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GUERRA DA RÚSSIA-UCRÂNIA
Coronel Oleksandr Oksanchenko (Ucrânia), Vladimir Zhoga (que comandava grupo neonazista
russo), Andrey Sukhovetsky (Exército da Rússia) e Nikolai Kravchenko (Batalhão Azov) entre os
mortos na guerraImagem: Arte UOL
Luan Martendal
Colaboração para o UOL
15/04/2022 04h00
Quase dois meses depois do início da invasão de tropas militares da Rússia na Ucrânia, chama a
atenção do mundo o número crescente de generais russos mortos em combate. Desde o primeiro
ataque, em 24 de fevereiro, até agora, pelo menos sete dos 20 generais russos que teriam sido
designados para comandar as tropas russas foram mortos em ação —uma baixa sem precedentes na
atualidade.
A contagem é de autoridades da Ucrânia, que têm reconhecimento de diferentes governos
ocidentais, apesar de a Rússia não confirmar o número. É difícil saber o cenário real, mas os
indícios colocam em xeque a preparação do Exército russo para a invasão.
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Os especialistas dizem que, até aqui, a guerra têm evidenciado falhas de planejamento e execução
das operações militares da Rússia.
Nesta quinta-feira, 50º dia da guerra, a Ucrânia disse ter feito uma "emboscada de engenharia" que
destruiu um grande comboio militar inimigo e o navio mais importante da Marinha russa, o
destroier Moskva.
Quando abriu fogo contra o território da Ucrânia, a Rússia estimava alcançar seus objetivos em
poucos dias, mas, à medida que a Ucrânia resiste às tentativas de tomada das suas principais
cidades, o conflito se estende e coloca seus principais líderes militares expostos ao contra-ataque na
linha de frente do combate.
Geralmente, em situações de conflito, os generais de mais alta patente, privilegiados por seus
cargos, costumam montar as estratégias de atuação de seus grupos e, enquanto suas tropas realizam
as ações planejadas, tendem a permanecer seguros e fora da mira do inimigo. No entanto, a situação
atual mostra um fator incomum que torna mais vulneráveis os generais russos.
Sukhovetsky
Imagem: Divulgação
Especialistas ouvidos pelo jornal americano The Washington Post acreditam que visar e atacar
generais é uma tática de guerra legítima que está sendo abertamente adotada por oficiais ucranianos.
Uma das hipóteses levantadas sugere que os militares russos tentaram manter suas comunicações
seguras, mas unidades de inteligência da Ucrânia encontraram seus alvos.
Além disso, analistas apontam que a configuração do Exército russo é diferente da de outros países.
A cadeia de comando e controle da Rússia se mostrou deficitária em qualidade de inteligência,
logística e táticas adotadas, o que provavelmente obriga os generais a irem para a frente de batalha.
O general checheno, Magomed Tushayev, enviado à Ucrânia pelo presidente da Rússia, Vladimir
Putin, também teria morrido em combate em fevereiro deste ano.
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/04/15/por-que-tantos-generais-
russos-estao-morrendo-na-ucrania.htm