O documento narra a difícil situação financeira de uma família e como as crianças foram levadas a trabalhar em uma fazenda nos Gerais da Bahia, onde sofreram maus-tratos e exploração ao serem forçadas a realizar trabalhos pesados em condições precárias, sem receber salário.
O documento narra a difícil situação financeira de uma família e como as crianças foram levadas a trabalhar em uma fazenda nos Gerais da Bahia, onde sofreram maus-tratos e exploração ao serem forçadas a realizar trabalhos pesados em condições precárias, sem receber salário.
O documento narra a difícil situação financeira de uma família e como as crianças foram levadas a trabalhar em uma fazenda nos Gerais da Bahia, onde sofreram maus-tratos e exploração ao serem forçadas a realizar trabalhos pesados em condições precárias, sem receber salário.
Lá em casa, a situação estava difícil. capataz fazia a gente trabalhar firme. O pai tinha ficado desempregado. A Eu tenho catorze anos. Sou forte. Mas mãe achava que qualquer trabalho meus irmãos e um monte de outras podia pelo menos pagar a comida. A crianças com corpinho fraco faziam gente morava em Mambaí, Estado de serviço pesado de adulto ─ roçar e Goiás. Aí apareceu um emprego numa capinar era duro de lascar, mas a gente fazenda pro lado dos Gerais da Bahia, ainda aguentava. O pior era carregar bem perto da fronteira. Fui trabalhar carrinhos de mão pesados, cheios de junto com meus irmãos nessa tal material para a lavoura. fazenda. Era o projeto de um grande banco, apoiado pelo governo. Ninguém tem ideia da vida dura que a gente levava nessa fazenda dos A fazenda dizia que pagava o salário, Gerais da Bahia. mas nunca existiu salário nenhum. No final do mês, tudo que se comia ou se Paula Saldanha. “Heróis dos Gerais”. usava era descontado. Não sobrava São Paulo, FTD, 1998, p. 7-9. nada de dinheiro. E a gente era obrigada a trabalhar de sol a sol.
─ Trabalho escravo ─ disseram os Questões
peões de Mambaí que já tinham Questão 1 – O objetivo do texto é: passado por isso. ( ) divulgar algo. ─ Mas usar criança é judiação! ─ falou um dia o dono do bar. ( ) noticiar um fato.
Disseram também que essas ( ) narrar uma história.
fazendas usam crianças como trabalhadores porque fica mais barato. Quatro ou cinco custam o mesmo que um adulto, comem menos, obedecem Questão 2 – Na parte “Disseram melhor e cada uma faz o trabalho de também que essas fazendas usam gente grande. crianças como trabalhadores porque fica mais barato.”, o narrador revela: O capataz da fazenda dizia que o dinheiro podia sobrar se a gente ( ) o motivo de essas fazendas trabalhasse direito. Ouvi falar de gente usarem crianças como trabalhadores. que saiu de lá com dívida, mas não com dinheiro. ( ) a finalidade de essas fazendas usarem crianças como trabalhadores. Se pelo menos a gente estivesse se alimentando bem… Minha mãe não ( ) a consequência de essas fazendas sabia que a comida na fazenda era usarem crianças como trabalhadores. ruim. Achava que era frescura de criança. Mas não era, não. De manhãzinha, café aguado com pão duro. No almoço, só coisa de entupir ─ macarrão puro ou arroz com farinha. Questão 3 – O narrador do texto expõe Questão 7 – No segmento “Pro serviço uma opinião na passagem: na fazenda render, o capataz fazia a gente trabalhar firme.”, a palavra ( ) “Era o projeto de um grande “firme” exprime: banco, apoiado pelo governo.” ( ) o meio com que o capaz fazia a ( ) “De manhãzinha, café aguado com gente trabalhar. pão duro.” ( ) o modo com que o capaz fazia a ( ) “Ninguém tem ideia da vida dura gente trabalhar. que a gente levava nessa fazenda dos Gerais da Bahia.” ( ) a intensidade com que o capaz fazia a gente trabalhar.
Questão 4 – A expressão grifada indica
um lugar no trecho: Questão 8 – Segundo o narrador, ele e ( ) “Lá em casa, a situação estava seus irmãos realizavam serviços bem difícil.” pesados na fazenda dos Gerais da Bahia. O pior deles era: ( ) “No final do mês, tudo que se comia ou se usava era descontado.” ( ) “roçar”
( ) “No almoço, só coisa de entupir ─ ( ) “capinar”
macarrão puro ou arroz com farinha.” ( ) “carregar carrinhos de mão pesados”
Questão 5 – Em “Achava que era
frescura de criança.”, o narrador expressa o pensamento: