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Reflexão critica a sociedade por William

Lafontinne
Auribus teneo lupum¹
Sociedade Embalagem versus Sociedade conteúdo.
¹ Eis um provérbio que era bastante popular na Roma Antiga. A expressão “auribus teneo lupum” era
usada quando a situação era insustentável, e particularmente quando fazer nada ou fazer alguma coisa
para resolver um problema era igualmente arriscado. Ao pé da letra, “auribus teneo lupum” significa
“segurando um lobo pelas orelhas”.

“Qual será a argumentação filosófica que se enquadraria na nossa


sociedade?”

Desta pergunta me surgiu a reflexão, por vezes indiferentes aos


apontamentos mais antigos, outrora, me entregando como um apaixonado
por cada palavra que pincelasse coloridamente, a esperança de um caminho
menos tortuoso.

A cada momento que você se entrega a refletir sobre a sociedade


atual, nefasta, mas não exclusivamente brasileira, inclinar-se-á a ablação.
Em meio à confusão que repousa, antes de tão rapidamente se entregar a
abstração, fica fácil enxergar dois pontos a discutir e, são esses, que
intitulam esse ensaio, que trago a argumentar.

Se colocar na posição de um acólito (aqui, fazendo uma analogia a


quem ajuda), ao lado de cada ser pensante de nosso grupo social, pode ser
deveras efêmero. A orelha dura negará imediatamente o conselho valoroso
e, do trabalho árduo, o resultado sempre será o vazio absoluto. Isso exigiria
empregar uma fora intencionalista e, imediatamente a terceira Lei de
Newton seria vislumbrada: Para cada ação, existe uma reação igual e
oposta. Aposte no oposto.

Entender a sociedade do ponto de vista individual pode inferir


preconceitos imediatos. Logo, observá-la duma perspectiva em grupo, pode
ser a fonte para uma observação mais ajustável e valorosa. Mas, como
fazê-la?

A primeira coisa necessária a se fazer e então, observar de um ponto


de vista individual e com extroversão. Já que introvertidamente, você só
conseguirá observar o que causa o mundo sobre si mesmo e não como
você, enquanto individuo, poderia ser o causador sobre este.
Como exemplo, Jung afirma que existem duas “atitudes” opostas,
conhecidas como extroversão e introversão: cada indivíduo parece dividir
sua energia entre o mundo externo e interno, em diferentes escalas. O
introvertido se sente mais confortável com seus próprios pensamentos e
sentimentos enquanto o extrovertido se sente “em casa” quando lida com
outras pessoas e objetos, além de prestar mais atenção sobre seu impacto
diante do mundo — introvertidos, por sua vez, costumam observar como o
mundo ao seu redor os afeta. Jung foi um dos principais estudiosos sobre
esse traço de personalidade e ajudou a popularizar o conceito.

Deste ponto psicanalítico, podemos endossar essa tese,


caracterizando o ponto de observação extrovertido para que, seguramente,
tenhamos acesso ao mundo externo e não ao interno; ao menos não por
agora.

A SOCIEDADE “EMALAGEM”:

Fascinante é o número dos integrantes deste referido grupo. Estes


também podem ser classificados como OS REATIVOS.

Por que a opinião de outra pessoa é mais importante do que a nossa?


Isso acontece porque o nosso comportamento é mais reativo do que ativo.
De maneira geral, somos muito sensíveis ao que a outra pessoa pensa de
nós. Esta maneira de agir está correta? A outra pessoa tem capacidade de
penetrar em nossos sentimentos, em nosso modo de ver o mundo?

Introvertidos e extrovertidos, são funções que todos nós usamos em


equilíbrio. A diferença em cada indivíduo está no “lado que escolhe mais
usar”. Da mesma maneira, está a Reatividade e a Atividade; embora seja
escusável que a sociedade atual viva de rótulos inflexíveis, não o deveria
ser.

Entre o Ser e o Estar, a sociedade que aqui intitulo por liberdade de


raciocínio, como Sociedade Embalagem; se entregam novamente a um
único lado, como se fossemos capazes de sermos inalteráveis, inflexível e
absolutamente não influenciável.

Este grupo se compromete a sua religião particular: A egolatria. O


Culto ao ego. De grosso modo, são as pessoas que procuram no mundo,
uma vida regada ao êxtase e sortilégios intermináveis.

Sua única preocupação interna, enquanto ser é ignorar-se com


tamanha potencia de vontade que, tange o impensável suicídio de sua
originalidade, fragmentando-se em vários Eu’s, convidativos a todas as
tribos materialistas e superficiais.
Eliminando o ser original, perde-se a identidade de individuo
tornando-se então, vazio deste. A pessoa vazia se perturba com o
sentimento que algo se perdeu e busca se preencher de futilidades que ao
mero acaso, podem e serão aplaudidas por seus semelhantes.

Escoimar não é do costume da sociedade embalagem. Diria


imediatamente o cristão: “aquele que é sujo, suje-se mais ainda (...)”.

A identidade humana está no Ser e não no Ter e, isso sempre esteve


tão claro como o frequente nascer-do-sol. Entretanto, ainda este, pode ser
ignorado pelos noctívagos.

Como animais desprovidos de certezas, agrupam-se os semelhantes


vazios. A atração é inevitável, porque se pode encontrar no outro o conforto
da reciprocidade, mesmo essa sendo pútrida.

A sociedade Embalagem, então, eu posso afirmar ser o grupo


formado por pessoas que eliminaram sua identidade, perderam sua
essência; esquivaram-se do Ser.

Minhas observações relacionaram três distintos subgrupos: Os


materialistas, extrovertidos e reativos. Estes, sendo formados por
indivíduos que creem que sua concepção essencial está definida e inflexível.
Uni todos os três subgrupos formando o que eu denomino ser a Sociedade
Embalagem.

Para a classificação nominal, pensei imediatamente no que se refere:


A embalagem de um produto. A atual sociedade autorrotulista, está
convencida de que não há inconstâncias comportamentais e, daí a ideia de
rótulo se propagou imediatamente como um vírus.

Autorrotulistas é o nome que doei aos adeptos de rótulos. Nossa


sociedade caminhou imediatamente para o extemporâneo do “nome a
tudo!”. A era da igualdade se provou inegavelmente a mais absurda
hipocrisia tal qual a ideologia, autoajuda e tantos outros termos que mal
posso apresentar por serem, atualmente, inauditos.

Expondo a massa automatizada da atualidade como produtos inertes


e desprovidos reflexão introspectiva, cabe bem apontar o fascínio por
rótulos, desta sociedade; afinal, o que seria os as embalagens sem rótulos?
Apenas caixas semelhantes, sem atrativos internos para que nos
convencessem de comprá-los.

Ora, todas as caixas de leite são iguais; são seus rótulos que causam
o benefício da atração daqueles que pouco se importam com o produto.

Como todo o vírus, é necessário um ambiente propício para a


procriação e pandemia. Não obstante, a sociedade atual venera a fama, a
mídia e usa o marketing como o intercessor ao Deus Pai: O Dinheiro.
Já antes da conclusão, não me esquivo de citar esse grupo como
sendo a inação da sociedade. Não é preciso mais que poucos minutos numa
praça de alimentação para ver como os flashes das câmeras digitais
iluminam o narcisismo e brindam os autorrotulados da Sociedade
Embalagem.

Se nada tenho a oferecer como individuo original, internamente


desprovido de Ser; está claro que o melhor caminho a seguir é o declinante
comportamento rotulísta. Os rótulos foram criados para serem ostensivos e,
esse termo, não é um dos inauditos que me referi. A propósito, desde tão
jovem, já se fala sobre ‘ostentação’ mesmo antes de saber a diferença entre
viver e existir.

O Problema da Sociedade Embalagem se estende quando alcançamos


a reflexão sobre o relacionamento pessoal, do campo amoroso. Mas, nesse
momento, irei apresentar apenas a minha observação sobre o
relacionamento entre dois membros da Sociedade Embalagem.

O RELACIONAMENTO ENTRE DUAS EMBALAGENS:

Se um ser “Embalagem” é desprovido de reflexão sobre si e


despretensiosamente, indefere-se sobre o que causa o mundo sobre si
mesmo; nada tem a ofertar de dentro para fora.

A este, resta fazer uso de seus rótulos, para usar das ferramentas do
marketing na busca de alimentar seu espirito pobre e faminto que, nada
tem para se prover.

Os rótulos são atrativos e já se aplicam estudos sobre referências que


causam atração. No mundo dos materialistas e desenfreados consumidores,
são os rótulos as migalhas que atraem esses famintos devoradores, tal
como é a isca para o peixe.

Na sociedade atual, está claro que, é os rótulos nossa próxima moeda


de troca, bem como o que decide nossa ética e infere-se sobre nossa moral,
padronizando felicidades, lançando hipocritamente o ceticismo sobre os
deuses que não se vêm, mas a pia crença sobre a dita felicidade eterna,
que obviamente, jamais existiu.

Nada é para sempre, nem a tristeza tampouco a felicidade. São


sentimentos momentâneos que abastecem nossa necessidade no presente
e, não terá o mesmo efeito no amanhã, porque nós não seremos, então, os
mesmos de hoje.
Inegavelmente, você entenderá que, se tão somente não consigo
compreender que a felicidade não se padroniza, porque a minha é a caneca
de café de manhã e a sua é o salário no final do mês; logo, não se pode
ludibriar-se com a falsa ideia que a Sociedade Embalagem não estaria aí,
também, empobrecida de compreensão, já que navega contra as ondas das
verdades que provém da reflexão.

Quando dois membros da Sociedade Embalagem se atraem, sexual


ou mentalmente; são ambos, peixes fisgados por suas próprias iscas. O
Rótulo não define o sabor do conteúdo, tampouco sua qualidade e
claramente, irá negar suas desvantagens e até lhe fazer crer que seu valor
é justo.

Contudo, observe que não se deve abrir um produto num mercado e


experimentá-lo (Embora haja empresas que apostem nessa ideia). Você
deve compra-lo e levar para a casa e, somente lá, quando não mais for
passivo de troca, você poderá abrir e lançar fora a embalagem que de nada
mais lhe servirá e experimentá-lo.

Assim é com os membros da Sociedade Embalagem. Não se pode


provar e não se aceita a devolução. Mas, mesmo sabendo que a embalagem
de nada nos servirá em nosso íntimo, ainda assim, nos permitimos seduzir.

É claro que, eu vou lhe apresentar minha argumentação que te


convença do por que nos permitimos seduzir.

Se fizer parte da Sociedade Embalagem, terá ciência que seu produto


não é mais tão bom quanto podia ser para estar justo ao preço que se
propõe vender.

Entre produtos estragados a baixo preço (Já diria os mais antigos:


Quando a esmola é demais, o santo desconfia), aos insalubres, são os
rótulos que podem mascará-los.

Sobre os rótulos, refleti: Dos rótulos sem atrativos aos rótulos que se
almeja por vias virtuais, como um produto inacessível a uma pobre criança;
o denominador comum: Os produtos não foram desejados e, talvez, se
desproveem de importância, porque no fundo saibamos que nada podemos
avaliar sem nos entregar as vias de experienciais sensoriais.

Na vitrine, hoje chamada Rede Social, as exposições corporais


comprovam minha tese da Sociedade Embalagem e, lhe oferta a segurança
de que, não é uma visão individual, mas resultados de observação sobre a
sociedade que, silenciosamente, grita em sua sem precedente solidão.

O membro da Sociedade Embalagem que se apaixonou por um corpo,


foi envenenado por sua própria ferroada. O produto certamente não será
justo ao preço e então, o crescente número de promiscuidade ou, para
tentar ser mais ameno, divórcios.

A SOCIEDADE CONTEÚDO:

Por outro lado, existe um grupo que denominei livremente como


Sociedade Conteúdo. Esta, por sua vez, é formada pelos indivíduos
introspectivos que, diferem dos narcisistas da Sociedade Embalagem,
porém, ainda assim, não é o grupo que se pode julgar ser a melhor atuação
desta era caótica.

Se você esperou que esse grupo fosse o antídoto contra o


degenerado grupo anterior, deve não ter refletido sobre o termo, por mim
inferido: autorrotulados.

Ora, se prego contra os rótulos, como poderia duas sociedades


rotuladas serem, uma delas a saída incandescente, deste mundo de
escuridão?

Se isso não esperava, com certeza o ricto está sobre sua face. E,
assim, eu espero, sinceramente.

Os membros da Sociedade Conteúdo apoiam-se na ideia que o


conhecimento que possuem lhes torna imediatamente valorosos sobre todos
os demais e, que possivelmente, irão desejar inferir seus pensamentos
individuais, como verdades absolutas, “goela a baixo” dos demais e, até
mesmo dos integrantes do seu mesmo grupo.

Isso porque, diferente do grupo Reativo, passivo, inerte, materialista


e unicamente extrovertido; os membros da Sociedade Conteúdo se
importam apenas com o que o mundo causa sobre eles.

A egolatria se faz presente novamente. Muito mais propenso ao


egocentrismo que o grupo anterior (não que ambos não o sejam), mas os
membros da Sociedade Conteúdo, por mim aqui apresentada, não
prosperam como indivíduos complementares do todo, mas exclusividades
do universo, cercada de glória.

Entre a egolatria e a sublimação, vive a Sociedade Conteúdo, que


muito tem a ofertar, mas possivelmente, estejam todos, inacessíveis a
Sociedade Embalagem, porque essa é desprovida das ferramentas
demoníacas do marketing.
Como produtos, seriam aqueles que compramos quando ninguém
está no mesmo corredor do supermercado. Seria o produto de embalagem
barata e visualmente horrenda, que sabemos bem, não se encaixar na
maçante Sociedade Embalagem.

Diferente do outro produto, pertencente à Sociedade Embalagem; os


membros da Sociedade Conteúdo são saborosos ao paladar, incentivados
pelos mais velhos, seguros e saudáveis, mas ainda assim, desprovidos da
simpatia sobre a maioria.

Por tal sentimento, os membros da Sociedade Conteúdo se atraíram


igualmente desprovidos de aceitação, como os membros do grupo anterior
e como animais reunidos em bando, se consolam com seus devaneios.

A Sociedade Conteúdo nega a embalagem tão ferozmente, como fiz


questão de apresentar acima. Como se não houvesse nenhuma
necessidade, os indivíduos partidários do conteúdo, por vezes se expõem ao
seu ridículo, a tentar aceitar a incontinência de sua também vida que quer
ser inflexível.

Esse grupo por sua vez, nada tem. Mas tudo é.

Esse é o grupo do Ser e não do Estar. Mas, ainda assim, é um grupo


isolado e aí, vislumbro o conflito da nossa sociedade.

O grupo que têm não se aceita no grupo que nada possui e tampouco
pode ser inserido, porque o outro não o convidará, pois sua embalagem não
é atrativa.

O grupo da embalagem nada possui, mas entre almas vazias, se


encantam elogiando cada um aquilo que tem de melhor: Sua aparência.

Há sim, ricos vazios e pobres cheios, bem como o contrário. Não se


trata mais de cor, ouro ou nação. Trata-se apenas de grupos que inferem
rótulos sobre si mesmos, que refletem em cada indivíduo que por sua vez,
irá também seu autorrotular na busca incessante da felicidade permanente
e, claramente impossível.

O problema que quero mostrar sobre a Sociedade Conteúdo, a priori,


repousa no rótulo. Uma vez que o conhecimento existe para encantar e não
para ofender; rotular-se impõem imediatamente regras de relação.

Participam da hipocrisia, quando acirradamente prega-se contra os


rótulos, se rotulando. Trivialidade da sociedade atual, se assim, preciso
afirmar.

Os membros da Sociedade Conteúdo almejam a vindita na


desconstrução da Sociedade Embalagem, mas não há energia para isso
acontecer, pois toda a energia do grupo está concentrada em seus
argumentos para esquivar da notória hipocrisia de ser também, um grupo
rotulado.

Volver estes grupos, para eles, é um paradigma de extrema


dificuldade. A volição permanece silenciosa.

A título de exemplo, a Sociedade Conteúdo também é formada de


produtos, porém neste caso, refere-se única e exclusivamente ao conteúdo.
Ao que no final, nos será importante, o que difere da embalagem que era,
então, importante em primeira instância.

Se você ainda não conseguiu observar onde está o problema da


nossa sociedade, em geral, permita-me apontar uma conclusão, numa
linguagem simplista e acessível a ambos os grupos.

CONCLUSÃO FACILITADA:

Se de um lado existe a irredutível Sociedade Embalagem, importante


em primeira instância, mas cujo conteúdo deverá ser o resultado da nossa
sorte; do outro está a hipócrita Sociedade Conteúdo.

Um relacionamento por um corpo lhe dará, talvez, algumas semanas


de êxtase; claro, com sorte e distância. Este é o integrante da Sociedade
Embalagem. Autorrotulado, de espírito pobre, de alma faminta, com
conteúdo possivelmente insalubre e de mente vazia.

Já para os integrantes da Sociedade Conteúdo, não posso nem me


permitir usar a atração sexual como exemplo e, não é, talvez, por sua
beleza física desprovida, mas sinceramente, pela ausência do exibicionismo
que quase ninguém se atrai. Logo, um relacionamento com pessoas com
conteúdo, provido de inteligência e de alma preenchida, será apenas um
relacionamento entre amigos e, possivelmente sem nenhum caráter erótico.

Mas, o mal destas sociedades por mim apresentada, está nelas


mesmo e não no grupo oposto. Por isso, introdutivamente, apresentei Carl
Jung e sua avaliação psicanalítica sobre o introvertido e extrovertido.

Trago esse aspecto, para endossar minha tese sobre a crítica a essa
sociedade geral, inclinadamente derradeira do intelecto. Não haverá
inteligência após essa sociedade se a solução não for apresentada.

É claro que, se nenhum dos dois grupos possui aspectos bons,


suficientes para ser o antídoto desse momento doente da humanidade e, de
novo, não é exclusividade brasileira, de onde partiu minha observação;
logo, deveria existir um terceiro grupo, por mim, apresentado, para que
iluminasse esse trevoso caminho, mas este, não pode ser rotulado.

Proponho diretamente, o fim dos rótulos. O equilíbrio entre as duas


sociedades. O equilíbrio entre o material e o conhecimento. Entender que
um produto é constituído de embalagem e conteúdo, não á produto que
seja justo ao preço que se paga, sem um dos dois.

O preço que se paga, várias vezes dito por mim, nessa minha crítica,
refere-se a tudo que perdemos para conquistar algo. Sempre perderemos.

Quando escolhemos uma pessoa para nos unir matrimonialmente,


perdemos todas as outras que possivelmente teríamos. Quando adotamos
um animal de estimação, perdemos a chance de nos preocupar mais com
outra responsabilidade assumida.

Mas, em contrapartida, perdemos si algo, mas ganhamos outro. Esse


é o preço que se paga. Já que apresentei os indivíduos como produtos, A
sociedade como grupos de embalagem e conteúdo; é incrivelmente feliz
para mim, apostar na analogia do “preço”, em prol do enriquecimento de
minha crítica e de suas possíveis reflexão.

Se há um produto, há um preço e o sucesso está em conciliar todos


eles. Abster-se dos rótulos é um bom começo, mas alegrar-se no
entendimento de que é embalagem o templo do conteúdo, e o conteúdo o
que nos faz se permitir seduzir pela embalagem, é a chave de uma
sociedade iluminada. Ausente de hipocrisia.

Estamos diante da maior solidão que a humanidade já sentiu, mas


em minhas observações acrescento que esse não é nosso status quo.

A saída é inominável. Desprovida de rótulos.

Não segure o lobo pelas orelhas.

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