Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1- Sociedade positiva
Neste capítulo a autor reflete sobre sociedade positiva, a que tem a
constante necessidade de eliminar tudo o que é negativo. Só o que
é positivo tem lugar de presença. Nessa sociedade transparente e
positiva é exigida a eliminação da esfera privada e o término da
possibilidade de segredos.
Primeira Jaula
2- Sociedade da Exposição
Neste capítulo, o autor reflete sobre a Sociedade da Exposição, a
que tem a necessidade de exposição excessiva. O sujeito torna-se o
seu próprio objeto de publicidade. As pessoas pensam não só em
sim, mas na forma como o outro reage às suas ações. Tem
necessidade de expor toda a sua vida, tornando pública todas as
suas manifestações. Torna-se numa sociedade pornográfica,
desnuda, exposta
Segunda Jaula
A jaula está completamente desprovida de cenário: entra uma
pessoa; apenas vê uma camara de filmar. Surge uma voz-off:
- Estas imagens estão a ser transmitidas em direto para o exterior,
todos os visitantes estão a ver e ouvir.
Conta-nos a história da tua vida.
Terceira Jaula
A jaula está completamente desprovida de cenário: entra uma
pessoa; apenas vê uma camara de filmar
4- Sociedade Pornográfica
Neste capítulo, o autor reflete sobre a Sociedade Pornográfica, a
que expõem as coisas, tornando-as superficiais. O prazer é
desassociado de qualquer questionamento. Desnudamento total,
transparência completa. O que é revelado permanece igual, não se
transforma. Não existe erotismo. Quando as coisas se tornam
expostas demais, tornam-se obscenas. A pornografia é aquela que
exibe exaustivamente as coisas, transmutando a ideia de que
entre a imagem e o olhar não existe segredo.
Quarta Jaula
Quinta Jaula
6- Sociedade da intimidade
Neste capítulo, o autor reflete sobre a Sociedade da Intimidade, a que
força a transparência e destrói as interações sociais. As redes sociais
são um exemplo que alteram a intimidade na sociedade. O excesso de
intimidade compadece com a acentuação do narcisismo, destruindo a
possibilidade da individualidade desprovida de mediatismo. Nas redes
sociais quem mostra mais conteúdo/intimidade é beneficiado com a
partilha dos seus post, criando a ilusão de que para sermos aceites,
temos que ser transparentes e mostrar a nossa intimidade em troco
de exposição social. Nunca a experiência biográfica foi tão importante.
Sexta Jaula
A jaula está completamente desprovida de cenário: entra uma pessoa:
Surge uma voz-off:
- Liga uma aplicação, pode ser Instagram ou Facebook. Ativa o modo
de partilha em direto. Fala sobre esta experiência aos teus seguidores.
Sobre tudo o que experienciaste desde que chegaste a este espaço.
7- Sociedade da Informação
Neste capítulo, o autor reflete sobre a Sociedade da Informação, a
que é inimiga da verdade, a que aparenta. Nesta sociedade a
linguagem também é positiva. A informação é contante e sucessiva,
torna-se homogénea, sem origem, penetrando em tudo e todos. A
circulação de informação em massa, ocupa a mente dos cidadãos,
tornando-a vazia e desprovida de raciocínio.
Sétima Jaula
A jaula está completamente desprovida de cenário; na parede da
frente é projetado um vídeo:
-No vídeo estão a ser transmitidas várias imagens/noticias (com
som) de telejornais de todo o mundo. O vídeo permanece durante
três minutos. No segundo minuto surge um relógio digital que
começa por mostrar, minutos a passar, horas, meses, até finalizar
com a duração de 100 anos. O vídeo termina o relógio permanece
com os 100 anos marcados.
8- Sociedade do Desencobrimento
Neste capítulo, o autor reflete sobre a Sociedade do Desencobrimento, baseando-
se em Rousseau e no seu projeto de um coração transparente como o cristal: “Seu
coração, transparente como um cristal, não pode esconder nada do que nele se
passa; cada emoção que nele surge é comunicada, partilhada com seu olho e com
seu rosto” O sujeito deve-se mostrar tal e qual como é! Desencobrir-se de tudo,
transparência total.
Oitava Jaula
A jaula está completamente desprovida de cenário; no chão, um lápis
e duas folhas. Surge uma voz-off:
Num minuto desenha-te como te vês. Segura na outra folha, num
minuto, desenha-te como achas que os outros te vêm. Observa os
dois desenhos.
9- Sociedade do Controlo
Neste capítulo, o final, o autor reflete sobre a Sociedade do Controlo,
transportando todas essas reflexões para a sociedade controlada. Já não há
necessidade de um controlo maior, pois os indivíduos se vigiam e
obrigam os outros a vigiarem, mantendo uma ilusão geral de que
são livres, tornando-o uma necessidade interna. Todos se expõem e
todos se vigiam. É uma prisão onde o próprio individuo sente a
necessidade de se expor - “o presidiário do panóptico digital é ao
mesmo tempo o agressor e a vítima, e nisso é que reside a dialética
da liberdade, que se apresenta como controle”
ROUSSEAU, J.-J. Rousseau richtet über Jean-Jacques – Gespräche, Schrien in zwei Bänden.
Munique, 1978, vol. 2, p. 253-636, aqui p. 484 [Ed. de H. Rier].
v