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Grande Oriente do Brasil

RITUAIS ESPECIAIS – EDIÇÃO 2011

SUMÁRIO
Adoção de Lowtons 02

Amazônia – Soberania Nacional 28

Banquete Ritualístico 33

Consagração de Estandarte e Espada Flamígera 50

Consagração de Garante de Amizade 58

Dia das Mães 60

Dia do Maçom 65

Exaltação Matrimonial para as Bodas de Prata, Ouro e Diamante 77

Funeral Maçônico (corpo presente) 85

Inauguração de templos 89

Independência do Brasil 95

Lançamento da pedra fundamental de um templo 100

Pompa Fúnebre 104

Reconhecimento conjugal 112

Regularização de Loja 121

Sagração de Templo 127

Serviço Fúnebre (Ritual apropriado ao enterro de irmãos) 133

Solstício de Verão 135


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ADOÇÃO DE LOWTONS

INSTRUÇÕES PRELIMINARES

A reunião paramaçônica denominada “Sessão de Instrução de Lowtons”


destina-se ao desenvolvimento de nossos Sobrinhos que passaram pela
cerimônia de “Adoção de Lowtons” nesta, ou em qualquer outra Loja
subordinada ao Grande Oriente de São Paulo, Federado ao Grande Oriente do
Brasil.

Tem como objetivo principal a união de todos os Lowtons no sentido de


prepará-los para, no futuro, serem bons e dignos Irmãos.

Procuramos, através da filosofia maçônica, seus conceitos e ensinamentos, o


aprimoramento de nossos Sobrinhos Lowtons.

Os Lowtons ocupam os lugares em Loja ladeados pelos seus respectivos tios,


titulares de ofício, a quem cabe orientá-los na execução dos respectivos
trabalhos e no bom desempenho das suas funções.
O único cargo que não é ocupado por Lowton é o de Venerável Mestre (que
será, obrigatoriamente, exercido por um Mestre Instalado).

QUADRO DA LOJA E JÓIAS REPRESENTATIVAS

CARGO JÓIA

• Venerável Mestre (Presidente): - Esquadro sob o compasso um


arco de círculo e no centro o
sol e o olho vidente;
• Sobrinho 1º Vice-Presidente: - Um nível;
• Sobrinho 2º Vice-Presidente: - Um prumo;
• Sobrinho Orador: - Um livro aberto;
• Sobrinho Secretário: - Duas penas cruzadas;
• Sobrinho Tesoureiro: - Duas chaves cruzadas;
• Sobrinho Chanceler: - Timbre da Loja;
• Sobrinho Mestre de Cerimônias: - Um triângulo;
• Sobrinho Hospitaleiro: - Uma bolsa;
• Sobrinho 1o Diácono: - Uma pomba;
• Sobrinho 2o Diácono: - Uma pomba;
• Sobrinho Porta Bandeira: - Uma bandeira;
• Sobrinho Porta Estandarte: - Um estandarte;
• Sobrinho Guarda do Templo: - Duas espadas cruzadas;
• Sobrinho Mestre de Harmonia: - Uma lira;
• Sobrinho Arquiteto: - Uma trolha;

PREPARAÇÃO DO TEMPLO

A preparação do Templo deve ser feita pelo Sobrinho Arquiteto, auxiliado pelo
Irmão Arquiteto de ofício, cabendo ao mesmo verificar, antes da abertura dos
trabalhos, se o recinto do Templo está devidamente composto, para o
cerimonial que será realizado.
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DISPOSIÇÃO E DECORAÇÃO DO TEMPLO

TRONO DO VENERÁVEL MESTRE

Fica acima do piso da Loja. Sobre o altar deve haver um candelabro de três (3)
luzes, um malhete, e a espada flamígera. Deve também haver uma cadeira de
cada lado do Venerável Mestre.

ORIENTE

Nos tronos dos Sobrinhos Orador e Secretário deve haver um candelabro com
uma (1) luz. A Bandeira Nacional deve ficar à esquerda e o estandarte da Loja
à direita. O Oriente é separado do resto da Loja por uma balaustrada.

ALTAR DOS JURAMENTOS

Sobre o Altar dos Juramentos deve haver um Livro da Lei, um esquadro, um


compasso. e um candelabro, em cada extremidade com uma (1) vela cada.

SOBRINHOS 1o E 2º VICE-PRESIDENTES

Nos altares dos Sobrinhos 1º e 2º Vice-Presidentes deve haver um candelabro


de três (3) luzes. Esse altar está situado no Ocidente, antes da coluna do
Norte. Sobre o mesmo deve haver um malhete.

MATERIAL NECESSÁRIO

Para uma “Sessão de Instrução de Lowtons” deverá ser verificada a existência


de:

• Apagador de velas;
• Atestados de presença para visitantes (Chanceler);
• Compasso sobre o ara;
• Espada flamígera sobre a mesa do Venerável;
• Bastão para o Mestre de Cerimônias;
• Esquadro sobre a ara;
• Fósforo (Isqueiro);
• Jóias dos cargos no átrio;
• Livro da Lei sobra o ara;
• Livro de presença de obreiros (Chanceler);
• Livro de presença de Lowtons (Chanceler);
• Malhetes (para o Venerável, Sobrinhos 1º e 2ºVice-Presidentes);
• Prece (texto bíblico) para leitura de abertura (Orador);
• Quadro com a Carta Constitutiva da Loja;
• Saco de propostas e informações;
• Saco para colheita do Tronco de beneficência;
• Velas.

Ninguém deverá ficar no átrio do Templo até o aviso dado pelo Sobrinho
Mestre de Cerimônias para que os demais Sobrinhos e Irmãos se preparem
para o início dos trabalhos.
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É terminantemente proibido ingressar no Templo antes da hora aprazada assim


como revestir-se de paramentos em seu interior ou lá ficar conversando
aguardando a entrada do cortejo.

No átrio deve existir um quadro, onde as jóias dos cargos ficarão penduradas,
para que o Sobrinho Mestre de Cerimônias proceda a composição da Loja
ainda no átrio. Antes de adentrar ao Templo, todos os Sobrinhos e Irmãos
deverão estar devidamente paramentados.

É proibido ao Sobrinho Mestre de Cerimônias fazer a distribuição de cargos


dentro do Templo.

Lembramos que cabe ao Sobrinho Mestre de Cerimônias a responsabilidade


pela observação desses detalhes além da fiscalização que deve ser exercida
pelo Sobrinho Orador como responsável pelo fiel cumprimento da ritualística
expressa no cerimonial.

TRAJE

O avental é a veste ritualística por excelência sendo o seu uso indispensável


em Loja, tanto pelos Irmãos do quadro da Loja como pelos Lowtons.

TRAJE PARA AS SESSÕES DE INSTRUÇÃO DE LOWTONS

Nessas sessões, os Sobrinhos e Irmãos devem estar


trajando:

• Terno preto ou azul marinho;


• Camisa branca;
• Gravata preta comprida (ou gravata borboleta);
• Meias pretas;
• Sapatos pretos;
• Luvas brancas;

O uso de balandrau é proibido nessas sessões.

Outrossim, não condiz com a dignidade de uma sessão maçônica ou


paramaçônica, o uso injustificado de chinelos, tênis, sandálias ou botas.

USO DE PARAMENTOS EM LOJAS SIMBÓLICAS

Os Irmãos que ocupam cargos administrativos e que têm paramentos próprios


(Grão-Mestre, Deputado Federal, Estadual, membro do Ilustre Conselho
Estadual da ordem, Grande Secretário e outros), podem usar esses
paramentos nessas sessões.

O uso de aventais, colares e faixas dos graus filosóficos não poderão ser
usados nessas sessões.
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Cabe ao Venerável Mestre e ao Irmão Orador de ofício a responsabilidade pelo


fiel cumprimento destas determinações.

É lembrado que os Mestres Maçons devem portar as condecorações


maçônicas no lado esquerdo do peito, a menos que sua apresentação seja na
forma de colar.

Os Lowtons sem cargo portarão sempre o colar com a medalha de sua adoção.

NOTA: Nenhum Sobrinho ou Irmão pode se retirar do Templo sem que o


Venerável dê permissão. Deixará seu óbolo no tronco de beneficência se ainda
não o tiver feito.

ORDEM DOS TRABALHOS

• Abertura ritualística dos trabalhos;


• Leitura e aprovação da ata da sessão anterior;
• Leitura e destino do expediente;
• Saco de propostas e informações;
• Ordem do dia;
• Tempo de estudos;
• Tronco de beneficência;
• Palavra a bem da ordem e do quadro;
• Encerramento ritualístico;

CIRCULAÇÃO EM LOJA

O andar dentro do Templo, de uma forma pré-determinada é prática muito


antiga e deve ser rigorosamente observada.

O giro no sentido horário representa o caminho aparente do sol em redor da


Terra.

A circulação completa é feita no sentido horário (dos ponteiros do relógio).

Ao entrar no Oriente o Sobrinho ou Irmão deverá saudar o trono com um leve


inclinar da cabeça. O mesmo deve ser feito, quando o Sobrinho ou Irmão
desloca-se do Oriente para o Ocidente, ao atravessar a balaustrada.

No Oriente não existe padronização de marcha.

Para circular, não se deve passar atrás das colunas ou altares.


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POSTURA EM LOJA

• Sentado:

Postura ereta.

• De Pé e Parado:

Posição ereta com as mãos ao lado do corpo.

• Andando:

Caminhar normalmente, sem marchar.

BATERIA - ACLAMAÇÃO - QUÁDRUPLO ABRAÇO

• Bateria:

Efetua-se batendo a mão direita sobre a esquerda por quatro vezes


suavemente e não imitando o bater de palmas.

• Aclamação:

Vivant! Vivant! Vivant!

• Quádruplo Abraço:

Passar o braço direito por cima do ombro esquerdo do Sobrinho ou Irmão e


o braço esquerdo por baixo do ombro do mesmo. Bater brandamente por
quatro vezes com a mão direita no dorso do Sobrinho ou Irmão.

Feito isto, inverte-se a posição dos braços repetindo-se os toques e


finalmente volta-se a posição inicial, com nova repetição dos toques.

• Uso do malhete:

O malhete deve ser empunhado com a mão direita, e nunca deverá ser
vibrado com violência. As baterias dos Sobrinhos Vice-Presidentes devem
igualar em intensidade e ritmo, às do Venerável Mestre.

Se os Sobrinhos 1º e 2ºVice-Presidentes tiverem que sair de seus altares


empunhando o malhete, deverão portá-lo na região do coração.

ASSENTO NO ORIENTE

O direito de assento no Oriente cabe a:

• Venerável Mestre;
• Dignidades e Oficiais cujo local de trabalho seja no Oriente;
• Autoridades maçônicas ou portadores de título de distinção maçônica;
• Mestres Instalados;
• Convidados ilustres;
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Cumpridas essas formalidades, os demais lugares serão ocupados a critério do


Venerável Mestre que, normalmente, no início da sessão convida os Irmãos
portadores de determinado grau e acima, para que tomem assento no Oriente.

Segundo as normas em vigor, o assento no trono ao lado direito do Venerável


Mestre é reservado para a mais alta autoridade maçônica presente, e o lugar à
sua esquerda para o ex-Venerável. Não deve ser confundido o ex-Venerável
(último Venerável) com um Mestre Instalado. Se o ex-Venerável não estiver
presente o Venerável convidará quem lhe aprouver para ocupar este lugar.

APRENDIZES E COMPANHEIROS

Ocupam seus respectivos lugares normalmente.

ABREVIATURA DE GRAU EM LIVRO DE PRESENÇA

Não existe. Os Lowtons assinarão livro próprio. Os Irmãos assinarão o livro de


presença na forma de costume com as respectivas abreviaturas.

ENTRAR ATRASADO EM LOJA

Não será permitido nesta sessão.

CULTO AO PAVILHÃO NACIONAL

O culto ao pavilhão nacional, nos Templos maçônicos brasileiros, foi instituído


no Grande Oriente do Brasil em 17 de julho de 1920. Em 02 de abril de 1959,
foi sancionado o decreto que regulamenta o culto ao pavilhão nacional nas
solenidades maçônicas, cujo texto é o seguinte:

"Art. 1o. - O culto ao pavilhão nacional, nos Templos ou em qualquer outro


recinto, em que se realize uma solenidade maçônica, seja litúrgica, cívica ou
cultural, obedecerá as seguintes normas:

A - Nas sessões magnas, sem presença de visitantes especialmente


convidados, o pavilhão deverá ser hasteado antes da abertura dos trabalhos, e
a sua saudação será efetuada como último ato dos trabalhos, antes de seu
encerramento.

B - Nas sessões magnas, de âmbito geral, sejam elas litúrgicas, cívicas ou


culturais, o pavilhão nacional dará entrada no recinto, acompanhado de treze
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(13) Mestres Maçons conduzindo estrelas e armados de espadas. O ingresso


se dará depois de entrar a mais alta autoridade maçônica presente à
solenidade.

C - Nas sessões magnas, o pavilhão nacional dará entrada no Templo antes de


iniciar-se a ordem do dia, acompanhado de uma guarda de honra composta de
treze (13) Irmãos, conduzindo estrelas e armados de espadas.

Em qualquer sessão de que tratam os itens B e C, serão observadas as


seguintes formalidades:

1 -O pavilhão nacional, ao dar entrada num Templo ou outro recinto em que se


realize uma solenidade maçônica, será recebido ao som do Hino Nacional,
estando todos em pé e perfilados, até ser colocado no Oriente, à direita do
Venerável Mestre (coluna do Norte), junto à entrada da balaustrada (grade) que
separa o Oriente do Ocidente.

O pavilhão será conduzido em posição ereta e em nenhum momento poderá


estar inclinado.

2 -Como último ato dos trabalhos será feita a saudação ao pavilhão nacional.
Esta será lida pelo Sobrinho ou Irmão Orador ou outro que for designado pelo
Venerável Mestre e consta do seguinte texto:

" Bandeira do Brasil que acabas de assistir aos nossos trabalhos, inspira-nos
sempre com a tua divisa, Ordem e Progresso, fonte asseguradora da
fraternidade e da evolução, ideais supremos da humanidade na sua marcha
infinita através dos séculos. E recebes dos obreiros, aqui reunidos, o
compromisso de fidelidade maçônica, no serviço dos supremos interesses do
grande País, de que és Símbolo Augusto, pleno de generosidade e nobreza".

ou

ORAÇÃO À BANDEIRA

Olavo Bilac

"Bendita sejas BANDEIRA DO BRASIL!

Bendita seja pela tua beleza! És alegre e triunfal. Quando te estendes à


viração, espalhas sobre nós um canto e um perfume; porque a viração que te
agita, passou pelas nossas florestas, roçou as toalhas de nossas cataratas,
rolou no fundo dos nossos grotões agrestes, beijou os píncaros das nossas
montanhas, e de lá trouxe o bulício e a frescura que entrega ao teu seio
carinhoso. És formosa e clara, graciosa e sugestiva. O teu verde, da cor da
esperança, é a perpétua mocidade da nossa terra e a perpétua meiguice das
ondas mansas que se espreguiçam sobre as nossas praias. O teu ouro é o sol
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que nos alimenta e excita, pai das nossas searas e dos nossos sonhos, nome
da fartura e do amor, fonte inesgotável de alento e de beleza. O teu azul é o
céu que nos abençoa, inundando de soalheiras ofuscantes, de luares mágicos
e de enxames de estrelas. E o teu Cruzeiro do Sul é a nossa história; as
nossas tradições e a nossa confiança, as nossas saudades e as nossas
ambições; viu a terra desconhecida e a terra descoberta, o nascer do povo
indeciso, a inquieta alvorada da Pátria, o sofrimento das horas difíceis e o
delírio dos dias de vitória; para ele, para o seu fulgor divino ascenderam, numa
escalada ansiosa, quatro séculos de beijos e de preces; e pelos séculos afora
irão para ele a veneração comovida e o culto feiticista das multidões de
brasileiros que hão de viver e lutar.

Bendita seja pela tua bondade! Cremos em ti; por esta crença, trabalhamos e
penamos. À tua sombra viçam os nossos sertões, cavados em vales meigos,
riçados em brenhas fecundas, levantados em serras majestosas, em que se
escondem torvelins de existências e tesouros virgens; fluem as nossas águas e
vertentes em que circulam a nossa soberania e o nosso comércio, agora
derramadas em torrentes generosas, agora precipitadas em rebojos
esplêndidos, agora remansadas entre selvas e colinas; e sorriem os nossos
campos, cheios de lavoura e de gado, cheios de casais modestos, felizes no
suado labor e na honrada paz. E, sob a tua égide, rumorejam as nossas
cidades, colméias magníficas em que tumultuam ondas de povo, e em que se
extenuam braços, e se esfalfam corações e ardem cérebros, e resfolegam
fábricas, e estrugem estaleiros, e vozeiam mercados, e soletram escolas, e
rezam igrejas.

Bendita seja pela tua glória! Para que seja maior a tua glória, juntam-se, na
mesma labuta, a enxada e o livro, a espada e o escopro, a espingarda e a
trolha, o alvião e a pena. Para o teu regaço piedoso, elevam-se, como um
oblato, os aromas dos jardins e os rolos de fumo das chaminés; e sobe o hino
sacro de todas as nossas almas, ressoando o nosso esforço, o nosso
pensamento e a nossa dedicação, vozes altas concertadas, em que se casam
o ranger dos arados, o chiar dos carros de bois, os silves das locomotivas, o
retumbar das máquinas, o ferver dos engenhos, o clamor dos sinos, o clangor
dos clarins dos quartéis, o esfuziar dos ventos, o amalhar das matas, o
murmurejo dos rios, o regougo do mar, o gorjeio das aves, todas as músicas
secretas da natureza, as cantigas inocentes do povo, e a serena harmonia
criadora das liras dos poetas.

Bendita seja pelo teu poder; pela esperança, que nos dás; pelo valor, que nos
inspiras, quando com os olhos postos em tua imagem batalhamos a boa
batalha na campanha augusta em que estamos empenhados; e pela certeza de
nossa vitória, que canta e chispa no frêmito e no lampejo das tuas dobras ao
vento e ao sol! Bendita sejas, pelo teu inflexo e pelo teu carinho, que
inflamarão todas as almas, condensarão numa só força todas as forças
dispersas no território imenso, abafarão as invejas e as rivalidades no seio da
família brasileira e darão coragem aos fracos, tolerância aos fortes, firmeza aos
crentes, e estímulo aos desanimados! Bendita sejas! E para todo o sempre,
expande-te, desfralda-te, palpita e resplandece, uma grande asa, sobre a
definitiva Pátria, que queremos criar forte e livre; pacífica, mas armada;
modesta, mas digna; dedilhas para os estranhos, mas antes de tudo maternal
para os filhos; liberal, misericordiosa, suave, lírica, mas escudada de energia e
prudência, de instrução e de civismo, de disciplina e de coesão, de exército
destro e de marinha aparelhada, para assegurar e defender a nossa honra, a
nossa inteligência, o nosso trabalho, a nossa justiça e a nossa paz!
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Bendita seja, para todo o sempre, BANDEIRA DO BRASIL!"

Oração lida, pela primeira vez, no dia 19 de novembro de 1915, por OLAVO
BILAC.

ou

"Sabeis o que é esta Bandeira. Sabeis que este pano é tecido da nossa carne
e do nosso espírito, das nossas bênçãos e das nossas lágrimas, do nosso
passado de quatrocentos anos de sacrifício, de trabalhos suados, de
heroísmos acumulados, de batalhas sangrentas, de abnegações inseparáveis.

O que fez esta Nação e o que se representa neste LÁBARO é a coesão dos
brasileiros, é a união das aspirações, das vontades de todas as gerações que
nos antecederam. A BANDEIRA É A UNIÃO."

Olavo Bilac

3 -A saudação também poderá ser feita, a critério do Venerável Mestre, por


uma bateria de aplausos, nas sessões litúrgicas ou uma salva de palmas nas
sessões cívicas ou culturais.

4 -Na retirada do pavilhão, será entoado o Hino à Bandeira.

Como se trata de sessão magna, os Sobrinhos e Irmãos estarão de pé e


perfilados. Terminado o ato, o pavilhão nacional será conduzido com as
mesmas formalidades de seu ingresso, para fora do Templo ou recinto e
colocado em lugar que lhe compete. Sempre que o pavilhão nacional estiver
sendo saudado, os membros da guarda de honra porão suas espadas em
continência, isto é, voltadas para baixo.

ENTRADA RITUALÍSTICA

Defronte à porta do Templo, fica o Sobrinho Mestre de Cerimônias, ladeado


pelo Irmão Mestre de Cerimônias de ofício. Na entrada do cortejo o Sobrinho
Mestre de Cerimônias deve ficar do lado Norte (lado esquerdo de quem entre
no Templo) até o ingresso de todos os demais Sobrinhos e Irmãos no Templo.

No interior do Templo ficam o Sobrinho Guarda do Templo e o Sobrinho Mestre


de Harmonia acompanhados dos respectivos Irmãos ocupantes desses cargos.
Durante a entrada dos Sobrinhos e Irmãos o Sobrinho Mestre de Harmonia
tocará música apropriada para o caráter da sessão.

O cortejo forma uma fila dupla observando a seguinte ordem:


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Norte - (lado esquerdo de quem entra)

• Aprendizes;
• Sobrinhos e Irmãos sem cargo;
• Sobrinho e Irmão Porta Bandeira;
• Sobrinho e Irmão 2o Diácono;
• Sobrinho e Irmão 1o Diácono;
• Sobrinho e Irmão Hospitaleiro;
• Sobrinho e Irmão Tesoureiro;
• Sobrinho e Irmão Orador;
• Sobrinho e Irmão 1º Vice-Presidente;

• Sul - (lado direito de quem entra)

• Companheiros;
• Sobrinhos e Irmãos sem cargo;
• Sobrinho e Irmão Porta Estandarte;
• Sobrinho e Irmão Arquiteto;
• Sobrinho e Irmão Chanceler;
• Sobrinho e Irmão Secretário;
• Sobrinho e Irmão 2º Vice-Presidente;

Entre as duas fileiras e um pouco atrás dos Sobrinhos e Irmãos 1º e 2ºVice-


Presidentes colocam-se, ao centro, o ex-Venerável e autoridades, o Venerável
e Dignidades.

Formadas as fileiras o Sobrinho Mestre de Cerimônias dá quatro pancadas


com a mão na porta do Templo para que o Sobrinho Guarda do Templo, do seu
interior, abra a porta.

A marcha tem início, sempre, com o pé esquerdo. As duas fileiras entram


simultaneamente no Templo, uma pelo Norte e outra pelo Sul, indo cada um
ocupar seu respectivo lugar, permanecendo de pé, em silêncio e voltados para
o eixo do Templo, enquanto o Venerável Mestre, acompanhado pelo Sobrinho
Mestre de Cerimônias, dirige-se ao trono.

O Sobrinho Mestre de Cerimônias volta entre colunas e sem estar à ordem, dá


a bateria de Lowtons - (0 0 0 0) e anuncia:

Sobrinho Mestre de Cerimônias:- Tio Venerável Mestre. A augusta e


respeitável Loja está composta em “Sessão de Instrução de Lowtons” e todos
os Primos e Tios revestidos de acordo com o ritual.

Venerável Mestre:- Agradeço a comunicação meu Sobrinho Mestre de


Cerimônias - Tomai o vosso lugar. (executa-se). - Sentemo-nos.

ABERTURA DOS TRABALHOS

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Guarda do Templo, estamos em família?


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Guarda do Templo:- Sim, meu tio Venerável Mestre, não há estranhos entre
nós.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Chanceler, quantos somos entre Maçons e


Lowtons?

Chanceler:- Somos..... Maçons e ..... Lowtons.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Mestre de Cerimônias, podemos dar início


aos nossos trabalhos?

Mestre de Cerimônias:- Sim, meu tio Venerável Mestre, a Oficina de Lowtons


está completa.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho 2º Vice-Presidente, o que é necessário para


que um Lowton compareça à sua oficina?

2º Vice-Presidente:- Que esteja em dia com suas obrigações em casa e na


escola.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho 1º Vice-Presidente, quais os deveres de um


Lowton em casa?

1º Vice-Presidente:- Ser um bom filho e amigo de seus pais.

Venerável Mestre:- E na escola?

1º Vice-Presidente:- Ser leal para com seus mestres e companheiro de seus


colegas. Ajudar nos estudos aos que menos sabem, procurando aprender com
os que sabem mais.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho 2º Vice-Presidente, quais os deveres de um


Lowton na Sociedade?

2º Vice-Presidente:- Ser sempre um elemento de concórdia. Auxiliar aos menos


favorecidos pela sorte, mostrando-lhes que, neste país, todos temos a
possibilidade de progredir.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Secretário, quais os deveres de um Lowton


para com a Pátria?

Secretário:- Servi-la sempre. Defendê-la em quaisquer circunstâncias, mesmo


debaixo de um mau governo, pois os governantes passam e a Pátria fica.
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Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Hospitaleiro, qual deve ser o pensamento de


um Lowton em relação à humanidade?

Hospitaleiro:- Todos os homens, independente de raça, cor ou religião, são


iguais, como nós, pois somos homens. E ainda mais, também somos Irmãos,
porque somos todos filhos de DEUS.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Orador, como deve um Lowton comportar-se


em uma oficina?

Orador:- Com respeito.

Venerável Mestre:- Por que, meu Sobrinho?

Orador:- Porque respeitando somos respeitados.

Venerável Mestre:- Apenas o respeito é necessário?

Orador:- Não, meu tio Venerável Mestre, também a disciplina.

Venerável Mestre:- Por que?

Orador:- Porque a disciplina faz com que ordenemos nossas emoções, nossa
natureza, nossos impulsos, nossa sensibilidade, propiciando a cada um o
caminho certo para uma educação melhor.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Mestre de Cerimônias, esta Oficina de


Lowtons está preparada para os trabalhos?

Mestre de Cerimônias:- Sim, meu tio Venerável Mestre, todos os Lowtons, com
respeito e disciplina estão em seus lugares.

Venerável Mestre:- ( ).

1º Vice-Presidente:- ( ).

2º Vice-Presidente:- ( ).
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Venerável Mestre:- ( ).De pé, meus Sobrinhos e Irmãos.

Achando-se a Loja regularmente constituída invoquemos o auxílio do Grande


Arquiteto Do Universo.

Meu Sobrinho Mestre de Cerimônias, queira acender as luzes do Altar dos


Juramentos, dos altares do seu tio Venerável Mestre e dos seus Primos Vice-
Presidentes e convide o meu Sobrinho Orador a abrir o Livro da Lei.

O Sobrinho Mestre de Cerimônias por determinação do tio Venerável Mestre


vai ao Altar dos Juramentos onde acende as luzes.

Em seguida, toma o bastão e dirige-se ao Oriente para buscar o Sobrinho


Orador.

Adentrando o Oriente, saúda o trono com leve inclinação de cabeça, parando


na frente do Sobrinho Orador, a quem saúda da mesma forma, e por quem é
saudado. A seguir, acompanha o Sobrinho Orador até o Altar dos Juramentos,
onde posta-se atrás deste.

O Sobrinho Orador se coloca em forma de sentido. O Sobrinho Mestre de


Cerimônias e os Diáconos formam o pálio com suas espadas (forma piramidal)
sobre a cabeça do Sobrinho Orador. O Sobrinho Orador toma o Livro da Lei
nas mãos, abre-o no versículo apropriado e faz sua leitura.

LEITURA DO LIVRO DA LEI

MATEUS - CAPÍTULO 19 - VERSÍCULOS 13 A 16

Então Lhe foram apresentados vários meninos, para


lhes impor as mãos e fazer oração por eles. E os discípulos os repeliam com
palavras ásperas. Mas Jesus lhes disse: Deixai os meninos e não embaraceis
que eles venham a mim, porque destes tais é o reino dos céus. E depois que
lhes impôs as mãos partiu dali.

E eis que chegando-se a Ele um, lhe disse: Bom


Mestre, que obras boas devo eu fazer para alcançar a vida eterna?
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A seguir depõe o Livro da Lei no Altar dos Juramentos, aberto na página lida,
colocando sobre este, o compasso e o esquadro, na posição do grau.
O Sobrinho Orador retorna ao seu lugar, pelo lado Norte, no que é
acompanhado pelo Sobrinho Mestre de Cerimônias que posteriormente volta
ao seu lugar.

Venerável Mestre:- Em nome do G∴ A∴ D∴ U∴ e de São João nosso


padroeiro, e sob os auspícios da Augusta e Respeitável Loja Simbólica
_________________ e, em virtude dos poderes que me são conferidos,
declaro abertos os trabalhos desta oficina de Lowton. Desde agora a
nenhum Sobrinho ou Irmão é permitido falar ou passar de uma para outra
coluna, sem obter permissão, nem ocupar-se de assuntos proibidos pelas
nossas leis (pausa). A mim meus Sobrinhos e Irmãos:

Pela bateria:- (0 0 0 0), e pela aclamação:- Vivant! Vivant! Vivant!

( ). Sentemo-nos.

(Deve ser respeitado todo momento de "pausa" por quem estiver lendo dado
trecho do CERIMONIAL. Nessa "pausa" deve ser respeitado o máximo silêncio
por todos, indistintamente).

Leitura da Ata da Sessão Anterior

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Secretário, dai-nos conta da ata do nosso último
trabalho. Atenção, meus Sobrinhos e Irmãos.

Ata da Última Sessão

Será lida, discutida e aprovada por todos os Sobrinhos presentes, a ata da última Sessão
de Instrução de Lowtons.

(finda a leitura da ata)

Venerável Mestre:- Meus Sobrinhos, se tiverem alguma observação a fazer sobre a


redação da ata que acaba de ser lida, a palavra lhes será concedida através dos meus
Sobrinhos Vice-Presidentes.

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- A palavra está na coluna do Sul.

(não havendo discussão ou finda a mesma)


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Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Reina silêncio na coluna do Sul meu Primo 1º


Vice-Presidente.

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- A palavra está na coluna do Norte.

(não havendo discussão ou finda a mesma)

Sobrinho 1º Vice-Presidente: ( ).
- Meu tio Venerável Mestre, reina silêncio em ambas as colunas.

Venerável Mestre:- A palavra está no Oriente.

(não havendo discussão ou finda a mesma)

Venerável Mestre:- ( ).- Está aprovada a ata de nossa última sessão.

As votações são conferidas pelo Sobrinho Mestre de Cerimônias que, ficando de pé,
confere nas colunas e Oriente o número de Sobrinhos votantes, dando conta ao
Venerável Mestre se a proposta foi aprovada por unanimidade, por maioria, ou ainda se
foi rejeitada.

Caso ocorram emendas, estas serão submetidas à votação, dela participando somente os
Sobrinhos que estavam presentes àquela sessão.

Os Sobrinhos que não estavam presentes à sessão, ficarão de pé a fim de não serem
confundidos com votos contrários à emenda apresentada.

Venerável Mestre:- Os meus Sobrinhos que aprovam a ata, salvo a emenda, façam o
sinal de costume.

(aprova-se estendendo a mão direita horizontalmente)

Venerável Mestre:- Está aprovada a ata.

Os meus Sobrinhos que aprovam a emenda, façam o sinal de costume.

(aprova-se do mesmo modo. Terminada a votação)


17

Venerável Mestre:- A emenda foi (ou não foi) aprovada.

As emendas aprovadas serão consignadas na ata do dia.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho 1º Diácono - cumpri o vosso dever.

Após a sua aprovação, o Sobrinho 1º Diácono colhe as assinaturas do Venerável Mestre


e do Sobrinho Orador, retornando o documento ao Sobrinho Secretário.

Leitura do Expediente

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Secretário, informai-nos se há expediente.

Neste período, o Sobrinho Secretário divulga o expediente (se houver), durante o qual o
Venerável Mestre dá o devido destino.

Saco de Propostas e Informações

Venerável Mestre:- ( ). - Meus Sobrinhos 1º e 2º Vice-Presidentes, anunciem em


suas colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que vai circular o saco de propostas e
informações.

Sobrinho 1º Vice-Presidente: ( ).
- Meus Primos e Tios que decoram a coluna do Norte, eu lhes anuncio da parte do tio
Venerável Mestre, que vai circular o saco de propostas e informações.

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Meus Primos e Tios que abrilhantam a coluna do


Sul, eu lhes anuncio da parte do tio Venerável Mestre, que vai circular o saco de
propostas e informações.

(O Sobrinho Mestre de Cerimônias coloca-se entre colunas)

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Meu Primo 1º Vice-Presidente, o saco de


propostas e informações está entre colunas.

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Meu tio Venerável Mestre, o saco de propostas e


informações está entre colunas.
18

Venerável Mestre:- - Meu Sobrinho Mestre de Cerimônias, cumpri com o seu


dever.

O Sobrinho Mestre de Cerimônias deve portar o saco de propostas e informações com


ambas as mãos, à altura da cintura, do lado esquerdo do corpo, e aguardar ordens para
início do giro.

Pode ser encaminhado através do saco de propostas e informações toda e qualquer


sugestão que o Sobrinho queira apresentar.

Ao ser autorizado pelo Venerável Mestre, o Sobrinho Mestre de Cerimônias deve iniciar
o giro pelo próprio tio Venerável Mestre, depois o ocupante do assento do lado
esquerdo de quem olha para o tio Venerável Mestre, (a mais alta autoridade do
simbolismo presente), em seguida o ocupante do assento à direita de quem olha para o
tio Venerável Mestre (normalmente o ex-tio Venerável Mestre). Em seguida passa pelas
autoridades e Dignidades e demais Sobrinhos e Tios do Oriente como os Sobrinhos e
Primos Orador, Secretário e 1o Diácono.

Saúda o trono, ao descer do Oriente, com leve inclinação da cabeça.

Continua o giro pelo Sobrinho e Primo 1º Vice-Presidente e demais Primos e Tios dessa
coluna.

Prossegue pelo Sobrinho e Primo 2º Vice-Presidente e demais Sobrinhos e Primos e


Tios dessa coluna, depois o Sobrinho Guarda do Templo (que por sua vez segura a
bolsa para que o Sobrinho Mestre de Cerimônias tenha condições de também atender ao
cumprimento do pedido), e postando-se então entre colunas.

Terminado o giro o Sobrinho Mestre de Cerimônias volta entre colunas na mesma


postura que antes do giro, e aguarda ordens para levar o produto da coleta ao trono.

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Meu Primo 1º Vice-Presidente, o saco de


propostas e informações fez o seu trajeto e acha-se suspenso.

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Meu tio Venerável Mestre, o saco de propostas e


informações fez o seu trajeto e acha-se suspenso.
19

Venerável Mestre:- - Meu Sobrinho Mestre de Cerimônias, trazei o saco ao altar.


Meus Sobrinhos Orador e Secretário, convido-vos para assistirem à verificação do seu
conteúdo.

Os Sobrinhos Orador e Secretário devem se aproximar do trono, ficando de pé até a


contagem total do conteúdo do saco de propostas e informações. Terminada a contagem
retornam aos seus respectivos lugares.

Quando ordenado, o Sobrinho Mestre de Cerimônias dirige-se ao Oriente pelo lado


Norte, chega-se até o trono e deposita o conteúdo da bolsa, tomando o cuidado de exibir
ao tio Venerável Mestre, Sobrinhos e Primos Orador e Secretário, que presenciam a
conferência, que nada foi esquecido dentro da sacola.

Venerável Mestre:- - Meus Sobrinhos e Irmãos. O saco de propostas e informações


produziu (quantidade) colunas gravadas que passo a decifrá-las.

(O tio Venerável Mestre lê as peças recolhidas, dando-lhes o devido destino).

Ordem do Dia

Neste período são tratados exclusivamente assuntos que dependem de discussão e


votação da Loja de Lowtons.

Os Sobrinhos que desejarem apresentar proposições na ordem do dia, devem se


inscrever previamente com o Sobrinho Secretário que comporá a pauta, auxiliado pelo
Tio Secretário de ofício.

Venerável Mestre:- - Meus Sobrinhos 1º e 2ºVice-Presidentes, anunciem em suas


colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que vamos passar à ordem do dia.

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Meus Primos de decoram a coluna do Norte, eu


lhes anuncio da parte do tio Venerável Mestre, que vamos passar à ordem do dia.

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Meus Primos que abrilhantam a coluna do Sul, eu


lhes anuncio da parte do tio Venerável Mestre, que vamos passar à ordem do dia. Está
anunciado em minha coluna meu Primo 1o. Vice-Presidente.
20

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Está anunciado em ambas as colunas meu tio


Venerável Mestre.

Após o Sobrinho proponente anunciar à Loja o teor da sua sugestão, o tio Venerável
Mestre concede a palavra às colunas para discussão da proposta.

Venerável Mestre:- Meus Sobrinhos, se têm alguma observação a fazer sobre o assunto
que acaba de ser exposto, a palavra lhes será concedida através dos meus Sobrinhos
Vice-Presidentes.

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- A palavra está na coluna do Sul.

(não havendo discussão ou finda a mesma)

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Reina silêncio na coluna do Sul meu Primo 1º


Vice-Presidente.

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- A palavra está na coluna do Norte.

(não havendo discussão ou finda a mesma)

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Meu tio Venerável Mestre, reina silêncio em


ambas as colunas.

Venerável Mestre:- A palavra está no Oriente.

(não havendo discussão ou finda a mesma)

A seguir o Sobrinho Orador deverá dar sua conclusão, sintetizando o teor da proposta e
declarando sobre sua legalidade ou não. Se a proposta for legal, será votada pelos
Sobrinhos presentes, com o sinal de costume. (o braço direito estendido
horizontalmente)

Venerável Mestre:- - Está aprovada/reprovada a proposta.


21

Tempo de Estudos

Este é o período reservado para a apresentação de peças sobre temas de interesse geral
dos Lowtons.

O tempo de estudos constará de exposição (e debate), de um assunto de doutrina ou


filosofia, legislação, história, e simbologia maçônica, ou técnico, científico ou artístico
de interesse da ordem e da cultura humana, sobretudo de interesse dos Lowtons, e será
feita pelo Venerável Mestre, por qualquer um dos Lowtons, pelo Tio (Irmão) Orador
ou, ainda, por um outro Tio (Irmão) previamente designado.

Algumas recomendações dadas pela Grande Secretaria de Educação e Cultura do


Grande Oriente de São Paulo, Federado ao Grande Oriente do Brasil, aplicáveis aos três
graus simbólicos também são aplicáveis às sessões de instrução de Lowtons, a saber:

1- O tempo de estudos não pode ser suprimido sob alegação de atraso na sessão,
esquecimento, adiantado da hora, assim como nenhum outro trecho do CERIMONIAL
pode ser suprimido.

2- Nunca deverão ser abordados temas político-partidário e o religioso-sectário,


além do que, o tratamento dado aos temas expostos, deve ser condizente com o
ambiente do Templo.

3- Após a exposição pode-se liberar a palavra às colunas para perguntas ou debates,


o que torna esse período mais interessante, além de aumentar a compreensão sobre o
tema exposto.

Venerável Mestre: - Meus Sobrinhos 1º e 2ºVice-Presidentes, anunciem em suas


colunas, assim como eu anuncio no Oriente que vai ter início o tempo de estudos.

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Meus Primos e Tios que decoram a coluna do


Norte, eu lhes anuncio da parte do tio Venerável Mestre, que vai ter início o tempo de
estudos.

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Meus Primos e Tios que abrilhantam a coluna do


Sul, eu lhes anuncio da parte do tio Venerável Mestre, que vai ter início o tempo de
estudos. Está anunciado em minha coluna meu Primo 1o. Vice-Presidente.
22

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Está anunciado em ambas as colunas meu tio


Venerável Mestre.

Tronco de Beneficência

Venerável Mestre:- - Meus Sobrinhos 1º e 2ºVice-Presidentes, anunciem em suas


colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que vai correr o tronco de beneficência.

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Meus Primos e Tios que decoram a coluna do


Norte, eu lhes anuncio da parte do tio Venerável Mestre, que vai correr o tronco de
beneficência.

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Meus Primos e Tios que abrilhantam a coluna do


Sul, eu lhes anuncio da parte do tio Venerável Mestre, que vai correr o tronco de
beneficência.

(o Sobrinho Hospitaleiro coloca-se entre colunas)

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Meu Primo 1º Vice-Presidente, o tronco de


beneficência está entre colunas.

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Meu tio Venerável Mestre, o tronco de


beneficência está entre colunas.

Venerável Mestre:- - Meu Sobrinho Hospitaleiro, cumpri o vosso dever.

O Sobrinho Hospitaleiro deve portar o saco do tronco de beneficência com ambas as


mãos, à altura da cintura, do lado esquerdo do corpo, e aguardar ordens para início do
giro.

Ao ser autorizado pelo tio Venerável Mestre, o Sobrinho Hospitaleiro deve iniciar o
giro pelo próprio tio Venerável Mestre, depois o ocupante do assento do lado esquerdo
de quem olha para o tio Venerável Mestre, (a mais alta autoridade do simbolismo
23

presente), em seguida o ocupante do assento à direita de quem olha para o tio Venerável
Mestre (normalmente o ex-tio Venerável Mestre). Em seguida passa pelas autoridades e
Dignidades e demais Sobrinhos e Tios do Oriente como os Sobrinhos e Primos Orador,
Secretário e 1o Diácono.

Saúda o trono, ao descer do Oriente, com leve inclinação da cabeça.

Continua o giro pelo Sobrinho e Primo 1º Vice-Presidente e demais Sobrinhos e Tios


dessa coluna.

Prossegue pelo Sobrinho e Tio 2º Vice-Presidente e demais Tios dessa coluna, depois o
Sobrinho Guarda do Templo (que por sua vez segura a bolsa para que o Sobrinho
Hospitaleiro tenha condições de, também, atender ao cumprimento da obrigação), e
posta-se então entre colunas.

Não se deve anunciar óbolos em nome de Sobrinhos ou Tios ausentes da Loja. O maior
significado da coleta do tronco não é mais seu valor em numerário mas a lição de
discrição que ele apresenta.

Terminado o giro o Sobrinho Hospitaleiro volta entre colunas, na mesma postura que
antes do trajeto, e aguarda ordens para levar o produto da coleta ao Sobrinho Orador.

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Meu Primo 1º Vice-Presidente, o tronco de


beneficência fez o seu trajeto e acha-se suspenso.

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Meu tio Venerável Mestre, o tronco de


beneficência fez o seu giro e acha-se suspenso.

Venerável Mestre:- - Meu Sobrinho Hospitaleiro, dirija-se ao altar do Sobrinho


Orador para ser conferido o tronco de beneficência.

Quando ordenado, dirige-se ao Oriente pelo lado Norte, chega-se até o trono do
Sobrinho Orador e com ele confere o tronco. O Sobrinho Orador comunica em voz alta,
ao tio Venerável Mestre, o produto da coleta.

Sobrinho Orador:- Meu tio Venerável Mestre - O tronco de beneficência produziu a


medalha cunhada de .......quilos.

Venerável Mestre:- - Meus Sobrinhos e Irmãos. O tronco de beneficência


produziu a medalha cunhada de ....... quilos que fica entregue à tesouraria e debitada ao
meu Sobrinho Hospitaleiro.

Palavra a Bem da Ordem e do Quadro


24

Os Sobrinhos Vice-Presidentes concedem a palavra diretamente aos Sobrinhos e Tios


que dela queira fazer uso, em suas respectivas colunas. No Oriente a palavra é solicitada
diretamente ao tio Venerável Mestre.

Para fazer uso da palavra o Sobrinho ou Tio deverá levantar o braço, aguardando ordens
do Sobrinho Vice-Presidente. Uma vez autorizado ficará em pé.

Podem falar sentados: O tio Venerável Mestre, autoridades e Dignidades maçônicas


ocupando o assento no Oriente. Os Tios devem se abster ao máximo em falar. Todos os
demais devem falar de pé com as mãos caídas ao lado do corpo.

Nenhum Sobrinho ou Tio poderá falar sem autorização, assim como a palavra não
poderá retornar às colunas. Um Sobrinho não pode pedir autorização para trocar de
coluna, a fim de fazer novo uso da palavra.

Venerável Mestre:- - Meus Sobrinhos 1º e 2ºVice-Presidentes, anunciem em suas


colunas assim como eu anuncio no Oriente, que concedo a palavra a bem da ordem em
geral e dos Lowtons em particular a qualquer dos Sobrinhos e Tios que dela queiram
usar.
Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Meus Primos e Tios que decoram a coluna do
Norte, eu lhes anuncio, de parte do tio Venerável Mestre, que ele concederá a palavra, a
bem da ordem em geral e dos Lowtons em particular, àquele que dela queira usar.

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Meus Primos e Tios que abrilhantam a coluna do


Norte, eu lhes anuncio, de parte do tio Venerável Mestre, que ele concederá a palavra, a
bem da ordem em geral e dos Lowtons em particular, àquele que dela queira usar.

(reinando silêncio ou concluída qualquer comunicação ou exposição.)

Sobrinho 2º Vice-Presidente:- - Meu Primo 1º Vice-Presidente, reina silencio na


coluna do Sul.

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - A palavra está na coluna do Norte.

(reinando silêncio ou concluída qualquer comunicação ou exposição.)

Sobrinho 1º Vice-Presidente:- - Meu tio Venerável Mestre, reina silêncio em


ambas as colunas.

Venerável Mestre:- - A palavra está no Oriente.


25

(reinando silêncio no Oriente, o tio Venerável Mestre fará os avisos e recomendações


necessárias).

ENCERRAMENTO RITUALISTICO

Venerável Mestre:- - Terminadas as nossas instruções, vamos proceder ao


encerramento formal de nossos trabalhos.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho 1º Vice-Presidente, o que foi que a Maçonaria lhe
ensinou?

1º Vice-Presidente:- A respeitar o meu semelhante para ser respeitado por ele.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho 2º Vice-Presidente, o que foi que a Maçonaria lhe
ensinou?

2º Vice-Presidente:- Que a lealdade e o companheirismo fazem os homens amigos e


Irmãos.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Chanceler, que lhe ensinou a Maçonaria?

Chanceler:- Que a nossa simples presença em lugares dignos, nos faz ficar mais
perfeitos.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Hospitaleiro, que lhe ensinou a Maçonaria?

Hospitaleiro:- Que só levamos para o céu aquilo que damos aqui na Terra.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Secretário, o que lhe ensinou a Maçonaria?

Secretário:- Que devemos registrar no livro de nossa vida tudo o que de valioso nos foi
dado por nossos pais e nossos mestres.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Mestre de Cerimônias, o que foi que a Maçonaria lhe
ensinou?

Mestre de Cerimônias:- Que todo o nosso futuro depende do nosso procedimento no


presente.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Guarda do Templo, o que lhe ensinou a Maçonaria?

Guarda do Templo:- Que devemos fechar o Templo de nosso coração aos vícios e aos
maus conselhos.

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Orador, como transcorreram nossos trabalhos?


26

Orador:- (O Sobrinho Orador, após agradecer a presença dos visitantes e anunciar o


resultado do tronco de beneficência diz:) Perfeitos, meu tio Venerável Mestre.

Venerável Mestre:- Se assim foi, vamos encerrar os trabalhos desta oficina de Lowtons.

Venerável Mestre:- .

1º Vice-Presidente:- .

2º Vice-Presidente:- .

Venerável Mestre:- - De pé meus Sobrinhos e Irmãos.

Meu Sobrinho Mestre de Cerimônias, convidai o meu Sobrinho Orador a postar-se em


frente ao Altar dos Juramentos para fechamento do Livro da Lei.

O Sobrinho Mestre de Cerimônias toma sua espada, e dirige-se ao Oriente para buscar o
Sobrinho Orador.

Adentrando o Oriente, saúda o trono com leve inclinação de cabeça, parando na frente
do Sobrinho Orador, ao qual saúda da mesma forma, e é saudado. A seguir, acompanha
o Sobrinho Orador até o Altar dos Juramentos, onde se posta atrás deste. Em seguida
todos ouvem as palavras de encerramento ditas pelo Venerável Mestre.

Venerável Mestre- Estando tudo perfeito, invoquemos o G:. A:. D:. U:..

Oh! Grande Arquiteto do Universo, fonte fecunda de Paz, Harmonia e Concórdia, os


nossos Sobrinhos e Irmãos congregados neste Templo, Te rendem mil graças e
reconhecem que a Ti é devido todo o bem que fizeram. Permita que estas três virtudes
estejam sempre presentes entre todos nós unindo cada vez mais os nossos esforços em
favor do bem comum. Amém (pequena pausa).

A mim meus Sobrinhos e Irmãos: pela bateria (0 0 0 0), e pela aclamação Vivant!
Vivant! Vivant!

Venerável Mestre: - Meu Sobrinho Orador, queira fechar o Livro da Lei.

(O Sobrinho Orador retira o esquadro e o compasso que estavam sobre o Livro da Lei e
faz o seu fechamento, colocando-se novamente em posição de sentido).
27

Venerável Mestre:- Meu Sobrinho Mestre de Cerimônias, conduza o Sobrinho Orador a


seu lugar e apague as luzes.

O Sobrinho Orador retorna ao seu lugar, pelo lado Norte, no que é acompanhado pelo
Sobrinho Mestre de Cerimônias que posteriormente volta ao seu lugar.

A mim meus Sobrinhos e Irmãos: pela Bateria (0 0 0 0) e pela Aclamação Vivant!


Vivant! Vivant! Vivant!

Venerável Mestre:- Os nossos trabalhos estão encerrados e nossa oficina fechada. Que
todos os Lowtons levem a nossos Irmãos, seus pais, o nosso abraço amigo e fraterno.
Retiremo-nos em paz, sob promessa de sigilo.

Todos:- Eu o juro!

Saída Ritualística

O tio Venerável Mestre determinará que o Sobrinho Mestre de Cerimônias dirija a saída
dos Sobrinhos e Irmãos.

O Sobrinho Mestre de Cerimônias dirige a saída dos Sobrinhos e Irmãos na ordem


inversa da entrada ou seja:

Dignidades;
Venerável Mestre;
Ex-Venenerável;
Autoridades;
Sobrinho 1º Vice-Presidente;
Sobrinho 2º Vice-Presidente;
Sobrinho Orador;
Sobrinho Secretário;
Sobrinho Tesoureiro;
Sobrinho Chanceler;
Sobrinho Hospitaleiro;
Sobrinho 1o Diácono;
Sobrinho 2o Diácono;
Sobrinho Porta bandeira;
Sobrinho Porta estandarte;
Sobrinho Arquiteto;
Mestres sem cargo;
Companheiros;
Aprendizes;
Sobrinho Mestre de harmonia;
Sobrinho Mestre de cerimônias;
Sobrinho Guarda do Templo.
Cabe ao Sobrinho Guarda do Templo a guarda dos pertences, o apagar das luzes e
fechamento do Templo.
28

.
29

AMAZÔNIA, SOBERANIA NACIONAL

SESSÃO ESPECIAL

01 - ENTRADA DOS IRMÃOS NO TEMPLO

MESTRE  DE  CERIMÔNIAS  ‐  convido  todos  os  Irmãos  do  Quadro  para  se 
revestirem e darmos entrada no Templo. 

Após a entrada no Templo, o Mestre de Cerimônias compõe a Loja,


com todos os Irmãos de pé, e anuncia:
MESTRE DE CERIMÔNIAS - Venerável Mestre, a Loja está composta.

V∴ M∴ - (Com um só golpe de Malhete) - Declaro aberta a Loja, em


Sessão Especial.

02 - ENTRADA DE VISITANTES

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, queira proceder a entrada de nossos


Irmãos Visitantes. Fiquemos de pé.

Após a entrada dos Irmãos visitantes:


03 - ENTRADA DE CONVIDADOS NÃO MAÇONS

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, queira proceder a entrada de nossos


convidados, conduzindo até o Oriente as autoridades presentes. Fiquemos
de pé e aplaudamos nossos Ilustres Convidados.

Após a entrada dos convidados:


04 - ENTRADA DO PAVILHÃO NACIONAL

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, queira proceder a entrada do


Pavilhão Nacional
30

O Mestre de Cerimônias compõe a Comissão de treze membros, a


Guarda de Honra com tres membros, procedendo a entrada do
Pavilhão Nacional.
V∴ M∴ - Fiquemos de pé e perfilados.

O Mestre de Harmonia executa o Hino Nacional. Após o seu


término, o Porta-Bandeira conduz o Pavilhão até seu lugar.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - Venerável Mestre, vossas ordens foram
cumpridas.

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, desfazei a Guarda de Honra e a


Comissão e retomai ao vosso lugar. Sentemo-nos.

05 - OBJETO DA SESSÃO ESPECIAL

V∴ M∴ - Cumprimento a todos os Ilustre convidados e Irmãos para esta Sessão


Especial de nossa: Loja, em que estaremos tratando deste palpitante assunto:
“AMAZÔNIA, SOBERANIA NACIONAL".De início apresentaremos um DVD
que aborda, de maneira geral, o tema a ser enfocado nesta noite.

V∴ M∴ - Concedemos a palavra ao Irmão Orador para suas observações sobre o


tema apresentado.

ORADOR - (Após os cumprimentos ao Venerável e Autoridades) - A


apresentação que assistimos, apesar de rápida, é a síntese das observações e do
trabalho feito pelas mais de 2.300 Lojas federadas ao Grande Oriente do Brasil.
Representa o pensamento da Família Maçônica Brasileira. O tema é complexo e,
mais que tudo, muito preocupante. Por isto, resolvemos fazê-lo para
conhecimento, discussão e uma tomada de posição por parte dessa comunidade.
Da mais alta autoridade deste País, até o mais humilde e anônimo cidadão
brasileiro, não é mais permitido ignorar o que hoje se passa e pode acontecer
amanhã com a nossa AMAZÔNIA; das providências que devem ser adotadas
com relação à segurança daquela área; dos projetos que podem ser ali
desenvolvidos, sem dilapidar as suas riquezas ou extinguir a sua flora, a sua fauna
e, principalmente, os seus ocupantes nativos - os nossos irmãos índios;
finalmente, da conscientização de que o zelo e a preservação daquele território é
de responsabilidade de todos nós brasileiros, que temos devotamento à nossa
Pátria, e não somente dos moradores esquecidos que lá se encontram.

V∴ M∴ - Concedemos agora a palavra ao Irmão/Sr.. que nos brindará com


31

uma palestra sobre o tema Amazônia .............. )

V∴ M∴ - (após o término da palestra) - aplaudamos o nosso ilustre palestrante


(são feitos os agradecimentos).

V∴ M∴ - Concedo a palavra relativa ao tema a quem dela queira usar,


recomendando objetividade e o menor lapso possível para o seu uso.

SEGUNDO VIGILANTE – A palavra é concedida na Coluna do Sul.

Após o uso da palavra e/ ou reinando silêncio:

SEGUNDO VIGILANTE – Reina silêncio na Coluna do Sul.

PRIMEIRO VIGILANTE – A palavra está na Coluna do Norte.

Após o uso da palavra e/ ou reinando silêncio:

PRIMEIRO VIGILANTE – Reina silêncio na Coluna do Norte.

V∴ M∴ - A palavra está no Oriente.

Após o uso da palavra e/ ou reinando silêncio:


V∴ M∴ - Irmão Orador, queira apresentar as conclusões finais e proceder o
agradecimento aos nossos visitantes.

06 -SAUDAÇÃO E RETIRADA DO PAVILHÃO NACIONAL

(O culto ao Pavilhão Nacional deve obedecer ao RGF e ao Decreto n°


0084, de 19.11.97, que disciplinam o cerimonial).
V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias queira compor a Guarda de Honra de três
membros e a Comissão de treze, para a saudação e retirada do Pavilhão Nacional.

Após o Mestre de Cerimônias cumprir o que foi determinado:

V∴ M∴ - Convido ao Irmão Orador (ou outro Irmão previamente designado)


para proceder a saudação ao Pavilhão Nacional.

Fiquemos de pé.
32

SAUDAÇÃO AO PAVILHÃO NACIONAL

“Bandeira do Brasil, que acabas de assistir 3005 nossos trabalhos,


inspira-nos, sempre, com a tua divisa Ordem e Progresso, fonte
asseguradora da fraternidade e da evolução, ideais supremos da
humanidade na marcha infinita através dos séculos. E recebe, dos
Obreiros aqui reunidos, o compromisso de fidelidade maçônica, no serviço
dos supremos interesses do grande País, de que és Símbolo Augusto,
pleno de generosidade e de nobreza".
V∴ M∴ - Convido a todos ;cara entoarmos o Hino da Bandeira, antes de sua
saída.

(O Mestre de Harmonia coloca para tocar o Hino à Bandeira, para que


todos cantem).
V∴ M∴ - (Após o encerramento do Hino à Bandeira) Irmão Mestre de
Cerimônias procedei a retirada do Pavilhão Nacional.

(Após o retorno da Guarda de Honra)

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, queira desfazer a Guarda de Honra, a


Comissão de treze membros e proceder a saída de nossos convidados.

MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convido aos nossos visitantes não maçons para


que me acompanhem à saída do Templo.

07 - ENCERRAMENTO

MESTRE DE CERIMÔNIAS - (Após retomar ao Templo) - Venerável Mestre,


vossas ordens foram cumpridas.

V∴ M∴ - (Com um só golpe de Malhete) - Declaro encerrada esta Sessão


Especial. Irmão Mestre de Cerimônias queira proceder a saída dos Irmãos.
Retiremo-nos em paz.
33

BANQUETE RITUALÍSTICO

LOJA DE MESA OU DE BANQUETE

PRELIMINARES

Em regra geral, os banquetes maçônicos devem realizar-se


nos edifícios maçônicos, em salas apropriadas; entretanto,
podem ter seu lugar em outro qualquer edifício, contanto que
tudo se disponha de modo que fora da sala nada se possa ver ou
ouvir, isto é, completamente a coberto das vistas profanas.
A mesa será disposta em forma de ferradura, cuja volta
corresponderá ao Oriente e as extremidades ao Ocidente.
Quando o número de convivas for grande, poder-se-á
colocar outra mesa no interior da ferradura.
No Oriente, pela parte exterior da ferradura tem assento o
Ven∴ e os visitantes de graus ou categorias elevados.
Os Vigilantes se colocam no topo da mesa, ao Ocidente. O
Orador e o Secretário ficam no outro topo da mesa, junto à volta
da ferradura, como se fosse na Oficina. O Tesoureiro e o
Chanceler ficam ao lado, aquele do Orador e este do Secretário.
Os Mestres de Cerimônias e os de Banquetes tomam lugar
na parte interna da ferradura.
Os outros maçons assentam-se indistintamente.
A parte interna da mesa só será ocupada quando não
houver mais lugares no exterior e os Irmãos que aí se
colocarem só se levantarão à última saúde.
Convêm que a mesa seja ornada de flores e que haja, ao
menos, uma para cada conviva.
Convêm também que uma fita azul indique o alinhamento
das armas.
Todos os Irmãos deverão estar revestidos de suas
insígnias, pelo menos.
Os trabalhos se realizam em grau de Apr∴, o Ven∴ e os
VVig∴ servir-se-ão de seus respectivos malhetes.
O banquete maçônico é uma tradição antiga que não
convêm romper. Todas as Lojas devem, ao menos uma vez ao
ano, reunir seus membros em torno de uma mesa fraternal.

EXPLICAÇÕES
34

ÁGUA pólvora seca


CAFÉ pólvora preta
CERVEJA pólvora amarela
COLHERES trolhas
COPOS armas ou canhões
FACAS espadas
GARFOS picaretas
GARRAFAS barricas
GUARDANAPOS bandeiras
IGUARIAS materiais
LICORES pólvora forte
LUZES estrelas
MESA bandeja grande
PÃO pedra bruta
PIMENTA areia amarela
PRATOS telhas
SAL areia branca
TOALHA bandeira grande
TRAVESSAS bandejas
VINHO pólvora forte (branco ou tinto)
COMER demolir os materiais ou mastigar
BEBER fazer fogo.

ABERTURA DOS TRABALHOS

Ocupados os lugares e estando todos revestidos de suas


insígnias, o Ven∴ dá ordem para que saiam os serventes e logo
que isto se faz:

VEN∴ (repetido pelos VVig∴) Ir∴ 1º Vig∴ , qual é o primeiro dever


de um Vig∴ em Loja de mesa?

1º VIG∴- Certificar-se se os trabalhos estão cobertos.

VEN∴ - Certificai-vos disso, meu Ir∴.

1º VIG∴- Certificai-vos disso, Ir∴2º Vig∴.

2º VIG∴ - Certificai-vos disso Ir∴ Cobr∴.


(O Cobr∴ abre a porta da sala, verifica que ninguém possa
escutar, fecha de novo a porta e tira a chave, que entrega ao 2º
Vig∴que então diz:

2º VIG∴ - Ir∴1º Vig∴ os nossos trabalhos estão cobertos.

1º VIG∴ - Ven∴ Mestre, os nossos trabalhos estão cobertos.


35

VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, qual é o segundo dever de um Vig∴ em Loja de


mesa?

2º VIG∴ - Verificar se todos os convivas tem o direito de tomar parte nos


trabalhos.

VEN∴ - Verificai, IIr∴ 1º e 2º VVig∴, se nas respectivas colunas todos tem esse
direito. À ordem de mesa, meus IIr∴!!

(Conservando-se sentados, os IIr∴ põem a mão direita à


ordem como Apr∴ e colocam a mão esquerda aberta sobre a
mesa tendo os quatro dedos unidos e estendidos para a frente e
o polegar em esquadria ao longo da beira da mesa. Cada Vig∴,
sem deixar o seu lugar, verifica com o olhar a sua coluna.)

2º VIG∴ Ir∴ 1º Vig∴, na coluna do Norte todos tem o direito de tomar parte
nos trabalhos.

1º VIG∴ Ven∴ Mestre, nas respectivas colunas, todos tem o direito de tomar
parte nos trabalhos.

VEN∴ - Também no Oriente. (pausa). Ir∴ 1º Vig∴, para que estamos aqui
reunidos?

1º VIG∴- Para festejarmos a fraternidade e para estreitarmos o laço que nos une.

VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, qual é o laço que nos une?

2º VIG∴ - O da Solidariedade.

VEN∴ - Sendo assim, IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai nas respectivas colunas, assim
como eu anuncio no Oriente, que os trabalhos vão tomar força e vigor.

1º VIG∴ - IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, eu vos anuncio de parte do


Ven∴ Mestre, que os trabalhos vão tomar força e vigor.

2º VIG∴- IIr∴ que decorais a coluna do Norte, eu vos anuncio de parte do Ven∴
Mestre, que os trabalhos vão tomar força e vigor. Está anunciado na coluna do
Norte, Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴- Ven∴ Mestre, está anunciado em ambas as colunas.

VEN∴ (repetido pelos Vigilantes) - Estão abertos os


trabalhos de mesa. Meus IIr∴ não é mais necessário estar à ordem. Tem a
palavra o Ir∴ Orador.
36

(O Orador pronuncia um discurso em relação com o ato.)

VEN∴ - Meus IIr∴, ao meu sinal de malhete os trabalhos vão ser suspensos e nos
entregaremos então à mastigação. (-0-)

(Serve-se o primeiro prato. O2º Vig∴ entrega a chave ao


Cobr∴ que abre a porta e faz entrar os serventes.)

S A Ú D E S

As saúdes obrigatórias tem lugar quando o Ven julgar


oportuno. De ordinário depois do primeiro serviço. Reservam-se
especialmente para a sobremesa as saúdes não obrigatórias, as
peças de arquitetura, alocuções ou cantos.

VEN∴ (repetido pelos VVig∴)

(Faz-se silêncio. Os serventes se retiram. O Ir∴ Cob∴, armado


de espada, guarda a porta da sala. Depois, o)

VEN∴ - Meus IIr∴, à ordem de mesa! (executa-se) IIr∴ 1º e 2º VVig∴,


anunciai nas respectivas colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que os
trabalhos que estavam suspensos, tomam força e vigor.
1º VIG∴- IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, eu vos anuncio de parte do Ven∴
Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e vigor.

2º VIG∴- IIr∴ que decorais a coluna do Norte eu vos anuncio de parte do Ven∴
Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e vigor. Está
anunciado na coluna do Norte, Ir∴ 1º Vig∴.
1º VIG∴- Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

1a. SAÚDE

VEN∴ IIr∴ 1º e 2º VVig∴, convidai os obreiros das respectivas Colunas, assim


como convido os do Oriente, a carregar e alinhar para a primeira saúde de
obrigação.

1º VIG∴- IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, convido-vos a carregar e alinhar


para a primeira saúde de obrigação.

2º VIG∴- IIr∴ que decorais a coluna do Norte, convido-vos a carregar e alinhar


para a primeira saúde de obrigação. Está anunciado na coluna do Norte,
Ir∴ 1º Vig∴.
37

1º VIG∴- Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

(Neste momento todos os Irmãos deitam pólvora forte ou


amarela nos copos e, à proporção que forem enchendo, os
colocarão em distância da beira da mesa, na extensão ocupada
pelos pratos e por este meio ficam os copos na mesma linha.
Forma-se também uma segunda linha com garrafas e as luzes.
Feito isto, diz o)

2º VIG∴- Ir∴ 1º Vig∴, tudo está alinhado na coluna do Norte.

1º VIG∴- Ven∴ Mestre, tudo se acha alinhado em ambas as colunas.

VEN∴ - Também no Oriente. De pé e à ordem e espada na mão.

(Todos, exceto os da parte interior da mesa, levantam-se


com os guardanapos no antebraço esquerdo; toma-se a faca na
mão esquerda e com a direita fica-se à ordem, EM GRAU DE
APRENDIZ. Os da parte interna da mesa ficam sentados e à
ordem de mesa.)

VEN∴ - Meus IIr∴, a saúde que tenho a honra de propor-vos é a do Brasil.


(O Ven∴ pode desenvolver esta primeira saúde como
julgar conveniente.)

VEN∴ Atenção, meus IIr∴. Armas na mão, em frente.


(Todos pegam nos copos e levam-nos à frente, à altura do
queixo.)
VEN∴ - PRIMEIRO: ao povo, a quem pertence a soberania!! FOGO!!!

Todos os IIr∴- FOGO!!! (Bebe-se uma vez.)

VEN∴ - SEGUNDO: à representação nacional, aos poderes estabelecidos pela


Constituição!! BOM FOGO!!!
Todos os IIr∴ - BOM FOGO!!! (Bebe-se pela segunda vez.)

VEN∴ - TERCEIRO: À glória e à prosperidade do Brasil!! O MAIS VIVO


DOS FOGOS!!!

Todos os IIr∴ (em voz bem alta) - FOGO!!! (Bebe-se pela terceira
vez e após coloca-se o copo na altura do queixo e defronte
do ombro direito. )

VEN∴ - Armas em frente. (Cada Ir∴ traz o copo à frente, na altura do queixo.)
Armas em descanso. Um, dois, três !
38

(Leva-se o copo ao lado esquerdo do peito, depois ao direito e


depois em frente.)

Todos os Ir∴ - Um, dois, três ! Um, dois, três !


(Repetem-se os movimentos sendo o terceiro para descansar o
copo sobre a mesa, o que todos devem fazer a um só tempo,
havendo uma só pancada dos copos na mesa.)

VEN - Espada na mão direita !(Passa-se a faca na mão esquerda para


a direita.)

VEN∴ - Saudação com a espada ! (Faz-se o movimento do sinal


gutural.) Descansar a espada !
(Coloca-se a faca sobre a mesa a um só tempo.) A mim, meus
IIr∴, pelo sinal, pela bateria, pela
aclamação. (Executa-se) Viva o Brasil !!! Sentemo-nos. Meus IIr∴ ao
meu sinal de malhete, os
trabalhos vão se suspender e nos entregaremos então à mastigação
(Serve-se o segundo prato. O 1º Vig∴ entrega a chave ao
Cobr∴ que abre a porta e faz entrar os serventes.)

VEN∴ (repetido pelos VVig∴). Faz-se silêncio.


(Os serventes se retiram.
O Ir∴ Cobr∴, armado de espada, guarda a porta da sala. Depois,
o

VEN∴ - Meus IIr∴, à ordem de mesa! (executa-se) IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai


nas respectivas colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que os
trabalhos que estavam suspensos, tomam força e vigor.

1º VIG∴− IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, eu vos anuncio de parte do


Ven∴ Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e
vigor.

2º VIG∴ - Ir∴ que decorais a coluna do Norte eu vos anuncio de parte do


Ven∴ Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e
vigor. Está anunciado na coluna do Norte, Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴- Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

2ª SAÚDE

VEN∴ IIr∴ 1º e 2º VVig∴, convidai os obreiros das respectivas Colunas, assim


como convido os do Oriente, a carregar e alinhar para a segunda saúde de
obrigação.
39

1º VIG∴ − IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, convido-vos a carregar e


alinhar para a segunda saúde de obrigação.

2º VIG∴ − IIr∴ que decorais a coluna do Norte, convido-vos a carregar e alinhar


para a segunda saúde de obrigação. Está anunciado na coluna do Norte,
Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴ − Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

(Neste momento todos os irmãos deitam pólvora forte ou


amarela nos copos e, à proporção que forem enchendo, os
colocarão em distância da beira da mesa, na extensão ocupada
pelos pratos e por este meio ficam os copos na mesma linha.
Forma-se também uma segunda linha com garrafas e as luzes.
Feito isto, diz o)

2º VIG∴- Ir∴ 1º Vig∴, tudo está alinhado na coluna do Norte.

1º VIG∴ - Ven∴ Mestre, tudo se acha alinhado em ambas as colunas.

VEN∴ - Também no Oriente. De pé e à ordem e espada na mão.

(Todos, exceto os da parte interior da mesa, levantam-se com


os guardanapos no antebraço esquerdo; toma-se a faca na mão
esquerda e com a direita fica-se à ordem EM GRAU DE
APRENDIZ. Os da parte interna da mesa ficam sentados e à
ordem de mesa.)

VEN∴ Meus IIr∴, a saúde que tenho a honra de propor-vos é a do Gr∴ Or∴ do
Brasil, assim como das Oficinas da Federação e do Sob∴ Gr∴ Mestre da
Ordem.

VEN∴ - Atenção, meus IIr∴. Armas na mão, em frente.


(Todos pegam nos copos e levam-nos à frente, à altura do
queixo).

VEN∴ - PRIMEIRO: Ao Gr∴ Or∴ do Brasil!! FOGO!!!

Todos os IIr∴ - FOGO!!! (Bebe-se uma vez.)

VEN∴ − SEGUNDO: Às Oficinas da Federação!! BOM FOGO!!!

Todos os IIr∴− BOM FOGO!!! (Bebe-se pela segunda vez.)


40

VEN∴ − TERCEIRO: Ao Sob∴ Gr∴ Mestre da Ordem!! O MAIS VIVO DOS


FOGOS!!!

Todos os IIr∴(em voz bem alta) - FOGO!!! (Bebe-se pela terceira


vez e após coloca-se o copo na altura do queixo e defronte do
ombro direito. )

VEN∴ - Armas em frente.(Cada Ir∴traz o copo à frente, na altura do


queixo.) Armas em descanso. Um, dois, três !

(Leva-se o copo ao lado esquerdo do peito, depois ao direito e


depois em frente.)

Todos os IIr∴ - Um, dois, três !


Um, dois, três !
Repetem-se os movimentos sendo o terceiro para descansar o
copo sobre a mesa, o que todos devem fazer a um só tempo,
havendo uma só pancada dos copos na mesa.

VEN∴ - Espada na mão direita ! (Passa-se a faca na mão esquerda


para a direita.) Saudação com a espada ! (Faz-se o
movimento do sinal gutural.) Descansar a espada ! (Coloca-se a faca
sobre a mesa.) A mim, meus IIr∴, pelo sinal, pela bateria, e pela
aclamação.(Executa-se)

VEN∴ Viva o Brasil !!! Sentemo-nos. Meus IIr∴ ao meu sinal de malhete, os
trabalhos vão se suspender e nos entregaremos então à mastigação
(Serve-se o terceiro prato. O 2 Vig∴ entrega a chave ao
Cobr∴ que abre a porta e faz entrar os serventes.)

VEN∴ (repetido pelos VVig∴)(Faz-se silêncio. Os serventes


se retiram. O Ir∴Cob∴, armado de espada, guarda a porta da
sala. Depois, o)

VEN∴ - Meus IIr∴, à ordem de mesa! (executa-se)


IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai nas respectivas colunas, assim como eu
anuncio no Oriente, que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e
vigor.

1º VIG∴ − IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, eu vos anuncio de parte do


Ven∴ Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e
vigor.
41

2º VIG∴- IIr∴ que decorais a coluna do Norte eu vos anuncio de parte do Ven∴
Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e vigor. Está
anunciado na coluna do Norte, Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴- Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

3ª SAÚDE

VEN∴ - IIr∴ 1º e 2º VVig∴, convidai os obreiros das respectivas Colunas,


assim como convido os do Oriente, a carregar e alinhar para a terceira
saúde de obrigação.

1º VIG∴ - IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, convido-vos a carregar e alinhar


para a terceira saúde de obrigação.

2º VIG∴ - IIr∴ que decorais a coluna do Norte, convido-vos a carregar e alinhar


para a terceira saúde de obrigação. Está anunciado na coluna do Norte,
Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴ - Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.


(Neste momento todos os irmãos deitam pólvora forte ou
amarela nos copos e, à proporção que forem enchendo, os
colocarão em distância da beira da mesa, na extensão ocupada
pelos pratos e por este meio ficam os copos na mesma linha.
Forma-se também uma segunda linha com garrafas e as luzes.
Feito isto, diz o)

2º VIG∴- Ir∴ 1º Vig∴, tudo está alinhado na coluna do Norte.

1º VIG∴- Ven∴ Mestre, tudo se acha alinhado em ambas as colunas.

VEN∴ - Também no Oriente. De pé e à ordem e espada na mão.


(Todos, exceto os da parte interior da mesa, levantam-se com
os guardanapos no antebraço esquerdo; toma-se a faca na mão
esquerda e com a direita fica-se à ordem EM GRAU DE
APRENDIZ. Os da parte interna da mesa ficam sentados e à
ordem de mesa.)

1º VIG∴ - Peço a palavra.

VEN∴ - Tendes a palavra, meu Ir∴.

1º VIG∴- Ven∴ Mestre, peço-vos que façais carregar e alinhar para uma saúde
que terei a honra de propor.
42

VEN∴ - IIr∴ Orador e 2º Vig∴ fazei carregar e alinhar os canhões do Oriente e de


ambas as colunas.

ORADOR - IIr∴ com assento no Or∴ em nome do Ven∴ Mestre, convido-vos a


carregar e alinhar os canhões.

2º VIG∴- IIr∴ das colunas do Sul e do Norte, convido-vos, em nome do Ven∴


Mestre, a carregar e alinhar os canhões. Ir∴ Orador, tudo está alinhado
em ambas as colunas.

ORADOR -Ven∴ Mestre, tudo está alinhado no Oriente e nas respectivas colunas.

VEN∴ - Ir∴ 1º Vig∴, tudo está carregado e alinhado.


Qual é a saúde que quereis propor?

1º VIG∴- É à vossa, Ven∴ Mestre. IIr∴ Orador e 2º Vig∴, juntai-vos a mim com
os IIr∴ do Or∴ e da coluna do Norte.
Meus IIr∴, em pé e à ordem e espada na mão. Atenção, meus Ir∴.
(Executa-se. Todos se levantam, menos o Ven∴ Mestre e os IIr∴
que estão sentados no interior da mesa.
O IR∴ 1º VIG∴ DESENVOLVE A SAÚDE, QUE JULGAR
CONVENIENTE. )
Armas na mão, em frente.
(Todos pegam nos copos e levam-nos à frente, à altura do
queixo.)
PRIMEIRO: Ao nosso prezado Ven∴!! FOGO!!!

Todos os IIr∴ - FOGO!!!(Bebe-se uma vez.)

1º VIG∴ - SEGUNDO: Aos entes que lhe são caros!! BOM FOGO!!!

Todos os IIr∴ − BOM FOGO!!! (Bebe-se pela segunda vez.)

1º VIG∴ - TERCEIRO: À prosperidade de nossa oficina!! O MAIS VIVO DOS


FOGOS!!!

Todos os IIr∴ em VOZ BEM ALTA) - FOGO!!! (Bebe-se pela terceira


vez e após coloca-se o copo na altura do queixo e defronte do
ombro direito. )

1º VIG∴ - Armas em frente. (Cada Ir∴traz o copo à frente, na altura


do queixo.) Armas em descanso. Um, dois, três ! Leva-se o copo ao
lado esquerdo do peito, depois ao direito e depois em
frente.

Todos os Irmãos - Um, dois, três ! Um, dois, três !


43

(Repetem-se os movimentos sendo o terceiro para descansar o


copo sobre a mesa, o que todos devem fazer a um só tempo,
havendo uma só pancada dos copos na mesa.)

1º VIG∴ - Espada na mão direita ! (Passa-se a faca na mão esquerda


para a direita.) Saudação com a espada ! (Faz-se o movimento do
sinal gutural.) Descansar a espada ! (Coloca-se a faca sobre a
mesa.)
A mim, meus IIr∴, pelo sinal, pela bateria, e pela aclamação. (Executa-
se)
Viva o Brasil !!!
Sentemo-nos.
Meus IIr∴ ao meu sinal de malhete, os trabalhos vão se suspender e nos
entregaremos então à mastigação (Serve-se o quarto prato)

VEN∴ (repetido pelos VVig∴)


(Faz-se silêncio. Os serventes se retiram. O Ir∴ Cob∴, armado
de espada, guarda a porta da sala. Depois, o)

VEN∴ - Meus IIr∴, à ordem de mesa! (executa-se)


IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai nas respectivas colunas, assim como eu
anuncio no Oriente, que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e
vigor.

1º VIG∴ - IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, eu vos anuncio de parte do


Ven∴ Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e
vigor.

2º VIG∴- IIr∴ que decorais a coluna do Norte, eu vos anuncio de parte do Ven∴
Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e vigor. Está
anunciado na coluna do Norte, Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴- Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

4ª SAÚDE

VEN∴ - IIr∴ 1º e 2º VVig∴, convidai os obreiros das respectivas colunas, assim


como eu convido os do Oriente, a carregar e alinhar para a quarta saúde de
obrigação.

1º VIG∴- IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, convido-vos a carregar e alinhar


para a quarta saúde de obrigação.
44

2º VIG∴- IIr∴ que decorais a coluna do Norte, convido-vos a carregar e alinhar


para a quarta saúde de obrigação. Está anunciado na coluna do Norte, Ir∴
1º Vig∴.

1º VIG∴- Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

(Neste momento todos os irmãos deitam pólvora forte ou


amarela nos copos e, à proporção que forem enchendo, os
colocarão em distância da beira da mesa, na extensão ocupada
pelos pratos e por este meio ficam os copos na mesma linha.
Forma-se também uma segunda linha com garrafas e as luzes.
Feito isto, diz o)

2º VIG∴- Ir∴ 1º Vig∴, tudo está alinhado na coluna do Norte.

1º VIG∴- Ven∴ Mestre, tudo se acha alinhado em ambas as colunas.

VEN∴ - Também no Oriente. De pé e à ordem e espada na mão.

(Todos, exceto os da parte interior da mesa, levantam-se com


os guardanapos no antebraço esquerdo; toma-se a faca na mão
esquerda e com a direita fica-se à ordem. Os da parte interna da
mesa ficam sentados e à ordem de mesa.)

VEN∴- Meus IIr∴1º e 2º VVig∴, a saúde que tenho a honra de propor-vos é a dos
membros desta Oficina, dos ilustres IIr∴ visitantes e das Potências
Maçônicas Co-Irmãs.

VEN∴ - Atenção, meus IIr∴. Armas na mão, em frente. (Todos pegam


nos copos e levam-nos à frente, à altura do queixo.)
VEN∴ - PRIMEIRO: Aos membros desta Aug∴ Resp∴ Loj∴!! FOGO!!!

Todos os IIr∴ - FOGO!!! (Bebe-se uma vez.)

VEN∴ - SEGUNDO: Aos Ilustres IIr∴ visitantes!! BOM FOGO!!!

Todos os IIr∴ - BOM FOGO!!! (Bebe-se pela segunda vez.)

VEN∴ - TERCEIRO: Às Potências Maçônicas Co-Irmãs!! O MAIS VIVO DOS


FOGOS!!!

Todos os IIr∴ - (em VOZ BEM ALTA) - FOGO!!! (Bebe-se pela


terceira vez e após coloca-se o copo na altura do queixo e
defronte do ombro direito. )
45

VEN∴ - Armas em frente. (Cada Ir∴traz o copo à frente, na altura do


queixo.) Armas em descanso. Um, dois, três ! (Leva-se o copo ao
lado esquerdo do peito, depois ao direito e depois em
frente.)

Todos IIr∴ - Um, dois, três ! Um, dois, três !


(Repetem-se os movimentos sendo o terceiro para descansar o
copo sobre a mesa, o que todos devem fazer a um só tempo,
havendo uma só pancada dos copos na mesa.)

VEN∴ - Espada na mão direita ! (Passa-se a faca na mão esquerda


para a direita.) Saudação com a espada ! (Faz-se o movimento do
sinal gutural.) Descansar a espada ! (Coloca-se a faca sobre a
mesa.) A mim, meus IIr∴, pelo sinal, pela bateria, e pela aclamação.
(Executa-se)
Viva o Brasil !!! Sentemo-nos.

5ª SAÚDE

VEN∴ - Meus IIr∴ ao meu sinal de malhete, os trabalhos vão se suspender


(-0-)

Conforme o Ven∴ entender mais conveniente, esta saúde far-se-


á em seguida ou será reservada para o fim dos trabalhos.
Se for guardada para o fim, suspendem-se os trabalhos por uma
pancada de malhete e na ocasião apropriada reabrem-se
também por uma pancada de malhete.
Se entre os serventes há algum Ir∴ é convidado a vir para a
mesa, se aí ainda não estiver.

VEN∴ (repetido pelos VVig∴) Faz-se silêncio. Os serventes


se retiram. O Ir∴ Cob∴, armado de espada, guarda a porta da
sala. Depois, o

VEN∴ - Meus IIr∴, à ordem de mesa! (executa-se)


IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai nas respectivas colunas, assim como eu
anuncio no Oriente, que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e
vigor.

1º VIG∴ - IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, eu vos anuncio de parte do


Ven∴ Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e
vigor.
46

2º VIG∴ - IIr∴ que decorais a coluna do Norte eu vos anuncio de parte do Ven∴
Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e vigor. Está
anunciado na coluna do Norte, Ir∴ 1º Vig∴.
1º VIG∴ - Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

CADEIA DE UNIÃO

VEN∴ De pé. Formemos a cadeia de união em loja de mesa.


(Levantam-se todos. Dão a ponta do guardanapo aos que lhe
ficam imediatos à esquerda e à direita que pegam, igualmente
com a mão esquerda, a ponta do guardanapo do vizinho,
conservando sempre a faca na mesma mão esquerda. Os
IIr∴serventes fazem com os VVig∴ a mesma cadeia tendo no
meio o Mestre de CCer∴. Feito isto, põe-se a mão direita à
ordem, como Apr∴. O Ven∴ Mestre transmite uma palavra e
segue-se o mesmo ritual da Cadeia de União. Terminado, diz:

VEN∴ - Desfaçamos a cadeia de união.

VEN∴ - Meus IIr∴ ao meu sinal de malhete, os trabalhos vão se suspender


(Serve-se a sobremesa) Meus IIr∴, à ordem de mesa! (executa-se)

VEN∴ - IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai nas respectivas colunas, assim como eu


anuncio no Oriente, que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e
vigor.

1º VIG∴ - IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, eu vos anuncio de parte do


Ven∴ Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e
vigor.

2º VIG∴− IIr∴ que decorais a coluna do Norte eu vos anuncio de parte do


Ven∴Mestre que os trabalhos que estavam suspensos, tomam força e vigor.
Está anunciado na coluna do Norte, Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴ - Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Meus IIr∴, a saúde que tenho a honra de propor-vos é a de todos os


maçons espalhados na superfície da Terra, tanto na prosperidade como na
adversidade.

1º VIG∴ - IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, vos anuncio que o Ven∴ Mestre
procederá a uma saúde a todos os maçons espalhados na superfície da
Terra, tanto na prosperidade como na adversidade.

2º VIG∴ - IIr∴ que decorais a coluna do Norte, vos anuncio que o Ven∴ Mestre
procederá a uma saúde a todos os maçons espalhados na superfície da
47

Terra, tanto na prosperidade como na adversidade. Está anunciado na


coluna do Norte, Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴ - Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Também no Oriente.


Atenção meus IIr∴: armas na mão, em frente
Todos pegam nos copos e levam-nos à frente, à altura do
queixo.
A TODOS OS MAÇONS DA TERRA!!! FOGO ÚNICO!!!

TODOS IIR∴ (em VOZ BEM ALTA) - FOGO!!!


Bebe-se UMA ÚNICA VEZ e após coloca-se o copo na altura do
queixo e defronte do ombro direito.

VEN∴ - Armas em frente.


Cada Ir∴traz o copo à frente, na altura do queixo.
Armas em descanso. Um, dois, três !Leva-se o copo ao lado esquerdo do
peito, depois ao direito e depois em frente.
Um, dois, três !
Um, dois, três !
Repetem-se os movimentos sendo o terceiro para descansar o
copo sobre a mesa, o que todos devem fazer a um só tempo,
havendo uma só pancada dos copos na mesa.
Espada na mão direita !
Passa-se a faca na mão esquerda para a direita.
Saudação com a espada !
Faz-se o movimento do sinal gutural.
Descansar a espada !
Coloca-se a faca sobre a mesa.

A mim, meus IIr∴, pelo sinal, pela bateria, e pela aclamação. (Executa-se)

VEN∴ - Viva o Brasil !! Sentemo-nos.

TRONCO DE SOLIDARIEDADE

VEN∴ IIr∴ 1º e 2º VVig∴ anunciai nas respectivas colunas, assim como o


anuncio no Or∴ que vai circular o Tronco de Solidariedade.

1º VIG∴ - IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, eu vos anuncio de parte do


Ven∴ Mestre que vai circular o Tronco de Solidariedade.
48

2º VIG∴ - IIr∴ que decorais a coluna do Norte, eu vos anuncio de parte do


Ven∴ Mestre que vai circular o Tronco de Solidariedade. Esta anunciado na
coluna do Norte, Ir∴ 1º Vig∴

1º VIG∴ - Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

VEN∴ Ir∴ Hosp∴ tende a bondade de desempenhar a vossa missão.


(O Ir∴ Hosp∴ procede a circular o Tr∴ de Sol∴ de acordo com a
praxe. Após, diz:)

HOSP∴ - Ir∴ 2º Vig∴, o Tr∴ de Sol∴ fez o seu giro, e acha-se suspenso.

2º VIG∴ Ir∴ 1º Vig∴ o Tr∴ de Sol∴ fez o seu giro e acha-se suspenso.

1º VIG∴ Ven∴ Mestre, o Tr∴ de Sol∴ fez o seu giro e acha-se suspenso,
aguardando as vossas ordens.

VEN∴ Ir∴ Hosp∴, trazei o Tr∴ de Sol∴ ao triângulo do Ir∴ Orador


para conferência.

ENCERRAMENTO

VEN∴ (repetido pelos VVig∴) Meus IIr∴, à ordem de mesa. (Pausa).


Ir∴( 1º Vig∴ qual é, para os maçons, o salário dos seus trabalhos de mesa?

1º VIG∴ - Um duplo benefício.

VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, que benefício alcançamos hoje?

2º VIG∴ - O conhecimento e a esperança.

VEN∴ - Sendo assim, IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai nas respectivas colunas,


assim como eu faço no Or∴, que os trabalhos de mesa vão ser encerrados.

1º VIG∴ - IIr∴ que abrilhantais a coluna do Sul, eu vos anuncio de parte do


Ven∴ Mestre que os trabalhos de mesa vão ser encerrados.

2º VIG∴ - IIr∴ que decorais a coluna do Norte, eu vos anuncio de parte do Ven∴
Mestre que os trabalhos de mesa vão ser encerrados. Está anunciado na
coluna do Norte, Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴ - Está anunciado em ambas as colunas, Ven∴ Mestre.

VEN∴ (repetido pelos VVig∴)


49

Os trabalhos de mesa estão encerrados.

OBSERVAÇÕES:

Na quinta saúde, conforme o Venerável entender mais conveniente, esta saúde


far-se-á em seguida ou será reservada para o fim dos trabalhos. Se for
guardada para o fim, suspendem-se os trabalhos por uma pancada de malhete
depois da quarta saúde, e, na ocasião apropriada reabrem-se também por uma
pancada de malhete.

Quanto ao Tratamento:

A loja de mesa sendo presidida pelo Grão-Mestre Geral, o tratamento ao invés


de Venerável Mestre, será Soberano Grão-Mestre. O mesmo ocorre em
relação aos outros cargos.

QUANTO AO PAVILHÃO NACIONAL

À ordem com espada:

Faz-se portando a espada com a mão direita junto ao corpo, punho à altura da
cintura, ponta voltada para cima, verticalmente.

Continência com a espada:

Faz-se deixando a espada para baixo, do lado direito, fazendo uma linha reta
com o braço.
50

RITUAL DE CONSAGRAÇÃO DE ESTANDARTE E ESPADA FLAMÍGERA

PREÂMBULO

A cerimônia de Consagração de Estandarte e Espada Flamígera deverá ser


realizada pela Administração da Loj∴, em uma Sessão subseqüente à de
Regularização.

A Consagração deverá ocorrer antes que a Loj∴ promova sua primeira Sessão
de Iniciação, Elevação ou Exaltação.

Uma vez realizada a Sessão de Consagração, somente se houver substituição


do Estandarte ou da Espada, haverá necessidade de nova Consagração.

A Consagração destina-se somente ao Estandarte e à Espada de propriedade


da Loj∴. Assim, quando forem utilizados de outra Loj∴, não será obrigatória a
Cerimônia.

O ESTANDARTE

O Estandarte foi sempre uma insígnia militar ou religiosa adotada em geral


pelos corpos de cavalaria ou comunidades religiosas, escolares, esportivas e
muitas outras. O uso do Estandarte remonta à mais longínqua antiguidade, seu
formato tem variado ao longo dos anos, mas tem sido uma insígnia
aglutinadora dos homens em torno de um ideal.

A Maçonaria, como outras instituições humanas, tem também seus Estandartes


para os diversos corpos.

A existência de Estandarte na Loj∴ é obrigatória, sendo uma das insígnias


mais representativas de um corpo maçônico; sua guarda e conservação são de
responsabilidade do Ir∴ Porta-Estandarte, que deverá conhecer seu significado
e interpretação.

Quando uma Administração incorporada visitar urna a Irmã, é recomendado


que o Estandarte acompanhe. Seu local é sobre a balaustrada ao Sul.

A ESPADA FLAMIGERA

A Espada Flamígera ou Flamejante ou Chamejante simboliza o Verbo, isto é, o


pensamento ativo, com o qual se conseguirá vencer pelo poder da razão e pela
força nele contido. Diz-se que há analogia entre a consagração do Maçom e a
51

criação de Cavaleiro, na Idade Média, a analogia é aceita, mas não a


identidade.

Os nós da Espada representam as notas musicais e no ato da consagração o


Ven∴ recebe a Espada do Porta- Espada, mantendo-a na mão esquerda, lado
passivo, e isso porque a Espada Flamígera não é uma arma, mas instrumento
de transmissão.

A Espada deve estar na mesa, à esquerda do Venerável, sobre uma almofada


de veludo vermelho ou, se o espaço permitir, uma mesa retangular abaixo dos
três degraus ainda à esquerda e à frente do Ven∴, próximo ao Pota-Espada,
dentro de um escaninho aberto, forrado de veludo ou feltro vermelho.

A Espada deve ter cabo roliço e elmo cruciforme. A lâmina niquelada com dois
gumes não deve cortar, devendo haver uma saliência mediano-longitudinal
sobre a duas faces. A lâmina terá a forma senóide, com sete nós de cada lado.

RITUALÍSTICA

(Após a abertura, em Ordem do Dia)

V∴ M∴ — IIr∴ lº e 2° VVig∴, anunciai em vossas CCol∴, assim como


eu anuncio no Oriente, que vamos proceder à Cerimônia de Consagração do
Estandarte (e/ou da Espada Flamígera), da A∴ R∴L∴ S∴ (nome).

1º VIG∴ — Ilr.·. que decorais a Col∴ do N∴, eu vos anuncio da parte do


V∴ M∴ que vamos proceder à Cerimônia de Consagração do Estandarte (e/ou
da Espada Flamígera), da A∴ R∴L∴ S∴ (nome).

2° VIG∴ — IIr∴ que abrilhantai a Col∴ do Sul eu vos anuncio da parte


do V∴ M∴ que vamos proceder à Cerimônia de Consagração do Estandarte
(e/ou da Espada Flamígera), da A∴ R∴ L∴S∴ (nome).

1º VIG∴ — Está anunciado em ambas as Colunas, Ven∴ Mestr∴.

V∴ M∴ — Ir∴ Orad∴ por que uma Loj∴ deve possuir um Estandarte


(e/ou Espada Flamígera)?
52

ORAD∴ — O Estandarte fica hasteado durante as Sessões regulamentares


como símbolo protetor da nossa união, para estimular o ânimo e o ardor dos
MM e servir de bandeira quando comparecemos incorporados a qualquer
Cerimônia Maçônica.

Em Maçonaria, a Espada Flamígera serve para consagrar o Maçom, o que se


dá quando da Cerimônia de iniciação no Grau.

A Consagração é um ato criador procedente de vontade do Ven∴M∴, em


nome da Maçonaria, dedicada à G∴ do G∴ A∴ D∴ U∴, por meio da vibração
sonora que passa pelos nós da Espada, cujo efeito deve constituir uma espécie
de impregnação de eflúvios que passarão ao Neófito.

V∴ M∴ — Ir∴ M∴ de CCer∴, formai uma comissão de três MM∴ MM∴


armados de EEsp∴ e munidos de EEstr∴ para dar ingresso ao Estandarte
(e/ou Espada Fiamígera), e ser consagrado, e vós, Ir∴ Porta-Estandarte (e/ou
Porta-Espada), acompanhai o Ir∴ M∴ de CCer∴.

(O M∴ de CCer∴ com a comissão posta-se entre Colunas e diz):

M∴CCER∴ — Ven∴ Mestre, a comissão acha-se composta e aguarda


ordens.

V∴ M∴ — Ir∴ M∴ de CCer∴, podeis dar entrada no Temp.. o


Estandarte (e/ou Espada Flamígera) da A∴ R∴ L∴ S∴ (nome).

(A Comissão se retira e depois de fechada a porta o M∴ de CCer∴ bate 000)

G∴INT∴ — Ir.. 2° Vig∴, batem regularmente à porta do Templo.

2º VIG∴— Ir∴ 1° Vig∴, batem regularmente à porta do Temp∴.

1º VIG∴— Ven∴ Mestr∴, batem regularmente à porta do Temp∴.

V∴ M∴ — Ir∴ 1°Vig∴, fazei ver quem assim bate: se for o Ir∴ M∴ de


CCer∴ que volta de sua missão, franqueai-lhe o ingresso.

1º VIG∴— Ir∴ 2° Vig∴ fazei ver quem assim bate: se foro Ir∴ M∴ de
CCer∴que volta de sua missão, franqueai-lhe o ingresso.

2º VIG∴—— Guarda Int∴, verificai quem assim bate: se foro Ir∴ M∴ de


CCer∴. que volta de sua missão, franqueai-lhe o ingresso.
53

V∴ M∴ — A ordem, meus IIr∴. (O G∴T∴, após verificar, abre a porta,


dando ingresso ao M∴ de CCer∴ e à comissão, permanecendo todos entre
CCol∴).

V∴ M∴ — Saudemos o Estandarte (e/ou a Espada Flamígera) pela


Bat∴ Incessante.

(Bat∴ prolongada, que cessará ao comando do Ven∴).

V∴ M∴ — Sentemo-nos. Ir∴ M∴ de CCer∴, podeis dissolver a


comissão.

(O Porta-Estandarte e/ou o Parta-Espada permanecem entre CCol∴).

V∴ M∴ — Porta-Estandarte (e/ou Porta-Espada), conduzi o Estandarte


(e/ou Espada Fiamígera) ao centro do Temp∴ e vós, meus IIr∴ formai a
Cadeia de União em torno.

(O Porta-Estandarte e/ou Porta-Espada fica no centro, juntamente com o


Ven∴, que, defronte, diz):

V∴ M∴ — Ó LÁBARO BENDITO, QUE DE HOJE EM DIANTE NOS SERVIRÁ


COMO GUIA. NÓS, OS OBREIROS DA A∴ R∴ L∴ S∴ (NOME),
INVOCAMOS A TUA PROTEÇÃO PARA QUE POSSAMOS PERMANECER
CADA VEZ MAIS UNIDOS SOB TUA SOMBRA, E POSSA, CADA UM DE Nós,
NA INVOCAÇÃO DA TUA PRESENÇA, EM QUALQUER Ponto DO
UNIVERSO, DEFENDER OS INTERESSES DESSA AUG∴ E RESP∴ Loj∴ E,
PRINCIPALMENTE, DO GRANIDE ORIENTE DE SANTA CATARINA.

QUANTO A NÓS AQUI PRESENTES, PROMETEMOS QUE TE


GUARDAREMOS E FAREMOS GUARDAR AO ABRIGO DE TODA
PROFANAÇAO, CONSERVANDO-TE PURA E SEM MANCHAS, E FAZENDO
COM QUE ASSIM CHE GUES A MÃOS DE QUEM LEGALMENTE NOS
SUCEDAM NA DIREÇÃO DESTA AUG∴ E RESP∴ LOJ∴.

— Assim o prometemos. (No caso de Consagração da Espada Flamígera,


continuar com o texto).

V∴ M∴ — Ir.·. Porta-Espada, trazei-me o emblema da Justiça Maçônica.

(O Porta-Espada apresenta ao Ven∴ o escaninho aberto ou a almofada onde


está a Esp∴ FIam∴a qual o Ven∴ toma com a mão esquerda).

V∴ M∴ — Ir∴ Orad∴, lêde o Versículo 3 do Capítulo 24 do livro de Gênesis,


que fala sobre a Espada Flamígera, símbolo da Justiça Maçônica.
54

ORAD∴ — E EXPULSOU ADÃO, E PÔS DIANTE DO PARAÍSO DE


DELICIAS QUERUBINS BRANDINDO UMA ESPADA DE F0G0, PARA
GUARDAR O CAMINHO DA ÁRVORE DA VIDA. (Vulgata, edições Paulinas,
l4ª ed., 1962).

V∴ M∴ —Meus IIr∴, meditemos sobre este símbolo do R∴E∴A∴A∴, a


Espada Flamígera, uma das expressões do Fogo Sagrado, a serviço da Justiça
e que também representa a Chama ideal que concede a vida maçônica aos
iniciados em nossa Ordem e nos anima a subir a Escada Simbólica. Que
relembra o sopro divino animador de Adão, como relembra o Fogo cultuado
pelos Hindus; o Fogo Sagrado dos antigos Persas dedicado a Ormuz; a Chama
Realizadora de Arqueu e a fagulha juntada aos céus por Prometeu e destinada
a dar alma a uma escultura de barro. Consagremos o símbolo à nossa Justiça
Maçônica e à Glória do G∴A∴ D∴ U∴.

PRECE

(O Ven∴ coloca a Espada na posição horizontal, à altura dos lábios, da


esquerda para a direita).

V∴ M∴ — Grande Arquiteto do Universo, atende a esta prece para que neste


Templ∴ reine sempre a justiça, e que os Obreiros da Paz sejam sempre
iluminados com a Tua Luz e Proteção.

— Assim seja!

Todos — Assim seja!

(Desfaz-se a cadeia e todos voltam a seus lugares, ficando somente o Porta-


Estandarte e/ou o Porta-Espada).

V∴ M∴ — Sentemo-nos.

V∴ M∴ — Ir∴ M∴ de CCer∴, trazei ao Or∴ o Ir∴ Porta-Estandarte


(e/ou o Porta-Espada).
55

V∴ M∴ — À ordem.

(O Ven∴ desce do Alt∴ e, ficando de frente para o Estandarte (e/ou Porta-


Espada), e faz a Consagração).

— À Glória do G∴ A∴ D∴U∴ e em honra a São João, e em virtude dos


poderes que me foram conferidos pelo Grande Oriente de Santa Catarina,
declaro, do Oriente devidamente consagrado o Estandarte (e/ou a Espada
Flamígera) da Aug∴ e Resp∴ Loj∴ Simb∴ (nome).

(O Ven∴ volta ao seu Alt∴).

V∴ M∴ — Sentemo-nos.

V∴ M∴ — Ir∴ M∴ de CCer∴ e Porta-Estandarte (e/ou Porta-Espada)


conduzi o Estandarte para entre CCol∴.

V∴ M∴ — IIr∴ 1° e 2° VVig∴,convidai os Obreiros de vossas CCol∴


assim como eu convido os do Oriente, para unirem-se a mim para aplaudir a
Consagração do Estandarte (e/ou da Espada Flamígera),da A∴ R∴ L∴
S∴(nome).

1º VIG∴—— Ir∴ que decorais a Col∴ do N∴, eu vos convido, da parte


do V∴ M∴ a unirmo-nos a ele para aplaudir a Consagração do Estandarte
(e/ou da Espada Flamígera), da A∴ R∴ L∴ S∴ (nome).

2º VIG∴— IIr∴ que abrilhantais a Col∴ do S∴, eu vos convido, da parte


do V∴ M∴, a unirmo-nos a ele para aplaudir a Consagração do Estandarte
(e/ou da Espada Flamígera), da A∴ R∴L∴ S∴ (nome).

2º VIG∴ — Está anunciado na col∴ do S∴, lr∴ 1° Vig∴.

1º VIG∴ — Está anunciado em ambas as Colunas, Ven∴ Mestr∴.

V∴ M∴ — À ordem.

— Anuncio, pela última vez do Or∴, que está definitivamente consagrado


o Estandarte (e/ou Espada Flamígera) da A∴ R∴ L∴ S∴ (nome).

— A mim, meus IIr∴, pela Bat∴ incessante.

— Sentemo-nos.
56

— IIr∴ M∴ de CCer∴ e Porta-Estandarte (o/ou Porta-Espada), conduzi o


Estandarte (e/ou Espada Flamígera) para junto do Ir∴ Orad∴

— lr∴ Orad∴, a quem compete, em particular, a guarda e condução do


Estandarte (e/ou Espada Flamígera) durante nossos trabalhos?

ORAD∴ — Ao Respeitável Ir∴ Porta-Estandarte (e/ou ao Ir∴ Porta-Espada)


Ven∴ Mestre.

ORAD∴ — (levantando) — Ir.·. Porta-Estandarte (e/ou Porta-Espada), sois o


depositário desta veneranda insígnia, sendo vosso lugar junto à mesma, que
hoje é colocada em vossas mãos.

Cuidai como se fora um tesouro imperecível, pois como a Bandeira Nacional


representa a Pátria, esta insígnia representa esta Loj∴ e a própria Ordem.

V∴ M∴ — Ir.·. Porta-Estandarte (e/ou Porta-Espada), em nome da A∴


R∴ L∴ S∴, faço-vos a entrega desse Estandarte (e/ou desta Esp∴ Flam∴),
que é, a partir deste momento, a maior e mais genuína representação desta
Loj∴. Antes, porém, deveis prometer perante vossos IIr∴, e, empenhando
vossa palavra de Maçom, que sabereis honrá-lo e defendê-lo, entregando-o
puro e sem mácula ao vosso legítimo sucessor com espírito de fraternidade e,
com o mesmo carinho com que a vós dedicamos. Prometeis fazê-lo?

PORTA EST∴ — Assim o prometo.

PORTA ESP∴ — Assim o prometo

V∴ M∴ —Aceitamos vossa promessa, pois a acreditamos sincera.

— Ir∴ Porta-Estandarte (e/ou Ir.·. Porta-Espada), conduzi o Estandarte (e/ou a


Esp∴ Flam∴)ao lugar onde deverá permanecer durante nossos trabalhos, e
tomai vosso lugar.

—Ir∴M∴ de CCer∴ podeis tomar o vosso lugar.

V∴ M∴ — IIr∴ 1° e 2° VVig∴, anunciai em vossas CCol∴ como eu


anuncio no Or∴, que concedo a palavra a qualquer Ir∴ que queira falar sobre o
ato que acabamos de realizar.

1º VIG∴ — Ir∴ que decorais a Col∴do N∴, eu vos anuncio da parte do


Ven∴ Mestre que ele concederá a palavra a qualquer de vós que queira falar
sobre o ato que acabamos de realizar.
57

2º VIG∴ — IIr∴ que abrilhantais a Col∴ do S∴, eu vos anuncio da parte


do Venerável Mestre que ele concederá a palavra a qualquer de vós que queira
falar sobre o ato que acabamos de realizar.

(Depois de concedida a palavra e reinando silêncio):

2º VIG∴ — Reina silêncio na Col∴ do S∴, Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴ — A palavra está na Col∴do N∴.

(Depois de concedida a palavra e reinando silêncio)

1º VIG∴ — Reina silêncio em ambas as CCol∴, Ven∴ Mestre.

V∴ M∴ — A palavra sobre o ato está no Or∴ (Reinando silêncio o


Ven∴ pode, querendo, apresentar suas ponderações, finda as quais diz):

V∴ M∴ — Concedo a palavra ao Ir∴ Orad∴ sobre o ato que acabamos


de realizar.

(Após a fala do Orador):

V∴ M∴ — Meus Ir∴, está finda a Cerimônia de Consagração do


Estandarte (e/ou da Esp∴ Flam∴) da A∴ R∴ L∴ S∴ (nome), que a partir
desta data, tem sua insígnia devidamente instalada e regularmente colocada
em lugar de destaque em nosso Templ∴.

(Segue-se conforme o ritual)

1. Ordem do dia;

2. Bolsa de Beneficência;

3. Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular;

4. Conclusões Finais do Orador;

5. Encerramento.
58

CONSAGRAÇÃO DE GARANTE DE AMIZADE

(Maçons, sois os grandes ecléticos do mundo moderno. Tirai de todos os tempos e de


todos os países, de todas as eras, de todos os sistemas e de todas as filosofias, os eternos
principias fundamentais da moral universal e, deste modo, obtenhais o grande dogma
infalível da Fraternidade.) Affonso de Lamartine

(Abertos os trabalhos com formalidade, no grau de Aprendiz)

V∴ M∴ - - Irmãos 1º e 2° vigilantes, anunciai em vossas colunas, como eu


anuncio no Oriente, que vamos proceder à Consagração do Irmão (diz o nome), como
Garante de paz e Amizade, representando em nossa Loja a nossa co-irmã (nome da
Loja), do Oriente de (nome do oriente da Loja).

1º VIG.·. - Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do


Venerável Mestre, que vamos proceder à Consagração do Irmão (diz o nome), como
Garante de Paz e Amizade, representando em nossa Loja a nossa co-irmã (nome da
Loja), do Oriente de (nome do oriente da Loja).

2º VIG.·. - - Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do


Venerável Mestre, que vamos proceder à Consagração do Irmão (dá o nome), como
Garante de paz e Amizade, representando em nossa Loja a nossa co-irmã (nome da
Loja), do Oriente de .............

- - Está anunciado na Coluna do Sul, Irmão 1º Vigilante.


1º VIG.·. - - Anunciado em ambas as colunas, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Irmão (diz o nome), aceitais a representação, como Garante de Paz e


Amizade, em nossa Loja, da nossa co-irmã (nome da Loja)?

GAR.·. - (Levantando-se à ordem) - Aceito, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, convidai o Irmão (diz o nome) a ficar


entre colunas.

(O Mestre de Cerimônias acompanha o Irmão Garante até as colunas.)

M.·. CCER.·. - Vossas ordens foram cumpridas, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Irmão (diz o nome), precisamos estar certos da vossa vontade e pela última
vez vos pergunto: aceitais a representação, como Garante de Paz e Amizade, em nossa
Loja, da nossa co-irmã (nome da Loja)?

GAR.·. - Aceito, Venerável Mestre.


59

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, conduzi o irmão (diz o nome) ao Altar dos


Juramentos.

(O Mestre de Cerimônias conduz o Garante ao Altar dos Juramentos e fá-lo ajoelhar-se


com o joelho direito.)

V∴ M∴ - - De pé e à ordem, meus irmãos. O irmão (diz o nome) vai prestar seu


solene compromisso.

- Irmão (diz o nome), juras cumprir fielmente as obrigações inerentes a um Garante de


Paz e Amizade?
GAR.·. - Eu o juro, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Jurais solenemente pôr a nossa co-irmã ao corrente de todos os assuntos que


interessam a ambos os quadros?

GAR.·. - Eu o juro, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Se assim o fizerdes, a Maçonaria universal, os componentes de ambos os


quadros e os maçons de boa vontade espalhados por toda a face da terra, vos ficarão
reconhecidos, ou vos pedirão contas se o não fizerdes.

TODOS - Assim seja!

(O Venerável desce do Trono, vai ao altar dos Juramentos e pondo a espada acima da
cabeça do Garante:)

V∴ M∴ - À Glória do Grande Arquiteto do Universo, em seu nome, no da


Fraternidade Universal e desta Augusta e Respeitável Loja, e em virtude dos poderes de
que me acho investido, eu vos constituo Garante de Paz e Amizade entre nossa Loja e
nossa co-irmã (nome da Loja).

(O Venerável dá sobre a espada a bateria do grau e, depois de mandar levantar o


Garante, volta ao Trono.)

-Irmão Mestre de Cerimônias, proclamai desse mesmo lugar, o nosso irmão (diz o
nome) como Garante de Paz e Amizade de nossa co-irmã (nome da Loja) junto à nossa
Loja.

M.·. CCER.·. - Por ordem de nosso Venerável Mestre, proclamo do Oriente o Ocidente
e do Norte ao Sul, o nosso Irmão (diz o nome) Garante de Paz e Amizade de nossa co-
irmã (nome da Loja) junto à nossa Loja.

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, acompanhai nosso Irmão (diz o nome) até o


lugar que lhe compete. (Pausa) -Sentemo-nos, meus irmãos. Irmão Orador, tendes a
palavra.
(Festejado o ato pelo Orador, segue o Tronco de Solidariedade e encerramento pela
forma do ritual.)
60

COMEMORATIVO DO DIA DAS MÃES

Procurei Deus e não o encontrei.


Procurei a mim e não me achei.
Procurei o próximo e achei os três.
Nenhum ser humano é auto-suficiente,
todos nós precisamos dos outros
para podermos ser nós mesmos.

Celebração no dia universalmente consagrado às Mães.

O Templo deverá estar ornamentado com a possível pompa.

Ao lado do Altar dos Juramentos deve estar posta uma coluna ou mesa pequena com um
vaso ou recipiente próprio para receber as flores destinadas à homenagem às mães que
partiram para o Oriente Eterno.

Devem ser providenciadas rosas vermelhas e brancas suficientes para que cada dama
receba uma branca e duas vermelhas e cada irmão e profano, uma branca e uma
vermelha.

O Templo deve estar fechado e só será aberto quando o Mestre de Cerimônias,


destacando-se do cortejo da Loja, constituída fora em outro recinto, bater uma pancada.

O Cobridor Interno, que se encontrará no interior, abrirá, então, de par em par a porta e
a fechará novamente após a entrada do último Irmão componente da Loja, bem como
dos visitantes.

Os irmãos usarão seus aventais e jóias distintivas do cargo.

Os convidados profanos ocuparão as cadeiras da Coluna do Meio, reservada as das


pontas para os irmãos encarregados da abóbada de aço.

Irmãos ou profanos destacados, como autoridades maçônicas e profanas, serão


convidados a ocupar lugar no Oriente.

É indispensável a Coluna da Harmonia para música adequada, preferentemente de


compositores maçônicos, como Mozart e outros.

Fechada a porta do Templo e ocupando todos os irmãos os seus lugares, tem inicio a
sessão.

ABERTURA DOS TRABALHOS

V∴ M∴ - De pé e à ordem, meus Irmãos. Com uma pancada de malhete,


correspondida pelos estimados irmãos 1° e 2° Vigilantes, vamos abrir os trabalhos, em
sessão magna branca, de homenagem à mulher que o Grande Arquiteto do Universo
sublimou na Criação: a Mãe.
61

- Em nome do Grande Arquiteto do Universo e em louvor de São João da Escócia,


nosso padroeiro, estão abertos os trabalhos solenes e de comemoração, em grau de
Aprendiz, nesta Augusta e Respeitável Loja com o título distintivo …………………...

V∴ M∴
1º VIG.·.
2º VIG.·.

(O Mestre de Cerimônias abre o Livro da Lei.)


V∴ M∴ - Tomam nossos trabalhos força e vigor no seu caráter festivo e de
sessão branca. Desde este momento ficam suspensos todos os sinais e posturas
maçônicas.

- Irmão Guarda do Templo, abri a porta do Templo.


-Irmão Mestre de Cerimônias, convidai as pessoas que se encontram na Sala dos Passos
Perdidos a darem entrada no Templo, à exceção das Mães, para as quais reservamos
recepção solene.

(Após entrarem e acomodados os convidados, manter o ambiente ao som de música.)

V∴ M∴ -Irmão Mestre de Cerimônias, acompanhados dos Irmãos Orador e Secretário,


introduzi no Templo as Mães que vamos homenagear.

(Cumprida a ordem e ao assomarem à porta, a mais idosa à frente, executa-se música


mais vibrante.)

- De pé todos. Iniciemos nossas homenagens à Mulher Mãe com uma salva de palmas
significativa não só do tributo sagrado que lhe presta nossa Ordem, como do sentimento
de ternura filial de cada um de nós para com aquelas que, além de nos darem o ser,
foram e são as guardiãs sublimes dos nossos passos e da nossa ventura.
(Palmas acompanhadas de bateria incessante de malhetes do Venerável e dos
vigilantes.) .

V∴ M∴ - Irmãos Mestre de Cerimônias, Orador e Secretário, conduzi a mais idosa de


nossas homenageadas ao lugar de honra que lhe reservamos.

(Executa-se, ao som de música apropriada.)

V∴ M∴ - Acompanhai, Irmão Mestre de Cerimônias, as demais homenageadas aos


seus respectivos lugares.

(Cumpre-se).

-Sentemo-nos.
– Minhas Senhoras, meus Senhores, meus Irmãos: A Maçonaria, adogmática e
assectária, sem preconceitos de raça ou cor, não inquire das crenças ou princípios
62

filosóficos e religiosos dos seus componentes. Exige-lhes, isso sim, a aceitação do


Princípio Criador, definido aqui, como o sentimos, o Grande Arquiteto do Universo.
Não somos, pois, materialistas. Na ânsia de encontro com a Verdade, nossa preocupação
constante, vemos no Alto, preponderantes, as cogitações do espírito.

1° VIG.·. - Nesta Instituição multimilenar que alvoreceu à idéia da Liberdade, formou-


se, de logo, o seu conteúdo programático inspirado no tradicional triângulo de
Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

2º VIG.·. - Sentimos sempre nessa trindade magnífica uma proclamação indiscutível de


prevalência do espírito sobre a matéria, na pugna pelo aperfeiçoamento moral,
intelectual e social da Humanidade.

V∴ M∴ - No desenvolvimento do nosso programa, além da investigação constante da


Verdade, batem-se os maçons pelo enaltecimento do mérito da Virtude e da Inteligência
e pelo aplauso e reconhecimento aos que prestam serviços à Pátria e à Humanidade.

1º VIG.·. - Em nossos postulados, destaca-se a proclamação que os homens são livres e


iguais em direitos, condenando-se os privilégios e regalias.

V∴ M∴ - Assim, senhoras e senhores, abrimos as portas dos nossos templos, com o


desejo sincero de fazer sair deles, na comunhão estabelecida, o estímulo à meditação
sobre o encontro lógico duma idéia de Paz que conforte a mente, o coração e o espírito.

- Não iniciamos os nossos trabalhos, sem invocarmos o Grande Arquiteto do Universo.


Pedimos, pois, a todos, que se ponham de pé e nos acompanhem no pensamento que
elevamos até ele.

(Música em surdina.)

- Criador Supremo! Impetramos mais uma vez o poder de tua influência singular nesta
reunião onde é perfeita a comunhão de sentimentos, na mais justificada das homenagens
que possa o homem tributar.

- Sê conosco, agora, na sabedoria, exatidão e poder das tuas leis gerais. Preside o tributo
sincero que prestamos às nossas Mães. Tu que sublimaste a Mulher, na Criação.

- Do mesmo modo que nos dás a alegria desse doce cumprimento do dever filial, dá-
lhes a satisfação de sentir em seu coração privilegiado o conforto que nossa homenagem
objetiva.
- Que assim seja!
- Sentemo-nos.
- Irmão Mestre de Cerimônias, fazei distribuir as flores comemorativas.

Às mães presentes que tiverem filhos ou netos neste Templo, fazei a entrega por
intermédio deles. Àquelas cujos filhos não estiverem presentes, mas o esposo, por
intermédio deste.
(O Mestre de Cerimônias cumpre.)

(Música.)
63

V∴ M∴ - Conforme sentimos em nossos corações, não é possível olvidar, nesta hora,


aquelas criaturas santas que a maternidade dignificou e que não as temos mais conosco,
porque o Criador Supremo chamou-as ao Oriente Eterno, como mencionamos aqui.

- De pé, pois, todos!


(enquanto deposita a sua flor branca)

- Neste Altar todo aquele que deve o tributo da sua homenagem, do seu reconhecimento
e da sua saudade àquela que lhe deu o ser e não mais pertence ao mundo físico.

(Ao som de músicas apropriadas, todos que tiverem as mães falecidas depositarão uma
flor branca no recipiente do Altar.)

V∴ M∴ - Depois desta tocante homenagem e tendo, já, sido tributada a que devemos
às mães presentes, através da flor que a Maçonaria lhes ofereceu e que receberam das
mãos de seus filhos ou representantes,
ouviremos a mensagem que o Irmão Orador tem para nós nesta reunião que tanto toca
os nossos corações.

- Irmão Orador, tendes a palavra.


(O Orador produzirá peça concisa, não longa, situando-a dentro das diretivas
tradicionais e filosóficas da Ordem. Poderá, após isso, dar a palavra a qualquer
assistente para declamação de poesia ou composição literária sobre a Mãe.)

V∴ M∴ - Excelentíssimas Senhoras, Senhores e Irmãos. Está findo o cerimonial com


que nos foi dado pelo grande Arquiteto do Universo a alegria tão grata de
homenagearmos no Templo, nossas queridas Mães.

(Indo beijar a mão da mais idosa das mães presente, dirá ao fazê-lo .)

- Esta, veneranda Senhora, é a homenagem que o dirigente dos trabalhos presta a todas
as Mães em nome da Loja ……………….. do Grande Oriente do Brasil

- Irmãos 1° e 2° Vigilantes, convidai os irmãos e presentes em vossas Colunas,


como convido os do Oriente, para com uma vibrante salva de palmas, tributarmos a
derradeira homenagem desta noite, às Mães que vão deixar o recinto.

1º VIG.·. - Irmãos e dignos presentes que ornamentam a Coluna do Norte, convido-vos,


da parte do Venerável, a expressarmos, através da nossa vibrante salva de palmas, a
derradeira homenagem, no Templo, às Mães que vão deixar o recinto.

2° VIG.·. - Irmãos e dignos assistentes que abrilhantam a Coluna do Sul, convido-vos,


da parte do Venerável, para conosco prestar a derradeira homenagem da noite àquelas
que foram objeto alto e delicado da nossa reverência e do nosso reconhecimento,
saudando-as com vibrante salva de palmas, à sua saída do Templo.

1° VIG.·. - Está transmitido o convite, Venerável Mestre.


64

V∴ M∴ - Irmão Orador e Secretário, acompanhai até a Sala dos Passos Perdidos a


veneranda Senhora, na pessoa da qual homenageamos todas as Mães vivas do mundo e
vós, Irmão Mestre de Cerimônias, convidai as demais mães presentes para segui-la.

- Irmãos, formai a abóbada de aço. De pé todos.

(Ao som de música apropriada, mais vibrante, retiram-se as mães.)

V∴ M∴ -Irmão Mestre de Cerimônias, acompanhai, agora, nossos demais convidados,


aos quais expressamos nosso agradecimentos pela presença aqui, tanto brilho dando à
nossa reunião comemorativa.

(Cumpre-se, ao som de música.)

(Saindo o último profano e regressando ao Templo, o Orador, o Secretário e o Mestre de


Cerimônias, o Guarda do Templo fecha a porta.)

V∴ M∴ - Findos os trabalhos desta noite em que tributamos uma homenagem tão


justificada às nossas queridas Mães, vamos encerrá-los. De pé e à ordem .

- À Glória do Grande Arquiteto do Universo e em nome de São João da Escócia, nosso


Padroeiro, estão encerrados os trabalhos, com o golpe de malhete que vou vibrar,
correspondido pelos Irmãos 1° e 2° Vigilantes.

-A mim, meus irmãos, pelo Sinal e pela Bateria.


65

DIA DO MAÇOM
RITUAL ESPECIAL

COMENTÁRIOS DO AUTOR (*)

Alguns Rituais Especiais existentes atualmente, tanto para comemorações


maçônicas quanto para Sessões Brancas, e adotados pelas Obediências são
como exemplos:
Inauguração de Templo, Instalação de VVen∴, Adoção de Lowtons, Loja de
Mesa (ou Banquete), Confirmação Matrimonial e Pompas Fúnebres.
Para outras Sessões eventuais, de comemorações, homenagens, palestras,
etc., fazem-se abrindo ritualisticamente a Sessão no Grau de Apr∴, fazendo
depois (com a abolição de todos os sinais) a entrada de convidados não
maçons, realizam-se os eventos programados, e finalmente com a saída dos
convidados, encerra-se ritualisticamente a Sessão.
O Dia do Maçom brasileiro, por não ser homenagem eventual, e ser exaltado
ou comemorado anualmente por muitos Órgãos Públicos e Lojas Maçônicas,
tornado assim um costume, é que justificou o presente trabalho..
Portanto, a elaboração deste Ritual para a comemoração ao Dia do Maçom
pela Maçonaria, é uma proposição de Ordem do Dia previamente organizada,
que as Lojas poderão adaptá-la no Rito em que trabalhe ou usa-lo por
completo como Sessão Magna Branca, de uma ou várias Lojas em conjunto
representando Maçonaria.
A histórica Sessão maçônica pela Independência do Brasil, controvérsias à
parte quanto à data correta ser 20 de agosto de 1822, é fato a existência dessa
Sessão, como também é fato a proposição e aprovação dessa data pela
Maçonaria para O Dia do Maçom Brasileiro desde 1957.

INTRODUÇÃO

Este é um Ritual específico para a ocasião comemorativa ao Dia do Maçom,


podendo ser usado em qualquer Templo Maçônico, independente do Rito
que a Loja trabalhe e serão realizados no Gr∴ de Apr∴ Maç∴,seguindo
princípios Ritualísticos Maçônicos. Esta Sessão Magna deverá ser realizada no
dia 20 de agosto ou em data próxima a esse dia.
É oportuno realizar-se com a participação de Convidados Representantes da
Sociedade, das áreas: Saúde,Esporte, Segurança inclusive Bombeiros,
Educação,Justiça, Imprensa, Política, Artística, Religiosa, Rural,Empresarial,
Comercial, Clubes de Serviço, Organizações de Bairros e outras, sem
quaisquer distinções.
Por tratar-se de uma Sessão especial, e com Convidados,foram dinamizados
os procedimentos ritualísticos, para melhor otimização do tempo.
É indispensável a Coluna de Harmonia, organizada com músicas adequadas.
66

O traje é o Rigor Maçônico Completo e os IIr∴ usarão seus Paramentos e


Jóias distintivas dos Graus que possuem.
Como parte das comemorações, após a Sessão Magna no Templo, poderá ser
servido no Salão de Honras um Banquete Maçônico extensivo a todos.
Pela razão do evento, entre os IIr∴ presentes não haverá “IIr∴ visitantes”.

PROCEDIMENTOS PRELIMINARES

É importante, antes da Sessão, se fazer um registro de todos os convidados,


com seus nomes, atividades, cargos representativos e outras informações a
eles pertinentes, e Lojas a que pertencem.

Deverá ser identificado um ou mais IIr∴ mais antigos presentes, que


representarão todos os IIr∴ Maçons homenageados, e que entrará(ão) por
último no Templo, na ocasião oportuna, convidado(s) pelo M∴ de CCer∴ e
que tomarão assento no Oriente em local de destaque.

Depois da entrada dos IIr∴, o Templo deverá permanecer fechado e só será


aberto quando o M∴de CCer∴, for designado a entrar com os convidados, que
destacando-sedo cortejo construído fora da Loja, bater UMA pancada à porta
do Templo.

Os convidados ocuparão as cadeiras do meio, reservadas as das extremidades


para os IIr∴ encarregados da Abóbada de Aço.

ENTRADA NO TEMPLO, PARA OS IIR∴


(Deverá está sendo executado o Hino de Abertura do Rito Brasileiro)

À hora fixada, depois de estarem todos os IIr∴presentes revestidos com


suas insígnias e trajados conforme o grau que possuem, o Ir∴ M∴ de
CCer∴, fará uma fila dupla como de costume.
Organizada a fila dupla, o M∴ de CCer∴, pondo-se à frente do préstito,
pronuncia a seguinte exortação:
(Meus IIr∴, em comemoração ao Dia do Maçom, preparemo-nos
para penetrar em nosso templo estabelecendo a ligação
harmoniosa com o S∴A∴D∴U∴.
Dediquemos nossas atenções a esta homenagem, deixando de
lado, doravante, todos os afazeres e preocupações, para maior
brilhantismo da sessão);
O Cobridor abrirá a porta e todos entrarão no Templo comas formalidades
ritualísticas, ocupando seus lugares.

ABERTURA DOS TRABALHOS

(Permanecendo todos os IIr∴ de pé, e após as verificações feitas pelo


M∴ de CCer∴)
67

M∴ DE CCER∴ A Loja está composta Ven∴ M∴.


V∴ M∴ À ordem, meus Irmãos !

(O Ven∴ dá uma pancada de malhete, correspondida pelos IIr∴ 1º e 2º


Vig∴)

V∴ M∴

1º VIG∴

2º VIG∴

V∴ M∴ - Vamos abrir os trabalhos, em SESSÃO MAGNA BRANCA, em


comemoração ao Dia do Maçom no Brasil, data exaltada pela participação
decisiva dos IIr∴Maçons na independência de nossa pátria amada, o Brasil.
(O Orador procederá a abertura do L∴ da L∴ no Gr∴ de Apr∴ Maç∴.

V∴ M∴ - Em honra do S∴A∴D∴U∴ e de São João, nosso padroeiro sob


os auspícios do Grande Oriente do Brasil e pelos poderes de que estou
investido, estão abertos os trabalhos solenes e de comemoração ao Dia do
Maçom, em Grau de Apr∴Maç∴ nesta Aug∴e Resp∴ Loja Maçônica Pioneiros
de Brasília nº 2288.

V∴ M∴ À mim meus IIr∴, pelo sinal, pela bateria e pela aclamação!


(Todos executam, e os IIr∴ encarregados da aberturado L∴ da L∴,
retornam aos seus lugares

V∴ M∴ - Tomam nossos trabalhos força e vigor no seu caráter festivo e de


sessão magna festiva.
A partir deste momento ficam suspensos os sinais e demais
práticas ritualísticas exclusivas de IIr∴ Maçons.
(Todos desfazem o sinal)

V∴ M∴ Sentemos-nos meus IIr∴

V∴ M∴ - Meus IIr∴, por se tratar de uma reunião festiva comemorativa e com


Ordem do Dia previamente agendada, será dispensada a leitura de balaústre,
Atos e Decretos, e da verificação do conteúdo do Saco de Propostas e
Informações.

ORDEM DO DIA
68

V∴ M∴ IIr∴ 1º e 2º VVig∴ Anunciai em vossas Colunas como faço no


Oriente que vamos trabalhar na Ordem do Dia da presente sessão.
1º VIG∴ IIr∴ que decorais a Coluna do Norte, da parte do Ven∴ M∴ eu
vos comunico que vamos trabalhar na Ordem do Dia da presente sessão.

2º VIG∴ IIr∴ que abrilhantais a Coluna do Sul, da parte do Ven∴ M∴ eu


vos comunico que vamos trabalhar na Ordem do Dia da presente sessão.
Está anunciado na Coluna do Sul Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴ Está anunciado em ambas as Colunas Ven∴M∴.

ENTRADA DOS CONVIDADOS


(O Ir∴ Representante permanecerá fora do Templo)

V∴ M∴ Irmão M∴ de CCer∴convidai as pessoas que se encontram no


Salão de Honra a darem entrada no Templo.
(Após à saída do M∴ CCer∴ o Templo deverá ser fechado e só será
aberto quando o M∴de CCer∴destacando-se do cortejo, construído fora
em outro recinto, bater UMA pancada à porta do Templo.)

V∴ M∴ Irmão Guarda Interno, abri a porta do Templo!


(Ao som de música, os convidados dão entrada e são acomodados
convenientemente, nas Colunas do Norte e do Sul, indistintamente)
(Facultativamente o Ven∴ M∴ poderá convidar Irmãos investidos de
autoridade para sentarem no Oriente.)

ENTRADA DOS GRÃO-MESTRES (GERAL ESTADUAL E/OU


DISTRITAL) COM CERIMONIAL DA ABÓBADA DE AÇO

V∴ M∴ IIr∴1º e 2º VVig∴, convidai os IIr∴e convidados presentes, para


com uma vibrante salva de palmas,tributarmos nossa homenagem ao
Soberano (Eminente) Ir∴___________________________, em sua passagem
pela Abóbada de Aço.

1º VIG∴ IIr∴ e dignos convidados, convido-vos, da parte do Ven∴ M∴ a


expressarmos através de nossa vibrante salva de palmas, nossa homenagem
ao Soberano (Eminente) Ir∴___________________________, em sua passagem
pela Abóbada de Aço..

2º VIG∴ IIr∴ e dignos convidados, convido-vos, da parte do Ven∴ M∴ a


expressarmos através de nossa vibrante salva de palmas, nossa homenagem
69

ao Soberano (Eminente) Ir∴___________________________, em sua passagem


pela Abóbada de Aço..
Está feito o convite Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴ Está transmitido o convite Ven∴ M∴

V∴ M∴ IIr∴, preparai-vos para a formação da ABÓBADA DE AÇO !


(Os IIr∴das Colunas Sul e Norte, em número igual de cada lado, portando
suas espadas, se posicionarão à entrada do Templo, cruzando as
espadas ao alto,formando a Abóbada de Aço, até próximo ao Altar dos
JJur∴)

V∴ M∴ - Ir∴M∴de CCer∴ convidai o Soberano (Eminente)


Ir∴___________________________, na pessoa do qual vamos homenagear
todos os Maçons presentes pelo seu dia, com sua passagem sob proteção da

ABÓBADA DE AÇO!

(Ressaltar as qualidades do Ir∴ e tempo de atividades maçônicas)

V∴ M∴ Fiquemos todos de pé!


(O M∴ de CCer∴ irá convidar Soberano (Eminente) Ir∴ para sua entrada
no Templo)
(O Ven∴ inicia os aplausos no início da passagem do Soberano
(Eminente) Ir∴ sob a Abóbada de Aço, cessando apenas quando
concluir.)
(Os IIr∴ desfazem a Abóbada de Aço e retornam aos seus respectivos
lugares)

V∴ M∴ Ir∴ M∴ de CCer∴ conduzi o nosso Soberano (Eminente)


Ir∴___________________________, ao lugar que lhe é reservado.
Sentemo-nos!

HASTEAMENTO DO PAVILHÃO NACIONAL

V∴ M∴ Ir∴ Mestre de Cerimônias, formai a Guarda de Honra para o


hasteamento do Pavilhão Nacional.
(A guarda será composta por nove irmãos, portando espadas.)
(O M∴ de CCer∴convida um Ir∴ou Convidado para fazer o hasteamento.)

V∴ M∴ Fiquemos todos, de pé e perfilados!


(O hasteamento será feito ao som do Hino Nacional. Após o
hasteamento.)
VIVA O BRASIL!
70

VIVA A MAÇONARIA!
VIVA A TODOS OS MAÇONS DO BRASIL E DOMUNDO!
(A cada aclamação todos responderão: VIVA!)

V∴ M∴ Sentemos-nos!

- 20 DE AGOSTO –
BREVE HISTÓRICO E A HOMENAGEM

V∴ M∴ - Senhores e Senhoras convidados, meus IIr∴:


Desde a mais remota antiguidade, os homens criaram os"dias de homenagem"
para aquelas coisas que fossem muito importantes para o grupo social ou
comunidades da qual fazem parte.
Do passado distante, guardamos os ecos, que são lembranças nem sempre
claras do sentido original eprimitivo da homenagem.
A sociedade moderna muito tem aumentado o numero dos "dias de
homenagem".
Para cada dia do calendário há pelo menos um santo padroeiro e datas
nacionais. Homenageiam-se os parentes, as profissões, as pessoas vivas e as
pessoas mortas.

1º VIG∴- Nesses "dias de homenagem", sejam festivos,cívicos ou religiosos,


costuma-se enaltecer o objeto da homenagem. É costume nessas datas que as
homenagens valorizem as características e aos méritos dos homenageados.
Assim, a figura do pai, o amor à mãe, o respeito aos mortos, a grandeza da
pátria, as qualidades de uma profissão ou de uma associação.

2º VIG∴ - Assim tem sido como o Dia do Maçom, onde a grandeza da


instituição e a alegria dela participar têm sido a tônica das comemorações nas
Lojas.
Homenagens para uma ordem que nós maçons intitulamos "a Sublime
Instituição".
Entretanto, porque no Brasil "os filhos da viúva" escolheram precisamente essa
data como o "seu dia"?

ORAD∴- Necessariamente, por si só, ela há de ser uma data muito importante
na ordem das coisas. Afinal, foi escolhida a data 20 de Agosto, pinçada entre
os 365dias de um determinado ano do século XIX, quando crescia em todo o
Brasil o movimento pela Independência, encabeçado pelos Maçons. Os
acontecimentos se sucediam, até que no dia 20 de agosto de 1822 é
convocada uma reunião extraordinária na Maçonaria e nessa reunião
assume o primeiro malhete da Loja, o Ir∴ Joaquim Gonçalves Ledo que era o
1º Gr∴Vig∴, devido à ausência do Ir∴ José Bonifácio, que se encontrava
viajando.. O Ir∴ Joaquim Gonçalves Ledo, profere um eloqüente e enérgico
discurso, expondo a todos os IIr∴ presentes, a necessidade de se proclamar
imediatamente a Independência do Brasil. A proposta foi posta em votação e
71

aprovada por todos, tendo sido, essa sessão, a Verdadeira proclamação da


Independência, feita pela Maçonaria Brasileira, fato tornado público e
realizado aSete de Setembro, pelo então M∴ M∴ e Imperador do Brasil o
Ir∴ Dom Pedro I.

1º VIG∴- O 20 de Agosto representa tudo isso, e mais.


Mais o que não pode ser dito, por que há que se respeitar, primeiro, a Lei do
Silêncio, e depois, a comunicação entre os diversos graus. Mais ainda, porque
na Maçonaria nem sempre se falam ou se escrevem palavras, criam-se
símbolos e alegorias, para perpetuar no futuro a história do presente, como os
antigos fizeram com a história do passado.
Sete de Setembro é o dia em que o Brasil se libertou. E20 de Agosto é, e
sempre será, o Dia do Maçom Brasileiro.

2º VIG∴- E foi, em junho de 1957, em Belém do Pará,quando da realização da


V Conferência da Maçonaria Simbólica do Brasil, sob a proposição da Grande
Loja de Santa Catarina que foi instituído o DIA DO MAÇOM,sendo escolhido
para a data o dia 20 de agosto, "in memoriam" ao dia 20 de agosto de 1822.

ORAD∴- Que nesse dia todos os Maçons, mesmo em pensamento, formem a


Cadeia da União, e nela encontrarão incontáveis, novos e antigos poderosos
elos. Porque o Gr∴ Arq∴Do Univ∴ permitirá a especial presença de milhares
de irmãos anônimos, aqueles que honraram a condição de maçons a serviço
da Pátria.

V∴ M∴ - Assim, Srs. Convidados e IIr∴, hoje abrimos as portas de nosso


Templo, com o desejo sincero de fazer sair dele na comunhão estabelecida, o
reconhecimento sincero e justo aqueles que promoveram a"Independência
Maçônica do Brasil" ao homenagear todos os Maçons nesse dia.
(Breve música em surdina, sugestão: Acácia Amarela, do Ir∴ Luiz
Gonzaga, e logo após:)

SAUDAÇÃO E PRONUNCIAMENTOS

V∴ M∴ IIr∴ e Dignos convidados, a palavra está franqueada a quem dela


queira fazer uso, sobre o ato em realização.
(A palavra será concedida diretamente pelo Ven∴ M∴a qualquer
convidado ou Ir∴, sem a obediência ritualística, observando apenas a
ordem seqüencial dos pedidos)
(Após o termino dos pronunciamentos, ou reinando silêncio)

SAUDAÇÃO AOS CONVIDADOS E AOS IIR∴ PRESENTES

(De todos os Convidados, e IIr∴ presentes,.o Chanc∴informará por


escrito, ao Ven∴ M∴, Orad∴ e Secr∴, os seus nomes, atividades, cargos
72

representativos, outras informações a eles pertinentes, e Lojas a que


pertencem.)

V∴ M∴ - Ir∴ Orad∴, tende a bondade de saudar, em nome da Maçonaria


nossos ilustres Convidados e IIr∴)
(Faz a saudação de estilo.)

ORAD∴ - As saudações foram concluídas Ven∴M∴.

CONCLUSÃO DAS HOMENAGENS

(O Ven∴ M∴ irá até onde se encontra oIr∴Representante dos


homenageados, dará um Abraço Fraterno, e dirá ao fazê-lo:)

- Meu querido Ir∴, esta é a justa homenagem que o dirigente dos trabalhos
presta a todos os IIr∴ Maçons pela passagem do seu dia em nome da
Maçonaria presente nesta Loja.

DESCIMENTO DO PAVILHÃO NACIONAL

V∴ M∴ Ir∴ Mestre de CCer∴ formai a Guarda de Honra para o


descimento do Pavilhão Nacional.
(Depois de cumprido)

V∴ M∴ Fiquemos todos, de pé e perfilados!


(O M∴ de CCer∴ convida a mesma pessoa para o descimento.)

V∴ M∴ - Bandeira do Brasil, que acabastes de assistir os nossos augustos


trabalhos, como prova do respeito à tradicional regra que nos impõe o dever de
amar e defender o teu solo; inspira com tua divisa ”Ordem e Progresso” a
disciplina que assegura a Fraternidade e a Evolução, como lei básica da
perfectibilidade; lábaro deste Brasil fecundo e prodigioso; símbolo deste Brasil
que sentimos como parte do nosso ser e de nossa vida;“auriverde pendão”
desta grande Pátria!
− Nós te saudamos!

1º VIG∴− Nós te veneramos!

2º VIG∴− Nós te defenderemos!

V∴ M∴ − A Ordem Maçônica do Brasil te Glorifica!


(Após o descimento)

V∴ M∴ - Sentemos-nos !
73

V∴ M∴ - Excelentíssimas Senhoras, Senhores e IIr∴.


Está findo o cerimonial com que nos foi dado pelo S∴A∴D∴U∴a alegria tão
grata de homenagearmos no Templo, todos os IIr∴ Maçons pela passagem do
seu dia.

SAÍDA DOS CONVIDADOS

V∴ M∴ IIr∴1º e 2º VVig∴, findo o Cerimonial Comemorativo, transmiti


com os nossos agradecimentos,aos Dignos Senhores e Senhoras Convidados
presentes o convite para se deslocarem até o Salão de Honras.

1º VIG∴ - Dignos Senhores e Senhoras Convidados que ornamentam esta


reunião, findo o Cerimonial Comemorativo, transmito a todos da parte do
Ven∴ M∴,e com os nossos agradecimentos, o convite para se deslocarem até
o Salão de Honras.

2º VIG∴ - Dignos Senhores e Senhoras Convidados que abrilhantam esta


reunião, findo o Cerimonial Comemorativo, transmito a todos da parte do
Ven∴ M∴,e com os nossos agradecimentos o convite para se
deslocarem até o Salão de Honras.

2º VIG∴ - Está feito o convite Ir∴ 1º Vig∴.

1º VIG∴ - Está transmitido o convite Ven∴ M∴

V∴ M∴ - Irmão M∴CCer∴ acompanhai até o Salão de Honras, os


nossos Dignos Convidados presentes.
(Música apropriada enquanto os convidados se retiram.
Em seguida, voltando ao Templo o Ir∴ M∴ de CCer∴.)

M∴ DE CCER∴- Ven∴ Mest∴ suas ordens foram cumpridas.

TRONCO DE SOLIDARIEDADE

V∴ M∴ - Anuncio diretamente em ambas as colunas como faço no


Or∴ que o Ir∴ Hosp∴ vai circular com o Tronco de Solidariedade, para que
cada um deposite nela o que ditar o coração.
- Ir∴ Hosp∴ cumpri vosso dever!
(O Ir∴ Hosp∴ coloca-se entre CCol∴ e, sem anunciar, inicia a coleta
cumprindo o giro regular eentrega, depois, a Bolsa diretamente ao Tes∴,
queapós conferência informa ao Ven∴ para anúncio)
74

V∴ M∴ - IIr∴, eu vos comunico que o Tronco de Solidariedade rendeu a


medalha cunhada o equivalente a R$ _ _ _ .

ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS

V∴ M∴ – Vou encerrar a Sessão. (pausa)

V∴ M∴ – Ir∴ Mestr∴ de CCer∴, fazei o Sinal do Rito.

O Mestr∴CCer∴coloca-se entre CCol∴ faz o sinal, voltando depois ao seu


lugar.

PROCEDIMENTOS PREPARATÓRIOS

V∴ M∴ – Ir∴ Orad∴, o que é preciso para que um Maçom seja eficiente?

ORAD∴ – Ter capacidade civil, moral ilibada, sentimento cívico,


compreender os fins maçônicos e querer executá-los.

V∴ M∴ – Dizei-me, Ir∴ 1º Vig∴, quais os nossos deveres como Maçons?


1º VIG∴ – Cultivar a harmonia no meio maçônico, principalmente em nossas
sessões. Intensificar o conhecimento da liturgia, filosofia, simbologia, história e
legislação maçônicas. Propagar, sem reservas de lugares e de pessoas, os
ideais da Ordem. Frequentar as sessões da Oficina e cumprir os deveres
impostos, nunca ocasionando reparos.

V∴ M∴ – Quais as melhores qualidades que um Maçom deve revelar Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG∴– Um Maçom, para ser completo, deve ser educado, ativo, estudioso,
verdadeiro e firme, e possuir espírito público.

V∴ M∴ – Que idade tendes?

2º VIG∴– T∴ A∴, Ven∴ M∴.

V∴ M∴ – Até que horas trabalham os AApr∴. Maçons?

2º VIG∴– Até a meia-noite, Ven∴ M∴.

V∴ M∴ – Que horas são?


75

2º VIG∴ (Faz soar solenemente 12 badaladas)


– Meia-noite completa, Ven∴ M∴.

O Ven∴ bate – ( - ) – e levantam-se à Ordem todos os IIr∴ do


Or∴. O 1º Vig∴ bate – ( - ) – e levantam-se à Ordem os IIr∴ da
Col∴ do Norte. O 2º Vig∴ bate – ( - ) – e levantam-se à Ordem os
IIr∴ da Col∴ do Sul. O 2º Diác∴ vai ao 2º Vig∴ e recebe a P∴ S∴ com as
mesmas formalidades com que a transmitiu no início dos trabalhos. Dirige-se
ao 1º Vig∴ e a transmite com as mesmas formalidades que a recebeu, indo
colocar-se junto ao A∴ dos JJur∴, junto Luz da Beleza (azul) para formar o
Pálio.
O 1º Diac∴ vai ao 1º Vig∴, recebe a P∴ S∴ com as formalidades já
descritas e a transmite ao Ven∴, indo colocar-se junto ao A∴ dos JJur∴, junto
a Luz da Força (vermelha) para formar o Pálio. Não há necessidade do Ir∴
1º Diác∴ esperar que o 2º Diác∴ termine seu trajeto para iniciar o seu.

FECHAMENTO DO LIVRO DA LEI

V∴ M∴ – – Tendo a Palavra retornado corretamente, vamos fechar o L∴


da L∴.
Sem qualquer anúncio ou convite do Ven∴ e sem o acompanhamento do
Mestr∴CCer∴, o Orad∴se dirige ao A∴ dos JJur., passa entre o A∴ do Ven∴
M∴ e o A∴ dos JJur∴ (sempre que o espaço físico permitir) e se coloca à
Ordem ficando de frente para o Ven∴sob o Pálio formado pelos DDiác∴e o
Mestr∴CCer∴.
O Orad∴ saúda o Ven∴, fecha o L∴da L∴, coloca sobre ele o Esq∴ e o
Compass.na posição do Grau (o Compass∴com a pontas voltadas para o
Or∴), saúda novamente o Ven∴e permanece à Ord∴. Os quatro IIr∴ficam
juntos ao A∴dos JJur∴, estando o M∴ de CCer∴ e DDiác∴com os Bastões
na mão direita, verticalmente, pousados no solo.
V∴ M∴ (Bate repetido pelos VVig∴)–– AD UNIVERSI TERRARUM
ORBIS SUMMI ARCHITECTI GLORIAM! Em honra do Supr∴ Arq∴ do Univ∴
e de São João, nosso Padroeiro, está fechada esta Loja de AApr∴ MMaç∴,
com o Título distintivo de A∴ R∴ L∴ S∴ Pioneiros de Brasília nº 2288.

V∴ M∴ – A mim, meus IIr∴, pela saudação! (faz-se)


– Pela bateria! (• -•• - ••) (faz-se direto e retorna ao Sinal de Ordem)
O M∴de CCer∴ e os DDiác∴, para executarem a Bateria, batem com os
Bastões no piso.
– E pela aclamação: (todos em uníssono e em Sinal de Ordem) - Glória! Glória! Glória!
– Passemos ao S∴ de Ob∴.
Os IIr∴, que se achavam junto ao A∴ dos JJur∴, saúdam o Ven∴e voltam a
ocupar os seus lugares. De passagem ao seu lugar o 2º Diác∴, fecha o Painel
do Grau. O Mestr∴CCer∴sem fazer o giro em torno do A∴dos JJur∴regressa
ao seu lugar.
76

AMORTIZAÇÃO DAS LUZES


V∴ M∴ – – IIr∴ VVig∴, ajudai-me a amortizar as Luzes do nosso Templo,
pois elas resplandecerão, virtualmente, sempre em nossos corações.

Os VVig∴, (saem de seus Altares pelo lado direito deixando sobre os mesmos
os Malhetes e Rituais) dirigem-se ao Or∴, à frente, o 2º Vig∴, e, após subirem
os degraus que levam à linha divisória do Or∴e do Oc∴, junto a Grade do Or.,
saúdam o Ven∴ indo postar-se, espectivamente, diante dos castiçais da
Beleza (2º Vig∴) e da Força (1º Vig∴).
O Ven∴(sai de seu Altar pelo lado direito (Sul), deixa sobre o mesmo o
Malhete e Ritual), após os VVig∴tomarem posição, desce do Altar e dirige-se
ao A∴dos JJur∴, entregando o abafador ao 2º Vigilante.
2º Vig∴(Amortiza a vela de seu castiçal, utilizando um abafador) – Que a Luz
da Beleza, Infinita como a Onipresença Divina, acompanhe os nossos passos!
TODOS – Assim seja!

1º Vig∴ (Recebe o abafador do 2º Vig∴e amortiza a vela de seu castiçal) –


Que a Luz da Força, Infinita como a Onipotência Divina, nos impulsione para o
Alto!
TODOS -Assim seja!

V∴ M∴ (Recebe o abafador do 1º Vig∴e amortiza a vela de seu castiçal) –


Que a Luz da Sabedoria, Infinita como a Onisciência Divina, resplandeça em
todos os nossos atos!

TODOS – Assim seja!


O Ven∴ retorna ao seu lugar diretamente, sem dar volta em torno do A.dos
JJur∴(entrando em seu Altar pelo lado esquerdo - Norte). Os VVig∴após o
Ven∴ter regressado ao Altar, o 2º Vig∴, à frente retornam aos seus Altares
(entrando nos mesmos pelo lado esquerdo). Antes de sair do Or∴saúdam o
Ven∴junto a Grade do Oriente.

CONCLUSÃO

V∴ M∴ – Prometamos, meus IIr∴, cada vez mais desenvolver e pautar


nossas ações conforme a Subl∴ Ordem nos impõe!

TODOS - Eu o prometo! (estendem o br∴ d∴ p∴ f∴, p∴d∴m∴p∴b∴).

V∴ M∴ – Que o S∴ A∴ D∴ U∴ilumine sempre o caminho dos OObr∴ da


Arte Real!

TODOS – Assim seja!

V∴ M∴ – Está encerrada a sessão. Retiremo-nos em paz.


77

RITUAL DE EXALTAÇAO MATRIMONIAL


PARA AS BODAS DE PRATA, OURO E DIAMANTE

A Loja é enfeitada de festões de murta e de flores, predominando nas flores a cor


branca. Os altares são adornados de flores.
Os Irmãos trazem à lapela uma flor, com uma fita branca, pendente. O traje dos Irmãos
participantes da cerimônia, é negro ou escuro, gravata branca, luvas da mesma cor,
revestidos de insígnias; os que estiverem na primeira fila das colunas, estarão munidos
de espadas. Os demais Irmãos, como assistentes, usarão traje completo, à vontade.
No Oriente, defronte do Altar do Venerável, está o Altar da Exaltação, com a vara de
cristal, a água, o vinho, uma taça vazia e a Bíblia. Ao lado, uma pequena coluna para o
braseiro.
Duas cadeiras para o casal, sobre tapete azul, estão ao lado do Altar da Exaltação. A
Esposa comparece com vestido de passeio e o esposo de avental, revestido de insígnias.
É necessário a coluna de harmonia, para a execução de músicas adequadas.
Na parede do Templo lêem-se as seguintes inscrições:
"Que os vossos corações permaneçam fiéis até a eternidade";
"Um mútuo consentimento e uma vida comum é a essência do
casamento";
"Entre dois esposos, não há superior nem inferior, porque a Lei
do Amor é igualitária".
Presentes os Irmãos do Quadro e preenchidos os lugares, o Venerável abre os trabalhos
com um golpe de malhete. Em seguida, faz introduzir no Oriente:
1°) os parentes do casal e seus amigos, tanto maçons como profanos;
2°) as deputações de Lojas;
3°) os Irmãos de Altos Corpos.
O casal a ser exaltado permanece no Átrio.
Na introdução dos visitantes, os aplausos são incessantes. As senhoras sentam-se nas
cadeiras do Oriente, na primeira fila, e o Mestre de Cerimônias lhes oferece pequenos
ramalhetes de flores, presas por fita branca.
Os Irmãos não farão nenhum sinal maçônico, em nenhuma oportunidade.
Ao entrar os convidados, a coluna de harmonia executará um número adequado.
Tanto na entrada como na saída do casal, será executada a marcha nupcial. Prevenir
licopódio e incenso.
(PAUSA).
Senhoras, Senhores. Conquanto a Maçonaria não seja uma religião, ela tem de todas o
denominador comum e os Maçons não se em penham em nenhuma empresa, sem antes
invocar o auxílio do Grande Arquiteto do Universo - Invoquemo-lo.
O Venerável bate , repetido pelos Vigilantes . Meus Irmãos, de pé,
espadas na mão!
Todos os Maçons se levantam e tomam as espadas, na mão esquerda, de ponta para
baixo, ao longo do Corpo; sem se porem à ordem. A música executa "trêmulo" em
surdina. O Venerável posta-se junto ao braseiro e eleva as mãos para o Delta:
78

ó Grande Arquiteto do Universo! Graças a Ti, a Terra e os mundos se movem e brilham


no espaço infinito. Tu criastes o homem e a mulher e em seus corações gravaste a Lei
do Amor, da União e do Progresso, que lhes serve de guia, na senda da felicidade.
A nós, Maçons, foi dado compreender essa sublime Lei e nós vimos, humildemente,
render-Te uma nova homenagem, e pedir-Te, Senhor, faças descer sobre nós uma
centelha de Tua inteligência infinita, a fim de que as nossas palavras e os nossos votos
sejam a expressão da Tua vontade suprema.
(deita licopódio ao braseiro ou algodão embebecido em álcool).
Que essa Luz seja representada pelo fogo deste Altar e que a pureza, de que ele é o
emblema, se estenda sobre todos quantos estão neste Templo, rendendo homenagem à
Tua Lei.
Ó Grande Arquiteto do Universo, acolhe favoravelmente os nossos votos e inspira-nos!

TODOS OS IRMÃOS - Assim seja !

V∴ M∴ – Sentemo-nos.

Todos se sentam. Em seguida, batem exteriormente 4 golpes iguais na porta do Templo.

PRIMEIRO VIGILANTE - Venerável Mestre, alguém bate à porta do nosso Templo.

V∴ M∴ – Irmão Primeiro Vigilante, fazei o Irmão Experto ir ao Átrio e ver quem


assim bate.
O Irmão Experto sai do Templo, vai ao vestíbulo, entra novamente e faz sua
comunicação ao ouvido do Segundo Vigilante.
Este se levanta, deixa seu altar e comunica o que soube ao ouvido do Primeiro
Vigilante. O Experto e o Segundo Vigilante retornam a seus lugares de ofício, o
Primeiro Vigilante diz:

PRIMEIRO VIGILANTE - Venerável Mestre, tenho uma grata notícia a dar-vos: o


nosso estimado Irmão.., e sua digníssima esposa, acompanhados de seus padrinhos,
acham-se à porta do nosso Templo e pedem seja feita a Exaltação Maçônica do 25°
aniversário de sua união matrimonial.

V∴ M∴ – Irmão Mestre de Cerimônias, fazei-vos acompanhar de 3 Irmãos, munidos


de espadas, para introduzirem, primeiro, os padrinhos, conduzindo-os ao lugar que lhes
compete.

Ao entrar os padrinhos, a Loja fica, de pé. Somente padrinhos de alta hierarquia profana,
podem ter abóbada de aço e aplausos.

V∴ M∴ – Irmão Mestre de Cerimônias, com a mesma Comissão, fazei entrar o


distinto casal e conduzi-o ao Altar da Exaltação,
Convido os Irmãos das colunas a formarem a abóbada protetora, Quanto a nós Irmãos
Vigilantes, saudemo-lo, ao entrar, pela bateria incessante.
Atenção, coluna de harmonia, para a Marcha Nupcial.
79

Ao entrar o casal, todos se levantam. O Irmão dando o braço (esquerdo) à esposa. Bateria
incessante. Marcha nupcial. Abóbada de aço. O casal fica em frente ao Altar da Exaltação.

RECEPÇÃO

V∴ M∴ (bate , repetido pelos Vigilantes). A marcha, que estava


sendo executada pela Coluna de Harmonia, cessa) .
Caros Irmãos, excelentíssimas senhoras, meus senhores. O fim da cerimônia litúrgica,
ora iniciada, é fazer a Exaltação Maçônica de uma feliz união matrimonial, que
completa o seu 25° aniversário.
Nossa Instituição realiza a Exaltação Matrimonial no 25°, 50° e 75° aniversário de
casamento de seus Obreiros, isto é, nas bodas de prata, de ouro e de diamante.
Irmão Mestre de Cerimônias, formai o pálio e vós, Irmão Orador, abri o Livro da Lei na
parte correspondente aos objetivos da cerimônia, que nos congrega neste Templo. De
pé!

O Mestre de Cerimônias e os 2 Diáconos formam o pálio. O Irmão Orador abre a Bíblia


em São Mateus, cap. 19, versículo 5 e lê: "Deixará o homem pai e mãe, para unir-se à sua
mulher e serão os dois uma só carne".

(Bate ) Sentemo-nos.

Irmãos, Senhoras, Senhores. O ato, que vamos realizar, traduz a satisfação da Ordem
Maçônica, por ver um de seu Obreiros espontaneamente comparecer à colunas do
Templo a fim de proclamar a feliz família, que constituiu há 25 anos agradecer ao
Grande Arquiteto do Universo as generosas bênçãos que lhe dispensou.
A Ordem Maçônica rejubila-se, mas não se surpreende" Isso porque o espírito de
compreensão, nobreza e fraternidade, que emana de nossa Doutrina, decisivamente
concorre para tornar indissolúvel e afortunado o casamento, quando um dos cônjuges é
Maçom.
Esta varinha de cristal é um símbolo do que vos digo. (Mostra a haste)
Pode durar eternamente, mas pode quebrar-se, se um golpe brutal a atingir. (Torna a
guardar a haste sem quebrá-la) .
Com o verdadeiro amor, que Se fundamenta na compreensão recíproca, a haste de
cristal durará sempre. Vós a conservais incólume, há 25 anos: que assim per dure pela
vida afora.
Rui Barbosa, nosso Irmão, glória da nacionalidade, definiu a família: "A família,
divinamente constituída, tem por elementos orgânicos, a honra, a disciplina, a
fidelidade, a benquerença e o sacrifício . É uma harmonia instintiva de vontades, uma
desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas".

V∴ M∴ – Irmão Primeiro Vigilante, onde se encontra o real fundamento da sociedade


humana?

PRIMEIRO VIGILANTE - Venerável Mestre, o interesse da sociedade reside na


indissolubilidade do matrimônio, e não no divórcio, que consideramos, todavia, um mal
necessário, o remédio inglório dos casamentos frustrados. Para nós, o tempo do amor é
a eternidade.
80

Para alcançar a indissolubilidade do matrimônio, é preciso que os cônjuges tenham,


entre si, compreensão e tolerância, comprazimento e magnanimidade, renúncia e
harmonia. Entre os que se amam não há senhor nem serva, tão pouco tirano nem
escrava, porque a Lei do Amor é igualitária.

V∴ M∴ – Irmão Segundo Vigilante, quais são as condições do matrimônio perfeito?

SEGUNDO VIGILANTE - O matrimônio é perfeito, quando se torna uma comunhão:


o amor, a confiança recíproca, a fé, o devotamento, tudo nasce do mesmo espírito, da
mesma alma, do mesmo coração; " Cor uno et anima una ", um só coração, uma só
alma. A Lei do Amor reprova todo cálculo, especulação ou malícia.

V∴ M∴ – Irmão Primeiro Vigilante, que pensais do matrimônio perfeito?

PRIMEIRO VIGILANTE - O matrimônio perfeito é indispensável à exata formação


moral dos filhos. Estes constituem a esperança e o orgulho das famílias e é por elas que
se dá a renovação incessante do gênero humano e a perpetuação das Pátrias. Os filhos
são os membros promissores da grande família humana e o futuro da humanidade
depende da educação que receberem. No Livro Sagrado, o Salmo 127 traça o caráter de
um lar feliz: "Tua mulher será no retiro de tua casa a videira frutífera. E teus filhos,
como pimpolhos de oliveira, estarão ao redor de tua mesa".

V∴ M∴ – Irmão Segundo Vigilante, a Maçonaria rende culto à mulher?

SEGUNDO VIGILANTE - Sim, Venerável Mestre. Os Maçons rendem culto à mulher,


como mãe, como esposa e como filha. Reconhecemos na mulher a providência moral do
gênero humano, fundamento e segurança do lar. Na Idade Média, na fase operativa da
Instituição, tudo quanto de nobre fez a Cavalaria, deve se atribuir à influência feminina.
Por sua dama, o Cavaleiro se tornava “sans peur et sans reproche". No tocante ao
devotamento conjugal, a Maçonaria consagra os nomes de Penélope, aguardando
durante 20 anos a volta de Ulisses, o herói de Tróia, e Eponina, sacrificando a vida para
acompanhar o esposo Sabino, imolado pelo Imperador Vespasiano.
(PAUSA)

V∴ M∴ – Caro Irmão e prezada Irmã Depois desta breve exposição, para


recordar-vos a filosofia maçônica do matrimônio; ide agora, frente ao Altar da
Exaltação, jurar solenemente, que envidareis todos os esforços para que a Vossa comum
felicidade prossiga pelo tempo afora, superior aos embates da vida. De pé Irmão Mestre
de Cerimônias, acendei o Candelabro Místico.

O casal vai ao Altar da Exaltação, ajoelha-se. A esposa à esquerda, põe a mão direita sobre
a Bíblia. O esposo põe a sua mão esquerda sobre a mão direita da esposa.
V∴ M∴ - Irmão jurais sobre o Livro Sagrado, a vossa esposa, conservardes o amor, a
fidelidade, o devotamento e a proteção?

(O esposo responde)
81

V∴ M∴ – Irmã........, jurais sobre o Livro Sagrado conservardes o amor, a fidelidade, o


devotamento e a confiança, que dedicais a vosso esposo?

(A esposa responde. O Venerável desce do trono e lança incenso na caçoila)

V∴ M∴ – Que os vossos desejos, e os nossos votos, para vossa prosperidade


e felicidade, subam aos céus, como este perfume, que se evola. Que
permaneçam em vossos corações as palavras sacramentais: amor recíproco,
comunhão de vida.

V∴ M∴ – Levantai-vos. Ir... , dai a vossa esposa e ponde em seu dedo a dupla


aliança de ouro e prata, significativa do amor vitorioso de um quarto de século.
Cara Irmã, daí a vosso esposo a aliança geminada, de que a dupla forma circular é a
afirmação da perpetuidade.

V∴ M∴ – Um matrimônio perfeito não é uma coexistência, é uma conveniência.


Apresento-vos, Irmão..: e Irmã... ,a rosa e o lírio.
A rosa Ir... , é, como sabeis, o símbolo do amor feliz. Só o amor constrói para a
eternidade. O amor é mais forte do que a morte. A rosa de jericó realiza o suave milagre
de reviver e reflorecer .
O lírio, Irmã, é o símbolo da pureza. Na antiga Roma, o templo dos deuses era cercado
de lírios e de murtas. Um provérbio chinês nos adverte que uma esposa virtuosa, como
vós, traz mais benefícios ao mundo do que uma academia de sábios.
Meu caro Irmão, como símbolo de perene ligação no Templo e na Eternidade, segurai
com vossa esposa as pontas do Cordão Azul e Branco, o Cordão Conjugal da Exação e
da Ternura, fundamentos de Vossas vidas (faz-se).
Meu Irmão, derramai agora na taça vazia o vinho, símbolo da vida (faz-se) .
E vós, minha irmã, sobre este vinho, juntai água (faz-se) , símbolo da purificação.
Meu irmão, oferecei à vossa esposa a mistura de vinho e água (faz-se) , e vós, também,
minha Irmã, oferecei ao Vosso esposo a taça em que bebestes. Na mistura íntima de
água e vinho está o símbolo da comunhão de vossas almas.
Lá está no Livro Sagrado: "Cada um ame a sua mulher como a si mesmo; e a mulher
reverencie seu marido" (S. Paulo aos Efésios, v. 33).
Entoemos agora, meus irmãos, a Oração Gratulatória.

ORAÇAO GRATULATÓRIA

V∴ M∴ – Agradecemos, ó Grande Arquiteto do Universo, a Tua infinita bondade e a


Tua excelsa misericórdia, pelas graças que dispensas continuadamente aos Obreiros da
Arte Real, dirigindo-os e orientando-os na senda do BEM e da HONRA.

TODA A LOJA - Que assim continuemos nós, dignos de merecer a suprema bênção!
V∴ M∴ – Senhor Deus, quem habitará no Teu tabernáculo ou quem descansará no
Teu santo nome?

TODA A LOJA - Aquele que anda em sinceridade, pratica a Justiça e fala a Verdade
em seu coração. Aquele que não difama com a língua, não faz mal ao próximo.
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V∴ M∴ – Misericordioso e piedoso é o Senhor, longânimo e grande em Sua


benignidade.

TODA A LOJA - Faz, Senhor, maravilhosas as Tuas benemerências, Tu que livras


aqueles que em Ti confiam.

V∴ M∴ – Nós Te agradecemos, Senhor, Tu que és a nossa esperança na mocidade e a


nossa confiança na velhice.

TODA A LOJA - Protege, ó Deus, agora e sempre aqueles que, em Teu louvor, cantam
hosanas com o saltério e a cítara.

V∴ M∴ – Bem aventurado o homem que põe no Senhor a sua segurança.

TODA A LOJA - Porque o Senhor é a Verdade, o Caminho e a Vida.

V∴ M∴ – Agora, vou conferir-vos a Consagração Matrimonial. Inclinai-vos.

(Os dois esposos inclinam a cabeça. O porta estandarte alça o Pavilhão da Loja. O Mestre
de Cerimônias forma o pálio. O Venerável estende a mão direita sobre a cabeça dos
esposos, tendo pendente do punho a jóia de seu grau)"

À Glória do Grande Arquiteto do Universo. Em virtude dos poderes de que me acho


investido, eu Vos renovo os laços sagrados do matrimônio e vos confiro a Consagração
Maçônica, que merecem as vossas virtudes já reveladas. Possa o Ser Supremo continuar
vos proporcionando toda a felicidade possível nesta vida, ambos partilhando
exemplarmente o destino comum. Assim seja !

TODA A LOJA - Assim seja!

V∴ M∴ – Irmão Mestre de Cerimônias, apagai o Candelabro Místico (faz-se).

Sentemo-nos. (Todos voltam aos seus lugares - pausa).

V∴ M∴ – Irmão Secretário, tende a bondade de ler o Termo de Exaltação (faz-


se) .
Irmão Mestre de Cerimônias, fazei o casal e seus padrinhos assinarem o Termo, o qual
será depois subscrito pelas Luzes e Oficiais desta Cerimônia (faz-se) (pausa) .

V∴ M∴ – A Maçonaria se rejubila por este ato de tanta grandeza moral. Saúdo,


com emoção, o distinto casal, a quem apresento em nome desta Augusta Loja as
nossas melhores felicitações.
Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes, solicitai aos Obreiros de vossas colunas, como
eu solicito aos do Oriente, para que se unam a nós, a fim de aplaudirmos a Consagração
Maçônica das bodas de...... do nosso Amado Irmão............

PRIMEIRO VIGILANTE – (repete a solicitação).


83

SEGUNDO VIGILANTE – (repete a solicitação).

V∴ M∴ – A mim, meus Irmãos, pela bateria incessante.

(Todos aplaudem, de pé. A coluna de harmonia executa um número apropriado, alegre).

V∴ M∴ – Sentemo-nos (pausa) – Vamos encerrar esta cerimônia litúrgica.


Senhoras e Senhores. Em nome do Soberano Grão-Mestre Geral, eu vos dou o
testemunho de nossa gratidão, pela vossa presença aos nossos trabalhos.
Qualquer que seja a impressão, que leveis deste recinto, vos asseguramos que
procedemos com a maior franqueza e sinceridade.
A Maçonaria sempre se rejubila, quando proporciona motivos de cultura espiritual. É
um de seus princípios cardeais a prevalência do espírito sobre a matéria. Para nós, o
progresso técnico vale muito, mas vale ainda mais o progresso moral.
Na base do progresso moral da humanidade, colocamos a família bem constituída,
ungida de espiritualidade e amor. A maior felicidade existente na face da terra é, sem
dúvida, a sombra de um lar feliz.
Queridos esposos. Jamais deixeis extinguir-se, em vossas memórias os ecos desta
Exaltação.
Nós nos sentimos felizes com o exemplo magnífico de vossa vida. Provastes, ao longo
de anos, que o casamento é uma prazerosa ajuda mútua, uma benigna caminhada a dois.
E alcançastes realizar esta peregrina verdade de nossos Rituais : " A Virtude uniu dois
corações, dois corpos, duas mãos, e tudo isso só faz um".
Ide tranqüilos ! Pedistes a Deus a bênção para continuardes a jornada e Ele vô-la
concedeu, porque trazeis vossos corações plenos de fé, e Jesus, o Grande Iniciado, nos
assegurou, conforme está no Evangelho de São Mateus: "Tudo o que
pedirdes com Fé alcançareis ". (Mateus, XXI, 22) .
Sede mais uma vez, felizes! podeis contar, como sempre, com a solidariedade de nossa
Sublime Instituição. (Pausa) .
Concedo a palavra ao Irmão Orador.

(O Orador faz o elogio do casal e o agradecimento aos que compareceram. Fala, no


máximo, 10 minutos) .

V∴ M∴ – Irmão Mestre de Cerimônias, oferecei a nossa Irmã... , a Rosa e o Lírio,


como recordação desta cerimônia (faz-se).

Oferecei-Ihe, também, a Medalha de Prata, comemorativa, que esta Augusta Loja


mandou cunhar (faz-se).
Meus Irmãos e prezados visitantes, vamos agora homenagear o Pavilhão Nacional.
(O Porta Bandeira alça o Pavilhão. O Venerável bate (O) a assistência põe-se de pé e todos
aplaudem com palmas incessantes).

V∴ M∴ - Vamos fechar o Livro da Lei. Elevemos o nosso espírito, rendendo graças


ao Grande Arquiteto do Universo por tudo quanto recebemos nesta noite. Irmão Mestre
de Cerimônias, procedei conforme os nossos usos.

(O Mestre de Cerimônias forma o pálio com as espadas. O Orador fecha o Livro da Lei).
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V∴ M∴ – Sentemo-nos.

Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes, anunciai em vossas colunas, como eu anuncio


no Oriente, que vamos encerrar esta cerimônia de Exaltação Matrimonial.

PRIMEIRO VIGILANTE (anuncia).

SEGUNDO VIGILANTE (anuncia).

V∴ M∴ – Irmãos Vigilantes, anuncia em vossas colunas, como eu anuncio no Oriente


que o distinto casal, que recebeu a Consagração Matrimonial, vai retirar-se, precedido
pelo Irmão Mestre de Cerimônias.
(Ficarão na Sala dos Passos Perdidos para receber cumprimentos dos Irmãos e amigos).

PRIMEIRO VIGILANTE – (repete o anúncio).

SEGUNDO VIGILANTE – (repete o anúncio).

V∴ M∴ – Atenção! (bate ). De pé! Vai sair o distinto casal. Abóbada de aço


formada! Atenção colunas de flores!

(Os cônjuges, sob uma chuva de pétalas, saem, debaixo da abóbada de aço. Ouve-se a
Marcha Nupcial).

V∴ M∴– Atenção! Desfazei a abóbada de aço. Vão sair os padrinhos (saem).


Vão sair os parentes do casal e seus amigos. (saem) .
Vão sair as autoridades presentes (saem).
Vão sair os Irmãos de altos Corpos e os convidados (saem).

V∴ M∴ - Atenção! . O Templo vai ser fechado.


O Templo está fechado. Retiremo-nos em paz e em alegria.

TERMO DE EXALTAÇÃO MATRIMONIAL PARA AS BODAS DE PRATA.

Aos ....... dia do mês de ........ de 2006, no Templo da Loja ........................., Oriente de
............., realizou-se Sessão Magna de Exaltação Matrimonial para as Bodas de Prata,
cumprindo ritual próprio, sob a presidência do Ven. Mestre da Aug. e Resp. Loja
Simb.................................., jurisdicionada ao Grande Oriente do Brasil, ocasião em que o Ir.
........................... e nossa cunhada .................. participaram da cerimônia de suas Bodas de
Prata, na qual juraram sobre o Livro Sagrado suas promessas recíprocas de lealdade,
fidelidade e amor conjugal.
Assim o presente "Termo de Exaltação" os cônjuges, seus padrinhos e as Luzes e
Oficiais da Cerimônia.

............,de ......................de 2006 E.V.

Assinam: os cônjuges, os padrinhos, Ven.Mestre, 1º e 2º VVig., Orador, Secretário e


Tesoureiro.
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FUNERAL MAÇÔNICO

(CORPO PRESENTE)

Será celebrado sempre à solicitação da família do maçom falecido, na casa mortuária,


no cemitério ou no Templo.

Se na casa, os irmãos celebrantes e assistentes paramentados em procissão comandada


pelo Mestre de Cerimônias, circundarão o féretro, ficando o Venerável à cabeceira,
ladeado pelo Orador e o Secretário, os Vigilantes aos pés, o 1° à direita e o segundo à
esquerda e o Mestre de Cerimônias em posição que lhe facilite o recebimento e
cumprimento das ordens do Venerável.

Se no cemitério, a paramentação se dará em local discreto donde partirá a procissão


encabeçada pelo Mestre de Cerimônias, sendo o último sempre o Venerável.

Se no Templo, deve o mesmo apresentar-se fúnebre: os altares e castiçais tríplices


envoltos em crepe, o ataúde localizado no centro, tendo à cabeceira uma vela alta ou
tocheiro, uma aos pés à direita e a outra à esquerda, formando triângulo.

Em quaisquer dos locais o Mestre de Cerimônias providenciará ou fiscalizará a ordem


do cerimonial e as cestas ou bandejas com ramos de acácia, bem como os malhetes.

Logo após a chegada do préstito e a colocação do ataúde no centro da sala dos Passos
Perdidos, o Venerável, as Luzes e Irmãos que devem estar paramentados e organizados
em sala próxima, demandarão ao Templo, em procissão, encabeçada pelo Mestre de
Cerimônias. Este baterá à porta com uma só e surda pancada, pedindo ingresso, que será
dado pelo Guarda do Templo.

Ocupando todos os seus lugares, proceder-se-á à abertura dos trabalhos:

ABERTURA DOS TRABALHOS

V∴ M∴ - Meus Irmãos, vamos abrir os trabalhos fúnebres de nossa homenagem


ao Caríssimo Irmão …………………..... diante dos seus despojos materiais.

- Com nova pancada que farei vibrar, correspondidas pelos Irmãos Vigilantes,
estarão abertos os trabalhos.

V∴ M∴

1° VIG.·.

2° VIG.·.

(O Mestre de Cerimônias abre o Livro da Lei.)


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V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, fazei transportar o corpo do Irmão ... para o


templo e convidai os acompanhantes a ocuparem os lugares que lhes estão reservados.

- Deste este momento, estão suspensos os sinais e posturas maçônicas.

- Irmão Guarda do Templo, abri, de par em par, a porta do templo.


(O Guarda do Templo cumpre a ordem e o Mestre de Cerimônias, acompanhado de seis
Irmãos, faz conduzir o corpo para o local próprio, no Templo, tocando o órgão.)

V∴ M∴ - De pé, meus Irmãos e Senhores.

(Colocado o corpo e acesas as luzes, o Venerável, o Orador, o Secretário, os 1° e 2°


Vigilantes e Mestre de Cerimônias rodeiam o ataúde, o Venerável à cabeceira, os
Vigilantes aos pés, o Orador e o Secretário ao lado do Venerável e o Mestre de
Cerimônias na Coluna do Sul. Cessada a música:)

V∴ M∴ - Curvemo-nos, Caríssimos Irmãos e Senhores, diante dos restos mortais. do


nosso querido e sempre lembrado Irmão …………….... -
Reconheçamos como é frágil a vida humana, na grandeza da criação.

- Na universidade das leis sábias do Grande Arquiteto do Universo, na sua própria


justeza e equilíbrio, se nos deparam aspectos paradoxais como estes:

- Quando O ideal nos impede, quando tudo nos parece sorrir na vida, quando ela está
mais nos solicitando, em qualquer das suas múltiplas e infinitas facetas, eis que a
frigidez da morte oferece a violência do seu impacto, desafiando a virtude de nossa
compreensão, o progresso quiçá, de nossa mente.

- Todavia corpo, alma, coração, obras, mente ou intelecto, a vida prodigiosa do espírito,
não se extinguem no estreito âmbito deste esquife.

- Já alcançamos, hoj e, mais que ontem, a possibilidade de justificar a compreensão e o


equilíbrio com que recebemos o impacto doloroso.
(Pausa.)

- Cumpre-nos resignarmos, caríssimos Irmãos e senhores, coordenando coração e


inteligência, ante o evento e a saudade que se apresenta em perspectiva.

- Prestemos nossa última homenagem ao Irmão e amigo que, inerte, insensível,


regelado, dorme aparentemente um sono chamado eterno.

- Se foi um crente de qualquer religião, ou se nas cogitações teológicas divagou o seu


pensamento liberto, disso nunca nos preocupamos e muito menos agora, quando somos
privados do seu convívio terreno e amorável.

-Em qualquer hipótese, teve ele sempre a nossa estima. Gozou da tolerância que temos
em relação aos vários caminhos que se procuram e se palmilham para chegar ao
Princípio Criador, o Grande Arquiteto do Universo, perenemente indefinível. Sentimo-
lo aqui um coração sempre aberto às solicitações do bem.
87

1° VIG.·. - Cultuou a honra na terra, como cultuou o seu Deus.

2° VIG.·. - Reconheceu aqui o trabalho como um dever social sempre nobre, seja
intelectual, manual ou técnico.

V∴ M∴ - Em paz com a idéia de Deus, morreu com o supremo conforto, convicto de


que ia penetrar num mundo ignoto, onde poderia aguardar o galardão do seu
procedimento na terra.

-As preocupações teologais que lhe permitiram a liberdade do seu pensamento, fizeram-
no convicto de que, ao morrer, findar-se-ia sua peregrinação neste mundo e que a
matéria, que lhe proporcionou a alma grande e forte, mercê de lei inexorável da
transformação, reintegrar-se-ia na Natureza, substituindo, ainda indefinido, o espírito,
na sua imortalidade. Uma volta a Deus do que era de Deus.

- Consolou-o, também, ao extinguir-lhe a vida, a serena tranqüilidade de consciência.

1° VIG.·. - Se encontrou amparo na religião, ele desprendeu-se sereno da vida, pesaroso


somente pela dolorosa separação daqueles a quem idolatrava.

2° VIG.·. - Se o seu espírito liberto, em paz com a idéia de Deus, simplificou-lhe a


crença, resignou-se à precariedade da matéria, voltando somente o seu pensamento para
os entes caros ao seu coração.
V∴ M∴ -Em qualquer dos casos nós, que tanto o prezamos em vida, dilatamos esta
homenagem, elevando nossos rogos ao Grande Arquiteto do Universo no sentido de que
ilumine e inspire seus entes queridos para a compreensão consoladora do impacto que
nos punge.

-Meus caros Irmãos e Senhores, silenciemos por um momento.


1° VIG.·. - Silenciemos, meus Irmãos e Senhores.

2° VIG.·. - Silenciemos, meus Irmãos e Senhores.

(Pausa prolongada. Música em surdina.)

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, tomai o ramo de acácia, a nossa árvore


simbólica, cujos ramos verdejantes significam a vida eterna que tem na morte. o seu
ponto de partida.

- Tomai o ramo e distribui suas folhas aos presentes.


(O Mestre de Cerimônias cumpre, ao som de música.)

(No caso da Loja entender dever ressaltar qualidades excepcionais do extinto ou


manifestar reconhecimento por serviços prestados à Ordem ou à sociedade, o Venerável
dará a palavra ao Orador, o qual fará breve e conciso discurso, situando-o nas diretrizes
tradicionais e filosóficas.)
88

V∴ M∴ - Cubramos caros Irmãos e meus Senhores, cubramos o morto com as folhas


de acácia, prestando-lhe nossa derradeira homenagem.

1° VIG.·. - Cubramos o morto com as folhas de acácia.

2° VIG.·. - Cubramos o morto com as folhas de.acácia.

(O Venerável dá uma pancada de malhete sobre o esquife e lança sobre o morto sua
folha de acácia, executando uma volta ao redor do esquife, seguido do Orador,
Secretário, Vigilantes e Mestre de Cerimônias, que depositam sua folha. Seguem-se os
Irmãos paramentados com avental, os demais Irmãos e profanos presentes, sempre com
música.)

(Terminada a cerimônia das folhas de acácia, o Venerável bate uma pancada de


malhete. Faz-se silêncio.)

V∴ M∴ - Meus Irmãos, meus Senhores, está findo o cerimonial com que os maçons,
invocando o Grande Arquiteto do Universo, tributam sua homenagem a um Irmão que
partiu.

(Os seis Irmãos que trouxeram o corpo levam-no para a Sala dos Passos Perdidos,
voltando ao Templo. O Cobridor fecha a porta .)

V∴ M∴ - De pé e à ordem, meus Irmãos.

(bate , repetido pelos Vigilantes).

-À Glória do Grande Arquiteto do Universo e em nome de São João, nosso Padroeiro,


estão encerrados os trabalhos fúnebres da Augusta e Respeitável Loja ………………....
(O Guarda do Templo abre imediatamente a porta e, precedidos do Venerável, Orador,
Secretário e Vigilantes, saem todos, sendo o último o Mestre de Cerimônias, que vela
pela disciplina, ordem e silêncio com que devem deixar o Templo.)

(O Venerável, o Orador, os Vigilantes, o Secretário e o Mestre de Cerimônias retiram o


corpo, entregando-o à família fora do recinto da Loja).
89

INAUGURAÇÃO DE UM TEMPLO

(A Maçonaria não é obra exclusiva de uma época, pertence a todas as épocas e, sem
aderir a nenhuma religião, encontra grandes Verdades em todas elas. A Maçonaria
ostenta a Verdade comum às religiões superiores que formam a abóbada de todos os
credos. Não se apóia senão em dois sustentáculos extremamente simples -o amor a Deus
e o amor ao Homem, que leva em si a Divindade e caminha para ela.) Newton.

O templo a inaugurar deve estar ornado festivamente.

Sobre cada uma das mesas do Venerável e dos Vigilantes, independentemente das luzes
estabelecidas em ritual, estará uma lanterna.

O quadro onde está o triângulo luminoso, bem como a Estrela Flamígera, estarão
cobertos com um véu branco ou azul.

O Altar dos Perfumes será colocado bem no centro do Templo, logo após a entrada do
préstito.

Deverão entrar no templo e ocupar seus respectivos lugares antes da entrada do préstito,
os visitantes comuns e as representações de outras lojas.

Até o momento em que indica o ritual, os maçons estarão despidos de suas insígnias,
exceto o 1º Experto, que trará o seu avental.

Com a trolha na mão esquerda e segurando na direita uma espada, o 1º Experto se


conservará junto à porta de entrada do templo (dentro).

O Cobridor e outro Maçom, ambos armados de espada e com as respectivas insígnias,


conservam-se fora do templo, junto à porta.

Após isto, apagam-se as luzes, com exceção das três lanternas que se encontram sobre
os altares.

A Comissão de Inauguração organiza o préstito e marcha na seguinte ordem:

1 - Sete, cinco ou três maçons conduzindo os instrumentos simbólicos: Esquadro,


Compasso, Nível, Régua, Alavanca, Maço e Cinzel.

2 - O Porta-Bíblia.

3 - O Porta-Espada com a Espada Flamejante.

4 - O Porta-Estandarte (se houver outras lojas que trouxerem seus estandartes, tantos
porta estandartes quantos forem os que estiverem presentes, na ordem da antiguidade
das lojas, cabendo o primeiro lugar a mais antiga).

5 - Dois mestres-de-cerimônias, com seus respectivos bastões, um conduzindo o Fogo


Sagrado e o outro com a naveta do incenso.
90

6 - O Secretário da Loja com a Carta Constitutiva. Ao lado do Secretário, o Orador com


a Constituição e o Regulamento Geral do Grande Oriente do Brasil
7 - Os dois vigilantes com seus malhetes.
8 - O Presidente com seu malhete.

Cerimonial

O Grão-Mestre ou seu representante, se não presidir os trabalhos, ficará ao lado do


Presidente e entrará no templo juntamente com este.
Todos os membros do préstito estarão revestidos de suas insígnias.
Uma vez chegado o préstito à porta do templo, os dois guardas que se acham fora do
mesmo dirigem suas espadas contra ele e o Cobridor diz:

COBR.·. - Quem sois e o que vindes aqui fazer?

PRESID.·. - Somos os enviados do Mestre e vimos inspecionar os trabalhos.

OBR.·. - Que garantia podeis dar da veracidade de vossas palavras?


(O 2º Vigilante aproxima-se e dá ao Cobri dor o Toque de Aprendiz).

OBR.·. - Essa garantia não basta. Podeis dar-nos outra?


(O 1º Vigilante aproxima-se e dá-lhe regularmente a Palavra sagrada do Grau de
Aprendiz. O Cobridor bate, então, na porta do templo, com o punho da sua espada uma
forte pancada).

1ºEXP.·. - (Do interior) - Quem está batendo?

COBR.·. - São os enviados do Mestre que vêm inspecionar interiores os trabalhos

1º EXP.·. - Como poderiam fazer, se as trevas reinam no templo?

COBR.·. - Eles trazem consigo a Luz.

1º EXP.·. - A prova do que dizeis, como a teremos?


(O Presidente aproxima-se ,da porta e bate com seu malhete três pancadas).

1º EXP.·. - Quem bate assim?

PRESID.·. - (Bate novamente)-Quem ousou penetrar neste templo e no recusa a dar


ingresso?

PRESID.·. - (Bate novamente)- Reclamamos ingresso no templo.

1ºEXP.·. - (Abre um pouco a porta tendo a espada em riste)-Como provareis vossa


missão?

(O Presidente aproxima-se e dá-lhe o Toque e a Palavra de Passe do Companheiro.)

(Abre em seguida a porta e afasta-se para deixar passar o préstito.


91

Este entra e dirige-separa o Oriente, tendo à frente o Presidente, depois o Secretário, o


Porta-Bíblia, o Porta-Estandarte, o Porta-Espada, os dois mestres de cerimônias e por
último os que conduzem os instrumentos simbólicos.)

(Tendo entrado o préstito os dois guardas entram também, fecham a porta e ficam diante
dela, frente para o Oriente e de espada na mão.)

(Chegando ao Oriente, o Presidente tira o véu que encobre o quadro onde está o
Triângulo Luminoso e depois, tomando o Fogo Sagrado conduzido por um dos mestres
de cerimônias, acende os braços do candelabro da mesa do Presidente.)

(O Grão-Mestre, ou seu representante, após isto, toma seu lugar no Trono).

PRESID.·. - - Ó Verdade! Tu que nos destes a força para penetrarmos


neste recinto sem luz, nós te saudamos com todo o nosso amor! Esclarece com a tua luz
sagrada os maçons que querem consagrar este edifício à tua manifestação e ao teu
triunfo. Que este dia seja para nós como aurora de felicidade; e que os homens de boa
vontade que quiserem associar-se aos nossos trabalhos estejam sempre compenetrados
da importância da nossa missão e sempre animados dos sentimentos de amor,
benevolência e de justiça.

(Música. Acendem-se as luzes do Oriente).

PRESID.·. - Ir.·. 1º Vigilante, levai a Luz à Coluna do Norte. E vós, Ir.·. Mestre de
Cerimônias, guarda do Fogo Sagrado, juntamente com os Irmãos Porta-Bíblia, Porta-
Espada e Porta-Estandarte, acompanhai o Irmão 1° Vigilante.

(O 1° Vigilante, assim acompanhado, dirige-se pela Coluna do Sul e vai até a mesa que
lhe compete, onde acende a respectiva luz com o Fogo Sagrado e toma posse do lugar).

1° VIG.·. - -Seja esta luz para nós o símbolo da razão que guia a
humanidade para o progresso. Possa ela esclarecer a todo o profano que vier a este
templo para aprender a ciência da vida. Possa também incutir no seu espírito a lei do
amor e da solidariedade e lembrar-lhe sempre o quanto deve aos irmãos e a todos os
homens.

(Música.)

(O Mestre de Cerimônias e outros oficiais voltam pela Coluna do Norte.)

(Acendem-se todas as luzes nessa Coluna).

PRESID.·. - Irmão 2° Vigilante, levai a Luz à Coluna do Meio-Dia. E vós, Irmão Mestre
de Cerimônias, guarda do Fogo Sagrado, juntamente com os Irmãos Porta-Bíblia, Porta-
Espada e Porta-Estandarte, acompanhai o Irmão 2° Vigilante. E vós, meus Irmãos que
conduzis os instrumentos simbólicos, depositai-os nos seus respectivos lugares.

(O 2° Vigilante, assim acompanhado, dirige-se pela Coluna indicada e vai tirar o véu
que encobre a Estrela Flamígera que se acha ao lado de sua Coluna, no alto; volta,
92

novamente, até a sua mesa onde acende a respectiva luz com o Fogo Sagrado e toma
posse do lugar).

2° VIG.·. -Que esta dupla luz, símbolo do livre pensamento e da


investigação atenta, nos guie com os seus raios. Que nos ensine a pôr as nossas palavras
e os nossos atos de acordo com as nossas convicções.

(Música.)

(O Porta-Estandarte coloca-se entre colunas, tendo à direita o Mestre de Cerimônias e o


Porta-Bíblia, e à esquerda o Porta-Espada, voltados para o Oriente.)

(Ao mesmo tempo, acendem-se todas as luzes da Coluna do Sul).

2°VIG.·. -Venerável Mestre, a estrela polar brilha com todo o seu


esplendor.

1º VIG.·. - Venerável Mestre, as colunas estão resplandecentes.

PRESID.·. - - Meus Irmãos, revesti-vos com as vossas insígnias.

(Pausa)

-De pé e à ordem.
(Executa-se música em surdina.)

(O Presidente vai ao meio do templo acompanhado do Mestre de Cerimônias e o


Guarda do Perfume, que tinha ficado no Oriente. O Porta-Estandarte, Porta-Espada,
Porta-Bíblia e o outro Mestre de Cerimônias, que se acham entre Colunas, avançam ao
seu encontro até junto do Altar dos Perfumes. Chegando junto a ele, o Presidente toma a
naveta que está com o Mestre de Cerimônias e deita um poupo' de incenso sobre as
brasas e diz):

PRESID.·. - Que o fogo da coragem e o amor dos nossos semelhantes inflamem os


nossos corações. E assim como os vapores destes perfumes se elevam e se espalham,
possam os nossos trabalhos exercer uma influência salutar para o progresso da
humanidade.

(O Presidente, acompanhado do Mestre de Cerimônias, do Porta-Espada e do Porta-


Estandarte, dirige-se ao Altar Triangular existente na entrada do Oriente onde aguarda o
Porta-Bíblia. Esta é depositada nesse Altar e o Presidente volta ao Oriente acompanhado
do Porta Estandarte e do Porta-Espada. O estandarte é colocado no respectivo lugar e a
Espada Flamejante sobre a mesa do Venerável. Ocupando este o seu lugar, cessa a
música).

PRESID.·. -Irmãos 1º e 2º o Vigilantes, anunciai em vossas Colunas, assim como


eu anuncio no Oriente, que vou proclamar a inauguração deste templo e convidai os
seus Obreiros para unirem-se a mim, a fim de aplaudirmos tão feliz acontecimento.
93

1ºVIG.·. - Irmãos que abrilhantais a minha Coluna, eu vos anuncio da parte do


Venerável Mestre, que ele vai proclamar a inauguração deste templo, e convida-nos a
nos unirmos a ele a fim de aplaudirmos tão feliz acontecimento.

2º VIG.·. - Irmãos que decorais a minha Coluna, eu vos anuncio da parte do


Venerável Mestre, que ele vai proclamar a inauguração deste templo, e convido-vos a
nos unirmos a ele a fim de aplaudirmos tão feliz acontecimento.

PRESID.·. - De pé e à ordem, meus Irmãos.

- À Glória do Grande Arquiteto do Universo, em nome e sob os auspícios da


…………………... e em virtude dos poderes que me foram conferidos, declaro
inaugurado este novo templo em honra de São João, destinado aos trabalhos da Augusta
e Respeitável Loja …………………....

- A mim, meus Irmãos, pelo Sinal e pela Aclamação.


- Sentemo-nos, meus Irmãos.

(Música em surdina).

- Meus irmãos, a luz penetrou neste templo e espalhou o seu brilho nas colunas
simbólicas. Podemos, de hoje em diante, aqui proceder regularmente aos nossos
trabalhos.

- Possa a palavra, essa manifestação do pensamento que faz do homem.o primeiro dos
seres, fazer ouvir neste templo os acentos da Verdade! Que ela ilumine os nossos
obreiros e faça deles homens novos. Nunca esqueçamos que é à regeneração e à
felicidade da humanidade que devem tender todos os nossos esforços, e que devemos
nos aplicar em libertá-la do jugo vergonhoso da ignorância e dos preconceitos e em
combater as paixões que a perturbam.

- Para desempenharmos tão bela missão, devemos ter em nossas ações sabedoria e
prudência; pôr o discernimento e a circunspecção nos nossos discursos, e nunca
esqueçamos que a união faz a força.

- Possa este templo servir de modelo aos que outros quiserem construir, que a concórdia
e a amizade nele reinem constantemente!

-Unamo-nos, meus irmãos, em um mesmo pensamento e rendamos preito ao Supremo


Árbitro dos Mundos.

- De pé e à ordem.

-Recebe, ó Grande Arquiteto do Universo, a oferenda que deste novo templo te fazem
os obreiros aqui reunidos. Não permitas que ele jamais seja profanado pelo fanatismo,
pela inimizade, pela mentira ou pela discórdia.
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Faze, ó Luz criada, que a Dedicação, a Caridade, a Paz e a Verdade tenham aqui o seu
santuário; e que nos trabalhos consagrados à tua glória e à felicidade do gênero humano,
os maçons sintam sempre as doçuras da mais fraternal união.

- Sentemo-nos, meus irmãos.

(O Presidente dá a palavra ao Orador. Segue o Tronco de Solidariedade, encerrando-se


os trabalhos na forma do ritual.).

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
95

V∴ M∴ ( ) – Meus IIr∴, dentro da busca constante pelo aperfeiçoamento, que


deve nortear a conduta de todo maçom, vamos hoje tecer algumas considerações sobe a
atuação de nossa Sublime Ordem nos acontecimentos que culminaram com a
independência de nosso País.

V∴ M∴ – IIr∴ Vigilantes, Orador e Secretário, ajudem-me a compartilhar os frutos


de nossas pesquisas com os demais Obreiros desta Oficina.

V∴ M∴ - Ir∴ 1º Vig∴, estou correto em afirmar que a Maçonaria, desde sua


migração de operativa para especulativa, esteve indelevelmente ligada aos movimentos
libertários que eclodiram na Europa e nas Américas?

1º Vig∴ - Certamente, Ven∴ M∴. A partir do surgimento da primeira Obediência, a


Grande Loja de Londres, em 1717, maçons de todo o Universo obraram para que povos
oprimidos se livrassem do jugo da tirania, que tanta repulsa nos causa.

V∴ M∴ – Como podemos comprovar isso, Ir∴ 2º Vig∴?

2º Vig∴ - Ven∴ M∴, uma rápida análise histórica, dá conta da efetiva participação
de maçons na Independência das Treze Colônias da América do Norte, na Revolução
Francesa, na Independência do México e na libertação das colônias espanholas na
América do Sul.

V∴ M∴ ( ) – IIr∴ Orador e Secretário, ajudem-nos a lembrar o nome de alguns


desses eméritos Irmãos das Américas.

Orador - Ven∴ M∴, o povo maçônico há de reverenciar, pela eternidade, Obreiros


como os IIr∴ THOMAS JEFFERSON, BENJAMIN FRANKLIN e GEORGE
WASHINGTON, artífices da Independência americana, o Frei MIGUEL HIDALGO Y
CASTILLA, o Cura de Dolores, mártir da Independência do México, país que teve no
maçom BENITO JUAREZ seu primeiro presidente.

Secretário - Não há como esquecer, também, Ven∴ Mestre, os Irmãos cujo idealismo,
bravura e retidão acabaram com o jugo espanhol nas América do Sul e Central, como
nossos Libertadores JOSÉ DE SAN MARTIN, SIMON BOLÍVAR, BERNARDO
O’HIGGINS, CARLOS DE ALVEAR e ANTÔNIO SUCRE, entre outros.

V∴ M∴ – E no Brasil, Ir∴ 1º Vig∴, houve alguma interferência de nossa Ordem no


processo de Independência?

1º Vig∴ - Com certeza, Ven∴ M∴, Irmãos nossos estiveram à frente dos principais
movimentos emancipacionistas que eclodiram no Brasil - colônia, desde o século XVIII.
Da Inconfidência Mineira, em 1789, inspirada que foi nos ideais libertários da
maçonaria francesa, ainda que existam dúvidas sobre a condição de maçom de
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER, participaram, entre outros, os Irmãos JOSÉ
ALVARES MACIEL e JOSÉ JOAQUIM DA MAIA,
96

2º Vig∴ - Já em 1817, na Revolução Pernambucana, destacaram-se os Maçons


DOMINGOS JOSÉ MARTINS e Padre JOÃO RIBEIRO MONTENEGRO, os quais,
juntamente com outros Irmãos de igual valor, foram fuzilados pelas tropas portuguesas.

V∴ M∴ – Ir∴ Orador, não é fato que essas e as demais revoltas contra o jugo
português tinham como farol o ideal republicano?

Orador - De fato, Ven∴ M∴, assim o foi, pois seguiam os novos ventos de
democracia que sopravam da América do Norte e França, principalmente.

V∴ M∴ – Irmão Secretário, satisfazei minha curiosidade: se os ideais brasileiros de


liberdade almejavam a criação de uma República, por que nossa Independência de
Portugal se deu pela fundação de um novo Império?

Secretário - Houve um evento histórico, Ven∴ M∴, que mudou a tendência


independentista do Brasil, que se anunciava republicana.

V∴ M∴ – Socorrei-me, Ir∴ 1º Vig∴! Que acontecimento foi esse e quando ocorreu?

1º Vig∴ - Pois, Ven∴M∴, foi a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em
1808. As consequencias que advieram desse acontecimento foram fundamentais para
que o Brasil, uma vez independente, se transformasse numa monarquia.

V∴ M∴ – Que conseqüências foram essas, Ir∴ 2º Vig∴?

2º Vig∴ - A presença da corte no Brasil serviu para enraizar no povo da colônia,


principalmente o do Rio de Janeiro e províncias próximas, a simpatia pelo regime
monárquico.

Orador - Além disso, a permanência de Dom Pedro como regente, quando seu pai,
Dom João VI, retornou a Portugal, abriu as portas para que a maçonaria pudesse
trabalhar politicamente em prol da Independência do Brasil, fazendo do jovem príncipe
seu principal protagonista.

Secretário - Tanto foi assim, Ven∴ M∴, que o “Fico” de Dom Pedro pode ser
considerado o primeiro grande sucesso dos maçons brasileiros.

V∴ M∴ – Ir∴ 1º Vig∴, tal afirmação é procedente ? Seria o 9 de janeiro de 1822, o


“Dia do Fico”, uma obra maçônica?

1º Vig∴ - Assim foi, Ven∴ M∴. Já então a Loja “Comércio e Artes”, que, como
todas as demais, fora proibida de funcionar por Dom João VI, saíra da clandestinidade e
tinha como Venerável o patriota Joaquim Gonçalves Ledo, o grande articulador de
nossa Independência.

2º Vig∴ - Em 4 de dezembro de 1821, o chefe de polícia do Rio de Janeiro


recomendava em ofício a seus superiores não tomar nenhuma medida contra a Loja,
97

pois “a ordem de prisão contra Gonçalves Ledo, seus maçons e oficiais brasileiros
provocaria a revolução em toda parte”.

Orador - Dizia mais o chefe de polícia: “as tropas estão todas filiadas aos
conspiradores, sendo conveniente mandar buscar outras no reino, já que o movimento
de independência é por demais generalizado, pela obra maldita dos Maçons astuciosos,
sob a chefia de Gonçalves Ledo.”

Secretário - Ledo, passando por cima de seus ideais republicanos, mobilizou cariocas,
paulistas e mineiros para pressionarem Dom Pedro a desobedecer à ordem de seu pai e
ficar no Brasil. Para isso, contou com a ajuda de José Bonifácio de Andrada e Silva. Tal
esforço resultou numa petição com oito mil assinaturas, instando o Príncipe-Regente a
não retornar à Portugal.

V∴ M∴ - Porém, a história registra sérias divergências entre Ledo e o Andrada. Por


que, Ir∴ 1º Vig∴?

1º Vig∴ - Como bem lembrou o Ir∴ Secretário, Ledo era republicano convicto,
democrata por excelência, ao contrário de José Bonifácio, partidário do imperialismo e
da autocracia.

2º Vig∴ - Entretanto, essas diferenças não impediram ambos de unirem esforços para
convencer o jovem Príncipe a ficar no Brasil e assumir de vez as rédeas de nossa
libertação.

V∴ M∴ - É necessário lembrar que no “Fico”, em janeiro de 1822, Bonifácio era


profano, ao contrário do que muitos imaginam. Quando se deu sua iniciação, Ir∴
Orador?

Orador - Há divergências entre os autores maçônicos, Ven∴ M∴, porém não haverá
engano ao se fixar a data entre 20 de maio e 9 de junho daquele ano, dias antes da
fundação do Grande Oriente Brasílico, ou Brasiliano, em 17 de junho. Isso possibilitou
que José Bonifácio de Andrada e Silva fosse o primeiro Grão-Mestre da primeira
Potência Maçônica do Brasil e Joaquim Gonçalves Ledo seu Primeiro Grande Vig∴.

Secretário - Vale lembrar que, à época, a concessão do grau de Mestre e a ocupação


imediata de elevados cargos por monarcas e altos dirigentes políticos, logo após a
iniciação, não era incomum, tendo ocorrido algumas vezes na maçonaria européia.
Assim foi com o Ministro José Bonifácio e viria a ocorrer, mais adiante, com o futuro
Imperador.

V∴ M∴ – Porém, Ledo também era um nome de destaque. Que motivos o levaram a


abrir mão do Grão Mestrado em favor do neófito Andrada, Ir∴ 1º Vig∴?

1º Vig∴ - Bonifácio era um nome muito respeitado na Europa, o que facilitaria o


reconhecimento da nova potência. Além disso, o grande patriota sabia muito bem que
esse era o melhor modo de atrair para a Ordem o Príncipe-Regente, o que de fato
ocorreu.
98

2º Vig∴ - Por outro lado, os trabalhos do Grande Oriente Brasílico foram dirigidos,
na maioria das vezes, por Ledo. Nas vezes em que José Bonifácio comparecia, o 1º
Grande Vig∴ postava-se ao seu lado, para orientá-lo.

V∴ M∴ - Ir∴ Secretário, citastes a iniciação de Dom Pedro. Como e quando ela


ocorreu?

Secretário - Em dois de agosto de 1822, Ven∴M∴, na nona sessão da novel Potência.


A iniciação do Príncipe foi proposta por José Bonifácio e aprovada por unanimidade.

Orador - Assim registrou o balaústre: “Aceita a proposta, com unânime aplauso, foi
aprovada por aclamação geral. E logo na mesma sessão, participando o Ir∴ Grande
Cobridor que o Profano aprovado entrara para a Casa do Depósito, procedeu-se à sua
Iniciação, na forma regular prescrita pela liturgia, e, depois de prestar o Juramento da
nossa Sublime Ordem, obteve a luz e adotou o nome de Guatimozim.”

V∴ M∴ – Os anais do Grande Oriente Brasílico atestam que, em sua décima quarta


sessão, Ledo exige a proclamação da Independência por Dom Pedro, no que é apoiado
pelos demais Irmãos. A tradição maçônica registra que tal ocorreu antes do Sete de
Setembro. Isso é verdade, Ir∴ 1º Vig∴?

1º Vig∴ - É um lamentável equívoco, Ven∴ M∴, esclarecido por autores


respeitáveis, como os IIr∴ Castellani e Aslan. O engano se deu por uma interpretação
errônea da relação entre o calendário maçônico e o vulgar.
Na verdade, a histórica sessão ocorreu em nove de setembro, dois dias depois do Grito
do Ipiranga.

V∴ M∴ – Donde vem a importância dessa sessão, Ir∴ 2º Vig∴, se ocorreu após a


proclamação de nossa Independência?

2º Vig∴ - Convém não esquecer, Ven∴ M∴, que o simples gesto do Príncipe, em
São Paulo, não foi o fiador da liberdade do Brasil, embora, posteriormente, a história
oficial passasse a afirmá-lo.

Ven∴ M∴ - A que se refere o 2º Vig∴, Ir∴ Orador?

Orador - Ao fato de que a Independência do Brasil só consolidou-se, efetivamente, a


12 de outubro, quando ocorreu a aclamação do Imperador.

Secretário - Nesse interregno, Dom Pedro hesitava, dando reiteradas mostras de falta de
convicção de que a separação completa de Portugal era a medida mais acertada,
reforçando a impressão de que o episódio do Ipiranga teria sido um arroubo irrefletido.

V∴ M∴ – Que episódio maçônico precipitou os acontecimentos, Ir∴ 1º Vig∴?

1º Vig∴ - Na décima sétima sessão do Grande Oriente Brasílico, em 4 de outubro,


Ledo, na ausência de José Bonifácio, propôs à Assembléia que o Ir∴ Guatimozim
99

(Dom Pedro), assumisse o Grão Mestrado, o que foi aceito, por aclamação. De
imediato, o Príncipe prestou juramento e recebeu o Grande Malhete.

2º Vig∴ - Na seqüência, Ledo pronunciou enérgico discurso a favor da separação


definitiva de Portugal, dizendo que era indispensável que Dom Pedro fosse aclamado
Rei do Brasil, no que foi apoiado por todos, com a ressalva de que o título deveria ser
de Imperador.

Orador - Naquele instante, à sombra das colunas da Maçonaria Brasileira e sob a


liderança de Joaquim Gonçalves Ledo, foi dado o primeiro grito de “Viva o Imperador
do Brasil, o senhor Dom Pedro I, seu Defensor Perpétuo”!

Secretário - Na mesma histórica sessão, ficou decidido que a aclamação pública se


daria no dia doze de outubro, aniversário do Imperador, ficando os Irmãos encarregados
de vigiar para que tudo corresse pacificamente e cuidar da segurança do monarca.

V∴ M∴ – E foi o que aconteceu. Em doze de outubro de 1822, no Campo de


Sant’Ana, Dom Pedro I foi publicamente aclamado Imperador, visto que já o havia sido
entre colunas, colimando esta que foi, inegavelmente, uma obra da maçonaria nacional:
a Independência do Brasil.

1º Vig∴ - A história registra que, após a Aclamação, a relação entre o Imperador,


instigado pelo Andrada, e a Maçonaria de Ledo degringolou rapidamente, culminando
com o fechamento do Grande Oriente Brasílico, em 25 de outubro de 1822, por ordem
de Dom Pedro.

2º Vig∴ - Porém, isso não desdoura ou desmerece a atuação dos maçons brasileiros na
separação do País de Portugal.

V∴ M∴ – Para encerrar, meus IIr∴, lembro uma frase do Insigne Irmão Joaquim
Gonçalves Ledo, que tem muito a ver com o momento que nosso País atravessa:

“a Independência de um povo não pode ser feita por um só homem. É obra da opinião
pública, que é soberana, que é invencível quando lateja a consciência nacional na ânsia
de liberdade, aniquilando déspotas e tiranos!”

V∴ M∴ ( ) – VIVA A INDEPENDÊNCIA !
1º Vig∴( ) – VIVA A MAÇONARIA !
2º Vig∴( ) – VIVA O BRASIL !

(sugestão: Antes do encerramento do Período de Instrução, execução do Hino da


Independência, com os Irmãos em Pé e a Bandeira Desfraldada)
V∴ M∴ ( ) – Está encerrado o Período de Instrução.

LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DE UM TEMPLO


100

Tudo preparado e estando todos em seus lugares, os maçons com os seus aventais e
colares

V∴ M∴ - Atenção, meus Irmãos - Ir.·. 1º Vigilante, que vimos aqui fazer?

1ºVIG.·. -Vimos lançar a Pedra Fundamental do novo Templo de nossa Augusta e


Respeitável Loja.

V∴ M∴ - Ir.·. 2º Vigilante, onde está essa Pedra?

2º VIG.·. - Está sobre a mesa, em vossa frente, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Ir.·. Tesoureiro, pagastes o salário aos Obreiros que trabalharam esta Pedra
que vai ficar nos fundamentos do nosso novo Templo?

TES.·. - Sim, Venerável Mestre. Todos estão pagos e satisfeitos.

V∴ M∴ - Ir.·. Secretário, lavrastes a Ata que ficará dentro da Pedra Fundamental do


nosso Templo, para testemunhar aos séculos?
SECR.·. - Sim, Venerável Mestre?

V∴ M∴ - Ir.·. Chanceler, apusestes os selos nessa coluna gravada que ficará


perpetuamente atestando nossa vitória?

CHANC.·. - Sim, Venerável Mestre. Está devidamente selada e timbrada, como


documento perene do esforço dos dedicados obreiros desta oficina.

V∴ M∴ - Ir.·. Mestre de Cerimônias, mandai assinar a Ata e o Livro por todos os


Irmãos presentes, visitantes e convidados, por ordem.

M.·.CCER.·. - De ordem do Venerável Mestre, convido a assinarem a Ata e o Livro, por


ordem. (Após as assinaturas) - Venerável Mestre, a Ata e o Livro estão devidamente
assinados.

V∴ M∴ - Ir.·. Porta-Estandarte, ocupai vosso lugar com o Estandarte, pois vamos


iniciar a marcha em volta do futuro Templo para invocar sobre ele e sobre nós a
proteção do Grande Arquiteto do Universo.

- IIr.·. 1° e 2° Expertos, organizai a Grande Marcha.

M.·.CCER.·. - Venerável Mestre, tudo está organizado e todos em seus lugares


aguardando vossas ordens.

V∴ M∴ - Ir.·. Mestre de Cerimônias, avisai o Ir.·. Porta-Estandarte que rompa a


marcha parando no ângulo anterior direito do novo Templo.
101

(Em marcha ao ângulo anterior direito)

- Ir.·. 1° Vigilante, onde estamos nós?

1°VIG.·. - Venerável Mestre, estamos no ângulo anterior direito do nosso futuro


Templo.

V∴ M∴ - Ir.·. 2° Vigilante, que compete fazer?

2° VIG.·. - Invocar o Grande Arquiteto do Universo para que a paz e a harmonia


fundamentem o novo Templo desta Augusta e Respeitável
Loja.

V∴ M∴ - Grande Arquiteto do Universo, dignai-vos lançar vistas de complacência


sobre os maçons que vão elevar este Templo à Vossa Glória, que este dia, para sempre
memorável, seja um marco de felicidade e regeneração. Permite, ó Grande Arquiteto do
Universo, que os que neste Templo vierem a trabalhar, estejam sempre penetrados dos
fraternais sentimentos de união e exemplar harmonia de virtudes, geradas em nossa
Ordem, para que tenhamos uma paz inalterável.

TODOS - Assim seja!

V∴ M∴ - Ir.·. Mestre de Cerimônias, avisai o Ir.·. Porta-Estandarte para que recomece


a Grande Marcha, parando no ângulo posterior direito do nosso futuro Templo.

(Em marcha, chegam até o ângulo posterior direito).

- Ir.·. 1° Vigilante, onde estamos?

1° VIG.·. -Venerável Mestre, estamos no ângulo posterior direito do futuro edifício do


nosso Templo.

V∴ M∴ - Ir ∴ 2° Vigilante, que nos compete fazer?

2° VIG.·. - Venerável Mestre, compete-nos invocar o Grande Arquiteto do Universo


para que a Justiça e a Verdade sejam cultivadas em nosso futuro Templo.

V∴ M∴ - Senhor dos Mundos, fazei com que todos os nossos esforços se dirijam ao
conhecimento da Verdade, que ela seja sempre por nós procurada, porque é a luz que
dirige os maçons, e é só por meio da sabedoria que a poderemos encontrar. Senhor,
fazei-nos avançar nos caminhos da Justiça, por ela encontraremos a Paz, Caridade
Fraternal e aquele júbilo santo que só podem experimentar os que praticam as virtudes
que nossa Venerável Ordem nos induz.

V∴ M∴ - Ir.·. 2° Vigilante, que nos compete fazer?

2º VIG.·. - Venerável Mestre, compete-nos orar ao Grande Arquiteto do Universo para


que nos encha de virtudes, principalmente Temperança, Continência e Bondade.
102

V∴ M∴ - Eterno e Poderoso Senhor do Universo, Onipotência incriada que tudo


fizestes, Final dos Séculos, instalai em nossas almas a virtude da Bondade. Fazei com
que nós, maçons, nos esmeremos em enxugar o pranto do infeliz oprimido pela miséria,
fazei com que tenhamos sempre em lembrança esse dever e que levemos aos infelizes
nosso
socorro, favor e consolação. Fazei-nos viver em Continência e Temperança, para sermos
dignos de vós.

Todos - Assim seja!

V∴ M∴ - Ir.·. Mestre de Cerimônias, avisai o Ir.·. Porta-Estandarte para que recomece


a marcha e pare no ângulo anterior esquerdo do novo Templo.

(Em marcha chegam até o lugar indicado)

-Ir.·. 1°Vigilante, onde estamos?

1°VIG.·. -Venerável Mestre, estamos no ângulo anterior esquerdo de nosso novo


Templo.

V∴ M∴ - Ir:. 2° Vigilante, que nos compete fazer?

2° VIG.·. - Venerável Mestre, compete-nos invocar o Grande Arquiteto do Universo


para que a Sabedoria e a Força se entrelacem em nosso futuro Templo.

V∴ M∴ - Grande Arquiteto do Universo, Eterno Senhor dos Mundos, fazei com que a
virtude do silêncio seja a nossa primeira virtude; que este novo templo se erga aos
influxos sadios do silêncio, tão necessário à perfeição de nossos trabalhos.

- Senhor, ponde uma guarda de circunspecção em nossos lábios, para que jamais
revelemos nossos segredos, e assim, ó Senhor este Templo será a mística morada da
Sabedoria, da Força e do Amor.

Todos - Assim seja!

V∴ M∴ - Ir.·. Mestre de Cerimônias, avisai ao Ir.·. Porta-Estandarte para retornar ao


seu lugar, pois agora que as bênçãos do Grande Arquiteto do Universo foram invocadas,
faremos o lançamento da pedra fundamental desta Augusta e Respeitável Loja para seu
novo Templo.

(Todos retomam seus primeiros lugares, fechando um retângulo)

- Ir.·. Arquiteto, tomai a pedra fundamental e colocai-a no lugar próprio.

(Depois de feito).

-Meus Irmãos, chegou a hora almejada de manejar a tralha e a argamassa.

(cobrindo com cimento a laje que encerra a pedra Fundamental).


103

- Em nome do Grande Arquiteto do Universo e em virtude dos poderes que nos foram
confiados por esta Loja, declaro assentada a Pedra Fundamental do novo templo da
Augusta e Respeitável Loja...

TODOS - Assim seja!

(O Mestre de Cerimônias faz com que todos os Irmãos e autoridades coloquem um


pouco de argamassa na Pedra Fundamental e terminado isso ...)

V∴ M∴ -Tem a palavra o Ir.·. Orador.

(Após o discurso do Orador, é franqueada a palavra. Terminados os discursos):

-Veneráveis Mestres, Irmãos, Companheiros e Aprendizes. Eis que foi colocada no seio
da terra a Pedra Fundamental do nosso futuro templo. Guardai em vossas almas a
lembrança deste dia memorável.

-Eterno seja o amor à nossa Ordem. Recordemos agora todos os Irmãos esparsos pelo
mundo e honremos em silêncio a memória dos que partiram para a Grande Loja
Celestial.

(Silêncio de um minuto).

-Irmãos visitantes, profanos amigos, partilhastes conosco a glória sem par destas horas
magníficas. Que o Grande Arquiteto do Universo faça emanar de seu excelso Trono
eflúvios capazes de estimular nossas almas na prática de todas as virtudes. Estão
encerrados nossos trabalhos.

Retiremo-nos em paz.

POMPA FÚNEBRE

"Aonde que olhes,


104

Onde quer que andes,


Em qualquer clima que habites,
Há sofrimento, há dor,
Vácuos impreenchíveis,
Feridas abertas e doloridas,
Descobertas e expostas,
Ou cobertas com armadura
De festivos folguedos,
Nenhum homem pode dizer:
"Minha felicidade é indestrutível".
Em toda parte há declínio e morte,
E a renovação da vida. "
KRISHNAMURTI -(Busca-poema)

O Templo, em Câmara Ardente.

Cenotáfio no centro, em cima do qual se colocará uma caveira, tíbias cruzadas, urna
funerária; na parte inferior, uma espada coberta de crepe, perfume e um braseiro para
incenso.

Terá, ainda, uma cesta de folhas e pétalas de rosas, três copos, um com leite, outro com
vinho e o terceiro com água, com o respectivo hissopo. Os trabalhos são abertos em
grau de Aprendiz. Ao entrarem em loja, todos os irmãos conservam-se de pé, sem
entretanto estarem à ordem. As pedras triangulares, onde golpeiam os malhetes, estarão
forradas com feltro para, em sinal de luto, ensurdecer os golpes.
Constituir-se-á uma Guarda de Honra que deverá ser de três irmãos armados de espada
com a ponta apoiada no solo, em sinal de pesar.

Não se formará abóbada de aço. As autoridades maçônicas serão recepcionadas pelos


irmãos das colunas, de pé, com as espadas voltadas para baixo.

V∴ M∴ - Em Loja, meus irmãos.

(Todos ficam à ordem.).

1° VIG.·. -Venerável Mestre, todos os presentes, pelo sinal que fazem são
maçons.

V∴ M∴ - Também os do Oriente.

– Sentai-vos, meus irmãos.

- Irmão 1° Vigilante, a que horas os maçons iniciam seus trabalhos fúnebres?

1° VIG.·. - À meia-noite, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Por que, meu Irmão?


105

1° VIG.·. - Porque é nessa hora que as densas trevas estendem o seu manto de luto sobre
a natureza, e esperam a volta do astro que a vivificará.

V∴ M∴ - Que horas são, Irmão 2° Vigilante?

2° VIG.·. - Meia-noite, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Já que é meia-noite, e sendo a hora em que os maçons abrem seus trabalhos


fúnebres, Irmãos 1° e 2° Vigilantes, anunciai em vossas colunas, como eu anuncio no
Oriente, que vamos proceder à abertura dos trabalhos.

1º VIG.·. - Irmãos que decorais a Coluna do Norte, de ordem do Venerável Mestre


eu vos anuncio que vamos proceder à abertura dos trabalhos.

2º VIG.·. - - Irmãos que abrilhantais a Coluna do Sul, eu vos anuncio de ordem do


Venerável Mestre que vamos proceder à abertura dos trabalhos.

- Está anunciado em minha Coluna, Irmão 1º Vigilante.

1º VIG.·. - Está anunciado em ambas as Colunas, Venerável Mestre.

(O Venerável bate , repetido pelos Vigilantes, e todos ficam de pé e à


ordem.)

V∴ M∴ - Em nome do Grande Arquiteto do Universo e em honra a São João


nosso Padroeiro, sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil e em virtude dos poderes
de que me acho investido, declaro abertos os trabalhos da Augusta e Respeitável Loja
……….... em Sessão Fúnebre.

(O 1º Vigilante levanta a Coluna do seu Altar e o 2º Vigilante abaixa a do seu.)

V∴ M∴ - A mim, meus irmãos, somente pelo Sinal, porque a solenidade deste


dia, e diante destes símbolos de luto, nos proíbe, a bateria e a aclamação.

(Depois de executado, todos sentam-se. Deste momento em diante cessam todos os


sinais maçônicos, do que se avisará os irmãos.
Procede-se à entrada dos visitantes, delegações, profanos, e por último o Grão Mestre,
ou seu representante.)

V∴ M∴ - Meus Irmãos, segundo nossos costumes, vamos formar a Cadeia de União.


(A cadeia de união é formada pelos Irmãos das Colunas que se reúnem em volta do
catafalco, dando-se as mãos; o Venerável no Oriente e ao Ocidente o Mestre de
Cerimônias ladeado pelos Vigilantes. O Venerável transmite a palavra pelo Norte e pelo
Sul ).
106

2º VIG.·. - Venerável Mestre, a cadeia está cortada e faltando um dos principais elos,
pelo que foi a palavra perdida.
(Todos retornam aos seus lugares.)

V∴ M∴ - Irmão Secretário, qual foi o Irmão que não respondeu ao nosso chamado?
SECR.·. - Venerável Mestre, foi o nosso querido Irmão ………………..., que já deixou
a morada dos vivos.

V∴ M∴ - (Com tristeza) - Meus Irmãos, que infelicidade! Nosso Irmão já não existe.
Pranteemo-lo!
- Irmãos 1º e 2º Vigilantes, anunciai em vossas Colunas esta dolorosa notícia.

1º VIG.·. -Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, de ordem do Venerável Mestre eu


vos anuncio que o nosso querido Irmão …………….... já não existe e vos convido a
prantear tão dolorosa notícia.

2º VIG.·. - Irmãos que decorais a Coluna do Sul, de ordem do Venerável Mestre eu vos
anuncio que o nosso querido Irmão ………………..... já não existe e vos convido a
prantear tão dolorosa notícia. Está anunciado na minha Coluna, Irmão 1º Vigilante.

1ºVIG.·. - Está anunciado em ambas as Coluna,s, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Irmão Orador, tendes a palavra.


(O Orador faz o necrológio do falecido. Terminado, a orquestra executará a Marcha
Fúnebre, que é ouvida de pé por todos os presentes, findo o que, sentam-se.)

V∴ M∴ - Irmão 1º Vigilante, podereis dizer-nos onde se encontra neste momento o


nosso falecido Irmão?

1º VIG.·. - Viajando nas trevas, Venerável Mestre.

VEN.·. - Poderíamos tirá-lo de lá, meu Irmão?

1º VIG.·. - Não, Venerável Mestre, porque as trevas que conhecia ele já não as
reconhece, e neste momento elas nos são desconhecidas.

V∴ M∴ - Quem lhe poderá restituir a luz?

1º VIG.·. - O Grande Arquiteto do Universo, a quem sua alma toma, porque é ela que o
conduzirá ao imutável Templo da Verdade.

V∴ M∴ - Irmão 2º Vigilante, perdemos para sempre o nosso Respeitável Irmão?

2º VIG.·. - Suas formas materiais e visíveis desapareceram, porém seu nome, sua
memória e suas obras permanecerão para sempre em nossos corações.

V∴ M∴ - Que devemos à alma do nosso Irmão?


107

2º VIG.·. - A expressão dos nossos sentimentos, nossas orações ao Grande Arquiteto do


Universo e o perfume das primeiras flores, símbolo de regeneração.

V∴ M∴ - E o que mais, meu Irmão?

2º VIG.·. - Devemos também a aspersão do vinho, da água e do leite, símbolos da força,


pureza e candura, em memória da inteligência a que serviram.

V∴ M∴ - Irmão 1° Vigilante, que faremos para render as nossas homenagens a essa


inteligência?

1º VIG.·. - Queimar, com sentimento religioso, um incenso de uma piedosa e leal


fraternidade.

V∴ M∴ - De pé, meus Irmãos. À Glória do Grande Arquiteto do Universo,


potência infinita, fogo sagrado que a tudo fecunda. Ser misericordioso que pode ser
concebido mas não definido, princípio imutável de todas as transformações, em que
tudo vive e respira e para quem a luz e as trevas não têm diferença. Ó Grande Arquiteto
do Universo, que nos vedes em nossos nascimentos como em nossas mortes e que
conheceis os segredos do além-túmulo, permite que o nosso Irmão
……………………..... possa sempre estar conosco, como em nosso convívio passou.
Que a sua morte seja um ensinamento ao nosso preparo, para podermos alcançar em
vosso seio paternal a verdadeira imortalidade.

(O Venerável desce e recebe do Mestre de Cerimônias um castiçal. Os Irmãos


Vigilantes juntos. O Venerável levanta o castiçal e diz :)

- Irmão ………………….. teus Irmãos choram e te chamam.


Responde-nos!

(Repetir três vezes a invocação.)

- Meus Irmãos, o nosso Irmão …………………….. já não atende ao nosso chamado.


Como esta chama, estava cheio de vida! Como ela, nos iluminava, mostrando-nos que
procurava a luz! Porém, bastou um sopro (apaga a vela) para que se extinguisse e
fundisse nas trevas da morte. Chamamo-lo em vão neste recinto. Já não ouviremos sua
suave e sonora voz. Portanto, prestemos-lhe nossos últimos deveres, e que do seio da
eternidade, onde viaja, seja sensível aos nossos dolorosos e fraternais sentimentos, neste
momento em que cresce em nossos corações a recordação de um amigo, fazendo-nos
compreender a crueldade de uma tal separação.

(Entrega o castiçal ao Mestre de Cerimônias, que o coloca no seu devido lugar.)

(A orquestra executa música sacra em surdina.)

(O Venerável, acompanhado dos Vigilantes e do Mestre de Cerimônias, que conduz a


cesta de flores, faz a primeira viagem girando em tomo do cenotáfio. Ao terminar, o
Venerável atira três punhados de flores e folhas.)
108

V∴ M∴ - Meus Irmãos, à vista das cores sombrias que cobrem as nossas paredes e
envolvem os nossos atributos; à vista da dor que nos acabrunha e dos lúgubres e
silenciosos troféus da morte, lembremos, meus Irmãos, que do seio da corrupção
nascem os perfumes e encantos da vida. A morte nada mais é do que a iniciação à vida
eterna. Quem viveu honestamente nada tem a temer.

(Os Vigilantes vão buscar o rolo místico e o colocam diante do Venerável, o Mestre de
Cerimônias traz o vaso com vinho .)

(Fazem a segunda viagem e ao terminarem o Venerável asperge três vezes o rolo


místico e diz:)

-Que a força do reino vegetal que te alimentava, seja devolvida com teu corpo às fontes
da vida material para servir aos sábios desígnios do Grande Arquiteto do Universo.

(O Mestre de Cerimônias substitui o vaso de vinho pelo de leite. Fazem a terceira


viagem. Ao terminarem, o Venerável asperge três vezes o rolo místico e diz:)

- Tens sido mais feliz do que nós, porque te livrastes dos laços das simulações, lisonjas,
hipocrisias e mentiras. Que a verdade derrame sobre ti seus mais vivos resplendores e te
console dos mais tristes erros da humanidade.

(O Mestre de Cerimônias substitui o vaso de leite pelo de água. Fazem a quarta viagem.
O Venerável asperge três vezes o rolo místico e diz:)

- Sê purificado pela morte; que a lembrança de tuas fraquezas se afoguem nas águas da
caridade para que, ao levantarmos os nossos pensamentos à eterna morada de tua alma,
sejam eles centralizados em tuas virtudes.

(O Mestre de Cerimônias, com os Vigilantes, coloca o rolo místico ao lado do Sul do


cenotáfio, onde será aspergido no braseiro e diz, enquanto sobem fumaças:)

- Oremos, meus Irmãos, para que a alma do nosso Irmão suba à Pátria Celestial, do
mesmo modo com que os perfumes do incenso se dirigem para o céu. Oremos, para que
o Grande Arquiteto do Universo o receba com bondade e conceda à sua alma os últimos
tributos maçônicos.

(Pausa.)

- Irmão Orador, reuni a vós os Irmãos Secretário, seu Adjunto, Diáconos, Porta Espada
e vinde fazer a viagem misteriosa com aspersão do vinho, rendendo, assim, as
homenagens simbólicas à memória do nosso Irmão.

(As viagens que vão ser iniciadas serão sempre precedidas do Porta Estandarte. O
Orador faz a primeira viagem; o 1º Vigilante, a segunda; 2º Vigilante, a terceira viagem.
O Mestre de Cerimônias, com os parentes e amigos do morto, fará a quarta viagem. O
Mestre de Cerimônias substituirá os vasos respectivos. Nas viagens, todos farão a
aspersão.)
109

V∴ M∴ - Irmão 1º Vigilante, convidai sete Irmãos de vossa Coluna e vinde fazer a


segunda viagem misteriosa com aspersão do leite, rendendo, assim as homenagens
simbólicas à memória de nosso Irmão.

(Terminada a viagem:)

V∴ M∴ - Irmão 2º Vigilante, convidai sete Irmãos de vossa Coluna e vinde fazer a


terceira viagem misteriosa com aspersão da água, rendendo assim as homenagens
simbólicas à memória de nosso Irmão.

(Terminada a viagem:)

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, convidai os parentes e amigos do nosso


pranteado Irmão para render-lhe, na quarta viagem, os nossos tributos com a deposição
de flores.

(Terminada a última viagem e retomados os lugares, o Mestre de Cerimônias, com os


Vigilantes, traz o rolo místico e o entrega ao Venerável.)

V∴ M∴ - (Com o rolo místico na mão) -Possa eu ter a morte de um justo!


Que meus últimos momentos sej am serenos como o foram os do Irmão que choramos. -
(Colocando o rolo místico na urna funerária:)
-Ó Grande Arquiteto do Universo, em vossas mãos depositamos a alma do nosso
querido Irmão. (O Venerável, o Mestre de Cerimônias e Vigilantes retomam seus
lugares. Todos continuam de pé.)

V∴ M∴ - (No Trono) -Ó Grande Arquiteto do Universo, Pai Poderosíssimo,


misericordioso e bom. Vós, que em Vossa sabedoria, para consolar a virtude que sofre,
libertar o oprimido e aterrorizar o criminoso, estabelecestes o término da vida terrena.
Vós, que tudo consubstanciastes para que nada perecesse. Nosso corpo se transforma e
nossa alma escapa ao aniquilamento. Graças Vos sejam dadas. Ó Pai dos homens, que
idéias tão consoladoras nos inspirais, as quais acalmam a dor que este lúgubre aparato
revela ao nosso espírito. Que a terra e os elementos utilizem conforme vossos desígnios,
os restos transformáveis de nosso Irmão ………………....
Porém nós vos rogamos, ó Pai amantíssimo, que a sua alma imortal goze em Vosso seio
a Paz e a Alegria eterna pelo muito que fez nos trabalhos e investigações da Verdade.

V∴ M∴

1° VIG.·.

2° VIG.·.

V∴ M∴ - Seja feita a Vossa vontade, ó Grande Arquiteto do Universo.


TODOS - Assim seja!
(O Orador faz o necrológio do falecido. Terminado, a orquestra executará a Marcha
Fúnebre, que é ouvida de pé por todos os presentes, findo o que, sentam-se.)
110

V∴ M∴ - Meus irmãos, cumprimos com o nosso doloroso dever, celebrando as honras


fúnebres em memória do nosso saudoso Irmão ………....
Devemos, ainda, antes do nos separar, formar a Cadeia de União e fazer circular a
Palavra de Paz e União.
(Formada a cadeia idêntica à primeira em redor do cenotáfio, o Venerável faz circular a
palavra por ambos os lados, que será transmitida ao Venerável pelo Mestre de
Cerimônias.)

V∴ M∴ - Em presença dos piedosos emblemas de nossa dor e sentimento, sob esta


fúnebre abóbada, testemunha muda das nossas homenagens religiosas e à frente deste
símbolo do nada do nosso ser e da imensidão do Eterno, façamos desaparecer todos os
nossos pensamentos egoístas e rancorosos. Assim, meus Irmãos, eu vos convido a
prestar comigo o juramento de esquecer as injúrias e ofensas que cada um de nós possa
ter recebido; que a paz e a harmonia reinem entre nós, evitando as tolas questiúnculas;
que os nossos pensamentos sejam unicamente em prol da Maçonaria, sem nos esquecer
de seus preceitos morais.
- Não faças a outrem o que não queres que te façam.
-Procede para com os demais como desejas que eles procedam para contigo.
- Juremos, meus Irmãos, a mais severa observância às leis da fraternidade.
TODOS - Eu o juro.
(Voltam aos seus lugares.)

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, queira cobrir o Templo aos profanos.


(Executa-se)

V∴ M∴ - Irmão 1º Vigilante, a que horas devemos encerrar os nossos trabalhos


fúnebres?

1º VIG.·. - Ao amanhecer, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Por que, meu Irmão?

1º VIG.·. - Porque a entrada do Sol no Templo da Natureza é para nós como a entrada
da alma de nosso Irmão na Grande Loja Celestial, onde eternamente brilha uma luz sem
sombra.

V∴ M∴ - Esta sombra simbólica tem alguma significação?

1º VIG.·. - Sim, Venerável Mestre. Assim como o Sol nascente dissipa as trevas da
noite, do mesmo modo a convicção que temos de que nosso Irmão esteja com os eleitos,
ameniza a nossa dor.

V∴ M∴ - Que horas são, 2º Vigilante?

2º VIG.·. - É a hora em que o Sol se mostra e derrama alegria sobre os seres vivos.

V∴ M∴
111

1º VIG.·.

2º VIG.·.

V∴ M∴ - Irmão 1º Vigilante, sendo esta a hora do encerramento das honras fúnebres,


tendes a minha permissão para fechar a Loja.

V∴ M∴ - Em nome do Grande Arquiteto do Universo, em honra a São João, nosso


Padroeiro, está fechada esta Loja de trabalhos fúnebres,

V∴ M∴ - Meus Irmãos, os trabalhos estão encerrados e a nossa Loja fechada.


Retiremo-nos em paz.

(A retirada se processará com as formalidades do ritual.)

RECONHECIMENTO CONJUGAL

PRELIMINARES
112

A cerimônia de Reconhecimento Conjugal, como o próprio nome indica, tem em vista


referendar, em Loja, o casamento já realizado perante as autoridades civis competentes,
de acordo com as leis do país. É realizada por solicitação, 'tio Irmão interessado.

Após a cerimônia, será entregue aos cônjuges um Diploma de Reconhecimento


Conjugal, assinado pelas Luzes.

Os irmãos que atuarem como Dignidades e Oficiais usarão traje preto e na lapela do
paletó uma flor branca.

O Irmão Secretário levará em livro especial a ata já preparada, de forma concisa, a fim
de que no momento oportuno seja assinada pelos cônjuges, pelas Dignidades e Oficiais,
bem como por todos os Maçons e profanos que o desejarem.

DECORAÇÃO DO TEMPLO

No Oriente, defronte do Trono do Venerável Mestre, haverá um altar triangular, o Altar


da Consagração, sobre o qual estará a Bíblia fechada e sobre esta o Esquadro e o
Compasso, sem disposição ritualística; ao Ocidente deste Altar, uma mesinha coberta
com toalha branca, contendo: braseiro, incenso, bandeja com as alianças, cesta de flores
e o diploma. Nos altares, vasos com flores.

ORDEM DOS TRABALHOS

Os trabalhos abrem-se no grau de Aprendiz, na forma do costume.

Depois de terem ingresso os irmãos visitantes, o Venerável nomeará uma comissão,


chefiada pelo Mestre de Cerimônias, para receber as senhoras, que tomarão assento nas
duas colunas, em lugar especial.

Por ocasião deve tocar música adequada.

Suprimem-se, então, os sinais e baterias do ritual.

RITUAL

V∴ M∴ - A Augusta e Respeitável Loja ……………..... federada ao Grande


Oriente do Brasil tem a honra de, por seu intermédio, dar a todos os presentes sua
saudação de Paz, Concórdia e Boa Vontade. (Pausa.) -Irmão Mestre de Cerimônias,
tende a bondade de explicar o objetivo de nossa reunião, tendo as Disposições Gerais
que nos regem nestes atos.

M.·.CCER.·. - Esta cerimônia só se efetua por solicitação de um Mestre-Maçom, com o


objetivo de nos apresentar sua legítima esposa. Não pode, nem deve, por conseguinte,
ser confundida com o matrimônio, propriamente dito, que todo Maçom contrai de
acordo com as nossas leis civis, nem se trata de substituir o matrimônio; pelo contrário,
nós nos limitamos ao reconhecimento deste matrimônio, e a Loja que o outorga, deve
113

estar satisfeita, por documentos autênticos e informações testemunhais indubitáveis, de


que o Maçom, de que se trata., cumpriu todos os requisitos e formalidades que as leis do
país estabeleçam para a validez do matrimônio. Só reconhecemos, pois, matrimônios
legítimos e ao mesmo tempo compartilhamos com nossos irmãos de sua justa e louvável
satisfação em momento tão solene e decisivo para a vida dos homens, fazendo do
reconhecimento dos cônjuges nossos elevados ensinamentos morais que são a base da
Maçonaria Universal.

V∴ M∴ - Irmão 1° Vigilante, tende a bondade de dizer-nos porque suspendemos hoje


a austeridade de nossos trabalhos habituais e porque o severo e árduo golpear de nossos
instrumentos foi substituído pela doce harmonia musical e porque o recolhimento e o
sossego de nossas reuniões cedeu lugar a esta festa de alta significação social?

1° VIG.·. - Porque onde quer que haja um Maçom, ali se levanta um Templo em que se
ensina e se pratica o Bem, tão útil é o golpear de nossos malhetes sobre a pedra que
burilamos com as notas harmoniosas que elevam o espírito e moderam os sentimentos
nos altos ideais da vida e do amor, e porque nossos estudos e meditações fizeram
alcançar a nossos Obreiros o sonhado horizonte de suas puras aspirações românticas,
dando um passo mais no caminho de seu aperfeiçoamento e de sua felicidade.

V∴ M∴ - Dizei-me, Irmão 2° Vigilante, algum obreiro que têm trabalhado debaixo de


vossa direção praticou, nesta época, alguma obra meritória que mereça o nosso
regozijo?

2° VIG.·. - Sim, Venerável Mestre, o nosso prezado Irmão …………………. associou


sua obra à senhora ……………………... compreendendo que a mulher, tão venerada, e
respeitada por nós, representa a metade do ser social. Em união com a sua boa
companheira, nosso querido Irmão propõe desenvolver suas faculdades morais e
intelectuais, para desempenhar melhor, no seio da família e da sociedade, todas as
funções que lhe são próprias e que lhe foram outorgadas pela Natureza. Assim, nosso
querido Irmão ……………..... compenetrado de sua missão, associa à sua obra a sua
companheira que há de compartilhar com ele tão magnífico como edificante trabalho.

V∴ M∴ - Irmão Secretário, foi legalizada essa união? Podeis dar fé?

SECR.·. - Sim, Venerável Mestre, é verdade, sem dúvida alguma, que o querido Irmão
... contraiu matrimônio com a senhora ……….., ajustando-se em tudo com a lei civil.

V∴ M∴ - Em virtude disto, que nos corresponde fazer, Irmão Orador?

ORAD.·. - Em virtude do testemunho do nosso Irmão Secretário, devemos reconhecer


que o nosso Irmão ……………………. e sua esposa, a senhora ……………....., estão
unidos em legítimo matrimônio de acordo com as leis do país.

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, ide em busca de nosso Irmão e de sua digna


esposa e perguntai-lhes se, em nossa presença, ratificam a decisão de unirem-se em
matrimônio, e que a Respeitável Loja ………………... dará testemunho de suas
afirmações e os reconhecerá no estado que voluntariamente aceitaram.
114

M.·.CCER.·. - Cumprirei vossas ordens, Venerável Mestre.

(Sai o Mestre de Cerimônias acompanhado dos irmãos 1° e 2° Expertos e tendo


cumprido a missão, volta e diz:)

M.·. CCER -Venerável Mestre, o nosso Irmão ……………….... e sua digna esposa, a
senhora ………………....., estão dispostos a ratificar ante essa Respeitável Loja seu
desejo de se unirem voluntariamente como esposos.

V∴ M∴ - Franqueai-lhes ingresso e acompanhai-os ao Oriente.

(À entrada dos esposos e respectivos padrinhos, todos se põem de pé a um golpe de


malhete do Venerável. A orquestra tocará marcha nupcial. Ao chegarem ao Oriente o
Venerável, descendo do Trono, oferece à desposada um ramalhete de flores naturais. O
Venerável volta ao Trono e, depois de ordenar que cesse a música, ainda de pé, diz:)

- Irmão ………………. e vós, sua digna esposa, a Respeitável Loja


…………………….. satisfeita de vos haverdes unido em matrimônio, está disposta a
reconhecer-vos como legítimos esposos se, aqui, diante de nós e de vossa consciência,
ratificais a promessa que haveis feito perante a autoridade legal, conforme a lei civil.
Ratificais?

ESPOSOS - Sim, Venerável Mestre.

V∴ M∴ - Ocupai vossos lugares.

V∴ M∴ - O matrimônio é conseqüência de uma reciprocidade de amor e de respeito, e


é tendo em vista esses sentimentos que ele se realiza.

- Haveis celebrado um ato auspicioso para nós, para vossas famílias e para vossos
concidadãos; formai conosco e com os filhos que a natureza vos der, parte integrante de
nossa grande família universal e haveis alcançado, com ele, afetos e vontades que vos
acompanharão ao lar que ides formar.

- A união conjugal eleva os esposos e os estimula à pratica das virtudes. O pai de


família, compenetrado de seus sãos deveres, aborrece os vícios e fraquezas, domina suas
paixões para não corar ante seus filhos e para não lhes deixar o opróbrio por herança, e
quando esse pai é Maçom, sabe que os filhos são depósito sagrado de fecundo amor
que, como os ramos, se unem ao tronco de onde lhes vêm a seiva da educação e o apoio
pelo exemplo da virtude.

- Confiamos em que desejais, sinceramente, a paz em vosso futuro lar, e para isso
bastará que vos ameis, estimeis e respeiteis reciprocamente, pois assim chegareis a
compreender que, para os que sabem amar-se, nada há mais formoso como a vida, em
que dois seres se amalgamam na doce fusão de uma só vontade.

(Pausa.)
115

- Irmão 1º Vigilante, tendes que fazer alguma exortação ao nosso Irmão


………………………...?

1º VIG.·. - Sim, Venerável Mestre.

(Pausa.)

- Irmão …………………..., não deveis esquecer, jamais, que a mulher é vossa igual,
que deveis tratá-la sempre com respeito, com moderação e com carinho. Deveis
entender a debilidade feminina com ternura, consagração e sacrifício espontâneo. Ela
será sua colaboradora mais dedicada, vossa fonte sentimental de apoio nas vicissitudes
da vida, fada generosa de todas as grandezas espirituais; a ela deveis recorrer em vossas
atribulações e em vossas alegrias.

- Quem melhor que ela saberá alimentar uma bela esperança e curar, com um beijo, as
mais fundas feridas da alma? Por isso deveis colocá-la na mesma altura, erguendo-a até
a sublimidade de nossos sentimentos maçônicos, fazer vossa felicidade e contribuir para
a felicidade Universal; mas ao mesmo tempo, deveis ascender até a cúspide radiosa de
sua espiritualidade, porque a mulher, essência pura dos mais nobres sentimentos, busca,
incessantemente, as emanações da alma, e não as encontrando no companheiro que o
destino lhe fez deparar, sofre a nostalgia no reino do espírito frente às flores murchas de
seus sonhos, vertendo as lágrimas da decepção.

- A Maçonaria, que é a única instituição que vive para a moralidade, nos recorda e
ensina sempre nossos mais altos deveres, e assim espera conseguir a indissolubilidade
na união de duas existências, feita à base do amor, e não de férreas tiranias legais.
Procura, para isso, forjar verdadeiras ligas de afeto, de cultura e de compreensão
intelectual e sentimental, pois é assim que se formam os laços atrativos e duráveis. A
Maçonaria aperfeiçoa de modo absoluto o matrimônio consagrado pela lei, porque o
eleva com seus ensinamentos. Nosso Código de Moral Maçônica, ao regular os deveres
que temos para com nossos semelhantes e para conosco, regula igualmente os que
temos para com a mulher e os que impõe à dupla personalidade de esposo e pai.
Lembrai-vos, Irmão ………...., em vossa horas de triunfo ou fracasso, de tranqüilidade
ou de exaltação, de prosperidade ou pobreza, que tendes uma esposa a quem deveis
atenções e respeito, e que só de vós ela espera o apoio necessário. A doçura, a justiça, os
bons sentimentos e a candura que deve prevalecer no trato com vossa esposa, visto que
os homens de nossa família praticam, como bem o sabeis, a Virtude, alimentam o Bem
e ensinam a Moral.

- Ainda deveis ter presente, por certo, o momento mais doce do vosso noivado, com a
que hoje é vossa esposa; pois bem, esse momento não esqueçais nunca, e em todos os
atos de vossa vida considerai a vossa esposa como se fosse sempre vossa noiva muito
amada, que na doce floração de um beijo, deixa em vossos lábios como a gota de um
rocio consolador, imprime a esplêndida luz de sua virtude radiante, canta a nota do hino
da vida, desabrocha a flor primaveril de seus sonhos e serve, ao vosso espírito, o néctar
mirífico do seu amor.

(Pausa.)

V∴ M∴ - E vós, Irmão 2° Vigilante, tendes que dizer alguma ciosa à esposa


116

de nosso Irmão …………………...?

2º VIG.·. - Sim, Venerável Mestre.

(Pausa.)

- Senhora, vossa missão no Lar é de paz, de doçura e de abnegação, a vós compete a


parte sentimental de união que acabais de realizar; mas não é só esta a vossa missão,
pois que de hoje em diante sois o ponto principal de apoio nos êxitos de vosso esposo.
Não esqueçais, jamais, portanto, que quando este não encontre no lar a franca
colaboração, quando nele e em sua obra não está identificada a mulher, ele perde todo o
seu esforço e todas as suas nobres ambições se embotam pelo desconsolo e no silêncio
triste dos que se sentem isolados na luta pela vida.
- Para conseguir isto, deveis desenvolver o máximo esforço para vos pordes no nível
natural de vosso esposo; estudai sempre a vida em todas as suas manifestações, pois
desse modo sabereis levar, no momento oportuno, a luz de vossos conhecimentos ao
cérebro nublado de vosso companheiro, e assim como ides até ele, fazei com que ele
venha até vós, à vossa espiritualidade que galhardamente coroa todo o cérebro de
mulher. Uns conselhos sãos, uma bela administração das faculdades do homem, um lar
limpo, cheio de sol e de alegria, um sorriso oportuno, uma carícia a tempo, um doce
consolo nos embates da luta e uma fidelidade a toda prova, eis os deveres fundamentais
que acabais de contrair em vosso matrimônio.

- Confiai sempre em vosso esposo e assim o fareis confiar em vós e nele mesmo; não
deis pasto a línguas mal intencionadas que provocam ciúmes, matam todo o amor e todo
respeito, crede sempre mais no que diga vosso esposo do que disserem os outros e assim
consolidareis vossa felicidade.

V∴ M∴ - E vós, Irmão Orador, tendes alguma coisa a dizer à esposa de nosso


Irmão ……………..?

ORAD.·. - Sim, Venerável Mestre.

(Pausa.)

-Se alguma vez, (que o destino vos livre desse desgraçado dia) se levantar entre vós uma
dessas nuvens que fazem escurecer o horizonte conjugal, e que geralmente se forma por
uma suscetibilidade, por amor próprio mal entendido ou por um orgulho extremado,
longe de recorrer, para dissipar essa nuvem, aos conselhos indiscretos ou apaixonados
de vossos parentes ou de falsos amigos, ou de frívolos tribunais, vinde a nós, que aqui
somos vossos irmãos, vossos melhores parentes, vossos mais leais amigos e vossos mais
discretos confidentes; temos a obrigação iniludível de guardar vossos segredos, de falar
imparcialmente e de aconselhar com maior conhecimento de causa e com maior dose de
sensatez e boa fé; entre nós reina uma disciplina estrita e uma retidão insuspeitável e,
portanto, estamos capacitados para julgar todos os casos lamentáveis que se apresentam
em vossa vida conjugal.

V∴ M∴ - E vós, irmão Tesoureiro, tendes alguma coisa a dizer à esposa de nosso


irmão …………………....?
117

TES.·. - Sim, Venerável Mestre.

(Pausa.)

- Onde quer que haja um maçom, senhora, e os há em toda a parte do mundo, esse
Maçam combaterá a peito descoberto por vossa honra, por vossa tranqüilidade e por
vossa felicidade. Em cada um de nós tereis um apoio e um amigo e, se vos encontrais
desamparada, acorrei a nós, que remediaremos vossos males, nos encarregaremos de
vossos filhos e satisfaremos vossas mais prementes necessidades.
Haveis-vos casado com um Maçom, com um Irmão nosso e tendes direito à nossa ajuda
e à nossa proteção decidida.
V∴ M∴ - Irmão Chanceler, dizei mais alguma coisa à esposa de nosso Irmão
……………………....

CHANC.·. - Alguém disse que o homem é parte de um todo, que isolá-lo é mutilá-lo e
que uni-lo .devidamente é completá-lo. Outro tanto pode dizer-se da mulher. Para que a
união conjugal possa produzir tudo o que a sociedade tem direito a esperar dela, é
necessário que a mulher se ilustre e que possua uma educação suficiente para que
compreenda a seu marido, e que tenha desejo de progresso, tudo dentro dos sublimes
ensinamentos que a Maçonaria prodigaliza; sede, pois, uma verdadeira e completa
esposa de Maçom, para que toda a vossa vida esteja iluminada pela luz da Razão, que
como a flama sempre acesa, faz distinguir a verdade do erro e dissipa as preocupações e
os temores. Fugi da mera moral convencional, mas governai-vos pelas noções eternas da
Moral absoluta, noções claras e compreensíveis ao cérebro e satisfatórias para o vosso
coração; moral que, por estar baseada na natureza, não pode ser senão absoluta.

V∴ M∴ - Senhora, sede bem-vinda ao nosso meio; aproveitai nossas prédicas e


contribuí com vosso trabalho para o engrandecimento da obra que realizamos como
Obreiros do Bem.

- Cuidai de vossa felicidade, desta felicidade que só uma vez passa por nossa vida ao
alcance de nossas mãos, e que deixamos escapar por condenável inconsciência ou
execrável egolatria. Ide ao encontro dessa felicidade que agora bateu à vossa porta,
levando em sua áurea cornucópia os sutis enfeites de um vestido de noiva, guardai entre
as filigranas desse véu a recordação de que fostes noiva amada e segui amando, segui
sentindo, segui esperando, segui sonhando como noiva. Como recordação desse amor,
dessa sensação, dessa esperança e desse sonho, sede sempre a noiva muito amada e que
muito ama e que vai ao encontro da felicidade. (Pausa.) Já sabeis, Irmão ……….. e vós,
sua digna esposa, qual é o ato que estamos celebrando e as idéias que temos sobre ele e
sobre vossos futuros deveres.

-Estais dispostos a declarar diante de nós o desejo de ratificar vossa união?

ESPOSO - Sim, Venerável Mestre, é para mim uma grande honra haverdes permitido
que apresentasse à Respeitável Loja ……………………... a minha esposa legítima,
senhora …………………., com quem me uni em matrimônio, e somente me resta
suplicar-vos que sejamos reconhecidos no estado que voluntariamente procuramos.

V∴ M∴ - Estais de acordo com os desejos que vosso esposo nos expressou?


118

ESPOSA

(Se a resposta da esposa for afirmativa, o Venerável, com um golpe de malhete, põe os
presentes de pé e, descendo do Trono, coloca-se defronte ao Altar, voltado para o
Oriente, e continua solenemente:)

V∴ M∴ - Felicito-vos por vossa decisão e agora só me resta, diante desta Respeitável


Loja ……………………...., federada ao Grande Oriente do Brasil de
………………………..., e em presença da Grande Família Maçônica Universal que
representam os Irmãos aqui reunidos, que digais a palavra mais harmoniosa de vossa
linguagem, e que em vossos lábios pôs a Natureza.

(Pausa.)

- Dizei-me Irmão ……………………...., amais a vossa esposa.?

ESPOSO

V∴ M∴ - Dizei-me, senhora ………………..., amais o vosso esposo e nosso Irmão


………………...?

(Se as respostas forem afirmativas, o Venerável vira-se para o Ocidente e , dirigindo-se


para os presentes, diz:)

- Que todos aqui presentes dêem fé destas palavras, e vós (dirigindo-se aos esposos),
regozijai-vos se haveis falado a verdade, mas tremei se haveis guardado pensamentos
contrários aos que dissestes; que vossas consciências sejam juízes e testemunhas de
vossas palavras, as quais ides assinar perante nós, e com ato que sublima os espíritos até
o supremo ideal, com um beijo que será o selo que o amor põe em vossa união.

- Beijai-vos, dignos esposos, e que esse beijo seja inolvidável durante vossa vida,
porque ele vos trará as recordações de vossas promessas, de vossos deveres e desta
Respeitável instituição debaixo de cujos auspícios vos acolhestes. Irmão ……………...,
beijai vossa esposa, e vós, senhora ……………...., recebei o beijo de vosso esposo.
(Cumprida a ordem, pelos esposos, o Venerável toma as alianças e diz:)

-Trocai entre vós os anéis que simbolizam a vossa união, que ela seja mais firme que o
metal de que eles foram feitos.

(Executada a ordem o Venerável tomará o Compasso e, entregando-o ao esposo, dirá:)

- Tomai um momento em vossas mãos, Irmão ………………... este Compasso, e que


ele vos recorde que, assim como ele assinala espaços com toda a exatidão, assim vós
deveis assinalar todos os atos de vossa vida com a Razão, a Justiça e a Verdade.

(Entregando o Esquadro à esposa, dirá:)


119

- E vós, Senhora, tomai este Esquadro e tende sempre presente que, assim como ele tem
a inalterável severidade de sua retidão, assim vós deveis sujeitar todas as vossas ações à
Fidelidade, ao Amor e à Virtude.

(O Venerável recolhe dos esposos o Esquadro e o Compasso e os coloca sobre o Altar,


depois do que dirá:)

- Senhora, recebo-vos entre flores,música e perfumes, para expressar nosso regozijo por
ver-vos entre nós, e disposta a compartilhar com um de nossos obreiros, o Irmão
………………....., a tarefa incessante que deve conduzir a humanidade para o
aperfeiçoamento espiritual; as flores, os perfumes, a música vos são oferecidos como
homenagem à vossa candura, à vossa dignidade e à vossa virtude. O incenso que se
eleva às alturas é o símbolo dos sinceros votos que elevamos ao Grande Arquiteto do
Universo para que vos conceda a felicidade que mereceis e que desejais para o nosso
querido Irmão, que o destino quis oferecer-vos como vosso apoio e vosso guia, na
estrada da vida.

- Ao percorrerdes o espaço que vos trouxe a este Altar pelo braço de vosso esposo e
nosso Irmão, tomastes posse completa do que é vosso; este Templo é dos irmãos de
vosso esposo e à porta dele podeis bater, nas boas e más circunstâncias da vida, certa de
que sempre encontrareis nele carinhosa acolhida, apoio desinteressado, auxílio oportuno
e eficaz conselho, assim como a amável recordação deste dia em que haveis sido o mais
belo e apreciado ornamento.

TODOS - Assim seja!

(O Venerável volta ao Trono e, dando um golpe de malhete, diz:)

V∴ M∴ - Tende a bondade de vos sentar.

(Pausa.)

-Irmão Secretário, tende a bondade de fazer a leitura da ata que haveis escrito, dando fé
desta cerimônia.

(O Secretário procede à leitura da ata, que em seguida deverá ser assinada pelos
esposos, pelo Venerável e Orador, e demais Irmãos e profanos que o queiram fazer.)

V∴ M∴ - - De pé. Em nome da Augusta e Respeitável Loja ……………....


federada ao Grande Oriente do Brasil de ………………...., declaro, solenemente, que
reconhecemos e aceitamos como matrimônio legítimo, o contraído por nosso Irmão
……………………….. com a Senhora ………………....

- Celebremos este acontecimento com uma forte salva de palmas.


(Terminando os aplausos, todos se sentam.)

V∴ M∴ - Irmão Orador, concedo-vos a palavra para que dirijais aos esposos


uma curta alocução e as nossas felicitações.
120

(O Orador faz uso da palavra e, após os aplausos, sem forma ritualística, o Venerável
desce do Trono e dirigindo-se aos esposos, diz:)

- A cerimônia terminou, mas antes de nos retirarmos, permita-me, Irmão ……………...,


que vos dê em vossa fronte o ósculo da paz (beija-o na fronte).

- E ao felicitar vossa esposa pela resolução de ajudar-vos a trabalhar na Obra de nosso


melhoramento coletivo, permita-me a merecida homenagem à sua dignidade

(inclinado-se, beija a mão direita da desposada).

- siga em paz, e não vos esqueçais que a Maçonaria deseja que a boa sorte vos
acompanhe!

TODOS - Assim seja!

(O Venerável volta ao Trono)

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias e Irmãos 1° e 2° Expertos, com as mesmas


formalidades de início, acompanhai na sua retirada do templo, os esposos e os
respectivos padrinhos e, pela ordem inversa de entrada, a todos os presentes,
permanecendo apenas os irmãos do Quadro.

(Cumprida a ordem, e somente com a presença em Loja dos irmãos do Quadro, os


trabalhos são encerrados ritualisticamente.)

REGULARIZAÇÃO DE LOJA

“A Maçonaria é um sistema sacramental que, como todo sacramento, tem um aspecto


externo e visível, constituído pelo seu cerimonial, suas doutrinas e seus símbolos que se
podem ver e ouvir e um aspecto interno, mental e espiritual, oculto sob as cerimônias, a
doutrina e os símbolos e só proveitoso ao Maçam capaz de valer-se da imaginação
121

espiritual e de descobrir a realidade existente por trás do véu do simbolismo externo".


A. Weishaupt

No dia e hora fixados pelo Presidente da Comissão Regularizadora, o Venerável


interino da Loja a ser regularizada ocupa a presidência e faz preencher os demais cargos
e sem nenhum a formalidade abre os trabalhos da Loja, depois do que nomeia uma
comissão de três membros que se dirigirá à Sala dos Passos Perdidos, onde deve estar
a Comissão Regularizadora, a fim de receber a comunicação dos seus poderes.

O Presidente da Comissão Regularizadora apresenta o documento que lhe dá os


necessários poderes, sem entregá-lo, e a comissão volta ao Templo, onde tem ingresso
sem mais formalidades e dá conta de sua missão.

O Venerável interino nomeia, então, uma comissão de sete membros que, armados de
espadas e munidos de estrelas, irá receber os membros da Comissão Regularizadora e
acompanhá-la ao Templo.
Se o número de Obreiros não permitir, esta comissão será formada de cinco ou três
membros.

À saída da comissão, o Venerável Mestre e os vigilantes aguardarão os membros da


Comissão Regularizadora à entrada do Templo, que estará franca e onde lhes entregam
os respectivos malhetes.

Forma-se, nessa ocasião, a abóbada de aço (se o número de obreiros comportar) para a
passagem dos membros da Comissão Regularizadora, que vão até o Oriente e aí
chegados, o Presidente toma a cadeira da presidência, tendo à sua direita o Venerável da
Loja, depois do que os outros membros da Comissão Regularizadora vão ocupar os
lugares de Vigilantes, Orador e Secretário, tendo à direita os respectivos funcionários da
Loja.

Ocupados os lugares pelos membros da Comissão Regularizadora, o Presidente convida


os obreiros a sentarem-se e manda, por intermédio do Mestre de Cerimônias, dar
ingresso aos visitantes, o que se faz com formalidades. Depois faz verificar, pelos
vigilantes regularizadores, a regularidade dos obreiros presentes, não podendo assistir à
sessão o visitante que não justificar a sua qualidade maçônica.

Feita essa verificação, o Presidente procede à abertura dos trabalhos:

PRESID.·. - Poderosos Irmãos 1º e 2° Vigilantes, anunciai em vossas Colunas,


assim como eu anuncio no Oriente, que em.virtude dos poderes que nos foram
outorgados, vou abrir os trabalhos da Augusta e Respeitável Loja
Simbólica…………………………....

1° VIG.·. - Prezados irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da


parte do Poderoso Irmão Presidente, que em virtude dos poderes que nos foram
outorgados ele vai abrir os trabalhos da Augusta e Respeitável Loja
Simbólica…………………………....
122

2° VIG.·. - Prezados irmãos que condecorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da


parte do Poderoso Irmão Presidente, que em virtude dos poderes que nos foram
outorgados, ele vai abrir os trabalhos da Augusta e Respeitável Loja
Simbólica…………………………....
Anunciado na Coluna do Sul, Poderoso Irmão 1° Vigilante.
1°VIG.·. - Está anunciado em ambas as colunas, Poderoso Irmão Presidente.
PRESID.·.
1º VIG.·.
2° VIG.·.

PRESID.·. - De pé e à ordem em grau de Aprendiz.

(Executa-se).

- Irmão Mestre de Cerimônias, convidai os irmãos diáconos, juntamente com o Irmão


Orador desta Loja, a irem até o Altar dos Juramentos, a fim de, formando a abóbada
com os seus bastões, abrirem o Livro da Lei. Convidai, ainda, o Irmão Porta-Estandarte
para, empunhando o Estandarte desta Loja, tomar parte da cerimônia a que vamos dar
início.

(O Orador da Loja posta-se ante o Altar dos Juramentos, tendo à sua esquerda o 1°
Diácono, à direita, o 2° Diácono; à direita deste, o Porta-Estandarte. O Mestre de
Cerimônias atrás do Orador, sobre o qual cruzam os bastões. O Estandarte erguido.)

(O Presidente, dando um golpe de malhete, diz:)

PRESID.·. - Estão abertos os nossos trabalhos. Sentemo-nos.

(Pausa)

- Irmão Mestre de Cerimônias, apresentai ao Irmão Secretário a Carta Constitutiva, para


que proceda à sua leitura.
(O Presidente entrega ao Mestre de Cerimônias a Carta Constitutiva e este passa ao
Secretário).

PRESID.·. - De pé e à ordem.

(O Secretário faz a leitura da Carta Constitutiva na sua íntegra e entrega-a ao Mestre de


Cerimônias, que a restitui ao Presidente).

PRESID.·. - Sentemo-nos, meus Irmãos.

(O Presidente faz nesta ocasião uma alocução alusiva ao ato, depois do que faz entrega
ao Venerável da Loja de três exemplares da Constituição.)
123

VEN.·. - PROMETO, POR MINHA HONRA, CUMPRIR E FAZER CUMPRIR A


CONSTITUIÇÃO, O REGULAMENTO GERAL E DEMAIS LEIS DO GRANDE
ORIENTE DO BRASIL.

(O Venerável volta, depois, ao seu lugar).

PRESID.·. -Irmão Mestre de Cerimônias, acompanhai os irmãos I° e 2° vigilantes ao


Altar, a fim de prestarem o seu compromisso solene.

(O Mestre de Cerimônias executa a ordem e os 1° e 2° vigilantes colocam a mão direita


sobre a Constituição e prestam o compromisso, cuja fórmula é a mesma para o
Venerável. Prestado o compromisso, os vigilantes voltam aos seus lugares).

PRESID.·. -Irmão Mestre de Cerimônias, convidai o Irmão Orador e demais membros


da Loja a virem ao Altar prestar o compromisso solene.

(O Orador repete a obrigação prestada anteriormente pelas outras luzes. Cada um dos
Obreiros dirá:)

ASSIM PROMETO.

(Voltam todos aos seus lugares).

PRESID.·. - Sentemo-nos, meus Irmãos. Irmão Mestre de Cerimônias, depositai


nos altares dos irmãos Orador e Secretário a fórmula do Compromisso, para que seja
assinada pelos obreiros da Loja.

-Irmão Secretário, procedei à chamada dos membros da Oficina, para que assinem o
Compromisso.

(O Irmão Secretário procede, então, à chamada, a começar pelo Venerável, 1° e 2°


vigilantes, Orador, Secretário e depois, indistintamente.)

(Cada um dos obreiros chamados dirige-se ao Altar do Orador, onde assina uma das
fórmulas do Compromisso e depois ao Altar do Secretário, onde assina a outra, voltando
ao respectivo lugar.
Terminada a assinatura, o Mestre de Cerimônias entrega ao Presidente as duas fórmulas
do Compromisso e este lança, em seguida, à última assinatura ou faz lançar a seguinte
declaração:)

CERTIFICAMOS A AUTENTICIDADE DAS ASSINATURAS ACIMA.

(Esta declaração é datada e assinada pelos membros da Comissão Regularizadora. A


autenticidade verifica-se pelo confronto com as assinaturas no Livro de Presenças.)

(Uma das fórmulas é entregue ao Venerável, para ser guardada no arquivo da Loja e a
outra remetida pelo Presidente à Grande Secretaria.)
124

PRESID.·. - Poderosos Irmãos 1º e 2º vigilantes, anunciai em vossas colunas,


assim como eu anuncio no Oriente, que em virtude dos poderes que nos foram
outorgados, vou proceder à Regularização da Augusta e Respeitável Loja
…………………………....

1º VIG.·. - Prezados irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da


parte do Poderoso Irmão Presidente, que em virtude dos poderes que nos foram
outorgados ele vai proceder à Regularização da Augusta e Respeitável Loja
…………………………..

2° VIG.·. - Prezados irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte
do Poderoso Irmão Presidente, que em virtude dos poderes que nos foram outorgados
ele vai proceder à Regularização da Augusta e Respeitável Loja …………………. Está
anunciado na coluna do sul.

1°VIG.·. - Está anunciado em ambas as colunas, Poderoso Irmão Presidente.

PRESID.·. - De pé e à Ordem.

- Em nome do Grande Oriente do Brasil, e em virtude dos poderes que nos foram
outorgados, nós regularizamos a Augusta e Respeitável Loja
…………………………....

- A Augusta e Respeitável Loja ……………... está regularizada.


(Esta proclamação é repetida pelos Vigilantes).

PRESID.·. - Poderosos irmãos 1° e 2° vigilantes, convidai os obreiros de vossas


Colunas, assim como eu convido os do Oriente, a unirem-se a mim a fim de me
ajudarem a aplaudir a regularização da Augusta e Respeitável Loj a
………………………....

1º VIG.·. - Prezados irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos convido, da


parte do Poderoso Irmão Presidente, para unirmo-nos a ele a fim de ajudarmos a
aplaudir a regularização da Augusta e Respeitável Loja
……………………………………..

2º VIG.·. - Prezados Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos convido, da parte
do Poderoso Irmão Presidente, a unirmo-nos a ele a fim de o ajudarmos a aplaudir a
regularização da Augusta e Respeitável Loja ..............................
- Está anunciado na Coluna do Sul, Poderoso Irmão 1° Vigilante.

1º VIG.·. - Anunciado em ambas as colunas, Poderoso Irmão Presidente.


125

PRESID.·.

1° VIG.·.

2° VIG.·.

PRESID.·. - De pé e à ordem.
(Executa-se)

- A mim, meus Irmãos, pelo Sinal e pela Aclamação.


(Executa-se)

- Sentemo-nos, meus irmãos.

Irmão Mestre de Cerimônias, convidai os membros da Loja a formarem juntamente com


os irmãos da Comissão Regularizadora, a Cadeia de União.

(Forma-se a Cadeia de União e o Presidente transmite pelo modo usual a Palavra


Semestral.)

PRESID.·. - (Tendo voltado ao Trono) – Poderosos irmãos 1° e 2° vigilantes,


anunciai em vossas colunas, assim como eu anuncio no Oriente, que vou encerrar os
trabalhos da Augusta e Respeitável Loja Simbólica ……………….....

1° VIG.·. - Irmãos que abrilhantais a Coluna do Norte, eu vos anuncio da parte do


Poderoso Irmão Presidente que ele vai encerrar os trabalhos da Augusta e Respeitável
Loja Simbólica ……………….....

2° VIG.·. - Irmãos que decorais a Coluna do Sul, eu vos anuncio da parte do


Poderoso Irmão Presidente que ele vai encerrar os trabalhos da Augusta e Respeitável
Loja Simbólica ……………….....

- Está anunciado na Coluna do Sul.

1° VIG.·. - Está anunciado em ambas as colunas.

PRESID.·.

1°VIG.·.

2°VIG.·.

PRESID.·. - De pé e à ordem.
126

-A mim, meus Irmãos, pelo Sinal e pela Aclamação.


(Executa-se)

- Estão encerrados os trabalhos os trabalhos da Augusta e Respeitável Loja Simbólica


……………….....

(Lavra-se, então, no Livro de Ouro da Loja, uma ata resumida da cerimônia, a qual é
assinada pelos membros da comissão, depois do que os oficiais da Loja ocupam os
lugares deixados pelos membros da comissão, que vão sentar-se no Oriente, o
Presidente à direita do Venerável.)

V∴ M∴ - Irmãos 1° e 2° vigilantes, anunciai em vossas colunas, assim como eu


anuncio no Oriente, que vamos abrir os trabalhos da Augusta e Respeitável Loja
…………………. no grau de Aprendiz.

(O anúncio é repetido pelos vigilantes.)

V∴ M∴ - Irmão Mestre de Cerimônias, convidai os irmãos 1° e 2° Diáconos a


tomarem seus bastões e formarem,juntamente convosco, a abóbada, a fim de que o
Irmão Orador abra o Livro da Lei.

(Executa-se.)

V∴ M∴ -Em nome do Grande Arquiteto do Universo e em honra a São João,


nosso padroeiro, sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil e em virtude dos
poderes de que me acho investido, declaro aberta, no grau de Aprendiz-Maçom, a Loja
………………………………...., cujos trabalhos tomam plena força e vigor. Que tudo
neste Augusto Templo seja tratado aos influxos dos sãos princípios da Moral e da
Razão.

- A mim, meus Irmãos, pelo Sinal e pela Aclamação. Sentemo-nos,


meus Irmãos.

(O Venerável concede a palavra ao Orador. Faz circular, em seguida o Tronco de


Solidariedade, depois do que concede a palavra à bem da Ordem. Os trabalhos são
encerrados na forma do ritual).

RITUAL DE SAGRAÇAO DE TEMPLO


127

PRELIMINARES

O Templo a inaugurar deve estar ornado do modo mais brilhante.

Sobre cada uma das mesas do Presidente e dos Vigilantes, além


das Luzes estabeleci das no Ritual respectivo, estará uma
lanterna.

O Triângulo Luminoso e a Estrela Flamejante estarão cobertos


com um véu.

Haverá também uma tripeça com um vaso contendo carvão


incandescente, que se postará no meio do Templo depois da
entrada do préstito.

Têm ingresso antes do préstito de inauguração e ocupam os


lugares que lhes competem:

1° - Os Membros da Oficina, que não fizeram parte do préstito de


inauguração;

2° - Os Visitantes avulsos;

3° - As Deputações de outras Oficinas.

Todos os Maçons se acharão sem as respectivas insígnias até o


momento indicado no Ritual, exceto o 1° Experto, que trará o
avental de Mestre, mas sem a faixa.

Fechada a porta, o 1° Experto conserva-se junto a ela, armado de


espada e segurando uma Trolha na mão esquerda.

Fora do Templo junto à porta conservam-se o Cobridor e um outro


Maçom, armados de espada e com as respectivas insígnias.

Feito isto, apagam-se todas as luzes, exceto as das três


lanternas.
128

ORGANIZAÇÃO DO PRÉSTITO

O préstito, ou Comissão de Inauguração, organiza-se e põe-se em marcha na


seguinte ordem:

1° - Sete, cinco ou três Maçons conduzindo os instrumentos simbólicos:


Esquadro, Compasso, Nível, Régua, Alavanca, Martelo e Cinzel.

2° - O porta-espada com a Espada Flamejante.

3° - O porta-estandarte (se houver mais de uma Oficina trabalhando no mesmo


Templo, tantos porta-estandartes quantos forem os estandartes, na ordem de
antigüidade das Oficinas, cabendo o primeiro lugar à mais moderna).

4° - Dois Mestres de Cerimônias, com os respectivos bastões ou armados de


espada, um conduzindo o logo sagrado e o outro a naveta com incenso.

5° - O Secretário com o Breve da Loja e o Livro da Lei Sagrada e o Orador com o


volume da Constituição e Regulamento Geral da Ordem.

6° - Os dois Vigilantes com nos respectivos malhetes.

7° - O Presidente com o seu Malhete.

Todos os membros do préstito estarão revestidos de suas insígnias.

Chegando o préstito junto à porta do Templo, os Irmãos designados nos cinco


primeiros números acima formam alas para dar passagem ao Presidente, atrás
do qual se colocam os Vigilantes. Quando o Presidente se tem aproximado, os
dois Guardas do Templo dirigem suas espadas contra ele.

COBRIDOR - Quem sois e que vindes aqui fazer?

PRESIDENTE - Somos enviados do Mestre e vimos inspecionar os trabalhos.

COBRIDOR - Que garantias podereis dar da verdade de vossas palavras?

O Segundo Vigilante avança e dá ao Cobridor o toque de Aprendiz.

COBRIDOR - Esta garantia não basta. Podereis dar-nos uma outra?

O Primeiro Vigilante avança e dá-lhe ao ouvido a palavra de Aprendiz.

O Cobridor bate então na porta do Templo uma forte pancada com o punho de
sua espada.

PRIMEIRO EXPERTO - (do interior) - Quem bate?


129

COBRIDOR. – São os enviados do Mestre, que vêm inspecionar os trabalhos


interiores.

PRIMEIRO EXPERTO - Como o Poderiam fazer, se as trevas reinam no Templo.

COBRIDOR - Eles trazem consigo a Luz.

PRIMEIRO EXPERTO - Como teremos a provado que dizeis?

PRIMEIRO EXPERTO - Quem bate assim?

PRESIDENTE Quem ousou penetrar neste Templo e nos recusa dar


ingresso?

PRIMEIRO EXPERTO - São os operários que trabalharam em sua construção e


cuja guarda lhes foi confiada.

PRESIDENTE Reclamamos ingresso no Templo.

PRIMEIRO EXPERTO - Que vindes aqui fazer?

PRESIDENTE - Vimos acabar a obra, acendendo o fogo sagrado, para consagrá-


la à virtude e à verdade.

PRIMEIRO EXPERTO - (Abre um pouco a porta e tendo a espada levantada) -


Como provareis a vossa missão?

O Presidente aproxima-se e dá-lhe o Toque e a Palavra de Companheiro.

PRIMEIRO EXPERTO - Sede bem-vindos, vós os enviados do Mestre.

Abre, em seguida, toda a porta e afasta-se para deixar passar o préstito.

O préstito entra e dirige-se para o Oriente, tendo à frente o Presidente, depois os


dois Vigilantes, o Orador e o Secretário, o Porta-espada, o Porta-estandarte, os
dois Mestres de Cerimônias e por último os que conduzem os instrumentos
simbólicos.

Tendo entrado o préstito, os dois guardas entram também, fecham a porta e


ficam diante dela, com a frente para o Oriente e de espada na mão.

Chegando ao Oriente, o Presidente tira o véu que encobre o Triângulo Luminoso,


e depois, tomando o Fogo Sagrado conduzido por um dos Mestres, acende os
três braços do candelabro da mesa do Presidente.

PRESIDENTE Ó Verdade! tu que nos deste a força para


penetrarmos neste recinto sem luz, nós te saudamos com todo o nosso amor!
Esclarece com a tua Luz Sagrada os Maçons, que querem consagrar este edifício
130

à tua manifestação e ao teu triunfo. Que este dia seja para nós como a aurora da
felicidade; e que os homens de boa vontade, que quiserem associar-se aos
nossos trabalhos, estejam sempre animados de sentimentos de amor, de
benevolência e de justiça.

Música. Acendem-se todas as luzes situadas no Oriente!

PRESIDENTE - Irmão Primeiro Vigilante, levai a luz à coluna que presidis. E


vós Irmão Mestre de Cerimônias, guarda do Fogo Sagrado, juntamente com os
Irmão Porta-Espada e Porta-Estandarte, acompanhai o Irmão Primeiro Vigilante.

O Primeiro Vigilante, assim acompanhado dirige-se para a coluna indicada indo


até a mesa que lhe compete, onde acende a respectiva luz com o Fogo Sagrado,
tomando posse do lugar.

PRIMEIRO VIGILANTE Seja esta luz para nós o símbolo da razão que gula
a humanidade para o progresso. Possa ela esclarecer todo o profano que Vier a
este Templo para aprender a Ciência da Vida. Possa também incutir no seu
espírito a lei do amor e solidariedade e lembrar-lhe sempre o quanto deve aos
seus Irmãos e a todos os homens.

MÚSICA. O Mestre de Cerimônias e os outros dois Oficiais voltam


ao Oriente pela mesma coluna. Acendem-se todas as luzes
situadas nessa coluna.

PRESIDENTE - Irmão Segundo Vigilante, levai a luz à coluna que está sob a
vossa guarda e responsabilidade. E vós, Ir Mestre de Cerimônias, guarda do
Fogo Sagrado, juntamente com os Irmãos Porta-Espada e Porta-Estandarte,
acompanhai o Irmão Segundo Vigilante - E vós, meus Irmãos, que conduzis os
instrumentos simbólicos, depositai-os em lugar seguro e depois ocupai os lugares
que vos competem.

O Segundo Vigilante, assim acompanhado, dirige-se para a coluna indicada e


retira o véu que encobre a Estrela Flamejante. Voltando até à mesa, que lhe
compete, acende a respectiva luz com o Fogo Sagrado, tomando posse do lugar.

SEGUNDO VIGILANTE Que esta luz, símbolo da investigação


atenta e em profundidade, nos guie sempre com os seus raios. Que nos ensine a
por as nossas palavras e os nossos atos de acordo com as nossas convicções.

MÚSICA. O Porta-Estandarte coloca-se entre colunas, tendo à


direita o Porta-Espada e à esquerda o Mestre de Cerimônias ,
todos voltados para o Oriente.
Ao mesmo tempo acendem-se todas as luzes da coluna do
Segundo Vigilante.
131

SEGUNDO VIGILANTE Venerável Mestre, a estrela polar brilha com todo o


seu esplendor.

PRIMEIRO VIGILANTE Venerável Mestre, as colunas estão


resplandecentes.

PRESIDENTE Meus Irmãos, revesti-vos com as vossas insígnias –


(Pausa) – De pé e à ordem.

EXECUTA-SE A ORDEM. Música em surdina.

O Presidente vai ao meio do Templo, acompanhado do Mestre de Cerimônias,


guarda o Perfume, que tinha ficado no Oriente.

O Porta-Estandarte e o Porta-Espada, e o outro Mestre de Cerimônias, que


estavam entre colunas, avançam seu encontro até junto da tripeça.

Chegados junto à tripeça, o Presidente toma a naveta que está com o Mestre de
Cerimônias, deita pouco de incenso sobre as brasas e diz:

PRESIDENTE - Que o fogo da coragem e o amor dos nossos semelhantes


inflamem os nossos corações. E assim com os vapores deste perfume se elevam
e se espalha possam os nossos trabalhos exercer uma influência salutar para o
progresso da humanidade.

O Presidente volta ao Oriente, acompanha do Porta-Estandarte e do Porta-


Espada. O Estandarte colocado no respectivo lugar e a espada flamejante sobre
a mesa Presidencial.

Ocupando o Presidente o seu lugar, cessa a Música.

O Livro da Lei é aberto com as formalidades de costume.

PRESIDENTE

PRIMEIRO VIGILANTE

SEGUNDO VIGILANTE

PRESIDENTE - Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes, anunciai em vossas


Colunas, assim como eu anuncio no Oriente , que vou proclamar a inauguração
deste Templo; e convidai os Irmãos que as ornamentam a unirem-se a mim, a fim
de aplaudirmos tão feliz acontecimento.

PRIMEIRO VIGILANTE Irmãos que abrilhantais a minha Coluna, eu vos


anuncio, da parte do Venerável Mestre, que ele vai proclamar a inauguração
132

deste Templo, e convido-vos a nos unirmos a ele, a fim de aplaudirmos tão feliz
acontecimento.

SEGUNDO VIGILANTE Irmãos que decorais a minha Coluna, eu vos anuncio


da parte do Venerável Mestre, que ele vai proclamar a inauguração deste
Templo, e convido-vos a nos unirmos a ele, a fim de aplaudirmos tão feliz
acontecimento.

Todos se levantam à ordem.

PRESIDENTE - À Glória do Grande Arquiteto do Universo! Em nome e sob os


auspícios do Grande Oriente do Brasil, e em virtude dos Poderes que me foram
conferidos, declaro inaugurado este novo Templo de S. João, destinado aos
trabalhos da Augusta e Respeitável Loja Simbólica .............................. A mim,
meus Irmãos, pela simples bateria . Sentemo-nos, meus Irmãos.

MÚSICA.

PRESIDENTE - Meus Irmãos, a luz penetrou este Templo e espalhou o seu


brilho nas colunas simbólicas. Poderemos, de hoje em diante, aqui proceder
regularmente aos nossos trabalhos. Possa a palavra, essa manifestação do
pensamento, que faz do homem o primeiro dos seres, fazer ouvir deste Templo
os acentos da verdade! Que ela ilumine os nossos obreiros e faça deles homens
novos. Nunca esqueçamos que é à regeneração e à felicidade da humanidade
que devem tender todos os nossos esforços, e que devemos nos esforçar por
libertá-la do jugo vergonhoso da ignorância e dos preconceito, por combater as
paixões que a perturbam. Para desempenharmos tão bela missão, devemos ter
nas nossas ações sabedoria e prudência, por o discernimento e a circunspecção
nos nossos discursos, e nunca esquecer que a união faz a força. Possa este
Templo servir de modelo aos que outros quiserem construir. Que a concórdia e a
amizade nele reinem constantemente!

MÚSICA.

O Presidente dá a palavra ao Orador que fará um discurso alusivo à solenidade,


no final do qual saudará os Visitantes.

Depois de fazer circular o Tronco de Beneficência, o Presidente concede a


palavra a bem da Ordem em Geral.

Procede-se ao fechamento do Livro da Lei, encerrando-se os trabalhos com um


só golpe de malhete.
133

SERVIÇO FÚNEBRE

(RITUAL APROPRIADO AO ENTERRO DE IRMÃOS)

"A coisa mais nobre que podemos experimentar é o mistério. Ele é a emoção
fundamental, paralela ao, berço da verdadeira ciência. Aquele que não conhece, que não
mais pode cogitar, que não mais sente admiração, está praticamente morto". Albert
Eistein

Antes de descer o féretro ao túmulo, devem ser distribuídos entre os Irmãos ramos de
acácia ou sempre-vivas. Os Irmãos devem colocar-se em semicírculo em tomo do
esquife, estando o Venerável ao lado dos pés do falecido.

V∴ M∴ - Meus Irmãos. De acordo com a tradição de nossa Ordem e vontade de nosso


irmãos, cuja morte deploramos, nos reunimos em volta de seu ataúde para oferecer à sua
memória uma última prova do nosso amor fraternal. Ninguém escapa à lei fatal do
aniquilamento material.

- Buscamos fama, sabedoria, glória, únicos bens que podem perdurar.


Buscamos riquezas e outros materiais que não passam a porta da Eternidade.
-Nus viemos ao mundo, nus dele sairemos. Bendito seja o nome do Senhor!

- Observemos, Irmãos, quão incerta é a vida! Apesar das incessantes advertências da


morte; apesar das contínuas provas de seu império formidável sobre a Criação,
procuramos esquecer que nascemos para morrer. Passamos de um desígnio a outro, de
uma esperança a outra.
Traçamos vastos planos. Mas quando menos esperamos, somos surpreendidos pela
morte em momentos em que, muitas vezes, julgávamos ser ainda muito dilatada nossa
existência!

1º VIG.·. - Que são o fausto do poder, a honra da ciência, o brilho da virtude, o orgulho
da riqueza, os encantos da formosura, no momento de pagarmos o tributo contraído com
a Natureza?

(Apontando para o cadáver). -Vede o que é a vida. Todas as classes se nivelam, todas as
distinções desaparecem com o fumo que se dissipa com o vento. Nada mais resta senão
as boas ações praticadas.

-Que este exemplo nos sirva de poderoso estímulo no caminho da virtude, para que nele
prossigamos sempre com fé e resignação.

2° VIG.·. - Havendo servido o Supremo Artífice, em Sua bondade infinita, retirar o


nosso Irmão .................................... das penas e cuidados desta vida para levá-lo a uma
existência eterna, enfraqueceu-se a cadeia que nos unia; mas os que a ele sobreviveram
devem ser mais fortes e perseverantes em reforçar os sublimes vínculos da nossa
Ordem.

V∴ M∴ - Meu Irmão. Tomarás à terra da qual foste formado. Do pó nascestes, em pó


te converterás. Na tumba depositamos teu corpo, enquanto tua alma se evola ao infinito.
134

Digna-Te, ó Grande Arquiteto do Universo, digna-Te, em Tua imperscrutável


misericórdia, determinar que sua alma imortal goze da glória perdurável que ofereces
aos bons e aos justos desde o princípio dos séculos.

-Meus Irmãos, façamos nossa peregrinação em tomo de nossos pranteado Irmão


………………….

(Executam em passos lentos três voltas em torno do esquife, findas as quais depositam
nele os ramos de acácia ou sempre-vivas. Termina a peregrinação, o Venerável
comunica:)

- Ó Grande Arquiteto do Universo, És nosso Juiz e nosso Guia. Dás vida aos mundos
com um sopro de tua onipotência. Sem Tua Vontade o Universo seria trevas e caos!

1° VIG.·. - Ensina-nos, ó Grande Arquiteto do Universo, o caminho da virtude em todos


os instantes de nossa vida errante e dá-nos forças para prossegui-lo com resignação!

2º VIG.·. - Recebe nosso Irmão …………………... em Teus braços, para que encontre
paz e sossego em Tua misericórdia!

(Forma-se a cadeia de união, apenas de mãos dadas, que é rompida a um sinal do


Venerável).

V∴ M∴ - Rompeste, Senhor, a cadeia que nos unia; bendiz a nova que formamos
(fecha de novo a cadeia) para que possamos continuar unidos em Tua honra e glória em
nosso peregrinar por este mundo!

TODOS - Assim seja!


135

Cerimônia de Comemoração do

SOLSTÍCIO DE VERÃO

V∴ M∴ ( ) - IIr∴ 1º e 2º VVig∴, Anunciai em vossas CCo1∴, como


anuncio no Or∴, que vamos dar início à Cerimônia de Comemoração do
Solstício de Verão.

1º Vig∴ ( ) - IIr∴ que decorais a Col∴ do N∴, de parte do Ven∴ M∴ eu


vos comunico que vamos dar início à Cerimônia de Comemoração do Solstício
de Verão.

2º Vig∴ ( ) - IIr∴ que abrilhantais a Col∴ do S∴, de parte do Ven∴M∴


eu vos comunico que vamos iniciar a Cerimônia de Comemoração do Solstício
de Verão. — (Pausa) – Anunciado em minha Col∴ Ir∴ 1º Vig∴

1º Vig∴ - Está anunciado em ambas as CCol∴, Ven∴ M∴ (Atenção M∴


Harm∴)
(As luzes do Templo devem ser reduzidas ao máximo, o mais escuro possível,
apenas o suficiente para se poder ler os Rituais. Os IIr∴ deverão estar
munidos de seus cálices de cristal ou vidro transparente, para o vinho tinto ou
suco de uva ser servido.
Copos adicionais devem ser preparados para os visitantes. Fatias de pão forte,
tipo italiano, em quantidade suficiente para todos os participantes da
Cerimônia, deverão estar colocadas juntamente com o vinho ou suco, sobre
uma mesinha ou coluna, junto ao Altar do Ir∴ 1º Vig∴. Música adequada deve
ser executada durante a Cerimônia, como As Quatro Estações de Vivaldi, no
movimento correspondente ao Verão).

V∴ M∴ - Meus IIr∴, a tradição das Cerimônias das Estações perde-se na


noite dos tempos, e são tão antigas como as montanhas onde eram celebradas
no passado. Ao longo de um ciclo anual, o Sol, nosso Astro-Rei, passa
aparentemente por quatro portais ou fases, denominadas Equinócios e
Solstícios, produzindo-se na natureza grandes fluxos e circulações de energia,
que influenciam a Terra e todos os seres que a habitam. Estas Cerimônias
comemorativas tratam de incentivar a sintonia de nossas naturezas internas
com a natureza universal. Uma vez estabelecida esta sintonia, grandes
transformações poderão se produzir no homem, realizando-se, assim, a
Grande Alquimia Universal. (Pequena pausa).

V∴ M∴ - IIr∴ 1º e 2º VVig∴, auxiliai-me a explicar os princípios fundamentais


desta tradição.
1º Vig∴ - As raízes elementares de nossa tradição desenvolveram-se de
combates com os elementos da natureza, em tentativas de sobrevivência,
constituindo-se o fator principal desse processo a Fertilidade. Os fatores
considerados fundamentais da Vida eram o Nascimento, o Crescimento e a
136

Morte, e mais um quarto fator, que faz a ligação da morte a um novo


nascimento. Desta triplicidade fundamental da vida, obscurecida pelo quarto
aspecto, basearam-se todas as religiões e credos filosóficos, tomando-se com
o tempo distintas tradições, conforme as interpretações.

V∴ M∴ - Ir∴ M∴ Ccer∴, como representante do Sol em seu eterno


caminhar, explicai-nos como os antigos entendiam o Nascimento.

M∴ CCer∴ - O Nascimento era visto pelos antigos, Ven∴ M∴, como o


evento que trazia o homem de um lugar invisível para este mundo visível.
Quem o individuo era, porque veio e para que estava aqui em nosso meio, isto
iria depender do Crescimento.

V∴ M∴ - Ir∴ 2º Vig∴, como representante do Sol em seu fulgor máximo,


explicai-nos como os antigos entendiam o Crescimento.

2º Vig∴- Os antigos conheciam o valor das raças reprodutoras selecionadas,


pois observavam isso na natureza e em si próprios, O Crescimento, através do
selecionamento, era um fator de vida do qual os antigos se utilizavam,
produzindo, desta forma, linhagens de homens fortes e mulheres formosas.

V∴ M∴ - Ir∴ 1º Vig∴, como representante do Sol em seu ocaso, dai-nos


corno os antigos entendiam a Morte.

1º Vig∴ - A Morte tinha para os antigos um significado maior que apenas urna
migração para um outro lugar. Baseados no entendimento do quarto fator os
antigos dispunham do corpo deixado para trás conforme o respeito e mérito
que o indivíduo tivesse naquela comunidade. Se desejassem seu retorno,
tratavam do corpo com todo cuidado; caso contrário, o atirariam aos animais ou
a um lodaçal. desencorajando uma outra vinda daquele, entre eles.

V∴ M∴ - Ir∴ Ex-Ven∴, como representante do Sol no repouso da


experiência cíclica vivida, explicai-nos no que consiste a crença no Quarto
Fator.
Ex Ven∴ M∴ - (Expor teatralizando) A crença no Quarto Fator de ligação da
Morte com o Nascimento, provinha da própria natureza. Os antigos sentiam
que existiam um Deus-Pai no Céu e uma Deusa-Mãe na Terra. Ouviam o Pai
resmungar muitas vezes no Céu quando estava de mau humor. Então, Sua
sombra deitava-se sobre a Mãe-Terra num grande abraço. De repente, seu
terrível “Phallus de Fogo” penetrava na Terra e se ouvia seu grito de triunfo
sobre ela, com forte paixão. Ouviam-se, às vezes, os estrondos Dela em
resposta ao Céu, em suspiros de satisfação. Da repetição deste ato, densas
correntes de divino sêmen desciam sobre a Terra, fertilizando todo o seu
expectativo e desejoso útero. Quando ele se aquietava, exausto, voltava às
suas nuvens sorrindo para o Sol, enquanto a Terra deitava-se embebida e
afogada de amor. Sua prole chegaria mais tarde, da qual comeria o homem,
assim como a Terra come seu corpo quando a vida dele se retira. Estes ciclos
repetiam-se constantemente, com nascimentos, crescimentos, mortes e novos
137

nascimentos na natureza, e a eles o homem também estava atado. Afinal, a


vida provinha dos Deuses e a Eles voltaria após seu ciclo no mundo.

V∴ M∴ - Ir∴ Or∴, que estação estamos comemorando?


Or∴ - O Solstício de Verão, Ven∴ M∴.

V∴ M∴ - IIr∴ 1º e 2º VVig∴, explicai-nos em que consiste o Solstício de


Verão.

1º Vig∴ - Meus IIr∴, o Sol, o Astro-Rei de nosso sistema planetário, em seu


movimento aparente ao redor de nossa Terra, desponta no oriente em lugares
diferentes a cada época do ano. Isso se deve à inclinação do eixo imaginário
de nosso planeta em relação a seu plano de translação.

2º Vig∴ - Devido a esta inclinação é que a Terra possui as quatro conhecidas


estações. Assim, durante o ano, o Sol, em sua trajetória, chega a uma máxima
posição Norte afastando-se do Equador para depois caminhar até uma máxima
posição Sul e retomar a seguir para o Norte, num infinito bailado.

1º Vig∴ - Nossos ancestrais mantinham o maior interesse no conhecimento


preciso das épocas em que estas mudanças ocorriam, demarcando os ciclos
em que a natureza evolui, contribuindo com seu progresso e rogando aos
deuses proteção e fecundidade. Para marcarem as posições máximas
alcançadas pelo Sol, construíram dois pilares de pedra, cujas ruínas intrigam,
até hoje, as mentes aguçadas. Esses pilares representam, em síntese, as
linhas imaginárias dos Trópicos.
2º Vig∴ - Os pilares nos pórticos dos Templos, como as CCo1∴ “J” e “B” de
nossos Templos Maçônicos, são reminiscências dos pilares de pedra da
antiguidade, erigidos para demarcarem os limites do campo dos nascimentos
helíacos.
Como nos ensinam nossas instruções maçônicas, as CCoI∴ “J” e “B” são
representações dos pontos máximos de afastamento do Sol do Equador,
conhecidos como pontos Solsticiais.

1º Vig∴ - Assim, quando o Sol atinge o limite máximo ao Norte, tocando a


linha imaginária do Trópico de Câncer, ocorre no hemisfério Sul o Solstício de
Verão. O termo “Solstício” se deve ao fato de que o Sol, no seu afastamento
máximo do Equador, parece nesse ponto estacionar, para em seguida, retomar
sua caminhada em direção ao Equador.
V∴ M∴ - Ir∴ Or.`, por que festejamos esse acontecimento?

Or∴ - Desde tempos imemoriais, nossos antepassados festejavam os


Solstícios.
Nos mistérios egípcios, o Sol era simbolizado por Osíris, como o espírito do
Universo e Governador das Estrelas. Os egípcios cultuavam o Sol como sua
divindade una e o representavam sob várias formas, de acordo com suas
fases, ou seja a Infância, no Solstício de Verão; a Adolescência, no
138

Equinócio de Primavera; a Maturidade, no Solstício de Verão e a Velhice, no


Equinócio de Outono. Os romanos celebravam as Festas Solsticiais em honra
ao deus Janus, o deus de Dupla Face. Esse costume foi mantido pelos
cristãos, nas datas comemorativas de São João Batista e São João
Evangelista, sendo tomados por Patronos das Corporações Construtoras da
Idade Média e que a Maçonaria Especulativa manteve como tradição.

V∴ M∴ - IIr∴ 1º e 2º Vvig∴, explicai-nos, qual a relação existente entre os


Solstícios e o deus romano Janus.

1º Vig∴ - As festas solsticiais eram celebradas pelos povos antigos,


relacionando-as ao simbolismo da Luz. Nos solstícios estão assinalados os
momentos em que a luz solar alcança sua máxima plenitude ou sua máxima
decrepitude. Janus era a antiga divindade itálica relacionada à luz, em cujas
mãos estavam as chaves que abriam os mistérios iniciáticos.
Etimologicamente, Janus provém do termo Dianus, a divindade do dia ou da
luz, e está relacionado ao termo “Janua’, ou seja, “Torta”, de onde surgem
também os termos “Januarius” e “Janeiro”, o primeiro mês do ano ou a porta de
entrada do ano. Janus, como deus que presidia os começos e as iniciações,
era honrado todos os primeiros dias dos meses, como no primeiro dia do ano.

2º Vig∴ - O Janus Biffrons é também com freqüência representado com um


rosto masculino e outro feminino, trazendo uma coroa sobre a cabeça,
segurando o homem um cetro, e a mulher uma chave, símbolos do reino e do
controle das épocas. Há aqui uma identidade com o Cristo Universal, que leva
o cetro real a que tem direito em nome de seu Pai Celeste, e de seus
ancestrais neste mundo, e na outra mão as chaves dos segredos eternos, a
chave tingida pelo seu sangue, que abriu para a humanidade perdida, a porta
da vida.

1º Vig∴ - Assim Janus, com o Senhor do tríplice tempo, é Aquele que E, assim
como o Cristo quando declara ser o Alfa e o Omega, o Princípio e o Fim, o
Senhor da Eternidade. Janus, como deus da iniciação, presidia os “Collegia
Fabrorum”, os depositários das iniciações ligados ao exercício dos ofícios, dos
quais as corporações de construtores da Idade Média herdaram o mesmo
caráter, prestando aos dois “São João” a mesma dedicação que a Janus.

V∴ M∴ - O que significa a figura de São João nas festas solsticiais, IIr∴


Vig∴?

2º Vig∴ - O nome “João” é por si uma legenda. A ele estão ligados muitos
seres e etapas da chamada Tradição. João, ou Iohannes na etimologia
hebraica, significa “A Graça Divina”, como também o homem iniciado ou
iluminado.
São João, além de representar, simbolicamente o iniciado na Luz da Verdade,
representa a própria Tradição Esotérica da Corrente Espiritual em nosso
mundo. Nossas instruções nos convidam a sermos como João. As corporações
de construtores adotando “São João” por Patrono, geraram a tradição da
pergunta ritualística “De onde vindes?”, cuja resposta reflete a ligação
139

essencial da Maçonaria a mais justa e perfeita Loja de São João, a Grande


Loja Branca.

1º Vig∴ - São João Batista é a figura homenageada neste Solstício. Seu


nascimento, como sua própria vida, encerra tantos mistérios quanto daquela a
quem veio anunciar. Consta que fazia parte da Seita dos Essênios, tendo
participado dos templos do Egito e dos colégios dos Profetas. Sua vida sobre
as margens do Jordão e lagos da Judéia era a mesma de um Yogi da Índia.
Foi por João que o rito do Batismo ficou amplamente conhecido. O Batismo era
prática antiga no Egito e servia de purificação e abertura da Alma para o
reconhecimento da propensão do homem ao pecado.

V∴ M∴ - Como vemos, meus IIr∴, as comemorações dos Solstícios


mantidas pela Maçonaria afirmam a unidade imperecedoura da Tradição
Iniciática das Idades, simbolizada pela figura de São João, como pelo deus
Janus.

(Pausa)

1º Vig∴ - Assim como o Sol encontra-se com sua menor força e altitude
nesta época, é tempo de descansarmos de nossos labores e repousarmos
com a natureza na noite de Verão que se aproxima.

V∴ M∴ - O que fazemos enquanto estivermos assim distanciados da


poderosa força do Sol, Ir∴ 2º Vig∴

2º Vig∴ - Recuperemos nossas forças internas e retifiquemos nossos erros


passados, Ven∴M∴.

V∴ M∴ - E agora é sempre o melhor momento para a reflexão no passado, a


fim de projetarmos nossos propósitos para o futuro. O Verão é repouso
externo, mas Ação Interna. Possamos nunca nos acomodar em nossos
defeitos e sempre nos anteciparmos para mais sucessos em nossas
realizações
(Pequena Pausa)
Meus IIr∴, do trabalho realizado com sucesso nas estações anteriores de
semeadura, cultivo e colheita, pudemos transformar a dádiva dos deuses em
produtos de tradicional significado para o corpo e o espírito do homem :
Vinho e Pão, produtos da fermentação de elementos naturais. Os elementos
originais do rito primordial de carne, sangue, sêmen e suor, tornaram-se
simbolizados pelo pão, vinho, água e sal. Os sacrifícios de sangue de outrora
foram substituídos pelos sacrifícios da Alma em nossos dias. Em memória e
homenagem à nossa Antiga Tradição, festejamos esta estação com a carne e o
sangue transfigurados pelo Pão e Vinho atuais, que já possuem o Sal e a
Água incorporados.
(Pausa)
Ir∴ M∴ CCer∴, procedei à distribuição do Pão e do Vinho, a fim de
brindarmos junto este momento.
140

(O M CCer executa a distribuição do Vinho tinto ou suco de uva, e uma fatia


de Pão para cada participante, deixando para servir-se por último, colocando-
se em seu lugar. Todos seguram a Taça com a mão direita e o Pão com a mão
esquerda)
V∴ M∴ ( ) – De pé meus IIr

(levantando a Taça à altura da testa e à frente)

- Que esta Estação seja celebrada com o símbolo do bom vinho, semelhante
ao da própria Vida, extraído de nós pela experiência primeira e então
amadurecida com o tempo, para tornar-se melhor do que quando nasceu.
Tomemos o primeiro gole.

(Toma-se o primeiro gole)

- Nada como um correto envelhecimento para que se torne o vinho valioso,


assim como nossas Almas só serão salvas quando estivermos suficientemente
amadurecidos e aptos a apreciar o sabor da Verdade. Tomemos o segundo
gole.

(Toma-se o segundo gole)

- Que o espírito do vinho nunca seja tão forte que exagere seu beneficio, mas
somente sirva para estimular nossa busca ao Espírito. Tomemos o terceiro e
último gole.

(Deve-se tomar todo o líquido existente na Taça)

V∴ M∴ - (Levantando o Pão com a mão esquerda, à frente e à altura da


testa)
Consideremos estes Pães com os quais o Solstício é relembrado. Que estes
Pães nos lembrem que nossas melhores qualidades pessoais na vida são
deixadas aqui na Terra, enquanto que nossas essências passam a viver nos
Céus. Tomemos dele o primeiro pedaço.

(Parte-se um pedaço do Pão e come-se)

- Abençoadas sejam as formas do sangue e da carne que colocamos juntos


dentro de nós. Recolhamo-nos em nossos pensamentos, enquanto terminamos
nossa degustação.
- Sentemo-nos.

(Todos se sentam e terminam de comer o Pão, em silêncio)

V∴ M∴ - Meus IIr , para finalizarmos nossa comemoração ajudai-me a


invocar o auxilio do G A D U nesta solene ocasião, a fim de rogarmos a
devida proteção.
141

V∴ M∴ ( ) - De Pé meus IIr e à Ordem!

- “Louvado sejais G A D U , Senhor da Suprema Luz, Doador do Fogo


Espiritual do Amor. Rogamos a Ti, João, o maior entre os homens e menor
entre os deuses, assim como fostes o Anunciador dos Novos Tempos em teu
ciclo; faz de nós teus afilhados, os Anunciadores de novos tempos para
Espírito e a realização do Verdadeiro Evangelho que cada Maçom possa ter
em Ti um pequeno símbolo, a fim de espalharmos pela Terra a Fé, a
Esperança e o Amor”.

(Pausa)

- Sentemos!

V∴ M∴ ( ) - Meus IIr , esta encerrada a cerimônia do Solstício de Verão.

(Na Cadeia de União do dia, o Ven M dá a Pal Trimestral da Estação, cujo


tema deverá estar harmônico com o Evento).

V∴ M∴ ( ) - De Pé meus IIr e à Ordem!

- “Louvado sejais G A D U , Senhor da Suprema Luz, Doador do Fogo


Espiritual do Amor. Rogamos a Ti, João, o maior entre os homens e menor
entre os deuses, assim como fostes o Anunciador dos Novos Tempos em teu
ciclo; faz de nós teus afilhados, os Anunciadores de novos tempos para
Espírito e a realização do Verdadeiro Evangelho que cada Maçom possa ter
em Ti um pequeno símbolo, a fim de espalharmos pela Terra a Fé, a
Esperança e o Amor”.

(Pausa)

- Sentemos!

V∴ M∴ ( ) - Meus IIr , esta encerrada a cerimônia do Solstício de Verão.

(Na Cadeia de União do dia, o Ven M dá a Pal Trimestral da Estação, cujo


tema deverá estar harmônico com o Evento).

fxÜxÇ•áá|ÅÉ \Ü∴ ]Éá° eÉuáÉÇ


Organização dos textos –

ZÉâäx|t YÜx|Üx? `∴\∴? FF∴? Grande Secretário da Magna


Reitoria do Soberano Supremo Conclave do Brasil para o Rito
Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos.

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