Você está na página 1de 48

Trabalho de Conclusão de Curso

PREVALÊNCIA DE SINAIS INTRA-ARTICULARES DE DISFUNÇÃO


TEMPOROMANDIBULAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE

Cristhiani Giane da Silva

Universidade Federal de Santa Catarina


Curso de Graduação em Odontologia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Cristhiani Giane da Silva

PREVALÊNCIA DE SINAIS INTRA-ARTICULARES DE DISFUNÇÃO


TEMPOROMANDIBULAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Departamento de Odontologia da
Universidade Federal de Santa Catarina como
requisito parcial requerido para o título de
cirurgião-dentista.

Orientador: Profª. Drª. Graziela de Luca Canto


Coorientadora: Ms. Camila Pachêco-Pereira

Florianópolis
2015
Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos, que
acompanharam a minha trajetória.
Aos meus avós que
aguardaram este momento ansiosamente.
AGRADECIMENTOS

A Deus agradeço pela vida, pela minha saúde e pelas oportunidades


concedidas.
A meus familiares, mãe, avó, avô, irmãos, tios e tias, que me deram o
prazer de fazer parte dessa família maravilhosa, sem vocês nada disso seria
possível.
A minha orientadora Dra. Graziela de Luca Canto por toda dedicação,
competência, conhecimento, perseverança, amizade, compreensão e pela confiança
em mim depositada para a realização desse trabalho.
A minha coorientadora Camila Pachêco-Pereira, pela grande
contribuição, dedicação e incentivo durante todo o processo de execução desse
trabalho.
Ao professor André Porporati pelo grande conhecimento e contribuição ao
meu trabalho e a professora Beatriz Mendes de Souza por fazer parte da minha
banca examinadora.
Aos demais professores que também participaram ativamente do meu
crescimento profissional e pessoal ao longo da graduação.
À Universidade Federal de Santa Catarina e seus funcionários, que me
proporcionaram um crescente e contínuo aprendizado.
A todos os amigos e colegas, em especial a Thamyres, Cristiane Graff,
Gilberto, Davi, Carolina Vieira, Isabel, Maria Vitória, Marília e Pethine por toda a
convivência, lealdade, amizade e por tudo que compartilhamos.
As minhas grandes amigas Isadora e Fernanda, por me apoiarem sempre
nas minhas decisões e pela amizade indispensável na minha vida.
A minha dupla Aline por toda parceria, amizade, lealdade e, sobretudo,
paciência e compreensão em todos os momentos.
Aos pacientes, pela imensa contribuição e confiança depositada.
A todos que de alguma forma contribuíram para minha formação, meus
sinceros agradecimentos.
APRESENTAÇÃO

Esta Revisão Sistemática foi originalmente escrita como um artigo na língua


inglesa com o objetivo de ser submetido no periódico Journal of American Dentistry
Association (JADA) em parceria com os pesquisadores da Universidade Federal de
Santa Catarina, Dra. Graziela de Luca Canto, Dr. André Porporati e MsC Maria
Goreti Savi, pesquisadores da Universidade de Alberta (Canadá), Dra. Camila
Pachêco-Pereira e Dr. Carlos Flores-Mir e pesquisador da Universidade de Adelaide
(Austrália), Dr. Marco Peres.
RESUMO

Objetivo: O objetivo dessa revisão sistemática foi determinar a prevalência de sinais


clínicos intra-articulares de disfunção da articulação temporomandibular em crianças
e adolescentes. Tipos de estudos revisados: Os autores selecionaram somente
estudos nos quais o objetivo primário dos autores foi avaliar a prevalência de sinais
de desordens temporomandibulares de acordo com o International Research
Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) em crianças e
adolescentes. Os autores realizaram pesquisas eletrônicas sem restrição de idioma
em 5 bases de dados. Os autores também realizaram a avaliação de qualidade dos
artigos. Resultados: Nessa revisão sistemática e meta-análise os autores incluíram
11 artigos nos quais 17.051 participantes foram avaliados. A prevalência total de
sinais clínicos intra-articulares foi de 16%. (intervalo de confiança de 95%). A
prevalência de sons intra-articulares (click e crepitação) foi de 14% (intervalo de
confiança de 95%). O sinal mais prevalente foi o click articular (10,0%; intervalo de
confiança de 95%), seguido de travamento mandibular (2,3%; intervalo de confiança
de 95%). Conclusão e implicações práticas: Uma a cada 6 crianças e
adolescentes possui sinais clínicos intra-articulares de disfunção
temporomandibular.

Palavras-chave: Odontologia Baseada em Evidências; Prevalência; Crianças;


Adolescentes; Transtornos da Articulação Temporomandibular.
ABSTRACT

Background: The aim of this systematic review and meta-analysis was to assess
the prevalence of clinical signs of temporomandibular joint (TMJ) disorders in
children and adolescents. Type of Studies Reviewed: The authors selected only
studies in which the investigators’ primary objective was to evaluate the prevalence
of signs of TMJ disorders according to the international Research Diagnostic Criteria
for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) in children and adolescents. The
authors performed electronic searches without language restriction in 5 databases.
The authors also assessed quality. Results: In this review and meta-analysis, the
authors included 11 articles that described studies in which 17,051 participants had
been enrolled. The overall prevalence of clinical signs of intra-articular joint disorders
was 16% (95% confidence interval [CI], 11.59-19.94; n ¼ 17,051). The prevalence of
TMJ sounds (click and crepitation) was 14% (95% CI, 9.67-19.79; n ¼ 11,316). The
most prevalent sign was clicking (10.0%; 95% CI, 7.97-12.28; n ¼ 9,665) followed by
jaw locking (2.3%; 95% CI, 0.56-5.22; n ¼ 5,735). Conclusions and Practical
Implications: One in 6 children and adolescents have clinical signs of TMJ
disorders. The results of this systematic research study can alert dentists about the
importance of looking for signs of TMD in children and adolescents.

Key Words: Evidence-based Dentistry; Prevalence; Children; Adolescents;


Temporomandibular Joint Disorder.
Lista de Figuras

Figura 1 Fluxograma de Pesquisa.......................................................................22


Figura 2 Gráfico de meta-análise para a prevalência geral.................................29
Figura 3 Gráfico de meta-análise para a prevalência de ruídos articulares........29
Figura 4 Gráfico de meta-análise para a prevalência de click articular...............30
Figura 5 Gráfico de meta-análise para a prevalência de travamento
mandibular............................................................................................ 30
Lista de Tabelas

Tabela 1 Critério de diagnóstico para sinais intra-articulares de DTM...................17


Tabela 2 Estratégias de busca utilizadas nas bases de dados..............................18
Tabela 3 Resumo descritivo das características dos estudos incluídos.................24
Tabela 4 Pontuação total e categorização de qualidade dos artigos incluídos......25
Tabela 5 Risco de viés dos estudos.......................................................................27
Lista de Abreviaturas e Siglas

DTM Disfunção temporomandibular


RDC/TMD Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders
Lista de Símbolos

% Porcentagem
mm Milímetros
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………..13
2 OBJETIVOS.………………..……………………………………...………………………15
2.1 Objetivo Geral………………….……………….........………………………...15
2.2 Objetivo Específico……….……………………………………………….…...15
3 METODOLOGIA……….……………………………………………………………….….16
4 RESULTADOS………………………………………………………………..……….…..21
5 DISCUSSÃO………….……………………………………………………………………31
6 CONCLUSÃO………….…………………………………………………………………..33
REFERÊNCIAS………….……………………………………………………….…...……..34
ANEXOS............………………………………………………………………………...…...37
13

1 INTRODUÇÃO

Disfunções temporomandibulares (DTMs) podem ser definidas como uma


variedade de condições clínicas que afetam os músculos mastigatórios, a articulação
temporomandibular (ATM) e estruturas associadas a essa. (Pain). Dores musculares
e articulares, sensibilidade muscular a palpação, restrição de abertura de boca,
movimentos mandibulares assimétricos e sons articulares estão entre os principais
sinais e sintomas de DTM (Leeuw, 2010). A etiologia da DTM pode estar relacionada
com hábitos parafuncionais, trauma, genética ou problemas anatômicos, e pode ser
desencadeada por fatores psicossociais (Moyaho-Bernal et al., 2010). A prevalência
de DTM é usualmente expressa em porcentagem de pessoas que possuem sinais e
sintomas de DTM ou expressa por um índice clínico de anamnese de disfunção que
avalia a condição na ATM (De Kanter et al., 1993).
A prevalência de DTM varia muito, dependendo das diferentes metodologias
empregadas entre os estudos, relacionada a ausência de padronização quanto ao
diagnóstico de DTMs ou relacionada a tipo de seleção dos participantes como
acontece quando a amostra é selecionada de uma população advinda de instituições
de práticas odontológicas e não advinda da população em geral (Mobilio et al.,
2011).
Os investigadores de um estudo em crianças com dentição decídua,
relataram uma prevalência de 34,0% de sinais e sintomas de DTM (Bonjardim e
Castelo, 2003). Além disso, entre os estudos relacionados a distúrbios da ATM em
crianças e adolescentes, alguns investigadores relataram a prevalência de 2,7% de
clicks articulares na dentição decídua, 10,1% na dentição mista tardia e de 16,6% na
dentição permanente (Thilander et al., 2002). Os sinais clínicos mais freqüentes em
crianças e adolescentes são os sons articulares (percebidos à palpação ), limitação
dos movimentos mandibulares, e tensão na musculatura matigatória e na ATM
(Sonmez et al., 2001).
Recentemente, os investigadores de uma revisão sistemática de prevalência
de sinais e sintomas de DTM em crianças relataram uma prevalência variando de
16,0% para 68,0% (De Sena, 2013). No entanto, os autores dessa revisão relataram
apenas a prevalência de sinais e sintomas da musculatura mastigatória e não
investigaram distúrbios intra-articulares da ATM. Distúrbios da ATM são desarranjos
internos definidos como falhas mecânicas relacionadas ao mau posicionamento do
14

disco articular associado a interferências em movimentos mandibulares normais


(Schiffman, 2014). Este tópico é especialmente importante para os clínicos durante o
processo de tomada de decisão clínica para o diagnóstico e tratamento de pacientes
pediátricos. Não obstante disso, não há dados resumidos disponíveis na literatura e
as taxas de prevalência publicadas em livros didáticos foram feitas com base em
conclusões de alguns estudos de investigação epidemiológicos em larga escala.
Os dentistas devem tentar identificar esses sinais intra-articuares de DTM em
crianças e adolescentes para que seja possível fornecer um bom acompanhamento
clínico. Portanto, com base nessa revisão de literatura, realizou-se uma revisão
sistemática com o objetivo de fornecer informações sobre a prevalência de sinais
clínicos de DTM em crianças e adolescentes.
15

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

- Realizar uma revisão sistemática sobre prevalência de sinais clínicos intra-


articulares de disfunção temporomandibular em crianças e adolescentes.

2.2 Objetivo Específico

- Relatar a prevalência de sinais clínicos intra-articulares de disfunção


temporomandibular em crianças e adolescentes.
16

3 METODOLOGIA

Protocolo e registro: Esta revisão sistemática seguiu o Relatório de Itens


para Revisões Sistemáticas e lista de verificação para Meta- Análise (Moher, 2009).
A revisão sistemática foi registrada no PROSPERO (Registro prospectivo de
Revisões Sistemáticas (Centro de revisões e divulgação da Universidade de York,
Heslington, York, Reino Unido, e do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde,
Londres, Reino Unido) sob o registro número CRD42015016100.
Critérios de elegibilidade e critérios de inclusão: determinou-se que os
únicos artigos que eram elegíveis para o estudo foram aqueles nos quais os autores
investigaram a prevalência de sinais clínicos de distúrbios da ATM em crianças e
adolescentes (0-18 anos). Foram incluídos estudos cujos autores avaliaram sinais de
DTM de acordo com o International Research Diagnostic Criteria for
Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) estabelecido pelo Consortium Network of
the International Association for Dental Research and the Orofacial Pain Special
Interest Group (Tabela 1) ou utilizando critérios similares, mesmo que não tenham
sido referenciados como sendo os critérios RDC/TMD. Foram considerados para
inclusão os artigos cujos autores avaliaram os seguintes sinais: ruído articular (click,
estalo ou crepitação), ou travamento mandibular, ou ambos. Além disso, considerou-
se para inclusão apenas estudos cujos relatórios incluíram exame clínico realizado
por um dentista, bem como a avaliação de sons articulares realizada sem o auxílio
de um estetoscópio e através de movimentos repetidos de abertura de boca dos
participantes do estudo (pelo menos 3 vezes). Não se aplicou quaisquer restrição de
idioma.
17

Tabela 1 – Critério de diagnóstico para sinais intra-articulares de DTM.

Positivo se o paciente ou seus pais relatarem pelo menos um dos seguintes


itens:
1. Nos últimos 30 dias: qualquer ruído na ATM quando movimentar a
mandíbula durante sua função
2. Travamento mandibular com limitação de abertura de boca devido a pelo
menos um movimento.
3. Travamento mandibular em uma posição de abertura máxima de boca,
mesmo que por momento, não podendo voltar a posição normal.
4. Qualquer ruído presente durante o exame.
5. Limitação de abertura de boca severa o bastante a ponto de interferir na
habilidade de se alimentar.
6. Mandíbula travada de forma que a boca não abre totalmente.
7. Incapacidade de fechar a boca a partir de uma posição de grande abertura
sem uma auto redução mandibular.
Positivo se no exame o dentista encontrar:
1. Click ou outro ruído semelhante a este durante a abertura, fechamento,
movimento de lateralidade, protrusão, detectado a palpação durante pelo
menos uma de três repetições dos movimentos de abertura e fechamento de
boca.
2. Máxima abertura passiva de boca menor que 40mm.
3. Crepitação detectada a palpação durante pelo menos um dos seguintes
movimentos: abertura, fechamento, lateralidade ou protrusão.
4. Incapacidade de retornar a posição normal de boca fechada sem que o
paciente se auto manipule.

Critérios de exclusão: foram excluídos os estudos de acordo com os


seguintes critérios: comentários, cartas, resumos de congressos e opiniões de
especialistas; estudos em que os membros da amostra apresentavam anomalias
craniofaciais, síndromes genéticas ou doenças neuromusculares; estudos com
participantes que foram submetidos a tratamento ortodôntico ou participantes cujas
condições indicaram a necessidade de cirurgia ortognática; estudos em que os
pesquisadores não conduziram as entrevistas pessoalmente (por exemplo,
entrevistas por telefone ou e-mail); estudos cujos participantes eram adultos (mais
de 18 anos de idade); estudos cujos autores investigaram somente sintomas
musculares; estudos em que a entrevista, o exame ou ambos não foram conduzidos
por um dentista; estudos cujos autores não aplicaram o mesmo protocolo que o
descrito pelo RDC/TMD; estudos cujos autores utilizaram amostras de conveniência
extraídos de pacientes em tratamento em clínicas odontológicas ou hospitais; e
estudos com amostras menores que 300 participantes (Anexo 1)
18

Fontes de informação: com a ajuda de uma bibliotecária das ciências da


saúde (M.G.S.), foram selecionadas palavras e combinações apropriadas e adaptou-
se isso para a pesquisa em cada de banco de dados. Desenvolveram-se estratégias
detalhadas e individualizadas para cada um dos seguintes bancos de dados
bibliográficos: Biblioteca Cochrane , MEDLINE, Embase, PubMed e LILACS (Tabela
2). Realizou-se uma pesquisa bibliográfica cinzenta adicional no Google Scholar.
Também foram pesquisadas as listas de referências dos artigos incluídos para
quaisquer referências adicionais que podem não ter sido identificadas durante as
pesquisas nos banco de dados eletrônicos.

Tabela 2 - Estratégias de busca utilizadas nas bases de dados.

Bases de dados Pesquisa

(disease or diseases or dysfunction or dysfunctions or


disorder or disorders or derangement or derangements)
Cochrane
and (temporomandibular or tmj or "temporomandibular
EMBASE
joint") and (signs or sound or sounds or noise or noises or
MEDLINE click or clicking or pop or popping or snap or snapping or
crepitus or hypermobility or hypomobility or “jaw lock" or
PubMed
"limited mouth opening" or "limited jaw opening") and
(prevalence or frequency[Title/Abstract]) and (child or
children or childhood or adolescent or adolescents or
adolescence or teenager or teenagers or infant or infants
or pediatrics or pediatrics or paediatric or paediatrics)

LILACS (prevalência or prevalence [words]) and (disfunção


temporomandibular or disfuncion temporomandibular or
temporomandibular dysfunction [words]) and (crianças or
niños or children [words])

Google Acadêmico (“temporomandibular disorders”) and (prevalence) and


(children or adolescent)
19

Pesquisa: gerenciaram-se as referências e removeram-se os artigos


duplicados utilizando-se um software apropriado (RefWorks–COS). Todas as
pesquisas nos bancos de dados eletrônicos foram realizadas a partir de 15 outubro
de 2014.
Seleção dos estudos: os artigos finais foram selecionados através de um
processo de duas fases. Na fase 1, 2 investigadores (C.G.S. e C.P-P.). Os títulos e
resumos de todas as referências identificadas foram analisados de forma
independente pelos dois revisores. Nesta fase, foram excluídos os artigos que não
preencheram os critérios de inclusão. Na fase 2, os mesmos pesquisadores (C.G.S.
e CP-P.) aplicaram os critérios de inclusão para o texto completo dos artigos. Estes
2 autores resolveram qualquer discordância em ambas as fases de discussão até
que se alcançasse um acordo mútuo. Quando se necessitou de ajuda para tomar
uma decisão final, um terceiro revisor (G.D.L.C.) participou do processo de revisão.
As seleções finais dos artigos foram baseadas exclusivamente na apreciação do
texto completo dos estudos.
Processo de coleta de dados: em seguida, o primeiro revisor (C.G.S.)
realizou a extração de dados dos artigos incluídos e o segundo revisor (C.P-P)
conferiu toda a informação recuperada através de uma verificação cruzada. Mais
uma vez, estes 2 revisores resolveram qualquer desacordo através de discussão até
que se chegasse em um acordo mútuo. Um terceiro revisor (G.D.L.C.) foi envolvido,
quando necessário, para tomar uma decisão final.
Dados coletados: para cada um dos estudos incluídos, os revisores
extraíram características-chave, tais como autor, ano de publicação, origem e
tamanho da amostra, características demográficas, resultados e conclusões
relacionados com sinais clínicos de DTM em crianças e adolescentes. Quando os
dados não estavam completos, os revisores entrarem em contato com os autores
dos artigos para recuperar todas as informações pertinentes não publicadas.
Risco de viés nos estudos individuais: foi avaliada a qualidade
metodológica dos estudos selecionados utilizando-se um instrumento validado que
avalia especificamente a prevalência de transtornos em estudos com exames e
protocolos de diagnósticos não padronizados. Esse método, que é realizado com
base em critérios epidemiológicos rigorosos, permite aos usuários extrair dados de
estudos de acordo com vários itens, tais como número e características dos
participantes, acordo entre avaliadores, taxa de resposta e métodos de aferição. A
20

avaliação da qualidade, principalmente, é dividida em 3 categorias: amostragem,


aferição e análise. A pontuação final atribuída a qualidade dos estudos incluídos foi
obtida através da soma de pontos designados (máximo de 20) e a qualidade dos
artigos foi categorizada como pobre, moderada, boa e excelente.
Resumo das medidas: considerou-se qualquer tipo de medida de resultado
de prevalência que apresentou a prevalência de sinais clínicos intra-articulares de
disfunção temporomandibular em crianças ou adolescentes.
Síntese dos resultados: para diminuir a heterogeneidade entre os estudos
separaram-se os resultados de acordo com os sinais analisados pelos
investigadores. Estes sinais foram ruídos articulares (click ou crepitação) e
travamento mandibular. A heterogeneidade encontrada entre os resultados dos
estudo na meta- análise foi alta, portanto, optou-se por utilizar um modelo de efeitos
randômicos. Foi utilizado o programa MedCalc (MedCalc Software) para a realização
da meta- análise. Definiu-se o nível de significância em 5%.
Risco de viés entre os estudos: a heterogeneidade clínica foi avaliada por
meio da comparação entre as características de variabilidade dos participantes e os
resultados estudados, a heterogeneidade metodológica (comparando a variabilidade
no desenho do estudo e o risco de viés) e a heterogeneidade estatística.
21

3 RESULTADOS

Seleção de estudos

Um total de 1.356 citações foram identificadas através dos cinco bancos de


dados eletrônicos. Removeu-se os artigos duplicados e 717 citações diferentes
permaneceram. Na fase 1, uma avaliação abrangente dos resumos foi realizada e
613 artigos foram excluídos, resultando em 104 artigos. Foram identificados 14
estudos adicionais a partir da lista de referência destes estudos, mas apenas 4 delas
foram incluídas. Além disso, foram identificados dois estudos resultantes da
pesquisa no Google Scholar, perfazendo um total de 110 estudos a serem
considerados na fase 2. Depois disso, 99 estudos foram excluídos devido a
diferentes razões (Anexo 1). Apenas 11 artigos foram finalmente incluídos na síntese
quantitativa e qualitativa. Todos os estudos incluídos foram advindos da busca
eletrônica principal. Um fluxograma descrevendo o processo de identificação,
inclusão e exclusão dos estudos está demonstrado na Figura 1.
22

Figura 1 - Fluxograma de pesquisa

Estudos identificados através da pesquisa nas bases de dados


(n=1,356)
Identificação

MEDLINE PUBMED EMBASE COCHRANE LILACS


n=351 n=689 n=303 n=13 n=0

Estudos após remoção dos duplicados


(n=800)

Google Estudos triados Estudos excluídos


Acadêmico (n=717) (n=613)
(n=80)
Triagem

Textos acessados
integralmente
(n=4)

Estudos Textos
adicionais acessados
identificados a integralmente
partir das listas de (n=2)
referências (n=14)

Textos acessados
n =57 integralmente para
Elegibilidade

Full articles excluded with reasons


elegibilidade (n=99)
(n=110) 1-Revisões, cartas, resumos de
conferências e opiniões pessoais (n=1);
2- Anomalias craniofaciais, síndromes,
doenças neuromusculares (n=1);
3-Pacientes com histórico de ortodontia
e cirurgia ortognática (n=2);
4-Entrevista não realizada pessoalmente
(n=1);
5-Adultos (n=22);
6- Sintomas musculares (n=2);
7- Entrevista e/ou exame não realizados
por um dentista (n=2);
Incluídos

8- Não utilizou o RDC nem exame


similar (n=35);
9-Estudos com amostra de conveniência
extraída de pacientes em tratamento em
clínicas dentárias (n=7);
Estudos incluídos na 10- Amostra com menos de 300
participantes (n=26);
análise qualitativa (n=11) 11-Não disponível (n=2)
23

Característica dos estudos

Dos 11 estudos selecionados, dois são de Israel (Gazit et al., 1984; Winocur
et al., 2006), 3 são da Arábia Saudita (Alamoudi et al., 1998; Farsi, 2003; Feteih,
2006) e os outros seis estudos foram conduzidos na Colômbia (Thilander et al.,
2002), China (Deng, Fu e Hagg, 1995), Finlândia (Pahkala e Laine, 1991), Alemanha
(Hirsch, Hoffmann e Turp, 2012), Itália (Tecco et al., 2011) e Estados Unidos da
América (Keeling et al., 1994). O tamanho da amostra variou de 314 (Winocur et al.,
2006) a 4724 (Thilander et al., 2002) participantes. Somente dois estudos (Tecco et
al., 2011; Hirsch, Hoffmann e Turp, 2012) relataram a utilização do protocolo
RDC/TMD sendo que os outros estudos utilizaram exames similares a este protocolo
(Gazit et al., 1984; Pahkala e Laine, 1991; Keeling et al., 1994; Deng, Fu e Hagg,
1995; Alamoudi et al., 1998; Thilander et al., 2002; Farsi, 2003; Feteih, 2006;
Winocur et al., 2006). Todos os estudos avaliaram individualmente alguns sinais de
DTM. Cinco estudos (Gazit et al., 1984; Pahkala e Laine, 1991; Keeling et al., 1994;
Deng, Fu e Hagg, 1995; Alamoudi et al., 1998) avaliaram somente ruídos articulares
incluindo click, crepitação ou ambos. Seis estudos (Thilander et al., 2002; Farsi,
2003; Feteih, 2006; Winocur et al., 2006; Tecco et al., 2011; Hirsch, Hoffmann e
Turp, 2012) avaliaram tanto ruídos articulares quando limitação de abertura de boca.
O resumo descritivo das características dos estudos incluídos encontra-se na Tabela
3.
24

Tabela 3 - Resumo Descritivo Das Características dos estudos incluídos

Avaliação
Ano Autor País Amostra Idade Características da RDC* Resultados de
(N) amostra qualidade
Avaliação
Ano Autor País Amostra Idade Características da RDC* Resultados de
(N) amostra qualidade
1984 Gazit et al13 Israel 369 10 a Amostra aleatória de Ruídos na ATM pobre
18 escola N =35,8

1991 Pahkala and Finlândia 1008 5 a 15 Amostra aleatória de Ruídos na ATM= bom
Laine(Pahkala e escola N 6,3%
Laine, 1991)
1994 Keeling et EUA 3428 6 a 12 Amostra de Ruídos na excelente
al(Keeling conveniência de ATM=10,0%
et al., escola Click=8,9%
N
1994) Crepitação=1,0%
Click e crepitação
=0,2%
1995 Deng et al(Deng, China 2200 3 a 15 Amostra de Ruídos na ATM moderado
Fu e Hagg, 1995) conveniência de (click ou
N
escola crepitação)=
13,3%
1998 Alamoudi et al15 Arábia 502 3a7 Amostra aleatória de Ruídos na ATM bom
Saudita escola =7,8%
N Click=7,6%
Crepitação
=0,2%
2002 Thilander et Colômbia 4724 5 a 17 Amostra aleatória de Click bom
al(Thilander et al., serviço púbico de (palpável)=9,3%
2002) saúde bucal Click
N (audível)=0,7%
Travamento
mandibular=1,3%
Luxação =0,4%
2003 Farsi et al16 Arábia 1976 3 a 15 Amostra aleatória Ruídos na ATM excelente
Saudita (para cada área 3 (click ou
escolas foram crepitação)=
incluídas usando-se 11,8%
N
uma técnica de Limitação de
seleção estratificada abertura de
da população das boca=5,9%
escolas)
2006 Feteih et al17 Arábia 385 12 a Amostra aleatória Ruídos na bom
Saudita 16 (técnica de seleção ATM=13,5%
estratificada de 6 Limitação de
diferentes escolas de N abertura de
diferentes boca=4,7%
localizações
geográficas)
2006 Winocur et al14 Israel 314 15 a Amostra aleatória de Ruídos na ATM moderado
18 escola =42,7%
N Limitação de
abertura de
boca=1,6%
2011 Tecco et al(Tecco Itália 1134 5 a 15 Amostra de Ruídos na Bom
et al., 2011) conveniência de ATM=4,0%
clínica dentária de S Limitação de
universidade abertura de
boca=1,1%
2012 Hirsch et Alemanha 1011 10 a Amostra aleatória de Click=14.7% excelente
al(Hirsch, 17 escolas (escolas e Travamento
S
Hoffmann e Turp, classes selecionadas mandibular
2012) aleatoriamente) =3,7%
25

Risco de viés dos estudos

Os estudos não eram homogêneos. Um estudo (Gazit et al., 1984) foi


classificado como pobre ela metodologia de avaliação de qualidade aplicada, dois
(Deng, Fu e Hagg, 1995; Winocur et al., 2006) foram classificados como moderado,
cinco (Pahkala e Laine, 1991; Alamoudi et al., 1998; Thilander et al., 2002; Feteih,
2006; Tecco et al., 2011) foram classificados como bom e três (Keeling et al., 1994;
Farsi, 2003; Hirsch, Hoffmann e Turp, 2012) foram classificados como excelentes.
Mais informações sobre a avaliação do risco de viés encontra-se no Tabela 4.

Tabela 4. Pontuação total e categorização de qualidade dos artigos incluídos. Q1 (0-


4)= pobre; Q2 (5-9)=moderado; Q3 (10-14)= bom; Q4 (15-19)=excelente
Autor, ano Pontuação total Categoria Classificação
Alamoudi et al, 1998 12 Q3 Bom
Deng et al, 1995 07 Q2 Moderado
Farsi, 2003 15 Q4 Excelente
Feteih, 2006 12 Q3 Bom
Gazit et al, 1984 04 Q1 Pobre
Hirsch et al, 2012 19 Q4 Excelente
Keeling et al, 1994 16 Q4 Excelente
Pahkala and Laine, 1991 10 Q3 Bom
Tecco et al, 2011 12 Q3 Bom
Thilander et al, 2002 11 Q3 Bom
Winocur et al, 2006 08 Q2 Moderado

Risco de viés entre os estudos

A análise completa dos itens da lista de avaliação de qualidade está


apresentado no Tabela 5. As principais limitações metodológicas dos estudos
estavam relacionadas com a falta de informação sobre a população-alvo e a taxa de
resposta, analisada no ponto 3 (Taxa de resposta suficiente?) e o item 4 (A taxa de
26

resposta foi considerada?). Além disso, outro critério importante responsável pela
diferença da qualidade dos estudos foi apresentada no item 1 (aprovação pelo
Comitê de Ética).
27

Tabela 5 – Risco de viés dos estudos. Potuação total e classificação de qualidade de acordo com
Giannakopoulos et al. Q1 (0-4)= pobre; Q2 (5-9)=moderado; Q3 (10-14)= bom; Q4 (15-
19)=excelente.

Pahkala and
Alamoudi et

Thilander et
Hirsch et al.
Feteih et al.

Tecco et al.

Winocur et
Deng et al.

Farsi et al.

Gazit et al.

Keeling et

Laine
Item

al.

al.

al.

al.
1) Aprovação pelo Comitê 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0
de Ética

2) Processo de amostragem 2 0 2 2 0 2 2 0 0 2 2

3) Taxa de resposta 0 0 2 2 0 2 2 0 0 0 0
suficiente?

4) A taxa de resposta foi 0 0 - - 0 1 - 0 0 0 0


considerada?

5) Poder 2 2 2 0 0 2 2 2 2 2 0

6) População-alvo 1 1 2 2 1 2 2 2 1 2 2
claramente definida?

7) Probabilidade utilizada na 2 0 2 2 0 2 2 0 0 0 0
amostragem?

8) Os participantes 0 0 2 2 0 3 2 0 0 0 0
correspondem a população-
alvo?*

9) O método de coleta de 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
dados foi padronizado?

10)Os instrumentos de 1 1 1 1 0 2 1 1 2 1 0
pesquisa foram confiáveis?

11)Os instrumentos de 1 1 1 1 1 2 1 1 2 1 1
pesquisa foram validados?

12)Características especiais 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1 0
foram levadas em
consideração?

13)Intervalo de confiança foi 1 0 0 0 0 1 1 1 1 0 1


satisfatório?

Pontuação total 12 7 15 12 4 19 16 10 12 11 8
* Soma dos itens 3 e 4
28

Resultados dos estudos individuais

Houve diferentes valores de prevalência para ruídos articulares a palpação


entre os estudos, variando de 3,7% (Pahkala e Laine, 1991) a 42,7% (Winocur et al.,
2006).
Quatro estudos (Keeling et al., 1994; Alamoudi et al., 1998; Thilander et al.,
2002; Hirsch, Hoffmann e Turp, 2012) agruparam os valores de prevalência de
ruídos articulares em grupos separando click de crepitação. O menor valor de
prevalência de click articular foi de 7,6% (Alamoudi et al., 1998) e o maior valor foi de
14,7% (Hirsch, Hoffmann e Turp, 2012). Os valores de crepitação encontrados por
dois estudos foram muito baixos e representaram 0,2% e 1,0%, respectivamente.
(Keeling et al., 1994; Alamoudi et al., 1998).
A prevalência de limitação de abertura de boca, travamento mandibular ou
luxação da ATM variou de 0,4% (Thilander et al., 2002) a 5,9% (Farsi, 2003).
Somente dois estudos relataram a prevalência de travamento mandibular e os
resultados foram de 1,3% (Thilander et al., 2002) e 3,7% (Hirsch, Hoffmann e Turp,
2012). A prevalência de limitação de abertura de boca various de 1,1% a 5,9%
(Farsi, 2003; Feteih, 2006; Winocur et al., 2006; Tecco et al., 2011). Somente um
estudo (Thilander et al., 2002) relatou a prevalência de luxação da ATM (0,4%).

Resumo dos resultados

Os onze estudos selecionados foram agrupados e então foi realizada a


meta-análise dos mesmos. Encontrou-se grande heterogeneidade entre os estudos,
portanto, uma meta-análise com modelo randômico foi escolhido (Deeks, Pt Higgins
e Altman, 2008). Os resultados dessa meta-análise mostrou que a prevalência global
de sinais clínicos intra-articulares foi quase 16,0% (amostra total=17.051, Figura 2).
A prevalência de sons na ATM (click ou crepitação à palpação) foi quase 14,0%
(amostra total=11.316, Figura 3). O sinal mais prevalente foi o click (10,0% da
amostra=9.665 casos, Figura 4), seguido de travamento mandibular (2,3% da
amostra=5.735 casos, Figura 5) .
29

Figura 2 - Gráfico de meta-análise para a prevalência geral.

Meta-analysis

Gazitet al
Pahkala and Laine
Keelinget al
Denget al
Alamoudi et al
Thilander et al
Farsiet al
Feteihet al
Winocuret al
Teccoet al
Hirschet al

Total (fixed effects)


Total (random effects)

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5


Proportion

Figura 3 - Gráfico de meta-análise para ruídos articulares.

Meta-analysis

Pahkala and Laine


Tecco et al
Alamoudi et al
Keeling et al
Farsi et al
Deng et al
Feteih et al
Gazit et al
Winocur et al

Total (fixed effects)


Total (random effects)

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5


Proportion
30

Figura 4 - Gráfico de meta-análise para click articular.

Meta-analysis

Alamoudi et al

Keeling et al

Thilander et al

Hirsch et al

Total (fixed effects)

Total (random effects)

0,0 0,1 0,2


Proportion

Figura 5 - Gráfico de meta-análise para travamento mandibular.

Meta-analysis

Thilander et al

Hirsch et al

Total (fixed effects)

Total (random effects)

0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06


Proportion
31

4 DISCUSSÃO

Essa revisão sistemática investigou a evidência disponível sobre a


prevalência de sinais clínicos intra-articulares em crianças e adolescentes. A meta-
análise mostrou que a prevalência de sinais intra-articulares na ATM foi de cerca de
16,0%. Este tópico tem um papel importante para dentistas, que poderiam fornecer
um diagnóstico e tratamento precoce para os sinais e sintomas de DTM. Em
crianças, sabe-se que há muitas alterações fisiológicas adaptativas em casos DTM
durante o crescimento e desenvolvimento craniofacial (Pahkala e Laine, 1991).
Contrariamente a isso, na idade adulta, se o diagnóstico de DTM é tardio, esta
condição pode causar uma destruição irreversível de estruturas intracapsulares da
ATM e, posteriormente, anormalidades no desenvolvimento craniofacial, dor na
região da ATM e DTM (Kritsineli e Shim, 1992).
Desarranjos internos da ATM são definidos como falhas mecânicas
relacionadas com o posicionamento inadequado do disco articular da ATM
associado a uma potencial interferência nos movimentos mandibulares normais. Um
ruído ao abrir e fechar a boca muitas vezes indica um deslocamento anterior do
disco com redução. Este distúrbio intra-articular é geralmente assintomático e não
acompanhado por qualquer outra indicação de DTM. A sua prevalência na
população varia de 20,0% para 35,0% (Yap et al., 2003).
Ao relatar a prevalência de sinais de distúrbios da ATM em crianças e
adolescentes, diferentes métodos de avaliação foram relatados, assim como o índice
de disfunção de Helkimo (Helkimo, 1974) e o protocolo RDC/TMD (Schiffman, 2014).
O protocolo RDC/TMD (Schiffman, 2014) é amplamente utilizado para o diagnóstico
de DTM. Este protocolo é dividido em duas partes: Eixo I que incide sobre
diagnósticos de DTM e Eixo II que se concentra em processos biológicos e
comportamentais. O objetivo deste último é fornecer os critérios diagnósticos de
DTM com definições operacionais simples, claras, confiáveis e válidas para as
definições operacionais de história, exame e procedimentos de imagem de
diagnósticos físicos. A confiabilidade RDC/TMD foi considerada satisfatória em
populações adultas (Dworkin, 1990; Dworkin, 2002) e sua validade e utilidade clínica
para crianças e adolescentes foram demonstradas para o Eixo I, mas não
completamente para o Eixo II (Wahlund, List e Dworkin, 1998). O protocolo
RDC/TMD permite que os pesquisadores realizem o exame físico com uma
32

metodologia simples e confiável e, em seguida, compararem seus resultados com


outro estudo que utilizou o mesmo protocolo.
Nosso estudo incluiu tanto estudos preliminares que utilizaram o protocolo
RDC/TMD quanto estudos executados antes do surgimento do protocolo RDC/TMD,
mas que aplicaram critérios semelhantes para definir distúrbios da ATM. Embora o
RDC/TMD tenha sido criado para registrar os sinais e sintomas de DTM em adultos,
não há atualmente nenhuma outra metodologia validada para a avaliação de sinais e
sintomas da DTM em crianças ou adolescentes.
Essa revisão sistemática considerou somente artigos com população mínima
de 300 indivíduos. Isso foi definido com o intuito de evitar ou diminuir o viés entre os
estudos, manter a homogeneidade dos resultados e fazer comparações mais fáceis
entre os estudos. Alguns estudos avaliaram ruídos na ATM à palpação e outros
avaliaram os ruídos da ATM usando estetoscópio. Frequentemente, a prevalência de
ruídos na ATM quando avaliada utilizando-se estetoscópio é mais elevada do que as
registadas à palpação, devido ao fato de que mesmo um menor som pode ser
facilmente detectado (Alamoudi et al., 1998). A respeito disso, um estudo (Kritsineli e
Shim, 1992) relatou uma prevalência de 52,5% de ruídos articulares utilizando
estetoscópio.
Esta revisão sistemática, através de sua meta- análise, registou uma
prevalência de 16,0% para pelo menos um sinal de transtorno de DTM (click ou
crepitação à palpação). Foi também possível observar que a prevalência de ruídos
na ATM aumentou com a idade nos estudos que consideraram uma amostra
variando de 10 a 18 anos de idade (Gazit et al., 1984; Winocur et al., 2006).
Os resultados sobre ruídos na ATM devem ser interpretados com cautela, já
que a reprodução crítica do processo de palpação intra e inter examinadores varia
bastante entre os estudos. Analisando o tamanho da amostra considerada pela
nossa meta-análise, a prevalência de pelo menos um sinal de intra-articular DTM é
altamente comparável com outros estudos, incluindo amostras superiores a 3.000
indivíduos. Estes tamanhos de amostra são considerados suficientemente grande
para estudos os quais avaliam DTM. Devido a isso, é importante estudar estes sinais
clínicos em crianças e adolescentes, a fim de evitar ou prevenir complicações futuras
na ATM.
Nesta meta-análise, algumas limitações devem ser apontadas. Tentou-se
minimizar o viés entre os estudos e obter homogeneidade máxima entre os estudos
33

utilizando-se um critério de elegibilidade e de exclusão apropriados e tentando


selecionar somente estudos com amostras semelhantes e métodos semelhantes de
exame clínico. No entanto, esta revisão sistemática encontrou uma variação
considerável da prevalência relatada pelos estudos incluídos. Essa variação entre
esses estudos ocorre devido a diferentes características dos estudos incluídos
(diferentes idades, faixas etárias, tamanho da amostra, relação de distribuição de
gênero) e não por causa da metodologia aplicada.
O tamanho mínimo da amostra selecionada para a inclusão dos estudos
nesta revisão sistemática foi de 300 indivíduos. Porém, de acordo com
(Giannakopoulos, 2012) um tamanho de amostra suficiente para avaliar DTM deve
conter mais de 600 indivíduos. Isso certamente permite que os pesquisadores
descrevam seus resultados com maior confiabilidade e representatividade dos sinais
de DTM na população em geral.

5 CONCLUSÃO

A prevalência de sinais clínicos intra-articulares de DTM em crianças e


adolescentes foi cerca de 16,0%. A prevalência de ruídos na ATM foi de
aproximadamente 14,0%. O sinal mais prevalente foi o click articular seguido de
travamento mandibular.
34

REFERÊNCIAS

ALAMOUDI, N. et al. Temporomandibular disorders among school children. The


Journal of clinical pediatric dentistry, UNITED STATES, v. 22, n. 4, p. 323-328,
1998. ISSN 1053-4628; 1053-4628. Acesso em: Summer.

BONJARDIM, L. R. G., MARIA BEATRIZ DUARTE CARMAGNANI, FABIOLA


GRAMMATICO PEREIRA, LUCIANO JOSE; CASTELO, P. M. Signs and symptoms
of temporomandibular joint dysfunction in children with primary dentition. The
Journal of clinical pediatric dentistry, v. 28, p. 6, 2003.

DE KANTER, R. J. et al. Prevalence in the Dutch adult population and a meta-


analysis of signs and symptoms of temporomandibular disorder. Journal of dental
research, UNITED STATES, v. 72, n. 11, p. 1509-1518, 1993. ISSN 0022-0345;
0022-0345. Acesso em: Nov.

DE SENA, M. F. M., KÉSSIA SUÊNIA F.SANTOS, FERNANDA REGINA R.SILVA,


FRANCISCO WANDERLEY G.P. SERRANO, KRANYA VICTORIA D. Prevalência
de disfunção temporomandibular em crianças e adolescentes. Revista Paulista
de Pediatria. 31: 8 p. 2013.

DEEKS, J. J.; PT HIGGINS, J.; ALTMAN, D. G. Chapter 9. Analysing data and


undertaking meta-analyses. Cochrane Handbook for Systematic Reviews of
Interventions: Cochrane Book Series. MRC BIOSTATISTICS UNIT, C., UNITED
KINGDOM e AUSTRALASIAN COCHRANE CENTRE, M. U., MELBOURNE,
AUSTRALIA. www.cochrane-handbook.org: The Cochrane Collaboration: 54 p. 2008.

DENG, Y. M.; FU, M. K.; HAGG, U. Prevalence of temporomandibular joint


dysfunction (TMJD) in Chinese children and adolescents. A cross-sectional
epidemiological study. European journal of orthodontics, ENGLAND, v. 17, n. 4, p.
305-309, 1995. ISSN 0141-5387; 0141-5387. Acesso em: Aug.

DWORKIN, S., JMANCL, LOHRBACH, RLERESCHE, LTRUELOVE, E. Reliability,


validity, and clinical utility of the research diagnostic criteria for temporomandibular
disorders axis II scales: depression, non-specific physical symptoms, and graded
chronic pain. Journal Of Orofacial Pain, v. 16, p. 14, 2002.

DWORKIN, S. F. L., LINDADEROUEN, TIMOTHYVON KORFF, MICHAEL.


Assessing clinical signs of temporomandibular disorders: reliability of clinical
examiners. The Journal of Prosthetic Dentistry, v. 63, p. 6, 1990.

FARSI, N. M. A. Symptoms and signs of temporomandibular disorders and oral


parafunctions among Saudi children. Journal of oral rehabilitation, United
Kingdom, v. 30, n. 12, p. 1200-1208, 2003. ISSN 0305-182X. Acesso em: December
2003.

FETEIH, R. M. Signs and symptoms of temporomandibular disorders and oral


parafunctions in urban Saudi Arabian adolescents: a research report. Head & face
medicine, England, v. 2, p. 25, 2006. ISSN 1746-160X; 1746-160X. Acesso em:
Aug 16.
35

GAZIT, E. et al. Prevalence of mandibular dysfunction in 10-18 year old Israeli


schoolchildren. Journal of oral rehabilitation, ENGLAND, v. 11, n. 4, p. 307-317,
1984. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Jul.

GIANNAKOPOULOS, N. R., P EBERHARD, L SCHMITTER, M. A new instrument


for assessing the quality of studies on prevalence: Clinical Oral Investigations.
16: 8 p. 2012.

HELKIMO, M. Studies on function and dysfunction of the masticatory system. Index


for anamnestic and clinical dysfunction and occlusal state. Swedish dental journal,
v. 67, p. 22, 1974.

HIRSCH, C.; HOFFMANN, J.; TURP, J. C. Are temporomandibular disorder


symptoms and diagnoses associated with pubertal development in adolescents? An
epidemiological study. Journal of orofacial orthopedics = Fortschritte der
Kieferorthopadie : Organ/official journal Deutsche Gesellschaft fur
Kieferorthopadie, Germany, v. 73, n. 1, p. 6-8, 10-8, 2012. ISSN 1615-6714; 1434-
5293. Acesso em: Jan.

KEELING, S. D. et al. Risk factors associated with temporomandibular joint sounds


in children 6 to 12 years of age. American Journal of Orthodontics and
Dentofacial Orthopedics : Official Publication of the American Association of
Orthodontists, its Constituent Societies, and the American Board of
Orthodontics, UNITED STATES, v. 105, n. 3, p. 279-287, 1994. ISSN 0889-5406;
0889-5406. Acesso em: Mar.

KRITSINELI, M.; SHIM, Y. S. Malocclusion, body posture, and temporomandibular


disorder in children with primary and mixed dentition. The Journal of clinical
pediatric dentistry, UNITED STATES, v. 16, n. 2, p. 86-93, 1992. ISSN 1053-4628;
1053-4628. Acesso em: Winter.

LEEUW, R. D. Dor orofacial-Guia de Avaliação, Diagnóstico e Tratamento. 4a.


2010. 315 ISBN 9788587425959.

MOBILIO, N. et al. Prevalence of self-reported symptoms related to


temporomandibular disorders in an Italian population. Journal of oral rehabilitation,
England, v. 38, n. 12, p. 884-890, 2011. ISSN 1365-2842; 0305-182X. Acesso em:
Dec.

MOHER, D., ALESSANDROTETZLAFF, JENNIFERALTMAN, DOUGLAS G.


Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA
Statement. International Journal of surgery, v. 62, p. 7, 2009.

MOYAHO-BERNAL, A. et al. Prevalence of signs and symptoms of


temporomandibular disorders in children in the State of Puebla, Mexico, evaluated
with the research diagnostic criteria for temporomandibular disorders (RDC/TMD).
Acta Odontologica Latinoamericana : AOL, Argentina, v. 23, n. 3, p. 228-233,
2010. ISSN 0326-4815. Acesso em: 2010.
36

PAHKALA, R.; LAINE, T. Variation in function of the masticatory system in 1008 rural
children. The Journal of clinical pediatric dentistry, UNITED STATES, v. 16, n. 1,
p. 25-30, 1991. ISSN 1053-4628; 1053-4628. Acesso em: Fall.

PAIN, A. A. O. O. What is orofacial pain. http://www.aaop.org/, Acesso em: April,


16.

SCHIFFMAN, E., RICHARDTRUELOVE, EDMONDLOOK, JOHNANDERSON,


GARYGOULET, JEAN-PAULLIST, THOMASSVENSSON, PETERGONZALEZ,
YOLYLOBBEZOO, FRANKMICHELOTTI, AMBRABROOKS, SHARON
LCEUSTERS, WERNERDRANGSHOLT, MARKETTLIN, DOMINIKGAUL,
CHARLYGOLDBERG, LOUIS JHAYTHORNTHWAITE, JENNIFER AHOLLENDER,
LARSJENSEN, RIGMORJOHN, MIKE TDE LAAT, ANTOONDE LEEUW,
RENYMAIXNER, WILLIAMVAN DER MEULEN, MARYLEEMURRAY, GREG
MNIXDORF, DONALD RPALLA, SANDROPETERSSON, ARNEPIONCHON,
PAULSMITH, BARRYVISSCHER, CORINE MZAKRZEWSKA, JOANNADWORKIN,
SAMUEL F. Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (DC/TMD) for
Clinical and Research Applications: recommendations of the International RDC/TMD
Consortium Network* and Orofacial Pain Special Interest Group. Journal of oral &
facial pain and headache, v. 28, p. 22, 2014.

SONMEZ, H. et al. Prevalence of temporomandibular dysfunction in Turkish children


with mixed and permanent dentition. Journal of oral rehabilitation, England, v. 28,
n. 3, p. 280-285, 2001. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Mar.

TECCO, S. et al. Signs and symptoms of temporomandibular joint disorders in


caucasian children and adolescents. Cranio - Journal of Craniomandibular
Practice, United States, v. 29, n. 1, p. 71-79, 2011. ISSN 0886-9634.

THILANDER, B. et al. Prevalence of temporomandibular dysfunction and its


association with malocclusion in children and adolescents: an epidemiologic study
related to specified stages of dental development. The Angle Orthodontist, United
States, v. 72, n. 2, p. 146-154, 2002. ISSN 0003-3219; 0003-3219. Acesso em: Apr.

WAHLUND, K.; LIST, T.; DWORKIN, S. F. Temporomandibular disorders in children


and adolescents: reliability of a questionnaire, clinical examination, and diagnosis.
Journal of orofacial pain, UNITED STATES, v. 12, n. 1, p. 42-51, 1998. ISSN
1064-6655; 1064-6655. Acesso em: Winter.

WINOCUR, E. et al. Oral habits and their association with signs and symptoms of
temporomandibular disorders in adolescents: a gender comparison. Oral surgery,
oral medicine, oral pathology, oral radiology, and endodontics, United States, v.
102, n. 4, p. 482-487, 2006. ISSN 1528-395X; 1079-2104. Acesso em: Oct.

YAP, A. U. et al. Prevalence of temporomandibular disorder subtypes, psychologic


distress, and psychosocial dysfunction in Asian patients. Journal of orofacial pain,
United States, v. 17, n. 1, p. 21-28, 2003. ISSN 1064-6655; 1064-6655. Acesso em:
Winter.
37

Anexos

Anexo 1 – Artigos excluídos e razões de exclusão.

Author Reasons for


exclusion*
1. Abdel-Hakim et al 1983(Abdel-Hakim, 1983) 5
2. Abdel-Hakim et al 1996(Abdel-Hakim, Alsalem e Khan, 1996) 5
3. Agerberg and Carlsson et al 1972(Agerberg e Carlsson, 1972) 4, 5
4. Ajanovic et al 2013(Ajanovic et al., 2013) 10
5. Akeel and Al-Jasser et al 1999(Akeel e Al-Jasser, 1999) 10
6. Bakke et al 1995(Bakke et al., 1995) 10
7. Bonjardim et al 2005(Bonjardim et al., 2005) 8
8. Catapano et al 1990(Catapano et al., 1990) 5
9. Collesano et al 1988(Collesano et al., 1988) 5
10. Conti et al 1996(Conti et al., 1996) 5
11. Conti et al 2003(Conti et al., 2003) 10
12. Cooper and Kleinberg et al 2007(Cooper e Kleinberg, 2007) 5
13. Cortese and Biondi et al 2009(Cortese e Biondi, 2009) 7
14. De Boever and Van Den Berghe et al 1987(De Boever e Van Den Berghe, 1987) 8
15. De Vis et al 1984(De Vis, De Boever e Van Cauwenberghe, 1984) 8
16. Dodic et al 2004(Dodic, 2004) 5
17. Dunzl 1983(Dunzl e Besch, 1983) 11
18. Egermark-Eriksson et al 1981(Egermark-Eriksson, Carlsson e Ingervall, 1981) 8
19. Emodi-Perlman et al 2012(Emodi-Perlman et al., 2012) 10
20. Gavish et al 2000(Gavish et al., 2000) 10
21. Goddard et al 1995(Goddard, 1995) 8
22. Grosfeld and Czarnecka et al 1977(Grosfeld e Czarnecka, 1977) 8
23. Grosfeld et al 1985(Grosfeld, Jackowska e Czarnecka, 1985) 8
24. Heikinheimo et al 1989(Heikinheimo et al., 1989) 8
25. Henrikson et al 1999(Henrikson, Nilner e Kurol, 1999) 10
26. Henrikson and Nilner et al 2000(Henrikson, Nilner e Kurol, 2000) 10
27. Hirata et al 1992(Hirata et al., 1992) 10
28. Howell and Morel et al 1993(Howell e Morel, 1993) 10
29. Huddleston Slater et al 2007(Huddleston Slater et al., 2007) 9
30. Jagger and Wood et al 1992(Jagger e Wood, 1992) 5
31. Jagger et al 2004(Jagger, Woolley e Savio, 2004) 5
32. Kalaykova et al 2011(Kalaykova, Lobbezoo e Naeije, 2011) 10
33. Kampe et al 1987(Kampe et al., 1987) 8
34. Katzberg et al 1996(Katzberg et al., 1996a) 5
35. Katzberg et al 1996(Katzberg et al., 1996b) 3
36. Khedr et al 2010(Khedr et al., 2010) 5
37. Kirveskari et al 1992(Kirveskari, Alanen e Jamsa, 1992) 8
38. Kirveskari et al 2001(Kirveskari, 2001) 5
39. Kitai et al 1997(Kitai et al., 1997) 9
40. Köhler et al 2009(Kohler et al., 2009) 8
41. Kononen et al 1987(Kononen et al., 1987) 8
42. Kononen and Nyström 1993(Kononen e Nystrom, 1993) 10
43. List et al 1999(List et al., 1999) 9
44. Liu and Tsai et al 1996(Liu e Tsai, 1996) 5
45. Magnusson et al 1985(Magnusson, Egermark-Eriksson e Carlsson, 1985) 8
46. Magnusson et al 1994(Magnusson, Carlsson e Egermark, 1994) 10
47. Magnusson et al 2000(Magnusson, Egermark e Carlsson, 2000) 10
48. Magnusson et al 2005(Magnusson, Egermark e Carlsson, 2005) 6
49. Meijer van Putten 1996(Meijer Van Putten, 1996) 11
50. Manfredini et al 2006(Manfredini, Chiappe e Bosco, 2006) 5
51. Motegi et al 1992(Motegi et al., 1992) 9
52. Motohashi et al 2009(Motohashi et al., 2009) 8
53. Moyaho-Bernal et al 2010(Moyaho-Bernal et al., 2010) 10
38

54. Muhtaroðullarý et al 2004(Muhtarogullari, Demirel e Saygili, 2004) 8


55. Nielsen and Melsen et al 1988 (Nielsen, Melsen e Terp, 1988) 8
56. Nielsen and Melsen et al 1989(Nielsen, Melsen e Terp, 1989) 8
57. Nilner et al 1983(Nilner, 1983) 8
58. Nilner 1986(Nilner, 1986) 8, 9
59. Nilsson et al 2007(Nilsson, 2007) 6
60. Ogura et al 1985(Ogura et al., 1985) 8
61. Ohno et al 1988(Ohno et al., 1988) 8
62. Okeson et al 1989(Okeson, 1989) 1
63. Paesani et al 1999(Paesani et al., 1999) 8
64. Pereira et al 2009(Pereira, Pereira-Cenci, et al., 2009) 10
65. Pereira et al 2009(Pereira, Costa, et al., 2009) 10
66. Pilley et al 1992(Pilley et al., 1992) 7
67. Rao et al 1993(Rao et al., 1993) 8
68. Rieder et al 1983(Rieder, Martinoff e Wilcox, 1983) 5
69. Rieder and Martinoff 1983(Rieder e Martinoff, 1983) 5
70. Riolo et al 1987(Riolo, Brandt e Tenhave, 1987) 5, 8
71. Runge et al 1989(Runge et al., 1989) 8
72. Sadowsky et al 1991(Sadowsky, Theisen e Sakols, 1991) 3
73. Seckin et al 2005(Seckin et al., 2005) 8
74. Sánchez-Pérez et al 2013(Sanchez-Perez et al., 2013) 8
75. Sonmez et al 2001(Sonmez et al., 2001) 8
76. Sonnesen et al 1998(Sonnesen, Bakke e Solow, 1998) 10
77. Stockstill et al 1998(Stockstill et al., 1998) 8
78. Szentpetery et al 1986(Szentpetery, Huhn e Fazekas, 1986) 5
79. Takada et al 1971(Takada, 1968) 5
80. Tanne et al 1993(Tanne, Tanaka e Sakuda, 1993) 2
81. Torii et al 2011(Torii, 2011) 10
82. Tuerlings and Limme 2004(Tuerlings e Limme, 2004) 8
83. Verdonck et al 1994(Verdonck et al., 1994) 8
84. Vierola et al 2012(Vierola et al., 2012) 9
85. Wahlund et al 1998(Wahlund, List e Dworkin, 1998) 10
86. Wanman and Agerberg 1986 (Wanman e Agerberg, 1986) 10
87. Wanman and Agerberg 1990(Wanman e Agerberg, 1990) 10
88. Weiler et al 2010 (Weiler et al., 2010) 10
89. Weiler et al 2013(Weiler et al., 2013) 10
90. Westling and Mattiasson 1991(Westling e Mattiasson, 1991) 10
91. Westling and Mattiasson 1992(Westling e Mattiasson, 1992) 8
92. Widmalm et al 1995(Widmalm, Gunn, et al., 1995) 8
93. Widmalm et al 1995(Widmalm, Christiansen, et al., 1995) 8
94. Widmalm et al 1999(Widmalm, Christiansen e Gunn, 1999) 8
95. Wigdorowicz-Makowerowa et al 1979(Wigdorowicz-Makowerowa, 1979) 5
96. Williamson 1977(Williamson, 1977) 9
97. Winocur et al 2000(Winocur et al., 2000) 10
98. Winocur et al 2009(Winocur et al., 2009) 5
99. Xu 1989(Xu, 1989) 5

1.Revisões, cartas, resumos de conferência e opiniões pessoais; 2. Estudos cuja


amostra incluiu participantes com anomalias craniofaciais, síndromes genéticas e
doenças neuromusculares; 3.Estudos cuja amostra incluiu pacientes com ortodontia
ou indicação de cirurgia ortognática; 4.Estudos nos quais a entrevista não foi
realizada pessoalmente, mas por outros meios como telefone e e-mail; 5.Estudos em
adultos; 6.Estudos que investigaram somente sintomas musculares como cafaleia;
7.Estudos em que a entrevista e/ou o exame não foi realizado por um dentista;
8.Estudos que não relataram a entrevista ou o exame similarmente como consta no
39

protocolo RDC/TMD; 9.Estudos com amostra de conveniência extraídas de


pacientes em tratamento em clínicas odontológicas ou hospitais; 10. Estudos com
amostra menor que 300 participantes; 11. Estudos não disponíveis.

Referências do anexo 2

ABDEL-HAKIM, A. M. Stomatognathic dysfunction in the western desert of Egypt: an


epidemiological survey. Journal of oral rehabilitation, ENGLAND, v. 10, n. 6, p.
461-468, 1983. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Nov.

ABDEL-HAKIM, A. M.; ALSALEM, A.; KHAN, N. Stomatognathic dysfunctional


symptoms in Saudi Arabian adolescents. Journal of oral rehabilitation, ENGLAND,
v. 23, n. 10, p. 655-661, 1996. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Oct.

AGERBERG, G.; CARLSSON, G. E. Functional disorders of the masticatory system.


I. Distribution of symptoms according to age and sex as judged from investigation by
questionnaire. Acta Odontologica Scandinavica, Norway, v. 30, n. 6, p. 597-613,
1972. ISSN 0001-6357; 0001-6357. Acesso em: Dec.

AJANOVIC, M. et al. Correlation of the prevalence of signs and symptoms of


temporomandibular disorder in adolescent athletes and non-athletes. Acta
Stomatologica Croatica, Croatia, v. 47, n. 3, p. 233-240, 2013. ISSN 0001-7019.

AKEEL, R.; AL-JASSER, N. Temporomandibular disorders in saudi females seeking


orthodontic treatment. Journal of oral rehabilitation, ENGLAND, v. 26, n. 9, p. 757-
762, 1999. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Sep.

BAKKE, M. et al. Variability in assessment of prevalence of temporomandibular joint


disorders in Danish adolescents. Community dentistry and oral epidemiology,
DENMARK, v. 23, n. 4, p. 252-253, 1995. ISSN 0301-5661; 0301-5661. Acesso em:
Aug.

BONJARDIM, L. R. et al. Signs and symptoms of temporomandibular disorders in


adolescents. Brazilian oral research, Brazil, v. 19, n. 2, p. 93-98, 2005. ISSN 1806-
8324; 1806-8324. Acesso em: Apr-Jun.

CATAPANO, S. et al. An evaluation of the signs and symptoms in patients with


craniomandibular disorders correlated with the radiological pictures obtained by
OLTP. Minerva stomatologica, ITALY, v. 39, n. 11, p. 901-903, 1990. ISSN 0026-
4970; 0026-4970. Acesso em: Nov.

COLLESANO, V. et al. Pain-dysfunction syndrome of the TMJ. Clinical and statistical


aspects. Dental Cadmos, ITALY, v. 56, n. 3, p. 25, 27, 29-49, 1988. ISSN 0011-
8524; 0011-8524. Acesso em: Feb 29.

CONTI, A. et al. Relationship between signs and symptoms of temporomandibular


disorders and orthodontic treatment: a cross-sectional study. The Angle
Orthodontist, United States, v. 73, n. 4, p. 411-417, 2003. ISSN 0003-3219; 0003-
3219. Acesso em: Aug.
40

CONTI, P. C. et al. A cross-sectional study of prevalence and etiology of signs and


symptoms of temporomandibular disorders in high school and university students.
Journal of orofacial pain, UNITED STATES, v. 10, n. 3, p. 254-262, 1996. ISSN
1064-6655; 1064-6655. Acesso em: Summer.

COOPER, B. C.; KLEINBERG, I. Examination of a large patient population for the


presence of symptoms and signs of temporomandibular disorders. Cranio : the
journal of craniomandibular practice, United States, v. 25, n. 2, p. 114-126, 2007.
ISSN 0886-9634; 0886-9634. Acesso em: Apr.

CORTESE, S. G.; BIONDI, A. M. Relationship between dysfunctions and


parafunctional oral habits, and temporomandibular disorders in children and
teenagers. Archivos Argentinos de Pediatria, Argentina, v. 107, n. 2, p. 134-138,
2009. ISSN 1668-3501; 0325-0075. Acesso em: Apr.

DE BOEVER, J. A.; VAN DEN BERGHE, L. Longitudinal study of functional


conditions in the masticatory system in Flemish children. Community dentistry and
oral epidemiology, DENMARK, v. 15, n. 2, p. 100-103, 1987. ISSN 0301-5661;
0301-5661. Acesso em: Apr.

DE VIS, H.; DE BOEVER, J. A.; VAN CAUWENBERGHE, P. Epidemiologic survey of


functional conditions of the masticatory system in Belgian children aged 3-6 years.
Community dentistry and oral epidemiology, DENMARK, v. 12, n. 3, p. 203-207,
1984. ISSN 0301-5661; 0301-5661. Acesso em: Jun.

DODIC, S. Prevalence of craniomandibular dysfunction signs and symptoms in


students of the school of stomatology in Belgrade. Srpski arhiv za celokupno
lekarstvo, Yugoslavia, v. 132, n. 9-10, p. 294-301, 2004. ISSN 0370-8179; 0370-
8179. Acesso em: Sep-Oct.

DUNZL, G.; BESCH, K. J. Incidence of pathologic findings in the temporomandibular


joint and masticatory muscles in young people. ZWR, GERMANY, WEST, v. 92, n. 2,
p. 54-58, 1983. ISSN 0044-166X; 0044-166X. Acesso em: Feb.

EGERMARK-ERIKSSON, I.; CARLSSON, G. E.; INGERVALL, B. Prevalence of


mandibular dysfunction and orofacial parafunction in 7-, 11- and 15-year-old Swedish
children. European journal of orthodontics, United Kingdom, v. 3, n. 3, p. 163-172,
1981. ISSN 0141-5387.

EMODI-PERLMAN, A. et al. Bruxism, oral parafunctions, anamnestic and clinical


findings of temporomandibular disorders in children. Journal of oral rehabilitation,
England, v. 39, n. 2, p. 126-135, 2012. ISSN 1365-2842; 0305-182X. Acesso em:
Feb.

GAVISH, A. et al. Oral habits and their association with signs and symptoms of
temporomandibular disorders in adolescent girls. Journal of oral rehabilitation,
ENGLAND, v. 27, n. 1, p. 22-32, 2000. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em:
Jan.
41

GODDARD, G. Prevalence of temporomandibular joint pain in a population seeking


orthodontic treatment. The Functional orthodontist, UNITED STATES, v. 12, n. 3,
p. 18-20, 1995. ISSN 8756-3150; 8756-3150. Acesso em: May-Jul.

GROSFELD, O.; CZARNECKA, B. Musculo-articular disorders of the stomatognathic


system in school children examined according to clinical criteria. Journal of oral
rehabilitation, ENGLAND, v. 4, n. 2, p. 193-200, 1977. ISSN 0305-182X; 0305-
182X. Acesso em: Apr.

GROSFELD, O.; JACKOWSKA, M.; CZARNECKA, B. Results of epidemiological


examinations of the temporomandibular joint in adolescents and young adults.
Journal of oral rehabilitation, ENGLAND, v. 12, n. 2, p. 95-105, 1985. ISSN 0305-
182X; 0305-182X. Acesso em: Mar.

HEIKINHEIMO, K. et al. Symptoms of craniomandibular disorder in a sample of


Finnish adolescents at the ages of 12 and 15 years. European journal of
orthodontics, SCOTLAND, v. 11, n. 4, p. 325-331, 1989. ISSN 0141-5387; 0141-
5387. Acesso em: Nov.

HENRIKSON, T.; NILNER, M.; KUROL, J. Symptoms and signs of


temporomandibular disorders before, during and after orthodontic treatment.
Swedish dental journal, SWEDEN, v. 23, n. 5-6, p. 193-207, 1999. ISSN 0347-
9994; 0347-9994.

HENRIKSON, T.; NILNER, M.. Signs of temporomandibular disorders in girls


receiving orthodontic treatment. A prospective and longitudinal comparison with
untreated Class II malocclusions and normal occlusion subjects. European journal
of orthodontics, ENGLAND, v. 22, n. 3, p. 271-281, 2000. ISSN 0141-5387; 0141-
5387. Acesso em: Jun.

HIRATA, R. H. et al. Longitudinal study of signs of temporomandibular disorders


(TMD) in orthodontically treated and nontreated groups. American Journal of
Orthodontics and Dentofacial Orthopedics : Official Publication of the
American Association of Orthodontists, its Constituent Societies, and the
American Board of Orthodontics, UNITED STATES, v. 101, n. 1, p. 35-40, 1992.
ISSN 0889-5406; 0889-5406. Acesso em: Jan.

HOWELL, S.; MOREL, G. Orthodontic treatment needs in Westmead Hospital Dental


Clinical School. Australian Dental Journal, AUSTRALIA, v. 38, n. 5, p. 367-372,
1993. ISSN 0045-0421; 0045-0421. Acesso em: Oct.

HUDDLESTON SLATER, J. J. R. et al. Anterior disc displacement with reduction


and symptomatic hypermobility in the human temporomandibular joint: Prevalence
rates and risk factors in children and teenagers. Journal of orofacial pain, United
States, v. 21, n. 1, p. 55-62, 2007. ISSN 1064-6655.

JAGGER, R. G.; WOOD, C. Signs and symptoms of temporomandibular joint


dysfunction in a Saudi Arabian population. Journal of oral rehabilitation,
ENGLAND, v. 19, n. 4, p. 353-359, 1992. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em:
Jul.
42

JAGGER, R. G.; WOOLLEY, S. M.; SAVIO, L. Signs and symptoms of


temporomandibular disorders in Ecuadorian Indians. Journal of oral rehabilitation,
England, v. 31, n. 4, p. 293-297, 2004. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em:
Apr.

KALAYKOVA, S. I.; LOBBEZOO, F.; NAEIJE, M. Risk factors for anterior disc
displacement with reduction and intermittent locking in adolescents. Journal of
orofacial pain, United States, v. 25, n. 2, p. 153-160, 2011. ISSN 1064-6655; 1064-
6655. Acesso em: Spring.

KAMPE, T. et al. Three-year longitudinal study of mandibular dysfunction in young


adults with intact and restored dentitions. Acta Odontologica Scandinavica,
NORWAY, v. 45, n. 1, p. 25-30, 1987. ISSN 0001-6357; 0001-6357. Acesso em:
Feb.

KATZBERG, R. W. et al. Anatomic disorders of the temporomandibular joint disc in


asymptomatic subjects. Journal of oral and maxillofacial surgery : official journal
of the American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons, UNITED
STATES, v. 54, n. 2, p. 147-53; discussion 153-5, 1996a. ISSN 0278-2391; 0278-
2391. Acesso em: Feb.

KATZBERG et al. Orthodontics and temporomandibular joint internal derangement.


American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics : Official
Publication of the American Association of Orthodontists, its Constituent
Societies, and the American Board of Orthodontics, UNITED STATES, v. 109, n.
5, p. 515-520, 1996b. ISSN 0889-5406; 0889-5406. Acesso em: May.

KHEDR, E. M. et al. Epidemiological study of chronic tinnitus in Assiut, Egypt.


Neuroepidemiology, Switzerland, v. 35, n. 1, p. 45-52, 2010. ISSN 1423-0208;
0251-5350.

KIRVESKARI, P. Prediction of demand for treatment of temporomandibular


disorders. Journal of oral rehabilitation, England, v. 28, n. 6, p. 572-575, 2001.
ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Jun.

KIRVESKARI, P.; ALANEN, P.; JAMSA, T. Association between craniomandibular


disorders and occlusal interferences in children. The Journal of prosthetic
dentistry, UNITED STATES, v. 67, n. 5, p. 692-696, 1992. ISSN 0022-3913; 0022-
3913. Acesso em: May.

KITAI, N. et al. Pain and other cardinal TMJ dysfunction symptoms: a longitudinal
survey of Japanese female adolescents. Journal of oral rehabilitation, ENGLAND,
v. 24, n. 10, p. 741-748, 1997. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Oct.

KOHLER, A. A. et al. Prevalence of symptoms and signs indicative of


temporomandibular disorders in children and adolescents. A cross-sectional
epidemiological investigation covering two decades. European archives of
paediatric dentistry : official journal of the European Academy of Paediatric
Dentistry, England, v. 10 Suppl 1, p. 16-25, 2009. ISSN 1818-6300; 1818-6300.
Acesso em: Nov.
43

KONONEN, M.; NYSTROM, M. A longitudinal study of craniomandibular disorders in


Finnish adolescents. Journal of orofacial pain, UNITED STATES, v. 7, n. 4, p. 329-
336, 1993. ISSN 1064-6655; 1064-6655. Acesso em: Fall.

KONONEN, M. et al. Signs and symptoms of craniomandibular disorders in a series


of Finnish children. Acta Odontologica Scandinavica, NORWAY, v. 45, n. 2, p.
109-114, 1987. ISSN 0001-6357; 0001-6357. Acesso em: Apr.

LIST, T. et al. TMD in children and adolescents: prevalence of pain, gender


differences, and perceived treatment need. Journal of orofacial pain, UNITED
STATES, v. 13, n. 1, p. 9-20, 1999. ISSN 1064-6655; 1064-6655. Acesso em:
Winter.

LIU, J. K.; TSAI, M. Y. The prevalence of TMD in orthodontic patients prior to


treatment at NCKUH in southern Taiwan. National Cheng Kung University Hospital.
The Functional orthodontist, UNITED STATES, v. 13, n. 5, p. 9-12, 1996. ISSN
8756-3150; 8756-3150. Acesso em: Nov-Dec.

MAGNUSSON, T.; CARLSSON, G. E.; EGERMARK, I. Changes in clinical signs of


craniomandibular disorders from the age of 15 to 25 years. Journal of orofacial
pain, UNITED STATES, v. 8, n. 2, p. 207-215, 1994. ISSN 1064-6655; 1064-6655.
Acesso em: Spring.

MAGNUSSON, T.; EGERMARK, I.; CARLSSON, G. E. A longitudinal epidemiologic


study of signs and symptoms of temporomandibular disorders from 15 to 35 years of
age. Journal of orofacial pain, United States, v. 14, n. 4, p. 310-319, 2000. ISSN
1064-6655; 1064-6655. Acesso em: Fall.

MAGNUSSON, T.; EGERMARK, I.; CARLSSON, G. E. A prospective investigation


over two decades on signs and symptoms of temporomandibular disorders and
associated variables. A final summary. Acta Odontologica Scandinavica, Norway,
v. 63, n. 2, p. 99-109, 2005. ISSN 0001-6357.

MAGNUSSON, T.; EGERMARK-ERIKSSON, I.; CARLSSON, G. E. Four-year


longitudinal study of mandibular dysfunction in children. Community dentistry and
oral epidemiology, DENMARK, v. 13, n. 2, p. 117-120, 1985. ISSN 0301-5661;
0301-5661. Acesso em: Apr.

MANFREDINI, D.; CHIAPPE, G.; BOSCO, M. Research diagnostic criteria for


temporomandibular disorders (RDC/TMD) axis I diagnoses in an Italian patient
population. Journal of oral rehabilitation, England, v. 33, n. 8, p. 551-558, 2006.
ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Aug.

MEIJER VAN PUTTEN, J. B. Cracking sounds in the jaw joint. Nederlands


tijdschrift voor tandheelkunde, Netherlands, v. 103, n. 6, p. 236-237, 1996. ISSN
0028-2200; 0028-2200. Acesso em: Jun.

MOTEGI, E. et al. An orthodontic study of temporomandibular joint disorders. Part 1:


Epidemiological research in Japanese 6-18 year olds. The Angle Orthodontist,
UNITED STATES, v. 62, n. 4, p. 249-256, 1992. ISSN 0003-3219; 0003-3219.
Acesso em: Winter.
44

MOTOHASHI, M. et al. The oral health of children in a rural area of the Lao People's
Democratic Republic. Journal of oral science, Japan, v. 51, n. 1, p. 131-135, 2009.
ISSN 1343-4934; 1343-4934. Acesso em: Mar.

MOYAHO-BERNAL, A. et al. Prevalence of signs and symptoms of


temporomandibular disorders in children in the State of Puebla, Mexico, evaluated
with the research diagnostic criteria for temporomandibular disorders (RDC/TMD).
Acta Odontologica Latinoamericana : AOL, Argentina, v. 23, n. 3, p. 228-233,
2010. ISSN 0326-4815.

MUHTAROGULLARI, M.; DEMIREL, F.; SAYGILI, G. Temporomandibular disorders


in Turkish children with mixed and primary dentition: prevalence of signs and
symptoms. The Turkish journal of pediatrics, Turkey, v. 46, n. 2, p. 159-163,
2004. ISSN 0041-4301; 0041-4301. Acesso em: Apr-Jun.

NIELSEN, L.; MELSEN, B.; TERP, S. Clinical classification of 14-16-year-old Danish


children according to functional status of the masticatory system. Community
dentistry and oral epidemiology, DENMARK, v. 16, n. 1, p. 47-51, 1988. ISSN
0301-5661; 0301-5661. Acesso em: Feb.

NIELSEN, L.; MELSEN, B. Prevalence, interrelation, and severity of signs of


dysfunction from masticatory system in 14-16-year-old Danish children. Community
dentistry and oral epidemiology, DENMARK, v. 17, n. 2, p. 91-96, 1989. ISSN
0301-5661; 0301-5661. Acesso em: Apr.

NILNER, M. Relationships between oral parafunctions and functional disturbances


and diseases of the stomatognathic system among children aged 7-14 years. Acta
Odontologica Scandinavica, FINLAND, v. 41, n. 3, p. 167-172, 1983. ISSN 0001-
6357; 0001-6357. Acesso em: Jun.

NILNER, M. Functional disturbances and diseases of the stomatognathic system. A


cross-sectional study. The Journal of pedodontics, UNITED STATES, v. 10, n. 3, p.
211-238, 1986. ISSN 0145-5508; 0145-5508. Acesso em: Spring.

NILSSON, I. M. Reliability, validity, incidence and impact of temporormandibular pain


disorders in adolescents. Swedish dental journal.Supplement, Sweden, v. (183), n.
183, p. 7-86, 2007. ISSN 0348-6672; 0348-6672.

OGURA, T. et al. An epidemiological study of TMJ dysfunction syndrome in


adolescents. The Journal of pedodontics, UNITED STATES, v. 10, n. 1, p. 22-35,
1985. ISSN 0145-5508; 0145-5508. Acesso em: Fall.

OHNO, H. et al. Comparative subjective evaluation and prevalence study of TMJ


dysfunction syndrome in Japanese adolescents based on clinical examination.
Community dentistry and oral epidemiology, DENMARK, v. 16, n. 2, p. 122-126,
1988. ISSN 0301-5661; 0301-5661. Acesso em: Apr.

OKESON, J. P. Temporomandibular disorders in children. Pediatric dentistry. 11:


5 p. 1989.
45

PAESANI, D. et al. Prevalence of temporomandibular joint disk displacement in


infants and young children. Oral surgery, oral medicine, oral pathology, oral
radiology, and endodontics, UNITED STATES, v. 87, n. 1, p. 15-19, 1999. ISSN
1079-2104; 1079-2104. Acesso em: Jan.

PEREIRA, L. J. et al. Risk indicators for signs and symptoms of temporomandibular


dysfunction in children. The Journal of clinical pediatric dentistry, United States,
v. 34, n. 1, p. 81-86, 2009. ISSN 1053-4628; 1053-4628. Acesso em: Fall.

PEREIRA, L. J. et al. Psychological factors and the incidence of temporomandibular


disorders in early adolescence. Brazilian oral research, Brazil, v. 23, n. 2, p. 155-
160, 2009. ISSN 1807-3107; 1806-8324. Acesso em: Apr-Jun.

PILLEY, J. R. et al. A survey of craniomandibular disorders in 800 15-year-olds. A


follow-up study of children with malocclusion. European journal of orthodontics,
SCOTLAND, v. 14, n. 2, p. 152-161, 1992. ISSN 0141-5387; 0141-5387. Acesso
em: Apr.

RAO, V. M. et al. Elusive "stuck" disk in the temporomandibular joint: diagnosis with
MR imaging. Radiology, UNITED STATES, v. 189, n. 3, p. 823-827, 1993. ISSN
0033-8419; 0033-8419. Acesso em: Dec.

RIEDER, C. E.; MARTINOFF, J. T. The prevalence of mandibular dysfunction. Part II:


A multiphasic dysfunction profile. Journal of Prosthetic Dentistry, UNITED
STATES, v. 50, n. 2, p. 237-244, 1983. ISSN 0022-3913; 0022-3913.

RIEDER, C. E.; MARTINOFF, J. T.; WILCOX, S. A. The prevalence of mandibular


dysfunction. Part I: Sex and age distribution of related signs and symptoms. The
Journal of prosthetic dentistry, UNITED STATES, v. 50, n. 1, p. 81-88, 1983.
ISSN 0022-3913; 0022-3913. Acesso em: Jul.

RIOLO, M. L.; BRANDT, D.; TENHAVE, T. R. Associations between occlusal


characteristics and signs and symptoms of TMJ dysfunction in children and young
adults. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics : Official
Publication of the American Association of Orthodontists, its Constituent
Societies, and the American Board of Orthodontics, UNITED STATES, v. 92, n.
6, p. 467-477, 1987. ISSN 0889-5406; 0889-5406. Acesso em: Dec.

RUNGE, M. E. et al. The relationship between temporomandibular joint sounds and


malocclusion. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics :
Official Publication of the American Association of Orthodontists, its
Constituent Societies, and the American Board of Orthodontics, UNITED
STATES, v. 96, n. 1, p. 36-42, 1989. ISSN 0889-5406; 0889-5406. Acesso em: Jul.

SADOWSKY, C.; THEISEN, T. A.; SAKOLS, E. I. Orthodontic treatment and


temporomandibular joint sounds--a longitudinal study. American Journal of
Orthodontics and Dentofacial Orthopedics : Official Publication of the
American Association of Orthodontists, its Constituent Societies, and the
American Board of Orthodontics, UNITED STATES, v. 99, n. 5, p. 441-447, 1991.
ISSN 0889-5406; 0889-5406. Acesso em: May.
46

SANCHEZ-PEREZ, L. et al. Malocclusion and TMJ disorders in teenagers from


private and public schools in Mexico City. Medicina Oral, Patologia Oral y Cirugia
Bucal, Spain, v. 18, n. 2, p. e312-e318, 2013. ISSN 1698-4447. Acesso em: 01 Mar
2013.

SECKIN, U. et al. The prevalence of joint hypermobility among high school students.
Rheumatology international, Germany, v. 25, n. 4, p. 260-263, 2005. ISSN 0172-
8172; 0172-8172. Acesso em: May.

SONMEZ, H. et al. Prevalence of temporomandibular dysfunction in Turkish children


with mixed and permanent dentition. Journal of oral rehabilitation, England, v. 28,
n. 3, p. 280-285, 2001. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Mar.

SONNESEN, L.; BAKKE, M.; SOLOW, B. Malocclusion traits and symptoms and
signs of temporomandibular disorders in children with severe malocclusion.
European journal of orthodontics, ENGLAND, v. 20, n. 5, p. 543-559, 1998. ISSN
0141-5387; 0141-5387. Acesso em: Oct.

STOCKSTILL, J. W. et al. Prevalence of temporomandibular disorders (TMD) in


children based on physical signs. ASDC Journal of Dentistry for Children, UNITED
STATES, v. 65, n. 6, p. 459-67, 438, 1998. ISSN 1945-1954; 1945-1954. Acesso
em: Nov-Dec.

SZENTPETERY, A.; HUHN, E.; FAZEKAS, A. Prevalence of mandibular dysfunction


in an urban population in Hungary. Community dentistry and oral epidemiology,
DENMARK, v. 14, n. 3, p. 177-180, 1986. ISSN 0301-5661; 0301-5661. Acesso em:
Jun.

TAKADA, K. F., M.TAMURA, K.YOSHIMURA, Y. ENDO, N.HIROSE, I.HAYASHI,


T.OKAMOTO, J. Clinical study of the temporomandibular joint disturbance. I.
Statistical observation of the patients with temporomandibular disorders. The
Journal of Osaka University Dental School, v. 13, p. 5, 1968.

TANNE, K.; TANAKA, E.; SAKUDA, M. Association between malocclusion and


temporomandibular disorders in orthodontic patients before treatment. Journal of
orofacial pain, UNITED STATES, v. 7, n. 2, p. 156-162, 1993. ISSN 1064-6655;
1064-6655. Acesso em: Spring.

TORII, K. Longitudinal course of temporomandibular joint sounds in Japanese


children and adolescents. Head & face medicine, England, v. 7, p. 17-160X-7-17,
2011. ISSN 1746-160X; 1746-160X. Acesso em: Oct 27.

TUERLINGS, V.; LIMME, M. The prevalence of temporomandibular joint dysfunction


in the mixed dentition. European journal of orthodontics, England, v. 26, n. 3, p.
311-320, 2004. ISSN 0141-5387; 0141-5387. Acesso em: Jun.

VERDONCK, A. et al. The prevalence of cardinal TMJ dysfunction symptoms and its
relationship to occlusal factors in Japanese female adolescents. Journal of oral
rehabilitation, ENGLAND, v. 21, n. 6, p. 687-697, 1994. ISSN 0305-182X; 0305-
182X. Acesso em: Nov.
47

VIEROLA, A. et al. Clinical signs of temporomandibular disorders and various pain


conditions among children 6 to 8 years of age: the PANIC study. Journal of
orofacial pain, United States, v. 26, n. 1, p. 17-25, 2012. ISSN 1064-6655; 1064-
6655. Acesso em: Winter.

WAHLUND, K.; LIST, T.; DWORKIN, S. F. Temporomandibular disorders in children


and adolescents: reliability of a questionnaire, clinical examination, and diagnosis.
Journal of orofacial pain, UNITED STATES, v. 12, n. 1, p. 42-51, 1998. ISSN
1064-6655; 1064-6655. Acesso em: Winter.

WANMAN, A.; AGERBERG, G. Mandibular dysfunction in adolescents. II. Prevalence


of signs. Acta Odontologica Scandinavica, NORWAY, v. 44, n. 1, p. 55-62, 1986.
ISSN 0001-6357; 0001-6357. Acesso em: Feb.

WEILER, R. M. et al. Temporomandibular joint sounds in adolescents: a longitudinal


study. Oral surgery, oral medicine, and oral pathology, UNITED STATES, v. 69,
n. 1, p. 2-9, 1990. ISSN 0030-4220; 0030-4220. Acesso em: Jan.

WEILER, R. M. et al. Prevalence of signs and symptoms of temporomandibular


dysfunction in female adolescent athletes and non-athletes. International journal of
pediatric otorhinolaryngology, Ireland, v. 77, n. 4, p. 519-524, 2013. ISSN 1872-
8464; 0165-5876. Acesso em: Apr.

WEILER, R. M. E. et al. Prevalence of signs and symptoms of temporomandibular


dysfunction in male adolescent athletes and non-athletes. International journal of
pediatric otorhinolaryngology, Ireland, v. 74, n. 8, p. 896-900, 2010. ISSN 0165-
5876. Acesso em: August 2010.

WESTLING, L.; MATTIASSON, A. Background factors in craniomandibular disorders:


reported symptoms in adolescents with special reference to joint hypermobility and
oral parafunctions. Scandinavian journal of dental research, DENMARK, v. 99, n.
1, p. 48-54, 1991. ISSN 0029-845X; 0029-845X. Acesso em: Feb.

WESTLING, L.; MATTIASSON, A. General joint hypermobility and


temporomandibular joint derangement in adolescents. Annals of the Rheumatic
Diseases, ENGLAND, v. 51, n. 1, p. 87-90, 1992. ISSN 0003-4967; 0003-4967.
Acesso em: Jan.

WIDMALM, S. E.; CHRISTIANSEN, R. L.; GUNN, S. M. Crepitation and clicking as


signs of TMD in preschool children. Cranio : the journal of craniomandibular
practice, UNITED STATES, v. 17, n. 1, p. 58-63, 1999. ISSN 0886-9634; 0886-
9634. Acesso em: Jan.

WIDMALM, S. E. et al. Prevalence of signs and symptoms of craniomandibular


disorders and orofacial parafunction in 4-6-year-old African-American and Caucasian
children. Journal of oral rehabilitation, ENGLAND, v. 22, n. 2, p. 87-93, 1995.
ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Feb.

WIDMALM, S. E. et al. Association between CMD signs and symptoms, oral


parafunctions, race and sex, in 4-6-year-old African-American and Caucasian
48

children. Journal of oral rehabilitation, ENGLAND, v. 22, n. 2, p. 95-100, 1999.


ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em: Feb.

WIGDOROWICZ-MAKOWEROWA, N., CZESŁAWPANEK, HALINAMA´SLANKA,


TERESAPLONKA, KRYSTYNAPALACHA, ANNA. Epidemiologic studies on
prevalence and etiology of functional disturbances of the masticatory system. The
Journal of Prosthetic Dentistry, v. 41, p. 7, 1979.

WILLIAMSON, E. H. Temporomandibular dysfunction in pretreatment adolescent


patients. American Journal of Orthodontics, v. 72, p. 5, 1977.

WINOCUR, E. et al. Generalized joint laxity and its relation with oral habits and
temporomandibular disorders in adolescent girls. Journal of oral rehabilitation,
ENGLAND, v. 27, n. 7, p. 614-622, 2000. ISSN 0305-182X; 0305-182X. Acesso em:
Jul.

WINOCUR, E. et al. A retrospective analysis of temporomandibular findings among


Israeli-born patients based on the RDC/TMD. Journal of oral rehabilitation,
England, v. 36, n. 1, p. 11-17, 2009. ISSN 1365-2842; 0305-182X. Acesso em: Jan.

XU, Y. H. An epidemiologic study of temporomandibular joint dysfunction in young


people. Zhonghua kou qiang yi xue za zhi = Zhonghua kouqiang yixue zazhi =
Chinese journal of stomatology, CHINA, v. 24, n. 4, p. 249-252, 1989. ISSN 1002-
0098; 1002-0098. Acesso em: Jul.

Você também pode gostar