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Comunicação como escuta terapêutica na pers-


pectiva da Humanização

Communication as therapeutic listening from the pers-


pective of Humanization

Amanda Kelly Araújo de RESUMO


Moura
Objetivou-se analisar estudos nacionais acerca da importância da
Discente de Enfermagem da FA- comunicação como escuta terapêutica na prática do cuidado humani-
METRO. Integrante do Grupo de zado à saúde. Foi realizada uma revisão da literatura nacional, na base
Pesquisa Tecnologias na Promoção de dados da BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), em outubro de 2013, uti-
da Saúde da Criança e do Adoles- lizando como descritores: humanização, comunicação e saúde. Inicial-
cente.
mente constaram 126 artigos. Estabelecidos critérios de inclusão, foram
identificados 21 artigos. Destes, após leitura flutuante dos resumos, resul-
Antônio Adriano da Rocha taram para análise sete artigos. Apesar de o enfoque ser a área da saúde,
Nogueira foram desenvolvidos por profissionais de diversas áreas do saber, o que
amplia o campo de visão para além da saúde, enriquecendo o conheci-
Enfermeiro. Mestre em Ciências mento, originando novas perspectivas de abordagens. Observou-se que
Fisiológicas pela UECE. Professor a maioria dos profissionais de saúde não reconhecem as teorias da co-
Adjunto da FAMETRO. Integrante municação, principalmente as de caráter não verbal, afastando-se muitas
do Grupo de Pesquisa Tecnologias vezes de uma prática humanística e integralizada do cuidar, resultando
na Promoção da Saúde da Criança
e do Adolescente. na ineficácia da prática assistencial e na insatisfação dos usuários dos ser-
viços de saúde.
Regina Cláudia Melo Dodt Palavras-chave: Humanização. Comunicação. Saúde.
Enfermeira. Doutora em Enfer-
magem pela UFC. Enfermeira ABSTRACT
assistencial da Maternidade Esco-
la Assis Chateaubriand (MEAC) This study aimed to analyze brazilian studies about the importance of
e Hospital Infantil Albert Sabin communication as a therapeutic listening in practice of humanized health
(HIAS). Professora Adjunto da care. A review of national literature was performed in the database BVS
FAMETRO e Coordenadora do
Grupo de Pesquisa Tecnologias na (Biblioteca Virtual de Saúde), in October 2013, using as descriptors: hu-
Promoção da Saúde da Criança e manization, communication and health. Initially consisted of 126 articles.
do Adolescente. Established inclusion criteria, 21 articles were identified. Of these, after flo-
ating reading the summaries, analysis resulted in seven articles. Although
the focus is the area of health, were developed by professionals from differ-
ent disciplines, which enlarges the field of vision beyond health, enriching
knowledge, creating new prospects approaches. It was observed that most
health professionals do not recognize the theories of communication, espe-
cially the nonverbal character, often moving away from a humanistic and
paid the caring practice, resulting in the ineffectiveness of care practice and
dissatisfaction of the users of health services.

Keywords: Humanization. Communication. Health.

Recebido em: 31/01/2014


Aceito em : 31/01/2014

Revista Diálogos Acadêmicos, Fortaleza, v. 2, n. 2, jul./dez. 2013.


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1 INTRODUÇÃO 2 DESENVOLVIMENTO

Atualmente, o foco da assistência de saú- Foi realizada uma revisão da literatura


de tem se afastado do modelo biomédico, que nacional, na base de dados da BVS (Biblioteca
é voltado para o tratamento da doença, consi- Virtual de Saúde), em outubro de 2013, utili-
derando seus sinais e sintomas. Tem passado zando como descritores: humanização, comu-
a a valorizar o cuidado humanizado, que visa nicação e saúde.
r prestar assistência de forma holística, consi-
t Inicialmente constaram 126 artigos. Es-
derando o sujeito com todas as suas subjeti- tabelecendo como critérios de inclusão artigos
i vidades, em sua integralidade, valorizando o
g completos, cujo assunto principal fosse comu-
indivíduo como protagonista em seu processo nicação, publicados em português, foram iden-
o de cura e reabilitação, preservando sua auto-
s tificados 21 artigos. Desses, foram excluídos os
nomia, priorizando o que ele pensa, sente, res- artigos duplicadas, monografias, dissertações,
peitando sempre a sua individualidade. Para teses, editoriais e os de resumos não relaciona-
ser capaz de exercer um cuidado de qualida- dos diretamente com a temática proposta por
de segundo esses critérios, o profissional deve esta revisão. Após leitura flutuante dos 21 re-
estar habilitado e preparado para estabelecer sumos, resulta para análise apenas 07 artigos.
o relacionamento terapêutico, que só é viabi-
lizado através da comunicação (CARDOSO, Os trabalhos analisados estavam distri-
SILVEIRA, CARVALHO, 2008). buídos entre os anos 2001 e 2009. Destes se
faziam presentes três do tipo analítico, descri-
O profissional deve estar consciente tivo, reflexivo; uma revisão de literatura; um
da comunicação em todas as suas variações, exploratório-descritivo; um qualitativo e de
elementos e formas, utilizando-se dela para campo e um transversal e de campo. Publi-
a implementação da assistência. É importan- cados em periódicos de enfermagem, saúde
te saber que há vários tipos de comunicação: pública, comunicação, saúde e educação, con-
a verbal, que se divide em falada e escrita; a siderando também os de publicação on-line,
comunicação não verbal, que aborda a lin- reconhecimentos nacionais e internacionais,
guagem do corpo, a distância que o indivíduo de média e alta circulação.
mantém das pessoas, ambientes, objetos e o
toque. Também há a comunicação paraverbal Foi observado quanto à sua autoria ca-
ou paralinguística, a qual alguns autores con- ráter interdisciplinar. Cinco produzidos por
sideram como outro tipo de comunicação, en- enfermeiras assistenciais, docentes e pesqui-
quanto outros a consideram um elemento da sadoras. Um por uma terapeuta ocupacional
comunicação não-verbal. juntamente a uma cientista social. E ainda um
desenvolvido por duas estudiosas da linguísti-
Entretanto, em ambas as situações, faz ca aplicada, graduadas em letras.
referência a entonação, a ênfase dada a deter-
minadas palavras, ao ritmo, suspiros e silêncio. É interessante perceber que, apesar de
Vale ressaltar que existe ainda a comunicação o enfoque ser a área da saúde, foram desen-
numa perspectiva fisiológica (SILVA, 2002). volvidos por profissionais de diversas áreas
do saber, o que amplia o campo de visão para
A escuta terapêutica é uma forma de co- além dos profissionais da saúde, enriquecendo
municação, tornando-se o instrumento básico o conhecimento sobre a temática trabalhada,
que determina a possibilidade da aplicação de trazendo novas perspectivas de abordagens.
um cuidado humanizado, devendo fazer parte Tais dados sugerem uma ampliação da impor-
na prática assistencial. Assim, o objetivo des- tância da comunicação numa perspectiva de
se estudo é analisar estudos nacionais sobre a humanização do cuidar.
importância da comunicação como escuta te-
rapêutica na prática do cuidado humanizado O cuidado humanizado visa à personali-
à saúde. zação dos planos de intervenção em saúde de

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acordo com as necessidades básicas percebidas abordagem, faz-se relevante conhecer o con-
pelos profissionais assistenciais, priorizando ceito de comunicação.
sempre as expressas pelo paciente, centrando A origem da palavra ‘comunicar’, vem
atenção na pessoa e não na doença, conside- do latim comunicare, que significa por em co-
rando o indivíduo como participante ativo em mum. Prochet e Silva (2008) apresentam ideias
seu tratamento, cura e reabilitação, respeitan- semelhantes às de Castro e Silva (2001) que se
do sua autonomia, promovendo sua dignida- baseia nos estudos de Stefanelli e Carvalho
de, e buscando sua satisfação. (2005) conceituando comunicação como um
Silva (2002) afirma que cuidar é muito processo de compreender, compartilhar men-
mais do que um ato ou técnica, cuidar é uma sagens enviadas e recebidas, sendo que as pró-
atitude, é o jeito como estamos diante do outro prias mensagens e o modo em que se dá seu
e como conseguimos compreendê-lo enquan- intercâmbio exercem influência no comporta-
to ser humano e não somente enquanto ser mento das pessoas nela envolvidas (sendo esta
doente. É consenso que a importância da co- a base teórica da escuta terapêutica).
municação se dá inicialmente por dois aspec- Pode ser classificada em verbal, não ver-
tos: primeiro, em ser uma necessidade básica bal, para-linguística e fisiológica. Sendo consi-
do ser humano e por tanto inerente às todas derados de maior complexidade e significân-
as pessoas, por possibilitar o relacionamento cia a comunicação não verbal.
a partir do compartilhamento de ideias, va- Para que o entendimento seja válido,
lores, sentimentos, experiências; segundo por o conteúdo da mensagem deve ser o mesmo
ser um instrumento básico do cuidar, que via- para o emissor e receptor, sendo papel do pro-
biliza o processo de cuidar pelo qual haverá o fissional adequar sua linguagem à do paciente.
planejamento, execução, avaliação e partici- Devido aos subsídios advindos das caracterís-
pação da assistência, juntamente aos demais ticas não verbais, as quais são de complemen-
integrantes da equipe profissional multidisci- tar o verbal, contradizê-lo e substituí-lo, é tida
plinar para manutenção, reabilitação e/ou cura como a mais relevante forma de comunicar-se,
do paciente. segura, efetiva, fidedigna e integral, assegu-
Apoiados na Política Nacional de Hu- rando uma melhor compreensão realística dos
manização do SUS e nas ideias de um estudio- sentimentos envolvidos em qualquer relação
so chamado Siebeneichler, para que o processo interpessoal, dentre elas, a interação profissio-
de humanização pela comunicação seja efeti- nal-usuário.
vo, tem que haver numa interação um sujeito Estudos sobre comunicação não verbal
possa expressar um argumento de validade, de Birdwhistell (1989 apud Silva, 2002) apon-
que seja reconhecido pelo segundo sujeito da tam que apenas 7% dos pensamentos (das in-
interação, bem como este último deve proferir tenções) são transmitidos por palavras, 38%
palavras que demonstrem tal reconhecimento. são transmitidos por sinais para-linguísticos
Sendo assim, a humanização depende de nos- (entonação de voz, velocidade com que as pa-
sa capacidade em falar, em ouvir, em interagir lavras são ditas) e 55% pelos sinais do corpo,
com o outro (OSTERMANN; SOUZA, 2009; alertando-nos para o fato de que, apesar de
DESLANDES; MITRE, 2009). muitas vezes valorizarmos mais as palavras, os
Ainda Deslandes e Mitre (2009) afir- sinais não verbais podem estar comunicando
mam que há um desafio para que a humani- muito mais (CASTRO; SILVA, 2001).
zação ocorra a partir desse reconhecimento da Sendo assim, a comunicação não verbal
fala do outro como válida. Se isso não ocorrer, é tida como a mais relevante forma de comu-
não há hipótese nenhuma de entendimento, nicar-se, mais segura, efetiva, fidedigna e inte-
visto que concorda com Silva (2002) em sua gral, assegurando a realidade dos sentimentos
afirmação de que a comunicação pressupõe envolvidos em qualquer relação interpessoal,
o entendimento das partes envolvidas. Nesta dentre elas, a interação profissional-usuário.

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A escuta terapêutica é uma modalida- landes e Mitre (2009).


de de comunicação, pela qual se estabelece Para Silva (1998 apud CASTRO; SILVA,
um contato com o paciente com o objetivo 2001), a percepção correta e consciente da co-
de permiti-lo expressar os seus sentimentos, municação não verbal nos habilita na leitura da
fragilidades, medos, angústias, desejos e rea- coerência das mensagens recebidas e nos aler-
lizações, ou seja, todas as suas subjetividades, ta para a coerência das mensagens enviadas.
a contribuindo com a prática assistencial na Quanto maior for a capacidade do profissio-
r identificação das singularidades do paciente nal em decodificar corretamente o não verbal,
t na percepção de sua realidade, identificação maiores serão suas condições de compreendê-
i de suas necessidades individuais e específicas, -lo e de emitir adequadamente estes sinais.
g para então traçar possibilidades de interven- Deslandes e Mitre (2009) formam um
o ção personalizada, e principalmente fazer com contraponto ao distanciar-se da ideia supraci-
s que o paciente se perceba, reconheça suas fra- tada acerca da dificuldade da assimilação prá-
gilidades, identifique seus problemas e promo- tica da humanização do atendimento através
va uma reflexão, construindo uma visão crítica do processo comunicativo pelos profissionais
de sua própria situação, estimulando-o a per- de saúde. Propõem não o enfoque nas dificul-
ceber-se como detentor de sua autonomia na dades interpretativas da comunicação não ver-
resolução de seus problemas, sendo a própria bal como fizeram Castro e Silva (2001), Silva
ação interventiva. (2002) e Fraga et al.,(2009), e sim considerar
Nenhum dos artigos abordou esta te- de especial importância questões macro, (em
mática, referiram-se a chamada comunicação termos de estrutura organizacional, infraes-
terapêutica, como os de, que diz respeito valo- trutura e políticas das redes de saúde imple-
rização da comunicação para o cumprimento mentadas pelo SUS), fazendo referência às
dos processos de cuidar de forma humanística. tecnologias médicas, pelas quais de maneira
A comunicação é também considerada semelhante à norte americana, o pagamento,
uma habilidade, e como tal, pode ser desen- em termos monetários, é calculado com base
volvida pelas pessoas, sendo este um dever nos procedimentos técnicos, e não no tempo
dos profissionais de saúde por sua importân- que os profissionais dispensam à pessoa doen-
cia na execução dos processos assistenciais, te (DESLANDES; MITRE, 2009)
sendo elemento básico no estabelecimento de Nesta lógica, o que efetivamente inte-
um vínculo paciente-profissional para a apli- ressa é a execução dos procedimentos, e não o
cação da escuta como finalidade terapêutica, modo como o atendimento é feito, provocan-
aprimorando o saber-fazer profissional. Entre- do a reflexão: como valorizar estas boas práti-
tanto, estudos apontam a falta de atenção por cas na cultura biomédica, pontuando que estas
parte dos profissionais de saúde em perceber práticas correspondem a investimento profis-
conscientemente o quanto a comunicação não sional por demandarem capacitações, aprimo-
verbal pode influenciar na assistência humani- ramento e supervisão técnica?
zada do cuidar. Acirrando ainda mais esta reflexão, esta-
Para reverter este quadro é proposto que belece outro questionamento: que prioridade
se torne mais consciente o processo de comu- é dada a este tipo de atendimento (o huma-
nicação na assistência à saúde como um todo, nizado) ao se montar, por exemplo, o quadro
também dando ênfase à comunicação não ver- de profissionais para determinado serviço de
bal desde a formação acadêmica e oferta pe- saúde?
riódica de momentos educativos, tanto para Sendo a lógica vigente em serviços pú-
a equipe de enfermagem como para outros blicos e privados a de quantificar o número de
profissionais da área da saúde, pela instituição trabalhadores em relação ao número de pes-
prestadora de serviços de saúde. Ideias estas soas atendidas num determinado tempo. Este
mais enfatizadas por Fraga et al. (2009) e Des- modelo organizacional moderno do trabalho

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hospitalar foi historicamente construído e re- Observou-se que a maioria dos profis-
produzido, observando padrões de otimização sionais de saúde não reconhecem as teorias
da produtividade, sendo este, o motivo trazido da comunicação, principalmente as de caráter
pelo autor como de especial relevância entre as não verbal, afastando-se muitas vezes de uma
dificuldades encontradas na humanização do prática humanística e integralizada do cuidar,
cuidar. resultando na ineficácia da prática assistencial
Muito embora a comunicação, como e na insatisfação do usuário dos serviços de
escuta terapêutica, seja um assunto cuja im- saúde. Para que se efetive o processo de co-
portância tenha crescido em reconhecimento municação, deve-se, considerar suas diversas
entre os profissionais de saúde ao longo dos úl- modalidades: verbais, gestuais, territoriais, fi-
timos anos, são escassos os estudos que enfa- siológicas e emocionais.
tizem esta relação, dificuldade também encon- A produção desta revisão literária possi-
trada por Cardoso, Silveira e Carvalho (2008) bilitou sem dúvidas uma ampliação no campo
na produção de seu artigo. Abordam-nas se- visual referente à comunicação, trazendo en-
paradamente, dificultando o desenvolvimento riquecimento em termos de conhecimento e
do tema proposto por esta revisão bibliográfi- proporcionando subsídios teóricos para uma
ca, que propõe sua correlação. eficaz prática do cuidado humanizado.
Vale ressaltar que quatro dos sete artigos
estudados tinham a participação de uma au- REFERÊNCIAS
tora comum, Maria Júlia Paes Silva, uma en-
fermeira, livre-docente do Departamento de CARDOSO, A.; SILVEIRA, R. C. C. P.; CARVALHO,
E. C. Comunication as a therapeutic instrument for
Enfermagem Médico-Cirúrgica da USP, pes- patients submitted to bone marrow transplantation: a
quisadora estudiosa deste fenômeno chamado review. Online braz. j. nurs., Niterói, v. 7, n. 2, maio/
ago. 2008.
comunicação, que tem contribuído relevante-
mente nas abordagens ao tema. CASTRO, R. C. B. R.; SILVA, M. J. P. A comunicação
não-verbal nas interações enfermeiro-usuário em aten-
dimentos de saúde mental. Rev.latino-am.enferma-
3 CONCLUSÃO gem, Ribeirão Preto, v. 9, n. 1, p. 80-87, jan. 2001.

DESLANDES, S. F.; MITRE, R. M. A. Processo comu-


Considera-se que a comunicação é im- nicativo e humanização em saúde. Interface: comunic.
saude, educ., Botucatu, v.13, supl.1, p.641-649, 2009.
prescindível ao cuidar. Sendo ela elemento
fundamental para um cuidado humanizado, FRAGA, T. F. et al. Percepção das mães sobre o pro-
cesso comunicacional na unidade de terapia intensiva
de perspectiva integral e personalizada. São neonatal. Rev. eletrônica enferm., Goiânia, v. 11, n. 3,
diversas as formas de comunicação, sendo ca- p. 612-619 set. 2009.
bíveis aos profissionais de saúde a habilidade OSTERMANN, A. C.; SOUZA, J. Contribuições da
de percebê-las e integrá-las em sua totalidade, análise da conversa para os estudos sobre o cuidado
garantindo uma percepção mais apurada so- em saúde: reflexões a partir das atribuições feitas por
pacientes. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n.
bre a situação individual de cada paciente. 7, p. 1521-1533, jul, 2009.
O profissional deve ter propriedade so- PROCHET, T. C.; SILVA, M. J. P. Situações de des-
bre suas habilidades comunicativas, para exer- conforto vivenciadas pelo idoso hospitalizado com a
cer um cuidado qualificado, tornando válida invasão do espaço pessoal e territorial. Esc. Anna Nery
Rev. Enferm., Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 310-315,
a escuta terapêutica como intervenção assis- jun. 2008.
tencial, através do relacionamento terapêutico.
SILVA, M. J. P. O papel da comunicação na humaniza-
Nenhum estudo apresentou a abordagem in- ção da atenção à saúde. Bioetica, Brasília, v. 10, n.2, p.
tegral da temática proposta.Foram de diversas 73-88, nov 2002.
áreas do saber os autores dos trabalhos revisa- STEFANELLI, M. C.; CARVALHO, E. C.(Org.). A co-
dos, muito embora, em sua maioria, as ideias municação nos diferentes contextos da enfermagem.
concordassem entre si. Barueri: Manole, 2005.

Revista Diálogos Acadêmicos, Fortaleza, v. 2, n. 2, jul./dez. 2013.

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