, janeiro • Irradiação Normal Direta (IDIR ou HDIR)
e verão) e intermediárias (equinócios de outono e primavera) e fevereiro) há uma redução drástica nos níveis de irradiação Parâmetro que caracteriza a radiação diretamente emitida
foram equacionadas e parametrizadas para exibição. solar incidente, destacando-se também o regime intra-anual pelo Sol, no qual a denominação “normal” refere-se à perpen-
inverso, se comparado ao Brasil, devido à localização em outro dicularidade entre a componente e a superfície. Esta compo-
As trajetórias são bastante similares nas distintas regiões. hemisfério. nente é a principal variável a ser utilizada para estimativas de
Verifica-se que as menores latitudes estão relacionadas às produção de usinas baseadas em tecnologias de concentradores
maiores elevações do ângulo de inclinação do Sol, próximas a Os dados utilizados para a elaboração da Figura 2.17 são solares térmicos (como sistemas parabólicos ou de receptores
90° no verão, e ao maior número de horas de Sol ao longo do provenientes da base histórica de dados atmosféricos globais centrais), pois influencia na eficiência desses sistemas.
dia (comparando-se os pontos extremos Frederico Westpha- MERRA2 [22], resultantes de modelos numéricos ajustados
len, ao Norte, e Chuí, ao Sul). Percebe-se ainda diferentes horá- com medições. Esses dados, devido à baixa resolução espacial, • Irradiação Total no Plano Inclinado (ITOT ou HTOT)
rios de nascer e pôr do Sol em diferentes longitudes, por conta permitem apenas uma análise qualitativa de longo prazo so- Definida como a Irradiância Total Integrada durante um in-
do fuso horário unificado para todo o território. Essa diferença bre a variabilidade da radiação no Estado. Em geral, eles su- tervalo de tempo especificado, normalmente uma hora ou um
segue o movimento de rotação terrestre (comparando-se os perestimam a radiação solar real e são utilizados em estudos dia, no plano inclinado a 20° (ITOT20 ou HTOT20) e/ou a 45° (ITOT45
pontos extremos Porto Alegre, a Leste, e Uruguaiana, a Oeste). climatológicos. A sua utilização, porém, não é indicada para ou HTOT45). Essa irradiação representa o somatório das compo-
quantificação da radiação solar incidente na superfície. nentes difusa, direta e refletida no plano inclinado.

Os valores de irradiação (IDIR, IDIF, IHOR, ITOT, HDIR, HDIF, HHOR,


2.6.5 VARIABILIDADE 2.7 NOMENCLATURA E HTOT) correspondem aos valores de irradiância (GHI, DNI,
DA IRRADIAÇÃO UNIDADES ADOTADAS DHI) integrados no tempo.

A variabilidade intra-anual da irradiação é dependente da NO ATLAS • Produtividade Fotovoltaica (Einj)


latitude e de particularidades da região analisada tais como rele- A irradiância solar integrada durante um intervalo de tempo Representa a produtividade solar fotovoltaica (ou a energia
vo, continentalidade, vegetação e ação humana. A variabilidade especificado, normalmente uma hora ou um dia, é simbolizada elétrica injetada na rede) na hora considerada [Wh], sendo no
interanual da irradiação, por sua vez, é função de fenômenos por “I” quando integrada no tempo de uma hora [Wh/m²], ou plano inclinado a 20° (Einj20) e a 45° (Einj45). Quando integrada ao
intertropicais globais. Para o Estado do Rio Grande do Sul, tem- “H” quando integrada no tempo de um dia [Wh/m²/dia]. longo de um ano é representada por YF, com unidades em mé-
se a variabilidade interanual reduzida, conforme se observa na dia diária anual [kWh/kWp/dia] ou total, acumulada ao longo de
Figura 2.17. Vale destacar os anos de 2015 e 2016, marcados pelo • Irradiação Solar Global Horizontal (IHOR ou HHOR) 365 dias [kWh/kWp/ano].
fenômeno El Niño, durante os quais intensificaram-se os níveis Fornece o valor da radiação capturada em uma superfície
pluviométricos em todo o Sul do país, reduzindo os níveis de ra- horizontal ao nível do solo. Esta componente é composta por
diação. A variabilidade intra-anual é menor nos meses de inver- ambas as contribuições das radiações difusa e direta.

38
R A D I A Ç Ã O S O L A R E C L I M AT O L O G I A

FIGURA 2.16 Variação intra-anual do diagrama solar no Estado do Rio Grande do Sul*.

VARIAÇÃO HORÁRIA DA TRAJETÓRIA DO SOL AO


LONGO DO ANO DE 2018
Trajetória no dia de solstício de Verão: 21/12/2018
Trajetória no dia de solstício de inverno: 21/06/2018
Trajetória no dia de equinócio de primavera: 20/03/2018
Trajetória no dia de equinócio de outono: 22/09/2018
Posição do Sol, elevação e azimute em cada hora do dia
no ano
* Elaborado a partir do algoritmo de cálculo da posição do
Sol proposto por Reda e Andreas [21].

39
R A D I A Ç Ã O S O L A R E C L I M AT O L O G I A

FIGURA 2.17 Variação intra-anual e interanual da radiação no Estado do Rio Grande do Sul.

40
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42
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43
FONTE: DADOS MERRA2, PRODUTO (M2T1NXRAD) RADIATION DIAGNOSTICS [22] [23].
Meio Ambiente

44
MEIO AMBIENTE

Comparativamente, a regulamentação das UPIs é mais rígida


3.1 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 3.2 UNIDADES DE e seus recursos naturais podem ser utilizados apenas de modo
A legislação ambiental brasileira é vista como uma das mais CONSERVAÇÃO indireto, como para o turismo ecológico ou para a pesquisa
completas e avançadas do mundo [1], estando ainda em contí- científica. As UPIs compreendem as seguintes categorias: Esta-
nuo aprimoramento e atualização. Unidades de Conservação – UCs são áreas que represen- ção Ecológica – EE (ou Estações Ecológicas Estaduais – EEE),
tam e protegem o patrimônio biológico existente no território Reserva Biológica – REBIO, Parque Nacional – PN (ou Parques
O estudo e o acompanhamento das atualizações desta le- nacional. São legalmente instituídas pelos governos federal, Estaduais – PE e Municipais – PNM), Figura 3.1 e 3.2, Monu-
gislação é de fundamental importância para o processo de estadual e municipal, sendo sua criação justificada a partir de mento Natural – MoNa e Refúgio de Vida Silvestre – RVS.
implantação de um empreendimento de geração de energia estudos que identificam a relevância das suas características
elétrica, uma vez que os procedimentos de licenciamento am- naturais. São amostras protegidas das diferentes populações, As UUSs têm por objetivo conciliar a conservação com o
biental costumam ser complexos, envolvendo várias etapas. habitat e ecossistemas, assim como das águas jurisdicionais. uso sustentável dos recursos naturais, de modo a assegurar a
De acordo com o Guia Básico do Licenciamento Ambiental sua renovação. Nelas é possível admitir, inclusive, atividades
da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz No Rio Grande do Sul, as UCs são regulamentadas pelo Sis- de agricultura familiar de pequena escala e baixo impacto,
Roessler – FEPAM, as principais etapas são: Licença Prévia, tema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, instituí- como o caso ilustrado na Figura 3.3. As UUSs compreendem
Licença de Instalação e Licença de Operação [2]. do pela Lei nº 9.985 [7], e pelo Sistema Estadual de Unidades as seguintes categorias: Área de Relevante Interesse Ecológico
de Conservação – SEUC, instituído pela Lei nº 11.520 [8][9]. – ARIE, Floresta Nacional – FN, Reserva de Fauna – RF, Re-
O licenciamento ambiental é necessário sempre que o Atualmente, existem 11 UCs federais, 23 UCs estaduais e 31 serva de Desenvolvimento Sustentável – RDS, Reserva Extra-
empreendimento possuir algum potencial de impacto am- UCs municipais no Estado do Rio Grande do Sul [10], as quais tivista – RESEX, Área de Proteção Ambiental – APA e Reserva
biental. O procedimento administrativo compete a um ór- são listadas na Tabela 3.1 e apresentadas no Mapa 3.1. Particular do Patrimônio Natural – RPPN.
gão federal, estadual ou municipal, e envolve a autorização
sobre a localização, instalação, ampliação e operação dos As UCs se dividem em dois grupos: Unidades de Proteção A instalação de grandes complexos solares em terras indí-
empreendimentos. No âmbito estadual, no Rio Grande do Integral – UPIs e Unidades de Uso Sustentável – UUSs [18]. genas, quilombolas e assentamentos rurais não é viável por
Sul, a FEPAM é responsável por realizar a fiscalização e o
licenciamento. Atualmente, a Resolução CONSEMA 372 [3]
e a Portaria FEPAM nº 089 [4], dispõem e isentam o proces- FIGURA 3.1 Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

so de licenciamento ambiental para autoprodução e geração

FOTO: ZIG KOCH.


distribuída de energia elétrica a partir da fonte solar. No
âmbito federal, a Resolução CONAMA n° 279 [5] estabele-
ce procedimentos para o licenciamento simplificado de em-
preendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto
ambiental.

A alocação e o processo de registro de um empreendimento


de geração de energia elétrica deve levar em consideração a
existência de áreas com características especiais, mais sensí-
veis quanto ao impacto ambiental. Os principais grupos dessas
áreas especiais são relacionados a seguir:

• Áreas de Proteção Permanente – APPs, descritas no Có-


digo Florestal Brasileiro [6], compreendem margens de rios,
lagos, lagoas e reservatórios, topos de morros, encostas com
declividade elevada, dunas, banhados e nascentes;
• Unidades de Conservação – UCs, espaços delimitados por
meio de legislação específica, pelo poder público, compreen-
dem os parques municipais, estaduais, federais e reservas;
• Corpos Hídricos;
• Reservas Indígenas;
• Comunidades Quilombolas.

45
MEIO AMBIENTE
TABELA 3.1 Unidades de Conservação no Estado do Rio Grande do Sul. TABELA 3.2 Terras Indígenas no Estado do Rio Grande do Sul.

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICÍPIO ATO LEGAL


TERRA INDÍGENA MUNICÍPIO
1 EE de Aracuri-Esmeralda Muitos Capões Decreto n° 86.061/1981
2 EE do Taim Rio Grande e Santa Vitória do Palmar Decreto n° 92.963/1986 TI-1 TI Cacique Doble Cacique Doble, São José do Ouro

FEDERAL
3 PN da Lagoa do Peixe Mostardas e Tavares Decreto n° 93.546/1986 TI-2 TI Campo Bonito Torres
4 PN da Serra Geral Jacinto Machado, Praia Grande e Cambará do Sul Decreto n° 531/1992 TI-3 TI Cantagalo Porto Alegre, Viamão
5 PN de Aparados da Serra Cambará do Sul e Praia Grande Decreto n° 47.446/1959 TI-4 TI Capivari Palmares do Sul
6 RVS Ilha dos Lobos Torres Decreto n° 88.463/1983 TI-5 TI Carreteiro Água Santa
7 EEE Aratinga São Francisco de Paula e Itati D. E. n° 37.345/1997 TI-6 TI Estrada do Mar Osório
8 PE de Espigão Alto Barracão D. E. n° 658/1949 TI-7 TI Guarani Barra do Ouro Caraá, Riozinho, Maquiné
9 PE de Itapeva Torres D. E. n° 42.009/2002 TI-8 TI Guarani de Águas Brancas Arambaré
10 PE de Itapuã Viamão Decreto n° 33.886/1991, Decreto n° 35.016/1993 TI-9 TI Guarani Votouro Benjamin Constant do Sul
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL

P. Alegre, Canoas, Eld. do Sul, Nova S. Rita, TI-10 TI Guarita Tenente Portela, Redentora, Erval Seco
11 PE Delta do Jacuí Triunfo e Charqueadas Decreto n° 24.385/1976, Decreto n° 12.371/2005
TI-11 TI Inhacorá São Valério do Sul
12 PE do Camaquã Camaquã e São Lourenço do Sul D. E. n° 23.798/1975 
TI-12 TI Irapuá Caçapava do Sul
13 PE do Espinilho Barra do Quaraí D. E. n° 23.798/1975
TI-13 TI Kaingang de Iraí Iraí
14 PE do Ibitiriá Vacaria e Bom Jesus  D. E. n° 23.798/1975
TI-14 TI Ligeiro Charrua
ESTADUAL*

15 PE do Papagaio Charão Sarandi D. E. n° 30.645/1982


TI-15 TI Mato Castelhano Mato Castelhano
16 PE do Podocarpus Encruzilhada do Sul  D. E. n° 23.798/1975
TI-16 TI Mato Preto Getúlio Vargas, Erechim, Erebango
17 PE do Tainhas Jaquirana, São Francisco de Paula e Cambará do Sul  D. E. n° 23.798/1975
TI-17 TI Monte Caseros Muliterno, Ibiraiaras
18 PE do Turvo Derrubadas D. E. n° 2.312/1947, Decreto n° 17.432/1965
TI-18 TI Nonoai Rio dos Índios, Planalto, Nonoai,
19 PE Quarta Colônia Agudo e Ibarama  D. E. n° 44.186/2005 Gramado dos Loureiros
20 REBIO da Serra Geral Maquiné, Terra de Areia e Itati D. E. n° 30.788/1982, D. E. n° 41.664/2002 Trindade do Sul, Planalto, Nonoai,
TI-19 TI Nonoai/Rio da Várzea Liberato Salzano, Gramado dos Loureiros
21 REBIO do Ibirapuitã Alegrete D. E. n° 24.622/1976
22 REBIO do Mato Grande Arroio Grande D. E. n° 23.798/1975 TI-20 TI Pacheca Camaquã
23 REBIO do São Donato Itaqui e Maçambará D. E. n° 23.798/1975 TI-21 TI Passo Grande do Cacique Doble, Sananduva
Rio Forquilha
24 REBIO Mata Paludosa Itati  D. E. n° 38.972/1998
TI-22 TI Rio dos Índios Vicente Dutra
25 RVS Banhado do Maçarico Rio Grande D. E. n° 52.144/2014, D. E. n° 54.003/2018
TI-23 TI Salto Grande do Jacuí Salto do Jacuí
26 RVS Banhado dos Pachecos Viamão D. E. n° 41.559/2002
27 MoNa Palanquinho Caxias do Sul Decreto N° 16.104/2012 TI-24 TI Serrinha Três Palmeiras, Ronda Alta,

FONTE: FUNAI [12].


Engenho Velho, Constantina
28 PNM Base Ecológica do Rio Velho São Leopoldo L. M. n° 7.739/2012
TI-25 TI Varzinha Caraá, Maquiné
29 PNM da Ronda São Francisco de Paula L. M. n° 2.425/2007
TI-26 TI Ventarra Erebango
30 PNM do Apertado Severiano de Almeida Decreto n° 1.994/2014
TI-27 TI Votouro Benjamin Constant do Sul, Faxinalzinho
31 PNM do Pampa Bagé D. M. n° 174/2014
TI-28 TI Votouro/Kandóia Benjamin Constant do Sul, Faxinalzinho
32 PNM Dois Lajeados Dois Lajeados D. M. n° 052/2013
33 PNM dos Morros Santa Maria Decreto Executivo n° 074/2016
34 PNM Dr. Tancredo Neves Cachoeirinha Lei n° 1.527/1996
TABELA 3.3 Quilombos no Estado do Rio Grande do Sul.
35 PNM Imperatriz Leopoldina São Leopoldo D. M. n° 4.330/2005, L. M. n° 7.739/2012
36 PNM Longines Malinowski Erechim L. M. n° 3.110/1998 Quilombo Município
MUNICIPAL**

37 PNM Manuel de Barros Pereira Santo Antônio da Patrulha  L. M. n° 2.549/1992


Q-1 Anastácia Viamão
38 PNM Mata do Daniel Köche Filho São Leopoldo L. M. n° 7.739/2012 Q-2 Areal Luiz da Guaranha Porto Alegre
39 PNM Mata do Rio Uruguai Marcelino Ramos L. M. n° 028/2008 Q-3 Arnesto Penna Santa Maria
Teixeira Soares
Q-4 Arvinha Sertão
40 PNM Morro do Osso Porto Alegre Lei Complementar Municipal n° 334/1994
Q-5 Cambará Cachoeira do Sul
41 PNM Morro Jose Lutzenberger Guaíba D. M. n° 116/2013
Q-6 Casca Mostardas
42 PNM Sagrisa Pontão Lei Municipal n° 232/1999
Q-7 Chácara das Rosas Canoas
43 PNM Sertão Sertão D. M. n° 027/1998 Q-8 Costa da Lagoa Capivari Do Sul
44 PNM Tupancy Arroio do Sal L. M. n° 468/1994  Q-9 Família Fidélix Porto Alegre
45 REBIO Bioma Pampa Candiota L. M. n° 1.371 de 04/07/12, L. M. n° 1.476/2013 Q-10 Família Silva Porto Alegre
46 REBIO Dárvin João Jeremia Bento Gonçalves Decreto n° 1.339 Q-11 Limoeiro Palmares do Sul
47 REBIO Lami Jose Lutzenberger Porto Alegre Decreto-Lei Municipal n° 4.097/1975 Q-12 Linha Fão Arroio do Tigre
48 REBIO Moreno Fortes Dois Irmãos das Missões D. M. n° 018/2004, D. M. n° 052/2005 Q-13 Manoel Barbosa Gravataí
49 RVS do Molhe Leste São José do Norte L. M. n° 007/1996 Q-14 Mormaça Sertão
50 APA de Ibirapuitã Alegrete, Rosário do Sul, S. do Livramento e Quaraí Decreto n° 529/1992 Q-15 Morro Alto Maquiné/Osório
ARIE Pontal dos Latinos e Q-16 Palmas Bagé
FEDERAL

51 Pontal do Santiago S. V. do Palmar Resolução CONAMA n° 5/1984


Q-17 Quadra Encruzilhada do Sul

FONTE: INCRA [10].


52 FN de Canela Canela Portaria n° 561/1968 Q-18 Quilombo dos Alpes Porto Alegre
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

53 FN de Passo Fundo Mato Castelhano Portaria n° 561/1968 Q-19 Rincão dos Caixões Jacuizinho
54 FN de São Francisco de Paula S. Francisco de Paula Portaria n° 561/1968 Q-20 Rincão dos Martimianos Restinga Seca
DE USO SUSTENTÁVEL

P. Alegre, Canoas, Eld. do Sul, Nova S. Rita, Q-21 Rincão dos Negros Rio Pardo
55 APA Delta do Jacuí Triunfo e Charqueadas Lei Estadual n° 12.371/2005
DUAL*
ESTA-

Q-22 São Miguel Restinga Seca


56 APA do Banhado Grande Glorinha, Gravataí, Viamão e S. A. da Patrulha D. E. n° 38.971/1998
57 APA Rota do Sol Cambará do Sul, Itati, Três Forquilhas e S. F. de Paula D. E. n° 37.346/1997
FONTE: SEMA [7], [8], MMA [9].

59 APA de Caraá Caraá Decreto n° 076/1998 APA Área de Proteção Ambiental SIGLAS UTILIZADAS
60 APA de Riozinho Riozinho Decreto n° 348/1998 ARIE Área de Relevante Interesse Ecológico PN Parque Nacional
MUNICIPAIS**

61 APA dos Arroios Doze e Dezenove Carlos Barbosa Decreto N° 1.261/2000 EE Estação Ecológica PNM Parque Natural Municipal
62 APA Lagoa Itapeva Torres L. M. N° 3.372/1999 EEE Estação Ecológica Estadual RVS Refúgio de Vida Silvestre
63 APA Morro de Osório Osório L. M. N° 2.665/1994 FN Floresta Nacional D. E. Decreto Estadual
64 ARIE Henrique Luiz Roessler Novo Hamburgo  D. M. n° 4.129/2009 MoNa Monumento Natural D. M. Decreto Municipal
65 ARIE Morro Ferrabraz Sarapinga L. M. n° 5.900/2016 PE Parque Estadual L. M. Lei Municipal
66 ARIE São Bernardo São Francisco de Paula L. M. n° 2.424/2007
* UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS CADASTRADAS NO SEMA. ** UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAIS CADASTRADAS NO SEMA.

46
atlas solar
rande
do Sul

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO,
TERRAS INDÍGENAS, ASSENTAMENTOS
E QUILOMBOS MAPA 3.1 •
BASE CARTOGRÁFICA: SEMA [10], [11], MMA [12], INCRA [13], [14], FUNAI [15], IBGE [16], [17].

47
MEIO AMBIENTE

FIGURA 3.2 Parque Nacional de Aparados da Serra.

questões legais que envolvem, em especial, o objetivo do uso e


FOTO: ZIG KOCH.

ocupação do solo. No entanto, projetos de sistemas de aqueci-


mento solar térmico e produção fotovoltaica instalados sobre
telhados, especialmente de edificações já existentes, podem ser
de grande interesse nessas áreas, uma vez que associam-se a
impactos ambientais de pouca relevância ou inexistentes. Em
áreas de assentamentos com produção agrícola, por exemplo,
essas tecnologias podem representar uma alternativa para a
geração elétrica e/ou energia térmica em processos agroindus-
triais de pequena escala. Em quilombolas e terras indígenas
distantes da rede elétrica, são alternativas de eletrificação de
custo reduzido.

3.3 IMPACTOS AMBIENTAIS


Os impactos ao meio ambiente associados à exploração da
energia solar variam de acordo com a tecnologia utilizada, po-
dendo esta ser através de módulos fotovoltaicos ou de plantas
de concentração solar. É considerado fator relevante a escala
do empreendimento, que pode variar desde sistemas distribuí-
dos em telhados de casas, de pequena escala, até grandes usi-
nas, de larga escala [19].

A seguir, são relacionados alguns aspectos a se considerar sobre


os impactos ambientais associados à produção de energia solar.

3.3.1 USO DO SOLO


Instalações solares de larga escala podem gerar degradação
do solo e perda de habitat. A área utilizada para instalação da
usina depende da tecnologia, da topografia da região e da in-
tensidade do recurso solar. Diferentemente dos parques eóli-
cos, as instalações solares não podem compartilhar a área com
atividades de agricultura ou pecuária. O impacto do uso do
solo, contudo, pode ser minimizado com a utilização de áreas
de baixa qualidade, isto é, áreas não aproveitáveis para agricul-
tura ou outras atividades, ou áreas já degradadas ambiental-
mente, tais como minas abandonadas, instalações industriais e
aterros sanitários desativados.

3.3.2 IMPACTO VISUAL


O impacto causado pela poluição visual resultante de um
grande número de painéis fotovoltaicos ou refletores, instala-
dos próximos, em uma mesma área, pode ser minimizado com
a escolha de regiões de menor densidade populacional.

3.3.3 USO DA ÁGUA


Células fotovoltaicas não utilizam água no processo de
conversão de energia elétrica. Contudo, a água é utilizada no
processo de fabricação destas células e, em certas localidades,
a água é necessária para limpeza periódica dos painéis, para

48
MEIO AMBIENTE

FIGURA 3.3 Agricultura familiar de pequena escala dentro da APA Delta do Jacuí.

garantir seu bom desempenho. Ainda, nas plantas de concen-

FOTO: ZIG KOCH.


tração solar, assim como em qualquer usina térmica, a água é
utilizada no arrefecimento do sistema.

3.3.4 MATERIAIS TÓXICOS


O processo de fabricação de células fotovoltaicas inclui o
uso de produtos químicos, por exemplo, na limpeza e puri-
ficação da superfície do semicondutor. Embora tóxicos, estes
produtos são neutralizados e seus resíduos são controlados.
Entre esses materiais, estão o ácido clorídrico e o hidróxido
de amônia. A quantidade de compostos químicos necessários
para a fabricação depende do tipo de célula, do nível de lim-
peza necessário e do tamanho da lâmina de silício.

3.3.5 EMISSÕES DE GASES


ASSOCIADOS AO EFEITO ESTUFA

Enquanto a operação de uma instalação de geração de


energia elétrica a partir da energia solar não emite gases do
efeito estufa, também conhecidos como dióxido de carbono
equivalentes, outras atividades que compõem o ciclo de vida
dos seus equipamentos são associadas a potenciais emissões
que devem ser observadas. Essas atividades são: fabricação,
transporte, instalação, manutenção, descomissionamento e
descarte dos componentes. Os principais impactos ambien-
TABELA 3.4 Potenciais impactos ambientais no ciclo de vida da usina solar.
tais associados aos três principais estágios de um empreendi-
mento de geração solar são relacionados na Tabela 3.4.
POTENCIAIS IMPACTOS AMBIENTAIS NO CICLO DE VIDA DA USINA SOLAR
De acordo com o relatório Special Report on Renewable CONSTRUÇÃO OPERAÇÃO DESCOMISSIONAMENTO
Energy Sources and Climate Change Mitigation – SRREN, pu- Construção da usina, das linhas de transmissão,
blicado em 2011 pelo Intergovernmental Panel on Climate estradas e subestações
Change – IPCC [20], são gerados de 32 a 82 gramas de dióxido Uso de eletricidade
de carbono equivalente por quilowatt-hora produzido [CO2E/
Uso de materiais potencialmente contaminantes e inflamáveis
kWh] pela tecnologia fotovoltaica, e de 36 a 90 gramas pela
tecnologia de concentração solar. Vale lembrar que a ordem Necessidade de grandes áreas de terra
de grandeza é significativamente inferior à da emissão por usi-
Emissão de CO2E
nas térmicas que utilizam gás natural (de 272 a 907 gramas de
CO2E/KWh) ou carvão (de 635 a 1633 gramas de CO2E/kWh). Infraestrutura da usina, das linhas de transmissão e das subestações

Remoção da usina, das linhas de transmissão, da


subestação e das estradas

Degradação do solo

Nivelamento da superfície

Geração distribuída e centralizada Remoção de vegetação


tecnologia fotovoltaica/concentração solar

Geração centralizada Atividade veicular


tecnologia fotovoltaica
Limpeza dos espelhos
Geração centralizada
tecnologia de concentração solar
Limpeza dos
Geração centralizada painéis fotovoltaicos
tecnologia fotovoltaica/concentração solar Uso de água para
arrefecimento

FONTE: ADAPTADO DE HERNANDEZ ET AL. [19].

49
Tecnologia

50
T E C N O LO G I A

tufa. O fenômeno decorre do fato desses materiais permitirem de carvão, principal combustível da época e um recurso sa-
4.1 HISTÓRICO a passagem das radiações emitidas em ondas curtas, na faixa bidamente finito. Na busca por fontes alternativas, Augustin
4.1.1 HISTÓRICO DA da luz visível, e bloquearem as radiações emitidas por ondas Mouchot (1825-1911) foi um dos pioneiros nos experimen-
longas, na faixa infravermelha. As ondas longas são geradas tos para transformar a radiação solar em energia mecânica.
TECNOLOGIA SOLAR quando a luz é convertida em calor ao atingir paredes e outras Ele construiu uma máquina solar que utilizava, pela primeira
Os primeiros registros do aproveitamento da energia solar superfícies [1]. O filósofo Sócrates, ao fim do século V a.C., vez, um refletor cônico para concentrar os raios solares em
remontam à antiga Mesopotâmia (hoje parte dos territórios também estudou o aproveitamento da energia solar para o uma caldeira, a qual, por sua vez, alimentava uma máquina
do Iraque, Turquia e Síria), e descrevem sacerdotes utilizando controle da temperatura em ambientes, propondo atenção à a vapor. A concepção da caldeira baseava-se no princípio do
o interior de bacias de ouro polido como espelhos parabóli- orientação de janelas e outras aberturas em relação à posição efeito estufa, tomando como base a criação de Saussure (Fi-
cos para acender o fogo em cerimônias (Figura 4.1a). Esta do sol (Figura 4.1b) [2]. gura 4.1d), a qual fundamenta, até os dias de hoje, projetos de
prática também teria sido empregada, nos tempos antigos, aquecedores de água [1]. A criação de Mouchot foi apresenta-
por chineses, gregos e romanos [1]. Outra famosa citação de Conhecimentos provenientes da Antiguidade sobre ótica da, e bem recebida por Napoleão III, no ano de 1866.
uso da energia solar na Antiguidade é a suposta história do de espelhos curvos e lentes, preservados no mundo árabe pelo
espelho de Arquimedes (Figura 4.1c), o qual teria sido cons- matemático Abu Ali al-Hasan al-Haitham (965 – 1040), ins- Durante o final do século XIX e início do séc. XX, fize-
truído no séc. III a.C., com o objetivo de incendiar barcos piraram, no Renascimento, Leonardo da Vinci (1452 – 1519), ram-se inúmeros experimentos baseados nos princípios da
inimigos na defesa da Baía de Siracusa durante a Segunda em seus trabalhos de aperfeiçoamento de conceitos envol- termodinâmica, com o intuito de aperfeiçoar a tecnologia de
Guerra Púnica [1]. vendo concentradores solares parabólicos. Apesar do extenso conversão da energia solar em energia mecânica. Dentre os ex-
trabalho com concentradores solares, a principal contribui- perimentos mais conhecidos estão:
Referências apontam também para aplicações da energia ção de da Vinci para a área da energia solar foi, de fato, des-
solar com fins arquitetônicos. Documentos romanos sugerem pertar o interesse por aplicações industriais dessa forma de • Concentrador solar conectado a uma caldeira cons-
o emprego de materiais transparentes para o aquecimento do energia [1]. Tal interesse tomou impulso durante a revolução truído por Mouchot e um de seus assistentes, o engenheiro
interior de edificações, já fazendo uso do princípio do efeito es- industrial, quando emergiu a preocupação com o suprimento Abel Pifre (1852-1928). Este sistema foi exposto em Paris

“O princípio do efeito-estufa foi estudado por


Horace de Saussure (1740-1799) por meio da
Câmara de Calor, construída a fim de determinar
FIGURA 4.1 Linha do tempo. sua eficiência para a retenção da energia do Sol.”

isolante vidro ar termômetro


a b c d
térmico

Espelho de
Arquimedes

superfície interna madeira


Uso na Arquitetura pintada de preto
(“Efeito Estufa”)

séc XX a.C. séc V a.C. séc III a.C. séc XVIII d.C.

51
T E C N O LO G I A

em 1878 (Figura 4.1e). Em 1882, em Paris, Pifre apresentou pal combustível para o transporte [1]. Simultaneamente, em artigo expondo a ideia de que a luz era formada por fótons.
um motor solar que, ligado a uma prensa gráfica, imprimiu meados do séc. XIX, ocorreram as primeiras descobertas so- Até hoje em crescente evolução, a pesquisa busca o melhor
500 cópias de um pequeno jornal intitulado O Diário Solar. bre o efeito fotoelétrico e o efeito fotovoltaico. O primeiro aproveitamento das propriedades de alguns materiais semi-
O motor estava conectado a um concentrador composto por refere-se à emissão de elétrons de um material se o mesmo condutores de produzirem energia elétrica quando expostos
um espelho côncavo de 3,5 m de diâmetro e uma caldeira. for exposto à radiação eletromagnética, como por exemplo, à radiação solar.
a radiação ultravioleta. O segundo é a produção de tensão
• Concentrador de múltiplos espelhos planos arranjados em e corrente elétrica em um dispositivo quando exposto à ra- Os primeiros módulos feitos de selênio apresentavam bai-
semicírculo, elaborado por William Adams (1836-1915). diação solar , ocorrendo, deste modo, a conversão direta da xa eficiência e uma rápida degradação, desvantagens que fo-
energia solar em energia elétrica [3]. ram superadas muitas décadas depois, quando os módulos
• Concentrador de baixa pressão de Frank Shuman (1862- de silício foram inventados na Bell Laboratories em 1954, por
1918) e Charle Boys (1855-1944). Willoughby Smith (1828-1891), em 1860, conduziu al- Calvin Fuller (1902-1994) e Gerald Pearson (1905-1987) (Fi-
guns experimentos que culminaram com a descoberta de gura 4.1g). No início, a energia produzida pelos módulos de
• Conceito de concentrador cilíndrico de John Ericson que a condutividade do selênio era sensível à luz. Na década silício era relativamente custosa, razão pela qual suas primei-
(1803-1889), aperfeiçoado por Henry Willsie e John Boyle de 1870, o cientista William G. Adams e seu então aluno, ras aplicações práticas ocorreram somente na indústria ae-
com circuitos independentes de amônia e água. Richard E. Day, observaram o efeito fotovoltaico em um roespacial, em 1958, com o lançamento do satélite Vanguard I
dispositivo de selênio. Já na década de 1880, foi criado por (Figura 4.1h), alimentado por um conjunto de seis células
Esses experimentos foram testados em diferentes lugares do Charles Fritts (1850-1903) o primeiro módulo fotovoltai- solares montadas sobre sua superfície. Na indústria espacial,
globo, tais como no Egito (Figura 4.1f) e no Oeste dos EUA, co. Até este momento, pouco se sabia sobre como ocorria preocupações com custos ou com capacidade de geração em
em projetos de irrigação. o fenômeno de transformação da energia da luz em energia larga escala não eram determinantes para a escolha do siste-
elétrica, até que, em 1905, Albert Einstein [4] publicou um ma energético. De maneira oposta, a capacidade dos módulos
Muitos dos esforços para o desenvolvimento de tecno-
logias de aproveitamento termodinâmico da energia solar
foram deixados de lado com o início da Primeira Guerra
Mundial, quando as atenções voltaram-se para as questões
militares, o que levou à ascensão do petróleo como princi- “Efeito fotovoltaico
e junção p-n em cé-
lula fotovoltaica de
silício. O módulo de
silício foi inventado
pela primeira vez no

contato frontal

contato de base
Bell Laboratories,
e f g em 1954”. h i

Satélite Telecomunicação
Vanguard I Longa Distância

silício tipo n
junção p-n

Concentrador Solar Experimento de silício tipo p


de Augustin Mouchot Frank Shuman

Plataforma
Petrolífera

Boias de
Navegação

séc XIX - XX d.C. 1954 1958 1970

52
T E C N O LO G I A

fotovoltaicos de permitirem a operação por longos períodos das para sinais de televisão, rádio e telecomunicações em longa Uma das mais recentes linhas de aplicação utiliza materiais fo-
de tempo, quando comparados aos de outras fontes de ener- distância (Figura 4.1i). Já na década de 1980, foi destaque um tovoltaicos orgânicos (Organic Photovoltaics - OPV) (Figura 4.2).
gia, impulsionou o uso da tecnologia, tornando-a a principal programa humanitário utilizando bombas d’água alimentadas Esses materiais, embora apresentem menor eficiência energética
fonte para a alimentação de satélites [4]. por módulos fotovoltaicos, implementado em diversas regiões que os painéis fotovoltaicos tradicionais, são flexíveis e permitem
do Mali, para amenizar os agravos de períodos de seca [4]. amplo espectro de aplicações, como na arquitetura, construções,
A história do aproveitamento da energia solar por meio do fachadas comerciais, indústria automobilística, entre outras. Ou-
efeito fotovoltaico descreve, a partir da década de 1960, esfor- A partir da década de 1990, o uso de módulos fotovoltaicos tra tecnologia emergente são as células solares de perovskita, que
ços na busca por aplicações terrestres e por avanços na eficiência e de painéis para aproveitamento térmico do sol foi difundido, já alcançou, em poucos anos, eficiência que outros materiais leva-
dos módulos e na redução dos custos. As primeiras aplicações impulsionado pela emersão de políticas de sustentabilidade e ram mais de 25 anos de pesquisas.
viáveis foram encontradas no decorrer da década de 1970, na da promoção de incentivos governamentais para o uso desses
alimentação de equipamentos de baixo consumo em locais re- módulos e concentradores em residências ao redor do globo (Fi-
motos, tais como: bóias de navegação, plataformas da indústria gura 4.1j). Este crescimento, associado à evolução tecnológica,
FIGURA 4.2 Filme Fotovoltaico Orgânico
petrolífera, equipamentos para sinalização de interseções rodo- reduziu gradativamente os custos dessa energia aos patamares
produzido no Brasil pela empresa SUNEW.
ferroviárias, protetores catódicos para minas de gás, transmisso- mais competitivos atingidos no séc. XXI.
res para monitoramento de oleodutos e repetidores de microon-

FONTE: BANCO DE IMAGENS SUNEW.


j

ISS –Estação Espacial


Internacional

Avião Solar
Impulse

Pathfinder Geração
NASA Distribuída
Fotovoltaica

Aquecimento
Solar Residencial

Usina Centralizada
Heliotérmica
Usina Centralizada Pontual
Heliotérmica
Usinas Centralizadas Linear
Fotovoltaicas

Tûranor
PlanetSolar

1990

53
T E C N O LO G I A

O National Renewable Energy Laboratory - NREL, labora- te, desde 1976, a evolução da eficiência de células solares pro- aperfeiçoamento de diversas tecnologias de produção de ener-
tório pertencente ao Departamento de Energia dos Estados duzidas com diferentes materiais, reproduzida na Figura 4.3 gia, mantendo diversas linhas de pesquisa, sendo uma delas
Unidos (Department of Energy - DOE) publica periodicamen- [5]. O NREL tem por objetivo fomentar o desenvolvimento e o voltada ao aproveitamento do recurso solar.

FIGURA 4.3 Evolução da eficiência de dispositivos fotovoltaicos fabricados com diferentes materiais.

FONTE: ADAPTADO DE NATIONAL RENEWABLE ENERGY LABORATORY [6].


54
T E C N O LO G I A

• Outubro/2018: o BNDES reabriu o Programa Fundo Cli- solar e eólica, através do Convênio ICMS/CONFAZ 101 [20];
4.1.2 HISTÓRICO NO BRASIL a isenção de Licenciamento Ambiental, através da Resolução
ma, permitindo o financiamento de até 80% de equipamentos
Visando fomentar o desenvolvimento de projetos de de aproveitamento solar para pessoas físicas [17]. CONSEMA 372 [21], para autoprodução e geração distribuída
energia solar no Brasil, foi desenvolvido pelo Instituto Na- de energia elétrica a partir de fonte solar ou eólica, regradas
cional de Pesquisas Espaciais, no ano 2000, o Atlas Solari- pela Resolução Normativa nº 687 da ANEEL [14]; a Lei n°
métrico do Brasil [7] e, no ano de 2006, o Atlas Brasileiro 14.898, que institui a política estadual de incentivo ao apro-
de Energia Solar [8], tendo este passado por uma atuali- veitamento da energia solar [22] e a criação de um grupo de
GRÁFICO 4.1 Capacidade instalada em centrais fotovoltaicas
zação em 2017 [9]. A partir de 2010, novas medidas de trabalho para avaliação do mercado e confecção do projeto do
contratada nos leiloes promovidos pelo MME entre 2014 e 2018.
incentivo foram tomadas, contribuindo para o desenvol- Atlas de Energia Solar do Rio Grande do Sul. Além dessas, o
vimento do mercado de sistemas fotovoltaicos no Brasil. Decreto Estadual nº 53160 [23] instituiu o Programa Gaúcho
Algumas dessas medidas são relacionadas a seguir. de Energias Renováveis para, entre outras diretrizes, dar cele-
ridade ao andamento de projetos de geração de energia a partir
• Abril/2012: a Agência Nacional de Energia Elétrica esta- de fontes renováveis.
beleceu condições para o acesso de minigeração e microgera-
ção distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, No âmbito acadêmico, o estudo da energia solar no Estado
implementando o sistema de compensação de energia elétrica teve início com a criação de diversos grupos de pesquisa. O pri-
através da Resolução Normativa nº 482 - RN 482 [10]. meiro foi criado pelo Prof. Arno Müller na Universidade Federal
do Rio Grande do Sul - UFRGS, em 1975, e dedicava-se a siste-
• Outubro/2014: no 6° Leilão de Energia de Reserva - LER mas de aquecimento solar de água. Logo, o primeiro grupo foi
ocorreu a primeira contratação de energia solar centralizada, FONTE: ANEEL [18]. reforçado com o Prof. Oscar Daniel Corbella, em 1976, oriundo
totalizando 890 MW. A evolução da contratação deste tipo de da Universidade de Rosário, Argentina, tendo permanecido na
energia por meio de Leilões promovidos pelo Ministério de UFRGS atuando junto ao Programa de Pós Graduação em En-
Minas e Energia - MME pode ser observada no Gráfico 4.1, 4.1.3 HISTÓRICO NO genharia de Minas, Metalúrgia e Materiais até 1987, quando o
entre 2014 e 2018. RIO GRANDE DO SUL Laboratório de Energia Solar - LABSOL [20] passou a ser coor-
denado pelo Prof. Arno Krenzinger, do Departamento de Mate-
• Abril/2015: o Conselho Nacional de Política Fazendá- No Rio Grande do Sul, as primeiras aplicações da energia riais da Escola de Engenharia. O Prof. Krenzinger é um dos bra-
ria - CONFAZ publicou o Convênio ICMS 16 [11], isen- fotovoltaica foram realizadas por entusiastas no assunto, por sileiros pioneiros na área de energia solar, formado pelo Centro
tando o pagamento estadual do Imposto sobre Circulação meio de iniciativas isoladas como a do empresário Hans Dieter de Investigaciones Energéticas Medioambientales y Tecnológicas
de Mercadorias - ICMS sobre o excedente de energia pro- Rahn que, em 2000, instalou um sistema fotovoltaico integrado - CIEMAT (Espanha), responsável pela formação de notáveis
duzido por sistemas de geração distribuída. Em 18 de de- à rede pública de distribuição de energia elétrica, gerando ele- pesquisadores brasileiros na área.
zembro de 2015, o Estado do Rio Grande do Sul, através tricidade para uso residencial e comercial. Na época, como o
do Convênio ICMS 157 [12], aderiu ao CONFAZ. A totali- empresário tinha permissão da Companhia Estadual de Ener- Atualmente, a sede do LABSOL está no Campus do Vale, em
dade da participação dos estados da federação ocorreu em gia Elétrica - CEEE para inserir a sua produção na rede local, Porto Alegre, em um terreno com aproximadamente 7 mil m²
16 maio de 2018. esta foi considerada a primeira instalação fotovoltaica privada e 400 m² de área construída, onde estão instalados laboratórios
integrada à rede de distribuição pública de energia elétrica na para ensaios de módulos fotovoltaicos, de coletores solares tér-
• Novembro/2015: A ANEEL alterou a Resolução Norma- América Latina. micos, inversores e bancadas de diversos experimentos vincula-
tiva n° 482 [10], através da Resolução Normativa n° 687 [14], dos à energia solar, bem como salas de aulas teóricas e práticas.
estabelecendo uma série de melhorias e avanços na legislação. O mercado estadual de energia solar fotovoltaica começou As principais linhas de pesquisa do LABSOL são: desenvolvi-
efetivamente no ano de 2013, após a publicação da Resolução mento de metodologias de ensaios de módulos fotovoltaicos,
• Dezembro/2015: a Agência Nacional de Energia Elétrica Normativa nº 482 [10]. Desde então, esse segmento tem se análise de desempenho de sistemas fotovoltaicos conectados à
instituiu, por meio da Portaria n° 538 [13], o Programa de mostrado bastante promissor e tem motivado o interesse de rede, análise de desempenho de coletores e sistemas solares tér-
Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica projetistas, instaladores, comerciantes e consumidores de ele- micos, desenvolvimento de instrumentação aplicável à energia
- ProGD, permitindo que o excedente da energia produzida tricidade, consolidando o Rio Grande do Sul como o segundo solar e desenvolvimento de software para simulação de sistemas
em unidades consumidoras fosse vendido no mercado livre estado brasileiro com a maior potência instalada dessa fonte de de conversão da energia solar.
de energia. energia na modalidade distribuída.
Outro importante grupo de pesquisa em energia solar en-
• Novembro/2016: linhas de financiamento promovidas Várias medidas foram implementadas pelo governo gaú- contra-se na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul -
pelo governo federal foram estendidas à compra de equipa- cho para viabilizar esse mercado no Estado. Dentre elas des- UERGS. Fundada em 2001, esta foi a primeira universidade
mentos para energia fotovoltaica e aquecimento solar [15]. tacam-se: o Decreto Lei nº 52.964 [19], que estabelece a co- brasileira a oferecer um curso de graduação em Engenharia
brança do ICMS somente sobre a diferença líquida sobre o de Energia, na época denominado Engenharia em Energia e
• Maio/2017: o Banco Nacional de Desenvolvimento - BN- que foi consumido, dentro dos limites de potência da RN 482 Desenvolvimento Sustentável. O Grupo de Pesquisa Radiação
DES aprovou o primeiro financiamento para geração fotovol- [10]; a isenção do ICMS nas operações com diversos equipa- Solar e Ciências Atmosféricas tem ampla experiência no ma-
taica centralizada, na Usina de Pirapora, Minas Gerais [16]. mentos e componentes para o aproveitamento das energias peamento do potencial solar do Estado, estudos da radiação,

55
T E C N O LO G I A

FIGURA 4.6 Manuseio de células


solares em sala limpa.

FIGURA 4.5 Colocação das lâminas de


silício em forno de difusão de dopantes.

FIGURA 4.4 Lâminas de silício entrando


em forno elétrico com tubo de quartzo
para difusão de dopantes.

FOTO: BRUNO TODESCHINI/PUCRS.

FOTO: BRUNO TODESCHINI/PUCRS.

FOTO: BRUNO TODESCHINI/PUCRS.

energia solar fotovoltaica e sensoriamento remoto da atmosfe- nas de silício crescido pelo método Czochralski (Si-Cz), tipo p e a heliotérmica estão entre as mais importantes e já se encon-
ra, tendo atuado em trabalhos científicos relacionados ao ma- e tipo n [28]. Um dos projetos bem sucedidos desenvolvidos tram em fase avançada de implantação comercial.
peamento da radiação solar [24], [25], [26]. pelo NT-Solar obteve células solares com 17,3% de eficiência.
Uma sequência de fotos da fabricação e caracterização de célu- • TECNOLOGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
Em 1997, na Escola de Ciências da Pontifícia Universi- las solares é apresentada nas Figuras 4.4 a 4.8. A tecnologia solar fotovoltaica é a mais difundida atualmen-
dade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, foi fundado te e caracteriza-se pela obtenção da energia elétrica por meio do
o Núcleo de Tecnologia em Energia Solar - NT-Solar [27], O NT-Solar já solicitou 8 patentes de processos de fabricação efeito fotovoltaico em dispositivos semicondutores, denominados
liderado pelos Profs. Adriano Moehlecke e Izete Zanesco. de células solares junto ao Instituto Nacional da Propriedade In- células solares. Atualmente, a maioria das células solares indus-
Atualmente, a equipe do NT-Solar atua no desenvolvimento dustrial - INPI. Apresenta-se nas Figuras 4.9 e 4.10 módulos fo- triais são fabricadas a partir de lâminas de silício cristalino (mo-
de tecnologias para redução do custo da energia elétrica pro- tovoltaicos produzidos e instalados em escala piloto na PUCRS. nocristalino e policristalino). Embora outros materiais tenham
veniente da conversão direta da energia solar, atuando na pes- sido introduzidos em ambientes industriais nas últimas décadas,
quisa e desenvolvimento de células solares de silício, módulos 4.2 TECNOLOGIAS ATUAIS nenhum conseguiu substituir o silício, tendo em vista a larga ex-
fotovoltaicos e sistemas fotovoltaicos isolados ou interligados periência alcançada pela indústria, a obtenção de dispositivos de
à rede elétrica.
PARA APROVEITAMENTO alta eficiência, a abundância do elemento na Terra, a produção
DA ENERGIA SOLAR de baixos índices de contaminação no processamento de células
O NT-Solar é o único centro de Pesquisa e Desenvolvimento solares e a alta durabilidade. Além da tecnologia de silício cristali-
- P&D da América Latina projetado para desenvolver e carac- As tecnologias para o aproveitamento da energia solar es- no, destacam-se as tecnologias de filmes finos, em especial as que
terizar células solares e módulos fotovoltaicos em escala piloto. tão divididas em dois grandes grupos de acordo com o tipo de utilizam telureto de cádmio - CdTe, disseleneto de cobre/índio e
Instalado em uma área de 950 m2, tem seu maior laboratório, energia produzida: elétrica e térmica. gálio - CIGS e silício amorfo hidrogenado - a-Si:H.
com área total de 210 m2 de salas limpas classe 10.000 destina-
do ao desenvolvimento desses componentes. Desde 1997, os 4.2.1 PRODUÇÃO DE • TIPOS DE INSTALAÇÕES FOTOVOLTAICAS
líderes do NT-Solar coordenam projetos de P&D com subven- ENERGIA ELÉTRICA Visando o planejamento de novas instalações, destacam-se
ção de órgãos governamentais e empresas do setor de energia, aqui os principais critérios de classificação de plantas solares,
somando uma captação de recursos da ordem de 17 milhões O desenvolvimento de novas tecnologias para atender a de- além dos tipos de módulos:
de reais, até 2018. manda por energia elétrica foi impulsionado nas últimas déca-
das pelo crescimento do consumo e pela necessidade de redu- Escala de potência/capacidade do sistema: com rela-
O Núcleo de Tecnologia em Energia Solar desenvolve tec- ção do uso de combustíveis fósseis. Dentre as tecnologias para ção à escala das instalações fotovoltaicas, usualmente são dis-
nologias industriais de fabricação de células solares em lâmi- aproveitamento elétrico da radiação solar, a solar fotovoltaica tinguidas entre os tipos centralizada e distribuída. Na geração

56
T E C N O LO G I A

FIGURA 4.8 Células solares de silício FIGURA 4.10 Sistema fotovoltaico com módulos desenvolvidos e fabricados na PUCRS.
cristalino fabricadas no NT-Solar/PUCRS O sistema está em funcionamento desde 2010 no Museu de Ciência e Tecnologia da
em produção piloto. Universidade.

FOTO: DIVULGAÇÃO NT-SOLAR/PUCRS.


FOTO: BRUNO TODESCHINI/PUCRS.

FIGURA 4.7 Caracterização elétrica de


célula fotovoltaica em simulador solar. FOTO: DIVULGAÇÃO NT-SOLAR/PUCRS.

FIGURA 4.9 Módulos fotovoltaicos fabricados em planta piloto no NT-Solar/PUCRS.

FOTO: DIVULGAÇÃO NT-SOLAR/PUCRS.

centralizada, a escala atinge potências da ordem de megawatts. Tipo de conexão do sistema: um sistema fotovoltaico Mesmo nos equipamentos projetados para sistemas iso-
Já no tipo distribuída, a escala é da ordem de kilowatts e as pode permanecer conectado à rede e às centrais produtoras lados, normalmente de menor porte, observa-se a tendência
instalações ficam próximas ao ponto de consumo, podendo de energia, tal como normalmente ocorre em centros urbanos para o crescimento da potência nominal com o avanço da tec-
ser implantadas em zonas urbana, rural ou industrial. A escala e industriais, ou ser isolado (autônomo), como comumen- nologia. Os sistemas de microrredes, em que diferentes pontos
industrial, intermediária entre a centralizada e a distribuída, te acontece em zonas rurais. Neste caso, a energia produzida de consumo e produção são interconectados para otimizar a
abrange potências da ordem de algumas centenas de quilo- pode ser diretamente consumida ou acumulada (em baterias, eficiência e melhorar o equilíbrio da rede, frequentemen-
watts até vários megawatts. por exemplo), conforme o projeto do sistema. te combinam diferentes tipos de fontes de energia, visando

57
T E C N O LO G I A

compensar a variabilidade na distribuição da produção e da – Inversores Grid Tie ou String Inverter: este modelo é o in-
demanda elétrica. FIGURA 4.11 Rastreamento do Ponto de Potência Máxima. versor mais difundido no mercado e funciona integrando um
sistema fotovoltaico sem baterias à rede elétrica.
• INVERSORES
Um ponto crítico na evolução dos sistemas fotovoltai- – Microinversores: este tipo de inversor tem o mesmo prin-
cos é a tecnologia de inversores, componente responsável cípio de funcionamento do inversor grid tie ou string. Contu-
primordialmente por desempenhar as seguintes funções [29]: do, por ser miniaturizado, ele é ligado individualmente a cada
painel fotovoltaico. Dessa forma, a tensão de saída de cada
– Conversão da Corrente Contínua - CC gerada pelos mó- painel é 110/220 V. A vantagem deste inversor é a indepen-
dulos fotovoltaicos para Corrente Alternada - CA, compatível dência do painel em relação ao sistema, ou seja, quando um
com a injeção na rede elétrica; dos painéis sofre sombreamento ou algum tipo de problema, a
produção de energia dos demais não é prejudicada, aumentan-
– Rastreamento do Ponto de Potência Máxima (Maximum do a eficiência global. O microinversor também permite maior
Power Point Tracking – MPPT) da curva característica de modularidade do sistema, possibilitando a adição de painéis
corrente-tensão (i-V) (Figura 4.11), através de um transfor- FONTE: ADAPTADO DE FRONTIN ET AL. [28]. fotovoltaicos sem a necessidade de substituição dos inversores.
mador chopper que calcula a cada instante o par de valores
do gerador, mantendo o valor de tensão V multiplicado pela – Inversores Centrais: seu princípio de funcionamento tam-
corrente i no máximo valor possível de potência P (P=V.i). bém é similar aos inversores grid tie ou string. No entanto, são
utilizados em centrais geradoras com grande quantidade de
– Conexão e desconexão da rede elétrica, quando nela fo- – Inversores Off Grid: o termo off grid significa que o inver- painéis, geralmente usinas de geração centralizada, onde a ca-
rem detectadas anomalias, visando proteger os painéis e de- sor é desconectado da rede elétrica. Este tipo de equipamento pacidade instalada é da ordem de megawatts.
mais instalações, assim como a própria rede. é utilizado em sistemas independentes (isolados) conectados a
um banco de baterias como, por exemplo, em estações remo- • TECNOLOGIA HELIOTÉRMICA
Ainda, conforme a aplicação desejada, existem diferentes tas de transmissão de rádio ou meteorológicas e em moradias A tecnologia heliotérmica, também conhecida como
tipos de inversores, sendo eles [30]: afastadas da linha de transmissão elétrica. Concentrating Solar Power - CSP, consiste no aproveitamen-

FIGURA 4.12 Principais tecnologias heliotérmicas.

Concentradores lineares Concentradores pontuais

Cilindro parabólico Refletor linear Fresnel Torre central Disco parabólico

SOL SOL SOL Torre SOL


solar

Receptor
e motor

Refletor

Tubulação do
campo solar

Tubo absorvedor

Espelhos Tubo absorvedor e Heliostatos


refletores Refletor
refletor secundário
FONTE: ADAPTADO DE IEA [31].

58
T E C N O LO G I A

to solar e na conversão da energia térmica em mecânica, vado, e são uma das principais barreiras a impedir uma maior Placas solares planas: tipicamente funcionam por um sis-
para posterior conversão em energia elétrica. Na primeira disseminação da tecnologia. Além dos custos de investimento, tema de termossifão (ou circulação natural), onde os raios
etapa, em que ocorre a concentração térmica, um dos as- operação e manutenção relativamente altos, há ainda restri- solares aquecem a água que circula no interior das placas a
pectos mais críticos é a precisão dos equipamentos, da qual ções na seleção de locais aptos a receber essas usinas, tais como qual, posteriormente, é direcionada para o reservatório térmi-
depende a concentração eficiente dos raios solares. Outra níveis mínimos de irradiação, tipologia do terreno (inclinação, co (boiler) devido à diferença de densidade (Figura 4.13a). No
característica sensível é o dimensionamento dos fluidos, refletividade) e disponibilidade de água para funcionamento e entanto, quando não há condições para a instalação de um sis-
com o objetivo de equilibrar o rendimento do sistema e os manutenção do sistema. tema de circulação natural, não atendendo à diferença mínima
custos. Na segunda etapa, o fluido já aquecido (geralmente de nível entre o boiler e as placas, utiliza-se circulação forçada,
acima dos 450 °C) é direcionado para um ciclo termodinâ- 4.2.2 GERAÇÃO DE com o emprego de uma bomba hidráulica e de um dispositivo
mico, que se comporta tipicamente como a descrição teó- ENERGIA TÉRMICA para controle de temperatura (Figura 4.13b).
rica do Ciclo Rankine, ciclo termodinâmico reversível que
converte calor em trabalho, em uma turbina. Por fim, estan- Como visto no item 4.1.1, pode-se afirmar que o apro- Projetos de sistemas de aquecimento solar são amplamente
do a turbina acoplada a um gerador, o trabalho é convertido veitamento da energia térmica do sol é um dos seus usos difundidos no Brasil, onde são regulamentados por normati-
em energia elétrica. mais antigos. Na atualidade, o aproveitamento mais di- vas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técni-
fundido é no aquecimento de água para uso residencial e cas - ABNT, para seu dimensionamento e instalação. Tratam
As tecnologias heliotérmicas, já em fase comercial, classi- industrial. Os principais modelos de coletores solares tér- desse assunto a NBR 15569 [32] e a Portaria nº 395 do Instituto
ficam-se de acordo com a forma de concentração da radia- micos são baseados nos conceitos de tubos a vácuo e de Nacional de Metrologia - INMETRO [33].
ção, que pode ser pontual ou linear. Distinguem-se assim as placas solares planas.
usinas que utilizam concentradores pontuais (torre central e
disco parabólico) das usinas que utilizam coletores lineares Coletores solares a vácuo: os tubos a vácuo contêm em seu
(cilindro-parabólicos e refletores lineares Fresnel), como interior um condutor por onde passa a água que será aquecida.
apresentados na Figura 4.12. O vácuo criado entre o vidro e a superfície do condutor inter-
no contribui para a eficiência do sistema, reduzindo as perdas
Apesar de recentes avanços na redução dos custos da tec- térmicas, sendo indicado para regiões mais frias ou com baixo
nologia heliotérmica, estes ainda se mantêm em patamar ele- índice de insolação.

FIGURA 4.13 Sistemas de placas solares planas para aquecimento da água. (a) Circulação Natural e (b) Circulação forçada.

a b

3 5 3 7
tampa corpo corpo isolamento
lateral externo interno 2 2
Saída para Saída para
o consumo o consumo
6
4
termostato 4

resistência 6
Sensor frio
elétrica
Sensor 6
quente
suporte 1
5
1
7
8

Termossifão ou circulação natural Bombeado ou circulação forçada


cobertura
1 . Coletores solares 1 . Coletores solares
aleta 2 . Reservatório térmico 2 . Reservatório térmico
flauta 3 . Caixa de água fria 3 . Caixa de água fria
4 . Sifão 4 . Válvula de retenção
isolamento 5 . Respiro 5 . Controlador diferencial de temperatura
caixa 6 . Alimentação de água fria com trecho de 6 . Sensores de temperatura
tubulação resistente a água quente 7 . Respiro (ou válvulas de alívio de pressão)
7 . Dreno 8 . Bomba hidráulica

FONTE: ADAPTADO DE PROCOBRE [34].

59
Metodologia

60
M E TO D O LO G I A

O mapeamento do potencial solar do Rio Grande do Sul As condições iniciais e de contorno da simulação foram ob- Pesquisou-se um conjunto de dados de medições da melhor
foi realizado pela empresa UL TruePower a partir do sistema tidas do modelo de reanálise global ERA-Interim, de 80 km qualidade possível e representativas a longo prazo, selecionan-
de modelagem WRF-Solar, o mais avançado no mercado para de resolução espacial e 60 níveis verticais, disponibilizadas do-se as séries com poucas falhas e pertinentes a períodos de
o mapeamento desse recurso, ajustado e validado com dados pelo European Centre for Medium-Range Weather Forecasts - vários anos.
solarimétricos provenientes de 33 estações meteorológicas ECMWF [4]. O WRF-Solar foi configurado com três domínios
do INMET. O modelo meteorológico utilizado foi o Weather aninhados, de 27 km, 9 km e 3 km de resolução horizontal. A O INMET, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Research and Forecasting Model - WRF, adaptado pela UL para escala de interesse para a realização do presente mapeamento Abastecimento, é responsável pelo fornecimento das informa-
a climatologia do Sul do Brasil e processado nos clusters de corresponde à de menor tamanho de malha e, consequente- ções meteorológicas através do monitoramento, análise e pre-
computadores da empresa nos Estados Unidos. mente, maior resolução espacial, com uma grade horizontal de visão do tempo e do clima. O Instituto garante a distribuição
3 km x 3 km e 40 níveis verticais. A Tabela 5.1 indica as princi- de dados observacionais obtidos por uma rede de mais de 500
pais características dos domínios da simulação. estações meteorológicas distribuídas por todo o país.
5.1 O MODELO WRF
O mapeamento do Atlas Solar do Rio Grande do Sul empre- TABELA 5.1 Domínios da simulação e características. A Rede de estações do INMET dispõe de estações automá-
gou o modelo meteorológico de mesoescala WRF versão 3.9.1, ticas, convencionais e de radiossonda. Para este estudo especi-
com o núcleo Advanced Research WRF - ARW. A metodologia RESOLUÇÃO PONTOS TAMANHO ficamente, foram considerados os dados horários registrados
DOMÍNIO
utilizada foi semelhante à adotada para o mapeamento eólico [km2] DE MALHA [km2] pelas Estações Meteorológicas Automáticas - EMA, desde 2001
do Rio Grande do Sul, de 2014 [1], com configurações especí- D01 27 x 27 78 x 76 2.106 x 2.052 até 2017. As EMAs são compostas por um datalogger conecta-
ficas e resolução final de 3 km x 3 km. O projeto foi executa- D02 9x9 118 x 112 1.062 x 1.008 do a sensores ambientais, o qual registra valores de minuto em
do pela associação técnica entre as empresas UL Truepower e D03 3x3 268 x 268 858 x 804 minuto de diferentes parâmetros meteorológicos, tais como
Camargo-Schubert - C&S. pressão atmosférica, temperatura, umidade relativa, precipita-
ção, radiação solar, direção e velocidade do vento, entre outros.
O modelo WRF foi selecionado devido à sua ampla acei- No que concerne às opções físicas da simulação, foram em- A cada hora, os valores registrados são integrados e transmi-
tação e utilização pela comunidade científica e seu estado da pregados os esquemas de parametrizações apresentados na Ta- tidos ao centro de processamento do INMET. Os principais
arte na previsão numérica do tempo. Idealizado principalmen- bela 5.2. Não foi considerada nenhuma parametrização de cú- equipamentos utilizados em uma estação típica da rede EMA
te pelo National Center for Atmospheric Research - NCAR dos mulos para os dois domínios internos (D02 e D03), seguindo estão relacionados na Tabela 5.3.
Estados Unidos [2], trata-se de um modelo compressível e não as recomendações do modelo de não utilizar esquemas de con-
hidrostático que utiliza malha horizontal do tipo Arakawa C vecção para domínios inferiores a 10 km de resolução espacial.
e coordenadas verticais que acompanham o terreno, sendo o TABELA 5.3 Principais equipamentos utilizados em uma esta-
limite superior uma superfície de pressão constante. TABELA 5.2 Modelos de parametrização empregados na ção típica da rede EMA do INMET.
simulação com WRF-Solar.
Para a execução das simulações computacionais de mesoes- VARIÁVEL
EQUIPAMENTO MODELO FABRICANTE
MEDIDA
cala, a UL utilizou um centro privado de supercomputação em CONFIGURAÇÃO OU
OPÇÃO
Albany, NY. Foram utilizados ao todo 73 nós de 4 processado- ESQUEMA DE Datalogger - MAWS301 Vaisala
FÍSICA
res cada um, totalizando 292 processadores, para simular um PARAMETRIZAÇÃO
Piranômetro irradiância solar CM 6B* Kipp & Zonen
ano aleatório, representativo de um período de longo prazo de velocidade do
Mellor–Yamada Nakanishi Niino – Anemômetros WAA151 Vaisala
Camada Superficial – SL
15 anos. As simulações foram processadas durante os meses de MYNN [5] Level 2.5 Schemes vento
junho a agosto de 2018. Sensor de
Radiação Térmica – LW Rapid Radiative Transfer Model – RRTM [6] direção do
direção WAV151 Vaisala
vento
wind vane
Radiação Solar – SW Dudhia [7]
Para o desenvolvimento do Atlas, foi aplicada uma confi- Sensor de temperatura QMT102 Vaisala
temperatura
guração específica no modelo WRF, própria para a previsão Microfísica – MP WRF Single-moment 5-class – WSM5 [8]
* CLASSIFICAÇÃO ISO 9060 DA SECONDARY STANDARD.
meteorológica solar, chamada WRF-Solar. Esta configuração Superfície do Solo – LSM Unified Noah Land Surface Model [9] FONTE: INMET [11].
permite aperfeiçoar a representação da interação do sistema
Camada Limite Planetária Mellor–Yamada Nakanishi Niino –
nuvem-aerossol-radiação no modelo [3]. Outras melhorias in- – PBL MYNN [5] Level 2.5 Schemes Seguindo diretrizes técnicas, as estações EMA são insta-
cluem novas parametrizações de aerossóis e um algoritmo de Cúmulos – CP Kain-Fritsch Eta Scheme [10]
ladas em áreas livres de obstruções naturais ou construções,
rápida transferência radiativa, o qual permite obter a radiação ocupando área mínima de 14 m x 18 m. A estação meteoroló-
solar com alta resolução temporal e baixo custo computacio- gica de Porto Alegre, que reúne no mesmo espaço uma EMA
nal. Diversos trabalhos ressaltam os benefícios destes aperfei-
çoamentos na previsão solar, reduzindo erros nas simulações
5.2 MEDIÇÕES e uma estação convencional, é apresentada na Figura 5.1a. Os
detalhes do piranômetro e do pluviômetro são apresentados
com céu claro, onde se torna primordial aferir devidamente SOLARIMÉTRICAS na Figura 5.1b. A manutenção da rede de estações ocorre men-
os impactos dos aerossóis [3]. Ainda, uma das novidades que Com a finalidade de ajustar ou validar os valores estimados salmente. O INMET adota, há mais de 10 anos, o Sistema de
aumenta a importância desta ferramenta para a indústria solar pelo modelo meteorológico WRF, inicialmente foram consi- Qualidade ISO 9001 para auxiliar no acompanhamento e nos
é a possibilidade de extrair diretamente dos resultados as com- derados dados provenientes de 38 estações meteorológicas da processos de manutenção [12].
ponentes de radiação direta e difusa. rede pública do INMET localizadas no Rio Grande do Sul [11].

61
M E TO D O LO G I A

FIGURA 5.1 (a) Configuração típica de uma estação EMA, em Porto Alegre. (b) Detalhe do piranômetro e do pluviômetro, instalados no padrão WMO.

FOTO: RAMON F.
No Rio Grande do Sul, existem atualmente 44 estações (a)
meteorológicas de observação do tipo EMA do INMET, em
operação [11]. Destas, 33 foram selecionadas para fornecer os
dados utilizados na elaboração deste Atlas Solar. O principal
critério aplicado na seleção foi a taxa de disponibilidade das
séries de dados para garantir a consistência na representação
do perfil de radiação em cada um dos locais analisados. A lo-
calização das estações consideradas no estudo é apresentada
no Mapa 5.1. Ressalta-se que nem todas as estações meteoroló-
gicas estão instaladas em sedes municipais, algumas estão em
fazendas ou campos experimentais, em zonas rurais.

(b)

FOTO: RAMON F.
(b)

62
M E TO D O LO G I A

Os valores médios anuais da radiação diária das estações


EMA validados neste estudo encontram-se na Tabela 5.4. Nela
são apresentadas valores oriundos de diferentes períodos e me-
todologias de tratamentos de dados: INMET EMA - UERGS
e INMET EMA - C&S. Os dados INMET EMA - UERGS fo-
ram compilados e tratados pela Universidade Estadual do Rio
Grande do Sul para o mapeamento da radiação solar do estado
[12] [13], e posteriormente utilizados neste Atlas para o ajuste
do viés do modelo WRF. Paralelamente, com o objetivo de ob-
ter os valores horários de radiação e temperatura necessários
ao cálculo da produtividade fotovoltaica, a Camargo-Schubert
processou todo o conjunto de dados INMET EMA - C&S dis-
poníveis até março de 2017.

Para o cálculo das médias anuais INMET EMA - C&S, fo-


ram empregados algoritmos de identificação de falhas, não
conformidades e medidas corretivas, quando aplicáveis. Des-
taca-se aqui a exclusão das medições de radiação das estações
do Chuí (Santa Vitória do Palmar) e de Santana do Livramen-
to, por apresentarem inconsistências nas medidas, valores fa-
lhos ou mudanças na localização das estações. Apesar de al-
gumas estações apresentadas na Tabela 5.4 possuírem um alto
percentual de dados inválidos, apresentam, em contrapartida,
considerável número de horas de medição válidas registradas
MAPA 5.1 ESTAÇÕES INMET EMA por longos períodos, p. ex. Santo Augusto e Rio Grande.

LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES METEO- A maioria das estações apresentou cerca de 10 anos de da-
ROLÓGICAS UTILIZADAS PARA AJUSTE dos válidos. Ressalte-se que para a medição da radiação solar
pode haver, no máximo, 14 h de medições em um dia, enquan-
DO MAPEAMENTO SOLAR.
to, para outras variáveis, as medições são registradas 24 horas
BASE CARTOGRÁFICA: IBGE [13], [14], INMET [11] ao dia, continuamente. Quanto à localização no Estado, as es-
tações encontram-se bem distribuídas ao longo do território,
dispostas a uma distância média de 43 km uma da outra, sendo
143 km a maior distância entre duas estações.

Além dos dados do INMET, foram utilizados, para valida-


ção e interpretação dos resultados, os dados do Atlas Brasileiro
de Energia Solar disponibilizados pelo INPE [17] e os dados de
Reanálise MERRA2 [18]. O fluxograma simplificado da meto-
dologia aplicada neste Atlas é apresentado na Figura 5.2.

63
M E TO D O LO G I A

TABELA 5.4 Resumo das médias anuais e disponibilidade das estações EMA validadas.
ESCALA LOCAL ESCALA REGIONAL ESCALA GLOBAL

DADOS DE
Percentual de Horas de INMET INMET Modelo WRF Atlas Brasileiro INPE REANÁLISE MERRA2
dados inválidos medição válidas EMA – C&S* até EMA – UERGS**
Latitude Longitude Altitude Solar 3 x 3 km 2017 10 x 10 km 20 anos
Nome da Estação INMET EMA até INMET EMA março 2017 até dezembro
[°] [°] [m] (sintético)*** (sintético)*** [0,5 ° x 0,625 °]
março 2017 até março 2017 (medição)*** 2015 (medição)*** [kWh/m²/dia] [kWh/m²/dia] (sintético)***
[%] [horas] [kWh/m²/dia] [kWh/m²/dia] [kWh/m²/dia]

Alegrete -29,70908 -55,52548 121 9,20 53732 4,894 4,982 ( 1,80%) 4,828 ( -1,35%) 4,744 (-3,06%) 5,283 ( 7,95%)

Bagé -31,34780 -54,01330 230 5,70 52360 4,846 4,927 ( 1,66%) 4,662 ( -3,80%) 4,519 (-6,76%) 5,134 ( 5,94%)

Bento Gonçalves -29,16720 -51,53470 640 5,25 52836 4,511 4,544 ( 0,73%) 4,560 ( 1,10%) 4,423 (-1,95%) 5,131 (13,75%)

Caçapava do Sul -30,54770 -53,46750 45 4,31 55104 4,676 4,767 ( 1,94%) 4,702 ( 0,56%) 4,513 (-3,49%) 5,208 (11,37%)

Camaquã -30,81060 -51,83470 108 5,16 52682 4,177 4,214 ( 0,89%) 4,308 ( 3,15%) 4,281 ( 2,50%) 5,163 (23,61%)

Canela -29,36880 -50,82740 830 2,28 44002 4,352 4,388 ( 0,82%) 4,352 ( -0,00%) 4,305 (-1,08%) 5,039 (15,78%)

Canguçu -31,40580 -52,70110 464 6,25 52080 4,335 4,360 ( 0,59%) 4,488 ( 3,54%) 4,333 (-0,03%) 5,123 (18,19%)

Cruz Alta -28,60300 -53,67360 432 12,98 50302 4,760 4,814 ( 1,13%) 4,732 ( -0,60%) 4,604 (-3,28%) 5,308 (11,51%)

Dom Pedrito -30,99250 -54,81530 170 8,69 35490 4,866 5,042 ( 3,61%) 4,742 ( -2,56%) 4,625 (-4,95%) 5,247 ( 7,82%)

Erechim -27,66030 -52,30640 765 5,96 52920 4,760 4,780 ( 0,41%) 4,721 ( -0,83%) 4,581 (-3,76%) 5,329 (11,94%)

Frederico Westphalen -27,39560 -53,42940 490 2,62 47544 4,669 4,728 ( 1,26%) 4,874 ( 4,37%) 4,648 (-0,46%) 5,311 (13,74%)

Jaguarão -32,55420 -53,37640 47 7,04 52290 4,424 4,500 ( 1,72%) 4,300 ( -2,80%) 4,428 ( 0,09%) 5,137 (16,12%)

Lagoa Vermelha -28,22190 -51,51220 842 4,83 51562 4,684 4,676 (-0,18%) 4,767 ( 1,77%) 4,506 (-3,81%) 5,282 (12,76%)

Mostardas -31,24780 -50,90570 10 6,80 46312 4,781 4,868 ( 1,83%) 4,249 (-11,11%) 4,403 (-7,91%) 5,140 ( 7,52%)

Palmeira das Missões -27,91990 -53,31740 642 9,16 46508 4,671 4,748 ( 1,64%) 4,836 ( 3,53%) 4,632 (-0,85%) 5,321 (13,91%)

Passo Fundo -28,22940 -52,40390 684 6,38 52892 4,617 4,678 ( 1,33%) 4,761 ( 3,12%) 4,548 (-1,50%) 5,285 (14,47%)

Porto Alegre -30,05000 -51,16660 47 5,93 84490 4,279 4,228 (-1,19%) 4,500 ( 5,15%) 4,396 ( 2,73%) 5,067 (18,41%)

Quaraí -30,36860 -56,43720 124 4,43 48356 4,849 4,925 ( 1,57%) 4,938 ( 1,84%) 4,792 (-1,16%) 5,273 ( 8,75%)

Rio Grande -32,07890 -52,16780 2 28,83 78610 4,419 4,373 (-1,04%) 4,146 ( -6,19%) 4,371 (-1,09%) 5,134 (16,18%)

Rio Pardo -29,87330 -52,38250 111 6,16 53690 4,447 4,489 ( 0,94%) 4,498 ( 1,14%) 4,406 (-0,92%) 5,129 (15,33%)

Santa Maria -29,72496 -53,72047 95 5,29 78470 4,385 4,461 ( 1,72%) 4,609 ( 5,09%) 4,488 ( 2,35%) 5,134 (17,07%)

Santa Rosa -27,89010 -54,47970 276 12,99 53060 4,765 4,823 ( 1,21%) 4,919 ( 3,23%) 4,679 (-1,81%) 5,329 (11,83%)

Santiago -29,19140 -54,88560 394 6,16 41692 4,829 4,965 ( 2,81%) 4,889 ( 1,24%) 4,689 (-2,90%) 5,283 ( 9,40%)

Santo Augusto -27,85000 -53,78330 550 31,72 78344 4,573 4,606 ( 0,72%) 4,842 ( 5,88%) 4,652 ( 1,73%) 5,338 (16,72%)

São Borja -28,64940 -56,01560 83 7,38 49588 4,896 5,007 ( 2,26%) 4,947 ( 1,04%) 4,769 (-2,60%) 5,310 ( 8,45%)

São Gabriel -30,34140 -54,31080 126 7,34 49728 4,687 4,811 ( 2,65%) 4,756 ( 1,47%) 4,622 (-1,38%) 5,216 (11,29%)

São José dos Ausentes -28,75140 -50,05830 1244 6,38 53340 4,550 4,544 (-0,12%) 4,512 ( -0,83%) 4,398 (-3,32%) 5,189 (14,06%)

São Luiz Gonzaga -28,41720 -54,96250 245 10,61 49532 4,938 5,039 ( 2,04%) 4,922 ( -0,33%) 4,702 (-4,77%) 5,294 ( 7,21%)

Soledade -28,85360 -52,54170 667 7,64 46452 4,652 4,749 ( 2,08%) 4,718 ( 1,42%) 4,548 (-2,24%) 5,201 (11,80%)

Torres -29,35030 -49,73310 4,5 8,27 55398 4,474 4,501 ( 0,60%) 4,283 ( -4,27%) 4,285 (-4,24%) 5,177 (15,70%)

Tramandaí -30,00970 -50,13530 1 4,49 46340 4,549 4,606 ( 1,26%) 4,239 ( -6,82%) 4,388 (-3,54%) 5,110 (12,34%)

Uruguaiana -29,84250 -57,08250 62 9,96 53732 4,959 5,006 ( 0,95%) 5,035 ( 1,54%) 4,833 (-2,54%) 5,313 ( 7,14%)

Vacaria -28,51360 -50,88280 986 4,15 45668 4,518 4,396 (-2,70%) 4,639 ( 2,67%) 4,441 (-1,71%) 5,140 (13,76%)

RMSPE a partir da referência: Referência 1,63% 3,67% 3,14% 13,37%

* DADOS DISPONIBILIZADOS PELA SECRETARÍA DE MINAS E ENERGIA, ORIUNDOS DO INMET E PROCESSADOS PELA CAMARGO-SCHUBERT. ** DADOS PROCESSADOS PELO GRUPO DE PESQUISA EM RADIAÇÃO SOLAR E CIÊNCIAS ATMOSFÉRI-
CAS DA UERGS. *** MEDIÇÃO REFERE-SE A DADOS OBSERVACIONAIS COM PIRANÔMETRO. SINTÉTICOS ENGLOBAM DADOS OBTIDOS ATRAVÉS DE MODELAGEM NUMÉRICA DA ATMOSFERA OU MEDIDAS INDIRETAS DA RADIAÇÃO POR MEIO DE
SENSORES ORBITAIS A BORDO DE SATÉLITES.

64
M E TO D O LO G I A

limitações e restrições do processo de modelagem. Mesmo o


FIGURA 5.2 Fluxograma da metodologia para elaboração dos mapas solares e cálculo da produtividade.
processamento dos dados meteorológicos pode gerar diver-
gências quando utilizadas diferentes metodologias, pois as
estações apresentam períodos de medição variáveis, e pode
haver distintos critérios de detecção de valores atípicos, inváli-
dos, e preenchimento de falhas.

Quando são comparados o modelo físico baseado em me-


dições por meio de instrumentos a bordo de satélites (Atlas
Brasileiro de Energia Solar - INPE) com os resultados das me-
dições do INMET, observam-se divergências mais significati-
vas em abril e setembro, coincidindo com os meses em que o
processo de modelagem de aerossóis na atmosfera é mais crí-
tico. Quando comparadas as médias anuais, o erro médio é da
ordem de 3%, demonstrando coerência com a medição nessa
escala temporal. Na análise comparativa dos dados do modelo
de reanálise global (MERRA2), observa-se superestimação sis-
temática dos valores, atribuída às parametrizações do modelo
climatológico e à baixa resolução espacial (0,5° x 0,66°). Mes-
mo assim, esses dados são utilizados em estudos globais [19] e
permitem análises dos impactos da variabilidade climática da
radiação.

Por fim, os valores obtidos da modelagem com o WRF-


Solar apresentam a raiz do erro médio quadrático percentual
(Root Mean Square Percentage Error - RMPSE) de 3,67% quan-
do comparados às medições locais. Considera-se, portanto,
consistente a estimativa nos pontos onde os valores foram
integrados espacialmente, isto é, aqueles onde não há medi-
ções. No caso do modelo WRF, essa integração teve resolução
espacial de 3 x 3 km, enquanto no Atlas Brasileiro do INPE, de
10 x 10 km. Destaca-se a estação de Mostardas, a qual apresen-
tou maior divergência entre os dados observados e os sintéti-
cos (INPE e WRF). Esta estação está localizada a menos de 300
metros da linha da costa, numa região de dunas, isto é, de tran-
sição geográfica. Tais zonas normalmente apresentam caracte-
rísticas climáticas difíceis de serem reproduzidas em modelos
numéricos com baixa resolução espacial. Ressalta-se, portanto,
a importância das medições em locais onde há grande variação
5.3 VALIDAÇÃO DOS ponto da estação e o valor da radiação de longo prazo medida de albedo, como é o caso da faixa litorânea e de entornos de
MAPAS E INCERTEZAS na estação. O valor médio da diferença é o bias a corrigir. Após grandes corpos d’água.
essa correção do bias, as diferenças nos pontos das estações do
INMET, para a Irradiação Global Horizontal, resultaram nos Normalmente, modelos numéricos atmosféricos apresen-
O mapeamento da radiação solar utilizando modelos de valores apresentados na Tabela 5.4. tam os maiores erros sobre relevos complexos ou locais de
mesoescala permite caracterizar a distribuição espacial qua- escala micrometeorológica relevante. Sobre esses lugares, as
litativa do recurso. Porém, para obter os melhores resultados A Tabela 5.4 também permite a vizualização da compara- modelagens apontam para limitações e dificuldades inerentes,
quantitativos, é necessário ajustar os mapas a partir das medi- ção entre os valores medidos pelas estações do INMET, mapas que poderiam ser corrigidas com a coleta adicional de dados
ções de radiação em superfície. Conforme descrito no Item 5.2, WRF, mapeamento por satélite (INPE) e dados de reanálise experimentais in situ, para auxílio na parametrização. Quan-
os mapas solares finais foram ajustados com base nos resulta- (MERRA2). É apresentado o valor médio anual da irradiação to maior a quantidade de dados meteorológicos de qualidade,
dos das medições das estações INMET EMA selecionadas. diária estimado para cada tipo de metodologia. A diferença maior a exatidão da modelagem. Salienta-se, por fim, que a
percentual dos dados com a referência adotada (INMET EMA validação de modelos é um processo significativamente mais
O ajuste consiste na correção do bias da modelagem, consi- - C&S) é exibida entre parênteses. Naturalmente, cada meto- complexo que a simples análise de erros sobre pontos de es-
derando-se a diferença entre o valor estimado pelo modelo no dologia de mapeamento apresenta diferenças em função das tações meteorológicas, pois deve considerar também aspectos

65
M E TO D O LO G I A

temporais e espaciais próprios desses locais. Apesar da incerte- FSIST é o fator de correção da produção de energia em função das diância no plano inclinado e produtividade fotovoltaica. Todos
za intrínseca associada, de modo geral, os modelos numéricos perdas do sistema (envolvem perdas por descasamento entre as os ajustes espaciais gerados das séries INMET EMA e mapas
de simulação atmosférica são muito importantes por fornecer potências dos módulos e perdas nas conexões elétricas e cabea- do WRF foram realizados pelo método de krigagem simples.
estimativas da radiação solar em locais sem medições. mentos); CC/CA é a eficiência de conversão de corrente contínua
a alternada do inversor e SPMP é a eficiência do seguimento do O cálculo da incerteza da produtividade fotovoltaica não foi
5.3.1 ETAPAS DE PROCESSAMENTO ponto de máxima potência do inversor. Os cálculos desses fato- considerado no Atlas, pois dependeria também de parâmetros
res são também apresentados no Apêndice A. específicos de cada projeto, fora do escopo deste trabalho. Em
DAS ESTAÇÕES INMET EMA E
geral, a incerteza do mapeamento está na ordem de 5% a 17%,
CÁLCULO DA PRODUTIVIDADE O cálculo da energia injetada foi realizado para cada série dentro da qual as incertezas de simulação de energia variam
O procedimento para o cálculo das frações de radiação di- temporal das 33 estações meteorológicas utilizadas, nas incli- entre 3% a 5%, as incertezas de modelagem da irradiância no
reta, difusa e refletida, bem como da produtividade fotovol- nações de 20° e 45°. A partir do cálculo da irradiação no plano plano inclinado entre 0,5% a 2% e as incertezas da degradação
taica seguiu a metodologia descrita no edital de contratação inclinado e produtividade fotovoltaica, foi realizada a espacia- anual dos módulos entre 0,1% a 1% [24].
do Atlas Solar do Rio Grande do Sul [20], do qual as etapas lização desses valores com base nos mapas mensais de Irradia-
de cálculo especificadas são reproduzidas no Apêndice A. A ção Global Horizontal oriundos do WRF. Para cada coordena- 5.4 DELIMITAÇÃO DAS
primeira análise envolveu o processamento de séries temporais da da estação meteorológica foi calculado um fator de ajuste
de dados de cada estação EMA do INMET. Os dados foram entre os valores médios mensais da série temporal INMET
ÁREAS APTAS E CÁLCULO
inspecionados visualmente e analiticamente para eliminação EMA e do modelo WRF, ajustando os mapas em cada coor- DE PRODUTIVIDADE
de valores atípicos e inválidos e para a correção temporal do
horário. Na etapa seguinte, para cada estação meteorológica
denada da estação. A partir dos dados mensais de Irradiação
Global Horizontal foi realizada uma regressão polinomial de
FOTOVOLTAICA
foram compiladas as séries temporais de dados horários váli- segundo grau para cada mês, com os valores de irradiação no Na consolidação dos resultados, foram utilizadas técnicas de
dos de irradiação, temperatura e velocidade do vento. O cálcu- plano inclinado e produtividade calculados da série INMET geoprocessamento para delimitar as áreas aptas para instalação
lo das frações de radiação direta e difusa foi realizado de acor- EMA. Os coeficientes da regressão foram aplicados aos mapas de projetos fotovoltaicos. Foi então elaborado um mapa de áreas
do com o modelo proposto por Erbs et al. [21] e o cálculo da de Irradiação Global Horizontal gerando os mapas de irra- aptas, resultante da combinação dos mapas das classes de uso e
radiação no plano inclinado, segundo o modelo de Perez et al.
[22]. A produtividade fotovoltaica foi então calculada em es-
cala horária para cada valor válido. Como o objetivo era obter
valores mensais médios de longo prazo de radiação (e de pro- FIGURA 5.3 Conceito de taxa de ocupação urbana e não urbana.
dutividade), optou-se pela não interpolação bem como pelo
não preenchimento de dados inválidos, procedimentos estes
que poderiam gerar tendências equivocadas na série temporal.

O cálculo da energia elétrica horária injetada na rede uti-


lizou a metodologia desenvolvida no Laboratório de Energia
Solar da UFRGS [23] (ver descrição completa no Apêndice A).
A equação é expressa como:

F
1000

Em que: EINJ é a energia elétrica injetada na rede, na hora con-


siderada, em Wh; PSTD é a potência nominal do arranjo fotovol-
taico (nas condições padrão), em Wh; Ibβ é a irradiação direta
sobre superfície inclinada na hora considerada, em Wh/m²; Ibβ
é a irradiação difusa sobre superfície inclinada na hora conside-
rada, incluindo a radiação refletida pelo solo, em Wh/m²; Fθ é
o fator de correção da variação da potência exclusivamente em
função do ângulo de incidência da radiação solar direta (dado
pela relação entre a refletividade de apenas uma interface do vi-
dro no ângulo de incidência da radiação direta e a refletividade
do vidro com incidência normal); FG é o fator de correção da
variação da potência exclusivamente em função do fluxo de ra-
diação solar incidente; FT é o fator de correção da variação da
potência exclusivamente em função da temperatura da célula;

66
M E TO D O LO G I A

cobertura do solo do projeto MapBiomas Coleção 3.0 [25], dis-


ponibilizados em setembro de 2018 com resolução espacial de 30
metros, com os mapas de declividade baseados nos dados de to-
pografia SRTM [26], de 30 metros de resolução espacial. As áreas
aptas foram calculadas a partir da exclusão das áreas agrícolas,
áreas de pastagens não naturais, florestas e formações florestais
naturais e plantadas, mata ciliar, áreas alagáveis, citriculturas,
corpos d’água, açudes, rios, e áreas de declividade maior que 5%,
bem como terrenos com face voltada para o Sul. Foram também
excluídas as áreas protegidas (áreas de proteção integral, áreas in-
dígenas, assentamentos agrícolas e terras quilombolas).

Os mapas de produtividade foram reamostrados para reso-


lução espacial de 30 metros para integração aos mapas de áreas
aptas. Também foi integrada, separadamente, a produtividade
nas áreas aptas urbanas, representando todos os aglomerados
urbanos edificados no Estado. Dentro das áreas urbanas, foram
excluídos os grandes parques urbanos, os corpos d’água, todas as
áreas com declividade maior que 5% e todos os terrenos inclina-
dos com a face orientada para o Sul.

A apresentação dos resultados da integração do potencial


fotovoltaico foi detalhada com base na delimitação das áreas
dos agentes de distribuição de energia e os limites das mi-
crorregiões, mesorregiões e municípios disponibilizados pelo
IBGE. No cálculo da energia efetiva anual, adotou-se o concei-
to de taxa de ocupação, que é a quantidade média teórica de
potência instalável por unidade de área. O conceito de taxa de
ocupação é ilustrado na Figura 5.3, considerando a unidade de
hectare [ha]. Para o presente trabalho, considerou-se a taxa de
ocupação de 200 kWp/ha (ou 20 MWp/km²) para projetos de
grande porte, de energia centralizada, em áreas não urbanas,
e de 20 kWp/ha (ou 2 MWp/km²) para projetos de energia dis-
tribuída, em áreas urbanas. A taxa de ocupação nas áreas aptas
urbanas foi estimada com base na instalação média residencial
de 5,68 kWp, que é a média das 3200 instalações residenciais no
estado até agosto de 2018 [27], e a potência média por área de
um painel comercialmente disponível de 165 Wp/m2.

O conceito de taxa de ocupação é uma importante métrica


para avaliar espacialmente o potencial fotovoltaico e a geração
de energia a partir de um mapeamento solar. A taxa de ocu-
pação não significa área efetiva de painéis, e sim a área onde
será instalado todo o projeto, já considerando áreas de reservas
ambientais, espaçamentos entre as fileiras e espaços para in-
fraestrutura do projeto.

67
Mapas Solares

68
M A PA S S O L A R E S

Mapa 6.1 Irradiação Global Horizontal Sazonal 70

Mapa 6.2 Irradiação Global Horizontal Anual 71

Mapa 6.3 Irradiação Global Horizontal Mensal 72

Mapa 6.4 Irradiação Difusa Horizontal Sazonal 74

Mapa 6.5 Irradiação Difusa Horizontal Anual 75

Mapa 6.6 Irradiação Difusa Horizontal Mensal 76

Mapa 6.7 Irradiação Normal Direta Sazonal 78

Mapa 6.8 Irradiação Normal Direta Anual 79

Mapa 6.9 Irradiação Normal Direta Mensal 80

Mapa 6.10 Irradiação Total Sazonal no Plano Inclinado a 20º 82

Mapa 6.11 Irradiação Total Anual no Plano Inclinado a 20º 83

Mapa 6.12 Irradiação Total Mensal no Plano Inclinado a 20º 84

Mapa 6.13 Irradiação Total Sazonal no Plano Inclinado a 45º 86

Mapa 6.14 Irradiação Total Anual no Plano Inclinado a 45º 87

Mapa 6.15 Irradiação Total Mensal no Plano Inclinado a 45º 88

Mapa 6.16 Produtividade Fotovoltaica Sazonal no Plano Inclinado a 20º 90

Mapa 6.17 Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 20º 91

Mapa 6.18 Produtividade Fotovoltaica Sazonal no Plano Inclinado a 45º 92

Mapa 6.19 Produtividade Fotovoltaica Anual no Plano Inclinado a 45º 93

Mapa 6.20 Áreas Aptas: Intersecção entre Mapas Solar e Eólico 94

Mapa 6.21 Densidade de Potência Instalada Fotovoltaica – Geração Distribuída 95

69
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 6.1 •

IRRADIAÇÃO GLOBAL
HORIZONTAL SAZONAL

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
IRRADIAÇÃO GLOBAL
HORIZONTAL MÉDIA

70
atlas solar
rande
do Sul

MAPA 6.2 •

IRRADIAÇÃO GLOBAL HORIZONTAL ANUAL


BASE CARTOGRÁFICA: AES SUL, CEEE, ELETROSUL, RGE, ANEEL [1], ONS [2], EPE [3], INMET [4],
DAER-RS [5], DNIT [6], SEMA [7], MMA [8], IBGE [9], [10], FUNAI [11], DNIT [12].

Calculado por UL Truepower a partir do modelo de mesoescala WRF-Solar com


núcleo ARW e resolução horizontal final de 3 km x 3 km, ajustado por medições
meteorológicas do INMET.
IRRADIAÇÃO GLOBAL
HORIZONTAL MÉDIA

*Usinas agrupadas pela classificação do ONS[X]


ou por critério geográfico.

71
M A PA S S O L A R E S

IRRADIAÇÃO GLOBAL HORIZONTAL MENSAL

IRRADIAÇÃO GLOBAL
HORIZONTAL MÉDIA
MAPA 6.3 •

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

JULHO AGOSTO SETEMBRO

72
M A PA S S O L A R E S

ABRIL MAIO JUNHO

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

73
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 6.4 •

IRRADIAÇÃO DIFUSA
HORIZONTAL SAZONAL

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
IRRADIAÇÃO DIFUSA
HORIZONTAL MÉDIA

74
atlas solar
rande
do Sul

MAPA 6.5 •

IRRADIAÇÃO DIFUSA HORIZONTAL ANUAL


BASE CARTOGRÁFICA: AES SUL, CEEE, ELETROSUL, RGE, ANEEL [1], ONS [2], EPE [3], INMET [4],
DAER-RS [5], DNIT [6], SEMA [7], MMA [8], IBGE [9], [10], FUNAI [11], DNIT [12].

Calculado por UL Truepower a partir do modelo de mesoescala WRF-Solar com


núcleo ARW e resolução horizontal final de 3 km x 3 km, ajustado por medições
meteorológicas do INMET.
IRRADIAÇÃO DIFUSA
HORIZONTAL MÉDIA

*Usinas agrupadas pela classificação do ONS[X]


ou por critério geográfico.

75
M A PA S S O L A R E S

IRRADIAÇÃO DIFUSA HORIZONTAL MENSAL

IRRADIAÇÃO DIFUSA
HORIZONTAL MÉDIA
MAPA 6.6 •

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

JULHO AGOSTO SETEMBRO

76
M A PA S S O L A R E S

ABRIL MAIO JUNHO

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

77
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 6.7 •

IRRADIAÇÃO NORMAL
DIRETA SAZONAL

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
IRRADIAÇÃO NORMAL
DIRETA MÉDIA

78
atlas solar
rande
do Sul

MAPA 6.8 •

IRRADIAÇÃO NORMAL DIRETA ANUAL


BASE CARTOGRÁFICA: AES SUL, CEEE, ELETROSUL, RGE, ANEEL [1], ONS [2], EPE [3], INMET [4],
DAER-RS [5], DNIT [6], SEMA [7], MMA [8], IBGE [9], [10], FUNAI [11], DNIT [12].

Calculado por UL Truepower a partir do modelo de mesoescala WRF-Solar com


núcleo ARW e resolução horizontal final de 3 km x 3 km, ajustado por medições
meteorológicas do INMET.
IRRADIAÇÃO NORMAL
DIRETA MÉDIA

*Usinas agrupadas pela classificação do ONS[X]


ou por critério geográfico.

79
M A PA S S O L A R E S

IRRADIAÇÃO NORMAL DIRETA MENSAL

IRRADIAÇÃO NORMAL
DIRETA MÉDIA
MAPA 6.9 •

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

JULHO AGOSTO SETEMBRO

80
M A PA S S O L A R E S

ABRIL MAIO JUNHO

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

81
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 6.10 •

IRRADIAÇÃO TOTAL SAZONAL


NO PLANO INCLINADO A 20º

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
IRRADIAÇÃO TOTAL
MÉDIA NO PLANO
INCLINADO A 20º

82
atlas solar
rande
do Sul

IRRADIAÇÃO TOTAL ANUAL NO


PLANO INCLINADO A 20º MAPA 6.11 •

BASE CARTOGRÁFICA: AES SUL, CEEE, ELETROSUL, RGE, ANEEL [1], ONS [2], EPE [3], INMET [4],
DAER-RS [5], DNIT [6], SEMA [7], MMA [8], IBGE [9], [10], FUNAI [11], DNIT [12].

Calculado a partir do modelo de mesoescala WRF-Solar com núcleo ARW e


resolução horizontal final de 3 km x 3 km, ajustado por medições meteorológicas
do INMET. Plano inclinado a 20º orientado para o Norte.
IRRADIAÇÃO TOTAL MÉDIA NO
PLANO INCLINADO A 20º

*Usinas agrupadas pela classificação do ONS[X]


ou por critério geográfico.

83
M A PA S S O L A R E S

IRRADIAÇÃO TOTAL MENSAL NO PLANO INCLINADO A 20º

IRRADIAÇÃO TOTAL
MÉDIA NO PLANO
INCLINADO A 20º
MAPA 6.12 •

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

JULHO AGOSTO SETEMBRO

84
M A PA S S O L A R E S

ABRIL MAIO JUNHO

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

85
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 6.13 •

IRRADIAÇÃO TOTAL SAZONAL


NO PLANO INCLINADO A 45º

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
NO PLANO INCLINADO A 45º
IRRADIAÇÃO TOTAL MÉDIA

86
atlas solar
rande
do Sul

IRRADIAÇÃO TOTAL ANUAL NO


PLANO INCLINADO A 45º MAPA 6.14 •

BASE CARTOGRÁFICA: AES SUL, CEEE, ELETROSUL, RGE, ANEEL [1], ONS [2], EPE [3], INMET [4],
DAER-RS [5], DNIT [6], SEMA [7], MMA [8], IBGE [9], [10], FUNAI [11], DNIT [12].

Calculado a partir do modelo de mesoescala WRF-Solar com núcleo ARW e


resolução horizontal final de 3 km x 3 km, ajustado por medições meteorológicas
do INMET. Plano inclinado a 45º orientado para o Norte.
IRRADIAÇÃO TOTAL MÉDIA NO
PLANO INCLINADO A 45º

*Usinas agrupadas pela classificação do ONS[X]


ou por critério geográfico.

87
M A PA S S O L A R E S

IRRADIAÇÃO TOTAL MENSAL NO PLANO INCLINADO A 45º

IRRADIAÇÃO TOTAL
MÉDIA NO PLANO
INCLINADO A 45º
MAPA 6.15 •

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

JULHO AGOSTO SETEMBRO

88
M A PA S S O L A R E S

ABRIL MAIO JUNHO

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

89
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 6.16 •

PRODUTIVIDADE
FOTOVOLTAICA SAZONAL
NO PLANO INCLINADO A 20º

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
FOTOVOLTAICA MÉDIA NO
PLANO INCLINADO A 20º
PRODUTIVIDADE

90
atlas solar
rande
do Sul

PRODUTIVIDADE FOTOVOLTAICA ANUAL


NO PLANO INCLINADO A 20º MAPA 6.17 •
BASE CARTOGRÁFICA: AES SUL, CEEE, ELETROSUL, RGE, ANEEL [1], ONS [2], EPE [3], INMET [4],
DAER-RS [5], DNIT [6], SEMA [7], MMA [8], IBGE [9], [10], FUNAI [11], DNIT [12].

Mapas elaborados a partir da produtividade calculada nas estações automáticas


INMET EMA, espacializada com base nos mapas de irradiação solar, com resolução
espacial de 3 km x 3 km. Plano inclinado a 20º orientado para o Norte.
FOTOVOLTAICA MÉDIA NO
PLANO INCLINADO A 20º
PRODUTIVIDADE

*Usinas agrupadas pela classificação do ONS[X]


ou por critério geográfico.

91
VERÃO OUTONO
dezembro a março a
fevereiro maio

MAPA 6.18 •

PRODUTIVIDADE
FOTOVOLTAICA SAZONAL
NO PLANO INCLINADO A 45º

INVERNO PRIMAVERA
junho a setembro a
agosto novembro
FOTOVOLTAICA MÉDIA NO
PLANO INCLINADO A 45º
PRODUTIVIDADE

92
atlas solar
rande
do Sul

PRODUTIVIDADE FOTOVOLTAICA ANUAL


NO PLANO INCLINADO A 45º MAPA 6.19 •
BASE CARTOGRÁFICA: AES SUL, CEEE, ELETROSUL, RGE, ANEEL [1], ONS [2], EPE [3], INMET [4],
DAER-RS [5], DNIT [6], SEMA [7], MMA [8], IBGE [9], [10], FUNAI [11], DNIT [12].

Mapas elaborados a partir da produtividade calculada nas estações automáticas


INMET EMA, espacializada com base nos mapas de irradiação solar, com resolução
espacial de 3 km x 3 km. Plano inclinado a 45º orientado para o Norte.
FOTOVOLTAICA MÉDIA NO
PLANO INCLINADO A 45º
PRODUTIVIDADE

*Usinas agrupadas pela classificação do ONS[X]


ou por critério geográfico.

93
atlas solar
rande
do Sul

ÁREAS APTAS
MAPA 6.20 •

BASE CARTOGRÁFICA: AES SUL, CEEE, ELETROSUL, RGE, ANEEL [1], ONS [2], EPE [3], INMET [4],
DAER-RS [5], DNIT [6], SEMA [7], MMA [8], IBGE [9], [10], FUNAI [11], MAPBIOMAS [13], ATLAS EÓLICO
RS 2014 [14].

Áreas aptas à instalação de projetos fotovoltaicos distribuídos e centralizados.


Elaborado a partir de mapa de uso e cobertura do solo do ano de 2017 e
modelos digitais de elevação com 30 metrtos de resolução espacial. As áreas
de intersecção com velocidade do vento maior que 7 m/s são oriundas do Atlas
do Potencial Eólico do Rio Grande do Sul lançado em 2014.

94
atlas solar
rande
do Sul

MAPA 6.21 •

DENSIDADE DE POTÊNCIA INSTALADA


FOTOVOLTAICA – GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
BASE CARTOGRÁFICA: DAER-RS [5], IBGE [9], [10]

Mapa elaborado a partir da capacidade instalada fotovoltaica e da


e localização de unidades consumidoras com Geração Distribuída,
disponibilizadas pela ANEEL [15] em 31/08/2018.

DENSIDADE DE POTÊNCIA INSTALADA FOTOVOLTAICA


EM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA [kW/km²]

95
Análises e Diagnósticos

96
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

7.1 POTENCIAL ENERGÉTICO e eólicos relacionados no Capítulo 1. Assim, pode-se definir 7.1.2 RESULTADOS
como meta mais realista o alcance da independência energé-
FOTOVOLTAICO tica do Estado, isto é, a redução a zero da importação líquida A integração espacial da produtividade fotovoltaica é de-
de energia elétrica (Gráfico 1.2). Tomando por referência os talhada do ponto de vista dos seus agentes de distribuição
7.1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 5,6 GWh importados pelos gaúchos no ano de 2016, seria ne- de energia na Tabela 7.1 e de suas micro e mesorregiões na
cessária a instalação de 4 GWp de capacidade fotovoltaica. Esse Tabela 7.2. Os valores integrados para cada município podem
O cálculo do potencial fotovoltaico do estado do Rio Grande valor é aproximadamente o potencial somente das áreas aptas ser encontrados no Apêndice E. Este Atlas é disponibilizado
do Sul foi baseado no conceito de taxa de ocupação (ver Capí- urbanas, considerando a taxa de ocupação média urbana supra- adicionalmente em versão digital, na qual estão acessíveis as
tulo 5) aplicado a técnicas de geoprocessamento para análise es- citada de 2 MWp/km². Ressalte-se que o potencial das áreas aptas tabelas e arquivos de dados geoespaciais com valores men-
pacial dos mapas apresentados no Capítulo 6. A produtividade não urbanas é múltiplas vezes maior, devido à maior disponibili- sais, sazonais e anuais de todos os mapas apresentados no
fotovoltaica apresentada nas próximas páginas tem o objetivo de dade de áreas aptas e à maior taxa de ocupação. Capítulo 6, bem como os dados climatológicos do INMET de
caracterizar qualitativamente o recurso solar nas principais re- temperatura média, máxima e mínima. Os arquivos com da-
giões do Estado, bem como de mostrar uma análise quantitativa Os números referidos podem ser melhor compreendidos dos geoespaciais podem ser visualizados e manipulados por
deste potencial. De modo simplificado, o potencial fotovoltaico quando analisados em conjunto com uma possível distribuição qualquer Sistema de Informação Geográfica.
do Rio Grande do Sul, considerando unicamente as áreas aptas geográfica das instalações fotovoltaicas. Levando-se em conta
do estado (Mapa 6.20), é da ordem de 1700 TWh/ano, equiva- que há 3.902.348 unidades consumidoras residenciais no Es- Na Tabela 7.1, para cada área, são apresentados os valores
lente a 2,7 vezes a produção de energia elétrica no Brasil, no ano tado (Tabela 1.7) [4] [2], seria necessária a instalação de pelo médios de irradiação global horizontal e de produtividade fo-
de 2017 [1]. Entretanto, esse valor é teórico, pois não considera menos 4 módulos fotovoltaicos por residência para alcançar o tovoltaica, bem como a área efetivamente integrada, a capa-
outros usos da terra, a logística de transmissão dessa energia ou objetivo proposto. Alternativamente, seria necessário que mais cidade instalável teórica (considerando a taxa de ocupação),
mesmo o gerenciamento da demanda instantânea. de 22% das unidades consumidoras residenciais possuíssem tanto em MWp quanto em número de módulos, e número de
sistemas fotovoltaicos, considerando a distribuição verificada unidades consumidoras residenciais e comerciais. O núme-
A demanda total de energia elétrica registrada no Rio Grande das capacidades individuais instaladas até agosto de 2018 (Grá- ro de módulos equivalente à capacidade instalável em MWp
do Sul em 2016 foi de 34,6 TWh (Gráfico 1.2) [2] [3]. Conside- fico 1.1.b) [5]. Ressalta-se que essa estimativa não contempla as foi estimado considerando um módulo fotovoltaico típico
rando que a produtividade média calculada neste trabalho para o classes de consumo Comercial, Industrial, Rural ou Público. de 330 Wp. Este valor foi obtido considerando a potência fo-
Estado foi de 3,959 kWh/kWp/dia, para um módulo fotovoltaico Avalia-se apenas a modalidade “Geração na Própria Unidade tovoltaica média instalada até agosto de 2018, para geração
com 2 m², 330 Watts, inclinado a 20° e orientado para o Norte, Consumidora”, desconsiderando-se a possibilidade de futuras distribuída no estado [7]. Os valores servem para ilustrar
esta demanda solicitaria o emprego de, no mínimo, 72 milhões contribuições de sistemas elétricos dos tipos “Autoconsumo a quantidade média de módulos fotovoltaicos, por unida-
de módulos, correspondente à capacidade fotovoltaica instalada Remoto”, “Geração Compartilhada” e “Múltiplas Unidades de consumidora (residencial ou comercial), necessária para
de 23,88 GWp. Neste cenário, os módulos ocupariam continua- Consumidoras”, previstas pela regulamentação vigente [6]. garantir a independência energética Estadual. Nessa Tabela,
mente uma área aproximada de 144 km², desconsiderando-se também são apresentados o potencial fotovoltaico não urba-
acessos, a existência de edificações ou outras estruturas, com- No que diz respeito a cenários futuros, considerando-se o no, considerando projetos instalados em 1% das áreas aptas
parável à área da mancha urbana de Porto Alegre (aproximada- prazo de 10 anos para que se alcance a produção energética mapeadas para o Rio Grande do Sul. Esses projetos poderiam
mente 140 km²) ou à do lago da usina hidrelétrica de Passo Real de 5,6 TWh, seria necessária a instalação de aproximadamente gerar aproximadamente 17 TWh/ano de energia, número este
(190 km²), maior obra artificial do estado. 4.375 módulos fotovoltaicos por dia útil em todo o Estado. Ou diretamente proporcional à fração da área de atuação corres-
então, menos de nove módulos fotovoltaicos por dia útil deve- pondente a cada agente de distribuição de energia elétrica. Os
No entanto, o cenário contemplando o atendimento à de- riam ser instalados em cada um dos 497 municípios gaúchos, valores apresentados na Tabela 7.1 podem servir aos agentes
manda total do Estado apenas por energia fotovoltaica despreza durante 10 anos. Adicione-se a tais análises o potencial econô- de distribuição para o planejamento do potencial fotovoltaico
a infraestrutura de geração elétrica já existente, que majoritaria- mico que a aplicação desta tecnologia oferece em geração de de suas regiões de atuação, correlacionando-os com dados de
mente é renovável, consistindo nos aproveitamentos hidráulicos empregos e de riquezas de forma sustentável. consumo e demandas locais.

97
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

TABELA 7.1 Produtividade solar por agente de distribuição de energia elétrica, conforme Mapa 1.3.

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA

Integração para a área apta urbana Integração para 1% da área apta


do estado com taxa de ocupação de 2 MWp/km² * não urbana do estado com
taxa de ocupação de 20 MWp/km² *
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Capacidade Instalável
Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
Área Total Disponível para

Capacidade Instalável em
Equivalente
Agentes de Distribuição

Número Equivalente de
Capacidade Instalável

Capacidade Instalável
Média [kWh/kWhp/dia]
Média [kWh/kWp/dia]

Número de Módulos

Módulos de 330 Wp
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]

Área Efetivametnte
de Energia Elétrica

Área Efetivamente

Média [GWh/ano]

Média [GWh/ano]
Integração [km²]
Residenciais de
Integrada [km²]

Integrada [km²]
Comerciais de
Teórica [MWp]

Teórica [MWp]
29,56 kWp**
Número de

Número de
5,68 kWp**
de 330 Wp

Unidades

Unidades
CEEE-D 4,381 3,692 590,2 1.180,3 1.591,7 3.576.802 207.807 39.930 4,574 3,884 20.570,73 205,71 4.114,1 5.835,5 12.467.109

CELETRO 4,572 3,847 4,9 9,9 13,9 29.945 1.740 334 4,594 3,866 1.048,02 10,48 209,6 296,0 635.161

CERFOX 4,547 3,860 2,3 4,6 6,5 13.996 813 156 4,585 3,886 59,27 0,59 11,9 16,8 35.923

CERILUZ 4,703 3,929 3,4 6,8 9,7 20.520 1.192 229 4,687 3,912 15,82 0,16 3,2 4,5 9.590

CERMISSÕES 4,858 4,038 6,0 12,0 17,7 36.371 2.113 406 4,896 4,071 1.289,75 12,90 258,0 383,5 781.667

CERTAJA 4,331 3,636 2,3 4,7 6,2 14.155 822 158 4,345 3,646 469,32 4,69 93,9 125,0 284.439

CERTEL 4,384 3,714 27,0 54,1 73,4 163.860 9.520 1.829 4,431 3,760 24,11 0,24 4,8 6,6 14.614

CERTHIL 4,742 3,930 0,6 1,3 1,8 3.900 227 44 4,756 3,936 7,08 0,07 1,4 2,0 4.293

COOPERLUZ 4,771 3,947 1,1 2,3 3,3 7.015 408 78 4,811 3,980 37,53 0,38 7,5 10,9 22.744

COOPERNORTE 4,271 3,566 4,9 9,8 12,8 29.787 1.731 333 4,422 3,722 4,25 0,04 0,9 1,2 2.578

COOPERSUL 4,824 4,099 1,9 3,8 5,7 11.449 665 128 4,802 4,076 1.016,12 10,16 203,2 302,0 615.831

COPREL 4,656 3,927 15,7 31,5 45,2 95.400 5.543 1.065 4,710 3,949 687,40 6,87 137,5 198,3 416.605

COSEL *** - - - - - - - - 4,301 3,658 277,28 2,77 55,5 74,1 168.048

CRELUZ 4,696 3,922 6,6 13,1 18,8 39.840 2.315 445 4,656 3,904 2,40 0,02 0,5 0,7 1.454

CRERAL 4,730 3,987 1,6 3,3 4,7 9.856 573 110 4,749 4,006 12,09 0,12 2,4 3,5 7.327

DEMEI 4,712 3,937 15,7 31,4 45,1 95.062 5.523 1.061 4,711 3,936 0,37 0,00 0,1 0,1 226

ELETROCAR 4,653 3,922 24,1 48,3 69,1 146.220 8.495 1.632 4,635 3,909 13,59 0,14 2,7 3,9 8.239

HIDROPAN 4,665 3,914 12,6 25,2 36,0 76.271 4.431 851 4,648 3,902 0,89 0,01 0,2 0,3 542

MUXFELDT 4,716 3,976 5,8 11,6 16,8 35.035 2.035 391 4,715 3,976 - - - - -

RGE 4,545 3,839 690,7 1.381,4 1.936,8 4.185.998 243.201 46.731 4,566 3,893 5.014,50 50,14 1.002,9 1.425,1 3.039.090

RGE SUL 4,460 3,745 570,9 1.141,8 1.562,0 3.459.976 201.020 38.626 4,807 4,030 28.129,93 281,30 5.626,0 8.279,5 17.048.445

UHENPAL 4,456 3,739 6,9 13,9 19,0 42.202 2.452 471 4,434 3,719 150,55 1,51 30,1 40,9 91.245

TOTAL 4,476 3,771 1.995,5 3.990,9 5.496,2 12.093.660 702.626 135.010 4,695 3,959 58.831,20 588,31 11.766,2 17.010,4 35.655.170

* CONSIDERA A PRODUTIVIDADE FOTOVOLTAICA NA INCLINAÇÃO DE 20° E ORIENTAÇÃO PARA O NORTE. ** VALOR MÉDIO CARACTERÍSTICO DA CAPACIDADE INSTALADA DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ATÉ
AGOSTO/2018. *** COSEL NÃO ATENDE ÁREAS URBANAS.

98
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

TABELA 7.2 Produtividade solar por microrregião e mesoregião.

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Fração das áreas com
Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não
potencial solar que
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² * urbana do Estado com taxa de
possuem potencial
ocupação de 20MWp/km² *
eólico

Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


MICRORREGIÃO

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
Capacidade Instalável
MESORREGIÃO

Área Total Disponível para

Capacidade Instalável em

Percentual da área apta solar

Percentual da área apta solar


com velocidade média anual

com velocidade média anual


Equivalente

Número Equivalente de

na altura 100 metros maior

na altura 150 metros maior


Capacidade Instalável

Capacidade Instalável
Média [kWh/kWhp/dia]
Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Número de Módulos

Número Equivalente
Área Efetivamente

Área Efetivamente
de Unidades Comer-
Número Equivalente

ciais de 29,56 kWp**


Média [GWh/ano]

Média [GWh/ano]
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]
Residenciais de
Teórica [MWp]

Teórica [MWp]
de Unidades
de 330 Wp

5,68 kWp**

que 7 m/s

que 7 m/s
RESTINGA SECA 4,472 3,755 10,49 21,0 28,8 63.600 3.695 710 4,446 3,733 238,77 2,39 47,8 65,1 144.709 0,00 % 0,17 %
CENTRO
OCIDENTAL SANTA MARIA 4,473 3,748 61,79 123,6 169,2 374.498 21.758 4.181 4,626 3,879 3313,58 33,14 662,7 939,0 2.008.229 6,19 % 23,02 %
RIO- SANTIAGO 4,759 3,993 23,01 46,0 67,1 139.440 8.101 1.557 4,829 4,040 2792,20 27,92 558,4 824,1 1.692.242 17,72 % 45,09 %
GRANDENSE
TOTAL 4,542 3,808 95,29 190,6 265,1 577.538 33.554 6.447 4,709 3,945 6344,55 63,4 1268,9 1828,2 3.845.180 11,03 % 31,87 %
CACHOEIRA
4,477 3,760 24,42 48,8 67,1 148.015 8.599 1.652 4,477 3,767 1263,23 12,63 252,6 347,6 765.597 0,06 % 1,77 %
DO SUL
CENTRO
ORIENTAL LAJEADO-ESTRELA 4,400 3,722 67,23 134,5 182,8 407.482 23.674 4.549 4,382 3,693 82,68 0,83 16,5 22,3 50.107 0,00 % 0,00 %
RIO- SANTA CRUZ
GRANDENSE 4,453 3,754 59,26 118,5 162,5 359.138 20.865 4.009 4,441 3,740 137,18 1,37 27,4 37,5 83.138 0,00 % 0,06 %
DO SUL
TOTAL 4,433 3,741 150,91 301,8 412,4 914.635 53.139 10.211 4,468 3,760 1483,09 14,8 296,6 407,4 898.842 0,06 % 1,52 %
CAMAQUÃ 4,231 3,569 20,88 41,8 54,5 126.573 7.354 1.413 4,264 3,597 1007,33 10,07 201,5 264,7 610.500 9,52 % 25,39 %
METROPOLITANA DE

GRAMADO-CANELA 4,362 3,708 62,37 124,7 169,0 378.005 21.962 4.220 4,422 3,742 85,96 0,86 17,2 23,5 52.096 0,00 % 2,19 %
PORTO ALEGRE

MONTENEGRO 4,297 3,630 39,95 79,9 106,0 242.144 14.068 2.703 4,302 3,613 150,79 1,51 30,2 39,8 91.385 0,00 % 0,00 %
OSÓRIO 4,474 3,795 145,73 291,5 404,0 883.195 51.312 9.860 4,533 3,840 1140,63 11,41 228,1 319,9 691.293 57,30 % 65,71 %
PORTO ALEGRE 4,309 3,603 545,43 1090,9 1435,4 3.305.624 192.052 36.903 4,315 3,611 744,27 7,44 148,9 196,3 451.075 2,26 % 15,12 %
SÃO JERÔNIMO 4,328 3,614 27,74 55,5 73,2 168.109 9.767 1.877 4,363 3,655 1021,32 10,21 204,3 272,7 618.983 2,00 % 8,82 %
TOTAL 4,340 3,644 842,10 1684,2 2242,0 5.103.649 296.515 56.976 4,376 3,684 4150,30 41,5 830,1 1116,9 2.515.331 18,96 % 29,15 %
CAXIAS DO SUL 4,409 3,764 160,28 320,6 440,7 971.416 56.438 10.845 4,496 3,828 253,57 2,54 50,7 70,9 153.677 0,29 % 15,14 %
NORDESTE GUAPORÉ 4,535 3,852 32,30 64,6 90,9 195.742 11.372 2.185 4,558 3,869 85,58 0,86 17,1 24,2 51.868 0,00 % 0,08 %
RIO-GRANDEN-
SE VACARIA 4,539 3,872 38,97 77,9 110,2 236.165 13.721 2.636 4,529 3,884 3569,78 35,70 714,0 1012,0 2.163.501 8,74 % 34,21 %
TOTAL 4,449 3,794 231,55 463,1 641,8 1.403.324 81.531 15.666 4,527 3,880 3908,93 39,1 781,8 1107,1 2.369.046 8,00 % 32,22 %
CARAZINHO 4,667 3,927 41,02 82,0 117,7 248.596 14.443 2.775 4,637 3,907 21,44 0,21 4,3 6,1 12.997 0,03 % 26,31 %
CERRO LARGO 4,839 4,011 9,81 19,6 28,7 59.427 3.453 663 4,876 4,038 112,22 1,12 22,4 33,1 68.014 0,00 % 1,52 %
CRUZ ALTA 4,692 3,943 36,09 72,2 103,9 218.700 12.706 2.442 4,732 3,964 261,99 2,62 52,4 75,9 158.785 29,66 % 46,40 %
ERECHIM 4,766 4,020 50,79 101,6 149,1 307.833 17.885 3.437 4,763 4,018 50,38 0,50 10,1 14,8 30.533 0,00 % 5,21 %
FREDERICO
4,678 3,911 30,27 60,5 86,5 183.447 10.658 2.048 4,683 3,916 3,00 0,03 0,6 0,9 1.818 0,00 % 2,70 %
RIO-GRANDENSE

WESTPHALEN
NOROESTE

IJUÍ 4,681 3,916 41,23 82,5 117,9 249.900 14.519 2.790 4,721 3,949 41,27 0,41 8,3 11,9 25.015 0,08 % 34,42 %
NÃO-ME-TOQUE 4,655 3,929 12,61 25,2 36,2 76.418 4.440 853 4,652 3,926 2,88 0,03 0,6 0,8 1.747 0,00 % 0,84 %
PASSO FUNDO 4,636 3,914 81,17 162,3 232,1 491.951 28.582 5.492 4,651 3,928 59,19 0,59 11,8 17,0 35.875 0,03 % 16,54 %
SANANDUVA 4,719 3,991 13,57 27,1 39,6 82.265 4.780 918 4,720 3,993 60,94 0,61 12,2 17,8 36.933 0,08 % 2,46 %
SANTA ROSA 4,772 3,946 23,23 46,5 67,0 140.793 8.180 1.572 4,799 3,968 63,44 0,63 12,7 18,4 38.449 0,00 % 0,68 %
SANTO ÂNGELO 4,758 3,961 35,63 71,3 103,1 215.918 12.545 2.410 4,914 4,084 2128,49 21,28 425,7 635,0 1.289.997 0,10 % 11,75 %
SOLEDADE 4,626 3,918 12,41 24,8 35,5 75.213 4.370 840 4,619 3,910 221,27 2,21 44,3 63,2 134.104 12,28 % 36,34 %
TRÊS PASSOS 4,649 3,872 24,83 49,7 70,2 150.480 8.743 1.680 4,673 3,885 11,35 0,11 2,3 3,2 6.881 0,17 % 1,47 %
TOTAL 4,694 3,940 412,66 825,3 1187,5 2.500.942 145.301 27.920 4,855 4,047 3037,89 30,4 607,6 898,0 1.841.148 3,53 % 16,07 %
JAGUARÃO 4,457 3,790 10,15 20,3 28,1 61.538 3.575 687 4,544 3,872 2602,03 26,02 520,4 735,6 1.576.987 59,01 % 89,67 %
RIO-GRANDENSE

LITORAL LAGUNAR 4,413 3,758 50,97 101,9 139,9 308.913 17.947 3.449 4,405 3,751 2065,34 20,65 413,1 565,6 1.251.719 85,89 % 86,12 %
SUDESTE

PELOTAS 4,305 3,685 66,92 133,8 180,1 405.545 23.562 4.527 4,344 3,713 3106,07 31,06 621,2 842,5 1.882.466 11,44 % 40,22 %
SERRAS DO
4,612 3,924 18,30 36,6 52,5 110.918 6.444 1.238 4,585 3,905 5295,20 52,95 1059,0 1510,4 3.209.213 16,76 % 37,02 %
SUDESTE
TOTAL 4,391 3,748 146,34 292,7 400,6 886.915 51.528 9.901 4,491 3,828 13068,64 130,7 2613,7 3654,1 7.920.385 34,83 % 56,02 %
CAMPANHA
4,731 3,968 30,23 60,5 87,6 183.229 10.645 2.046 4,788 4,021 7555,73 75,56 1511,1 2217,8 4.579.230 32,01 % 70,38 %
RIO-GRANDENSE

CENTRAL
SUDOESTE

CAMPANHA
4,864 4,128 33,88 67,8 102,2 205.342 11.930 2.292 4,848 4,107 7405,42 74,05 1481,1 2220,4 4.488.135 33,66 % 77,77 %
MERIDIONAL
CAMPANHA
4,903 4,095 52,87 105,7 158,1 320.400 18.615 3.577 4,909 4,103 11884,79 118,85 2377,0 3562,3 7.202.905 39,38 % 74,54 %
OCIDENTAL
TOTAL 4,847 4,071 116,98 234,0 347,9 708.971 41.190 7.915 4,858 4,081 26845,95 268,5 5369,2 8000,6 16.270.270 35,73 % 74,26 %
* CONSIDERA A PRODUTIVIDADE FOTOVOLTAICA NA INCLINAÇÃO DE 20° E ORIENTAÇÃO PARA O NORTE.
99
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

MAPA 7.1 Rio Grande do Sul mesorregiões e microrregiões do IBGE.

BASE CARTOGRÁFICA: IBGE [8].

7.2 INTEGRAÇÃO POR MICRORREGIÕES E A


COMPLEMENTARIDADE SOLAR E EÓLICA
A Tabela 7.2 apresenta a integração da produtividade solar fotovoltaica por meso e micror-
regiões do Rio Grande do Sul, conforme delimitação do IBGE [8]. Os resultados indicam que
as microrregiões da Campanha (ou Sudoeste Rio-Grandense) apresentam o maior potencial
do Estado, por contar com amplas áreas aptas para a instalação de painéis fotovoltaicos. A
mesorregião Noroeste apresenta também elevado potencial, no entanto, a intensa atividade
agrícola reduz as áreas disponíveis para implantação de sistemas de aproveitamento solar nas
áreas não urbanas. Na mesorregião Metropolitana de Porto Alegre, o potencial solar é menor,
ainda que viável. Como referência comparativa, constata-se que a produtividade média dessa
mesorregião apresenta valor superior ao observado em qualquer local do território da Alema-
nha, da Inglaterra ou do Norte da França.

O Estado do Rio Grande do Sul possui vasto potencial para o desenvolvimento de proje-
tos híbridos solares e eólicos. A partir dos mapas publicados no Atlas Eólico Estadual, em

100
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

2014 [9], delimitou-se a intersecção das áreas de maior po- mento nos ângulos ideais fixos de inclinação e orientação. Isto é, com a resolução temporal das medições e da metodologia ado-
tencial eólico, com velocidade média do vento superior a 7 os círculos com valores inferiores a 100 são percentuais de ener- tada para o cálculo das frações. No caso dos Mapas 6.4 a 6.9,
m/s nas alturas de 100 m e 150 m, com as áreas aptas não gia disponível em relação à quantidade de energia na posição os resultados foram estimados diretamente do modelo WRF,
urbanas para projetos solares. As áreas aptas para a implan- ideal, representada na caixa localizada à esquerda do gráfico. considerando a modelagem da atmosfera local, ajustados para
tação desses projetos são apresentadas no Mapa 6.20. Consi- radiação global horizontal das estações INMET EMA. Esses
derando a velocidade do vento a 100 metros de altura, as mi- Observa-se nos diagramas que, em geral, os maiores valo- modelos, no geral, podem apresentar erro médio quadrático
crorregiões de Osório, Jaguarão e Litoral Lagunar possuem res de radiação anual e produtividade são obtidos para inclina- da ordem de 20% a 35%, com tendência a superestimar os va-
mais de 50% das áreas aptas à instalação de projetos híbri- ção de 20°, aproximadamente. Por outro lado, percebe-se pelos lores da radiação direta e subestimar os valores da radiação
dos. Já considerando a altura de 150 metros, adicionam-se às gráficos que, quando se deseja maior geração no inverno, re- difusa [10].
áreas atrativas para a exploração combinada dessas fontes as comenda-se a utilização de ângulos maiores nos projetos, que
microrregiões da Campanha, detendo mais de 70% das áreas vão até 45°, maximizando a produção nessa época do ano. Per- As representações das demais estações meteorológicas utiliza-
aptas, coincidindo com aquelas de maior produtividade fo- cebe-se também que pequenas variações nesses ângulos não das, bem como as séries temporais e as análises de ângulo ótimo
tovoltaica do Estado. Cabe ressaltar que já existe um consi- causam impactos suficientemente relevantes para inviabilizar de inclinação do painel para as suas respectivas posições geográfi-
derável número de parques eólicos instalados no Rio Grande projetos solares. De outro modo, pequenos desvios da incli- cas encontram-se disponíveis no formato digital do Atlas.
do Sul e que o aproveitamento da infraestrutura elétrica pode nação ideal e orientação exata para o Norte não acarretam
ser um diferencial a favorecer a instalação de empreendimen- em grandes prejuízos na produtividade anual máxima. Tal O cálculo da produtividade fotovoltaica é função das carac-
tos solares nos seus entornos. Pequenas centrais fotovoltai- relação aumenta, portanto, a área apta de telhados e outras terísticas técnicas dos painéis utilizados, de todo o sistema elé-
cas no entorno dessas usinas eólicas podem, eventualmente, superfícies para instalação de painéis sobre as quais, muitas trico e das perdas, além das características locais da radiação.
complementar a geração em períodos de baixa velocidade do vezes, a construção de suportes para garantir a inclinação e Neste Atlas, foram utilizados os valores típicos médios, extraí-
vento. No entanto, essa complementaridade deve ser estuda- orientação ótimas e exatas é impraticável. dos de projetos reais, que permitem uma estimativa preliminar
da localmente, considerando as características medidas do bastante realista de pequenos projetos fotovoltaicos para gera-
vento, lembrando-se que a variabilidade dos regimes diurno Complementarmente, é preciso ter em vista que o posicio- ção de energia elétrica. O cálculo da produtividade considera
e mensal do vento no Estado é bastante complexa. namento mais adequado do sistema de aproveitamento solar a variabilidade da temperatura e radiação medidos pela série
varia em função da latitude e das características da radiação histórica de dados INMET. No entanto, esses sistemas ainda
local. Em geral, no Rio Grande do Sul, o ângulo ótimo de in- estão sujeitos a outras perdas inerentes às especificidades do
clinação fixa dos painéis fotovoltaicos varia entre 20° e 30°, projeto. Com o objetivo de atender a essas especificidades, to-
7.3 VARIABILIDADE MENSAL orientados para o Norte. Em projetos concentrados, com uma dos os dados e mapas utilizados no Atlas são disponibilizados
grande quantidade de painéis, é recomendável a avaliação de em formato digital, possibilitando ao usuário realizar simula-
E HORÁRIA DA IRRADIAÇÃO rastreadores solares, com o objetivo de maximizar a radiação ções de projetos com painéis fotovoltaicos de diferentes carac-
E PRODUTIVIDADE direta sobre o sistema durante todo ano, visto que a inclinação terísticas.
FOTOVOLTAICA ideal varia com a trajetória do Sol. Cabe ressaltar que os valo-
res da radiação direta normal no Oeste do Estado são elevados, Outra aplicação do recurso solar que se beneficiará dos dados
A variabilidade mensal e horária da radiação solar elabo- maiores que 5 kWh/m2/dia, podendo se tornar, no futuro, uma disponibilizados neste Atlas são os projetos híbridos fotovoltai-
rada a partir dos dados de oito estações do INMET é apresen- região atrativa para projetos heliotérmicos ou mesmo para cos voltados ao bombeamento de água e/ou irrigação, alimenta-
tada nas próximas páginas, nos gráficos de superfície da parte concentradores fotovoltaicos com uso de rastreadores solares. dos por módulos fotovoltaicos complementados pela rede elétri-
inferior das Figuras 7.1 a 7.8, representando genericamente o ca ou por motores a diesel [11] [12]. Considerando o potencial
comportamento da radiação em cada mesorregião do Estado. É necessário enfatizar que os valores de radiação difusa e agrícola e agropecuário do Estado e a área irrigada, a utilização
Os valores apresentados nas Figuras complementam os mapas direta são informações úteis para estudos preliminares de em- do recurso solar nesses sistemas pode ser fomentada para di-
do Capítulo 6, detalhando em cada estação INMET os valores preendimentos com aproveitamento solar. Entretanto, a exati- minuir os custos do produtor rural. Além disso, a característi-
mensais de irradiação e produtividade, calculados conforme o dão dos valores aqui estimados para essas variáveis pode não ca modular dos sistemas fotovoltaicos permite que seja viável
Apêndice A. ser suficiente para atender às margens de incertezas admissí- a aplicação de sistemas híbridos voltados à irrigação, tanto de
veis em estudos de viabilidade econômica de usinas solares, o grandes como de pequenas propriedades rurais.
Os gráficos de círculos da parte superior das Figuras são dia- que pode requerer validação com medições locais específicas,
gramas para orientação do painel. Os diagramas apresentam, com uso de piranômetros sombreados e pireliômetros. Em ge-
para a coordenada geográfica da estação, o rendimento percen- ral, essas estimativas das frações médias a partir da irradiação
tual da energia em relação à que seria obtida com o posiciona- global horizontal apresentam grande variabilidade de acordo

101
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

FIGURA 7.1 Variabilidade da


produtividade fotovoltaica em função
do azimute e ângulo de inclinação
dos painéis, mês do ano e hora do
dia, em Porto Alegre.

102
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

FIGURA 7.2 Variabilidade da


produtividade fotovoltaica em função
do azimute e ângulo de inclinação
dos painéis, mês do ano e hora do
dia, em Rio Grande.

103
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

FIGURA 7.3 Variabilidade da


produtividade fotovoltaica em função
do azimute e ângulo de inclinação
dos painéis, mês do ano e hora do
dia, em Santa Maria.

104
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

FIGURA 7.4 Variabilidade da


produtividade fotovoltaica em função
do azimute e ângulo de inclinação
dos painéis, mês do ano e hora do
dia, em Uruguaiana.

105
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

FIGURA 7.5 Variabilidade da


produtividade fotovoltaica em função
do azimute e ângulo de inclinação
dos painéis, mês do ano e hora do
dia, em Santa Rosa.

106
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

FIGURA 7.6 Variabilidade da


produtividade fotovoltaica em função
do azimute e ângulo de inclinação
dos painéis, mês do ano e hora do
dia, em Rio Pardo.

107
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

FIGURA 7.7 Variabilidade da


produtividade fotovoltaica em função
do azimute e ângulo de inclinação
dos painéis, mês do ano e hora do
dia, em Bagé.

108
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

FIGURA 7.8 Variabilidade da


produtividade fotovoltaica em função
do azimute e ângulo de inclinação
dos painéis, mês do ano e hora do
dia, em Vacaria.

109
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

7.4 CRITÉRIOS PARA Inclinação do terreno: se o terreno possui topografia


complexa, o aproveitamento da área poderá ser prejudicado,
7.4.2 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
ESCOLHA DE LOCAIS PARA diminuindo a relação Potência Instalada x Área e elevando os A seguir são relacionados critérios preliminares para esco-
PLANTAS FOTOVOLTAICAS custos de implantação. Observa-se pelos Mapas 6.20 que as lha de locais para a geração fotovoltaica distribuída. Embora,
a princípio, os critérios tenham sido selecionados a partir das
áreas montanhosas do Norte do Estado foram excluídas do
Os projetos de aproveitamento solar devem ser realizados cálculo do potencial fotovoltaico. especificidades do Rio Grande do Sul, a maioria deles aplica-se
seguindo critérios técnicos específicos que fogem ao escopo do a projetos fotovoltaicos em geral.
Atlas. Em geral, os critérios para a escolha do local de plantas foto- Uso do solo: na pesquisa por locais para a instalação de
voltaicas destinadas à inserção da energia no sistema elétrico (ge- usinas centralizadas, deve-se desconsiderar as áreas onde já Orientação e inclinação dos painéis: geralmente, a ge-
ração centralizada) são distintos dos critérios para instalação de existam atividades que gerem retorno financeiro igual ou su- ração distribuída utiliza espaços pré-existentes, como áreas de
um pequeno número de painéis para consumo industrial, comer- perior ao da geração de energia solar, ou as áreas cujo valor telhados em residências e prédios. Por outro lado, a estrutura
cial ou doméstico (geração distribuída). Esta seção busca descre- supere o lucro econômico esperado. O Mapa 6.20 , bem como para suportar os painéis deve ser projetada buscando o melhor
ver alguns deles e é complementada pelo Apêndice C, que traz um as integrações realizadas no início deste capítulo, desconside- rendimento possível, segundo as coordenadas geográficas do
guia para aquisição de pequenos projetos de aproveitamento so- ram as áreas agrícolas, as áreas com atividade de refloresta- local, o que é realizado com o ajuste da orientação e inclinação
lar, com destaque para as principais etapas de implementação de mento, e outros usos, por serem incompatíveis. dos painéis. Quando essa orientação não coincide com a da es-
pequenos projetos fotovoltaicos e sistemas de aquecimento solar. trutura pré-existente, pode haver aumento do custo de implan-
Locais com formação de neblina: áreas sujeitas perio- tação, ou perda de eficiência. Os gráficos e análises apresen-
7.4.1 GERAÇÃO CENTRALIZADA dicamente à formação de névoa, tais como áreas de serras e tados na seção 7.3 podem auxiliar na estimativa da perda de
eficiência dos módulos com a alteração dos ângulos de azimute
FOTOVOLTAICA encostas, devem ser evitadas para os projetos centralizados.
No Rio Grande do Sul, essas áreas estão localizadas na Serra e de inclinação, em relação às suas posições ótimas.
Relaciona-se a seguir alguns critérios preliminares para a Gaúcha e ao longo de encostas próximas às regiões serra-
escolha de locais para a geração centralizada fotovoltaica no nas. Ao longo do litoral, no entorno de lagoas e em áreas Baterias: no caso de sistemas isolados, são necessárias baterias
Rio Grande do Sul. alagáveis deve ser avaliada a persistência e periodicidade da para armazenar a energia gerada, visando suprir o consumo em
formação de névoa úmida. Por fim, próximo aos grandes períodos sem geração, como os noturnos e os dias nublados.
Irradiância solar: a determinação da quantidade de energia centros urbanos e industriais, deve ser avaliado se há histó-
fotovoltaica gerada em um local se deve, principalmente, ao va- rico de formação de névoa seca e suas possíveis implicações Legislação local: no sistema elétrico de alguns países, a gera-
lor da irradiação solar acumulada anual, aliado a cálculos de- na geração de energia. ção distribuída pode ser conectada livremente à rede ou com al-
talhados sobre as perdas e a eficiência dos módulos e de todo gum custo marginal. Essa possibilidade proporciona duas vanta-
o arranjo elétrico. Em termos gerais, para a implementação de Proximidade à linha costeira: recomenda-se, para ins- gens: dispensa da necessidade de armazenamento de energia, pois
projetos centralizados, são requeridas medições detalhadas da talações fotovoltaicas, locais secos e afastados da costa ma- nos períodos em que o sistema não está gerando (p. ex., durante a
radiação solar no local de implantação do projeto, com equipa- rítima, a fim de evitar a brisa marítima (maresia), que pode noite) é possível consumir a energia elétrica da rede; possibilidade
mentos com baixa incerteza de medição e um período mínimo acelerar o processo de degradação dos módulos, reduzindo o da venda do excesso de produção à companhia de distribuição. O
de 12 meses [13]. No Rio Grande do Sul, a variabilidade da irra- seu rendimento. Brasil, durante os últimos anos, vem evoluindo nas políticas para
diação solar é relativamente baixa em cada microrregião e estão a geração distribuída, como citado no Capítulo 4. Especificamente
na região Oeste do Estado as áreas com os maiores valores da Proximidade de conexão ao sistema de transmissão: na Seção 4.1.2 são relacionados alguns marcos regulatórios que
irradiação solar para aproveitamento de projetos centralizados. para fazer um projeto mais competitivo e diminuir os seus cus- definem os mecanismos adotados no país.
tos de implantação, a distância da usina até a subestação à qual
Área protegidas ou conflitivas: diferentemente da geração será conectada deve ser a menor possível. A localização das su- Ventos extremos: Um importante parâmetro para o cálcu-
distribuída, em que um pequeno número de painéis fotovol- bestações da rede básica, bem como das principais distribuido- lo estrutural de usinas solares são as rajadas máximas do vento.
taicos causa impacto ambiental desprezível, a modificação da ras, é apresentada no Apêndice D. Esse parâmetro é utilizado para o dimensionamento da fixação
paisagem por uma planta solar de maior porte é um fator a ser dos painéis e é calculado com base na frequência histórica de
considerado. Usinas centralizadas são inviáveis em áreas prote- Escala dos terrenos disponíveis: com o auxílio de incen- ventos extremos na região do projeto. O mapa de rajada máxima
gidas e, mesmo nas áreas sem proteção legal, pode haver conflito tivos governamentais, a geração solar centralizada compete, no a 10 m de altura, disponível no Apêndice F, apresenta as velocida-
com as comunidades locais. São necessárias, portanto, análises Brasil, com as demais fontes de energias renováveis, tais como: des extremas medidas sobre 3 segundos com período de recor-
sobre os impactos sociais e ambientais de um projeto. Para essas eólica, biomassa e hidráulica. As usinas tornam-se mais com- rência de 50 anos, no Rio Grande do Sul, calculadas conforme as
análises, o Capítulo 3 descreve alguns aspectos sobre a legislação petitivas com ganhos de escala, ou seja, com a instalação de um normas NB-599/87 e NBR 6123/88 [14] e IEC 61400-1 [15]. Este
ambiental vigente no Rio Grande do Sul e a localização de áreas grande número de módulos, para os quais são necessários cen- mapa foi derivado dos resultados do Atlas do Potencial Eólico
com restrições legais (Mapa 3.1). tenas de hectares de terrenos aptos e contíguos. do Rio Grande do Sul, publicado em 2014 [9].

110
A N Á L I S E S E D I AG N Ó ST I C O S

7.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS florestas, e demais usos incompatíveis com a produção solar,
foi um importante insumo na integração espacial do potencial
trumento para atração de investimentos, como para direcionar
políticas públicas de Estado, tais como planejamento energético
Os mapas apresentados neste Atlas baseiam-se na metodolo- fotovoltaico nas várias regiões do Estado. Excluídas as áreas de e ambiental. Ressalte-se a importância do apoio governamental
gia desenvolvida ao longo dos últimos anos em Universidades do restrição, estimou-se que se fossem utilizados apenas 2,1% das às linhas de pesquisa e desenvolvimento em energia solar, que
estado do Rio Grande do Sul [16], pela primeira vez aplicada em áreas aptas não urbanas em projetos de usinas solares centrali- além de contribuir na formação de recursos humanos, permite
um atlas solar, no Brasil. A utilização dos dados de 33 estações zadas, o Estado seria capaz de suprir toda a sua demanda ener- a ampliação e aprofundamento da base de dados solarimétricos
automáticas do INMET permitiu a validação e ajuste do mapea- gética de 2016. Esse potencial solar, combinado com a recente do estado, incentiva o desenvolvimento de processos de fabri-
mento às medições reais disponíveis. Embora não sejam medi- redução de preços e avanços tecnológicos nos processos de fa- cação de células fotovoltaicas e fomenta a realização de estudos
ções com padrão específico para dimensionamento de projetos bricação dos painéis fotovoltaicos, pode gerar cenários positi- sobre energia solar térmica. Este Atlas tem um importante papel
solares, são gratuitamente disponíveis e representam o que há de vos para a aplicação em larga escala dessa tecnologia no Estado. tanto na formação acadêmica das novas gerações de estudantes,
melhor em termos históricos de dados solarimétricos no Brasil. Destacam-se ainda os dados apresentados de radiação no plano como, principalmente, no esclarecimento do público em geral
Enfatiza-se o esforço da política de distribuição dos dados do inclinado e horizontal, os quais podem auxiliar no planejamento sobre os conhecimentos básicos de energia solar e, consequente-
INMET, que garante, durante anos, a manutenção, operação e de projetos de sistemas de aquecimento solar, um importante mente, no despertar do interesse da população por essa impor-
distribuição de dados das estações automáticas em todo o terri- segmento industrial para aplicação desta energia. tante fonte de energia renovável.
tório nacional. Especificamente no Rio Grande do Sul, existem
hoje 44 estações automáticas em operação, das quais mais de 6 Pode-se afirmar que, em termos absolutos de radiação solar O Rio Grande do Sul reúne condições favoráveis à instala-
foram instaladas recentemente. incidente, o potencial solar do Rio Grande do Sul supera em vá- ção de sistemas fotovoltaicos e é atrativo para o estabelecimento
rias vezes o seu consumo atual de energia. Tecnicamente, os va- de empresas fabricantes de máquinas e equipamentos da cadeia
As premissas adotadas para a integração da produção de lores de irradiação levantados tornam qualquer região do territó- produtiva solar, bem como para prestadores de serviços espe-
energia solar são baseadas em critérios realistas, buscando pro- rio estadual viável à implantação de projetos de aproveitamento cializados (engenharia, logística, montagem e manutenção). O
porcionar uma análise conservadora acerca do potencial teórico, solar. Mesmo após impor-se um grande número de restrições, o Estado fornece oportunidade para a geração de empregos qua-
levando em consideração o maior número possível de aspectos potencial solar continua promissor e pode ser aproveitado den- lificados, o que traz impacto positivo na agregação tecnológica,
técnicos, socioeconômicos e ambientais. A delimitação das áreas tro dos limites de inserção no Sistema Elétrico regional, ou em na geração de renda e no poder de consumo da população.
aptas, excluindo-se da integração as áreas agrícolas, pastagens, sistemas isolados. Este Atlas pode ser utilizado tanto como ins-

111
Referências

1. O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

[1] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. [8] Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Rela- [15] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Estimativas da população residente no Brasil e tórios de apoio à decisão. Disponível em: <http:// Malha municipal digital 2016. 2016. Disponível em:
unidades da federação com data de referência em www.aneel.gov.br>. Acesso em: 30 de ago. de 2018. <geoftp.ibge.gov.br>. Acesso em: 15 de ago. de 2018.
1o de julho de 2018. 2018.
[9] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. [16] Departamento Nacional de Infraestrutura de Trans-
[2] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Panorama RS. Disponível em: <https://cidades. portes – DNIT. Mapa do Brasil. 2015. Disponível
Características da população e dos domicílios: ibge.gov.br/>. Acesso em: 15 de ago. de 2018. em: <http://www.dnit.gov.br>. Acesso em: 30 de
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APÊNDICE A

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APÊNDICE F

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119
APÊNDICE A

Procedimento Para o Cálculo da Produtividade


Fotovoltaica nas Séries INMET [1]
A.1 CÁLCULO DO IO E Equação do Tempo (Et): diferença entre o tempo solar
A.3 CÁLCULO DAS
médio e o verdadeiro, referente à excentricidade da órbita ter-
DA HORA SOLAR restre e aos desvios gerados por perturbações na velocidade COMPONENTES DIRETA E
No processo de análise de dados solares, inicialmente os da- angular da Terra, DIFUSA DA IRRADIAÇÃO
dos de irradiação coletados em superfície são comparados aos HORÁRIA:
dados de irradiação solar extraterrestre teóricos (Io) para a mes-
(A5)
ma hora do dia. No entanto, é necessário previamente calcular A fração horária da irradiação solar difusa (kD) em uma su-
a Hora Solar e sobrepor graficamente os valores medidos e cal- perfície horizontal é dada pelas correlações de Erbs et al. [2],
culados, com o objetivo de garantir o perfeito alinhamento dos Irradiação Extraterrestre Horária (Io): densidade horária em função do índice de claridade:
dados, ou seja, a concordância entre a hora do registro e a hora do fluxo solar radiante sobre uma superfície horizontal, com au-
considerada no cálculo do Io. sência de atmosfera, para 0,22 < kT < 0,8

Ângulo diário ( ): relativo à posição da Terra no plano da (A6)


(A8a)
eclíptica em um dia específico,
onde Isc é a constante solar (aproximadamente 1367 W/m²), a
latitude e é o ângulo horário.
(A1)

para kT < 0,22


em que, dn é o número do dia do ano no calendário Juliano,
variando de 1 (1º de janeiro) até 365 (31 de dezembro). A.2 CÁLCULO DO ÍNDICE kD=1-0,09kT (A8b)
DE LIMPIDEZ
Excentricidade (Eo): referente à excentricidade da órbita e para kT > 0,8
elíptica descrita pelo movimento da Terra ao redor do Sol, De posse do Io, em um próximo passo, calcula-se o índice de
limpidez horário kT (clearness index), uma medida da transmis- kD=0,165 (A8c)
(A2)
sividade da atmosfera que alguns autores também chamam de
índice de claridade, conforme indicado na equação a seguir: Esta, juntamente com a irradiação solar horária em um pla-
no horizontal, é utilizada para calcular o valor da irradiação
Declinação ( ): ângulo formado entre o plano da linha do kT = I/Io (A7) difusa horizontal (Id) para cada hora:
Equador e a linha que une os centros da Terra e do Sol,
onde I e Io representam respectivamente a irradiação solar ho- Id = kDI (A9)
(A3)
rária em um plano horizontal (dados da estação meteoroló-
gica) e a irradiação solar horária extraterrestre em um plano Como a irradiação solar horária em um plano horizontal é definida
paralelo (Equação A6). como a soma das irradiações direta (Ib) e difusa (Id), uma vez que se
Hora Solar (TSV): ou tempo solar verdadeiro, ângulo horá- tenha a fração difusa, a parcela direta pode ser obtida por:
rio do centro do Sol em relação ao Equador,
Ib = I - Id (A10)

(A4)

onde TO é a hora oficial de um local, Lst a longitude padrão,


Lloc a longitude local e Et a equação do tempo.

120
APÊNDICE A

A.4 CÁLCULO DO ÂNGULO DE onde ma é a massa de ar, Ibn a irradiação direta normal e Ion a será fixo em 180° (voltado para o Norte). Para se obter os va-
irradiação extraterrestre normal. lores mensais de cada ano, é necessário totalizar as irradiações
INCIDÊNCIA EM CADA HORA mensais inclinadas e dividí-las pelo número de dias de cada
O ângulo de incidência da irradiância solar sobre o plano do Os coeficientes F11, F12 ... são função da claridade, para di- mês. Posteriormente, estes dados devem ser organizados ao
módulo fotovoltaico ( ), o qual depende do ângulo de inclina- ferentes faixas de ε são recomendados os valores apresentados longo dos anos, para, finalmente, ser encontrando um valor
ção da superfície ( ), é dado pela equação: na Tabela A1. médio que represente a irradiação diária em média mensal,
para cada mês.
TABELA A.1 Coeficientes F para determinação da radiação
(A11)
difusa através do modelo de Perez et al. [3]. A.6. PRODUTIVIDADE DE
SISTEMAS FOTOVOLTAICOS
onde γ é o ângulo azimutal que indica a orientação da superfície. Para estimar a produção de eletricidade pela conversão da
FAIXA
F11 F12 F13 F21 F22 F23 energia solar, foram selecionados alguns componentes com ca-
DE ε
racterísticas que podem ser consideradas típicas dos sistemas
1 a 1,056 -0,042 0,55 -0,044 -0,12 0,138 -0,034
fotovoltaicos. A partir da análise de um grande número de mó-
A.5 CÁLCULO DA IRRADIAÇÃO 1,0561 a
dulos comerciais, foi escolhido um módulo típico policristali-
no com parâmetros médios. O mesmo foi feito para a curva de
SOLAR INCLINADA PARA 1,253 0,261 0,559 -0,243 -0,019 0,083 -0,081
eficiência do inversor, selecionada de um modelo típico para
CADA HORA 1,253 a
1,586 0,481 0,46 -0,354 0,077 0,006 -0,116
uso em pequenas instalações (5 kWp). O estudo enfocou insta-
A irradiação total horária sobre o plano inclinado ( ) pode 1,5861 a 0,825 0,187 -0,532 0,172 -0,05 -0,151
lações urbanas, mas a produtividade não será muito diferente
2,134
ser determinada através da soma das componentes de irradia- em usinas fotovoltaicas.
2,1341 a 1,102 -0,299 -0,586 0,35 -0,398 -0,171
ção solar inclinada direta ( ), difusa ( ) e albedo ( ), se- 3,23
gundo as equações [3]: Para cada hora dos dias de cada um dos anos contemplados
3,231 a 1,226 -0,451 -0,617 0,444 -0,949 -0,073
5,98 nos bancos de dados horários, deve ser calculada a energia elé-
5,981 a 1,367 -0,838 -0,655 0,431 -1,75 0,094
trica injetada na rede conforme a equação:
(A12) 10,08

10,08 a ∞ 0,978 -0,812 -0,393 0,335 -2,160 0,106 F (A20)


(A13)
1000

(A14) onde:

EINJ é a energia elétrica injetada na rede, na hora considera-


(A15)
A.5.1 CÁLCULO DA IRRADIAÇÃO da, em Wh;
onde é o ângulo solar zênite, ρ é a refletividade do solo ou DIÁRIA HORIZONTAL EM
albedo e F1 e F2 são coeficientes que levam em conta o brilho MÉDIA MENSAL PSTD é a potência nominal do arranjo fotovoltaico (nas con-
circumsolar e horizontal. Nestas equações, cos θZ pode ser ob- dições padrão), em Wh;
tido através do ângulo de incidência (Equação A11). Ainda, Para se obter a irradiação diária horizontal em média men-
quando β=0, considerar ρ=0,2. sal, primeiramente deve-se fazer a soma de todos os dados Ibβ é a irradiação direta sobre superfície inclinada na hora
horários de cada dia, totalizando irradiações diárias. Para se considerada, em Wh/m2;
Os coeficientes F1 e F2 são função de três parâmetros que de- obter os valores mensais de cada ano, é necessário totalizar as
finem as condições do céu, ângulo de zênite, a claridade (ε) e o irradiações mensais horizontais e ainda dividí-las pelo número Idβ é a irradiação difusa sobre superfície inclinada na hora con-
brilho (Δ), obtidos através das equações empíricas: de dias de cada mês. Posteriormente, estes dados devem ser siderada, incluindo a radiação refletida pelo solo, em Wh/m²;
organizados ao longo dos anos, para, finalmente, se encontrar
(A16)
um valor médio que represente a irradiação diária em média Fθ é o fator de correção da variação da potência exclusiva-
mensal, para cada mês. mente em função do ângulo de incidência da radiação solar
direta (Equação A21), também conhecido como Modificador
(A17) A.5.2 CÁLCULO DA IRRADIAÇÃO devido ao Ângulo de Incidência (MAI);
DIÁRIA INCLINADA (PARA CADA
FG é o fator de correção da variação da potência exclusivamente
(A18)
ÂNGULO) EM MÉDIA MENSAL em função do fluxo de radiação solar incidente (Equação A27);
Para se obter a irradiação diária inclinada em média men-
sal, primeiramente deve-se somar todos os dados horários de FT é o fator de correção da variação da potência exclusiva-
(A19) cada dia, totalizando as irradiações diárias. O ângulo azimutal mente em função da temperatura da célula (Equação A28);

121
APÊNDICE A

FSIST é o fator de correção da produção de energia em função


A.6.2 CÁLCULO DO FG A.6.5 PRODUTIVIDADE DO
das perdas do sistema, que envolvem perdas por descasamento
entre as potências dos módulos e perdas nas conexões elétricas O fator FG é função do fluxo da radiação solar incidente, a SISTEMA FOTOVOLTAICO
e cabeamentos, com valor de referência 0,97; irradiância (G). Para sua determinação em cada hora, utiliza- A energia elétrica produzida em um mês pelo sistema foto-
se a Equação A27, considerando a irradiância efetiva no mó- voltaico pode ser calculada através da equação:
ηCC/CA é a eficiência de conversão de corrente contínua a al- dulo (G em W/m²) numericamente igual à irradiação horária
ternada do inversor; (I em Wh/m²),
(A32)

ηSPMP é a eficiência do seguimento do ponto de máxima po- F (A26)


tência do inversor, valor de referência 0,99.
onde ER é a energia produzida, ndm o número de dias do mês,
(A27)
e m, n, e h referem-se a meses, dias e horas.

A.6.1 CÁLCULO DO Fθ onde os coeficientes assumem os valores de n0 = 9,53x10-3, Ainda, a produtividade final anual YF , definida como a
n1 = -3,8 x10-2 e n2 = 2,37 x10-2 e GSTC é a irradiância nas condi- energia elétrica anual injetada na rede por unidade de potên-
O fator Fθ é função do cosseno do ângulo de incidência da ções de teste (assume-se 1000 W/m²). cia nominal do gerador fotovoltaico (PSTD), é obtida segundo a
irradiância solar sobre o plano do módulo fotovoltaico (cosθs equação:
Equação A11). Assumindo o coeficiente de absorção da luz so-
lar no vidro (K) igual a 4 m-1 e a espessura do vidro (L) igual a A.6.3 CÁLCULO DO FT (A33)
0,0032 m, Fθ pode ser obtido por:
O fator FT é função da temperatura da célula fotovoltaica
(TC), pois a produtividade do sistema fotovoltaico diminui
(A21)
com o aumento da sua temperatura. Assumindo 0,45%/°C o
coeficiente de variação da potência com a temperatura, FT pode
onde θT é o ângulo de refração da luz solar no módulo, calcula- ser estimado através da equação:
do pela Equação A22, e R a refletância (razão entre a irradiação SAIBA MAIS
refletida e a irradiação incidente no módulo, Equação A25), FT = 1 – 0,0045[TC – 25º] (A28)

onde TC é a temperatura da célula, calculada para cada hora em • KREZINGER, A.; AGUIAR, D. Metodologia para
(A22)
função da temperatura ambiente (Tamb) e da irradiância global elaboração de mapas de produtividade fotovoltai-
horizontal (G) pela equação, ca no Rio Grande do Sul. VI Congresso Brasileiro de
Energia Solar, Belo Horizonte, 2016.
(A23)

TC = Tamb + 47.G (A29)


• SOARES, R. S.; TOMASZEWSKI, G. A.; HAAG, R.
(A24)
Elaboração de mapas solarimétricos para o estado do
Rio Grande do Sul através do tratamento e interpo-
(A25)
lação de dados oriundos de estações meteorológicas.
A.6.4 CÁLCULO DO ηCC/CA VII Congresso Brasileiro de Energia Solar, Gramado,
2018.
onde n1 é o índice de refração do meio 1 (assume-se ar, A eficiência de conversão de corrente contínua a alternada
igual a 1), n2 o índice de refração do meio 2 (assume-se vidro, (ηCC/CA) no inversor pode ser estimada em função do seu carre-
• PERAZA; D.G. Estudo de viabilidade da instala-
igual a 1,526), rnor é a componente perpendicular da radiação gamento, segundo a equação [4]:
ção de usinas solares fotovoltaicas no estado do Rio
e rpar a componente paralela da radiação (ambas em relação ao
Grande do Sul. Dissertação de Mestrado do Programa
plano definido pelo raio incidente e a normal da superfície do (A30)
de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica, Universi-
módulo).
dade Federal do Rio Grande do Sul, 2013.
Se cosθs=1, então θs=0. Senão .
onde ko, k1 e k2 são parâmetros determinados experimental-
mente; para o inversor padrão escolhido assume-se ko= 0,0187, • MARTINAZZO, C. A. Modelos de estimativa de
k1= 0,0368, k2= 0,044, e PR é a potência relativa, definida como: radiação solar para elaboração de mapas solarimé-
Se θs=0, então e Fθ=1.
tricos. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Mecânica, Universidade
F Federal do Rio Grande do Sul, 2004.
(A31)
1000

122
APÊNDICE A

123
APÊNDICE B

Siglas Utilizadas e Glossário


B.1 SIGLAS UTILIZADAS
ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condi- EEE – Estação Ecológica Estadual NWS – National Weather Service
cionado, Ventilação e Aquecimento EMA – Estações Meteorológicas Automáticas ONS – Operador Nacional do Sistema
ABENS – Associação Brasileira de Energia Solar EPE – Empresa de Pesquisa Energética OPV – Organic PhotoVoltaics
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas FAA – Federal Aviation Administration PBL – Camada Limite Planetária
ABSOLAR – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica FEE – Fundação de Economia e Estatística PE – Parque Estadual
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica FEPAM – Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique PIB – Produto Interno Bruto
AOD – Profundidade Óptica de Aerossóis (Aerosol Optical Depth) Luiz Roessler PN – Parque Nacional
APA – Área de Proteção Ambiental FN – Floresta Nacional PNM – Parque Natural Municipal
APP – Área de Proteção Permanente FUNAI – Fundação Nacional do Índio POA – Irradiância Total no Plano Inclinado (Plane of Array)
ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico GEOS – Goddard Earth Observing System Data Model Procobre – Instituto Brasileiro do Cobre
ARPA-E – Advanced Research Projects Agency – Energy GES DISC – Goddard Earth Sciences Data and Information ProGD – Programa de Desenvolvimento da Geração
ARW – Advanced Research WRF Services Center Distribuída de Energia Elétrica
BIG – Banco de Informações de Geração GHI – Irradiância Global Horizontal (Global Horizontal PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Irradiance) RDS – Reserva de Desenvolvimento Sustentável
CA – Corrente Alternada GMAO – Global Modeling and Assimilation Office REBIO – Reserva Biológica
CC – Corrente Contínua IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística RESEX – Reserva Extrativista
CEE-D – Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica Ideal – Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alterna- RF – Reserva de Fauna
CEEE – Companhia Estadual de Energia Elétrica tivas na América Latina RGE – Rio Grande Energia
CERFOX – Cooperativa de Distribuição de Energia Fontoura Xavier IEA – International Energy Agency RMSPE – Raiz do Erro Médio Quadrático Percentual (Root
CERVALE – Cooperativa de Eletrificação Rural Vale Jaguari IFC – International Finance Corporation Mean Square Percentage Error)
CBENS – Congresso Brasileiro de Energia Solar INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural
CEPEL – Centro de Pesquisas de Energia Elétrica INMET – Instituto Nacional de Meteorologia RRTM – Rapid Radiative Transfer Model
CGIAR – Consultative Group on International Agricultural Research INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e RS – Rio Grande do Sul
CIEMAT – Centro de Investigaciones Energéticas Tecnologia RVS – Refúgio de Vida Silvestre
Medioambientales y Tecnológicas INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial SEINFRA-RS – Secretaria de Infraestrutura e Logística do Rio
CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Grande do Sul
COOPERNORTE – Cooperativa Regional de Energia e IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change SEMA – Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento do Litoral Norte ISO – International Organization for Standardization SMERS – Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul
COOPERSUL – Cooperativa Regional de Eletrificação Rural LandSat – Land Remote Sensing Satellite SEUC – Sistema Estadual de Unidades de Conservação
Fronteira Sul LER – Leilão de Energia de Reserva SIN – Sistema Interligado Nacional
COSEL – Cooperativa Sudeste de Eletrificação Rural LSM – Superfície do Solo SL – Camada Superficial
CP – Cúmulus LW – Radiação Térmica SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação
CPV – Concentrador Fotovoltaico (Concentrated PhotoVoltaics) MERRA – Modern Era Retrospective-analysis for Research and SRREN – Special Report on Renewable Energy Sources and
CRESESB – Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Applications Climate Change Mitigation
Sérgio de S. Brito MMA – Ministério do Meio Ambiente STC - Standard Test Condition
C&S – Camargo-Schubert Engenheiros Associados MME – Ministério de Minas e Energia SW – Radiação Solar
CSP – Concentrador de Energia Solar (Concentrating Solar Power) MoNA – Monumento Natural UC – Unidade de Conservação
DAER-RS – Departamento Autônomo de Estradas de Roda- MP – Microfísica UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
gem do Rio Grande do Sul MYNN – Mellor–Yamada Nakanishi Niino UFV – Central Geradora Fotovoltaica
DHI – Irradiância Difusa Horizontal (Diffuse Horizontal NASA – National Aeronautics and Space Administration UERGS – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Irradiance) NBR– Norma Brasileira UPI – Unidades de Proteção Integral
DNI – Irradiância Direta Normal (Direct Normal Irradiance) NCAR – National Center for Atmospheric Research USGS – United States Geological Survey
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration UUS – Unidades de Uso Sustentável
DOE – Department of Energy NREL – National Renewable Energy Laboratory WMO – World Meteorological Organization
DOI – U. S. Department of the Interior NT–Solar – Núcleo de Tecnologia em Energia Solar WRF – Weather Research and Forecasting
ECMWF – European Centre for Medium-Range Weather Forecasts NWP – Previsão Numérica do Tempo (Numerical Weather WSM5 – WRF Single-moment 5-class
EE – Estação Ecológica Prediction)

124
APÊNDICE B

B.2 SISTEMA DE UNIDADES.


UNIDADES DE MEDIDA UTILIZADAS EM SISTEMAS DE ENERGIA FOTOVOLTAICOS:

Quilowatt: [kW] unidade de potência equivalente a 1000 W; Watt: [W] unidade de potência referente a um joule por segundo [J/s]; Watt-pico: [W ] unidade de medida utilizada para caracte-
p

rizar módulos fotovoltaicos, referente à potência [W] gerada


Quilowatt-hora: [kWh] unidade de energia equivalente a Watt-hora: [Wh]unidade que representa a quantidade de quando em condições padrão de teste (Standard Test Condition
1000 Wh ou 3600 kJ; energia necessária para alimentar uma carga com potência de – STC); trata-se da potência máxima que um módulo pode
1 Watt durante 1 hora; fornecer em condições ideais.

B.3 GLOSSÁRIO
Aerossol – pequenas partículas em estado sólido ou líquido Centro consumidor – concentração de unidades con- Datalogger – dispositivo eletrônico para registro digital
que se encontram dispersas no ar. sumidoras de energia elétrica em uma determinada região de dados meteorológicos provindos de múltiplos sensores.
geográfica; exemplos de centros consumidores são indústrias,
Agente de distribuição (ou concessionária de distribui- cidades e vilas. As informações sobre os centros consumido- Disponibilidade líquida – valor máximo que a usina
ção) – empresa detentora de concessão, permissão ou autoriza- res são utilizadas para o dimensionamento e planejamento pode gerar efetivamente, levando em consideração todas as
ção para distribuir energia elétrica [1]. estratégico do sistema elétrico de transmissão e distribuição. restrições operativas e todas as manutenções previstas para o
período [2].
Albedo – fração entre a radiação refletida pela superfície ter- Ciclo de Rankine – ciclo termodinâmico reversível que
restre e a incidente total. Tipicamente é considerado o valor de converte calor em trabalho, compreendendo quatro etapas: Distribuidora de energia – agente titular de concessão
0,2 para a cobertura terrestre. pressurização do fluido de trabalho através do bombeamento; para prestar serviço público de distribuição de energia elétrica [1].
aquecimento e mudança de fase para estado gasoso em uma
Anemômetro – instrumento utilizado para medir a veloci- caldeira; expansão do vapor e geração de trabalho em uma tur- Eclíptica solar – órbita aparente do Sol na esfera celeste,
dade do vento. bina; e condensação e retorno ao estado líquido (reinício). descrevendo o movimento aparente do Sol ao longo do ano.

Áreas aptas - expressão utilizada na presente publicação Climatologia – estudo do clima, englobando suas caracte- Energia renovável – termo que designa as fontes energé-
referente às áreas consideradas apropriadas para instalação de rísticas e influências, em diversas escalas temporais. ticas que não se esgotam com sua utilização ao longo do tem-
projetos de aproveitamento solar, delimitadas com base em po, podendo se regenerar em tempo relativamente curto, tais
técnicas de geoprocessamento e mapas de uso e cobertura da Controlador de carga – um dos principais componentes como: radiação solar, energia geotérmica, marés, biomassa,
terra. utilizados em sistemas solares fotovoltaicos isolados, nos quais vento e recursos hídricos [3].
se utiliza de baterias. Além de controlar a carga, o controlador
Azimute – ângulo medido no plano horizontal entre o me- protege as baterias quanto à descarga profunda ou sobrecarga. Espectro solar – distribuição total da radiação eletromag-
ridiano do lugar do observador e o plano vertical que contém nética emitida pelo sol.
o ponto observado. Curva de potência – curva teórica ou medida que indica
a potência elétrica gerada por determinado modelo de painel Estação meteorológica – local onde encontram-se ins-
Célula solar – dispositivo que converte energia solar em fotovoltaico, função da radiação solar incidente sobre o painel talados um conjunto de equipamentos utilizados para medir
elétrica. e da temperatura. dados meteorológicos.

125
APÊNDICE B

Estação solarimétrica – local onde encontram-se ins- Irradiância – medida instantânea da exposição à radiação Mercado Livre de Energia, ou Ambiente de Con-
talados um conjunto de equipamentos utilizados para medir [W/m2]. tratação Livre – segmento do mercado de energia elétrica
dados de radiação solar, principalmente. regulamentado pelo governo brasileiro, no qual se realizam
Kriging ou krigagem – método de interpolação espacial operações de compra e venda de energia elétrica diretamente
Fator de Capacidade – razão entre a produção de energia de dados. Desenvolvido por Daniel G. Krige da e formalizado entre consumidores e geradoras ou comercializadoras, através
elétrica efetiva em um período de tempo e a capacidade nominal por Georges Matheron na década de 1960, também conhecido de contratos bilaterais livremente negociados, conforme regras
(potência máxima de projeto) de produção neste mesmo período. por “processo de regressão gaussiana”. e procedimentos de comercialização específicos [9].

Geração solar centralizada – tipo de geração de energia Leilões de energia – na presente publicação, expressão re- Meteorologia de mesoescala – ramo da meteorolo-
elétrica caracterizado por aglomerados de sistemas com capa- ferente, especificamente, aos processos licitatórios promovidos gia que estuda fenômenos atmosféricos de escala intermediá-
cidade instalada de larga escala (na ordem dos MW ), geral-
p
pelo governo brasileiro por meio do Ministério das Minas e ria entre a sinótica e a microescala, ou seja, variando de um a
mente construídos em locais afastados de grandes centros. Energia e regulamentados pela Agência Nacional de Energia centenas de quilômetros, espacialmente, e de algumas a várias
Eletrica, com objetivo de reter a geração existente e garantir o unidades de horas, temporalmente. [10] [11].
Geração distribuída – tipo de geração de energia elétrica suprimento da demanda futura com a atração de investidores
caracterizado pela injeção direta da energia produzida na rede para a construção de novas usinas e a contratação de energia Meteorologia de microescala – ramo da meteorolo-
de distribuição. Normalmente presente em residências, comér- elétrica pelo menor preço possível [6]. gia que estuda fenômenos atmosféricos de escala inferior a um
cio e indústrias, distribui-se nos grupos de microgeração (po- quilômetro, espacialmente, e a uma hora, temporalmente[10]
tência instalada menor que 75 kW) e minigeração (potência Licença de Instalação – licença emitida pelo órgão am- [11].
instalada entre 75 kW e 5 MW) [4]. biental que autoriza a instalação de um empreendimento ou
atividade de acordo com as especificações constantes nos pla- Meteorologia dinâmica – ramo da meteorologia que es-
Geração isolada – tipo de geração de energia elétrica ca- nos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de tuda os movimentos atmosféricos associados ao tempo e ao
racterizado pela inexistência de conexão a qualquer rede de controle ambiental e condicionantes. [7]. clima, de forma a considerar a atmosfera como um fluido con-
transmissão ou distribuição, bem como pela presença de siste- tínuo [10].
mas complementares de armazenamento (baterias) para regu- Licença de Operação – licença emitida pelo órgão am-
lar a variação de demanda. biental que autoriza a operação de um empreendimento ou ati- Meteorologia sinótica – ramo da meteorologia que estu-
vidade, após verificação do cumprimento das medidas de con- da os fenômenos atmosféricos que têm escala de centenas de
Imagens Landsat 7 ETM+ – imagens adquiridas pelo trole ambiental e as condições determinadas para a operação quilômetros, espacialmente, e escala de dias a meses, tempo-
sensor ETM+, que fica a bordo do Land Remote Sensing Sa- que constam nas etapas das licenças anteriores. [7]. ralmente [10] [11].
tellite 7 – LandSat 7, disponibilizadas gratuitamente para toda
superfície terrestre desde o ano de 2000. O LandSat 7 é um Licença Prévia – licença emitida pelo órgão ambiental que Microgeração distribuída –termo definido pela Reso-
satélite artificial projetado em parceria entre a NASA, a NOAA atesta a viabilidade ambiental de empreendimentos, aprovan- lução Normativa n° 482 [4], referente a central geradora com
e o USGS como parte do programa norte-americano de obser- do sua localização e concepção e estabelecendo condições a potência instalada menor ou igual a 75 kW, que utilize fon-
vação da Terra [5]. serem atendidas para a próxima fase [7]. tes de energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração
qualificada e esteja conectada à rede de distribuição através de
Inversor – equipamento responsável por converter a energia Modern-Era Retrospective Analysis for Resear- uma unidade consumidora.
produzida em Corrente Contínua – CC – pelos módulos foto- ch and Applications – base de dados climatológicos de
voltaicos, para corrente alternada – CA. O inversor também é reanálises disponibilizada pelo Escritório Global para Mode- Minigeração distribuída – termo definido pela Resolu-
utilizado para monitorar a geração, detectar anomalias na rede lagem e Assimilação de Dados da NASA, gerada a partir do ção Normativa n° 482 [4], referente a central geradora de ener-
elétrica e efetuar o chaveamento do sistema. sistema atmosférico de assimilação de dados Goddard Earth gia elétrica com potência instalada superior a 75 kW e menor
Observing System Model, version 5 - GEOS-5 [8]. ou igual a 5 MW, que utilize fontes de energia hidráulica, solar,
Irradiação – integral da irradiância no tempo [W/m2/tempo]. eólica, biomassa ou cogeração qualificada e esteja conectada
à rede de distribuição através de uma unidade consumidora .

126
APÊNDICE B

Módulo Fotovoltaico – conjunto de várias células solares Rede de distribuição – conjunto de linhas de distribuição Subestação – parte de um sistema de potência que com-
conectadas em série e/ou paralelo e encapsuladas. que interligam as subestações do Sistema Interligado Nacional preende as extremidades de uma linha de transmissão e/ou
aos centros consumidores; é operada e mantida sob responsa- de distribuição, com os respectivos dispositivos de manobra,
Normais climatológicas – segundo a Organização Me- bilidade das concessionárias locais de energia e inclui linhas de controle e proteção e que abrange as obras civis e estruturas
teorológica Mundial, são valores médios de dados climatológi- 138 kV e 69 kV. de montagem; pode também incluir transformadores, equipa-
cos calculados para um período mínimo de 30 anos consecu- mentos conversores e/ou outros equipamentos [2].
tivos [12]. Sensoriamento remoto – ciência e arte que possibilita
a obtenção de informações sobre alvos na superfície terrestre Taxa de disponibilidade – percentual médio do tempo
Célula Fotovoltaica Orgânica – célula fotovoltaica que (objetos, áreas ou fenômenos) utilizando dispositivos de durante o qual uma usina solar fica em operação, ao longo de
utiliza moléculas orgânicas com ligações duplas conjugadas medição distantes, que registram a interação da radiação um determinado período.
capazes de transportar elétrons [13]. eletromagnética com a superfície ou alvo em estudo,
normalmente embarcados em plataformas orbitais (satélites) Taxa de ocupação – expressão utilizada na presente pu-
Painel Fotovoltaico– conjunto de módulos fotovoltaicos. ou em aeronaves [16]. blicação para o cálculo do potencial solar, referente à relação
média entre potência instalável, em MWp, e área, em km².
Parametrização – representação de processos físicos que Sistema de aproveitamento solar – conjunto de equi-
ocorrem em uma escala espacial menor do que a resolução do pamentos capaz de converter a energia emitida pelo Sol em Termopilha – conjunto de termopares em série que mede
modelo, por variáveis que podem ser descritas pelo modelo [14]. energia elétrica (p. ex. sistemas fotovoltaico ou heliotérmico) a intensidade de radiação recebida através da diferença de po-
ou em energia térmica (p. ex. sistema para aquecimento solar). tencial entre seus terminais.
Permissionária de energia – cooperativa de eletrifica-
ção rural responsável pela distribuição de energia elétrica [1]. Sistema de distribuição – instalações e equipamentos Termossifão – equipamento que induz a circulação da água
pertencentes a uma concessionária ou a uma permissionária devido à diferença de densidade entre a água quente e a água fria.
Piranômetro – instrumento utilizado para medir a irra- de distribuição [2].
diância solar. Windvane – instrumento utilizado para medir a direção do
Sistema de transmissão – instalações e equipamentos vento.
Potência instalada – em energia fotovoltaica, soma da de transmissão considerados integrantes da rede básica, bem
potência máxima de todos os módulos fotovoltaicos de um sis- como as conexões e demais instalações pertencentes a uma
tema, normalmente medido em kW . p
concessionária de transmissão [2].

Radiação – propagação de energia no espaço por meio de par- Sistema fotovoltaico – conjunto de equipamentos capaz
tículas ou ondas, sem a necessidade de presença de meio material. de converter a energia emitida pelo Sol em energia elétrica.

Reanálise – processo de integração de dados provenientes Sistemas frontais – conjunto de eventos climáticos compos-
de vários sistemas de observação, com modelos numéricos e to por frente fria, quente e centro de baixa pressão na superfície,
outras metodologias, que envolvem a reanálise e o reprocessa- originário de um grande gradiente horizontal de temperatura [11].
mento de dados meteorológicos, abrangendo períodos históri-
cos de décadas e utilizando métodos modernos e consistentes. Sistema Interligado Nacional – instalações inter-
O objetivo das reanálises é produzir conjuntos de dados de re- ligadas responsáveis pelo suprimento de energia elétrica
ferência para estudos meteorológicos e climatológicos. do país, de características singulares no âmbito mundial,
como o grande porte do complexo hidro-termo-eólico (com
Rede Básica – instalações de transmissão do Sistema Inter- predominância hidro), a multiplicidade de proprietários das
ligado Nacional, de propriedade de concessionárias de serviço usinas e a subdivisão em subsistemas Sul, Sudeste/Centro
público de transmissão [15]. -Oeste, Nordeste e Norte [2].

127
APÊNDICE C
atlas solar
Guia Para Aquisição de Pequenos
rande
do Sul

128
APÊNDICE C

Projetos de Aproveitamento Solar


atlas solar
rande
do Sul

129
APÊNDICE D

Subestações Como informação útil para estudos de conexão de usinas ao sistema elétrico gaúcho, as tabelas abaixo apresentam a localização
das principais subestações constantes no mapa do sistema elétrico do Capítulo 1.

TABELA D.1 •

FIB Fibraplac 230 29° 53' 54" S 50° 46' 01” O PAL9 Porto Alegre9 230/69/13,8 29° 58' 16" S 51° 11' 48” O
SUBESTAÇÕES DE TRANSMISSÃO (REDE BÁSICA) GAR Garibaldi 230 29° 14' 19" S 51° 30' 45” O PEL3 Pelotas3 230/138/13,8 31° 43' 34" S 52° 24' 28” O
GAR 1 Garibaldi1 230 29° 14' 19" S 51° 30' 45” O PFU Passo Fundo 230/138 27° 29' 03" S 52° 43' 07” O
Sigla Nome da Subestação Tensão (kV) Latitude Longitude GRA Gravataí 525/230 29° 52' 55" S 51° 03' 47” O PNO Povo Novo 230/525 31° 55' 47" S 52° 20' 27” O
ALE Alegrete 138/69 29° 47' 02" S 55° 46' 15” O GRA2 Gravataí2 230/69/23,1 29° 52' 58" S 51° 03' 48” O PNT Pontal 230 30° 16' 45" S 50° 48' 08” O
ALE2 Alegrete2 230 29° 46' 40" S 55° 43' 32” O GRA3 Gravataí3 230/69 29° 53' 16" S 50° 57' 46” O PPE Polo Petroquímico 230/69 29° 52' 10" S 51° 23' 20” O
ATL2 Atlântida2 230/69 29° 46' 57" S 50° 03' 16” O GRT Guarita 230 27° 36' 45" S 53° 34' 15” O QUI Quinta 230/138/69/13,8 32° 04' 38" S 52° 16' 05” O
BAG2 Bagé2 230/69/13,8/23,1 31° 17' 21" S 54° 04' 17” O GUA2 Guaíba2 230/69 30° 07' 49" S 51° 22' 53” O SAG2 Santo Ângelo2 230/69 28° 18' 13" S 54° 17' 08” O
CAD Candiota 500/230 31° 34' 19" S 53° 41' 28” O IJU2 Ijuí2 230/69 28° 21' 49" S 53° 54' 11” O SBO2 São Borja2 230/69 28° 41' 25" S 55° 59' 47” O
CAM Camaquã 230/69/23,1 30° 49' 42" S 51° 48' 55” O LAJ2 Lajeado2 230/69 29° 27' 54" S 51° 59' 05” O SCH Scharlau 230/138/69 29° 43' 02" S 51° 08' 56” O
CAM3 Camaquã3 69/230 30° 48' 32" S 51° 48' 31” O LDB Lagoa dos Barros 230/34.5 29° 57' 41" S 50° 17' 40” O SCR1 Santa Cruz1 230/69 29° 45' 02" S 52° 25' 03” O
CAX Caxias 525/230 29° 16' 37" S 51° 12' 03” O LGR Lageado Grande 230/138 28° 59' 26" S 50° 33' 24” O SMA3 Santa Maria3 230/69 29° 40' 53" S 53° 52' 34” O
CAX2 Caxias2 230 29° 08' 31" S 51° 09' 26” O LIV2 Livramento2 230/69 30° 51' 45" S 55° 32' 35” O SMT Santa Marta 230/138/69 28° 17' 02" S 52° 25' 47” O
CAX5 Caxias5 230 29° 07' 56" S 51° 11' 30” O LVE2 Lagoa Vermelha2 230/138 28° 11' 09" S 51° 31' 23” O SRO1 Santa Rosa1 230 27° 52' 38" S 54° 27' 28” O
CAX6 Caxias6 230/69 29° 09' 41" S 51° 07' 22” O MAR2 Marmeleiro2 525 33° 8' 20" S 52° 59' 23” O STA Santo Ângelo 525/230 28° 16' 47" S 54° 19' 34” O
CBO Campo Bom 230 29° 41' 38" S 51° 04' 00” O MBR Maçambará 230/69 29° 09' 06" S 56° 03' 59” O SVI São Vicente do Sul 230/69 29° 41' 38" S 54° 41' 48” O
CCH Cerro Chato 230/34,5 30° 48' 52" S 55° 42' 19” O MCL Monte Claro 230 29° 00' 48" S 51° 32' 09” O SVP2 Santa Vitória do Palmar2 138/525 33° 28' 34" S 53° 18' 00” O
CHA Charqueadas 230/69 29° 57' 07" S 51° 37' 21” O MIS Missões 230/69 28° 23' 18" S 54° 55' 58” O TAQ Taquara 230/138 29° 39' 19" S 50° 47' 41” O
CIAG CIAG 230 29° 56' 06" S 50° 54' 56” O NPE2 Nova Petrópolis2 230/69 29° 21' 09" S 51° 00' 20” O TPR2 Tapera2 230/69 28° 40' 01" S 52° 51' 52” O
CIN Cidade Industrial 138/230 29° 53' 28" S 51° 10' 48” O NPR2 Nova Prata2 230 28° 48' 26" S 51° 36' 49” O UDFR Dona Francisca 230 29° 27' 05" S 53° 17' 26” O
CNA1 Canoas1 230 29° 56' 54" S 51° 11' 27” O NSR Nova Santa Rita 525/230 29° 49' 24" S 51° 20' 06” O UITA Itaúba 230 29° 15' 39" S 53° 14' 04” O
CNA2 Canoas2 230 29° 52' 29" S 51° 08' 39” O OSO2 Osório2 230/138/69 29° 53' 43" S 50° 18' 55” O UPME Presidente Médici 230/138/69/23,1 31° 33' 08" S 53° 40' 52” O
CTT Castertech 230 29° 08' 47" S 51° 08' 53” O PAL10 Porto Alegre10 230/69/13,8 30° 02' 49" S 51° 11' 47” O UPRE Passo Real 230/138 29° 01' 05" S 53° 11' 27” O
CUR Uruguaiana (Conversora) 230/132 29° 48' 20" S 57° 00' 18” O PAL13 Porto Alegre13 230/13,8 30° 05' 44" S 51° 13' 28” O URU5 Uruguaiana5 230/69 29° 48' 27" S 57° 00' 15” O
ELD Eldorado do Sul 230/23,1 30° 00' 51" S 51° 19' 06” O PAL4 Porto Alegre4 230/13,8 30° 02' 49" S 51° 13' 42” O VAI Venâncio Aires1 230/69 29° 38' 03" S 52° 09' 24” O
FAR Farroupilha 230/69 29° 13' 14" S 51° 19' 28” O PAL6 Porto Alegre6 230/69/13,8 30° 03' 53" S 51° 08' 33” O VIA3 Viamão 3 230/69 30° 02' 12" S 51° 03' 50” O
FCO Foz do Chapecó 230/138 27° 08' 22" S 53° 03' 10” O PAL8 Porto Alegre8 230/69/13,8 30° 00' 32" S 51° 08' 31” O

TABELA D.2 •

FWE Frederico Westphalen 69/23,1 27° 22' 30" S 53° 24' 01” O ROQ Roque Gonzales 69/23,1 28° 07' 51" S 55° 03' 29" O
RGE (DISTRIBUIÇÃO) GAB Garibaldi 2 69/13,8 29° 14' 17" S 51° 30' 47” O ROT Rota do Sol 69/13,8 29° 12' 24" S 50° 14' 22” O
GAU Gaurama 69/23,1/13,8 27° 35' 29" S 52° 06' 39” O SAN Sananduva 138/23,1 27° 56' 33" S 51° 49' 33" O
Sigla Nome da Subestação Tensão (kV) Latitude Longitude GIR Giruá 69/23,1 28° 01' 36" S 54° 20' 22” O SAS Santo Augusto 2 69/69 27° 56' 38" S 53° 48' 23" O
AFA Alto Feliz 69/13,8 29° 22' 44" S 51° 17' 40" O GLO Glorinha 69/23,1 29° 53' 24" S 50° 47' 52” O SAU Santo Augusto 69/23,1 27° 51' 41" S 53° 47' 13” O
APR Antônio Prado 69/23,1 28° 50' 40" S 51° 16' 41” O GMD Gramado 69/13,8 29° 24' 05" S 50° 52' 15” O SCI Santo Cristo 69/23,1 27° 49' 38" S 54° 39' 01” O
ART Aratiba 44/13,8 27° 24' 57" S 52° 18' 21” O GPR Guaporé 138/69/23,1 28° 50' 08" S 51° 53' 43” O SDI Sarandi 69/23,1 27° 56' 20" S 52° 55' 57” O
BGA Bento Gonçalves 1 69/13,8 29° 09' 35" S 51° 30' 05” O GTA Gravataí 1 69/23,1 29° 57' 12" S 51° 00' 02” O SEV Severiano de Almeida 69/23,1 27° 26' 10" S 52° 07' 50" O
BGB Bento Gonçalves 2 69/13,8 29° 11' 05" S 51° 30' 46” O GVA Getúlio Vargas 69/13,8 27° 54' 12" S 52° 14' 20” O SFE São Francisco de Paula 5 138/13,8 28° 59' 26" S 50° 33' 33" O
CAB Carlos Barbosa 69/13,8 29° 16' 22" S 51° 29' 42” O HZT Horizontina 69/23,1 27° 38' 09" S 54° 19' 04” O SFP São Francisco Paula 138/69/13,8 29° 25' 55" S 50° 34' 04” O
CAS Casca 138/23,1 28° 34' 11" S 51° 59' 19” O IBB Ibirubá 2 69/69 28° 38' 26" S 53° 03' 59" O SGA Santo Ângelo 1 69/23,1 28° 17' 49" S 54° 14' 32” O
CBR Cambará 69/13,8 29° 02' 58" S 50° 08' 20” O IBR Ibirubá 69/23,1/13,8 28° 38' 09" S 53° 05' 30” O SLG São Luis Gonzaga 69/23,1 28° 24' 21" S 54° 56' 38” O
CCB Cachoeirinha2 69/23,1 29° 55' 57" S 51° 04' 53” O JCA Júlio de Castilhos 1 138/138 29° 16' 32" S 53° 29' 54" O SMC São Marcos 69/13,8 28° 58' 48" S 51° 03' 41” O
CLA Cerro Largo 69/23,1 28° 09' 14" S 54° 43' 09” O JCB Júlio de Castilhos 2 138/23,1 29° 14' 25" S 53° 39' 11" O SMM São Miguel das Missões 69/69 28° 28' 36" S 54° 33' 50" O
CNL Canela 69/13,8 29° 21' 40" S 50° 51' 05” O JCT Jacutinga 44/13,8 27° 44' 17" S 52° 31' 58” O SOL Soledade 69/23,1 28° 48' 52" S 52° 30' 44” O
CNO Campo Novo 69/23,1 27° 40' 56" S 53° 47' 54” O JQR Jaquirana 69/23,1/13,8 28° 56' 04" S 50° 18' 13” O SQI Saiqui 44/13,8 29° 19' 29" S 50° 43' 12” O
CNT Canastra 2 138/69 29° 23' 35" S 50° 44' 51” O LVA Lagoa Vermelha 1 138/23,1 28° 12' 57" S 51° 30' 33” O SRB Santa Rosa 2 69/23,1 27° 51' 30" S 54° 26' 27” O
CXA Caxias 1 69/13,8 29° 10' 57" S 51° 12' 30” O MAB Marco Baldo 69/69 27° 34' 28" S 53° 47' 25” O TCO Três Coroas 138/13,8 29° 30' 48" S 50° 46' 17” O
CXC Caxias 3 69/13,8 29° 10' 17" S 51° 09' 43” O MRU Marau 138/23,1 28° 27' 30" S 52° 12' 19” O TIN Tainhas 69/13,8 29° 16' 24" S 50° 19' 05” O
CXD Caxias 4 69/13,8 29° 06' 58" S 51° 06' 53” O NMT Não-me-Toque 69/13,8 28° 28' 19" S 52° 48' 42” O TJB Tapejara 2 138/13,8 28° 05' 35" S 52° 03' 40” O
CXG Caxias 7 69/13,8 29° 11' 45" S 51° 09' 39" O NPA Nova Petrópolis 69/23,1 29° 22' 41" S 51° 07' 05” O TMI Três de Maio 69/23,1 27° 46' 11" S 54° 15' 08" O
ENG Englert 44/13,8 28° 02' 21" S 52° 16' 08” O PAM Palmeira das Missões 69/23,1 27° 53' 05" S 53° 18' 36” O TPA Três Passos 69/23,1 27° 26' 39" S 53° 56' 03” O
ERB Erechim2 138/69/13,8 27° 38' 01" S 52° 14' 21” O PFA Passo Fundo 1 138/13,8 28° 14' 35" S 52° 21' 27” O TPR Tapera 1 69/23,1/13,8 28° 38' 05" S 52° 51' 56” O
ERC Erechim3 138/138 27° 39' 27" S 52° 18' 48” O PFC Passo Fundo 3 69/13,8 28° 16' 50" S 52° 25' 49" O TPT Tenente Portela 69/23,1 27° 22' 13" S 53° 46' 26" O
ERN Usina Ernestina 44/13,8 28° 33' 36" S 52° 32' 55” O PFI Paim Filho 69/23,1 27° 43' 00" S 51° 46' 04” O TUP Tupanciretã 69/23,1 29° 05' 09" S 53° 49' 19” O
ERS Entre Rios 138/23,1 27° 29' 04" S 52° 43' 06” O PIF Passo do Inferno 2 44/13,8 29° 16' 24" S 50° 45' 07” O
UIV Usina de Ivaí 44/13,8 29° 07' 28" S 53° 21' 21” O
FAB Farroupilha 2 69/13,8 29° 12' 08" S 51° 21' 27" O PNT Planalto 138/23,1 27° 20' 20" S 53° 03' 46” O
VAC Vacaria 138/23,1 28° 29' 14" S 50° 54' 49” O
FAR Farroupilha RGE 69/13,8 29° 13' 12" S 51° 19' 30” O PRB Parobé 138/13,8 29° 38' 12" S 50° 52' 04” O
FCU Flores da Cunha 69/13,8 29° 02' 14" S 51° 10' 06” O VEP Veranópolis 69/23,1 28° 54' 28" S 51° 32' 46” O
PRI Paraí 138/23,1 28° 35' 33" S 51° 47' 17” O
FEL Feliz 69/23,1 29° 27' 00" S 51° 18' 12” O ROL Rolante 138/13,8 29° 38' 30" S 50° 33' 23” O

130
APÊNDICE D

TABELA D.3 •

FOA Formigueiro 138/69/13,8 30° 05' 16" S 53° 38' 29” O SBB São Borja1 69/23,1 28° 39' 58" S 56° 01' 03” O
RGE SUL (DISTRIBUIÇÃO) QUB Quaraí 2 69/23,1 30° 03' 52" S 56° 09' 04” O SBC São Borja3 69/23,1 28° 48' 23" S 55° 33' 55” O
IQA Itaqui 69/23,1 29° 07' 46" S 56° 32' 40” O SFA São Francisco 69/23,1 29° 33' 29" S 55° 07' 56” O
Sigla Nome da Subestação Tensão (kV) Latitude Longitude JRA Jaguari 69/23,1 29° 29' 37" S 54° 42' 02” O SGB São Gabriel 69/23,1 30° 20' 14" S 54° 20' 01” O
AGA Agudo 69/23,1/13,8 29° 38' 57" S 53° 15' 29” O LJA Lajeado1 69/13,8 29° 26' 23" S 51° 57' 32” O SLA São Leopoldo 138/23,1 29° 45' 42" S 51° 06' 50” O
ALC Alegrete3 69/23,1 29° 22' 59" S 56° 02' 11” O LIA Livramento1 69/23,1/13,8 30° 52' 16" S 55° 29' 59” O SPA São Pedro 69/23,1 29° 36' 08" S 54° 10' 13” O
ALD Alegrete4 69/23,1/13,8 29° 48' 23" S 55° 50' 37” O MNA Manoel Viana 69/23,1 29° 24' 27" S 55° 41' 03” O SSP São Sepé 69/13,8 30° 10' 03" S 53° 35' 27” O
ALE Alegrete5 69/23,1 29° 27' 45" S 56° 25' 51” O MTA Montenegro 138/23,1 29° 40' 07" S 51° 27' 38” O SIA Sapiranga 69/23,1 29° 39' 03" S 51° 00' 28” O
AMA Arroio do Meio 69/13,8 29°23'14.52"S 51°56'23.75"O NHA Novo Hamburgo 69/23,1 29° 39' 44" S 51° 07' 40” O SUA Sapucaia 138/23,1 29° 48' 42" S 51° 07' 58” O
BPR Bom Principio 138/23,1 29°29'51.70"S 51°21'23.89"O NHB Novo Hamburgo2 138/23,1 29° 42' 37" S 51° 06' 41” O SBA Sinimbu 69/13,8 29° 32' 06" S 52° 30' 57” O
CVA Caçapava do Sul 69/23,1/13,8 30° 31' 14" S 53° 28' 55” O POA Portão 138/23,1 29°42'33.39"S 51°14'53.86"O TQA Taquari 69/13,8 29° 48' 19" S 51° 51' 06” O
CQA Cacequi 69/23,1 29° 52' 20" S 54° 49' 29” O MTB Montenegro 2 69/13,8 29° 49' 57" S 51° 24' 47” O TFA Triunfo 69/13,8 29° 56' 23" S 51° 42' 41” O
CSA Cachoeira do Sul 69/23,1/13,8 30° 00' 16" S 52° 54' 26” O QUA Quaraí 69/23,1 30° 23' 07" S 56° 26' 29” O IQB Itaqui 2 69/23,1 29° 09' 41" S 56° 22' 07” O
CDA Candelária 69/23,1/13,8 29° 40' 58" S 52° 46' 34” O RPA Rio Pardo 69/23,1/13,8 29° 57' 49" S 52° 21' 51” O URA Uruguaiana1 69/23,1/13,8 29° 46' 53" S 57° 03' 32” O
CNC Canoas3 138/23,1 29° 54' 08" S 51° 08' 56” O RSA Roca Sales 69/23,1 29° 17' 55" S 51° 52' 53” O URB Uruguaiana2 69/23,1 29° 54' 05" S 56° 43' 30” O
NHC Novo Hamburgo 3 69/23,1 29° 40' 42" S 51° 05' 16” O ROA Rosário 69/23,1 30° 14' 31" S 54° 55' 20” O URC Uruguaiana3 69/23,1 30° 06' 16" S 57° 19' 39” O
SDA Sobradinho 69/23,1 29° 25' 57" S 53° 01' 46” O SCB Santa Cruz2 69/13,8 29° 42' 06" S 52° 26' 42” O URD Uruguaiana4 69/23,1 29° 32' 47" S 56° 44' 09” O
DIA Dois Irmãos 138/23,1 29° 35' 23" S 51° 06' 25” O SCD Santa Cruz 3 69/13,8 29°44'6.88"S 52°26'55.17"O URE Uruguaiana7 69/23,1 29° 45' 39" S 57° 03' 28” O
ENA Encantado 69/23,1 29° 13' 36" S 51° 53' 22” O SMB Santa Maria2 69/13,8 29° 42' 39" S 53° 44' 34” O VSA Vale do Sol 69/23,1/13,8 29° 41' 33" S 52° 39' 09” O
EVA Estância Velha 138/23,1 29° 39' 05" S 51° 09' 08” O SMD Santa Maria4 69/13,8 29° 42' 13" S 53° 50' 41” O VNB Venâncio Aires2 69/13,8 29° 37' 35" S 52° 11' 50” O
ESA Esteio 69/23,1 29° 50' 29" S 51° 10' 40” O SME Santa Maria5 69/13,8 29° 42' 46" S 53° 48' 27” O SLB Zoológico 138/23,1 29° 47' 07" S 51° 09' 49” O
ETB Estrela2 69/23,1/13,8 29° 28' 59" S 51° 57' 41” O SNA Santiago 69/23,1 29° 12' 17" S 54° 51' 57” O
FXA Faxinal do Soturno 69/23,1/13,8 29° 35' 28" S 53° 25' 52” O SSC São Sebastião do Caí 138/23,1 29° 34' 32" S 51° 21' 38” O

TABELA D.4 •

FAR Farroupilha 230/69 29° 13' 10" S 51° 19' 28” O PAL12 Porto Alegre12 69/13,8 30° 02' 32" S 51° 10' 22” O
CEEE (DISTRIBUIÇÃO) FIB Fibraplac 230 29° 53' 54" S 50° 46' 01” O PAL13 Porto Alegre13 230/13,8 30° 05' 44" S 51° 13' 28” O
GAR Garibaldi 230 29° 14' 19" S 51° 30' 45” O PAL14 Porto Alegre14 69/13,8 30° 09' 52" S 51° 09' 18” O
Sigla Nome da Subestação Tensão (kV) Latitude Longitude GAR 1 Garibaldi1 230 29° 14' 19" S 51° 30' 45” O PAL16 Porto Alegre16 69/13,8 30° 01' 07" S 51° 06' 12” O
ACL Águas Claras 69/23,1 30º 09' 54.7" 50º 52' 33.0" GKN2 GKN 69 29° 57' 17" S 51° 36' 26” O PAL2 Porto Alegre2 69/13,8 30° 00' 25" S 51° 11' 53” O
ALE2 Alegrete2 230 29° 46' 40" S 55° 43' 32” O GRA2 Gravataí2 230/69/23,1 29° 52' 58" S 51° 03' 48” O PAL3 Porto Alegre3 69/13,8 30° 03' 29" S 51° 12' 29” O
ALV Alvorada 69/23,1 30° 00' 35" S 51° 02' 03” O GUA1 Guaíba1 69/23,1 30° 07' 55" S 51° 19' 46” O PAL4 Porto Alegre4 230/13,8 30° 02' 49" S 51° 13' 42” O
ARE Areal 69/23,1 30° 06' 46" S 51° 50' 03” O GUA2 Guaíba2 230/69 30° 07' 49" S 51° 22' 53” O PAL5 Porto Alegre5 69/13,8 30° 02' 01" S 51° 11' 42” O
ASA Arroio do Sal 69/13,8 29° 32' 42" S 49° 53' 33” O GRT Guarita 230 27° 36' 45" S 53° 34' 15” O PAL6 Porto Alegre6 230/69/13,8 30° 03' 53" S 51° 08' 33” O
AGR Arroio Grande 138/23,1 32° 13' 53" S 53° 05' 28” O IJU1 Ijuí 69 28° 24' 28" S 53° 55' 32” O PAL7 Porto Alegre7 69/13,8 30° 01' 11" S 51° 12' 53” O
ATL Atlântida 69/13,8 29° 46' 13" S 50° 01' 28” O IRA Irapuazinho 23,1/13,8 30° 32' 16" S 53° 00' 50” O PAL8 Porto Alegre8 230/69/13,8 30° 00' 32" S 51° 08' 31” O
ATS Atlântida Sul 69/13,8 29° 52' 14" S 50° 05' 20” O UITA Itaúba 230 29° 15' 39" S 53° 14' 04” O PAL9 Porto Alegre9 230/69/13,8 29° 58' 16" S 51° 11' 48” O
BAG1 Bagé1 69/13,8 31° 19' 57" S 54° 03' 55” O UJAC Jacuí 138 29° 04' 52" S 53° 13' 36” O UPME Presidente Médici 230/138/69/23,1 31° 33' 08" S 53° 40' 52” O
BAG2 Bagé2 230/69/23,1/13,8 31° 17' 21" S 54° 04' 17” O JGR Jaguarão 138/23,1 32° 33' 15" S 53° 22' 17” O QUI Quinta 230/138/69/13,8 32° 04' 38" S 52° 16' 05” O
BAS Basílio 138 31° 52' 36" S 53° 01' 31” O LVE2 Lagoa Vermelha2 230/138 28° 11' 09" S 51° 31' 23” O RIN Rincão 69/13,8 30º6'49.57" 51º 10' 1.01"
UBUG Bugres 69 29° 20' 36" S 50° 41' 45” O LAJ2 Lajeado2 230/69 29° 27' 54" S 51° 59' 05” O RGR1 Rio Grande1 69/13,8 32° 02' 37" S 52° 07' 28” O
CAC1 Cachoeirinha1 138/69 29° 54' 36" S 51° 05' 18” O LIV2 Livramento2 230/69 30° 51' 45" S 55° 32' 35” O RGR2 Rio Grande2 69/13,8 32° 02' 32" S 52° 05' 16” O
CAM Camaquã 230/69/23,1 30° 49' 42" S 51° 48' 55” O MBR Maçambará 230/69 29° 09' 06" S 56° 03' 59” O RGR3 Rio Grande3 69/13,8/23,1 32° 06' 59" S 52° 06' 47” O
CAM2 Camaquã2 69/23,1 30° 50' 31" S 51° 45' 07” O MML Marmeleiro 138/23,1 33° 08' 48" S 52° 59' 07” O SCR1 Santa Cruz1 230/69 29° 45' 02" S 52° 25' 03” O
CBO Campo Bom 230 29° 41' 38" S 51° 04' 00” O MDE Menino Deus 69/13,8 30° 04' 22" S 51° 14' 28” O SMA1 Santa Maria1 138/69 29° 39' 37" S 53° 47' 31” O
UCAN Canastra 138/69 29° 23' 37" S 50° 44' 43” O MDE Menino Deus 69/13,8 30° 4' 23" 51°14' 29" SMA3 Santa Maria3 230/69 29° 40' 53" S 53° 52' 34” O
CGU Canguçu 69/23,1 31° 23' 05" S 52° 42' 29” O CRM 1 Minas do Leão 69/23,1 30° 05' 25" S 52° 04' 34” O SMT Santa Marta 230/138/69 28° 17' 02" S 52° 25' 47” O
CNA1 Canoas1 230 29° 56' 54" S 51° 11' 27” O MIS Missões 230 28° 23' 18" S 54° 55' 58” O SRO1 Santa Rosa1 230 27° 52' 38" S 54° 27' 28” O
CNA2 Canoas2 230 29° 52' 29" S 51° 08' 39” O MRE Morro Redondo 69/23,1 31º 32' 51.45" 52º 34' 57.70' SVP Santa Vitória do Palmar 138/23,1 33° 32' 17" S 53° 22' 11” O
CPN Capão Novo 69/13,8 29° 40' 41" S 49° 59' 24” O MOS Mostardas 138/23,1 30° 46' 58" S 50° 38' 33” O SAG2 Santo Ângelo2 69/230 28° 18' 13" S 54° 17' 08” O
CPV Capivarita 69/23,1 30° 19' 54" S 52° 19' 53” O NPR2 Nova Prata2 230 28° 48' 26" S 51° 36' 49” O SAO Santo Antônio da Patrulha 138/23,1 29° 49' 11" S 50° 29' 54” O
CSN Cassino 69/13,8 32° 10' 11" S 52° 10' 29” O OJA OJA 69 29° 56' 49" S 51° 34' 26” O SBO2 São Borja2 230/69 28° 41' 25" S 55° 59' 47” O
CTT Castertech 230 29° 08' 47" S 51° 08' 53” O OSO1 Osório1 69/23,1 29° 52' 57" S 50° 15' 52” O SJE São Jerônimo 69/13,8 29° 58' 05" S 51° 44' 04” O
CAX2 Caxias2 230 29° 08' 31" S 51° 09' 26” O OSO2 Osório2 230/138/69 29° 53' 43" S 50° 18' 55” O SLO São Lourenço do Sul 69/23,1 31° 19' 13" S 52° 01' 24” O
CAX5 Caxias5 230 29° 07' 56" S 51° 11' 30” O PMR Palmares do Sul 138/23,1 30° 14' 36" S 50° 29' 02” O SVI São Vicente do Sul 230/69 29° 41' 38" S 54° 41' 48” O
CHA2 Charqueadas2 69/13,8 29° 57' 25" S 51° 36' 36” O PAN Panambi 69 28° 17' 24" S 53° 30' 42” O SCH Scharlau 230/138/69 29° 43' 02" S 51° 08' 56” O
CIAG CIAG 230 29° 56' 06" S 50° 54' 56” O UPRE Passo Real 230/138 29° 01' 05" S 53° 11' 27” O TAI Taim 69/23,1 32° 19' 21" S 52° 32' 11” O
CIN Cidade Industrial 230/138 29° 53' 28" S 51° 10' 48” O POS Pedro Osório 138/23,1 31° 55' 55" S 52° 44' 27” O TAQ Taquara 230/138 29° 39' 19" S 50° 47' 41” O
CAL Cruz Alta 138/69 28° 36' 44" S 53° 36' 56” O PEL5 Pelotas 5 138/13,8 31º 42' 36.68" 52º 34' 32,16" TAR Terra de Areia 69/23,1 29° 35' 23" S 50° 03' 14” O
CAL 1 Cruz Alta1 138/69 28° 36' 44" S 53° 36' 56” O PEL1 Pelotas1 138/13,8 31° 45' 24" S 52° 18' 10” O TOR Torres 69/13,8/23,1 29° 20' 28" S 49° 44' 05” O
DFE Dom Feliciano             69/23,1 30º 41' 56.8" 52º 4' 23,13" PEL2 Pelotas2 138/13,8 31° 45' 28" S 52° 20' 53” O TRA Tramandaí 69/13,8 29° 59' 16" S 50° 08' 35” O
DPE Dom Pedrito 69 30° 59' 34" S 54° 40' 32” O PEL3 Pelotas3 230/138/13,8 31° 43' 34" S 52° 24' 28” O URU5 Uruguaiana5 230/69 29° 48' 27" S 57° 00' 15” O
UDFR Dona Francisca 230 29° 27' 05" S 53° 17' 26” O PEL4 Pelotas4 138/69/13,8 31° 39' 26" S 52° 21' 15” O VAS Vasconcelos 69/23,1 30° 38' 05" S 51° 33' 25” O
ELD Eldorado do Sul 230/23,1 30° 00' 51" S 51° 19' 06” O PIN Pinhal 69/13,8 30° 14' 25" S 50° 14' 47” O VAI Venâncio Aires1 230/69 29° 38' 03" S 52° 09' 24” O
ECZ Encruzilhada do Sul 69/23,1 30° 32' 09" S 52° 31' 01” O PPE Polo Petroquímico 230/69 29° 52' 10" S 51° 23' 20” O VIA1 Viamão1 69/23,1 30° 04' 33" S 51° 02' 42” O
ERE1 Erexim1 138 27° 39' 24" S 52° 18' 49” O PAL7 Porto Alegre 7 69/13,8 30°1'11" 51°12'53" VIA2 Viamão2 69/23,1 30° 02' 54" S 51° 05' 22” O
UERN Ernestina 44 28° 33' 34" S 52° 32' 55” O PAL1 Porto Alegre1 69/13,8 30° 00' 60" S 51° 10' 16” O
ERG Estaleiro Rio Grande 69 32° 05' 32" S 52° 06' 27” O PAL10 Porto Alegre10 230/69/13,8 30° 02' 49" S 51° 11' 47” O

131
APÊNDICE E

Produtividade Fotovoltaica por Município

Este apêndice contém a tabela com a produtividade fotovol- uso e cobertura do solo podem não representar pequenas áreas anuais de todos os mapas apresentados no Capítulo 6, com re-
taica calculada por município a partir do mapa de áreas aptas aptas, devido a limitações na resolução espacial. solução espacial de 3 km x 3 km, bem como os dados climato-
urbanas e não urbanas (Mapa 6.20). Ressalte-se que os mu- lógicos do INMET de temperatura média, máxima e mínima.
nicípios com área inferior a 0,01 km² de área apta podem ter Na versão digital do Atlas estão disponíveis as tabelas e ar- Os arquivos com dados geoespaciais podem ser visualizados e
seu potencial fotovoltaico reavaliado, uma vez que os mapas de quivos de dados geoespaciais com valores mensais, sazonais e manipulados por qualquer Sistema de Informação Geográfica.

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não urbana do
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Estado com taxa de
Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² *

Área Total Disponível para


ocupação de 20 MWp/km² *

Média [kWh/kWhp/dia]
Capacidade Instalável
Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Nome do Município

Equivalente
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Fotovoltaica Média

Fotovoltaica Média
Área Efetivamente

Área Efetivamente

Capacidade Insta-
Instalável Teórica

Instalável Teórica

lável em Número
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]

Equivalente de
Residenciais de

Produtividade
Equivalente de
Produtividade

Comerciais de
Capacidade

Capacidade
de Unidades
Módulos de

29,56 kWp**
Número de
[GWh/ano]

[GWh/ano]
Equivalente
5,68 kWp**
Unidades
Número

Número
330 Wp
[MWp]

[MWp]
Aceguá 4,839 4,105 0,31 0,6 0,9 1.898 110 21 4,808 4,079 790,31 7,90 158,1 235,1 478.975
Água Santa 4,679 3,946 0,72 1,4 2,1 4.385 255 49 4,680 3,949 1,82 0,02 0,4 0,5 1.100
Agudo 4,537 3,816 2,21 4,4 6,2 13.375 777 149 4,502 3,784 7,00 0,07 1,4 1,9 4.243
Ajuricaba 4,665 3,900 1,20 2,4 3,4 7.287 423 81 4,648 3,889 0,64 0,01 0,1 0,2 386
Alecrim 4,814 3,982 0,39 0,8 1,1 2.351 137 26 4,807 3,976 10,96 0,11 2,2 3,2 6.641
Alegrete 4,888 4,086 11,29 22,6 33,7 68.438 3.976 764 4,895 4,094 3.732,17 37,32 746,4 1.116,2 2.261.919
Alegria 4,705 3,906 0,28 0,6 0,8 1.696 99 19 4,709 3,909 0,51 0,01 0,1 0,1 308
Almirante
Tamandaré do Sul 4,614 3,895 0,49 1,0 1,4 2.945 171 33 4,631 3,907 0,55 0,01 0,1 0,2 335
Alpestre 4,704 3,933 0,91 1,8 2,6 5.493 319 61 4,714 3,936 0,12 0,001 0,024 0,034 74
Alto Alegre 4,635 3,916 0,35 0,7 1,0 2.100 122 23 4,628 3,911 0,22 0,002 0,044 0,064 135
Alto Feliz 4,185 3,611 0,33 0,7 0,9 1.975 115 22 4,215 3,621 0,14 0,001 0,028 0,037 85
Alvorada 4,277 3,575 24,51 49,0 64,0 148.571 8.632 1.659 4,265 3,577 13,92 0,14 2,8 3,6 8.436
Amaral Ferrador 4,246 3,601 0,48 1,0 1,3 2.885 168 32 4,244 3,604 126,61 1,27 25,3 33,3 76.734
Ametista do Sul 4,694 3,920 1,09 2,2 3,1 6.578 382 73 4,687 3,915 0,07 0,001 0,014 0,020 43
André da Rocha 4,534 3,850 0,26 0,5 0,7 1.598 93 18 4,554 3,866 41,97 0,42 8,4 11,9 25.437
Anta Gorda 4,521 3,838 1,07 2,1 3,0 6.507 378 73 4,515 3,834 1,25 0,01 0,3 0,4 759
Antônio Prado 4,465 3,809 2,76 5,5 7,7 16.729 972 187 4,422 3,773 4,94 0,05 1,0 1,4 2.995
Arambaré 4,329 3,650 1,85 3,7 4,9 11.242 653 126 4,311 3,641 58,44 0,58 11,7 15,5 35.419
Araricá 4,339 3,676 1,46 2,9 3,9 8.875 516 99 4,354 3,682 6,62 0,07 1,3 1,8 4.011
Aratiba 4,810 4,046 1,22 2,4 3,6 7.418 431 83 4,797 4,035 2,64 0,03 0,5 0,8 1.601
Arroio do Meio 4,381 3,714 4,93 9,9 13,4 29.907 1.738 334 4,370 3,712 1,02 0,01 0,2 0,3 615
Arroio do Padre - - - - - - - - 4,306 3,692 32,83 0,33 6,6 8,9 19.898
Arroio do Sal 4,353 3,724 15,76 31,5 42,9 95.520 5.550 1.066 4,380 3,739 44,22 0,44 8,8 12,1 26.798
Arroio do Tigre 4,643 3,902 1,82 3,6 5,2 11.002 639 123 4,659 3,917 1,01 0,01 0,2 0,3 615
Arroio dos Ratos 4,336 3,617 2,64 5,3 7,0 15.987 929 178 4,349 3,632 83,83 0,84 16,8 22,2 50.808
Arroio Grande 4,433 3,780 3,35 6,7 9,3 20.307 1.180 227 4,429 3,780 523,99 5,24 104,8 144,7 317.570
Arvorezinha 4,565 3,873 2,41 4,8 6,8 14.607 849 163 4,574 3,883 5,61 0,06 1,1 1,6 3.400
Augusto Pestana 4,753 3,966 1,51 3,0 4,4 9.158 532 102 4,740 3,958 1,33 0,01 0,3 0,4 803
Áurea 4,749 4,012 0,86 1,7 2,5 5.220 303 58 4,755 4,017 5,67 0,06 1,1 1,7 3.435
Bagé 4,865 4,131 23,55 47,1 71,1 142.718 8.292 1.593 4,831 4,100 2.251,60 22,52 450,3 674,2 1.364.608
Balneário Pinhal 4,532 3,812 1,82 3,6 5,1 11.002 639 123 4,491 3,781 14,57 0,15 2,9 4,0 8.829
Barão 4,284 3,654 0,75 1,5 2,0 4.549 264 51 4,283 3,655 0,12 0,001 0,023 0,031 71
Barão de Cotegipe 4,763 4,020 1,81 3,6 5,3 10.953 636 122 4,755 4,014 1,69 0,02 0,3 0,5 1.024
Barão do Triunfo 4,264 3,595 0,18 0,4 0,5 1.096 64 12 4,291 3,615 87,24 0,87 17,4 23,0 52.870
Barra do Guarita 4,644 3,861 0,40 0,8 1,1 2.422 141 27 4,657 3,870 0,03 0,0003 0,0050 0,0071 15

132
APÊNDICE E

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não urbana do
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Estado com taxa de

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² *

Área Total Disponível para


ocupação de 20 MWp/km² *

Média [kWh/kWhp/dia]
Capacidade Instalável

Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Nome do Município

Equivalente
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Fotovoltaica Média

Fotovoltaica Média
Área Efetivamente

Área Efetivamente

Capacidade Insta-
Instalável Teórica

Instalável Teórica

lável em Número
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]

Equivalente de
Residenciais de

Produtividade
Equivalente de
Produtividade

Comerciais de
Capacidade

Capacidade
de Unidades
Módulos de

29,56 kWp**
Número de
[GWh/ano]

[GWh/ano]
Equivalente
5,68 kWp**
Unidades
Número

Número
330 Wp
[MWp]

[MWp]
Barra do Quaraí 4,892 4,096 0,17 0,3 0,5 1.004 58 11 4,905 4,105 272,31 2,72 54,5 81,7 165.035
Barra do Ribeiro 4,217 3,520 2,07 4,1 5,3 12.545 729 140 4,238 3,541 115,04 1,15 23,0 29,8 69.718
Barra do Rio Azul 4,751 4,007 0,13 0,3 0,4 769 45 9 4,772 4,021 0,61 0,01 0,1 0,2 370
Barra Funda 4,666 3,924 0,76 1,5 2,2 4.582 266 51 4,671 3,929 0,06 0,001 0,012 0,018 38
Barracão 4,715 3,992 1,46 2,9 4,3 8.864 515 99 4,715 3,989 23,37 0,23 4,7 6,8 14.161
Barros Cassal 4,592 3,887 0,94 1,9 2,7 5.716 332 64 4,607 3,899 36,29 0,36 7,3 10,3 21.994
Benjamin
Constant do Sul 4,723 3,980 0,25 0,5 0,7 1.533 89 17 4,728 3,982 0,02 0,0002 0,0032 0,0047 10
Bento Gonçalves 4,505 3,823 20,47 40,9 57,2 124.069 7.208 1.385 4,473 3,799 1,23 0,01 0,2 0,3 748
Boa Vista das
Missões 4,711 3,935 0,69 1,4 2,0 4.200 244 47 4,710 3,934 0,13 0,001 0,025 0,036 76
Boa Vista do Buricá 4,656 3,874 1,14 2,3 3,2 6.884 400 77 4,657 3,875 0,91 0,01 0,2 0,3 550
Boa Vista do
Cadeado 4,745 3,968 0,20 0,4 0,6 1.195 69 13 4,764 3,984 20,74 0,21 4,1 6,0 12.569
Boa Vista do Incra 4,627 3,889 0,35 0,7 1,0 2.105 122 24 4,658 3,908 17,95 0,18 3,6 5,1 10.880
Boa Vista do Sul 4,368 3,722 0,25 0,5 0,7 1.500 87 17 4,370 3,722 0,06 0,001 0,013 0,017 39
Bom Jesus 4,598 3,941 2,56 5,1 7,4 15.524 902 173 4,576 3,927 839,74 8,40 167,9 240,9 508.934
Bom Princípio 4,254 3,619 2,61 5,2 6,9 15.824 919 177 4,260 3,625 0,47 0,005 0,094 0,125 286
Bom Progresso 4,610 3,848 0,43 0,9 1,2 2.602 151 29 4,618 3,854 0,04 0,0004 0,0070 0,0099 21
Bom Retiro do Sul 4,426 3,731 2,41 4,8 6,6 14.580 847 163 4,443 3,740 3,89 0,04 0,8 1,1 2.356
Boqueirão do Leão 4,399 3,748 0,49 1,0 1,3 2.973 173 33 4,433 3,771 5,32 0,05 1,1 1,5 3.226
Bossoroca 4,894 4,077 0,80 1,6 2,4 4.838 281 54 4,901 4,081 651,02 6,51 130,2 194,1 394.555
Bozano 4,705 3,933 0,23 0,5 0,6 1.364 79 15 4,702 3,932 0,44 0,004 0,088 0,127 268
Braga 4,604 3,847 0,63 1,3 1,8 3.796 221 42 4,610 3,849 0,11 0,001 0,023 0,032 68
Brochier 4,329 3,660 0,29 0,6 0,8 1.778 103 20 4,332 3,663 0,19 0,002 0,039 0,052 117
Butiá 4,360 3,647 4,01 8,0 10,7 24.316 1.413 271 4,405 3,681 147,17 1,47 29,4 39,6 89.196
Caçapava do Sul 4,686 3,988 5,62 11,2 16,4 34.080 1.980 380 4,681 3,979 1.300,02 13,00 260,0 377,9 787.892
Cacequi 4,691 3,932 2,20 4,4 6,3 13.347 775 149 4,713 3,947 1.044,35 10,44 208,9 301,1 632.941
Cachoeira do Sul 4,500 3,781 14,83 29,7 41,0 89.885 5.222 1.003 4,507 3,801 706,29 7,06 141,3 196,1 428.052
Cachoeirinha 4,338 3,624 21,91 43,8 58,0 132.791 7.715 1.482 4,337 3,626 4,70 0,05 0,9 1,2 2.846
Cacique Doble 4,750 4,014 0,74 1,5 2,2 4.456 259 50 4,750 4,015 2,30 0,02 0,5 0,7 1.395
Caibaté 4,858 4,030 0,83 1,7 2,4 5.040 293 56 4,839 4,019 16,10 0,16 3,2 4,7 9.755
Caiçara 4,668 3,889 0,67 1,3 1,9 4.053 235 45 4,668 3,887 0,04 0,0004 0,0083 0,0118 25
Camaquã 4,206 3,555 11,42 22,8 29,7 69.240 4.023 773 4,225 3,572 237,67 2,38 47,5 62,0 144.040
Camargo 4,628 3,912 0,73 1,5 2,1 4.429 257 49 4,630 3,914 0,43 0,004 0,085 0,122 259
Cambará do Sul 4,462 3,850 1,67 3,3 4,7 10.151 590 113 4,400 3,819 208,96 2,09 41,8 58,3 126.641
Campestre da Serra 4,387 3,752 0,50 1,0 1,4 3.038 177 34 4,470 3,815 52,74 0,53 10,5 14,7 31.963
Campina das
Missões 4,838 4,003 0,65 1,3 1,9 3.911 227 44 4,838 4,002 2,89 0,03 0,6 0,8 1.752
Campinas do Sul 4,798 4,025 1,71 3,4 5,0 10.353 601 116 4,783 4,015 0,31 0,003 0,061 0,090 185
Campo Bom 4,347 3,668 15,07 30,1 40,4 91.304 5.305 1.019 4,342 3,659 6,15 0,06 1,2 1,6 3.724
Campo Novo 4,611 3,849 1,17 2,3 3,3 7.107 413 79 4,611 3,848 0,18 0,002 0,036 0,051 110
Campos Borges 4,650 3,931 1,11 2,2 3,2 6.747 392 75 4,647 3,919 4,98 0,05 1,0 1,4 3.015
Candelária 4,465 3,768 3,97 7,9 10,9 24.087 1.399 269 4,451 3,745 62,24 0,62 12,4 17,0 37.724
Cândido Godói 4,814 3,982 0,46 0,9 1,3 2.776 161 31 4,821 3,987 1,77 0,02 0,4 0,5 1.071
Candiota 4,763 4,057 3,53 7,1 10,5 21.415 1.244 239 4,762 4,053 266,31 2,66 53,3 78,9 161.399
Canela 4,337 3,721 10,07 20,1 27,4 61.020 3.545 681 4,318 3,715 4,88 0,05 1,0 1,3 2.956
Canguçu 4,325 3,717 3,81 7,6 10,4 23.105 1.342 258 4,385 3,746 1.178,03 11,78 235,6 322,3 713.959
Canoas 4,313 3,597 60,72 121,4 159,6 368.013 21.381 4.108 4,310 3,596 11,07 0,11 2,2 2,9 6.708
Canudos do Vale 4,434 3,760 0,09 0,2 0,2 529 31 6 4,448 3,773 0,49 0,005 0,097 0,134 295
Capão Bonito do Sul 4,637 3,931 0,29 0,6 0,8 1.773 103 20 4,669 3,956 34,11 0,34 6,8 9,9 20.671
Capão da Canoa 4,498 3,819 21,37 42,7 59,6 129.491 7.523 1.446 4,480 3,807 42,06 0,42 8,4 11,7 25.488
Capão do Cipó 4,855 4,053 0,38 0,8 1,1 2.296 133 26 4,842 4,047 223,55 2,24 44,7 66,1 135.485
Capão do Leão 4,290 3,683 3,78 7,6 10,2 22.920 1.332 256 4,317 3,705 211,84 2,12 42,4 57,3 128.386
Capela de Santana 4,330 3,637 1,34 2,7 3,6 8.149 473 91 4,302 3,616 49,47 0,49 9,9 13,1 29.980
Capitão 4,404 3,752 0,48 1,0 1,3 2.885 168 32 4,390 3,739 0,15 0,001 0,030 0,041 90
Capivari do Sul - - - - - - - - 4,495 3,779 45,07 0,45 9,0 12,4 27.315

133
APÊNDICE E

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não urbana do
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Estado com taxa de

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² *

Área Total Disponível para


ocupação de 20 MWp/km² *

Média [kWh/kWhp/dia]
Capacidade Instalável

Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Nome do Município

Equivalente
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Fotovoltaica Média

Fotovoltaica Média
Área Efetivamente

Área Efetivamente

Capacidade Insta-
Instalável Teórica

Instalável Teórica

lável em Número
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]

Equivalente de
Residenciais de

Produtividade
Equivalente de
Produtividade

Comerciais de
Capacidade

Capacidade
de Unidades
Módulos de

29,56 kWp**
Número de
[GWh/ano]

[GWh/ano]
Equivalente
5,68 kWp**
Unidades
Número

Número
330 Wp
[MWp]

[MWp]
Caraá 4,524 3,821 0,11 0,2 0,3 693 40 8 4,503 3,803 4,14 0,04 0,8 1,1 2.508
Carazinho 4,653 3,923 18,80 37,6 53,9 113.951 6.620 1.272 4,640 3,913 5,75 0,06 1,2 1,6 3.487
Carlos Barbosa 4,371 3,730 6,56 13,1 17,9 39.775 2.311 444 4,353 3,717 0,47 0,005 0,095 0,128 286
Carlos Gomes 4,770 4,026 0,19 0,4 0,6 1.173 68 13 4,749 4,013 0,57 0,01 0,1 0,2 346
Casca 4,624 3,914 2,44 4,9 7,0 14.771 858 165 4,602 3,899 1,27 0,01 0,3 0,4 767
Caseiros 4,724 3,987 0,88 1,8 2,6 5.345 311 60 4,726 3,988 7,01 0,07 1,4 2,0 4.250
Catuípe 4,703 3,924 1,69 3,4 4,8 10.233 595 114 4,706 3,922 2,82 0,03 0,6 0,8 1.707
Caxias do Sul 4,375 3,745 80,38 160,8 219,9 487.162 28.303 5.439 4,500 3,832 217,12 2,17 43,4 60,8 131.585
Centenário 4,756 4,019 0,46 0,9 1,3 2.760 160 31 4,762 4,021 2,11 0,02 0,4 0,6 1.280
Cerrito 4,361 3,727 0,80 1,6 2,2 4.860 282 54 4,330 3,719 185,56 1,86 37,1 50,4 112.460
Cerro Branco 4,514 3,802 0,60 1,2 1,7 3.638 211 41 4,525 3,812 0,68 0,01 0,1 0,2 413
Cerro Grande 4,702 3,932 0,39 0,8 1,1 2.378 138 27 4,705 3,935 0,01 0,0001 0,0014 0,0021 4
Cerro Grande do Sul 4,166 3,525 0,52 1,0 1,3 3.175 184 35 4,182 3,536 43,58 0,44 8,7 11,3 26.410
Cerro Largo 4,855 4,023 2,66 5,3 7,8 16.124 937 180 4,836 4,008 2,14 0,02 0,4 0,6 1.295
Chapada 4,636 3,904 1,97 3,9 5,6 11.935 693 133 4,626 3,898 7,31 0,07 1,5 2,1 4.431
Charqueadas 4,308 3,592 7,68 15,4 20,2 46.555 2.705 520 4,308 3,591 30,94 0,31 6,2 8,1 18.749
Charrua 4,703 3,970 0,25 0,5 0,7 1.527 89 17 4,718 3,981 1,12 0,01 0,2 0,3 680
Chiapetta 4,635 3,858 0,88 1,8 2,5 5.345 311 60 4,663 3,885 3,24 0,03 0,6 0,9 1.961
Chuí 4,416 3,753 1,30 2,6 3,6 7.871 457 88 4,408 3,739 112,44 1,12 22,5 30,6 68.143
Chuvisca 4,200 3,549 0,19 0,4 0,5 1.173 68 13 4,189 3,545 44,67 0,45 8,9 11,6 27.073
Cidreira 4,538 3,820 6,86 13,7 19,1 41.585 2.416 464 4,494 3,785 39,01 0,39 7,8 10,8 23.640
Ciríaco 4,708 3,973 0,86 1,7 2,5 5.198 302 58 4,676 3,951 3,68 0,04 0,7 1,1 2.228
Colinas 4,405 3,728 0,24 0,5 0,7 1.484 86 17 4,401 3,726 0,21 0,002 0,041 0,056 124
Colorado 4,629 3,912 0,56 1,1 1,6 3.371 196 38 4,640 3,916 0,47 0,005 0,094 0,134 284
Condor 4,626 3,887 1,64 3,3 4,7 9.938 577 111 4,615 3,879 1,11 0,01 0,2 0,3 675
Constantina 4,694 3,942 2,15 4,3 6,2 13.053 758 146 4,695 3,942 0,18 0,002 0,037 0,053 111
Coqueiro Baixo 4,391 3,746 0,20 0,4 0,6 1.233 72 14 4,388 3,743 1,61 0,02 0,3 0,4 973
Coqueiros do Sul 4,634 3,913 0,35 0,7 1,0 2.133 124 24 4,630 3,909 0,68 0,01 0,1 0,2 415
Coronel Barros 4,689 3,915 0,76 1,5 2,2 4.593 267 51 4,699 3,923 1,18 0,01 0,2 0,3 717
Coronel Bicaco 4,617 3,859 1,02 2,0 2,9 6.191 360 69 4,619 3,863 0,17 0,002 0,034 0,048 104
Coronel Pilar 4,465 3,788 0,11 0,2 0,3 655 38 7 4,487 3,801 0,17 0,002 0,034 0,048 104
Cotiporã 4,419 3,769 0,86 1,7 2,4 5.215 303 58 4,422 3,770 1,08 0,01 0,2 0,3 653
Coxilha 4,666 3,935 0,75 1,5 2,2 4.549 264 51 4,654 3,924 2,82 0,03 0,6 0,8 1.707
Crissiumal 4,658 3,881 1,34 2,7 3,8 8.111 471 91 4,654 3,876 2,41 0,02 0,5 0,7 1.460
Cristal 4,250 3,599 1,74 3,5 4,6 10.549 613 118 4,262 3,609 149,07 1,49 29,8 39,3 90.345
Cristal do Sul 4,685 3,910 0,39 0,8 1,1 2.345 136 26 4,684 3,909 0,04 0,0004 0,0079 0,0113 24
Cruz Alta 4,746 3,976 16,28 32,6 47,3 98.640 5.731 1.101 4,715 3,951 45,67 0,46 9,1 13,2 27.676
Cruzaltense 4,794 4,022 0,22 0,4 0,6 1.320 77 15 4,764 4,004 0,06 0,001 0,012 0,017 35
Cruzeiro do Sul 4,384 3,709 1,21 2,4 3,3 7.325 426 82 4,374 3,700 1,26 0,01 0,3 0,3 763
David Canabarro 4,687 3,963 0,90 1,8 2,6 5.476 318 61 4,672 3,952 0,68 0,01 0,1 0,2 413
Derrubadas 4,660 3,880 0,43 0,9 1,2 2.580 150 29 4,665 3,878 0,38 0,004 0,077 0,084 232
Dezesseis de No-
vembro 4,946 4,097 0,08 0,2 0,2 458 27 5 4,938 4,091 38,31 0,38 7,7 11,4 23.218
Dilermando de
Aguiar 4,534 3,796 0,27 0,5 0,7 1.636 95 18 4,512 3,773 213,68 2,14 42,7 58,9 129.501
Dois Irmãos 4,340 3,671 6,03 12,1 16,2 36.556 2.124 408 4,347 3,675 0,52 0,01 0,1 0,1 315
Dois Irmãos das
Missões 4,647 3,888 0,16 0,3 0,5 987 57 11 4,655 3,894 0,18 0,002 0,036 0,051 109
Dois Lajeados 4,472 3,800 0,65 1,3 1,8 3.933 228 44 4,457 3,789 0,68 0,01 0,1 0,2 411
Dom Feliciano 4,181 3,547 0,87 1,7 2,3 5.302 308 59 4,336 3,664 299,25 2,99 59,9 80,1 181.366
Dom Pedrito 4,873 4,128 7,55 15,1 22,8 45.764 2.659 511 4,879 4,129 2.695,91 26,96 539,2 813,0 1.633.886
Dom Pedro de
Alcântara 4,293 3,689 0,08 0,2 0,2 485 28 5 4,220 3,655 2,50 0,02 0,5 0,7 1.513
Dona Francisca 4,450 3,737 0,76 1,5 2,1 4.576 266 51 4,448 3,740 1,41 0,01 0,3 0,4 854
Doutor Maurício
Cardoso 4,698 3,896 0,42 0,8 1,2 2.525 147 28 4,685 3,888 0,52 0,01 0,1 0,1 316
Doutor Ricardo 4,425 3,768 0,39 0,8 1,1 2.356 137 26 4,421 3,766 0,32 0,003 0,064 0,088 194

134
APÊNDICE E

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não urbana do
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Estado com taxa de

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² *

Área Total Disponível para


ocupação de 20 MWp/km² *

Média [kWh/kWhp/dia]
Capacidade Instalável

Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Nome do Município

Equivalente
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Fotovoltaica Média

Fotovoltaica Média
Área Efetivamente

Área Efetivamente

Capacidade Insta-
Instalável Teórica

Instalável Teórica

lável em Número
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]

Equivalente de
Residenciais de

Produtividade
Equivalente de
Produtividade

Comerciais de
Capacidade

Capacidade
de Unidades
Módulos de

29,56 kWp**
Número de
[GWh/ano]

[GWh/ano]
Equivalente
5,68 kWp**
Unidades
Número

Número
330 Wp
[MWp]

[MWp]
Eldorado do Sul 4,250 3,533 6,63 13,3 17,1 40.178 2.334 449 4,296 3,579 75,68 0,76 15,1 19,8 45.864
Encantado 4,425 3,756 5,12 10,2 14,0 31.015 1.802 346 4,426 3,762 0,68 0,01 0,1 0,2 411
Encruzilhada do Sul 4,435 3,752 3,82 7,6 10,5 23.144 1.345 258 4,433 3,757 744,12 7,44 148,8 204,2 450.981
Engenho Velho 4,688 3,943 0,28 0,6 0,8 1.675 97 19 4,685 3,941 0,02 0,0002 0,0036 0,0052 11
Entre Rios do Sul 4,708 3,964 0,79 1,6 2,3 4.805 279 54 4,714 3,963 0,14 0,001 0,028 0,040 83
Entre-Ijuís 4,693 3,912 1,67 3,3 4,8 10.113 588 113 4,790 3,990 27,36 0,27 5,5 8,0 16.583
Erebango 4,758 4,010 0,96 1,9 2,8 5.809 338 65 4,767 4,018 1,86 0,02 0,4 0,5 1.129
Erechim 4,765 4,024 25,82 51,6 75,9 156.496 9.092 1.747 4,763 4,023 5,80 0,06 1,2 1,7 3.514
Ernestina 4,629 3,912 0,71 1,4 2,0 4.309 250 48 4,640 3,916 1,11 0,01 0,2 0,3 675
Erval Grande 4,716 3,977 0,91 1,8 2,7 5.531 321 62 4,725 3,983 0,46 0,005 0,092 0,134 278
Erval Seco 4,646 3,884 1,02 2,0 2,9 6.169 358 69 4,655 3,888 0,07 0,001 0,014 0,020 44
Esmeralda 4,645 3,944 0,96 1,9 2,8 5.825 338 65 4,667 3,957 150,89 1,51 30,2 43,6 91.448
Esperança do Sul 4,627 3,857 0,30 0,6 0,8 1.811 105 20 4,604 3,839 0,42 0,004 0,083 0,117 252
Espumoso 4,667 3,939 3,14 6,3 9,0 19.047 1.107 213 4,637 3,920 24,31 0,24 4,9 7,0 14.733
Estação 4,759 4,006 2,07 4,1 6,1 12.535 728 140 4,751 4,000 1,01 0,01 0,2 0,3 611
Estância Velha 4,378 3,681 10,55 21,1 28,4 63.927 3.714 714 4,365 3,671 1,37 0,01 0,3 0,4 831
Esteio 4,334 3,625 14,83 29,7 39,3 89.891 5.223 1.004 4,330 3,621 0,95 0,01 0,2 0,3 574
Estrela 4,407 3,722 7,25 14,5 19,7 43.958 2.554 491 4,414 3,725 1,41 0,01 0,3 0,4 852
Estrela Velha 4,624 3,890 0,50 1,0 1,4 3.055 177 34 4,615 3,880 0,53 0,01 0,1 0,2 321
Eugênio de Castro 4,739 3,955 0,62 1,2 1,8 3.747 218 42 4,792 3,992 21,26 0,21 4,3 6,2 12.883
Fagundes Varela 4,461 3,796 0,46 0,9 1,3 2.804 163 31 4,461 3,795 1,32 0,01 0,3 0,4 802
Farroupilha 4,412 3,762 16,37 32,7 45,0 99.207 5.764 1.108 4,424 3,770 1,61 0,02 0,3 0,4 974
Faxinal do Soturno 4,457 3,741 1,63 3,3 4,5 9.889 575 110 4,441 3,725 2,80 0,03 0,6 0,8 1.696
Faxinalzinho 4,719 3,971 0,50 1,0 1,5 3.044 177 34 4,706 3,956 0,12 0,001 0,025 0,036 75
Fazenda Vilanova 4,456 3,751 1,05 2,1 2,9 6.393 371 71 4,440 3,737 2,87 0,03 0,6 0,8 1.740
Feliz 4,271 3,635 2,14 4,3 5,7 12.971 754 145 4,273 3,638 0,39 0,004 0,079 0,105 238
Flores da Cunha 4,429 3,771 8,98 18,0 24,7 54.431 3.162 608 4,420 3,763 2,41 0,02 0,5 0,7 1.462
Floriano Peixoto 4,759 4,011 0,27 0,5 0,8 1.625 94 18 4,754 4,009 0,77 0,01 0,2 0,2 469
Fontoura Xavier 4,588 3,888 1,52 3,0 4,3 9.213 535 103 4,601 3,900 32,55 0,33 6,5 9,3 19.729
Formigueiro 4,441 3,732 0,88 1,8 2,4 5.313 309 59 4,448 3,734 117,02 1,17 23,4 31,9 70.923
Forquetinha 4,398 3,736 0,14 0,3 0,4 867 50 10 4,396 3,736 1,77 0,02 0,4 0,5 1.073
Fortaleza dos Valos 4,646 3,911 1,32 2,6 3,8 8.013 466 89 4,635 3,894 16,19 0,16 3,2 4,6 9.814
Frederico
Westphalen 4,671 3,893 6,60 13,2 18,8 40.004 2.324 447 4,679 3,897 0,39 0,004 0,078 0,110 235
Garibaldi 4,458 3,789 8,62 17,2 23,9 52.244 3.035 583 4,470 3,795 0,80 0,01 0,2 0,2 482
Garruchos 4,930 4,085 0,01 0,0 0,0 76 4 1 4,934 4,090 312,12 3,12 62,4 93,2 189.162
Gaurama 4,760 4,017 1,24 2,5 3,6 7.538 438 84 4,770 4,025 2,63 0,03 0,5 0,8 1.595
General Câmara 4,308 3,599 1,03 2,1 2,7 6.256 363 70 4,370 3,663 118,11 1,18 23,6 31,6 71.583
Gentil 4,609 3,906 0,35 0,7 1,0 2.100 122 23 4,643 3,928 2,19 0,02 0,4 0,6 1.328
Getúlio Vargas 4,786 4,027 4,96 9,9 14,6 30.049 1.746 335 4,782 4,028 3,40 0,03 0,7 1,0 2.062
Giruá 4,771 3,951 4,00 8,0 11,6 24.262 1.410 271 4,759 3,946 3,43 0,03 0,7 1,0 2.078
Glorinha 4,430 3,727 1,26 2,5 3,4 7.631 443 85 4,471 3,765 1,09 0,01 0,2 0,3 661
Gramado 4,397 3,749 9,01 18,0 24,7 54.605 3.173 610 4,366 3,727 2,84 0,03 0,6 0,8 1.721
Gramado dos
Loureiros 4,666 3,927 0,21 0,4 0,6 1.244 72 14 4,681 3,937 0,03 0,0003 0,0059 0,0085 18
Gramado Xavier 4,465 3,789 0,29 0,6 0,8 1.756 102 20 4,489 3,808 1,15 0,01 0,2 0,3 699
Gravataí 4,318 3,623 45,16 90,3 119,5 273.704 15.902 3.056 4,345 3,651 73,36 0,73 14,7 19,6 44.459
Guabiju 4,598 3,900 0,32 0,6 0,9 1.958 114 22 4,568 3,877 3,44 0,03 0,7 1,0 2.084
Guaíba 4,243 3,531 15,98 32,0 41,2 96.873 5.628 1.081 4,260 3,552 98,25 0,98 19,7 25,5 59.548
Guaporé 4,532 3,851 6,63 13,3 18,7 40.205 2.336 449 4,527 3,847 3,20 0,03 0,6 0,9 1.937
Guarani das Missões 4,734 3,937 1,44 2,9 4,1 8.700 505 97 4,774 3,963 1,77 0,02 0,4 0,5 1.071
Harmonia 4,272 3,615 0,51 1,0 1,3 3.087 179 34 4,267 3,612 0,10 0,001 0,020 0,026 59
Herval 4,655 3,968 1,00 2,0 2,9 6.044 351 67 4,578 3,907 763,34 7,63 152,7 217,7 462.633
Herveiras 4,462 3,779 0,15 0,3 0,4 911 53 10 4,469 3,785 0,48 0,005 0,096 0,133 291
Horizontina 4,732 3,922 3,58 7,2 10,3 21.720 1.262 242 4,729 3,920 3,75 0,04 0,7 1,1 2.272
Hulha Negra 4,850 4,122 0,79 1,6 2,4 4.811 280 54 4,813 4,091 310,66 3,11 62,1 92,8 188.277
Humaitá 4,649 3,876 1,14 2,3 3,2 6.905 401 77 4,648 3,875 0,10 0,001 0,021 0,029 63

135
APÊNDICE E

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não urbana do
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Estado com taxa de

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² *

Área Total Disponível para


ocupação de 20 MWp/km² *

Média [kWh/kWhp/dia]
Capacidade Instalável

Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Nome do Município

Equivalente
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Fotovoltaica Média

Fotovoltaica Média
Área Efetivamente

Área Efetivamente

Capacidade Insta-
Instalável Teórica

Instalável Teórica

lável em Número
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]

Equivalente de
Residenciais de

Produtividade
Equivalente de
Produtividade

Comerciais de
Capacidade

Capacidade
de Unidades
Módulos de

29,56 kWp**
Número de
[GWh/ano]

[GWh/ano]
Equivalente
5,68 kWp**
Unidades
Número

Número
330 Wp
[MWp]

[MWp]
Ibarama 4,628 3,887 0,38 0,8 1,1 2.275 132 25 4,611 3,875 0,17 0,002 0,033 0,047 101
Ibiaçá 4,758 4,013 1,25 2,5 3,7 7.565 440 84 4,745 4,002 1,68 0,02 0,3 0,5 1.016
Ibiraiaras 4,611 3,912 1,43 2,9 4,1 8.656 503 97 4,639 3,930 1,81 0,02 0,4 0,5 1.100
Ibirapuitã 4,663 3,942 0,92 1,8 2,7 5.602 325 63 4,642 3,924 4,35 0,04 0,9 1,2 2.636
Ibirubá 4,638 3,912 4,72 9,4 13,5 28.625 1.663 320 4,641 3,907 2,40 0,02 0,5 0,7 1.453
Igrejinha 4,337 3,687 6,70 13,4 18,1 40.631 2.361 454 4,342 3,693 5,11 0,05 1,0 1,4 3.096
Ijuí 4,711 3,937 17,11 34,2 49,2 103.724 6.026 1.158 4,698 3,925 3,07 0,03 0,6 0,9 1.859
Ilópolis 4,535 3,848 1,05 2,1 3,0 6.365 370 71 4,529 3,844 1,04 0,01 0,2 0,3 629
Imbé 4,517 3,815 19,47 38,9 54,3 118.025 6.857 1.318 4,517 3,814 5,48 0,05 1,1 1,5 3.322
Imigrante 4,448 3,768 0,52 1,0 1,4 3.158 183 35 4,441 3,761 0,07 0,001 0,014 0,020 44
Independência 4,741 3,929 0,87 1,7 2,5 5.280 307 59 4,730 3,921 2,05 0,02 0,4 0,6 1.243
Inhacorá 4,688 3,896 0,19 0,4 0,6 1.173 68 13 4,695 3,900 0,56 0,01 0,1 0,2 340
Ipê 4,512 3,841 1,03 2,1 2,9 6.256 363 70 4,521 3,846 58,07 0,58 11,6 16,3 35.191
Ipiranga do Sul 4,727 3,987 0,44 0,9 1,3 2.651 154 30 4,738 3,991 2,15 0,02 0,4 0,6 1.304
Iraí 4,676 3,897 0,95 1,9 2,7 5.765 335 64 4,679 3,900 0,03 0,0003 0,0052 0,0074 16
Itaara 4,450 3,724 0,58 1,2 1,6 3.502 203 39 4,449 3,726 2,77 0,03 0,6 0,8 1.681
Itacurubi 4,922 4,102 0,34 0,7 1,0 2.040 119 23 4,926 4,106 603,61 6,04 120,7 181,1 365.827
Itapuca 4,573 3,880 0,28 0,6 0,8 1.718 100 19 4,631 3,924 11,42 0,11 2,3 3,3 6.921
Itaqui 4,937 4,116 5,51 11,0 16,6 33.376 1.939 373 4,933 4,117 843,39 8,43 168,7 253,7 511.143
Itati 0,000 0,000 0,00 0,0 0,0 0 0 0 4,188 3,654 3,53 0,04 0,7 0,9 2.137
Itatiba do Sul 4,754 4,007 0,35 0,7 1,0 2.127 124 24 4,771 4,013 1,55 0,02 0,3 0,5 939
Ivorá 4,435 3,719 0,29 0,6 0,8 1.740 101 19 4,450 3,731 0,84 0,01 0,2 0,2 508
Ivoti 4,352 3,672 5,44 10,9 14,6 32.989 1.917 368 4,357 3,681 0,65 0,01 0,1 0,2 395
Jaboticaba 4,715 3,937 0,74 1,5 2,1 4.462 259 50 4,714 3,938 0,02 0,0002 0,0038 0,0054 11
Jacuizinho 4,659 3,920 0,20 0,4 0,6 1.233 72 14 4,656 3,922 7,31 0,07 1,5 2,1 4.431
Jacutinga 4,748 3,996 0,87 1,7 2,5 5.264 306 59 4,759 4,007 0,27 0,003 0,054 0,079 164
Jaguarão 4,429 3,758 5,64 11,3 15,5 34.200 1.987 382 4,462 3,794 756,60 7,57 151,3 209,5 458.547
Jaguari 4,708 3,959 2,09 4,2 6,0 12.671 736 141 4,671 3,931 99,19 0,99 19,8 28,5 60.114
Jaquirana 4,516 3,887 0,74 1,5 2,1 4.511 262 50 4,564 3,911 249,88 2,50 50,0 71,4 151.445
Jari 4,682 3,922 0,34 0,7 1,0 2.035 118 23 4,703 3,939 190,36 1,90 38,1 54,8 115.372
Jóia 4,803 4,007 0,82 1,6 2,4 4.953 288 55 4,806 4,011 122,82 1,23 24,6 36,0 74.436
Júlio de Castilhos 4,587 3,846 4,37 8,7 12,3 26.476 1.538 296 4,595 3,849 163,86 1,64 32,8 46,1 99.308
Lagoa Bonita do Sul 4,607 3,878 0,14 0,3 0,4 840 49 9 4,624 3,890 0,18 0,002 0,037 0,052 111
Lagoa dos
Três Cantos 4,636 3,916 0,58 1,2 1,7 3.496 203 39 4,656 3,930 0,12 0,001 0,023 0,033 70
Lagoa Vermelha 4,693 3,965 7,43 14,9 21,5 45.016 2.615 503 4,647 3,938 63,64 0,64 12,7 18,3 38.572
Lagoão 4,587 3,879 0,49 1,0 1,4 2.989 174 33 4,598 3,886 12,42 0,12 2,5 3,5 7.527
Lajeado 4,392 3,717 22,29 44,6 60,5 135.109 7.850 1.508 4,384 3,716 1,06 0,01 0,2 0,3 645
Lajeado do Bugre 4,700 3,933 0,28 0,6 0,8 1.696 99 19 4,718 3,945 0,02 0,0002 0,0034 0,0049 10
Lavras do Sul 4,811 4,074 1,30 2,6 3,9 7.876 458 88 4,850 4,094 1.349,33 13,49 269,9 403,5 817.774
Liberato Salzano 4,688 3,930 0,63 1,3 1,8 3.791 220 42 4,704 3,940 0,09 0,001 0,017 0,025 52
Lindolfo Collor 4,320 3,651 0,86 1,7 2,3 5.209 303 58 4,319 3,654 0,26 0,003 0,052 0,070 159
Linha Nova 4,277 3,641 0,20 0,4 0,5 1.233 72 14 4,298 3,652 0,06 0,001 0,013 0,017 38
Maçambará 4,946 4,127 0,93 1,9 2,8 5.651 328 63 4,940 4,123 455,77 4,56 91,2 137,3 276.221
Machadinho 4,701 3,979 1,55 3,1 4,5 9.365 544 105 4,724 3,996 9,33 0,09 1,9 2,7 5.656
Mampituba 3,999 3,567 0,02 0,0 0,1 136 8 2 4,001 3,576 0,82 0,01 0,2 0,2 499
Manoel Viana 4,847 4,056 1,11 2,2 3,3 6.704 389 75 4,903 4,100 473,99 4,74 94,8 141,9 287.270
Maquiné 4,355 3,741 0,32 0,6 0,9 1.958 114 22 4,394 3,758 23,70 0,24 4,7 6,5 14.365
Maratá 4,319 3,652 0,18 0,4 0,5 1.085 63 12 4,316 3,649 0,09 0,001 0,018 0,024 54
Marau 4,637 3,917 9,85 19,7 28,2 59.711 3.469 667 4,635 3,916 5,97 0,06 1,2 1,7 3.619
Marcelino Ramos 4,759 4,016 0,71 1,4 2,1 4.309 250 48 4,736 4,002 4,46 0,04 0,9 1,3 2.704
Mariana Pimentel 4,283 3,589 0,09 0,2 0,2 573 33 6 4,278 3,584 70,35 0,70 14,1 18,4 42.639
Mariano Moro 4,790 4,039 0,32 0,6 1,0 1.958 114 22 4,802 4,044 0,75 0,01 0,2 0,2 455
Marques de Souza 4,417 3,746 0,53 1,1 1,5 3.240 188 36 4,422 3,751 2,39 0,02 0,5 0,7 1.446
Mata 4,633 3,890 0,73 1,5 2,1 4.435 258 50 4,654 3,907 39,59 0,40 7,9 11,3 23.995
Mato Castelhano 4,651 3,922 0,43 0,9 1,2 2.624 152 29 4,613 3,896 2,70 0,03 0,5 0,8 1.638
Mato Leitão 4,339 3,687 0,41 0,8 1,1 2.460 143 27 4,333 3,683 0,34 0,003 0,068 0,092 207

136
APÊNDICE E

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não urbana do
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Estado com taxa de

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² *

Área Total Disponível para


ocupação de 20 MWp/km² *

Média [kWh/kWhp/dia]
Capacidade Instalável

Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Nome do Município

Equivalente
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Fotovoltaica Média

Fotovoltaica Média
Área Efetivamente

Área Efetivamente

Capacidade Insta-
Instalável Teórica

Instalável Teórica

lável em Número
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]

Equivalente de
Residenciais de

Produtividade
Equivalente de
Produtividade

Comerciais de
Capacidade

Capacidade
de Unidades
Módulos de

29,56 kWp**
Número de
[GWh/ano]

[GWh/ano]
Equivalente
5,68 kWp**
Unidades
Número

Número
330 Wp
[MWp]

[MWp]
Mato Queimado 4,821 4,001 0,32 0,6 0,9 1.915 111 21 4,816 3,997 2,71 0,03 0,5 0,8 1.640
Maximiliano de
Almeida 4,728 3,997 1,13 2,3 3,3 6.851 398 76 4,732 4,001 4,15 0,04 0,8 1,2 2.513
Minas do Leão 4,412 3,687 1,99 4,0 5,4 12.038 699 134 4,398 3,677 69,40 0,69 13,9 18,6 42.058
Miraguaí 4,653 3,879 0,63 1,3 1,8 3.802 221 42 4,649 3,877 0,10 0,001 0,020 0,029 62
Montauri 4,593 3,892 0,33 0,7 1,0 2.029 118 23 4,583 3,885 0,21 0,002 0,042 0,060 127
Monte Alegre
dos Campos 4,432 3,803 0,26 0,5 0,7 1.593 93 18 4,424 3,796 101,18 1,01 20,2 28,1 61.321
Monte Belo do Sul 4,504 3,819 0,32 0,6 0,9 1.936 113 22 4,490 3,808 0,32 0,003 0,065 0,090 196
Montenegro 4,313 3,628 11,68 23,4 30,9 70.773 4.112 790 4,291 3,602 61,58 0,62 12,3 16,2 37.320
Mormaço 4,638 3,919 0,41 0,8 1,2 2.465 143 28 4,650 3,929 0,85 0,01 0,2 0,2 513
Morrinhos do Sul 4,015 3,551 0,20 0,4 0,5 1.233 72 14 4,050 3,579 2,42 0,02 0,5 0,6 1.464
Morro Redondo 4,286 3,689 0,52 1,0 1,4 3.164 184 35 4,331 3,722 80,80 0,81 16,2 22,0 48.967
Morro Reuter 4,298 3,649 0,82 1,6 2,2 4.991 290 56 4,319 3,672 0,11 0,001 0,023 0,030 68
Mostardas 4,705 3,990 4,35 8,7 12,7 26.384 1.533 295 4,655 3,938 287,25 2,87 57,4 82,6 174.089
Muçum 4,419 3,753 1,18 2,4 3,2 7.178 417 80 4,407 3,750 0,23 0,002 0,046 0,063 140
Muitos Capões 4,566 3,887 0,62 1,2 1,8 3.736 217 42 4,570 3,885 117,19 1,17 23,4 33,3 71.022
Muliterno 4,716 3,986 0,41 0,8 1,2 2.493 145 28 4,718 3,985 0,52 0,01 0,1 0,2 317
Não-Me-Toque 4,653 3,926 6,82 13,6 19,6 41.345 2.402 462 4,648 3,923 1,41 0,01 0,3 0,4 853
Nicolau Vergueiro 4,650 3,926 0,31 0,6 0,9 1.865 108 21 4,638 3,919 1,60 0,02 0,3 0,5 969
Nonoai 4,706 3,953 2,40 4,8 6,9 14.536 845 162 4,708 3,954 0,35 0,003 0,069 0,100 211
Nova Alvorada 4,592 3,887 0,74 1,5 2,1 4.500 261 50 4,653 3,935 1,29 0,01 0,3 0,4 780
Nova Araçá 4,559 3,872 1,40 2,8 4,0 8.487 493 95 4,545 3,863 0,61 0,01 0,1 0,2 367
Nova Bassano 4,524 3,854 2,30 4,6 6,5 13.925 809 155 4,519 3,846 1,50 0,02 0,3 0,4 909
Nova Boa Vista 4,647 3,914 0,45 0,9 1,3 2.700 157 30 4,655 3,920 0,07 0,001 0,014 0,020 41
Nova Bréscia 4,408 3,749 0,44 0,9 1,2 2.662 155 30 4,406 3,750 0,30 0,003 0,059 0,081 179
Nova Candelária 4,643 3,865 0,37 0,7 1,0 2.220 129 25 4,645 3,866 0,42 0,004 0,083 0,118 253
Nova Esperança
do Sul 4,727 3,987 1,22 2,4 3,6 7.391 429 83 4,729 3,984 20,67 0,21 4,1 6,0 12.529
Nova Hartz 4,294 3,655 3,61 7,2 9,6 21.856 1.270 244 4,320 3,670 4,20 0,04 0,8 1,1 2.547
Nova Pádua 4,422 3,767 0,37 0,7 1,0 2.242 130 25 4,409 3,755 1,20 0,01 0,2 0,3 724
Nova Palma 4,522 3,796 1,05 2,1 2,9 6.355 369 71 4,564 3,831 5,47 0,05 1,1 1,5 3.316
Nova Petrópolis 4,276 3,652 3,63 7,3 9,7 22.015 1.279 246 4,340 3,698 1,08 0,01 0,2 0,3 654
Nova Prata 4,491 3,820 6,41 12,8 17,9 38.847 2.257 434 4,510 3,832 4,10 0,04 0,8 1,1 2.485
Nova Ramada 4,611 3,861 0,21 0,4 0,6 1.255 73 14 4,612 3,863 1,93 0,02 0,4 0,5 1.167
Nova Roma do Sul 4,365 3,731 0,73 1,5 2,0 4.429 257 49 4,384 3,742 0,91 0,01 0,2 0,2 552
Nova Santa Rita 4,283 3,575 7,91 15,8 20,7 47.956 2.786 535 4,293 3,589 45,42 0,45 9,1 11,9 27.529
Novo Barreiro 4,698 3,938 0,51 1,0 1,5 3.098 180 35 4,700 3,940 0,19 0,002 0,037 0,054 113
Novo Cabrais 4,481 3,775 0,32 0,6 0,9 1.931 112 22 4,471 3,760 8,71 0,09 1,7 2,4 5.281
Novo Hamburgo 4,365 3,672 42,11 84,2 113,0 255.229 14.828 2.849 4,368 3,672 38,27 0,38 7,7 10,3 23.195
Novo Machado 4,744 3,927 0,27 0,5 0,8 1.609 93 18 4,742 3,926 0,46 0,005 0,092 0,132 279
Novo Tiradentes 4,702 3,930 0,35 0,7 1,0 2.127 124 24 4,695 3,925 0,02 0,0002 0,0036 0,0052 11
Novo Xingu 4,706 3,943 0,30 0,6 0,9 1.844 107 21 4,701 3,940 0,03 0,0003 0,0058 0,0083 17
Osório 4,426 3,757 16,62 33,2 45,6 100.707 5.851 1.124 4,448 3,764 153,97 1,54 30,8 42,3 93.317
Paim Filho 4,733 3,998 0,97 1,9 2,8 5.875 341 66 4,738 4,003 2,39 0,02 0,5 0,7 1.447
Palmares do Sul 4,523 3,802 3,68 7,4 10,2 22.331 1.297 249 4,504 3,785 112,28 1,12 22,5 31,0 68.050
Palmeira das Missões 4,684 3,929 8,48 17,0 24,3 51.382 2.985 574 4,641 3,902 4,56 0,05 0,9 1,3 2.767
Palmitinho 4,668 3,885 1,15 2,3 3,3 6.987 406 78 4,672 3,887 0,21 0,002 0,043 0,061 129
Panambi 4,671 3,918 11,20 22,4 32,0 67.855 3.942 758 4,672 3,921 2,91 0,03 0,6 0,8 1.765
Pantano Grande 4,449 3,728 2,19 4,4 6,0 13.293 772 148 4,446 3,729 113,19 1,13 22,6 30,8 68.601
Paraí 4,540 3,858 2,53 5,1 7,1 15.338 891 171 4,549 3,864 1,12 0,01 0,2 0,3 680
Paraíso do Sul 4,515 3,797 0,96 1,9 2,7 5.809 338 65 4,503 3,785 12,69 0,13 2,5 3,5 7.690
Pareci Novo 4,304 3,625 0,68 1,4 1,8 4.151 241 46 4,296 3,621 0,22 0,002 0,045 0,059 135
Parobé 4,411 3,730 9,87 19,7 26,9 59.793 3.474 668 4,413 3,723 20,06 0,20 4,0 5,5 12.159
Passa Sete 4,564 3,853 0,29 0,6 0,8 1.735 101 19 4,509 3,814 0,97 0,01 0,2 0,3 587
Passo do Sobrado 4,418 3,724 0,67 1,3 1,8 4.069 236 45 4,426 3,726 44,38 0,44 8,9 12,1 26.899
Passo Fundo 4,619 3,899 45,95 91,9 130,9 278.471 16.179 3.109 4,606 3,891 14,85 0,15 3,0 4,2 9.001

137
APÊNDICE E

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não urbana do
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Estado com taxa de

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² *

Área Total Disponível para


ocupação de 20 MWp/km² *

Média [kWh/kWhp/dia]
Capacidade Instalável

Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Nome do Município

Equivalente
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Fotovoltaica Média

Fotovoltaica Média
Área Efetivamente

Área Efetivamente

Capacidade Insta-
Instalável Teórica

Instalável Teórica

lável em Número
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]

Equivalente de
Residenciais de

Produtividade
Equivalente de
Produtividade

Comerciais de
Capacidade

Capacidade
de Unidades
Módulos de

29,56 kWp**
Número de
[GWh/ano]

[GWh/ano]
Equivalente
5,68 kWp**
Unidades
Número

Número
330 Wp
[MWp]

[MWp]
Paulo Bento 4,759 4,013 0,43 0,9 1,3 2.607 151 29 4,757 4,015 1,21 0,01 0,2 0,4 731
Paverama 4,443 3,745 0,79 1,6 2,2 4.805 279 54 4,416 3,721 1,27 0,01 0,3 0,3 771
Pedras Altas 4,733 4,033 0,16 0,3 0,5 987 57 11 4,715 4,016 558,08 5,58 111,6 163,7 338.228
Pedro Osório 4,370 3,732 1,81 3,6 4,9 10.975 638 123 4,402 3,764 229,70 2,30 45,9 63,2 139.212
Pejuçara 4,725 3,955 1,10 2,2 3,2 6.687 389 75 4,716 3,955 3,13 0,03 0,6 0,9 1.897
Pelotas 4,299 3,683 47,95 95,9 129,0 290.629 16.885 3.245 4,300 3,689 416,14 4,16 83,2 112,1 252.204
Picada Café 4,304 3,661 0,87 1,7 2,3 5.253 305 59 4,328 3,674 0,06 0,001 0,012 0,017 38
Pinhal 4,706 3,928 0,57 1,1 1,6 3.447 200 38 4,690 3,917 0,04 0,0004 0,0072 0,0103 22
Pinhal da Serra 4,692 3,982 0,41 0,8 1,2 2.487 145 28 4,715 3,995 50,34 0,50 10,1 14,7 30.509
Pinhal Grande 4,637 3,893 0,69 1,4 2,0 4.167 242 47 4,616 3,873 12,14 0,12 2,4 3,4 7.355
Pinheirinho do Vale 4,639 3,860 0,44 0,9 1,2 2.678 156 30 4,643 3,863 0,09 0,001 0,018 0,025 53
Pinheiro Machado 4,652 3,966 2,20 4,4 6,4 13.336 775 149 4,657 3,970 1.041,52 10,42 208,3 302,0 631.223
Pinto Bandeira 4,449 3,783 0,29 0,6 0,8 1.773 103 20 4,455 3,787 0,67 0,01 0,1 0,2 405
Pirapó 4,937 4,085 0,17 0,3 0,5 1.058 61 12 4,917 4,071 83,02 0,83 16,6 24,7 50.313
Piratini 4,553 3,894 1,91 3,8 5,4 11.591 673 129 4,512 3,858 1.253,08 12,53 250,6 353,1 759.445
Planalto 4,645 3,896 2,01 4,0 5,7 12.164 707 136 4,651 3,898 0,12 0,001 0,024 0,034 72
Poço das Antas 4,402 3,718 0,31 0,6 0,8 1.882 109 21 4,356 3,687 0,12 0,001 0,025 0,033 75
Pontão 4,645 3,918 0,72 1,4 2,1 4.347 253 49 4,656 3,924 1,08 0,01 0,2 0,3 657
Ponte Preta 4,724 3,987 0,32 0,6 0,9 1.969 114 22 4,731 3,993 0,27 0,003 0,055 0,080 166
Portão 4,329 3,639 8,18 16,4 21,8 49.587 2.881 554 4,321 3,624 34,71 0,35 6,9 9,2 21.038
Porto Alegre 4,275 3,554 160,12 320,2 415,6 970.396 56.379 10.833 4,259 3,547 64,94 0,65 13,0 16,8 39.355
Porto Lucena 4,819 3,991 0,58 1,2 1,7 3.518 204 39 4,836 4,000 12,30 0,12 2,5 3,6 7.452
Porto Mauá 4,764 3,942 0,13 0,3 0,4 764 44 9 4,766 3,941 0,90 0,01 0,2 0,3 546
Porto Vera Cruz 4,807 3,976 0,11 0,2 0,3 665 39 7 4,811 3,979 7,68 0,08 1,5 2,2 4.654
Porto Xavier 4,854 4,017 1,30 2,6 3,8 7.882 458 88 4,883 4,041 41,09 0,41 8,2 12,1 24.901
Pouso Novo 4,393 3,744 0,25 0,5 0,7 1.495 87 17 4,409 3,753 1,20 0,01 0,2 0,3 724
Presidente Lucena 4,341 3,671 0,50 1,0 1,3 3.016 175 34 4,340 3,671 0,57 0,01 0,1 0,2 343
Progresso 4,444 3,775 0,52 1,0 1,4 3.131 182 35 4,501 3,815 2,59 0,03 0,5 0,7 1.572
Protásio Alves 4,458 3,787 0,24 0,5 0,7 1.429 83 16 4,497 3,818 3,26 0,03 0,7 0,9 1.975
Putinga 4,501 3,830 0,59 1,2 1,6 3.573 208 40 4,474 3,810 1,78 0,02 0,4 0,5 1.082
Quaraí 4,858 4,077 3,70 7,4 11,0 22.424 1.303 250 4,903 4,108 1.864,05 18,64 372,8 559,3 1.129.729
Quatro Irmãos 4,767 4,017 0,40 0,8 1,2 2.449 142 27 4,775 4,022 2,30 0,02 0,5 0,7 1.391
Quevedos 4,628 3,870 0,32 0,6 0,9 1.947 113 22 4,629 3,874 96,54 0,97 19,3 27,3 58.508
Quinze de Novembro 4,612 3,898 0,76 1,5 2,2 4.620 268 52 4,629 3,908 0,36 0,004 0,072 0,103 219
Redentora 4,623 3,862 0,84 1,7 2,4 5.100 296 57 4,637 3,872 0,04 0,0004 0,0072 0,0102 22
Relvado 4,420 3,769 0,32 0,6 0,9 1.958 114 22 4,428 3,776 0,99 0,01 0,2 0,3 602
Restinga Sêca 4,435 3,724 2,58 5,2 7,0 15.665 910 175 4,435 3,723 99,74 1,00 19,9 27,1 60.451
Rio dos Índios 4,746 3,974 0,22 0,4 0,6 1.331 77 15 4,744 3,970 0,04 0,0004 0,0070 0,0102 21
Rio Grande 4,419 3,766 37,39 74,8 102,8 226.587 13.164 2.530 4,387 3,741 710,87 7,11 142,2 194,2 430.830
Rio Pardo 4,416 3,700 4,85 9,7 13,1 29.395 1.708 328 4,434 3,720 377,01 3,77 75,4 102,4 228.490
Riozinho 4,463 3,783 0,36 0,7 1,0 2.187 127 24 4,429 3,761 0,93 0,01 0,2 0,3 563
Roca Sales 4,431 3,760 1,53 3,1 4,2 9.262 538 103 4,433 3,763 0,66 0,01 0,1 0,2 401
Rodeio Bonito 4,687 3,918 1,40 2,8 4,0 8.504 494 95 4,691 3,921 0,05 0,0005 0,0099 0,0142 30
Rolador 4,884 4,051 0,07 0,1 0,2 425 25 5 4,891 4,053 24,14 0,24 4,8 7,1 14.632
Rolante 4,459 3,771 3,05 6,1 8,4 18.496 1.075 206 4,464 3,774 13,82 0,14 2,8 3,8 8.374
Ronda Alta 4,663 3,931 2,20 4,4 6,3 13.347 775 149 4,696 3,954 0,21 0,002 0,041 0,060 125
Rondinha 4,675 3,934 0,83 1,7 2,4 5.051 293 56 4,680 3,939 0,14 0,001 0,029 0,042 88
Roque Gonzales 4,900 4,058 0,93 1,9 2,8 5.640 328 63 4,896 4,054 34,16 0,34 6,8 10,1 20.704
Rosário do Sul 4,732 3,965 7,10 14,2 20,6 43.042 2.501 481 4,788 4,019 1.904,35 19,04 380,9 559,0 1.154.152
Sagrada Família 4,690 3,929 0,31 0,6 0,9 1.849 107 21 4,694 3,931 0,03 0,0003 0,0068 0,0098 21
Saldanha Marinho 4,656 3,922 0,94 1,9 2,7 5.700 331 64 4,644 3,914 0,41 0,004 0,082 0,118 250
Salto do Jacuí 4,626 3,891 2,97 5,9 8,4 17.984 1.045 201 4,629 3,890 11,20 0,11 2,2 3,2 6.790
Salvador das
Missões 4,868 4,030 0,43 0,9 1,3 2.585 150 29 4,863 4,028 0,64 0,01 0,1 0,2 389
Salvador do Sul 4,240 3,616 1,06 2,1 2,8 6.442 374 72 4,279 3,636 0,18 0,002 0,036 0,047 108
Sananduva 4,703 3,979 3,71 7,4 10,8 22.478 1.306 251 4,723 3,991 4,20 0,04 0,8 1,2 2.547
Santa Bárbara do Sul 4,637 3,904 3,12 6,2 8,9 18.933 1.100 211 4,645 3,909 8,16 0,08 1,6 2,3 4.943

138
APÊNDICE E

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não urbana do
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Estado com taxa de

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² *

Área Total Disponível para


ocupação de 20 MWp/km² *

Média [kWh/kWhp/dia]
Capacidade Instalável

Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Nome do Município

Equivalente
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Fotovoltaica Média

Fotovoltaica Média
Área Efetivamente

Área Efetivamente

Capacidade Insta-
Instalável Teórica

Instalável Teórica

lável em Número
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]

Equivalente de
Residenciais de

Produtividade
Equivalente de
Produtividade

Comerciais de
Capacidade

Capacidade
de Unidades
Módulos de

29,56 kWp**
Número de
[GWh/ano]

[GWh/ano]
Equivalente
5,68 kWp**
Unidades
Número

Número
330 Wp
[MWp]

[MWp]
Santa Cecília do Sul 4,725 3,980 0,29 0,6 0,8 1.751 102 20 4,701 3,965 1,41 0,01 0,3 0,4 853
Santa Clara do Sul 4,363 3,709 1,27 2,5 3,4 7.685 447 86 4,338 3,696 0,54 0,01 0,1 0,1 328
Santa Cruz do Sul 4,431 3,734 29,57 59,1 80,6 179.187 10.411 2.000 4,419 3,718 31,04 0,31 6,2 8,4 18.814
Santa Margarida
do Sul 4,691 3,922 0,32 0,6 0,9 1.931 112 22 4,737 3,969 294,81 2,95 59,0 85,5 178.675
Santa Maria 4,419 3,699 44,60 89,2 120,5 270.273 15.702 3.017 4,433 3,708 379,69 3,80 75,9 102,8 230.117
Santa Maria do
Herval 4,349 3,704 0,51 1,0 1,4 3.120 181 35 4,326 3,693 1,50 0,01 0,3 0,4 909
Santa Rosa 4,769 3,940 12,12 24,2 34,9 73.451 4.267 820 4,770 3,942 10,69 0,11 2,1 3,1 6.479
Santa Tereza 4,427 3,765 0,17 0,3 0,5 1.042 61 12 4,446 3,778 0,19 0,002 0,038 0,052 115
Santa Vitória do
Palmar 4,401 3,735 5,74 11,5 15,7 34.773 2.020 388 4,406 3,746 798,48 7,98 159,7 218,4 483.929
Santana da Boa Vista 4,504 3,839 0,74 1,5 2,1 4.467 260 50 4,589 3,909 563,68 5,64 112,7 161,0 341.623
Sant'ana do
Livramento 4,780 4,034 11,31 22,6 33,3 68.569 3.984 765 4,849 4,083 3.437,16 34,37 687,4 1.024,5 2.083.128
Santiago 4,838 4,067 11,73 23,5 34,8 71.089 4.130 794 4,857 4,071 975,94 9,76 195,2 290,2 591.481
Santo Ângelo 4,686 3,909 17,59 35,2 50,2 106.587 6.193 1.190 4,709 3,922 7,07 0,07 1,4 2,0 4.287
Santo Antônio da
Patrulha 4,555 3,831 7,43 14,9 20,8 45.038 2.617 503 4,505 3,792 84,96 0,85 17,0 23,5 51.493
Santo Antônio
das Missões 4,931 4,097 1,54 3,1 4,6 9.360 544 104 4,956 4,115 736,02 7,36 147,2 221,2 446.073
Santo Antônio
do Palma 4,600 3,898 0,45 0,9 1,3 2.749 160 31 4,605 3,902 0,56 0,01 0,1 0,2 341
Santo Antônio
do Planalto 4,686 3,948 0,97 1,9 2,8 5.869 341 66 4,642 3,916 1,35 0,01 0,3 0,4 821
Santo Augusto 4,577 3,826 3,46 6,9 9,7 20.940 1.217 234 4,589 3,839 0,26 0,003 0,053 0,074 160
Santo Cristo 4,794 3,966 1,93 3,9 5,6 11.684 679 130 4,810 3,976 6,93 0,07 1,4 2,0 4.202
Santo Expedito
do Sul 4,758 4,021 0,28 0,6 0,8 1.713 100 19 4,747 4,012 2,34 0,02 0,5 0,7 1.420
São Borja 4,901 4,079 10,39 20,8 31,0 62.989 3.660 703 4,936 4,110 809,05 8,09 161,8 242,9 490.331
São Domingos do Sul 4,589 3,889 0,72 1,4 2,1 4.391 255 49 4,578 3,881 0,60 0,01 0,1 0,2 365
São Francisco
de Assis 4,808 4,035 2,67 5,3 7,9 16.167 939 180 4,838 4,060 828,22 8,28 165,6 245,6 501.954
São Francisco
de Paula 4,342 3,719 4,61 9,2 12,5 27.927 1.623 312 4,502 3,847 908,24 9,08 181,6 255,3 550.450
São Gabriel 4,680 3,902 11,12 22,2 31,7 67.396 3.916 752 4,685 3,920 1.899,33 18,99 379,9 543,9 1.151.107
São Jerônimo 4,350 3,626 3,31 6,6 8,8 20.056 1.165 224 4,385 3,675 262,61 2,63 52,5 70,5 159.157
São João da Urtiga 4,746 4,008 0,83 1,7 2,4 5.056 294 56 4,750 4,012 1,57 0,02 0,3 0,5 953
São João do
Polêsine 4,440 3,722 0,63 1,3 1,7 3.835 223 43 4,426 3,712 4,11 0,04 0,8 1,1 2.490
São Jorge 4,580 3,891 0,53 1,1 1,5 3.229 188 36 4,587 3,893 0,97 0,01 0,2 0,3 590
São José das
Missões 4,706 3,940 0,14 0,3 0,4 856 50 10 4,705 3,940 0,09 0,001 0,017 0,025 52
São José do Herval 4,480 3,820 0,46 0,9 1,3 2.771 161 31 4,474 3,814 1,40 0,01 0,3 0,4 848
São José
do Hortêncio 4,328 3,663 0,91 1,8 2,4 5.520 321 62 4,320 3,657 0,36 0,004 0,073 0,097 220
São José do
Inhacorá 4,698 3,899 0,32 0,6 0,9 1.936 113 22 4,699 3,900 0,38 0,004 0,077 0,109 233
São José do Norte 4,382 3,732 5,77 11,5 15,7 34.942 2.030 390 4,430 3,778 443,46 4,43 88,7 122,4 268.766
São José do Ouro 4,697 3,979 1,43 2,9 4,1 8.645 502 97 4,693 3,976 7,48 0,07 1,5 2,2 4.532
São José do Sul 4,262 3,619 0,18 0,4 0,5 1.118 65 12 4,270 3,621 0,07 0,001 0,013 0,018 40
São José dos
Ausentes 4,556 3,959 0,83 1,7 2,4 5.024 292 56 4,451 3,899 367,07 3,67 73,4 104,3 222.470
São Leopoldo 4,347 3,647 38,85 77,7 103,5 235.451 13.679 2.629 4,347 3,647 7,88 0,08 1,6 2,1 4.778
São Lourenço do Sul 4,333 3,687 6,11 12,2 16,5 37.031 2.151 413 4,314 3,673 558,91 5,59 111,8 150,0 338.733
São Luiz Gonzaga 4,942 4,100 4,52 9,0 13,5 27.409 1.592 306 4,908 4,074 206,64 2,07 41,3 61,5 125.235
São Marcos 4,435 3,779 6,09 12,2 16,8 36.938 2.146 412 4,533 3,849 20,11 0,20 4,0 5,7 12.187
São Martinho 4,649 3,870 1,59 3,2 4,5 9.611 558 107 4,641 3,866 0,21 0,002 0,043 0,060 129

139
APÊNDICE E

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não urbana do
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Estado com taxa de

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² *

Área Total Disponível para


ocupação de 20 MWp/km² *

Média [kWh/kWhp/dia]
Capacidade Instalável

Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Nome do Município

Equivalente
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Fotovoltaica Média

Fotovoltaica Média
Área Efetivamente

Área Efetivamente

Capacidade Insta-
Instalável Teórica

Instalável Teórica

lável em Número
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]

Equivalente de
Residenciais de

Produtividade
Equivalente de
Produtividade

Comerciais de
Capacidade

Capacidade
de Unidades
Módulos de

29,56 kWp**
Número de
[GWh/ano]

[GWh/ano]
Equivalente
5,68 kWp**
Unidades
Número

Número
330 Wp
[MWp]

[MWp]
São Martinho
da Serra 4,504 3,773 0,20 0,4 0,5 1.205 70 13 4,563 3,819 118,58 1,19 23,7 33,1 71.870
São Miguel das
Missões 4,807 4,003 1,40 2,8 4,1 8.498 494 95 4,830 4,024 168,48 1,68 33,7 49,5 102.108
São Nicolau 4,922 4,079 0,60 1,2 1,8 3.627 211 40 4,933 4,087 148,47 1,48 29,7 44,3 89.982
São Paulo das
Missões 4,868 4,027 0,63 1,3 1,8 3.796 221 42 4,910 4,058 8,29 0,08 1,7 2,5 5.023
São Pedro da Serra 4,233 3,615 0,66 1,3 1,7 3.987 232 45 4,251 3,627 0,08 0,001 0,015 0,021 47
São Pedro das
Missões 4,698 3,933 0,12 0,2 0,4 742 43 8 4,699 3,933 0,08 0,001 0,017 0,024 51
São Pedro do Butiá 4,883 4,045 0,37 0,7 1,1 2.231 130 25 4,896 4,054 1,47 0,01 0,3 0,4 889
São Pedro do Sul 4,532 3,793 3,03 6,1 8,4 18.376 1.068 205 4,579 3,836 265,10 2,65 53,0 74,3 160.668
São Sebastião do Caí 4,289 3,625 5,45 10,9 14,4 33.060 1.921 369 4,319 3,643 1,96 0,02 0,4 0,5 1.187
São Sepé 4,557 3,834 4,59 9,2 12,8 27.807 1.616 310 4,591 3,867 517,42 5,17 103,5 146,2 313.586
São Valentim 4,736 3,995 0,63 1,3 1,8 3.796 221 42 4,751 4,006 0,13 0,001 0,026 0,039 80
São Valentim do Sul 4,444 3,779 0,50 1,0 1,4 3.044 177 34 4,437 3,774 0,15 0,002 0,031 0,043 94
São Valério do Sul 4,636 3,861 0,25 0,5 0,7 1.500 87 17 4,623 3,854 0,02 0,0002 0,0040 0,0056 12
São Vendelino 4,248 3,641 0,38 0,8 1,0 2.329 135 26 4,234 3,630 0,09 0,001 0,018 0,024 55
São Vicente do Sul 4,673 3,923 1,09 2,2 3,1 6.589 383 74 4,664 3,916 418,76 4,19 83,8 119,8 253.792
Sapiranga 4,337 3,667 16,38 32,8 43,9 99.262 5.767 1.108 4,353 3,675 9,19 0,09 1,8 2,5 5.572
Sapucaia do Sul 4,341 3,634 20,96 41,9 55,7 127.053 7.382 1.418 4,353 3,648 7,03 0,07 1,4 1,9 4.258
Sarandi 4,682 3,943 5,01 10,0 14,4 30.371 1.765 339 4,672 3,934 0,48 0,005 0,096 0,137 290
Seberi 4,679 3,898 2,31 4,6 6,6 13.996 813 156 4,680 3,900 0,27 0,003 0,053 0,076 162
Sede Nova 4,652 3,878 0,46 0,9 1,3 2.771 161 31 4,654 3,878 0,15 0,002 0,031 0,043 93
Segredo 4,719 3,960 0,72 1,4 2,1 4.391 255 49 4,632 3,902 0,82 0,01 0,2 0,2 495
Selbach 4,673 3,942 1,37 2,7 4,0 8.318 483 93 4,672 3,942 0,22 0,002 0,043 0,062 131
Senador Salgado
Filho 4,757 3,944 0,29 0,6 0,8 1.773 103 20 4,765 3,950 0,49 0,005 0,097 0,140 294
Sentinela do Sul 4,266 3,597 0,27 0,5 0,7 1.658 96 19 4,217 3,556 70,02 0,70 14,0 18,2 42.436
Serafina Corrêa 4,603 3,900 3,53 7,1 10,1 21.398 1.243 239 4,579 3,884 0,87 0,01 0,2 0,2 525
Sério 4,336 3,705 0,25 0,5 0,7 1.544 90 17 4,358 3,717 0,23 0,002 0,046 0,063 140
Sertão 4,714 3,970 1,49 3,0 4,3 9.044 525 101 4,716 3,973 2,11 0,02 0,4 0,6 1.276
Sertão Santana 4,180 3,512 0,32 0,6 0,8 1.953 113 22 4,197 3,530 38,14 0,38 7,6 9,8 23.113
Sete de Setembro 4,745 3,941 0,26 0,5 0,8 1.604 93 18 4,746 3,942 0,98 0,01 0,2 0,3 595
Severiano de
Almeida 4,802 4,047 0,46 0,9 1,4 2.787 162 31 4,791 4,040 1,20 0,01 0,2 0,4 728
Silveira Martins 4,464 3,736 0,47 0,9 1,3 2.853 166 32 4,449 3,725 0,74 0,01 0,1 0,2 447
Sinimbu 4,445 3,756 0,35 0,7 1,0 2.149 125 24 4,442 3,766 2,03 0,02 0,4 0,6 1.231
Sobradinho 4,723 3,963 2,90 5,8 8,4 17.553 1.020 196 4,698 3,944 0,67 0,01 0,1 0,2 406
Soledade 4,644 3,934 7,37 14,7 21,2 44.651 2.594 498 4,628 3,919 129,48 1,29 25,9 37,1 78.473
Tabaí 4,347 3,655 0,20 0,4 0,5 1.200 70 13 4,357 3,662 5,64 0,06 1,1 1,5 3.417
Tapejara 4,705 3,967 5,26 10,5 15,2 31.849 1.850 356 4,708 3,968 1,10 0,01 0,2 0,3 668
Tapera 4,661 3,937 2,63 5,3 7,6 15.922 925 178 4,664 3,938 0,45 0,005 0,091 0,131 275
Tapes 4,301 3,618 3,35 6,7 8,8 20.280 1.178 226 4,276 3,594 100,68 1,01 20,1 26,4 61.017
Taquara 4,423 3,740 10,15 20,3 27,7 61.505 3.573 687 4,445 3,750 51,12 0,51 10,2 14,0 30.981
Taquari 4,356 3,653 4,56 9,1 12,2 27.649 1.606 309 4,353 3,652 43,07 0,43 8,6 11,5 26.101
Taquaruçu do Sul 4,678 3,894 0,55 1,1 1,6 3.349 195 37 4,675 3,892 0,04 0,0004 0,0076 0,0107 23
Tavares 4,689 3,991 0,70 1,4 2,0 4.216 245 47 4,670 3,976 157,51 1,58 31,5 45,7 95.463
Tenente Portela 4,659 3,882 2,49 5,0 7,1 15.071 876 168 4,660 3,881 0,16 0,002 0,033 0,046 99
Terra de Areia 4,329 3,724 2,85 5,7 7,7 17.247 1.002 193 4,343 3,732 42,47 0,42 8,5 11,6 25.741
Teutônia 4,413 3,725 7,37 14,7 20,1 44.678 2.596 499 4,417 3,728 0,63 0,01 0,1 0,2 381
Tio Hugo 4,648 3,925 1,15 2,3 3,3 6.960 404 78 4,643 3,923 1,31 0,01 0,3 0,4 795
Tiradentes do Sul 4,618 3,852 0,43 0,9 1,2 2.602 151 29 4,620 3,851 1,08 0,01 0,2 0,3 653
Toropi 4,591 3,852 0,45 0,9 1,3 2.711 158 30 4,607 3,867 17,27 0,17 3,5 4,9 10.464
Torres 4,404 3,751 17,83 35,7 48,8 108.033 6.277 1.206 4,327 3,707 14,45 0,14 2,9 3,9 8.757
Tramandaí 4,545 3,828 5,95 11,9 16,6 36.033 2.093 402 4,481 3,778 22,15 0,22 4,4 6,1 13.425
Travesseiro 4,405 3,738 0,18 0,4 0,5 1.069 62 12 4,405 3,742 0,52 0,01 0,1 0,1 315

140
APÊNDICE E

ÁREA APTA URBANA ÁREA APTA NÃO URBANA


Integração para a área apta urbana do Estado Integração para 1% da área apta não urbana do
Irradiação Global Horizontal

Irradiação Global Horizontal


Estado com taxa de

Produtividade Fotovoltaica

Produtividade Fotovoltaica
com taxa de ocupação de 2 MWp/km² *

Área Total Disponível para


ocupação de 20 MWp/km² *

Média [kWh/kWhp/dia]
Capacidade Instalável

Média [kWh/kWp/dia]

Módulos de 330 Wp
Nome do Município

Equivalente
Média [kWh/m²/dia]

Média [kWh/m²/dia]
Fotovoltaica Média

Fotovoltaica Média
Área Efetivamente

Área Efetivamente

Capacidade Insta-
Instalável Teórica

Instalável Teórica

lável em Número
Integração [km²]
Integrada [km²]

Integrada [km²]

Equivalente de
Residenciais de

Produtividade
Equivalente de
Produtividade

Comerciais de
Capacidade

Capacidade
de Unidades
Módulos de

29,56 kWp**
Número de
[GWh/ano]

[GWh/ano]
Equivalente
5,68 kWp**
Unidades
Número

Número
330 Wp
[MWp]

[MWp]
Três Arroios 4,796 4,042 0,42 0,8 1,2 2.525 147 28 4,793 4,039 0,65 0,01 0,1 0,2 391
Três Cachoeiras 4,212 3,645 2,02 4,0 5,4 12.240 711 137 4,237 3,664 10,74 0,11 2,1 2,9 6.508
Três Coroas 4,320 3,683 4,36 8,7 11,7 26.400 1.534 295 4,293 3,673 2,49 0,02 0,5 0,7 1.507
Três de Maio 4,760 3,939 4,19 8,4 12,1 25.385 1.475 283 4,759 3,939 4,80 0,05 1,0 1,4 2.907
Três Forquilhas 4,228 3,671 0,17 0,3 0,5 1.020 59 11 4,173 3,647 6,50 0,06 1,3 1,7 3.938
Três Palmeiras 4,669 3,935 1,00 2,0 2,9 6.065 352 68 4,681 3,942 0,08 0,001 0,017 0,024 51
Três Passos 4,611 3,849 6,64 13,3 18,7 40.238 2.338 449 4,616 3,851 0,36 0,004 0,073 0,103 221
Trindade do Sul 4,678 3,934 1,29 2,6 3,7 7.833 455 87 4,689 3,943 0,18 0,002 0,036 0,052 110
Triunfo 4,297 3,590 6,78 13,6 17,8 41.089 2.387 459 4,302 3,601 155,24 1,55 31,0 40,8 94.083
Tucunduva 4,775 3,946 0,75 1,5 2,2 4.565 265 51 4,773 3,946 0,88 0,01 0,2 0,3 531
Tunas 4,660 3,925 0,30 0,6 0,9 1.811 105 20 4,653 3,927 4,03 0,04 0,8 1,2 2.445
Tupanci do Sul 4,682 3,970 0,23 0,5 0,7 1.396 81 16 4,694 3,977 2,12 0,02 0,4 0,6 1.282
Tupanciretã 4,729 3,954 4,64 9,3 13,4 28.102 1.633 314 4,721 3,950 257,09 2,57 51,4 74,2 155.815
Tupandi 4,218 3,593 1,06 2,1 2,8 6.442 374 72 4,229 3,599 0,06 0,001 0,012 0,015 35
Tuparendi 4,810 3,966 1,12 2,2 3,3 6.807 395 76 4,797 3,960 3,66 0,04 0,7 1,1 2.217
Turuçu 4,295 3,674 0,40 0,8 1,1 2.427 141 27 4,295 3,674 63,17 0,63 12,6 17,0 38.285
Ubiretama 4,798 3,976 0,20 0,4 0,6 1.238 72 14 4,799 3,976 0,62 0,01 0,1 0,2 374
União da Serra 4,576 3,876 0,26 0,5 0,7 1.549 90 17 4,571 3,873 0,41 0,004 0,082 0,116 249
Unistalda 4,917 4,115 0,21 0,4 0,6 1.282 74 14 4,919 4,116 269,02 2,69 53,8 80,9 163.043
Uruguaiana 4,930 4,117 17,09 34,2 51,4 103.571 6.017 1.156 4,932 4,122 2.294,02 22,94 458,8 690,6 1.390.313
Vacaria 4,519 3,858 17,03 34,1 48,0 103.216 5.997 1.152 4,531 3,863 354,23 3,54 70,8 100,0 214.683
Vale do Sol 4,415 3,728 0,59 1,2 1,6 3.595 209 40 4,440 3,743 5,22 0,05 1,0 1,4 3.162
Vale Real 4,228 3,621 1,00 2,0 2,6 6.038 351 67 4,240 3,635 0,28 0,003 0,057 0,076 172
Vale Verde 4,468 3,755 0,14 0,3 0,4 818 48 9 4,422 3,714 66,77 0,67 13,4 18,1 40.467
Vanini 4,630 3,920 0,47 0,9 1,3 2.820 164 31 4,615 3,909 0,25 0,003 0,050 0,071 152
Venâncio Aires 4,399 3,717 12,13 24,3 32,9 73.538 4.272 821 4,408 3,717 19,19 0,19 3,8 5,2 11.629
Vera Cruz 4,410 3,718 5,05 10,1 13,7 30.600 1.778 342 4,435 3,735 11,08 0,11 2,2 3,0 6.717
Veranópolis 4,414 3,767 5,45 10,9 15,0 33.027 1.919 369 4,407 3,761 1,95 0,02 0,4 0,5 1.182
Vespasiano Corrêa 4,450 3,787 0,32 0,6 0,9 1.931 112 22 4,453 3,790 0,26 0,003 0,052 0,072 158
Viadutos 4,781 4,029 1,07 2,1 3,1 6.458 375 72 4,764 4,019 5,53 0,06 1,1 1,6 3.351
Viamão 4,271 3,567 27,46 54,9 71,5 166.396 9.667 1.858 4,354 3,642 183,84 1,84 36,8 48,9 111.421
Vicente Dutra 4,684 3,898 0,53 1,1 1,5 3.202 186 36 4,690 3,904 0,05 0,001 0,010 0,014 31
Victor Graeff 4,658 3,935 0,66 1,3 1,9 3.971 231 44 4,653 3,927 0,23 0,002 0,045 0,065 137
Vila Flores 4,448 3,785 1,04 2,1 2,9 6.289 365 70 4,458 3,792 1,40 0,01 0,3 0,4 847
Vila Lângaro 4,659 3,930 0,23 0,5 0,7 1.375 80 15 4,658 3,930 0,42 0,004 0,083 0,120 253
Vila Maria 4,622 3,912 1,22 2,4 3,5 7.402 430 83 4,625 3,912 0,58 0,01 0,1 0,2 349
Vila Nova do Sul 4,749 3,992 0,75 1,5 2,2 4.555 265 51 4,744 3,987 175,91 1,76 35,2 51,2 106.611
Vista Alegre 4,673 3,890 0,43 0,9 1,2 2.624 152 29 4,674 3,890 0,08 0,001 0,017 0,024 51
Vista Alegre do Prata 4,474 3,809 0,24 0,5 0,7 1.456 85 16 4,477 3,811 0,66 0,01 0,1 0,2 398
Vista Gaúcha 4,672 3,881 0,43 0,9 1,2 2.602 151 29 4,672 3,881 0,05 0,001 0,010 0,014 31
Vitória das Missões 4,764 3,961 0,38 0,8 1,1 2.291 133 26 4,785 3,980 9,14 0,09 1,8 2,7 5.540
Westfália 4,361 3,699 0,70 1,4 1,9 4.222 245 47 4,357 3,700 0,06 0,001 0,012 0,016 37
Xangri-Lá 4,522 3,831 17,43 34,9 48,8 105.649 6.138 1.179 4,511 3,824 20,79 0,21 4,2 5,8 12.598
* CONSIDERA A PRODUTIVIDADE FOTOVOLTAICA NA INCLINAÇÃO DE 20° E ORIENTAÇÃO PARA O NORTE.
* VALOR MÉDIO CARACTERÍSTICO DA CAPACIDADE INSTALADA DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ATÉ AGOSTO/2018.

141
APÊNDICE F

atlas solar
rande
do Sul

VENTOS EXTREMOS –
RAJADA MÁXIMA 10 m MAPA F.1 •

BASE CARTOGRÁFICA: DAER-RS [4], DNIT [5], IBGE [6], [7].

Calculada conforme NB-599/87, NBR 6123/88 [1] e IEC 61400-1 [2]. Rajada máxima
(velocidade extrema medida sobre 3 segundos com período de recorrência de 50
anos, Ve50[3s, 50anos]) calculada a partir das isopletas de velocidade básica do
vento (Vo) definidas pela norma brasileira, complementadas por registros de rajadas
nas torres anemométricas disponíveis para a elaboração do Atlas Eólico do Rio
Grande do Sul [3], e dos fatores de correção S1, S2 e S3, conforme a NBR-6123/88.
O fator topográfico (S1) foi calculado a partir do modelo digital de relevo. O fator de
rugosidade e altura sobre o terreno (S2) foi calculado partindo-se do modelo digital RAJADA MÁXIMA (Ve50) A 10 m DE ALTURA [m/s]
de rugosidade, interpolando-se os parâmetros meteorológicos das categorias
definidas na norma brasileira e considerando um fator de rajada correspondente ao
intervalo de 3 segundos. O fator estatístico (S3) foi calculado para uma vida útil da
edificação de 50 anos e uma probabilidade de que esta velocidade seja igualada
ou excedida neste período, de 63%, resultando no fator unitário (S3 = 1). Os fatores
foram calculados para a altura de 10 m sobre o terreno. Velocidade extrema medida sobre 3 segundos com período de recorrência de 50 anos [m/s]

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GOVERNO DO ESTADO
RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DE MINAS E ENERGIA

Agência Brasileira do ISBN

9 788567 342047
ISBN 978-85-67342-04-7

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