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TOLEDO
2016
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM
MATEMÁTICA
TOLEDO
2016
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM
MATEMÁTICA
TERMO DE APROVAÇÃO
TOLEDO
2016
RESUMO
(G : H) Índice de H em G.
G Grupo G.
H C G H é subgrupo normal de G.
NG (H) Normalizador de H em G.
Z(G) Centro de G.
G
Grupo quociente de G por um subgrupo normal H.
H
∅ Conjunto vazio.
LISTA DE SÍMBOLOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1 CONHECIMENTOS PRÉVIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.1 Grupos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2 Homomorfismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3 Grupos de Permutações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 SUBGRUPOS DE SYLOW . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 SUBGRUPOS DE HALL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
7
INTRODUÇÃO
1 CONHECIMENTOS PRÉVIOS
Este capı́tulo será uma breve revisão sobre Teoria de Grupos. Veremos al-
guns conceitos básicos e definições importantes para o decorrer do trabalho. Será uma
revisão resumida, pois a maior parte deste conteúdo é estudada durante a graduação
em Matemática. Demostrações encontram-se nos livros Garcia e Lequain (2013) e Lang
(2008).
1.1 Grupos
G × G −→ G
(a, b) 7−→ a · b
a · (b · c) = (a · b) · c, ∀ a, b, c ∈ G.
∃ e ∈ G tal que e · a = a · e = a, ∀ a ∈ G.
∀ a ∈ G, ∃ b ∈ G tal que a · b = b · a = e.
a · b = b · a, ∀ a, b ∈ G.
9
i. h1 · h2 ∈ H, ∀ h1 , h2 ∈ H.
ii. h−1 ∈ H, ∀ h ∈ H.
Observação 1.4 Dois subgrupos triviais de um grupo G qualquer, são {e} e o próprio
G.
xH = {y ∈ G | y ∼E x} = {xh | h ∈ H}.
{y ∈ G | y ∼D x} = {hx | h ∈ H}.
e denotamos por H C G.
2) Se (G : H) = 2, então H C G;
(G : K) = (G : H)(H : K).
A demonstração desta proposição é feita por dupla inclusão e enconta-se no livro Domin-
gues e Iezzi (2003).
|H||K|
|HK| = .
|H ∩ K|
1.2 Homomorfismo
f (a ∗ b) = f (a) · f (b), ∀ a, b ∈ G.
12
f : (G, +) −→ (G, +)
x 7−→ −x.
Uma transposição τ é uma permutação que troca as posições de dois números e que
deixa os outros dois fixos, isto é,
Teorema 1.26 Toda permutação de Jn pode ser expressa como um produto de trans-
posições.
τ σ(n) = τ (k) = n.
Com isso, podemos dizer que τ σ é uma permutação de Jn−1 . Por indução, existem as
transposições τ1 , · · · , τs ∈ Jn−1 , que deixam n fixo, de modo que
τ σ = τ1 · · · τs .
1 2 3
Por exemplo, σ = é uma permutação de J3 tal que σ(1) = 2, σ(2) = 1 e
2 1 3
σ(3) = 3, ou seja, σ = (1 2).
O grupo An é o grupo Alterno de Jn , composto dos elementos de Sn que são
permutações pares, ou seja, são produtos de número par de transposições.
14
2 SUBGRUPOS DE SYLOW
Teorema 2.1 (Cauchy) Seja G um grupo abeliano finito e p um número primo que
divide |G|. Então existe x ∈ G de ordem p.
2º Caso: Se não existe um subgrupo p´roprio H de G tal que pn divide sua ordem. Neste
caso, considere a equação das classes de conjugação:
X X
|G| = |Z(G)| + |Cl(xα )| = |Z(G)| + (G : Z(xα )).
xα ∈Z(G)
/ xα ∈Z(G)
/
Para xα ∈/ Z(G), temos Z(xα ) & G, logo, por hipótese, pn não divide |Z(xα )|, e
portanto, p divide (G : Z(xα )). Como p divide |G|, obtemos então que p divide
|Z(G)|. Como Z(G) é um grupo abeliano, pelo Teorema de Cauchy sabemos que
existe um elemento y ∈ Z(G) de ordem p. Como y ∈ Z(G), então hyi B G, de modo
G G
que podemos considerar o grupo quociente . Sabemos ainda que < |G| e
hyi hyi
G G
pn−1 divide . Logo, por hipótese de indução, o grupo possui um subgrupo
hyi hyi
G
K 0 de ordem pn−1 . Considere o homomorfismo canônico ϕ : G → e tome
hyi
K = ϕ−1 (K 0 ). Então K é um subgrupo de G e
Definição 2.4 Seja p um primo. Um grupo G, não necessariamente finito, no qual todo
elemento tem sua ordem igual a uma potência de p é chamado um p-grupo.
xS ∈ P0
hxS = xS, ∀h ∈ H
x−1 hxS = S, ∀h ∈ H
x−1 Hx ≤ S
H ≤ xSx−1
Teorema 2.6 (2º Teorema de Sylow) Sejam G um grupo finito, tal que |G| = pn k,
com p - k. Todos os p-subgrupos de Sylow de G são conjugados entre si.
Teorema 2.7 (3º Teorema de Sylow) Sejam p um número primo e G um grupo finito
de ordem pm b, com (p, b) = 1. Seja np o número de p-subgrupos de Sylow de G. Então:
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i. np divide b.
k
X
(G : NG (S)) = (P : P ∩ S).
i=1
k
X
(G : NG (S)) = (S : S ∩ Si ),
i=1
I : S −→ P(C),
k
X
(G : NG (S)) = (S : S ∩ S) + (S : S ∩ Si ) ≡ 1 (mod p)
i=2
Por exemplo, consideremos um grupo G tal que |G| = 24 = 23 ·3. Sabemos que
existe um subgrupo de de G com ordem 8, que é a maior potência de 2 que divide a ordem
de G o qual é um 2-subgrupo de Sylow de G. Da mesma forma, existe um 3-subgrupo de
Sylow de ordem 3.
Podemos concluir que, dados um grupo finito G e p um primo divisor da
ordem de G, um p-subgrupo de Sylow de G é um subgrupo de G com ordem sendo a
maior potência de p que divide a ordem de G.
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3 SUBGRUPOS DE HALL
G = G0 ≥ G1 ≥ · · · ≥ Gn = 1,
Gi
onde cada grupo fator Gi+1
é abeliano.
G = G0 ≥ G1 ≥ · · · ≥ Gn = 1,
Gi Gi
onde cada grupo fator G(i+1)
está contido em Z Gi+1
, para i = 1, 2, · · · , n − 1.
Teorema 3.6 (P. Hall) Se G é um grupo finito solúvel de ordem ab, onde (a, b) = 1,
então G contém um subgrupo de ordem a. Além disso, quaisquer dois subgrupos de ordem
a são conjugados ente si.
a0 qβ = ka0 b0 ⇒ qβ = kb0 , q, k ∈ Z.
Então b0 divide qβ, mas como b0 não divide q, pois (a0 q, b) = 1, então b0 |β.
Agora, a fórmula do produto nos diz que |AH| divide |A| · |H|, ou seja,
e como β não divide a0 , segue que β|b0 . Logo, se β|b0 e b0 |β, então b0 = β.
Concluı́mos então que |AH| = αβ = ab0 .
Utilizando novamente o Teorema de Lagrange, temos que |BH| divide |G|.
Então, |BH| = xy, onde x|a e y|b. Como (a, b) = 1 e B ≤ BH, temos que
Como a = a0 z, z ∈ Z,
a0 zy = sa0 b0 ⇒ zy = sb0 , z, s ∈ Z.
Então b0 divide zy, mas como b0 não divide z, pois (a0 z, b) = 1, então b0 |y.
Agora, a fórmula do produto nos diz que |BH| divide |B| · |H|, ou seja,
e como y não divide a0 , segue que y|b0 . Logo, se y|b0 e b0 |y, então b0 = y.
0
Concluı́mos que |BH| =0 xy = ab .
então
ab0
AH |AH| ab a BH |BH| a
Portanto, = = = e = = = .
H |H| a0 b 0 a0 H |H| a0 b 0 a0
G AH BH
Como, por hipótese de indução, ≤ G, então e , são conjugados,
xH H H H
AH BH G
isto é, = , para algum xH ∈ . Vejamos então, que
H H H
x−1 Ax e B são subgrupos de BH, ambos de orde a. De fato, B é um
subgrupo de BH. Falta provar que x−1 Ax ≤ BH.
AH BH
Seja aH ∈ e b1 H ∈ . Temos que,
H H
x−1 HaHxH = b1 H,
x−1 axH = b1 H.
b1 −1 (x−1 ax) = h, h ∈ H,
x−1 ax = b1 h, h ∈ H.
21
Se aH = a1 h1 , h1 ∈ H, a1 ∈ A, temos que
x−1 a1 h1 x = b1 h, h, h1 ∈ H e a1 ∈ A,
x−1 a1 xh1 = b1 h, h, h1 ∈ H e a1 ∈ A,
x−1 a1 x = b1 h2 , h2 ∈ H e a1 ∈ A.
G KN ∗ ∼ N ∗ N∗
= = ∗ = .
K K N ∩K N
Assim,
|G||N |
|N ∗ | = .
|K|
Como K = HQ e Q ≤ N ≤ K, então K = HQ ≤ HN . Mas HN ≤ K,
logo
|H||N |
|K| = |HN | = ,
|H ∩ N |
e
|G||N | |G||N | |G||N ||H ∩ N | |G|
|N ∗ | = = |H||N | = = |H ∩ N | =
|K| |H||N | |H|
|H∩N |
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G
= |H ∩ N | = a|H ∩ N |.
H
Precisamos que
|N ∗ | = a ⇒ a|H ∩ N | = a ⇒ |H ∩ N | = 1.
G AK ∼ A
= = ,
K K A∩H
e
|A||K|
|A ∩ H| = = qn.
|G|
Pelo Teorema de Sylow, A ∩ H é conjugado de Q. Como subgrupos conju-
gados possuem normalizadores conjugados, temos que N ∗ é conjugado de
NG (A ∩ H) e |NG (A ∩ H)| = a.
Como A ∩ H C A, segue que A ≤ NG (A ∩ H) e A = N + G(A ∩ H).
Portanto, A é um conjugado de N ∗ .
Referências Bibliográficas
DOMINGUES, H. H.; IEZZI, G. Álgebra Moderna. 4. ed. São Paulo: Atual, 2003.
GARCIA, A.; LEQUAIN, Y. Elementos de álgebra. 6. ed. Rio de Janeiro: IMPA, 2013.
LANG, S. Álgebra para Graduação. 2. ed. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2008.