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CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA

CONEC 1ª REUNIÃO DA CÂMARA SETORIAL DE MÚSICA


DATA: 30/03/2022 HORA: 14H ÀS 17H
1 ATA DA PRIMEIRA REUNIÃO DO FORUM SETORIAL DE MÚSICA DO AMAZONAS.
2 Aos trinta dias do mês de março de dois mil e vinte e dois (30/03/2022) às quatorze horas
3 e oito minutos, nas dependências da sede do Conselho Estadual de Cultura do Amazonas,
4 na sede deste Conselho, sito a Av. Djalma Batista, 901 – Centro Histórico de Manaus, Cep
5 69010-901, realizou-se o 1° Fórum Setorial de Musica do Estado do Amazonas. O Fórum
6 iniciou com as intervenções artísticas interpretadas na belíssima voz da cantora Daniela
7 Nascimento acompanhada pelo violonista Igor Azevedo, interpretando “O bêbado e o
8 equilibrista" de Aldir Blanc e "Roda Viva” do genial Chico Buarque de Holanda. Com o
9 mesmo brilhantismo das performances musicais o poeta, ator e escritor Dori Carvalho nos
10 brindou a todos com o poema “Pedaços do Coração”. Inicialmente o presidente fez a
11 composição da mesa, convidando o professor Fabiano Cardoso – Conselheiro Titular do
12 Poder Publico representante da Universidade do Estado do Amazonas para ser o relator.
13 Convidou também a Conselheira Suplente da Sociedade Civil Organizada, do segmento da
14 Musica a cantora e produtora Marjara Maquiné para secretariar os trabalhos. O presidente
15 da mesa então, utilizando-se da palavra, saudando a todas e a todos os presentes ao ato,
16 tanto no formato presencial quanto no online, e destacou a importância de rever a todos
17 após dois anos terríveis de quarentena da pandemia do covid-19. O Conselheiro
18 Presidente passou a palavra ao Conselheiro do Poder Público, professor Fabiano Cardoso
19 para ler as regras essenciais para a condução dos trabalhos da plenária. O Conselheiro
20 Fabiano Cardoso declarou ainda, a legalidade do Fórum por haver quórum, conforme
21 determina o artigo terceiro do documento de regras para realização da plenária do Fórum
22 Setorial de Música do Amazonas e destacou especialmente o Capitulo II – Dos trabalhos da
23 Plenária, que disciplina as intervenções dos inscritos e que é composto do artigo 6° ao 16°
24 e determina o tempo para as intervenções que são de 3 minutos. Em seguida o
25 Conselheiro Titular de Cultura da Sociedade Civil Organizada, do segmento da música, Sr.
26 Everaldo Barbosa, efetuou a leitura da Tese inicial, documento norteador do Fórum
27 Setorial de Música do Amazonas. Fez a leitura do tema central, do objetivo geral, dos
28 objetivos específicos e dos eixos temáticos do Plano Nacional de Cultura. A saber, o
29 Fortalecimento do Estado, Proteger e Promover a Diversidade Cultural, Acesso,
30 Desenvolvimento Sustentável, e por fim a Participação Social. Seguidamente apresentou
31 um roteiro para servir de parâmetro, fundamentado em cinco questionamentos: Quem
32 somos? Como Estamos? Onde queremos Chegar? Como fazer e quando chegaremos lá?
33 Como gerir os avanços? O Conselheiro presidente, apresentou dados do IBGE, área
34 territorial do Estado do Amazonas que é de 1.559.167,878 km², população estimada que é
35 de 4.269.995 pessoas, nos índices da economia somos o 18°, e de IDH, 0,674; rendimento
36 nominal mensal domiciliar per capita da ano de dois mil e vinte e um (2021) que está no
37 valor de R$ 800,00 a media, representando o 25° no ranking dos estados do país. No item,
38 “como estamos”, o Conselheiro presidente, apresentou um relatório a origem dos
39 cadastros referente ao numero geral de inscritos no cadastro pessoa física e jurídica da
40 Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, totalizando um mil quinhentos e vinte
41 e um (1.521) inscritos que atuam dentro do segmento da música e novecentos e oitenta e
42 cinto (985) de trabalhadores da cultura que atuam dentro do segmento da música dos

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43 cadastrados como pessoa física. E duzentos e sessenta e cinco (265) de inscritos que
44 atuam dentro do segmento da música e centro e sessenta e cinco (165) dos trabalhadores
45 da cultura que atuam dentro do segmento da música dos cadastrados como pessoa
46 jurídica. Alguns municípios, existe apenas 1 trabalhador da música cadastrado no cadastro
47 oficial da SEC, tais como Anamã, Anori, Jutaí e Silves, o que nos leva a uma reflexão que é
48 preciso melhorar as condições de acesso a estes municípios. Por outro lado existem dois
49 municípios que tradicionalmente tem em seu calendário cultural um festival de música e
50 um festival folclórico, daí, hipoteticamente, estariam influenciando para que estes
51 municípios sejam os que possuem o maior número de cadastrados no cadastro da SEC,
52 que são os municípios de Itacoatiara com quarenta e oito (48) inscritos e Parintins com
53 setenta e cinto (75) inscritos. Em seguida o presidente da mesa apresentou o resultado da
54 pesquisa de avaliação da politica cultural para o segmento da música no Estado do
55 Amazonas, feita pelos inscritos no Fórum. O resultado foi que 44,4% avaliam a politica
56 cultural da SEC, como regular; 28,9% avaliam como boa, e 17,8% avaliam como ruim. E
57 os dois últimos 6,7% avaliam como péssimo e 2,2% como ótimo. Na sequencia, o
58 Conselheiro Presidente da mesa apresentou alguns apontamentos da compilação dos três
59 planos de cultura de dois mil e nove (2009), dois mil e dezoito (2018) e dois mil e vinte
60 (2020) organizados e disponibilizados pela presidência do CONEC. O Conselheiro Everaldo
61 Barbosa destacou a importância de não termos que partir do zero e aproveitarmos grande
62 parte do que os conselheiros de cultura precursores nos deixaram, tais como, Alberto
63 Penkaukas, Ribamar Mitoso, Guto Domingos, Aníbal Beça e Kaká Bonates. Entretanto, o
64 conselheiro pondera que os dois últimos planos apresentados seriam mais um programa de
65 governo do que propriamente um Plano de Cultura, uma vez que não foi dialogado
66 amplamente com mais segmentos da cadeia produtiva da cultura. Porém que não
67 precisávamos descartar as propostas desta compilação, uma vez que tudo é uma
68 construção, como as metas apresentadas pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa
69 que consistem em quarenta e duas (42) metas propostas a serem alcançadas, como por
70 exemplo, aumentar em 30% do número de cidades e comunidades distantes no Estado do
71 Amazonas com a presença de grupos ou coletivos artísticos locais e contribuir para
72 estimular a criação e a expressão cultural em toda a sua diversidade etc. Outro
73 questionamento que foi colocado pelo presidente, foi “onde queremos chegar”, e o que de
74 fato, os agentes da cadeia produtiva querem como politicas públicas para a cultura no
75 segmento da música. Neste momento, foram apresentadas as trinta e oito (38) propostas
76 das pessoas que se inscreveram para participar do Fórum Setorial de Música. Em seguida
77 passou-se a leitura das propostas enviadas: 1.Inclusão da Cadeira de hip hop no Conselho
78 Estadual de Cultura. Justificativa: Pela representatividade da maior cultura de rua do
79 mundo. Autor: Jander Manauara; 2.Mais editais para pessoas físicas e jurídicas.
80 Justificativa: Muitos artistas estão desempregados e sem renda, pra tirar tanta gente
81 talentosa do desemprego só tendo projetos artísticos em execução. Autor: Marcio André
82 Borges Leal; 3.Dar mais oportunidade ao músico em suas atividades musicais dando
83 suporte logístico e financeiro. Todos precisam crescer. Autor: Lourivaldo Lacio; 4.
84 Promoção de política igualitária para os músicos do Estado; 4.1. Promoção de ações
85 integrativas e socioeconômicas; 4.2. Flexibilização no acesso aos editais promovidos pelo
86 Estado; 4.3. Promoção de formação e qualificação para profissionais da música; 4.4.
87 Promoção de incentivos da atividade musical; 4.5. Promoção da assistência financeira e
88 saúde. Justificativa: por entender o direito constitucional garantido ao cidadão brasileiro,

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89 ao trabalho, renda, saúde, educação e bem estar, que em vias gerais não se tem acesso,
90 principalmente quando se trata do profissional de música. Autor: Roosevelt Fernandes
91 (Junior do Cavaco); 5.Criação de projetos que absorvam os artistas egressos das
92 universidades com oportunidades de trabalho e que a arte saia de Manaus e percorra o
93 Estado e se projete fora, até mesmo do País. Justificativa: Democratização e visibilidade da
94 Cultura do Estado do Amazonas, valorização do artista local, saindo do eixo da "elitização"
95 do eruditismo, sem perder a essência da arte. Autor: Ezequias Silva Guerra; 6. Editais de
96 música. Justificativa: Pretendo levar ideias para que se elaborem editais menos
97 burocráticos e mais objetivos, para que a categoria possa entendê-los de forma mais clara.
98 Autor: Manuel Passos; 7.Oficina de Elaboração de Projetos Culturais: Minha sugestão é que
99 a SEC organize uma agenda para utilizar seus equipamentos culturais, como os Centros de
100 Convivência, Teatros e outros espaços, como forma de oportunizar a oferta de Oficinas de
101 Elaboração de Projetos Culturais aos artistas da música espalhados por todo o Estado.
102 Justificativa: Muitos artistas da cena musical amazonense têm ótimas ideias para contribuir
103 com a cultura musical do Estado, mas não sabem como colocá-las em um projeto, muito
104 menos como inscrevê-las em editais de cultura. Fomentar esse conhecimento é contribuir
105 com a geração de emprego e renda de uma das cadeias produtivas responsáveis por parte
106 significativa da receita que movimenta a economia do Amazonas. Autora: Daniela de Souza
107 Nascimento; 8. Mais garantia de trabalho pela parte do Estado dando todo apoio e logística
108 para o músico profissional. Justificativa: É importante para a valorização do músico
109 profissional no Amazonas e incentivo de estudos para os que pretendem ser. Autor:
110 Haroldo Cruz Neves; 9. Criação de um plano, plataforma de divulgação coletiva dos artistas
111 do Amazonas, e um fundo que auxilie este plano. Justificativa: Se houver uma divulgação
112 coletiva entre todos os artistas, utilizando todas as plataformas dos envolvidos, e talvez
113 criando uma plataforma que centralize todos os artistas, haveria uma considerável melhora
114 na visibilidade para todos. Autor: Eduardo Molotievscki; 10. Concurso de Canto Lírico que
115 permita idades acima dos 30 anos. Justificativa: É inegável o talento e saúde vocal de
116 diversos cantores do seguimento lírico, em especial com o avanço de estudos da voz, no
117 Amazonas e Brasil, mas que são excluídos de concursos por causa de limitação de idade. O
118 Amazonas pode ir na contramão dessa tendência limitadora, dando oportunidade de
119 projeção nacional a cantores e tornando a cidade um novo centro vocal com oportunidade.
120 Autora: Lia Carvalho Pimentel; 11. Maior atuação de Música Cristã nos eventos culturais
121 haja vista que é uma música edificante e que traz diversos temas vivenciados pela
122 sociedade que precisa ter paz, amor, fé, esperança e que esta música pode proporcionar.
123 Sem que haja necessariamente o apelo religioso. Também quero propor PREMIO SOM DE
124 ADORADORES para que possamos estimular produções de música autoral, melhor álbum,
125 melhor show. Justificativa: Porque a música gospel ou cristã há anos não tem
126 representatividade e como fazedora de arte sei que posso contribuir para que haja uma
127 evolução expressiva. Estou aqui para somar. Autora: Jôci Carvalho; 12.Fundo Estadual de
128 Cultura. Justificativa: Mais visibilidade para música produzida no Amazonas. Autora:
129 Lucilene Castro; 13. Política permanente de viabilização de eventos cultural e financeiro
130 pelo artista amazonense, e inclusão obrigatória de pré-shows de artistas amazonenses
131 para os consagrados da música brasileira, em suas respectivas vertentes. Justificativa:
132 porque obriga o estado a ter um olhar cultural e político para o artista daqui, perpetuando
133 sua valorização. Autor: Franklin Roosevelt Cardoso de Souza; 14. Gostaria muito de que
134 tivesse mais espaço para eventos onde outros artistas que ainda não tem um nome

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135 consagrado pudessem participar e mostrar seu talento. Manaus tem muitos músicos,
136 cantores e compositores maravilhosos que não são visto, pois o foco é sempre o mesmo,
137 dar atenção para os renomados e vejo que não é dessa forma. Minha proposta é a
138 realização de eventos para novos artistas se lançarem no setor musical de Manaus onde os
139 mesmos pudessem receber um valor justo por apresentação. Justificativa: É uma proposta
140 que irá somar muito no setor cultural e ajudar realmente quem precisar de espaço e não
141 tem! Autor: Andrey Silva Santos;15. Música e o empreendedorismo. Justificativa: Para
142 abrir a mente de muitos artistas que precisam entender o poder do empreendedorismo na
143 música. Autora: Marcia Novo; 16.Discutir e criar políticas culturais permanentes.
144 Justificativa: Não temos política permanente. Autor: Alfredo Peroba da Paz Jatobá Filho;
145 17.Precisamos de leis específicas: 17.1. Lei que garanta a participação de artistas locais
146 nos principais eventos do Estado e dos 62 municípios com cachês dignos, mas o que
147 vemos a muito tempo são prefeituras contratando artistas nacionais a preços exorbitantes,
148 tais valores poderiam gerir a cultura nos municípios por 12 meses além de garantir mais
149 contratação de artistas locais com cachês melhores, gerando emprego, renda e condições
150 dos artistas investirem nas suas carreiras. 17.2. A lei de incentivo à cultura estadual que
151 nunca sai do papel, precisa ser efetivada urgentemente. 17.3. Os editais devem
152 acompanhar a modernidade e a evolução cultural. Estamos em plena era digital e vejo
153 editais com gravação de CD e DVD, essas mídias já não existem mais, não existem
154 aparelhos nos veículos e nas residências para tocar tal mídia, o que existe são as
155 plataformas de streams (Youtube para vídeos, Spotify, Deezer e muitas outras para
156 música) quando pedem para o artista entregar tantas mil cópias de CD e DVD estão
157 jogando o dinheiro público no lixo. 17.4. Deveríamos ter editais para gestão de carreira
158 artista com valores que garantam a contratação de marketing digital especializado em
159 música, para levar nossos artistas ao nível nacional, isso sempre foi frustrante, ver grandes
160 nomes da nossa terra que não conseguem atingir o título de Nacional, antes a desculpa
161 era a geografia, hoje com era digital não existem mais fronteiras, o que precisa é investir
162 nos artistas com potencial, para que através do marketing digital e suas aplicações possam
163 Efetivamente alcançar esse objetivo. Justificativa: Sou estudioso, efetivo na minha área,
164 participo de várias mentorias sérias e tenho muito a contribuir. Autor: Paulo Soares
165 Marinho; 18. Valorização musical. Justificativa: Pois é preciso unificar e valorizar os
166 músicos. Autor:Odeilson de Castro Marques;19.Vejo a nossa classe pouco prestigiada pelas
167 políticas de fomento à Cultura, por isso, proponho que haja mais investimentos no setor
168 musical, visando oportunizar a classe. Justificativa: Principalmente porque há anos, a nossa
169 classe não recebe a atenção devida, por parte dos Setores Culturais, a quem cabe. Autor:
170 Alder Calmon Da Silva Moraes; 20.Fazer festivais de rock, voltado para música de diversas
171 vertentes, como os festivais que o Douglas Mandrake fazia. Justificativa: Para dar
172 oportunidade para as bandas locais. Autora: Adriana Barroso Gomes; 21. Criação de uma
173 Banda Sinfônica. Justificativa: A existência de uma Banda Sinfônica na cidade de Manaus
174 poderia fortalecer alguns projetos preparatórios de ensino musical e oferecer as práticas
175 orquestras para os músicos iniciantes. Além disso, pode ampliar o número das vagas no
176 mercado de trabalho do Amazonas. Autor: Vadzim Ivanou; 22. Transparência e celeridade
177 nos shows, editais com chances para os artistas menos favorecidos. Justificativa: Porque
178 hoje os artistas estão sem opções para trabalhar, são desassistidos pela entidade que os
179 representa neste caso a SEC. Autor: Rayk William Brilhante de Oliveira; 23. Um melhor
180 planejamento da cultura amazonense. Justificativa: Com certeza ajudará o artista

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181 amazonense. Autor: Raimundo Nonato Almeida Da Silva; 24. Todas as escolas do
182 amazonas sejam estaduais ou municipais, passem a ter em sua grade curricular a disciplina
183 de música. Justificativa: Oferecer uma formação musical na rede escolar irá ajudar na
184 formação de intelectual dos alunos melhorando assim sua capacidade de raciocínio,
185 memorização e de expressão. Autor: Mauricio de Vasconcelos de Souza; 25.Pôr na grade
186 curricular das escolas públicas estaduais e municipais a disciplina Música. Justificativa: A
187 música, como disciplina nas escolas, tirará a ociosidade dos alunos, diminui a evasão, gera
188 motivação nos alunos e gera emprego e renda para os músicos que tem licenciatura.
189 Autor: José Raimundo Dantas da Costa; 26. Apoio legal para os músicos por meio de
190 bolsa! Justificativa: Para incentivar os músicos. Autora: Ivanete Pereira; 27. Teatro para
191 Todos. Justificativa: Porque hoje só temos em nosso teatro apresentações que beneficiam
192 mais os corpos artísticos que outros grupos regionais, e outros músicos, artistas e cantores
193 que tem também um trabalho profissional. Autor: Christiano Souza; 28. Incentivos logístico
194 e financeiro para produção, registro de patentes, publicação e divulgação de trabalhos
195 autorais; Promoção de eventos para exposição dos valores da nossa região; Fomentar um
196 fundo de amparo e de seguro; Promover o reconhecimento profissional, cursos de
197 reciclagem e de aprimoramento cultural, tecnológico e de empreendedorismo profissional.
198 Justificativa: A maioria dos integrantes do meio artístico da nossa região, são de origem
199 humilde, desenvolveram suas habilidades na prática e necessita, como em qualquer outra
200 profissão, do reconhecimento profissional, proteger suas obras, de garantias financeiras e
201 de saúde, de apoio para aprimoramento de suas habilidades, trocar conhecimento e se
202 manter na atividade de forma sustentável. Autor: José Alcides Queiroz Lima "CID"; 29.
203 Mais oportunidades p/ o pequeno cantor se aperfeiçoar, para ser um cantor profissional.
204 Justificativa: Vi a necessidade de crescer e outros cantores não conseguirem também por
205 falta de recursos para pagar uma escola profissionalizante na área da música. Pra uma
206 formação específica (soul, popular, lírico, gospel, etc.) Autora: Suzy Santos da Silva; 30.
207 Participação de todos os artistas em projetos artísticos, independentemente de possuir
208 emprego remunerado, porque todos precisam estar integrados nessa cadeia de fomento.
209 Justificativa: Porque vários artistas são impedidos de participar porque tem um emprego!
210 O direito é igual para todos. Autor: Aílton de Freitas; 31. Valorização e profissionalização
211 dos artistas de música Cristã. Justificativa: Oportunizar os artistas que estão nas igrejas a
212 ter a oportunidade quanto jovens à profissionalização. Autora: Andréa de Lima Afonso; 32.
213 Mais oportunidades para todos os setores culturais. Justificativa: Porque é essencial que
214 todos os profissionais sejam reconhecidos e respeitados. Autor: Roberto Carlos Pereira
215 Menezes; 33. Lei Estadual de Cultura. Justificativa: É tudo que nós precisamos. Autor:
216 Jorge Dias Barbosa; 34. Abrangência de composições locais. Justificativa: Temos vários
217 compositores em todos os seguimentos, mas não temos força para divulgar os nossos
218 artistas nem em Manaus quanto mais para o Brasil. Autora: Nika Jaqueline Soares da
219 Costa; 35. Garantir o incentivo aos grupos de música instrumental, seja de música clássica,
220 choro, pop ou outros. Justificativa: O incentivo aos pequenos grupos é vital para a área da
221 música. Descentraliza, atinge maior quantidade de público e deve ocorrer não apenas para
222 os grandes eventos culturais como acontece atualmente. Gera emprego e renda para
223 outros setores vinculados direta ou indiretamente. Na minha experiência ao ter feito uma
224 turnê nacional pelo SESC, por duas vezes, com toda a estrutura devida como cachê,
225 hospedagem, estadia, logística e divulgação, foi possível levar a Arte dos compositores
226 locais a todos os Estados do Brasil em mais de 100 cidades. Autor: Claudio Silva de

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227 Abrantes; 36. Valorizar e ajudar os pequenos talentos escondidos. Justificativa: Porque vai
228 ajudar muitos amazonenses realizar os seus sonhos. Autora: Suziane Corrêa Laranjeiras da
229 Costa; 37. Transparência nos critérios de avaliação dos projetos dos concorrentes dos
230 editais. Justificativa: Reduzir apadrinhamentos. Autor: Railson Marreiros da Rocha; 38.
231 Valorização da classe do músico. Justificativa: Porque ela nos faz refletir sobre a falta de
232 apoio e valorização do músico amazonense. Autor: Elizeu Souza da Silva. Após a leitura
233 das propostas, o presidente abriu inscrição para a apresentação de novas propostas e
234 discussão das propostas apresentadas. O primeiro a se inscrever foi o Marcelo Maia da
235 FAMBAF – Federação Amazonense de bandas e fanfarras. Marcelo falou que a FAMBAF tem
236 uma grande missão que é a de semear musicalidade entre os jovens e os adolescentes das
237 escolas publicas do Estado. Marcelo solicita que seja deliberado um apoio maior para o
238 segmento. Destacou o apoio do deputado Sinésio Campos, que sempre tem apoiado a
239 causa como grande apoiador através de emendas impositivas. Propôs a criação de um
240 Fundo ou edital especificamente para bandas e fanfarras como politica permanente
241 durante todo ano e não somente nas festividades de sete de setembro. Já há um pleito de
242 uma verba impositiva para a criação da Orquestra de Metais do Amazonas para se tornar
243 uma orquestra itinerante, conforme propostas já apresentadas neste Fórum. Finalizou
244 propondo que as escolas possam contratar os instrutores das bandas e fanfarras, e propõe
245 que sejam abertos espaços sem uso, que possa ser utilizado para os ensaios; Aberto para
246 a discussão, o maestro Ezequias pediu a palavra para dizer que quando chegou aqui em
247 Manaus sentiu falta de bandas e fanfarras, Festivais, competição entre as cidades, e que
248 faz parte da cultura mineira. Disse ainda que ele é fruto das bandas e fanfarras como
249 tarolista quando morava no interior do Espirito Santo. O presidente lembrou que havia um
250 projeto pela Ordem dos Músicos na presidência de Carlito Ferraz de fanfarras nas escolas;
251 O instrumentista e produtor Abner Viana, foi o segundo inscrito e levanta três pontos na
252 sua proposta. Primeiramente que é preciso de uma representatividade no Conec, assim
253 como o Jander Manauara propôs a cadeira do Hip Hop no Conec. Abner propôs o
254 estreitamento do instrumentista egresso e uma interlocução com a Universidade do Estado
255 do Amazonas. Outro ponto é procurar a compreensão da lei e viabilizar a categorização
256 certa de disputa nos editais, com a finalidade de ter um nicho competitivo e mais justo, e
257 que pessoas de nichos diferentes não precisem competir entre si. O presidente da mesa,
258 após a intervenção do Abner abriu para a discussão. A cantora Fernanda Sena, falou de
259 sua experiência em outro edital e que achou injusto e que, portanto apoia a proposta feita
260 por Abner. O Conselheiro Fabiano Cardoso pediu uma parte para ressaltar o quanto é boa
261 a participação nessa discussão num fórum setorial, porque em algum momento alguém
262 achou que deveriam concorrer todos da musica, e hoje estamos revendo esse conceito,
263 numa visão geral talvez aconteçam injustiças, e hoje nos estamos revendo esse conceito
264 do passado, e que bom que estamos aqui discutindo querendo os editais mais
265 categorizados. Nós perdemos dez anos, perdemos recursos, perdemos oportunidades. Que
266 bom que estamos aqui, como dizem os cantores, com voz plena, para restabelecer o valor
267 que esse Conselho tem para a sociedade. Marj, falou sobre a sua experiência em edital
268 onde concorreu em artes integradas, e causou essa duvida, e que a categorização é
269 importante para a escolha da área a ser apresentado o projeto. Marcelo Maia se inscreveu
270 para falar que acreditava não haver a setorização no passado por falta de demanda. É só
271 ver o quadro de cadastrados na SEC apresentado pela mesa, de novecentos e duas
272 pessoas, que não é possível em Manaus ter somente esse numero, deveria ter pelo menos

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273 umas três mil pessoas inscritas. Jôci Carvalho defende a arte cristã, a qual esta inserida no
274 presente momento e que já esta há três anos, caminhando para quatro anos, percebeu
275 que existem dois tipos de fazedores de cultura dentro da igreja, aquele que congrega e
276 que não tem desejo de se tornar um profissional e o que quer desenvolver o trabalho
277 artístico musical de forma profissional. Jôci ressalta a importância de desvincular a imagem
278 do artista cristão da dependência da igreja de tomar uma atitude em relação ao trabalho
279 artístico, porque a igreja só cuida do lado espiritual de seus membros, senão a igreja
280 estaria cuidando do lado profissional de todas as profissões de seus membros. Nesse
281 sentido que propõe a inserção de música gospel ou cristã como forma de expressão
282 cultural, independente de religião. Para que a música cristã e gospel também possa ter
283 espaço na cultura. Conclui, citando a Constituição Federal onde preceitua que ninguém
284 será discriminado por religião. Audiane Arruda pediu a palavra, e diz que concorda com a
285 proponente Jôci com relação a diferenciação do fazedor de cultura gospel profissional e o
286 litúrgico, mas diverge com a questão de abrir espaço apenas para musica cristã. Lembra
287 que o Estado é laico e que se abre espaço para o fazedor de música cristã, teremos que
288 abrir espaço para o fazer de música espírita, de música candomblecista. Audiane contrapõe
289 que seja aberto um espaço para música religiosa que abranja todas as religiões. Jôci pede
290 a palavra para esclarecer que a sua proposta de inserção da musica gospel como
291 manifestação cultural sem apelo religioso como já acontece com bandas gospel em festas
292 de aniversario de bairros, que tocam no interior, pois não há necessidade do apelo
293 religioso, pois as letras das músicas falam por si. Ezequias em sua intervenção aborda
294 sobre a sua formação em música sacra, especialização em regência e canto, que concorda
295 em parte com a propositora e concorda com a Audiane, destaca em sua intervenção que
296 devemos separar a igreja da cultura geral. Fernanda Sena se inscreveu e concorda com o
297 que o Ezequias falou, porem vê que dentro da categoria estilo musical existe o gospel,
298 concorda com a Audiane, em não abrir para musica da igreja, porem concorda com a
299 propositora com o estilo de expressão cultura o estilo gospel entra nessa vertente de ser
300 um estilo popular. Manoel Passos fez o uso da palavra, para esclarecer a proposta feita
301 pela proponente Jôci, destacando o entendimento que o estilo gospel tenha todas as
302 condições para que seja aceito e participar dos editais sem a discriminação. Conselheiro
303 Fabiano Cardoso encaminhou para o fim do debate no sentido de que, dentro dos eixos do
304 Plano Estadual de Cultura, contempla quando recomenda ampliar o reconhecimento e
305 apropriação social da diversidade da produção artística amazonense, portanto a
306 diversidade inclui todo o fazedor de cultura, e relembrou uma preocupação no passado,
307 que existiam editais que vedavam a participação do estilo de cunho religioso, que o
308 conselheiro possa pleitear a proteção da diversidade, proteger a manifestação de todos,
309 independente de origem, porque todos têm direito a se expressar da formas que
310 aprendeu, e da forma que sabe. Se o proponente do projeto consegue disputar dentro
311 dos requisitos editalícios, que estes possam concorrer. E encaminha para o encerramento
312 da discussão. Foi concedida a palavra a cantora Elisa Maia, que lembrou quando participou
313 dos últimos editais, que não tinha mais a vedação de projetos de estilos de cunho
314 religioso, acha importante que estilos, categorias dentro da música que não se sintam
315 representados nos editais, que possam colocar a sua reivindicação no sentido de construir
316 essa representatividade maior nesses espaços. Elisa manifesta preocupação em estamos
317 criando uma categorização de todos os estilos musicais, ou seja, daqui a pouco vão querer
318 um edital para o estilo do forró, do samba, do gospel, dos povos de terreiro, e que

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319 acredita não seja uma boa ideia. Que o critério seja pelos critérios editalícios e não por
320 estilos musicais. O próximo inscrito, foi o cantor Manoel Passos que solicitou do conselheiro
321 Everaldo, de antemão que houvesse outra reunião com um tempo mais extenso. Abordou,
322 ainda, sobre os Editais de cultura do Estado e do Município. Segundo Manoel, fala-se muito
323 que o músico não sabe escrever projeto artístico. E afirma que músico não tem obrigação
324 de ter uma faculdade de letras para ter eloquência entre as palavras. E que, portanto
325 propõe que seja criado um curso intensivo de elaboração de editais; Outra questão que
326 Manoel Passos abordou foi em relação às curadorias: O proponente apresenta sua
327 proposta de que os curadores dos editais sejam de outros Estados do país, sob a
328 justificativa de parcialidade desses julgadores ou por serem amigos ou inimigos dos
329 proponentes, sendo, portanto o resultado eirado de vícios e prejudicando ou beneficiando
330 por afinidade ou inimizade. E por fim, fala sobre a elaboração e escritas dos projetos
331 através do sistema, que precisam ser revistas para se tornarem mais claras e menos
332 confusas para o proponente do projeto; Mauricio de Souza de Itacoatiara pediu a palavra
333 para falar que os artistas de Itacoatiara sofrem com a falta de publicidade mais ampla dos
334 Editais da SEC, muito artistas deixaram de se inscrever nos editais por não saberem que
335 existia um edital aberto, pois só souberam pelo whatsapp, além do tempo para inscrição
336 dos projetos que foi de apenas 14 dias, não sabiam como direcionar o projeto,
337 parabenizou o conselheiro representante da UEA por disponibilizar a instituição para
338 contribuir com a formação na elaboração de projetos, lembrou que em Itacoatiara tem
339 uma unidade da UEA. Apoiou a proposta do Manoel Passos de que os curadores sejam de
340 fora do Estado do Amazonas, pois relatou uma experiência negativa que aconteceu em
341 Itacoatiara, que os curadores foram da própria Secretaria de Educação, contemplando
342 alguns servidores concursados que concorreram nos editais e foram contemplados com os
343 maiores valores. O presidente Everaldo Barbosa, concedeu a palavra do Conselheiro
344 Fabiano Cardoso, que pediu licença para ter que sair por motivo de compromissos
345 musicais, mas antes reitera que organizássemos um fórum com pauta única de
346 proposições especificas para Edital. Afirma que seria uma tarde riquíssima trazendo as
347 nossas experiências de participação de editais, que poderemos construir uma formatação
348 com a nossa realidade, inclusive de prazos que faça com que não percamos as
349 oportunidades. Salienta que este é um espaço riquíssimo e onde podemos divergir de
350 opinião, e por isso ressalta que é um espaço riquíssimo. Parabeniza por não ter nenhuma
351 discussão desmedida, não houve ninguém alterando a voz, e foi um debate a altura da
352 categoria dos músicos. E lembra que já tivemos situações em reunião, complicadíssimas. O
353 professor Fabiano apresentou tese contraria a proposição do Cantor Manoel Passos a
354 respeito da curadoria vir de outros Estados brasileiros. Citou por exemplo, pessoas de
355 outros estados que não entendem da nossa cultura e não entendem de nossa
356 manifestação artística. Pessoas que não entendem do processo dos artistas amazonenses.
357 Por isso a ressalva contrária de curadores externos. O conselheiro Fabiano entende e
358 concorda que de fato existam pessoas vingativas e que se aproveitam da oportunidade
359 para fazer o mal. Mas por que não nós, que vivemos aqui, não escolhermos os nossos
360 curadores de confiança? O Conselheiro Fabiano acredita, por exemplo, que quem votou no
361 conselheiro Everaldo Barbosa, é porque confia no Everaldo. Relembra também que durante
362 sua gestão no conselho municipal lutou para que os conselheiros tivessem esse lastro.
363 Relatou que enquanto esteve conselheiro municipal de cultura da música, avaliou os
364 projetos de folclore e carnaval, mas não conhecia as escolas de samba nem os seus

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365 presidentes, mas avaliou e estudou cada ponto com imparcialidade no julgamento. Pontua,
366 como uma reflexão para que não sejamos contrários aos curadores daqui só por serem
367 daqui, mas seja avaliada como que ele chegou até lá para fazer a curadoria. Se for de fora
368 do Amazonas, temos que perguntar quem vai ser? Como vai ser? Com que conhecimento
369 da minha cultura? Com que expertise? Qual o contributo dessa pessoa que vem de fora? O
370 presidente da Mesa, conselheiro Everaldo Barbosa, agradeceu a contribuição do
371 conselheiro do poder publico Fabiano Cardoso nos trabalhos da mesa e passou em seguida
372 a palavra para a próxima inscrita, Audiane Arruda que fala que essa questão da curadoria
373 é complexa, é multifatorial, não é uma questão simples, lembra que existem os
374 instrumentos jurídicos quando se acharem lesados. Relatou sua experiência própria, de
375 não ser aprovada em um edital, por ter uma certa pessoa na banca, que tinha problemas
376 pessoais de relacionamento com a proponente. Considera antiético que pessoas que
377 conhecem o proponente participem da banca examinadora dos editais. Porem também
378 concorda com a tese do Conselheiro Fabiano, quando diz que incorreremos em outro erro,
379 em colocar pessoas com desconhecimento julgando um trabalho que é característico da
380 nossa cultura. Com relação aos editais, considera ser muito importante a proposta de
381 formação para elaboração de projetos, pois não existe no Estado. Audi gostaria que fosse
382 dada mais transparência nos critérios estabelecidos pelos editais. Gostaria de saber as
383 justificativas avaliações e quais os pontos teve a sua pontuação em que não teve o seu
384 projeto contemplado, por exemplo, citou o Enem que mostra o gabarito onde aponta os
385 erros para poder corrigir para o próximo Edital. Jander Manauara lembrou para a inclusão
386 das pessoas portadoras de necessidades especiais (PNE) e Portadoras com Deficiência –
387 (PCD), e que tem um canal onde dá dicas de como elaborar e inscrever um edital, e que
388 presta consultoria e que é aberto para os interessados. Eliza Maia cobrou prioridade para
389 os próximos dez anos no Plano Estadual de Cultura, Urgência da lei estadual que
390 sistematiza tudo isso que estamos debatendo, aliado a isso, a lei de incentivo fiscal, pois o
391 Amazonas perde quando outros editais exigem aprovação na lei de incentivo estadual. Cita
392 por exemplo a empresa Natura que tem edital nacional e que categoriza alguns estados
393 que possuem lei de incentivo, como é o caso do Estado do Pará. Informa ainda que a lei
394 municipal está vencendo, porque não teve a sua execução feita corretamente, e que
395 submeteu projetos para captação de recursos pela lei de incentivo municipal, porém nunca
396 conseguiu captar porque não há um entendimento dentro da prefeitura para destravar os
397 projetos que foram aprovados através da lei. Alerta para que não aconteça o mesmo com
398 a lei de incentivo Estadual, que se faça um acompanhamento fino sobre o que vai ser a lei
399 de incentivo à cultura estadual. Aliado a isso, que se estabeleça um instrumento como a lei
400 de incentivo para que o fundo estadual de cultura tenha outros mecanismos de distribuição
401 de recursos que não seja só o de captação nas empresas. Propõe que não seja
402 negligenciado o Estado de pandemia, e como movimento emergencial de recuperação do
403 setor, que a SEC e o Governo do Estado implementem como politica cultural, como ação
404 emergencial, a disponibilização dos espaços e os equipamentos públicos para a
405 contratação de músicos para a realização de show, recitais e outras manifestações, com o
406 objetivo de promover o resgate do programa de governo onde eram promovidos shows
407 nos espaços públicos pela própria SEC através dos editais de pauta, porque é uma maneira
408 emergencialmente também, de fazer um resgate desse dois últimos anos perdido devido a
409 pandemia. E por fim que seja implantado pela SEC o fortalecimento das iniciativas
410 independentes de produção cultural, a fim de que, não se permita que o Estado seja

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411 produtor de tudo, e possamos responsabilizar os produtores também, de pautar formação,
412 difusão e articulação de intercambio da música. Porque quem esta na ponta fazendo
413 música ou produzindo, cada um sabe do gargalo do seu setor, e que esses produtores
414 estão fazendo isso, mas é preciso que venha para a ponta e tirar da hegemonia do Estado
415 porque o Estado não dá conta. O Conselheiro Everaldo corrobora com as propostas da
416 cantora Eliza Maia e que essa deve ser uma bandeira que devemos travar. Apesar do
417 avançar da hora, o presidente diz que vai garantir a fala de todos os inscritos e relembra o
418 encaminhamento do Conselheiro Fabiano para voltarmos a discutir em outra reunião, sobre
419 a pauta de Editais e da Curadoria abordada pelo Manoel Passos. Em seguida o presidente
420 da mesa faz a leitura dos comentários no chat do senhor Roosevelt. Sobre a redação de
421 projeto trata-se de matéria da formação acadêmica e pode haver orientação
422 profissionalizante para leigos. Ezequias diz que o Estado não pode ser uma agencia de
423 cultura, pois quem produz é o artista. Sobre a curadoria faço minhas as palavras do
424 Conselheiro Fabiano. O presidente concede a palavra ao inscrito Jorge Dias, que concorda
425 com tudo que a Elisa Maia falou, e que é preciso ter a lei. Jorge se diz totalmente contrario
426 aos editais por ser excludente. Alega que profissionais musicais de base que trabalham na
427 noite e cantam e tocam para sobreviver, não sabem fazer editais e também não tem
428 tempo para aprender a redigir um edital. Propõe que seja feito um cadastro e os músicos
429 sejam contratados a partir deste cadastro. Comparou a lei Rouanet que contempla os
430 músicos mais renomados em detrimento dos mesmos conhecidos pela mídia. Conclui a sua
431 proposta, para que os músicos sejam contratados a partir deste cadastro e em forma de
432 rodizio. Elisa Maia destacou a importância dos editais, e falou que os editais são apenas
433 uma das ferramentas e citou o edital da lei emergencial Aldir Blanc, que foram
434 fundamentais para a cadeia produtiva da cultura e pensa que na verdade precisa-se ter
435 mais de uma ferramenta, tais como mais editais, pautas em que artista é contrato, fazer
436 um mapeamento dos músicos que não é alcançado pelos editais, porque talvez ele não
437 tenha uma produção, mas que o edital contempla. Exemplificou que teve um projeto
438 contemplado no valor de trinta mil, onde empregou quase trinta pessoas e que, portanto
439 não foram trinta mil só no bolso de uma pessoa, mas distribuído nas mãos de várias
440 pessoas, e que, portanto é importante ter mais de uma ferramenta como o edital. O
441 presidente da mesa leu as mensagens dos membros que enviaram seus comentários no
442 chat. O conselheiro do Audiovisual Geliel de Tefé comentou sobre a necessidade de se
443 disponibilizar o espelho para todos os artistas que se inscrevem nos editais, pois seria
444 através dele que o artista vai saber de como ele errou, referente a proposta original.
445 Leonardo Oliveira comenta que o Edital não beneficia apenas uma pessoa. O ponto de
446 vista do Jorge Dias reflete a experiência do cotidiano, portanto deve ser ouvida, entretanto
447 as ferramentas jurídicas devem ser debatidas e amplamente aplicadas com justiça e sem
448 imparcialidade, concordo plenamente com o Jorge. O presidente da mesa neste momento
449 encerra as inscrições e pede que, a ultima rodada das intervenções, que os inscritos
450 exerçam o poder de síntese nas suas falas, para que seja encaminhado para o fim da
451 reunião do 1° Fórum Setorial de Música, pois haverá uma outra reunião logo em seguida.
452 Jôci Carvalho fala que compreende a proposta do Jorge Dias sobre a situação desses
453 músicos que não tem conhecimento na elaboração de projetos porque conhece a realidade
454 de muitos músicos e que tem tentado dialogar com essas pessoas, mas que tem que haver
455 interesse por parte delas também. Que de sua parte através da sua empresa Pactum tem
456 promovido cursos gratuitos e que será dado já no próximo mês. Outra questão que pode

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457 ser feita é que estes músicos que não querem aprender a elaborar projetos, se aproximem
458 dos produtores que além de ajudar esses músicos ainda estará ampliando o mercado da
459 cadeia produtiva. Jander Manauara pontua sobre a rotatividade dos vencedores, como
460 forma de democratizar melhor a participação de todos, pois um edital não consegue
461 abarcar todo o Estado. O presidente concedeu a palavra ao inscrito Alder Calmon do
462 município de Tefé (online), que cumprimentou o Conselheiro Everaldo Barbosa, os
463 membros da mesa e a todos os presentes pela relevância deste fórum para o segmento
464 musical. Calmon pontua sobre a falta de valorização dos músicos locais, por parte da
465 prefeitura, que contratam atrações musicais de renome nacional com cachês de
466 quinhentos mil reais (R$500.000,00), enquanto que para as bandas locais, os cachês são
467 na ordem de um mil (R$1.000) a um mil e quinhentos reais (R$1.500). Propõe, portanto,
468 para que seja destinado pela prefeitura, pelo menos 30% do valor pago aos músicos
469 nacionais, destinados para os músicos locais; Manoel Passos pede para que tenha outra
470 reunião para tratar somente sobre Edital e esclarece sobre a sua proposta de curadoria, ao
471 que o presidente da mesa pede que ele defenda a proposta da curadoria na próxima
472 reunião. Por fim a ultima inscrita a falar foi a cantora e compositora amazonense Fernanda
473 Sena, que tem como segunda formação o Marketing, que tem dedicado tempo para dar
474 capacitação aos novos talentos, ressaltou a importância do artista ter uma foto boa para
475 participar dos editais ou não, falou da necessidade de ter rede social, engajamento digital,
476 propõe a atualização digital do cadastro para os fazedores da música; visibilidade no portal
477 da SEC de atividades artísticas de forma atualizada por categoria e atualização artística. O
478 presidente pede para que Fernanda Sena apresente essas suas propostas para a próxima
479 reunião por serem pontos muito importantes e que não haveria tempo hábil para melhor
480 análise e por ter que encerrar a reunião, pelo avançar da hora, do 1° Fórum Setorial de
481 Musica do Amazonas. Nada mais havendo a tratar, o presidente da mesa, conselheiro
482 titular de cultura, senhor Everaldo Barbosa, encerrou a primeira reunião do Fórum Setorial
483 de Música e agradeceu a participação de todos neste importante ato. E eu, Marjara
484 Maquiné Monteiro, que secretariei os trabalhos da mesa, lavrei a presente ata que depois
485 de lida e aprovada, será assinada por mim, pelo presidente e por todos os presentes.

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Everaldo dos Santos Barbosa
Conselheiro Titular de Cultura/Segmento Música
Presidente – 1ª Reunião da Câmara Setorial da Música

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Marjara Maquiné Monteiro
Conselheira Suplente de Cultura/Segmento Música
Secretária – 1ª Reunião da Câmara Setorial de Música

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