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Libertos para Viver em

Santidade

Antonio Vitor de Lima Borba


Libertos para Viver em Santidade

Comentário lição 05
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um
subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no
decorrer desta maravilhosa lição.
O CONTEXTO DA PRIMEIRA CARTA DE PEDRO
Esta carta é a primeira de duas cartas no Novo Testamento escritas pelo apóstolo Pedro (1 Pe
1.1; 2 Pe 1.1). […] Pedro dirige esta carta aos “estrangeiros dispersos” nas províncias romanas
da Ásia Menor (1.1). Alguns destes, talvez, hajam se convertido no dia de Pentecoste, ao
ouvirem a mensagem de Pedro, e retornaram às suas respectivas cidades levando a fé que
acabavam de conhecer. Estes crentes são chamados “peregrinos e forasteiros” (1 Pe 2.11),
relembrando-lhes, assim, que a peregrinação cristã ocorre num mundo hostil a Jesus Cristo;
mundo este, do qual só podem esperar perseguição. […] Pedro escreveu esta epístola de alegre
esperança a m de levar o crente a ver a perspectiva divina e eterna da sua vida terrestre e
prover orientação prática aos cristãos que se encontravam sob o fogo do sofrimento entre os
pagãos1.
Os cristãos do primeiro século sofreram com a resistência e opressão dos opositores da fé.
Muitos foram presos, torturados, queimados vivos e até entreguem aos leões. Contudo, eles
não podiam perder a fé esperança em Cristo, e assim permanecerem a apresentar o bom
testemunho da transformação do evangelho em suas vidas.
Os destinatários da carta recebem a orientação de praticarem o bem a todos, pois, se os
opositores falassem mal deles ou os perseguissem, veriam as boas obras de santidade deles.
Assim, o sofrimento deles não seria em vão, pois estavam dentro da vontade de Deus (1 Pe
2.12; 3.13-17). Era comum os cristãos serem caluniados injustamente (1 Pe 4.12,15,16; 5.9),
e o principal motivo das calúnias era o estilo de vida separado da sociedade (1 Pe 4.3,4)2.

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No ambiente em que vivam os receptores da carta enviada por Pedro, era necessário a
permanência na fé apresentada através das boas obras. Eles, portanto, precisavam entender
que o sofrimento que padeciam por amor a Cristo deveria ser encarado com alegria, pois era o
sinal de estarem vivendo uma vida de santidade com o Senhor.
Os destinatários, portanto, faziam parte de um grupo que vivia debaixo de grande opressão e
sofrimento, cuja esperança estava em Deus e no seu Filho Jesus, cuja resignação ao sofrimento
eles tinham por modelo (1 Pe 2.19-25). Tudo isso é tido pelo autor como motivo de alegria
por estarem participando dos sofrimentos de Cristo (1 Pe 4.13). Ser um povo alegre em meio
a tantas adversidades somente é possível por pessoas que experimentam uma vida de santidade,
uma vida separada e de grande intimidade com Deus, o Senhor2.
A SANTIFICAÇÃO RECEBIDA NA JUSTIFICAÇÃO DEVE SER MANTIDA
Deus é santo, e as qualidades de Deus devem ser as qualidades do seu povo. A ideia principal
de santidade é a separação dos modos ímpios do mundo e dedicação a Deus, por amor, para o
seu serviço e adoração. A santidade é o alvo e o propósito da nossa eleição em Cristo (Ef 1.4);
signi ca ser semelhante a Deus, ser dedicado a Deus e viver para agradar a Deus (Rm 12.1; Ef
1.4; 2.10)1.
Como salvos, fomos alcançados pelo processo da santi cação realizado pela obra magní ca do
Espírito Santo em nossas vidas. Esse processo é iniciado no momento de nossa justi cação em
Cristo, quando nos arrependemos dos pecados cometidos e recebemos a Cristo como o
salvador de nossas almas.
Assim, precisamos prosseguir em nossa santi cação experimental, buscando-a constantemente
em nossa vida devocional. O crente por si só não poderá produzir em si mesmo a santidade,
mas somente através do poder do Espírito Santo em nossas vidas é que seremos santi cados
para encontrar com o Senhor nos ares.

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É o Espírito de Deus quem realiza em nós a santi cação, que puri ca do pecado nossa alma e
nosso espírito, que renova em nós a imagem de Cristo e que nos capacita, pela comunicação
da graça, a obedecer a Deus segundo a sua Palavra (Gl 5.16,22,23,25; Cl 3.10; Tt 3.5; 2 Pe
1.9)1.
A santidade faz parte da essência de Deus de forma que o distingue totalmente da criação no
sentido de perfeição em santidade. Todavia, essa distinção, devido à sua transcendência, não o
torna inacessível, pois Ele também é imanente, ou seja, mesmo sendo santo na plenitude do
termo, Ele comunica-se com as suas criaturas por amor e por misericórdia. Por isso, convida-as
a também ser separadas, buscar a pureza de uma vida santa, separando-se das práticas
pecaminosas e injustas e fazendo a diferença na sociedade2.
A SANTIDADE QUE LIBERTA
O plano de resgate do ser humano foi elaborado antes mesmo de ele ser criado (1 Pe 1.20). O
cordeiro imaculado e incontaminado foi conhecido antes da fundação do mundo devido ao
plano de redenção da humanidade previsto na presciência de Deus. O autor a rma que o
cordeiro imaculado e incontaminado somente foi “manifestado, nestes últimos tempos, por
amor de vós” (1 Pe 1.20). Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29),
surge na plenitude dos tempos, no momento exato em que estava planejado por Deus o
resgate da humanidade. O cristão é redimido por meio do sacrifício de Cristo para a vida de
santidade que liberta da vida de escravidão do pecado em que vivia2.
Fomos libertados pelo poder do sangue de Cristo vertido na cruz do calvário. Ele nos libertou
de uma vida de pecados e de uma escravidão que nos distanciava dEle, e nos prendia nas nossas
concupiscências. Dantes estávamos mortos em nossos delitos e pecados, mas fomos alcançados
pela graça de Deus (Ef 2.1).

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O resgate é pago por aquEle único que tinha os recursos necessários, o cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo (Jo 1.29), que se oferece a si próprio pelos pecados de todo o mundo
(1 Jo 2.2), que leva sobre si a culpa que pesa sobre a humanidade. Por efeito desse sacrifício, o
ser humano é comprado de volta para Deus (Ap 5.9). Somos, portanto, resgatados “com o
precioso sangue de Cristo”, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pe 1.19).
Esse é o preço do resgate para a liberdade em Cristo2.
Esperando Jesus voltar hoje!
Pb. Antonio Vitor de Lima Borba
Referências:
1 – STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
2 – NEVES, Natalino das. Separados para Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

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