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PROPÓSITO
Compreender as considerações do uso do modelo de serviços na arquitetura de computação
em nuvem, as métricas de Qualidade de Serviço (QoS), o Acordo de Nível de Serviços (SLA) e
a precificação dos serviços, para a atuação geral na área de redes e a atuação especializada
em serviços de cloud computing.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
A computação em nuvem (do inglês cloud computing) é um conceito que faz referência à
tecnologia que disponibiliza recursos sob demanda pela internet.
Serviço mensurável.
Nuvem privada;
Nuvem comunitária;
Nuvem pública;
MÓDULO 1
RECURSOS DE TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO (TI)
Recurso de TI é um artefato físico ou virtual, que pode ser baseado em software, como
um servidor virtual ou um programa de software específico, ou baseado em hardware,
como um servidor físico ou um dispositivo de rede.
Fonte: Blackboard/Shutterstock
INFRAESTRUTURA COMO UM SERVIÇO
(INFRASTRUCTURE-AS-A-SERVICE – IAAS)
O objetivo geral desse ambiente é fornecer um alto nível de controle e responsabilidade sobre
sua configuração e sua utilização, tendo recursos de TI geralmente entregues sem possuir uma
pré-configuração, transferindo a responsabilidade administrativa para o consumidor de serviço
em nuvem.
Substituição completa de um ambiente local;
Intenção de se tornar um provedor de nuvem e implantar os próprios serviços para serem
disponibilizados a consumidores externos.
O consumidor é poupado da carga administrativa de configuração e manutenção dos recursos
de TI de infraestrutura simples fornecidos pelo modelo IaaS.
O consumidor recebe um nível mais baixo de controle sobre os recursos de TI subjacentes que
hospedam e provisionam a plataforma, conforme mostrado a seguir. Os produtos PaaS estão
disponíveis em diferentes pilhas de desenvolvimento, como o Google App Engine, que oferece
um ambiente baseado em Java e Python.
Fonte: Shutterstock
Para entendermos melhor, vamos observar a seguir uma comparação dos níveis de controle
entre os modelos básicos.
Fonte: O autor
Fonte: O autor.
O consumidor pode utilizar distintos modelos de serviços em nuvem. Ou seja, é possível utilizar
os serviços da Amazon como provedor de IaaS e o Azure como provedor PaaS.
Fonte: Shutterstock
FATORES TÉCNICOS
A organização provedora e consumidores podem desempenhar diferentes papeis no modelo de
serviço em nuvem. Quanto menos serviços em nuvem a empresa cliente consumir, maior o
grau de competência da equipe de TI da empresa, ou seja, menos serviços consumidos pela
empresa na nuvem, maior será a área de TI da empresa cliente.
E isso também significa que, no modelo IaaS, a empresa cliente terá que se preocupar com o
gerenciamento de mais serviços de TI. Se ela não tiver boas habilidades de TI nas áreas de
Computação Distribuída, Desenvolvimento Web e Arquiteturas Orientadas a Serviços (SOAs),
talvez seja melhor se concentrar nos modelos de serviço SaaS e PaaS ou encontrar um
parceiro que crie serviços em nuvem no IaaS.
FATORES FINANCEIROS
O foco dessa categoria é mais direcionado para o Custo Total de Propriedade (Total Cost of
Ownership – TCO) do que para o cálculo do preço por hora ou por mês de um serviço em
nuvem. O TCO é uma estimativa que auxilia na determinação dos custos diretos e indiretos de
um produto ou sistema. Por exemplo, o investimento em um novo sistema de computador tem
um preço de compra inicial. Os custos adicionais geralmente incluem novo software,
instalação, custos de transição, treinamento de funcionários, custos de segurança,
planejamento de recuperação de desastres, suporte contínuo e atualizações futuras. Usando
esses custos como guia, a organização compara as vantagens e as desvantagens da compra
do sistema de computador, assim como os benefícios gerais para a empresa a longo prazo.
FATORES ESTRATÉGICOS
As estratégias de negócios contribuem para a decisão sobre qual modelo de serviço em nuvem
selecionar. Exemplo: Se a velocidade para o lançamento de uma solução no mercado for
grande, existe mais probabilidade de a escolha de SaaS (ou PaaS), em que a infraestrutura
será abstraída do usuário final. Se o controle é a estratégia mais importante, é mais provável
que uma solução de IaaS seja escolhida, fazendo a organização ter mais controle sobre a
infraestrutura subjacente. As empresas muitas vezes acabam escolhendo um fornecedor de
nuvem com base apenas em preferências técnicas, não levando em consideração as
estratégias de negócios que estão impulsionando as iniciativas de nuvem.
FATORES ORGANIZACIONAIS
Uma avaliação da organização pode desempenhar um papel no modelo de serviço em nuvem
que escolher: Quanto menor for a pilha de nuvens da empresa, maior o grau de competência
da equipe. Voltando ao quadro 1, a pilha de nuvens do modelo SaaS, por exemplo, é menor do
que a pilha de nuvens do modelo IaaS, significando que, no último modelo, a empresa terá que
se preocupar com o gerenciamento de mais camadas da pilha. Se ela não tiver boas
habilidades de TI nas áreas de Computação Distribuída, Desenvolvimento Web e Arquiteturas
Orientadas a Serviços (SOAs), talvez seja melhor se concentrar nos modelos de serviço SaaS
e PaaS ou encontrar um parceiro que crie serviços em nuvem no IaaS. Um exemplo de
competência que pode pesar na escolha do modelo de serviço é o desenvolvimento de
middleware, uma camada na qual o consumidor gerencia caso opte pelo modelo IaaS, mas que
será gerenciado pelo provedor no caso da escolha pelo PaaS.
FATORES DE RISCOS
A gerência deve definir o grau de risco que uma empresa está disposta a assumir, conforme os
objetivos do negócio; quantificar e qualificar os riscos identificados, como por quanto tempo a
solução pode ficar inativa e quanto uma violação de segurança pode ser prejudicial.
Entre os três modelos de serviço em nuvem, o SaaS foi o primeiro a amadurecer. Nesse
modelo, os provedores têm total controle sobre a infraestrutura, o desempenho, a segurança, a
escalabilidade e a privacidade, por exemplo, geralmente não oferecendo o mesmo nível de
flexibilidade que uma empresa teria se desenvolvesse o próprio aplicativo.
Em geral, são oferecidas duas formas de uso dos recursos aos consumidores:
Fonte:Shutterstock
1.
Fonte:Shutterstock
2.
APIs, de modo que os consumidores de serviços possam integrar recursos aos aplicativos
existentes ou com outras soluções SaaS.
Exemplo
O modelo SaaS possui APIs refinadas e genéricas, projetadas para serem incorporadas
como parte de soluções maiores. A empresa fornece um serviço similar ao Google Maps,
com uma API que possibilita a incorporação de informações e de imagens de
mapeamento por outros sites e aplicativos da web.
Alguns dos serviços são fornecidos de graça, e como são patrocinados por terceiros,
eles executam uma forma de coleta de informações de segundo plano. A leitura do
contrato do provedor de nuvem esclarece sobre qualquer atividade de fundo que o
serviço possa executar.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
IDE
Suponha que a startup de comércio eletrônico START possui funcionários com boas
experiências na área de TI. Ela deseja agora contratar os serviços de uma provedora de
serviços em nuvem PaaS para oferecer uma plataforma de vendas on-line. Apesar de os
ambientes PaaS fornecerem menos controle administrativo que os ambientes IaaS, eles
ainda oferecem uma variedade significativa de recursos de gerenciamento. A START
terá à disposição:
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
À medida que o tempo avança, o custo do IaaS pode se tornar tão baixo que os provedores de
PaaS podem ter que seguir o exemplo para competir. Por exemplo, quando a Amazon reduz os
custos de seu Elastic Compute Cloud (EC2), outros provedores de IaaS podem ter que fazer o
mesmo.
O IaaS também foi adotado sobre o PaaS devido às interrupções. Quando um provedor PaaS
ou SaaS sofre uma interrupção, deve-se esperar a correção do problema para que os serviços
fiquem novamente on-line.
Fonte: SergeyBitos/Shutterstock
SISTEMA DE ARQUIVOS EM REDE
Fonte: Profit_Image/Shutterstock
autor/shutterstock
Baseado em objetos, a interface não é integrada ao sistema operacional, cujos arquivos são
representados logicamente e podem ser acessados por meio de uma interface baseada na web
(como o Amazon S3).
EXEMPLO
A APPOWER é uma grande empresa do ramo de comércio eletrônico que está avaliando
a contratação de um provedor de serviços em nuvem IaaS, pois está desenvolvendo um
serviço com requisitos de desempenho ou escalabilidade, que exigirá dos
desenvolvedores o gerenciamento da memória, a configuração dos servidores de banco
de dados e de aplicativos para maximizar a taxa de transferência, manipular o sistema
operacional etc.
A APPOWER terá muito controle sobre como, e em que medida, os recursos de TI são
provisionados, por exemplo:
Controles de escalabilidade (escala automatizada, balanceamento de carga); ciclo
de vida (desligamento, reinicialização, inicialização de dispositivos virtuais);
ambiente de rede virtual e regras de acesso à rede (firewalls, perímetros de rede
lógica);
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APLICABILIDADE DOS MODELOS DE
SERVIÇO EM NUVEM
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONSIDERE UMA EMPRESA SEM ATUAÇÃO NO NEGÓCIO DE RH QUE
NECESSITA EXECUTAR APLICATIVOS DE FOLHA DE PAGAMENTO,
GERENCIAMENTO DE RELACIONAMENTO COM CLIENTE (CRM) E
SOFTWARE DE CONTABILIDADE. NESSE MOMENTO, OS GESTORES SE
PERGUNTAM SE COMPENSA REALIZAR A COMPRA DE SOFTWARE E
SERVIDORES, GERENCIAR SERVIDORES E PAGAR PESSOAS PARA
GERENCIAR, CORRIGIR, PROTEGER E FORNECER OUTRAS TAREFAS
SEM VALOR AGREGADO PARA MANTER ESSES SERVIÇOS EM
EXECUÇÃO. CONSIDERANDO QUE O CONTEXTO SE REFERE APENAS
AOS APLICATIVOS CITADOS, QUAL DAS OPÇÕES A SEGUIR CONSTITUI
A MELHOR ALTERNATIVA, CONSIDERANDO A EXISTÊNCIA DOS
MODELOS DE SERVIÇOS EM NUVEM:
A) On-premisse.
B) IaaS.
C) PaaS.
D) SaaS.
GABARITO
A IaaS oferece como serviço a infraestrutura de um sistema de computação (em geral com o
uso de virtualização), com armazenamento e recursos de rede. O cliente pode comprar esses
recursos como um serviço totalmente terceirizado, em vez de obter os próprios servidores,
software, espaço de datacenter ou equipamento de rede.
MÓDULO 2
Segundo o NIST (2018), uma métrica fornece o conhecimento sobre uma propriedade da
nuvem pela sua definição (por exemplo, expressão, unidade, regras) e os valores resultantes
da medição da propriedade. Ela também fornece as informações necessárias para reproduzir e
verificar medições e resultados de medições.
ATENÇÃO
As métricas são importantes para apoiar a tomada de decisão na seleção dos serviços em
nuvem, a definição e o cumprimento dos contratos de serviço, monitorando os serviços em
nuvem, a contabilidade e a auditoria.
O objetivo da métrica de custo comercial é avaliar os custos estimados e o valor comercial dos
leasings de recursos de TI baseados em nuvem quando comparados à compra de recursos de
TI locais. Para isso, consideram-se os seguintes custos:
CUSTOS INICIAIS
CUSTOS CONTÍNUOS
Além dos custos apresentados, outras métricas de custos comerciais podem ser levadas em
consideração,
USO DA REDE
Geralmente é calculado medindo-se separadamente o tráfego de uso da rede de entrada e o
tráfego de uso da rede de saída em relação aos serviços em nuvem ou outros recursos de TI.
USO DO SERVIDOR
As métricas de uso do servidor em geral são usadas para definir o valor a ser pago por uma
quantidade de servidores e ambientes utilizados em ambientes IaaS e PaaS. Podemos utilizar,
por exemplo, a alocação de instâncias de máquina virtual sob demanda.
A seguir, são mostrados alguns exemplos de métricas de custo de uso da nuvem. Em “Medidas
de utilização / Métricas”, vemos alguns exemplos de medidas e de métricas que podem ser
utilizadas por um determinado tipo de serviço em nuvem.
Em “Medição” vemos as unidades de medidas ou as maneiras de medir cada uma das métricas
relacionadas. Em “Frequência” vemos a periodicidade das medições realizadas ao longo do
tempo.
Em “Modelo de serviço” vemos o modelo básico de serviço em nuvem (IaaS, PaaS, SaaS) ao
qual a métrica pode ser adequada. Em “Exemplo” há uma exemplificação de aplicação prática,
ou como a métrica pode ser comercialmente explorada por um provedor de serviços em
nuvem.
GERENCIAMENTO DE CUSTOS
Normalmente o gerenciamento de custos é centralizado nas fases do ciclo de vida dos serviços
em nuvem, definidas a seguir e mostradas adiante.
Oferta dos modelos de preços do serviço, usando modelos de custo e quaisquer opções de
personalização disponíveis;
O uso do serviço e os limites de criação de instância podem ser impostos pelo provedor de
nuvem ou definidos pelo consumidor;
PRECIFICAÇÃO
A computação em nuvem impõe um novo desafio financeiro às empresas de tecnologia: Como
precificar corretamente os modelos de contratos e como conseguir o capital necessário para
financiar os equipamentos e a infraestrutura?
Fonte:Shutterstock
Fonte: Shutterstock
Fonte: Shutterstock
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Custos que dependem do tipo de alocação de recursos de TI (ex.: Sob demanda versus
reservada);
Fonte:Shutterstock
Taxas fixas ou variáveis, conforme o tipo de alocação de recursos (cota fixa de uso, ou uso
dinâmico);
Fonte:Shutterstock
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ESTUDO DE CASO
Uma empresa faz uma análise de Custo Total de Propriedade (TCO) para decidir se migrará
um aplicativo herdado para um ambiente PaaS implantado em um cluster de servidor virtual
composto por 2 servidores virtuais em execução em 1 servidor físico dedicado, que possui 200
GB de banco de dados. Os valores já são os melhores, escolhidos após várias consultas e
análises de preços com fornecedores, como mostrados a seguir.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Pelos dados apresentados, podemos avaliar o custo entre uma solução on-premise e uma
solução na nuvem. Concluímos que a solução na nuvem é mais viável economicamente.
Sendo assim, a empresa pode optar pela migração para a computação em nuvem.
MODELOS DE PRECIFICAÇÃO PARA
COMPUTAÇÃO EM NUVEM
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONSIDERE O MESMO CENÁRIO DESCRITO NO ESTUDO DE CASO,
MAS AGORA COM UM BANCO DE DADOS QUE RESIDE EM UM CLUSTER
DE ALTA DISPONIBILIDADE SEPARADO.
B) A empresa pode focar nos custos iniciais e optar por migrar a aplicação para a nuvem.
C) A decisão de migrar o aplicativo para a nuvem não é suportada pela análise de TCO.
D) Tanto a análise dos custos iniciais quanto a dos custos contínuos são favoráveis à migração
para a nuvem.
B) Operação do serviço.
C) Provisionamento de serviço.
D) Oferta de serviço.
GABARITO
1. Considere o mesmo cenário descrito no estudo de caso, mas agora com um banco de
dados que reside em um cluster de alta disponibilidade separado.
Faça a análise dos dados apresentados e, com base neles, marque a alternativa correta:
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Na operação do serviço, o uso ativo do serviço em nuvem irá produzir dados métricos de custo
de uso.
MÓDULO 3
CONCEITOS
Em relação à prestação de serviços, o Acordo de Nível de Serviço – ANS (Service Level
Agreement – SLA) é essencial para alinhar os detalhes do trabalho entre aquele que o solicita
e aquele que o disponibiliza. Com o SLA é possível estabelecer os requisitos referentes ao
contrato, tanto em relação à entrega de um serviço adequado quanto para estabelecer as
expectativas sobre o resultado.
Um SLA é um contrato entre o provedor de serviços de nuvem (Cloud Service Provider – CSP)
e o consumidor de serviços de nuvem (Cloud Service Consumer – CSC), o qual define a
expectativa do nível de serviço que o CSP promete fornecer ao CSC.
Conforme mostrado, O SLA é basicamente um documento que atua como um contrato entre o
provedor e o cliente, ou seja, entre os assinantes. Ele é padronizado pela norma NBR ISO-IEC
20000-1, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ou seja, segue um modelo
único em todas as aplicações, especialmente para ser aprovado.
Os SLAs constituem uma peça fundamental para serviços baseados em nuvem, pois os CSPs
assumem responsabilidades em nome do consumidor. Os consumidores precisam garantir que
o provedor forneça serviços confiáveis, seguros, escalonáveis e disponíveis.
Uma empresa pode usar, por exemplo, um IaaS CSP para fornecer a camada de infraestrutura,
um provedor de PaaS para fornecer a camada de pilha de aplicativos e um conjunto de
soluções de SaaS e APIs de terceiros para várias funções do utilitário.
Cada um dos CSPs que formam a plataforma da empresa possui os próprios SLAs. A
organização deve considerar todos esses SLAs antes de se comprometer com contratos de
serviço com os clientes.
O SLA preza por alguns objetivos. Entre eles, a simplificação e a clareza do serviço que será
prestado, além da redução de conflitos e da eliminação de expectativas não compatíveis com o
que será de fato realizado.
Para começarmos a definir um SLA precisamos determinar quais são as expectativas dos
clientes, que podem ser influenciadas pelos seguintes fatores:
EXEMPLO
A empresa XPTO é um consumidor do provedor ACME, que oferece serviços em nuvem IaaS.
Além das camadas de serviços de Aplicações e Dados, a XPTO tem acesso às camadas mais
baixas da pilha de serviços, incluindo rotinas em tempo de execução, Middleware e SO. A
XPTO então criou uma solução SaaS e se tornou um provedor em nuvem oferecendo acesso
somente às camadas de Aplicações e Dados.
IMPORTÂNCIA DO SLA
O SLA é um documento essencial para o cliente e para o provedor, pois garante a entrega de
um serviço satisfatório para ambas partes.
Olhando pelo prisma do cliente, o SLA pode ser comparado a uma espécie de comprovante de
tudo o que foi especificado sobre o serviço contratado. Se algo ocorrer fora do planejado, é
possível usar o SLA para contestar e chegar a um acordo.
No estabelecimento do SLA é preciso que ambas as partes sanem todas as dúvidas e deixem
bem claro o que é possível ou não, para manter a transparência e finalizar o acordo de forma
satisfatória.
Fonte: H_Ko/Shutterstock
COMPOSIÇÃO
O SLA precisa ser estruturado em categorias que descrevem o serviço prestado:
NÍVEL DE SERVIÇO
TERMOS DE COMPROMISSO
PRAZOS DE CONTRATO
SUPORTE TÉCNICO
SLM
MTBF
NÍVEL DE SERVIÇO
Nessa etapa é definida a espécie do serviço que será prestado ao cliente (um processo de
manutenção, implantação, atualização ou reparo de algum sistema ou ferramenta).
TERMOS DE COMPROMISSO
Nessa etapa é possível estruturar o contrato com segurança e transparência, garantindo que
as duas partes entendam completamente a proposta e se comprometam a seguir tudo o que foi
acordado nela.
PRAZOS DE CONTRATO
Para a empresa, os prazos são ideais para organizar as tarefas da equipe e estipular o nível de
prioridade de cada projeto. Por exemplo, aqueles serviços com uma data de entrega mais
próxima à data atual devem ser priorizados pela equipe, para que nenhum atraso ocorra e
cause conflitos com o cliente.
SUPORTE TÉCNICO
Os provedores de serviço em nuvem geralmente oferecem um suporte técnico por um período
determinado após a finalização do projeto. Sendo assim, o apoio oferecido pelo provedor deve
ser determinado quando o SLA está sendo formulado.
Seja por 48 horas após a finalização do serviço ou até por um ano, o suporte técnico funciona
como uma garantia e deve ser analisado com cuidado, principalmente pelo provedor, antes de
tomar um espaço no SLA.
SLM
MTBF
O Tempo Médio entre Falhas (Mean Time Between Failures – MTBF) funciona como um ponto
de avaliação da qualidade do serviço desenvolvido.
TIPOS DE SLA
Existem dois tipos de SLA:
Fonte: macrovector_official/Freepik
Fonte: Freepik
SLA focado no serviço, no qual o modelo não abre tanto espaço para as especificações do
cliente, ou seja, o processo é padronizado e o solicitante precisa aceitá-lo como ele é.
MÉTRICAS DE QUALIDADE DE SERVIÇO
Os SLAs usam métricas de qualidade de serviço para expressar características mensuráveis
de QoS.
DISPONIBILIDADE
DESEMPENHO
Capacidade do sistema (p. ex. processamento, memória etc.), tempo de resposta (p. ex.
processamento, banco de dados etc.) e tempo de entrega garantidos;
ESCALABILIDADE
RESILIÊNCIA
Tempo Médio para Transição (Mean-Time to Switchover – MTSO), Tempo Médio para
Recuperação do Sistema (Mean-Time System Recovery – MTSR).
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SER QUANTIFICÁVEL
A unidade de medida é bem definida, absoluta e apropriada para que a métrica possa ser
baseada em medições quantitativas;
SER REPETÍVEL
Os métodos de medição devem gerar resultados idênticos quando repetidos em condições
idênticas;
SER COMPARÁVEL
As unidades de medida usadas por uma métrica precisam ser padronizadas e comparáveis;
A métrica possui uma unidade comum de medição não proprietária, que seja facilmente obtida
e entendida pelos consumidores da nuvem.
Pode estar incluída nesse documento uma lista de todas as certificações das várias auditorias
anteriores, como SSAE18 (padrão de controles para proteção da confidencialidade e
privacidade das informações na nuvem), HIPAA (segurança e privacidade de informações
pessoais de saúde) e outras.
ACORDO DE NÍVEL DE SERVIÇO (SLA)
VERIFICANDO O APRENDIZADO
TOLERANTE A FALHAS;
MÉTRICAS ADICIONAIS QUE AUXILIAM A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO
B) O SLA poderá ser revisto objetivando incluir cláusulas que garantam o fornecimento do
sistema compatível.
C) O SLA deveria ter sido inteiramente escrito pelo cliente e submetido para o fornecedor com
aprovação garantida.
GABARITO
1. A empresa ACME está revisando os termos e condições do SLA após sofrer uma
interrupção na nuvem que deixou seu site fora do ar por duas horas. Ela criou uma lista
de requisitos adicionais e garantias:
A taxa de disponibilidade precisa ser descrita em mais detalhes para permitir um gerenciamento mais
Os dados técnicos que suportam os modelos de operações de serviço precisam ser incluídos, visando
Métricas adicionais que auxiliam a avaliação da qualidade do serviço devem ser incluídas;
Qualquer evento relacionado às métricas de disponibilidade que precisar ser excluído deve ser
claramente definido.
A letra A está incorreta, pois considera-se que sempre existirá alguma probabilidade de
inatividade do serviço. Na letra B, a qualidade de serviço é uma métrica geralmente baseada
na satisfação do cliente e não uma métrica absoluta e universal, como é afirmado. A letra C
está incorreta, pois modificar o SLA nem sempre implica aumento de gastos com locação. A
letra D está correta, pois os SLAs devem ser combinados e concordados por ambas as partes,
contratante e contratado.
2. Uma empresa tem uma aplicação local legada com chamadas para módulos web, que
era executada na própria infraestrutura. Visando ao corte de custos, decide contratar
uma provedora de serviços em nuvem, para assim virtualizar o aplicativo, e concorda
com o os termos do SLA “padrão” oferecido pela provedora. Após realizar toda a
migração, a empresa contratante percebe que algumas funções não funcionam, pois o
código possui algumas extensões escritas especificamente para o tipo de processador
do servidor local.
Lembre-se de que o SLA é um acordo entre as partes. Não existem obrigações nem certezas
até o momento do estabelecimento do contrato.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A computação em nuvem é considerada um símbolo da internet e como permite uma grande
capacidade de armazenamento em computadores e servidores compartilhados na rede,
realizar a migração de informações e de dados para a nuvem é uma estratégia cada vez mais
adotada pelas empresas e pelos gestores de tecnologia. Isso vai ao encontro de uma das
principais preocupações atuais dos CIOs das empresas: A redução de custos.
CIOS
O Chief Information Officer ou CIO é um título dado ao responsável pela tecnologia da
informação da empresa, que pode ser o gerente de TI, o superintendente de TI, o diretor
de TI ou o vice-presidente de TI.
<
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AWS. Regiões, zonas de disponibilidade e Zonas locais. In: Amazon Web Services.
Consultado em meio eletrônico em: 22 jun. 2020.
ERL, T.; PUTTINI, R.; MAHMOOD, Z. Cloud Computing: Concepts, Technology &
Architecture. São Paulo: Prentice Hall, 2013.
KAVIS, M. J. Architecting the cloud: design decisions for cloud computing service models
(SaaS, PaaS, and IaaS). New Jersey: John Wiley & Sons, 2014.
LIU, F. et. al. NIST Cloud Computing Reference Architecture: Recommendations of the
National Institute of Standards and Technology. Special Publication 500. NIST, 2011.
TWIN, A. Total Cost of Ownership – TCO. In: Investopedia. Consultado em meio eletrônico
em: 21 jun. 2020.
VAULX, F. de; SIMMON, E.; BOHN, R. NIST Cloud Computing Service Metrics Description.
Special Publication 500-307. NIST, 2018.
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