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Nome: Cassiel F.

Freitas
Data: 13/09/2022
A orquestra é um conjunto formado instrumentos de diversas famílias (madeiras,
metais, cordas, percussão...). As primeiras surgiram na Europa e passaram por
modificações em seu formato e nos tipos de instrumentos usados conforme o passar do
tempo.
O nome “orquestra” vem da Grécia Antiga, a orkhestra era o espaço entre a cena e os
espectadores onde o khoros (coro) cantava e dançava.
Na renascença, onde a polifonia começa a se desenvolver, o compositor Giovanni
Gabrielli começa a desenvolver a musica instrumental, seja como acompanhamento ou
até mesmo substituição das vozes. Mais ou menos no mesmo período Monteverdi
começa a dar vida as grandes óperas e inicia a junção das famílias dos instrumentos em
uma mesma obra.
No período barroco, com a estruturação da musica tonal por J.S. Bach, os compositores
começam a explorar os timbres dos instrumentos e fazem diversas combinações em suas
obras, além disso, pela primeira vez na história os instrumentos começam a ganhar
destaque, deixando de apenas dobras as vozes dos cantores e corais, os compositores
começam a escrever contrapontos que destacam instrumentos e vozes gerando um
equilíbrio na composição
Ainda no barroco são desenvolvidas músicas totalmente instrumentais de grande porte
como os concertos e sonatas, que exploram mais ainda a individualidade dos
instrumentos. A formação da orquestra barroca era bem menor do que se conhece hoje
em dia e os instrumentistas eram liderados por um violino spalla ou pelo
cravista/organista. No final do período barroco Bartolomeu Cristófori cria o pianoforte e
revoluciona a sonoridade em toda a história da música.
A orquestra clássica é a formação que se é usada hoje em dia, durante o período o naipe
das cordas ganhou maior destaque e as madeiras e os metais ganharam um “lugar fixo”
na orquestra (Obs: os metais ainda não tinham pistões). Na mesma época Handy
começou a desenvolver a estrutura da sinfonia e Mozart revoluciona as músicas dando a
ela cores nunca mais vistas.
O período romântico foi um período de grandes avanços. Os instrumentos de sopro e
metais ganham chaves possibilitando maior exploração dos sons e alturas. O numero de
instrumentos presentes na orquestra cresceu de forma impressionante, e as obras se
tornavam cada vez mais grandiosas e impressionantes, compositores como Strauss,
Wagner e Mahler escreveram orquestrações incríveis, cada obra mais impressionante
que a outra, todas evoluindo a um nível épico jamais visto na história da música, como
Tchaikovsky em “1812” que faz o uso de canhões na obra. Berlioz propõe um tratado de
orquestração, uma orquestra ideal com um número absurdo de instrumentistas, porém
nem o próprio conseguiu fazer uma orquestra como a proposta por ele.
Com o final do romantismo as vanguardas trazem uma nova cor a música, compositores
como Debussy, Stravinsky, Saint-Säens, Satie e ravel exploram efeitos harmônicos
únicos provocando as mais impressionantes sensações ao ouvinte, de fato a música
daquele período ia muito além das notas, os compositores buscavam entrar em um outro
universo sonoro.
Após o final das vanguardas os compositores dos períodos modernista e
contemporâneo, ao se depararem com uma música onde o “tudo o que se era possível”
foi explorado buscam inovações impressionantes.
O sistema tonal agora passa a ser uma mera lembrança enquanto a atonalidade e o
dodecafonismo assumem o controle;
Os intervalos de semitons não eram mais suficientes para atender a demanda
composicional, esses intervalos agora são subdivididos em quartos de tom trazendo
mais possibilidades de harmonia e melodia;
Os sons dos instrumentos musicais tradicionais agora não atendiam a demanda, portanto
surgem os instrumentos preparados e logo em seguida os instrumentos eletrônicos e os
instrumentos feitos com materiais do cotidiano, agora o som/música não se limita mais a
instrumentos. Até aí se achava que tudo já tinha sido feito até John Cage escrever 4.33,
a primeira música composta apenas com silencio.
Hoje, devido a expansão do repertório musical existem diversos tipos de orquestra, de
cordas, sopro, violões, de rock, acordeons, de trilha sonora, de instrumentos
eletrônicos... as possibilidades são praticamente infinitas, e com a música sendo ainda
muito explorada e novas possibilidades serem descobertas, quem sabe o que esta por
vir.

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