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Atomística Tudo Sobre o Átomo Você Encontra Aqui! - Brasil Escola
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Atomística
A atomística estuda tudo relacionado ao átomo, desde a sua estrutura e como as partículas subatômicas estão nele distribuídas até
as semelhanças existentes entre os átomos.
A atomística é a área da química que lida com os conceitos relacionados ao átomo, a unidade básica da matéria.
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7 - História
8 - Exercício resolvido
Estrutura do átomo
O átomo é dividido em núcleo, onde encontram-se os prótons e os nêutrons, e a eletrosfera, onde estão os elétrons.
O modelo atual do átomo propõe que ele esteja dividido em duas regiões principais: o núcleo, em que estão concentradas as
partículas positivas ou prótons, e os nêutrons, que são partículas sem carga necessárias para dar estabilidade ao núcleo. Ainda
há a eletrosfera, região onde os elétrons orbitam ao redor do núcleo.
Eletrosfera
O conceito de eletrosfera apareceu em 1911, com o modelo atômico proposto por Rutherford, que disse que os elétrons
estavam girando em órbitas ao redor do núcleo em espaços vazios, semelhante ao Sistema Solar.
Com o avanço dos modelos atômicos, a eletrosfera foi sofrendo algumas alterações nas suas características. Bohr, por exemplo,
reformulou o modelo atômico proposto por Rutherford organizando os elétrons da eletrosfera em órbitas de energias.
A eletrosfera é dividida em 7 órbitas, que possuem energia fixa que aumenta proporcionalmente com sua distância do núcleo.
Essas órbitas (ou camadas) são denominadas K, L, M, N, O, P e Q, sendo a camada K a mais próxima e de menor energia e a
camada Q a mais distante e com maior energia.
A relação de tamanho entre o núcleo e a eletrosfera gira em torno de 10.000 a 100.000 vezes, ou seja, a eletrosfera é bem maior
que o núcleo do seu átomo. Isso nos mostra que o átomo é formado em sua maior parte por espaços vazios.
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Notações importantes
Com base na estrutura do átomo, podemos extrair informações que explicam algumas características químicas e físicas dos
elementos químicos. O número atômico, representado pela letra Z, indica a quantidade de prótons existentes no núcleo de cada
átomo. Também serve como forma de identificação dos átomos, uma vez que não existem átomos diferentes com a mesma
quantidade de prótons.
Isso nos leva à definição de elemento químico: o conjunto de átomos que possuem o mesmo número atômico. É dessa forma
que representamos os átomos na Tabela Periódica, por um conjunto de átomos dispostos em ordem crescente de número
atômico.
Outra informação importante que podemos retirar da estrutura atômica é o número de massa, representado pela letra A. Uma
vez que a massa do átomo está concentrada no núcleo, já que o elétron possui massa desprezível em relação aos prótons e
nêutrons, podemos calcular a massa do átomo somando a quantidade de prótons e nêutrons do núcleo. Segue a fórmula:
A = Z + n ou A = p + n
A representação dos átomos na forma de elementos químicos inclui algumas dessas informações, bem como o símbolo utilizado
para representá-los. Obrigatoriamente, a representação de um elemento químico deve conter seu número de massa, seu
número atômico e seu símbolo.
Algumas tabelas periódicas complementam essas informações com estado físico, distribuição eletrônica, propriedades
periódicas etc.
A ideia de Thomson de um átomo neutro (mesma quantidade de partículas positivas e negativas) manteve-se no decorrer da
evolução dos modelos atômicos. Quando essa neutralidade ocorre, dizemos que os átomos encontram-se em seu estado
fundamental, isto é, o número de prótons no núcleo é igual ao número de elétrons na eletrosfera.
Quando essa igualdade não é mantida, dizemos que os átomos tornaram-se íons — o número de prótons é diferente do número
de elétrons. Isso ocorre quando o átomo ganha ou perde elétrons, a fim de alcançar um estado de menor energia, um estado
mais estável.
Quando o átomo perde elétrons, ele passa a ter mais prótons, tornando-se positivamente carregado. Ao íon positivo, ou seja,
com excesso de prótons, damos o nome de cátion. Quando o átomo ganha elétrons, ele se torna negativamente carregado, ou
seja, tem mais elétrons do que prótons. Ao íon negativo, com excesso de elétrons, damos o nome de ânion.
Como podemos aplicar essas informações a respeito dos íons? Vejamos um exemplo do íon cádmio e como calcular a
quantidade de suas partículas subatômicas e de sua massa.
A=p+n
112 = 48 + n
n = 112 – 48
n = 64
Por ser um cátion bivalente, seu número de elétrons é duas unidades menor que o número de prótons, portanto: 48 – 2 = 46
elétrons.
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Semelhança atômica
Quando comparamos dois átomos, podemos encontrar algumas semelhanças nas quantidades de partículas subatômicas
presentes em suas estruturas ou ainda na sua massa. E para cada tipo de semelhança, temos uma classificação diferente:
Isótopos
Ocorrem quando dois átomos apresentam o mesmo número de prótons (p), ou seja, possuem o mesmo número atômico (Z).
Veja o exemplo dos isótopos do carbono:
CARBONO 12 – 12C 6 6 6
CARBONO 13 – 13C 6 7 6
CARBONO 14 – 14C 6 8 6
Como a quantidade de prótons e a quantidade de elétrons são iguais para átomos neutros, átomos isótopos terão também o
mesmo número de elétrons quando não estivermos comparando átomos neutros e íons. Note também que átomos isótopos
possuem diferentes números de nêutrons e de massa.
Isótonos
Ocorrem quando dois átomos possuem a mesma quantidade de nêutrons no núcleo. Veja o exemplo em que são comparados
um átomo de cálcio e um átomo de cloro:
40
20Ca 20 20 20
37
17Cl 17 20 17
Nesse caso, a única semelhança entre os átomos está no número de nêutrons, diferindo-se em todos os outros aspectos.
Isóbaros
São átomos que possuem semelhança no número de massa, como o potássio e o argônio:
40
19K 19 21 19
40
20Ar 20 20 20
Apesar das diferenças nas partículas que compõem o núcleo desses átomos, eles possuem a mesma massa atômica.
Isoeletrônicos
Quando duas espécies químicas (átomos ou íons) apresentam o mesmo número de elétrons. No caso dos íons, deve-se levar em
conta sua carga para identificar a quantidade de elétrons. Veja no exemplo:
+2 24
12 Mg 12 12 10
20
10 Ne 10 10 10
Exemplos
Veja, a seguir, como são trabalhados os conceitos de semelhanças atômicas:
1. Dois átomos (A e B) são isóbaros. O átomo A tem número de massa igual a 7x + 5 e número atômico igual a 5x – 4. O átomo
B tem número de massa igual a 9x – 3. Quais são o número atômico, o número de massa, o número de nêutrons e o número
de elétrons do átomo A?
Para resolver essa questão, precisamos, primeiramente, encontrar o valor de x. Para isso, vamos igualar a massa do átomo A
com a massa do átomo B, já que eles são isóbaros:
7x + 5 = 9x – 3
9x – 7x = 5 +3
2x = 8
x=4
Com o valor de X, basta substituí-lo nas expressões fornecidas e encontrar as informações pedidas:
- Número atômico:
Z = 5x – 4
Z=5.4–4
Z = 20 – 4
Z = 16
- Número de massa:
A = 7x + 5
A=7.4+5
A = 28 + 5
A = 33
- Número de nêutrons:
A=p+n
33 = 16 + n
n = 33 – 16
n = 17
Portanto, o número atômico, o número de massa, o número de nêutrons e o número de elétrons do átomo A são,
respectivamente: 16, 33, 17 e 16 (por ser um átomo neutro, p = e). Para saber mais sobre, acesse: Semelhanças atômicas.
História
A composição da matéria é estudada desde a Antiguidade, mais especificamente desde o século V a.C., quando os filósofos
gregos Leucipo e Demócrito propuseram a explicação de que a matéria era constituída de pequenas partículas que não
poderiam ser divididas e deram a essas partículas o nome de átomos.
Essa teoria vigorou por vários anos, até que o químico e físico inglês John Dalton, por volta de 1808, após estudos baseados
nas leis ponderais e em experimentos, propôs que a matéria era formada por partículas de formato esférico, indivisível e sem
carga.
Dentro dessa perspectiva, átomos que tivessem as mesmas características e propriedades seriam do mesmo elemento químico
e sofreriam um rearranjo quando realizassem uma reação química. Esse modelo ficou conhecido como bola de bilhar, por ser
esférico e maciço. Para saber mais sobre, leia: Modelo atômico de Dalton.
Com a diversificação das pesquisas e o aprofundamento dos experimentos, foram surgindo outros modelos mais plausíveis e
que possibilitavam a explicação de outros fenômenos.
Assim, foi em 1887 que o físico britânico Joseph John Thomson alterou a ideia de partícula indivisível que se fazia do átomo.
Por meio de experimentos com raios catódicos, ele descobriu o elétron, uma partícula de carga negativa que está presente na
estrutura atômica.
Para explicar o caráter neutro da matéria, ele indicou que o átomo seria uma massa positiva, com os elétrons distribuídos
uniformemente. Esse modelo ficou conhecido como o pudim de passas. Para saber mais sobre, leia: Modelo atômico de
Thomson.
Em 1911, o físico Ernest Rutherford, nascido na Nova Zelândia, descobriu que o átomo não era uma esfera maciça, como
indicavam os outros modelos, e sim uma estrutura com grandes espaços vazios. Ele fez essa descoberta após realizar
experimentos para entender um pouco mais sobre a radioatividade e as partículas alfa, tendo sido essas, para tanto,
bombardeadas em uma fina lâmina de ouro.
Nesse experimento, Rutherford pôde observar que algumas partículas alfa não atravessavam a lâmina de ouro, outras sofriam
um desvio na trajetória, e a maioria delas passava direto, sem alteração na direção.
Experimento de Rutherford em que partículas alfa foram bombardeadas em uma fina camada de ouro.
Após essas observações, Rutherford concluiu que o átomo era composto por um núcleo denso e positivo, em que estavam
contidos os prótons, e os elétrons orbitavam ao redor do núcleo em um grande espaço vazio, chamado eletrosfera. Essa
descrição lembra o Sistema Solar, nome pelo qual se designou esse modelo atômico. Para saber mais sobre, leia: Modelo
atômico de Rutherford.
Baseado no modelo atômico de Rutherford, o físico dinamarquês Niels Bohr propôs uma reformulação do modelo atômico, e,
assim, em 1913, surgiu o modelo de Bohr (em alguns casos, também chamado de Rutherford-Bohr), que explicava como os
elétrons estavam distribuídos na eletrosfera. Para tanto, elaborou alguns postulados, a fim de descrever sua teoria:
1. Os elétrons movimentam-se ao redor do núcleo em órbitas circulares e com energias definidas, denominadas camadas
eletrônicas.
2. Cada camada possui uma energia permitida para os elétrons, a qual aumenta à medida que se distancia do núcleo. Os
elétrons não perdem ou ganham energia espontaneamente ao movimentarem-se na camada.
3. Os elétrons podem absorver energia e saltar para uma camada mais externa, porém de maneira instável. Quando o elétron
retorna para sua camada de origem, ele emite a energia absorvida na forma de luz ou calor. Esse fenômeno é denominado
salto quântico.
O modelo atômico de Bohr considerou os níveis de energia em que os átomos orbitavam ao redor do núcleo.
Exercício resolvido
(Enem) Os núcleos dos átomos são constituídos de prótons e nêutrons, sendo ambos os principais responsáveis pela sua
massa. Nota-se que, na maioria dos núcleos, essas partículas não estão presentes na mesma proporção. O gráfico mostra a
quantidade de nêutrons (N) em função da quantidade de prótons (Z) para os núcleos estáveis conhecidos.
O antimônio é um elemento químico que possui 50 prótons e possui vários isótopos ― átomos que só se diferem pelo número
de nêutrons. De acordo com o gráfico, os isótopos estáveis do antimônio possuem
Analisando o gráfico, mais precisamente na linha dos 50 prótons, percebe-se que os isótopos possuem de 62 a 74 nêutrons, isto
é, de 12 a 24 nêutrons a mais que o número de prótons do antimônio.
Gabarito: Letra D.