Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
0 REITOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO, no uso de suas
atribuições legais, conferidas pelo Decreto de 05 de abril de 2021, publicado no Diário Oficial da União,
de 06 de abril de 2021, seção 2, página 1, considerando o que consta no Processo Suap n°
00000.000000.0000-00, resolve:
CAPÍTULO I
DA NATUREZA E FINALIDADE
Art. 1° Fica implementada a Política Interna de Gestão e Solução de Conflitos
Administrativos no âmbito do IFSP tendente a assegurar a todos o direito autocomposigão por meios
adequados à sua natureza e peculiaridade, em especial pela mediação e conciliação e solução pacifica de
conflitos na persecução da perpetuação de uma cultura de paz.
Art. 29 A Política Interna de Gestão e Solução de Conflitos Administrativos no âmbito do
IFSP é uma iniciativa baseada nos modernos modelos de gestão pública, inspirada nos princípios
constitucionais da Administração Pública, em especial, no Principio da Eficiência; e ainda, no Princípio
Jurídico da Proteção pelo Estado da Solução pela Autocomposigão de Conflitos e no Principio do Interesse
Público.
Art. 32 Considera-se como base legal a Lei n. 13.140/2015, que dispõe sobre a mediação
entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposigão de conflitos no
âmbito da administração pública.
Parágrafo único. Aplicam-se de forma subsidiária e analógica os arts. 32, §39, art.149, art.
165 e art. 334 do Código de Processo Civil, Lei n. 13105/2015; bem como a Portaria 1.281 de 27 de
setembro de 2007.
Art. 42 Para efeitos deste Regulamento, considera-se:
I - Mediação, ato facultado 5 Administração para solução de conflitos, mediante atividade
técnica exercida por terceiro imparcial, sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as
auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia entre agentes
públicos em condutas tratados pela Lei n. 8.112/1990, Decreto n. 1.171/1995 e demais normas
administrativas na esfera da Administração Pública Federal.
II - Conciliação, ato voluntário às partes e facultado à Administração, é um meio alternativo
de resolução de conflitos em que as partes confiam ao Gestor do Núcleo Permanente d Gestão e Solução
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA / IFSP
de Conflitos Administrativos no âmbito do IFSP — NUSCA — ou outrem por ele indicado, a função de
aproximá-las e orientá-las na construção de um acordo. Adotando uma posição mais ativa, influenciando
diretamente na decisão das partes por intermédio de uma intervenção mais direta e objetiva, porém,
adotando postura neutra e imparcial com relação ao conflito.
Art. 52 Poderá funcionar como mediador qualquer pessoa legalmente capaz que tenha a
confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer
tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se.
Art. 6° A mediação e a conciliação serão orientadas pelos seguintes princípios:
I - imparcialidade do mediador/conciliador;
II - isonomia entre as partes;
Ill - oralidade;
IV - informalidade;
V - Autonomia da vontade das partes;
VI - busca do consenso;
VII - confidencialidade;
VIII - boa-fé;
IX - pacificação social;
X - autocomposição dos conflitos.
§ 12 Ninguém será obrigado a permanecer em procedimento de conciliação.
§ 2° Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre
direitos indisponíveis que admitam transação.
§ 32 A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele.
§ 42 0 consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser
feita judicialmente.
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES
Seção I
Do Núcleo Permanente de Gestão e Solução de Solução de Conflitos Administrativos - NUSCA
2
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA / IFSP
Seção II
Da Composição
Art. 8° 0 Núcleo Permanente de Gestão e Solução de Conflitos Administrativos no âmbito
do IFSP — NUSCA — integrará a Diretoria de Apoio Jurídico que exercerá funções preventivas e ações
conjuntas com as instâncias de Processos Administrativos Disciplinares e a Comissão de Ética do IFSP.
§ 1° São agentes aptos a compor as seções de mediação e conciliação de conflitos:
I - o Diretor de Apoio Jurídico junto ao Gabinete da Reitoria;
II - Diretor-Geral do Câmpus ou Pró-reitor onde se originou o conflito;
III - o representante do Coordenação de Gestão de Pessoas ou o Diretor de Gestão de
Pessoas, no caso de conflitos na sede da Reitoria;
3
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA / IFSP
Seção III
Da Finalidade
Art. 92 Compete ao Núcleo Permanente de Gestão e Solução de Conflitos Administrativos
no âmbito do IFSP — NUSCA:
I - identificar os litígios entre servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo e promover ações em conjunto ou individualmente com finalidade de saná-los,
minimizá-los ou direcionar para instâncias competentes para apuração dos fatos;
II - identificar as controvérsias entre colaboradores terceirizados, agentes públicos,
colaboradores eventuais, gestores dos Câmpus, Pró-reitorias e Reitoria, buscando promover a conciliação
entre eles;
Ill - promover a mediação e conciliação entre colaboradores eventuais, visitantes ou em
colaboração técnica que possam estar envolvidos em conflitos pessoais relativos à sua atividade no IFSP;
IV - manifestar-se quanto ao cabimento e ã possibilidade de mediação e/ou conciliação no
âmbito do IFSP;
V - encaminhar demandas para instauração de processos administrativos disciplinares e
Comissão de Ética, se for o caso, as controvérsias não solucionadas por mediação e conciliação;
VI - buscar a solução de conflitos submetidos a processo administrativo disciplinar;
VII - orientar e supervisionar as atividades conciliatórias no âmbito dos Câmpus, Pró-
reitorias e Reitoria do IFSP;
VIII - requisitar ás comissões, conselhos, núcleos, secretarias, aos câmpus, Pró-reitorias e
Reitoria informações para subsidiar sua atuação;
IX - promover, quando couber, a celebração de Termo de Ajustamento de Conduta, nos
termos da Instrução Normativa CGU n. 04/2019 nos casos submetidos a procedimento conciliatório;
X - submeter à homologação do Reitor o Termo Final de Mediação e Conciliação, bem como
eventual termo de ajustamento de conduta — TAC.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
REITORIA! IFSP
CAPÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS
Seção I
Disposições Comuns
Subseção I
Do Acesso ao NUSCA
Art. 10. Qualquer servidor, colaborador terceirizado, colaborador eventual ou visitante,
discente devidamente identificado como tal, poderá encaminhar ao NUSCA:
I - solicitação de mediação;
II - solicitação de conciliação;
Ill - denúncia;
IV- reclamação; e
V - Orientação jurídica.
Parágrafo único. As solicitações referidas no caput poderão ser encaminhadas via SUAP,
em status restrito, mediante protocolo presencial, e-mail institucional, ou outros meios legais, desde que
contenham:
I - a identificação das as partes envolvidas;
II - relato do conflito mencionando datas, eventuais testemunhas ou provas; e
Ill - pedido ou proposição de termos de acordo.
Subseção II
Da Admissibilidade
Art. 11. A admissibilidade da controvérsia existente será feita de plano pelo Gestor do
NUSCA, que, poderá propor mediação e conciliação em fatos com menor potencial ofensivo, que não
tenham causado prejuízo ao erário com previsão de penalidades de censura, advertência e suspensão,
mediante despacho, poderá:
I - Receber a solicitação de conciliação e estabelecer os procedimentos elencados no art.
12 e seguintes deste regulamento;
II - Receber a solicitação e solicitar informações complementares a quem de fato ou de
direito possa contribuir para a solução do conflito;
Ill - Receber e encaminhar a solicitação ao Poder Judiciário, considerando a gravidade dos
fatos narrado, quando notoriamente constituir crime, mediante despacho de homologação do Reitor.
IV - Celebrar Termo de Ajustamento de Conduta - TAC — com base na Instrução Normativa
CGU n. 4/2019;
5
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA / IFSP
Subseção Ill
Dos procedimentos
Art. 12. Poderão ser objeto de mediação e conciliação os conflitos que possam ser
enquadrados como condutas elencadas no Decreto 1.171/1994, Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal, bem como no art. 116 e incisos I ao VIII e XVI do Art. 117 da Lei
8.112/1990.
Art. 13. Das seções de mediação e conciliação de conflitos poderá ser requerido às partes:
I - retratação ao ofendido;
II - Celebração de Termo de Ajustamento de Conduta - TAC - Instrução Normativa CGU n.
4/2019;
§ 12 Frustradas as primeiras tentativas de conciliação e mediação de conflitos, as
autoridades a que se refere o art. 8° poderão deliberar para nova sessão de mediação em prazo
determinado.
§ 2° Frustradas todas as tentativas de mediação e conciliação amigavelmente, caberá
autoridade máxima decidir sobre abertura de processo administrativo disciplinar, abertura de
investigação preliminar sumária, celebração compulsória de Termo de Ajustamento de conduta ou
arquivamento do feito.
Subseção IV
Das Reuniões de Mediação e Conciliação
Art. 14. No inicio da primeira seção de mediação/conciliação, e sempre que julgar
necessário, o mediador/conciliador deverá alertar às partes acerca das regras de confidencialidade
aplicáveis ao procedimento.
Art. 15. A requerimento das partes, do gestor do NUSCA ou do conciliador/mediador, e
com anuência daquelas, poderão ser admitidos outros mediadores para funcionarem no mesmo
procedimento, quando isso for recomendável em razão da natureza e da complexidade do conflito.
Art. 16. Ainda que haja processo administrativo disciplinar em curso, as partes poderão
submeter-se à mediação, hipótese em que requerer-se-6 ao Reitor a suspensão do processo por prazo
suficiente para a solução consensual do litígio, não superior a 30 dias.
§ 1° É irrecorrivel a decisão que suspende o processo nos termos requeridos de comum
acordo pelas partes.
6
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA / IFSP
Seção II
Da Mediação
Art. 22. 0 convite para iniciar o procedimento de mediação sera feito pelo NUSCA, as
partes identificadas os procedimentos descriminados no Art. 10 desta Portaria, por qualquer meio oficial
documentável.
Art. 23. 0 convite sera encaminhado aos envolvidos no conflito e poderá ser feito por
qualquer meio de comunicação oficial e deverá estipular o assunto, a data e o local da primeira reunião.
Parágrafo único. O convite para conciliação formulado por uma parte a outra considerar-
se-á rejeitado se não for respondido em até trinta dias da data de seu recebimento.
Art. 24. 0 Convite para a mediação deverá conter, no mínimo:
I - prazo mil-limo e máximo para a realização da primeira reunião de mediação, edntado a
partir da data de recebimento do convite;
7
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA / IFSP
Seção III
Da Conciliação
Art. 27. A conciliação poderá ser proposta por qualquer agente público lotado no IFSP,
envolvido ou não no conflito objeto de conciliação, ou ainda por qualquer membro pertencente 5
comunidade acadêmica desde que envolva atividade administrativa, docente ou operacional.
Parágrafo Único: Os conflitos advindos da atividade docente clever-5o seguir os
procedimentos próprios da atividade acadêmica e seus regulamentos.
Art. 28. A Comunicação de existência de conflito será encaminhado Gestor do NUSCA e
poderá ser feito por qualquer meio de comunicação oficial conforme estipulado no art. 10.
Art. 29. 0 Convite para a conciliação deverá conter, no mínimo:
I - prazo mínimo e máximo para a realização da primeira reunião de mediação, contado a
partir da data de recebimento do convite;
II - local da primeira reunião de mediação;
III - critérios de escolha do mediador ou opção pela escolha do Gestor do NUSCA.
Art. 30. Não havendo especificação completa no convite, deverão ser observados os
seguintes critérios para a realização da primeira reunião de mediação:
I - prazo mínimo de dez dias úteis e prazo máximo de 60 dias, contados/i 1:3rtir do
recebimento do convite; r`
8
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA / IFSP
II - local adequado a uma reunião que possa envolver informações confidenciais, onde haja
clima leve e descontração.
Art. 31. Se as partes se comprometerem a não iniciar procedimento conciliatório durante
certo prazo, tais como férias docentes, ou suspensão do calendário acadêmico por força maior, ou até o
implemento de determinada condição.
Parágrafo único. o gestor do NUSCA ou o Reitor poderão suspender o curso da mediação
ou da ação pelo prazo previamente acordado ou até o implemento dessa condição.
Seção IV
Das Condutas nas Reuniões de Mediação e Conciliação
Art. 32. As regras que regem o procedimento da conciliação/mediação são normas de
conduta a serem observadas pelos conciliadores para seu bom desenvolvimento, permitindo que haja o
engajamento dos envolvidos, com vistas à sua pacificação e ao comprometimento com eventual acordo
obtido, sendo elas:
§ 12 Informação - Dever de esclarecer os envolvidos sobre o método de trabalho a ser
empregado, apresentando-o de forma completa, clara e precisa, informando sobre os princípios
deontológicos referidos no Anexo II, as regras de conduta e as etapas do processo.
§ 22 Autonomia da vontade — Dever de respeitar os diferentes pontos de vista dos
envolvidos, assegurando-lhes que cheguem a uma decisão voluntária e não coercitiva, com liberdade para
tomar as próprias decisões durante ou ao final do processo, podendo inclusive interrompê-lo a qualquer
momento.
§ 32 Ausência de obrigação de resultado — Dever de não forçar um acordo e de não tomar
decisões pelos envolvidos, podendo, quando muito, no caso da conciliação, criar opções, que podem ou
não ser acolhidas por eles.
§ 42 Desvinculação da profissão de origem — Dever de esclarecer aos envolvidos que atua
desvinculado de sua profissão de origem, informando que, caso seja necessária orientação ou
aconselhamento afetos a qualquer área do conhecimento poderá ser convocado para a sessão o
profissional respectivo, desde que com o consentimento de todos.
§ 52 Teste de realidade — Dever de assegurar que os envolvidos, ao chegarem a um acordo,
compreendam perfeitamente suas disposições, que devem ser exequíveis, gerando o comprometimento
com seu cumprimento.
CAPÍTULO V
DA INCOMPETÊNCIA, SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENOS
Art. 33. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar por
escrito.
9
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA! IFSP
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 39. 0 Núcleo Permanente de Gestão e Solução de Conflitos Administrativos do IFSP
poderá criar banco de dados sobre boas práticas em mediação, bem como manter relação de mediadores
para atuar em conflitos como convidados.
Art. 40. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por legrópria,
aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos deste Regulamento.
10
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA / IFSP
11
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA / IFSP
ANEXO I
CÓDIGO DE ÉTICA DE DO NÚCLEO PERMANENTE DE GESTÃO E SOLUÇÃO DE CONFLITOS NO
ÂMBITO DO IFSP
Art. 1° São princípios fundamentais que regem a atuação de conciliadores e mediadores
no âmbito do IFSP: decisão informada, competência, imparcialidade, independência e autonomia,
respeito á ordem pública e ás leis vigentes, empoderamento e validação, assim definidos:
I - Decisão informada - dever de manter o jurisdicionado plenamente informado quanto
aos seus direitos e ao contexto fático no qual está inserido;
II - Competência - dever de possuir qualificação que o habilite à atuação judicial, com
capacitação na forma desta Resolução, observada a reciclagem periódica obrigatória para formação
continuada;
III - Imparcialidade - dever de agir com ausência de favoritismo, preferência ou preconceito,
assegurando que valores e conceitos pessoais não interfiram no resultado do trabalho, compreendendo
a realidade dos envolvidos na disputa e jamais aceitando qualquer espécie de favor ou presente;
IV - Independência e autonomia - dever de atuar com liberdade, sem sofrer qualquer
pressão interna ou externa, sendo permitido recusar, suspender ou interromper a sessão se ausentes as
condições necessárias para seu bom desenvolvimento, tampouco havendo dever de redigir acordo ilegal
ou inexequível;
V - Respeito à ordem pública e ás leis vigentes - dever de velar para que eventual acordo
entre os envolvidos não viole a ordem pública, nem contrarie as leis vigentes;
VI - Empoderamento - dever de estimular os interessados a aprenderem a melhor
resolverem seus conflitos futuros em função da experiência de justiça vivenciada na autocomposigão; e
VII - Validação - dever de estimular os interessados perceberem-se reciprocamente como
serem humanos merecedores de atenção e respeito.
Art. 2° As regras que regem o procedimento da conciliação/mediação são normas de
conduta a serem observadas pelos conciliadores/mediadores para o bom desenvolvimento daquele,
permitindo que haja o engajamento dos envolvidos, com vistas á sua pacificação e ao comprometimento
com eventual acordo obtido, sendo elas:
I - Informação - dever de esclarecer os envolvidos sobre o método de trabalho a ser
empregado, apresentando-o de forma completa, clara e precisa, informando sobre os princípios
deontológicos referidos no Capitulo I, as regras de conduta e as etapas do processo;
II - Autonomia da vontade - dever de respeitar os diferentes pontos de vista dos envolvidos,
assegurando-lhes que cheguem a uma decisão voluntária e não coercitiva, com liberdade para tomar as
próprias decisões durante ou ao final do processo e de interrompê-lo a qualquer momento;
III - Ausência de obrigação de resultado - dever de não forçar um acordo e de não tomar
decisões pelos envolvidos, podendo, quando muito, no caso da conciliação, criar opções, que podem ou
não ser acolhidas por eles;
12
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SAO PAULO
REITORIA / IFSP
13