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Amanda Hani (201917080107)


Anna Paula Ferreira (202017080362)
Letícia Alves (202017080249)
Joyce Estevam(201917080131)
Turma: 3008

RESUMO DE “ANOS DOURADOS”


A década conhecida como os “anos dourados” e “cinquenta anos em cinco”, foi
marcada por grandes avanços científicos, tecnológicos e mudanças culturais. Juscelino
Kubitschek e João Goulart foram candidatos à presidência da república por uma aliança entre
PSD e PTB. A aliança entre os dois partidos garantia os votos dos trabalhadores urbanos.
O ex- governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek, baseou sua campanha no
objetivo de avançar no desenvolvimento econômico, que foi iniciado na Era Vargas. A ideia
era concluir um plano de metas com trinta objetivos para os cinco anos subsequentes. No
governo JK, o desenvolvimento econômico não teve preocupações nacionalistas e restritivas
que caracterizaram a Era Vargas. De 1956 a 1960, a economia brasileira de fato cresceu em
um ritmo acelerado. Em 1960, o presidente inaugurou Brasília e levou a capital do país para o
novo Distrito Federal, instalado no estado de Goiás, a cidade planejada foi idealizada pelo
arquiteto Oscar Niemeyer e pelo urbanista Lucio Costa. Além disso, não foi só em questões
econômicas que houve mudanças, nos setores de música, teatro, comunicação, ciência e
tecnologia também. Foi a década em que começaram as transmissões de televisão, provocando
uma grande mudança nos meios de comunicação e nas propagandas.

RESUMO DE “A BREVE FAXINA”


Jânio da Silva Quadros (1917-1992) foi eleito presidente do Brasil em 1960, após a
acirrada disputa com o marechal Henrique Teixeira Lott (1894-1984). Exceto São Paulo, o
Brasil sabia muito pouco sobre Jânio, mas logo percebeu os traços de sua personalidade no
cenário de confronto entre getulistas e antigetulistas, ambos com itens muito diferentes para o
país.
A vassoura é o principal símbolo do movimento Janista, representando uma espécie de
pregação moral, que tinha como principal conteúdo críticas ao que Jânio chamou de corrupção
desenfreada do governo JK, quando da execução de seu projeto desenvolvimentista. A
pregação de Quadros conquistou o apoio da classe média e mobilizou a União Democrática
Nacional (UDN) para apoiar sua candidatura. A espada é um símbolo da campanha do marechal
Lott e expressava a opção nacionalista e desenvolvimentista do candidato e de seus principais
aliados, o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). O
desenvolvimento imaginado por Lott deveria combinar a ordem social com o favorecimento
generalizado dos investidores nacionais. A UDN caracterizava-se como antigetulista e elitista,
perdeu três eleições presidenciais consecutivas em 1945, 1950 e 1955. Em 1960, os udenistas
decidiram não propor seu candidato à eleição, a estratégia era apoiar o mais popular de São
Paulo, Jânio Quadros. O discurso de Jânio coincidia com suas pregações liberais, moralista e
ante estatista, além disso, ele era carismático, e seu estilo poderia atrair os votos populares, o
que a UDN não pôde fazer.
Jânio Quadros nasceu em Campo Grande, Mato Grosso. Ele cresceu em Curitiba e
depois em São Paulo, formando-se pela Faculdade de Direito da USP. Começou a participar
da vida pública em 1947 como vereador da cidade de São Paulo, servido pelo Partido
Democrata Cristão (PDC), seu mandato foi bastante propositivo e obteve habilitação para
candidatar-se a deputado estadual. Jânio se candidatou como prefeito de São Paulo, com o
apoio do PDC e do PSB (Partido Socialista Brasileiro), sua estratégia foi intensificar sua forte
identificação com os pobres. Seu slogan de campanha era "o tostão contra o milhão". Ele
exerceu a função de prefeito somente nos anos de 1953 e 1954, porque decidiu se candidatar a
governador, nessa época, sua filiação foi para o PTN. Ele venceu, embora com desempenho
pífio de apenas 1% de diferença. Como governador, as marcas principais de seu mandato foram
o empreendedorismo administrativo e econômico, e um discurso moralista no que se refere aos
gastos públicos. Em 1958, foi eleito deputado federal pelo Paraná.
Ele planeja se candidatar à presidência em um futuro próximo. Para tanto, Jânio abusou
de um estilo político que combinava a erudição com artifícios eleitoreiros, como colocar pó de
talco nos ombros de seus ternos para se identificar com quem “tinham caspas”, usava um terno
amassado e uma gravata desleixada com um nó frouxo, e completava esse estilo trazendo bolos
de sanduíches de mortadela embrulhados em engordurados papéis de pão. Sua campanha
presidencial foi eloquente e moralista, porque pregava maior transparência nos gastos públicos
e moralização dos costumes. O slogan “varre, varre, vassourinha. Varre, varre a bandalheira”
traduziu sua crítica ao governo Juscelino. A disputa eleitoral entre Jânio e Lott foi muito
acirrada, e os udenistas, estimulados pela popularidade de Jânio, fizeram uma festa na política
e trataram sua candidatura como se fosse um membro da UDN.
Jânio Quadros foi o primeiro presidente a tomar posse em Brasília, seu governo que
durou apenas 7 meses foi curto, intenso e contraditório, utilizou o recurso de comunicar-se com
os ministros e assessores por meio de memorandos, apelidados de “bilhetinhos de presente”.
Seu ministério era composto, principalmente, por políticos da UDN, incluindo oficiais militares
conservadores ligados à Cruzada Democrática. No campo econômico, Clemente Mariani,
banqueiro do Ministério da Fazenda, iniciou um plano monetarista e anti-inflacionário,
desvalorizou o cruzeiro, congelou salários e reduziu o crédito, esperava incentivar as
exportações, reduzir as importações e equilibrar as finanças do Brasil. Essas medidas
agradaram aos adeptos da adoção de um programa econômico liberal internacionalizado para
o Brasil.
No início do mandato, Jânio apresentou ao Congresso Nacional dois projetos de lei: um
de lei antitruste e outro sobre a criação da Comissão Administrativo de Defesa Econômica
Nacional, mas ambos foram vetados pelos deputados e pelos senadores. O melhor exemplo do
voo personalista de Jânio e de seus paradoxos como governante foi a adoção de uma política
externa independente, inspirada na proposta do político Santiago Dantas, no qual fazia parte
do PTB, partido de oposição da UDN, então essa orientação gerou protestos. Depois que Carlos
Lacerda percebeu que Jânio havia escapado do controle da UDN, se posicionou na artilharia
de críticas, acusando-o de ser golpista. Incapaz de governar, em 25 de agosto de 1961, Jânio
Quadros apresentou uma carta de renúncia, chocando o país. Alguns analistas afirmam que sua
intenção de renunciar era para buscar apoio entre o povo para que pudesse governar com maior
autonomia.
Em 1962, Jânio concorreu novamente ao governo de São Paulo, mas foi derrotado. Em
1964, aconteceu o golpe político que depôs João Goulart e implantou um regime autoritário. O
nome de Jânio apareceu na primeira lista de cassações publicada pelo Comando Supremo da
Revolução, e então ele começou a se dedicar à atividade privada. Retornou à vida pública
muitos anos depois, em 1986, quando havia terminado o governo militar. De volta aos
primórdios, ele o fez pelas portas da prefeitura de São Paulo, onde exerceu seu derradeiro
mandato político.

RESUMO DE “UM SALTO PARA O FUTURO”


Em 1955 o eleito Juscelino Kubitscheck, se instaurou com seu slogan “cinquenta anos
em cinco” em sua campanha presidencial, onde o lema dava a ideia sugestiva de que por meio
de planejamento econômico e de investimentos públicos e privados nos setores corretos da
economia, se chegaria em uma rápida industrialização do país, superando o
subdesenvolvimento, a pobreza e as desigualdades sociais.
Existia um plano de metas, o projeto de JK ficou conhecido como desenvolvimentismo.
O plano continha ações de investimento em setores de energia, transporte, alimentação,
educação e indústria, além da “grande meta de integração nacional”, que a construção de
Brasília foi definida. Para a rápida industrialização acontecer o plano também incentivava
investimentos nacionais e estrangeiros, incluindo investimentos estatais em rodovias, ferrovias,
portos, refinamento de petróleo e setor da energia elétrica.
A implementação do plano de metas obteve êxito, o crescimento econômico bateu
cerca de 8%. Um exemplo do sucesso econômico, é a meta 27, do setor automobilístico, onde
nesta, a produção de autopeças era reservada para o empresariado nacional e o controle das
montadoras era cedido as multinacionais. O maior partido opositor desse governo, era a UDN
(que ainda tentou impedir a posse da dobradinha JK/Jango) os integrantes consideravam que
JK gastava muito em obras públicas, promovendo o aumento da inflação e criticavam a
construção de Brasília, considerando um foco de corrupção. Apesar, JK terminou seu mandato
com apenas 9% da população considerando seu governo ruim.
Mas de fato, o governo promoveu a inflação, no fim da presidência a inflação anual
estava na casa dos 30,5%, entanto, no mesmo período o salário mínimo sofreu diversos
reajustes, a correção monetária do salário mínimo era importante para manter o poder de
compra dos trabalhadores e aliança com o PTB (partido dos trabalhadores que defendia os
direitos trabalhistas e tinha interesses pró a população pobre). No mandato, foi criado o
SUDENE, para desenvolver o nordeste, o CEPAL, que pregava reforma agrária e
industrialização na américa latina e o ISEB, propondo parceria com multinacionais para
viabilizar a industrialização. Para arcar com suas metas, JK recorreu ao capital estrangeiro e
aumentou a dívida externa, o domínio do capital, essas ações eram chamadas de “entreguistas”,
pois se acreditava que ela comprometia a autonomia da economia nacional e entregava ao país
ao controle capital internacional.
O governo buscava caminhar pelo centro, conciliando interesses de esquerda e de
direita, garantindo que seu mandato fosse completo, porém mais uma vez o povo continuaria
pobre, só que dessa vez em um cenário moderno, a dívida externa teve aumento, logo a
desigualdade social também, além da educação e agricultura ficarem em segundo plano.
RESUMO PODCAST “PRESIDENTE DA SEMANA” EP 15 CAFÉ FILHO, GOLPE
DE TRANSIÇÃO E JK
O suicídio de Getúlio Vargas, ocorrido em agosto de 54 marcou o início de uma
reviravolta na crise pois a partir dessa ocorrência a oposição da ODN, fortificou o PSB e o PTB
ambos partidos defensores do nacionalismo e de intervenções estatais. A partir daí surgiu um
alguém para representar a realização a união entre PSB e PTB em 1955, esse alguém seria
Juscelino Kubitscheck e ganhou a eleição desse ano com menos de 36% dos votos e seu vice
João Goulart com 44% dos votos. A chapa formada por esses dois candidatos recebeu o apoio
do partido comunista de Luís Carlos Prestes. E, por esse e outros motivos a posição a posse
deles era altamente declarada e enquanto isso ocorria o presidente João Café Filho que era
partidário ao governo junto com a ODN e em janeiro de 1955, Café Filho foi para a Voz do
Brasil e disparou uma ameaça. “Os prenúncios de uma sucessão convencionada surgiram desde
que foi indicada por um partido uma candidatura sem maiores entendimentos com as outras
forças políticas”.
Entre 3 de outubro de 1955 e 31 de janeiro de 1956 surgiram as conspirações e se
prolongaram até 3 de novembro de 1955 mesmo dia em que Café Filho foi internado por
decorrência de problemas cardíacos e quem viria a assumir o seu lugar seria o presidente da
câmara Carlos Luz cujo o apoio era a ODN e o militares que queriam o golpe para impedir JK
de assumir, Carlos Luz tinha a seu favor uma solução golpista e é nesse momento que é
adicionado a história o general do exército Henrique Teixeira Lote que foi incentivado por um
grupo de militares a realizar um contragolpe assim tramando outra violação e na madrugada de
11 de novembro de 1955 tropas de exercícios apoiadoras de Lote tomaram o Rio de Janeiro e
forçaram Carlos Luz e seus apoiadores à se abrigarem em um navio da marinha que foi atacado
a tiros por fortes. Lote por sua vez orquestrou o impedimento do Carlos Luz que foi aprovado
pelo congresso com o conhecido como golpe do preventivo do militar, Luz teve sua presidência
interrompida após 3 dias e em seu lugar assume o vice presidente Nereu Ramos e em 21 de
novembro Café Filho se manifesta dizendo que vai reassumir o cargo que Lote tratou de
interromper alegando envolvimento na conspiração contra a posse de JK e Jango. E sob a
sombra de Lote, Nereu Ramos foi levando até a posse de JK o presidente que encantou
eleitores, construiu estradas, indústrias e construiu Brasília e no meio de todas essas
construções, ele endividou o Brasil.
Juscelino Kubitscheck foi considerado um presidente desenvolvimentista e realizou
muitas obras com dinheiro vindo de fora e com isso ele é responsável por entregar o país nas
mãos de acionistas estrangeiros. Ao mesmo tempo em que era desenvolvimentista ele era
também o responsável por abrir o país para o capital estrangeiro. As inúmeras obras recheadas
de gastos públicos trouxeram novidade, urbanização, desenvolvimento e aumento na qualidade
de vida em algumas pessoas, chegando a crescer 8% em média entre 1957 e 1969 e dessa forma
as populações do campo foram exiladas porque não tiveram a devida atenção por parte do
governo e com isso o Êxodo rural foi inevitável e gigantesco resultando em favelização. Deixou
para o país um endividamento com os países estrangeiros e uma inflação que durante o governo
dele só aumentava.

RESUMO DO PODCAST “PRESIDENTE DA SEMANA” EP 16 JÂNIO


QUADROS, A RENÚNCIA DE JOÃO GOULART
Jânio Quadros assumiu o cargo em 31 de janeiro de 1961 transmitido por Juscelino
Kubitscheck. Em 25 de agosto de 1961 ele toma uma atitude inesperada, renunciando sua
presidência em apenas 7 meses de mandato, atitude essa que trouxe consigo uma sucessão de
eventos e crises até que 1964, o ano em que o regime democrático colapsou e em seu lugar
veio a um regime de arbítrio que durou por 21 anos.
Jânio Quadros assumiu o país com o foco em combater a corrupção e o desperdício de
recursos do governo, querendo reduzir gastos, acabar com as obras monumentais. E, eu seu
governo surgiu a propaganda da vassoura que iria varrer a corrupção do Brasil entre outras
ideias e atitudes peculiares que foram marcas de sua regência. Até renunciar seu cargo e com
isso eles desmoralizou o voto, às instituições, o sistema democrático e lançou o Brasil para o
centro de uma guerra civil, pois segundo a constituição, após a saída de Jânio, quem deveria
assumir seria João Goulart, o vice. Porém os ministros militares não queriam que ele no poder
e queriam que ele fosse impedido de assumir e com isso iniciou-se uma crise. E quem concluiu
a situação foi o governador gaúcho Leonel Brizola, pondo a polícia em ação e levando a rádio
Guaíba para o palácio do governo e protegendo-a e com isso surgiu o rádio da legalidade com
o intuito de defender a posse de Jango.
Surgiram então as greves dos trabalhadores que tinham o apoio de governadores de
outros estados que acataram a campanha da legalidade que também foi apoiada pela OAB e a
UNI. Após o terceiro exército decidir defender a posse de Jango, o congresso propõe um regime
parlamentarista onde João Goulart seria o presidente, mas quem governaria seria um primeiro
ministro e o objetivo dessa alternativa era acalmar os militares e os políticos de direita. Jango
cedeu a essa alternativa para evitar conflitos. Mas, seguiu defendendo que o país necessitava
de reformas junto com os apoiadores de esquerda que não podiam ser postas em prática por
conta do parlamentarismo, enquanto o país ainda enfrentava uma crise econômica e uma
instabilidade política e para corrigir a questão do parlamentarismo era necessário um plebiscito,
que veio a aparecer em janeiro de 1963 e após mais de 80% dos brasileiros negarem o
parlamentarismo João Goulart retoma o presidencialismo podendo exercer o cargo com todos
os poderes do sistema. Após assumir ele tenta estabilizar a economia com o chamado plano
trienal, para retomar as reformas de base. Mas por conta da oposição do movimento sindical,
empresários e trabalhadores o Jango desistiu do plano trienal ficando assim sem nenhum outro
plano de governo resultando em um descontrole de contas públicas e um aumento de inflação
trazendo a tona a imagem de um governo em crise. Então ele propôs a reforma agrária, porém,
os partidos políticos envolvidos não chegaram a um acordo e novamente os planos de Jango se
frustraram.
Em setembro de 1963, o supremo tribunal federal confirma que os militares de baixa
patente eram inelegíveis segundo a constituição, e a reação desse grupo foi fechar rodovias e o
aeroporto de Brasília, tomar edifícios militares e invadirem o prédio do STF e o congresso e
manteriam preso por algumas horas o presidente do tribunal Vítor Nunes Leal. E, em outubro
do mesmo ano Lacerda cede uma entrevista para um jornal Norte Americano dizendo que o
governo Norte-americano deveria intervir no governo brasileiro e depois três ministros
militares convocam Jango a fim de orientá-lo e dizer a ele que não deveria governar como ele
estava governando e com isso surge o pedido do estado de sítio ao congresso nacional e com
isso ambas posições políticas se viram contra ele e por fim ele retira o pedido. A direita parte
para o golpe e à esquerda rompe com ele ficando assim completamente isolado politicamente.
Por pressão desse isolamento, João Goulart cede à vontade da esquerda partindo para um
confronto público, com o apoio do sindicato do PCB e das ruas a fim de pressionar o congresso
a aprovar as reformas.
Em 13 de março de 1964 João se desloca a um comício no Rio de Janeiro e discursou
para 150mil pessoas, afirmando que iria lutar pela reforma na sociedade brasileira, a reforma
agrária, a reforma tributária, eleitora, pelo direito dos analfabetos ao voto, emancipação
econômica e etc. 15 de março do mesmo ano, Jango envia uma mensagem ao congresso
insistindo nas reformas que prometerá ao povo, mudanças na constituição e pede mais poderes
ao legislativo e para os anticomunistas, essa reação foi a absurda e em 19 de março ao comício
da central do Brasil à direita dá a resposta com a Marcha da Família com Deus pela liberdade
e clamavam que as forças armadas salvassem o país de João Goulart, Brizola e do comunismo.
E essa manifestação que uniu cerca de 500mil pessoas foi o estopim para que a articulação
golpista se sentisse apoiada e com mais adeptos. Forças armadas americanas seriam enviadas
ao Brasil para darem apoio logístico a toda a rebelião contra Jango, mas não chegaram a intervir
e devido ao momento, considera-se que o golpe foi feito por brasileiros.
Em 25 de março de 1964 estava sendo organizada a festa de aniversário da associação
de marinheiros e fuzileiros brasileiros, buscando melhores salários e melhores condições de
trabalho e teve como convidado principal, João Cândido, o líder da revolta da chibata. O
ministro da marinha achou aquilo uma afronta e mandou prender os organizadores e a tropa
enviada pra prendê-los aderiu ao motim. A atitude que Jango toma é trocar o ministro da
marinha e anistiar os revoltosos. Os marinheiros foram às ruas comemorando e para a
oficialidade isso representa a quebra de disciplina e de hierarquia. As forças armadas se
sentiram desmoralizadas pelo presidente João Goulart e para os militares golpistas esse era
mais um motivo para retirá-lo do poder e em 30 de março mesmo sendo aconselhado a não
aparecer o presidente vai a uma reunião de sargentos no automóvel clube no Rio de Janeiro,
como convidado de honra e discursou exaltando sargentos, defendeu sua posição em relação a
crise na marinha. Naquele momento o comodante da quarta região militar chefiado em Juiz de
Fora, autor do plano Cohen. E em 31 de março de 1964, Mourão juntamente com seus aliados
foi ao Rio para enfim derrubar Jango da presidência. Jango sem apoio por não concordar com
exigências e algumas ideias e nesse período o exército iniciou suas primeiras prisões.
O presidente vai a Brasília e Porto Alegre na tentativa de organizar alguma forma de
resistência. Em 2 de abril com João Goulart ainda no país, o presidente do congresso nacional,
o senador Auro de Moura Andrade da ODN fez um pronunciamento alegando que Jango
abandonou a sede do governo e o acusou de abandonar o governo e declarou vaga à presidência
da república e em 4 de abril de 1964, Jango parte para o exílio no Uruguai evitando novamente
uma guerra civil. E, assim teve início aos 21 anos de ditadura militar.

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