O documento discute a necessidade de Cristo ter sofrido e morrido na cruz para remédio contra o pecado e como exemplo de virtudes como caridade, paciência, humildade, obediência e desprezo pelas honras terrenas. A cruz é apresentada como o maior exemplo de amor e paciência, e Cristo é apontado como modelo a ser seguido em todas as virtudes.
O documento discute a necessidade de Cristo ter sofrido e morrido na cruz para remédio contra o pecado e como exemplo de virtudes como caridade, paciência, humildade, obediência e desprezo pelas honras terrenas. A cruz é apresentada como o maior exemplo de amor e paciência, e Cristo é apontado como modelo a ser seguido em todas as virtudes.
O documento discute a necessidade de Cristo ter sofrido e morrido na cruz para remédio contra o pecado e como exemplo de virtudes como caridade, paciência, humildade, obediência e desprezo pelas honras terrenas. A cruz é apresentada como o maior exemplo de amor e paciência, e Cristo é apontado como modelo a ser seguido em todas as virtudes.
Que necessidade havia para que o Filho de Deus sofresse
por nós? Uma necessidade grande - e dupla!
Que necessidade havia para que o Filho de Deus sofresse por
nós? Uma necessidade grande e, por assim dizer, dupla: para remédio contra o pecado e para exemplo do que devemos fazer.
Foi em primeiro lugar um remédio, porque na paixão de Cristo
encontramos remédio contra todos os males em que incorremos por causa dos nossos pecados.
Mas não é menor a utilidade que tem como exemplo. Na verdade, a
paixão de Cristo é suficiente para orientar toda a nossa vida. Quem quiser viver em perfeição, basta que despreze o que Cristo desprezou na cruz e deseje o que Ele desejou. Nenhum exemplo de virtude está ausente da cruz.
Se queres um exemplo de caridade: Não há maior prova de amor do
que dar a vida pelos seus amigos. Assim fez Cristo na cruz. E se Ele deu a vida por nós, não devemos considerar penoso qualquer mal que tenhamos de sofrer por Ele.
Se procuras um exemplo de paciência, encontras na cruz o mais
excelente. Reconhece-se uma grande paciência em duas circunstâncias: quando alguém suporta com serenidade grandes sofrimentos, ou quando pode evitar os sofrimentos e não os evita. Ora Cristo suportou na cruz grandes sofrimentos, e com grande serenidade, porque sofrendo não ameaçava; e como ovelha levada ao matadouro, não abriu a boca. É grande portanto a paciência de Cristo na cruz: corramos com paciência a prova que nos é proposta, pondo os olhos em Jesus, autor e consumador da fé, que em lugar da alegria que lhe era proposta suportou a cruz, desprezando-lhe a ignomínia.
Se queres um exemplo de humildade, olha para o crucifixo: Deus quis
ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer.
Se procuras um exemplo de obediência, segue Aquele que Se fez
obediente ao Pai até à morte: assim como pela desobediência de um só, isto é, Adão, muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um só muitos serão justificados.
Se queres um exemplo de desprezo pelas honras da Terra, segue
Aquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, no qual se encontram todos os tesouros de sabedoria e de ciência e que na cruz está despojado dos seus vestidos, escarnecido, cuspido, espancado, coroado de espinhos e dessedentado com fel e vinagre.
Não te preocupes com trajes e riquezas, porque repartiram entre si as
minhas vestes; nem com as honras, porque troçaram de Mim e Me bateram; nem com as dignidades, porque teceram uma coroa de espinhos e puseram-Ma sobre a cabeça; nem com os prazeres, porque para a minha sede Me deram vinagre.