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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL

CAMPUS ARAPIRACA

CURSO PEDAGOGIA

JOSÉ ADRIANO RIBEIRO DA SILVA

MEMORABILIA BASEADA NOS LIVROS

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros
Passos, 24° ed., 1989. LARAIA, Roque de Barros, 1932 Cultura: uni conceito
antropológico/Roque 14.ed. 2001. Um Toque de Clássicos, livro de Tania Qunitaneiro,
Márcia Gardênia e Maria Ligia de Oliveira Barbosa 2.ed.2002

ARAPIRACA

2022
José Adriano Ribeiro da Silva

MEMORABILIA BASEADA NOS LIVROS

Trabalho apresentado à disciplina de


Fundamentos Socioantropológicos da
Educação, como requisito para a obtenção de
nota parcial da AB2.

Professor responsável: Dr. Arary Lima Galvão


de Oliveira

ARAPIRACA

2022
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros
Passos, 24° ed., 1989.

No primeiro capítulo as perspectivas da educação, e utiliza como exemplo os índios


norte-americanos, que recusaram um convite dos governantes do estado de Virgínia e
Maryland para que enviassem um jovem de sua tribo para estudar fora, com os colonizadores.
Os índios responderam agradecendo a oferta, e explicando que um jovem que aprendesse na
sociedade fora da tribo seria obsoleto quando voltasse, como aparece em um trecho na carta,
“Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou
como conselheiros.” (p. 9).

Sendo assim a educação não é expressa por apenas um modelo, não há uma forma
única. Em sociedades tribais, de agricultores ou de países industrializados e desenvolvidos ela
existe de diferentes formas. A educação pode existir livre como forma de tornar comunitário o
saber, através das trocas sem fim com a natureza e o homem. Através da educação as
organizações humanas pensam modelos de homens e criam esses através da moldagem
conforme a necessidade, que em conjunto constroem a sociedade.

As sociedades que não tem nada próximo de escolas, a educação existe através da
transferência do saber de uma geração a outra, como explica Émile Durkheim, “Sob regime
tribal, a característica essencial da educação reside no fato de ser difusa e administrada
indistintamente por todos os elementos do clã”. (p. 18-19). O homem como ser consciente,
que usa partes da natureza, cria invenções, aprendeu com o tempo a transformar as trocas de
sabedoria em um processo de ensinar e aprender, como um modo primitivo de centralização
do processo educacional.

Porém, a partir do momento em que o homem vive em uma sociedade mais complexa
socialmente, que ocorre uma divisão social e do trabalho, ele percebe que o processo da
educação surge como problema para essa sociedade fragmentada. Então é a partir daí que o se
começa a pensar em uma organização, normatização desse processo. E essa sistematização da
educação delimita o acesso ao conhecer, que não se torna mais comunitário em sua essência.

O saber comunitário, aquilo que todos conhecem, expressa bem o sentido primeiro da
educação, aonde o conhecimento vem através de trocas interpessoais, sem nenhuma divisão e
exclusividade na hora de ensinar. “Os meninos observam os homens quando fazem arcos e
flechas; o homem os chama para perto de si e eles se veem obrigados a observa-los”. (p. 21).
Essa socialização, portanto faz de nós aos poucos como somos, pensamos, agimos e nos torna
modelos de homens e mulheres idealizados pela sociedade em que se esta inserida. E é através
deste processo em que se reconhece o homem nesse grupo como “um dos seus”. Essa
experiência aparece sempre quando se há a intenção de aprende e ensinar, intenção que
“modela” a criança para se tornar um “modelo” de adolescente, e assim por diante.

Entretanto mesmo em sociedades primitivas quando o trabalho e o poder são divididos


e começam a gerar uma hierarquia, o saber não se torna mais comum a todos da tribo, começa
a ser distribuída desigualmente, e pode servir de fomento para aumentar essa disparidade
social. “Então é o começo de quando a sociedade separa e aos poucos apõe: o que faz, o que
se sabe com o que se faz e o que se faz com o que se sabe”. (p. 27Mas mesmo em sociedades
como a nossa, não se pode abandonar as formas livres de aprendizagem que acontecem na
família e na comunidade, e essa troca de aprendizagem é muito mais universal entre os
homens e suas sociedades.

Na Grécia um dos primeiros modelos de educação, com a intenção da plena


participação do homem na Polis, ideal que se tinha quando se pensava em educação na cultura
grega. Entretanto dividido entre classes de cidadãos que por volta do VI século A.C., deixa de
ser uma prática coletiva. E no mesmo período surgem as escolas primárias em Atenas, não
raro conhecidas como “lojas de ensinar”, onde o menino escravo nem chegava a frequentar, o
menino livre e plebeu em sua grande maioria parava nela, entretanto o menino livre e nobre
passa por este ensino primário, e rapidamente já se transfere para onde ele realmente, dentro
da sociedade grega vai receber sua formação e se tornar um “adulto educado”.

Por muitos séculos a educação grega apontava para a beleza do corpo e a clareza da
mente, mais tarde com pensadores como Sócrates, ela começa a ser pensada como formadora
do espírito. Porém os helênicos nem sempre se reservavam a apenas um modelo de educação,
ela oscilava entre dois modelos antagônicos, a filosófica com Platão, e a retórica, por
exemplo, com Isócrates, que os sofistas transformam em uma formação superior direcionada a
oratória, onde a qualidade desta retórica tem muito mais valor do que, a busca do
conhecimento pelo conhecimento.

A partir deste ponto o ensino na Grécia avança do sofista para o, livresco e escolar, de
adquirir sabedoria para aprender a informação, e também a educação deixa aos poucos de ser
restrita ao privado, e passa a ser estatal e universal. “Aristóteles exige do imperador leis que
regulem direitos e controlem o exercício da educação”. (p. 46). A cultura educacional
helênica foi sempre entendida como a incorporação da cidade na pessoa do cidadão.

“A educação do homem existe por toda parte e, muito mais do que a escola, é o
resultado da ação de todo o meio sociocultural sobre os seus participantes. É o
exercício de viver e conviver o que educam”. (p. 47)

Entre os romanos, como com os gregos e muitos outros povos ao redor do mundo,
com o enriquecimento de uma parte da sociedade a direção do trabalho se separou do próprio
exercício do trabalho. A educação em Roma iniciava-se em casa primeiramente, e em sua
maioria com a intenção de manter e preservar os valores de seus antepassados, e a formação
da consciência moral. Um adulto capaz de renunciar a si em detrimento da comunidade.

A educação romana, assim como a religião, seguia a sombra dos generais através das
terras e povos conquistados. Plutarco descreve como o poder da educação foi determinante
para a afirmação da dominação romana: “As armas não tinham conseguido submetê-los a não
ser parcialmente; foi a educação que os domou”. (p. 53)

A educação varia de definição de acordo com o tempo e modo de pensar do período.


Um destes modelos de como se pensa o que é educação, é o defendido por muitos filósofos e
educadores, o campo da subjetividade, que já é inato ao homem todas as suas capacidades, e a
educação vem apenas “buscar” dentro do ser humano, como um processo interior-exterior de
aprendizagem. “A educação não é mais do que o desenvolvimento consciente e livre das
faculdades inatas do homem”. (Sciacca);(p. 62). Entretanto, existem também outras vertentes
de pensamentos igualmente formadas por intelectuais. Como a de que a educação é um
trabalho de formação através das próprias potencialidades do homem, mas que é um processo
intencional e deliberado. Como aparece na citação de Cohn: “É a influência deliberada e
consciente exercida sobre o ser maleável e inculto, com o propósito de formá-lo”. (Cohn);(p.
65). Outros também pensam, como no caso do sociólogo Werner Jaeger, que não são todos os
homens e todos os povos que pensam a educação como vimos até agora.

A educação teoricamente deve servir de forma igualitária ao filho do operário, do


médico e do engenheiro. Um pensamento atualmente corrente entre educadores é que a
educação é a ferramenta de mudança social, pensamento que não aparece nas leis, pois as leis
são escritas geralmente por quem não pensa que nem elas nem o mundo vão mudar. Essa ideia
de educação para a mudança pode ser expressa pela frase de Kilpatrik: “Educação é a
preparação da criança para uma civilização em mudança.” (Kilpatrik);(p. 79).
Essa educação quando pensada em um dos meios de mudança, dentre outras práticas, é
aceitável e realista. Porém, como pensam os utopistas sociais, que a educação é o único meio
de transformações políticos, sociais e econômicos, seria contraditório, pois se esquecem que a
própria educação é determinada por essas instituições.

No Brasil a educação foi por muito tempo extremamente elitista, os filhos de ricos
frequentavam escolas particulares, e os das camadas sócias mais baixas aprendiam no oficio.
A educação para essa “gente do bem” era principalmente focada na aprendizagem não
profissional, mais direcionada a cultura e política. O resto dos homens recebiam a educação
da vida e da oficina, entretanto esses cidadãos “sem cultura”, eram ótimos lavradores,
carpinteiros, ourives, eram sábios de maneiras diferentes, estes homens “rudes” que fizeram a
riqueza do pais e construíram suas cidades.

Nas primeiras décadas do século XX no Brasil, as ideias liberais de educação


ganharam força, trouxeram o pensar de uma educação igual a todos, ricos e pobres, cedida
pelo Estado. Que resultou na criação da escola pública. as novas mudanças e regras de
produção de bens e poder. A educação é um bem de mercado, chega para os educandos
pronta, sem ao menos os próprios objetos de ensino, os alunos, serem consultados, já pré-
formada por uma minoria dominante detentora do poder. Então por que ainda acreditar na
educação? Se na sociedade desigual, o filho do operário tente a ser um operário. Bom a
educação é inevitável, e se a um sistema ela serve como ferramenta para a desigualdade, em
outro talvez seja a chave para a igualdade dos homens. Se um dia a educação foi feita de um
modo, poderá ser feita de outro, reinventada. Paulo Freire, ao criticar a educação capitalista,
afirma que que ela não é maior que o homem, que ele não é produto da educação, mas que a
educação é produto das pessoas.

A educação não se encontra apenas na escolarização, seria errôneo pensar desta


maneira, ela existe em toda a parte. “Só os educador “deseducado” do saber que existe no
homem e na vida poderia ver educação no ensino escolar, quando ela existe solta entre os
homens e na vida.” (p. 109)

Durante os encontros o professor sempre evidenciava como o conceito de educação se


modificou durante séculos, e como esse processo foi importante de acordo com a necessidade
da existência do ser humano, pois a educação está ligada com a forma de sobrevivência das
comunidades primitivas.
LARAIA, Roque de Barros, 1932 Cultura: uni conceito antropológico/Roque 14.ed.
2001.

O livro é dividido em 2 partes:

• O desenvolvimento do conceito de cultura a partir do Iluminismo até os autores moder


nos;
• Como a cultura influencia o comportamento social e diversifica a humanidade;

Da Natureza da Cultura ou Da Natureza à Cultura

O autor também cita Heródoto - pensador grego considerado “Pai da História” -, para
ele um homem que conhecesse todos os costumes vividos por outros ainda assim acabaria
preferindo os seus próprios, pois estará convencido que estes são melhores.

Além do grego, Laraia ainda cita as observações de Tácito cidadão romano em relação
aos hábitos dos germanos. Também citou os relatos do viajante italiano Marco Polo, com suas
considerações sobre os Tártaros. Além de lembrar os escritos do padre José de Anchieta e de
Montaigne, no século XVI ao falarem sobre os costumes Tupinambá.

Determinismo Biológico

O autor inicia o capítulo criticando os estereótipos culturais, repetidos inúmeras vezes,


de forma pejorativa, tais como: “os ale- mães têm mais habilidades para mecânica” ou “os
norte-americanos são empreendedores e interesseiros” ou “que os nórdicos são mais
inteligentes que os negros”.

Nesta parte o autor deixa bem claro que as diferenças culturais não são determinadas
pelas diferenças genéticas. Laraia nos apresenta a seguinte situação: “Se transpor- tarmos para
o Brasil, logo após o seu nasci- mento, uma criança sueca e a colocarmos sob os cuidados de
uma família sertaneja, ela crescerá como tal e não se diferenciará men- talmente em nada de
seus irmãos de criação.”

O autor ainda lembra que é falso afirmar que as diferenças de comportamento entre
pessoas de sexos diferentes sejam determina- das biologicamente. Em muitos casos as
atividades atribuídas exclusivamente para mulheres em uma cultura, podem ser determinadas
para os homens em outra. Sendo assim, qual- quer sistema de divisão sexual do trabalho é
determinado culturalmente.

Determinismo Geográfico

Neste capítulo temos a crítica direta aos estereótipos culturais e étnicos determinados
geograficamente, como vimos nas frases destacadas do princípio do capítulo anterior.

Desde a antiguidade, acreditava-se que as diferenças de ambiente e clima


condicionavam a diversidade cultural. Até que em 1920 os antropólogos rejeitaram esta
perspectiva, provando que é possível e normal existir diversas culturas em um mesmo
ambiente.

“Um animal frágil, provido de insignificante força física, dominou toda a natureza e se
transformou no mais temível dos predadores. Sem asas, dominou os ares, sem guelras ou
membranas próprias, conquistou os mares. Tudo isso porque difere dos outros animais por ser
o único que possui Cultura.” Laraia

Antecedentes Históricos do conceito de Cultura

O conceito de cultura, de acordo com o autor, foi definido a primeira vez pelo inglês
EdwardTylor (1832-1917), que incluía “conhecimentos, crenças, artes, leis, costumes ou
qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma
sociedade.” Mas vale lembrar que Tylo rape nas formalizou o conceito que já havia sido
debatido e vinha sendo desenvolvido por outros pensadores como o inglês John Locke

pai do Liberalismo e precursor do Iluminismo – ou como o iluminista francês Jean-


Jacques Rousseau que atribuiu um grande papel à educação.

O Desenvolvimento do Conceito de Cultura

O autor cita a visão do alemão Franz Boas, que acreditava na teoria do particularismo
histórico, “segundo o qual cada cultura segue os seus próprios caminhos em função dos di-
ferentes eventos históricos que enfrentou.

Voltando a falar de Kroeber, ele lembra que para se manter vivo o homem depende do
sistema cultural ao qual pertença. Tendo que satisfazer algumas funções fisiológicas vitais.
“Como a alimentação, o sono, a respiração, a atividade sexual, etc. Mas embora estas funções
sejam comuns a humanidade, a maneira de satisfazê-las varia de uma cultura para outra.”

A cultura interfere no plano Biológico

O autor nos apresenta um breve conceito de Apatia Cultural, explicando que ela ocorre
quando um povo perde a motivação e a fé na sua própria cultura, não vendo mais sentidos
para se manterem vivos. Outro fator descrito por Laraia são as crenças em curas ou doenças
sem qualquer com- provação cientifica. Como o desenvolvimento de sentimento de sintomas
de doenças por medo da morte, ou até mesmo acreditar que a combinação de manga com leite
pode causar a morte de alguém.

A cultura é dinâmica

Existem dois tipos de mudança cultural: uma que é interna, resultado da dinâmica do
próprio sistema cultural, e uma segunda que é o resultado do contato de um sistema cultural
com outro.” Laraia. A cultura também pode sofrer alterações devido a eventos históricos,
como catástrofes naturais, alguma grande invenção tecnológica ou algum conflituoso contato
cultural. É preciso entender que todo sistema cultural está sempre em mudança, para evitar
comportamentos preconceituosos no choque entre as gerações.

O professor durante as aulas sempre trazia exemplos mostrando evidencias que o


homem é o resultado do meio cultural que ele vive, sendo ele um “herdeiro de um longo
processo acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiencia adquiridas pelas numerosas
gerações que o antecederam.” Sendo assim mostrando a evolução do homem de acordo com
gerações que antecedem sua existência.
Um Toque de Clássicos, livro de Tania Qunitaneiro, Márcia Gardênia e Maria Ligia de
Oliveira Barbosa 2. ed.2002

A desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo


das coisas.” dialética aponta as contradições constitutivas da vida social que resultam na
negação e superação de uma determinada ordem.

Feuerbach O mundo religioso é concebido como uma projeção fantástica da mente


humana A supressão desse mundo, por meio da crítica religiosa, faria desaparecer a própria
alienação, promovendo a liberação da consciência

Marx rebate essa concepção é nesse ponto que a teoria marxista articula a
dialética e o materialismo sob uma perspectiva histórica Reformulação da dialética
A alienação associa-se às condições materiais de vida e somente a transformação do processo
de vida real, por meio da ação política, poderia extingui-la. A análise da vida social deve,
portanto, ser realizada através de uma perspectiva dialética que esteja fundada no estudo dos
fatos concretos, a fim de expor o movimento do real em seu conjunto.

Marx e Engels colocam como ponto de partida os indivíduos reais, a sua ação e as
suas condições materiais de existência. Materialismo histórico as relações materiais que os
homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as
suas relações. Aquilo que os indivíduos são depende, portanto, das condições materiais de sua
produção.

As formas econômicas sob as quais os homens produzem, consomem e trocam são


transitórias e históricas. Ao adquirir novas forças produtivas, os homens mudam seu modo de
produção, e como modo de produção mudam as relações econômicas.

A premissa da análise marxista da sociedade é a existência de seres humanos que, por


meio da interação com a natureza e com outros indivíduos, dão origem à sua vida material.
O primeiro fato histórico é a produção dos meios que permitem satisfazer as
necessidades, a produção da própria vida material.

Marx nunca se refere a produção de um modo geral, mas a um estágio


determinado do desenvolvimento social.

A estrutura de uma sociedade depende do estado de desenvolvimento de suas forças


produtivas e das relações sociais de produção que lhes são correspondentes

Os homens não são livres árbitros de suas forças produtivas, pois toda força produtiva
é uma força adquirida, produto de uma atividade anterior. O conceito de forças produtivas
refere-se aos instrumentos e habilidades que possibilitam o controle das condições naturais
para a produção, e seu desenvolvimento é em geral cumulativo. O conceito de relações
sociais de produção trata das diferentes formas de organização da produção e distribuição, de
posse e tipos de propriedade dos meios de produção, bem como se constituem no substrato
para a estruturação das desigualdades expressas na forma de classes sociais. Tais relações se
interligam de modo que as mudanças em uma provocam alterações na outra.

A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência encontra-se


na base econômica e material da sociedade, no modo como os homens estão organizados no
processo produtivo. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser
social que, inversamente, determina a sua consciência.

Revolução social em certo estádio de desenvolvimento, as forças produtivas materiais


da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes. A renda não é
um fator independente da produção: é, antes, uma expressão da parcela maior ou menor do
produto a que um grupo de indivíduos pode ter direito em decorrência de sua posição na
estrutura de classes.

Crítica marxista à propriedade privada dos meios de produção da vida humana dirige-
se às suas consequências: exploração da classe de produtores não possuidores por parte de
uma classe de proprietários; limitação à liberdade e às potencialidades dos primeiros.

O francês Émile Durkheim nasceu em uma Europa marcada pela guerra e pela
modernização, ou seja, a sua produção reflete situações ocorridas na época de1858 a 1917,
principalmente. Durkheim foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da
sociologia como ciência empírica, e foi um dos primeiros professores universitários dessa
disciplina. Nas aulas abordadas o professor sempre esclarecia o processo nos dias de hoje o
direito do trabalho é uma consequência do desenvolvimento mundial que o capitalismo teve.
Fruto direto do êxodo rural, em que as pessoas se mudavam do campo para as grandes
cidades, em busca de uma oportunidade de trabalho nas grandes fábricas. Uma das
consequências ruins que o capitalismo traz, é a exploração dos trabalhadores por parte dos
donos das empresas e das fábricas, onde remuneram mal seus funcionários, não respeitam um
horário de trabalho digno e buscam a todo modo reduzir o custo de seus trabalhadores para
poder aumentar os seus lucros.

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