Alunos: Pedro Paulo do Nascimento Cordeiro Hugo lucian batista nunes
1) Redes H.323: Definições, características, diferenças e integração redes SIP;
O padrão H.323 é parte da família de recomendações ITU-T (International Telecommunication Union Telecommunication Standardization sector) H.32x, que pertence a série H da ITU-T, e que trata de "Sistemas Audiovisuais e Multimídia". A recomendação H.323 tem o objetivo de especificar sistemas de comunicação multimídia em redes baseadas em pacotes e que não provêem uma Qualidade de Serviço (QoS) garantida. Além disso, estabelece padrões para codificação e decodificação de fluxos de dados de áudio e vídeo, garantindo que produtos baseados no padrão H.323 de um fabricante interopere com produtos H.323 de outros fabricantes. O padrão H.323 é completamente independente dos aspectos relacionados à rede. Dessa forma, podem ser utilizadas quaisquer tecnologias de enlace, podendo-se escolher livremente entre as que dominam o mercado atual como Ethernet, Fast Ethernet, FDDI, ou Token Ring. Também não há restrições quanto à topologia da rede, que pode consistir tanto de uma única ligação ponto a ponto, ou de um único segmento de rede, ou ainda serem complexas, incorporando vários segmentos de redes interconectados. O Mesmo especifica o uso de áudio, vídeo e dados em comunicações multimídia, sendo que apenas o suporte à mídia de áudio é obrigatório. Mesmo sendo somente o áudio obrigatório, cada mídia (áudio, vídeo e/ou dados), quando utilizada, deve seguir as especificações do padrão. Pode-se ter uma variedade de formas de comunicação, envolvendo áudio apenas (telefonia IP), áudio e vídeo (videoconferência), áudio e dados e, por fim, áudio, vídeo e dados. Características A especificação do padrão H.323 prevê a existência de quatro tipos de componentes com funções distintas em uma comunicação multimídia: Terminais, Gateways, Gatekeepers e Multipoint Control Units (MCUs). Desses componentes os principais são os Terminais e os Gatekeepers. Diferenças As diferenças entre os protocolos H.323 e SIP. Confiabilidade H.323: Define um número de características para gerenciar falhas de entidades intermediárias da rede. Como exemplo, se um gatekeeper falha, o protocolo está preparado para utilizar um gatekeeper alternativo. Os endpoints H.323 podem se registrar a outro gatekeeper. SIP: O SIP não dispõe de procedimentos para gerenciamento de falhas nos dispositivos. Se um agente SIP falha, não existe meios para que o Proxy venha detectar a falha, exceto se o Proxy enviar mensagens Invite para o dispositivo e aguardar o retorno dentro de um time-out determinado. Além disto, caso o Proxy falhe, o Agente SIP não possui mecanismos para detectar a falha. Definição de Mensagem H.323: Utiliza o padrão ASN.1 (Abstract Syntax Notation 1), extremamente preciso e de fácil entendimento e utilizado por vários sistemas. SIP: Utiliza o padrão ABNF (Augmented Backus-Naur Form) como notação sintática. Codificação das Mensagens H.323: O H.323 codifica as mensagens em um formato compacto binário, adequado para conexões de banda estreita ou de banda larga. SIP: As mensagens SIP são codificadas no formato texto ASCII, adequadas para a leitura. Como conseqüência, as mensagens são maiores e menos adequadas à redes que envolvem requisitos piores para processamento e largura de banda. Load Balancing H.323: Possui habilidade para efetuar load balance entre endpoints ao longo de um número de gatekeepers alternativos. Em adição, os endpoints reportam sua disponibilidade e capacidade total, de forma que chamadas endereçadas para um conjunto de gateways poderão por exemplo ser melhor distribuídas através dos mesmos. SIP: Não possui recursos para “load balancing”. Escalabilidade na Sinalização de Chamada H.323: Quando um gatekeeper é utilizado, ele pode prover uma resolução de endereço através de uma troca de mensagens RAS ou ele pode rotear todo o tráfego de sinalização. Em grandes redes, o modelo de conexão direta (canal H.245 aberto entre os dois endpoints) pode ser utilizado, de forma a reduzir a carga de processamento de um gatekeeper. SIP: Não possui estes recursos. Todas as chamadas SIP são endereçadas a um Proxy. Ao Proxy é requerido no mínimo a troca de 3 mensagens para cada chamada. Escalabilidade na Resolução de Endereços H.323: Define uma interface entre o endpoint e o gatekeeper para fins de resolução de endereço. O gatekeeper deve utilizar um determinado protocolo para descobrir o endereço do endpoint de destino, podendo inclusive efetuar um questionamento a outros gatekeepers. SIP: Utiliza o UAS (User Agent Server) para efetuar a resolução de endereço e estes agentes utilizam a primitiva Invite para verificação do endereço nos Proxies. Endereçamento H.323: Possui mecanismos de endereçamento flexíveis os quais incluem URL e padrão de numeração E.164. O H.323 suporta os seguintes aliases: • Numeração E.164; • ID H.323; • URL; • Transport Address; • Endereços de email; • Party number. SIP: Somente permite o endereçamento através de URL. Requisitos Administrativos H.323: O H.323 não requer um gatekeeper. Uma chamada pode ser feita diretamente entre dois endpoints (chamada ponto a ponto). SIP: Não requer um Proxy. Uma chamada pode ser efetuada diretamente entre dois agentes. CODEC H.323: O H.323 suporta qualquer CODEC, seja ele padronizado ou proprietário. SIP: Suporta qualquer CODEC registrado na IANA ou outro CODEC cujo nome faz parte de um acordo de atualização. Suporte para Firewall H.323: O H.323 permite a utilização de um Proxy H.323, na verdade um gateway H.323/H.323, onde pode ser instalado um Firewall. SIP: Provido pelo Proxy SIP. Protocolo de Transporte H.323: Pode utilizar um protocolo na camada de transporte com serviço de conexão confiável ou não confiável. As conexões de admissão e registro são feitas através de protocolo UDP, enquanto que o canal H.245 é aberto pelo protocolo TCP. SIP: A maioria das entidades SIP utiliza uma camada de transporte com serviço não orientado à conexão. Falta integração redes sip 2) Mídias/CODECs no contexto do protocolo SIP: Descrição dos principais CODECs utilizados em transmissões de mídia de audio e vídeo no protocolo RTP, precisamente descritas no protocolo SDP; codecs Codecs de áudio podem ser classificados em três tipos: waveform (formas de onda), vocoders e híbridos. Waveform Os codecs classificados como waveform possuem alta qualidade, um mecanismo de codificação rápido implicando em menor necessidades de processamento, possuem pouca distorção, e o sinal decodificado é muito similar ao sinal de áudio original. Os codecs classificados nesta família não são muito eficientes se forem utilizados em redes com baixa largura de banda. O codec G.711 é o principal exemplo de codecs desta classificação sendo amplamente utilizado nas redes de telefonia tradicional e VoIP. O codec G.726 também faz parte desta classificação e, apesar de possuir a mesma qualidade que o codec G.711 com a metade do consumo de banda, caiu em desuso por não suportar a transmissão de sinais de fax ou de modens analógicos. Vocoder Os codecs classificados como vocoder emulam o sinal da voz de acordo com modelos pré-estabelecidos, apresentando altas taxas de compressão e consequentemente baixa largura de banda. Os codecs desta família possuem baixa qualidade e em alguns casos entregando a fala robotizada, por essa razão raramente são utilizados em redes de telefonia. O codec LPC é principal exemplo desta classificação e raramente encontra-se disponível em dispositivos VoIP, sendo desta forma pouco utilizado. Híbrida A classificação híbrida é um meio termo entre a classificação waveform, que tem como principal característica a alta qualidade de voz, e a classificação vocoder que prioriza a baixa necessidade de largura de banda da rede IP. Os codecs desta classificação apresentam uma qualidade e consumo de banda aceitáveis, se tornando muito utilizados na telefonia VoIP. O codec G.729 é o mais utilizado nesta classificação. Referencias https://www.linkedin.com/pulse/codecs-de-%C3%A1udio-para-tecnologia-voip- parte-2-miranda-pimenta