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A construção, iniciada cerca de 1566, consistia num edifício quadrado,

completamente simétrico e inserido num círculo perfeito. Descrever a villa como


"rotonda" (redonda) é, todavia, tecnicamente incorrecto, dado que a planta do
edifício não é circular mas representa antes a intersecção de um quadrado com uma
cruz grega. Todas as quatro fachadas eram dotadas de um corpo avançado com uma
galeria que se podia alcançar subindo uma escadaria; cada uma das quatro entradas
principais conduzia, atravessando um breve vestíbulo ou corredor, à sala central
coroada por uma cúpula. Esta sala central e todas as outras divisões tinham
proporções calculadas com precisão matemática, com base nas regras próprias da
arquitectura de Palladio, que ele elaborou no seu Quattro libri. A sala central
rotonda (redonda) é o centro nevrálgico da composição, na qual Palladio imprime um
impulso centrífugo, alargando-a para o exterior, nos quatro pórticos jónicos e nas
escadarias. A villa resulta, assim, numa arquitectura aberta, observando a cidade e
o campo.

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