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5. INSPEÇÃO
1) Corrosão
2) Redução de espessura
3) Fadiga
4) Deformação (por impacto)
5) Vibrações
6) Sobrecargas
7) Acúmulo de material
8) Pintura
9) Ambiente (gases, temperatura, água, ácidos etc.)
10) Alterações do projeto
11) Recalques
12) Deformações
13) Verticalidade
14) Alinhamento e nivelamento
15) Soldas
16) Processos
17) Atuação dos equipamentos mecânicos
18) Ligações (soldadas ou parafusadas)
5.2.1 Corrosão
É a deterioração de um material, geralmente metálico, por ação
química ou eletroquímica do meio ambiente aliada ou não a esforços
mecânicos.
Os problemas de corrosão são freqüentes e ocorrem nas mais variadas
atividades como, por exemplo: siderúrgicas, petroquímicas, ferrovias e
marítimas etc., gerando perdas diretas e indiretas nestas atividades.
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5.2.1.2 Galvânica
Ocorre toda vez que são colocados em contato metais diferentes
tais como: magnésio, zinco, alumínio, aço e outros, submetidos a um meio
eletrolítico (eletrólito) tais como: água, soluções aquosas, umidade entre
outros.
Como resultado, um dos metais é destruído (anodo) enquanto que o outro
fica protegido (catodo). Daí o nome de Proteção Catódica (em relação à
proteção).
Assim, baseado no comportamento eletroquímico dos metais, criou-se a
série galvânica em água do mar que consiste numa série de metais
dispostos em uma ordenação de reatividade, isto é, no topo da série estão
os metais anódicos (aqueles que se corroem mais facilmente comumente
conhecidos como chapas de sacrifício) e no final da série os metais mais
catódicos (aqueles que são mais resistentes a corrosão).
Assim, todo o metal da escala que esteja em contato com outro de
posição inferior, entrará em corrosão para protegê-lo.
Em seguida apresentamos na tabela abaixo, alguns metais da série
galvânica:
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1. Magnésio 9. Cobre
5.2.1.4 Intergranular
Nos cristais que formam o metal, as superfícies são mais reativas do
que o núcleo e sob certas condições de ambientes desfavoráveis pode
ocorrer uma corrosão que caminha pelas superfícies dos cristais
promovendo a desagregação da peça como mostrado na figura 66.
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5.2.1.8 Atmosférica
Quando os metais são submetidos à ação de condições climáticas
diz-se que eles sofrem corrosão atmosférica.
Este tipo de corrosão é uma das formas de ataque corrosivo mais
desastroso, sob o ponto de vista econômico, não sendo ainda um fenômeno
totalmente conhecido, a corrosão atmosférica é um fenômeno
essencialmente eletroquímico.
5.2.2 Deformações
São ocorrências em elementos estruturais e são causados por
diversos fatores, como por exemplo: impactos, sobrecarga não estimada ou
redução da espessura do material devido à corrosão.
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5.2.3 Trincas
Nos elementos estruturais como vigas soldadas e colunas soldadas
os fatores principais para o aparecimento de trincas são: solda não
normalizada, gerando concentração de tensões, sobrecarga não prevista no
projeto, fadiga do material do perfil.
Nas abas tradicionais de vigas sujeitas a carga dinâmica, como nas vigas
de rolamento, as soldas das nervuras na aba reduzem a resistência a fadiga.
Para contornar este problema, evita-se a solda na aba inferior
(tracionada), interrompendo a nervura antes.
Já nas uniões da alma com a mesa superior de vigas de rolamento, ocorre
uma pressão localizada devido aos esforços transmitidos pela roda da ponte
rolante que é distribuída numa região e que ora existe ora não (num regime
cíclico e dinâmico).
Esse quadro faz com que esses esforços provoquem, com o passar do
tempo, após vários ciclos, o aparecimento de trincas nessa região.
Para solucionar esse problema, costuma-se executar essa solda com
penetração total.
As cargas dinâmicas, excêntricas, proveniente do desalinhamento dos
trilhos em relação ao eixo da alma da viga de rolamento, podem causar
trincas na alma da viga.
A ausência de enrijecedores também provoca o aparecimento de trincas
na alma.
5.2.4 Desalinhamento
É quando os elementos estruturais saem do eixo no sentido do
plano horizontal, sendo os elementos mais afetados colunas e vigas de
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Figura 69 - desalinhamento
5.2.5 Desnivelamento
É a descontinuidade, em relação a um eixo, medida num plano
vertical, geralmente por levantamento topográfico.
É uma medida importantíssima no caso de caminho de rolamento de
pontes rolantes, máquinas e equipamentos móveis .
Na figura 70 mostramos uma seção transversal de uma fila de colunas
com problema de desnivelamento.
Figura 70 - desnivelamento
5.2.6 Verticalidade
É a variação lateral do eixo de simetria, normalmente de colunas,
entre dois pontos opostos verticalmente como mostrada na figura 71.
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Figura 71 – Verticalidade
5.2.7 Projeto
Os problemas mais comuns nos projetos são:
Erros de medidas;
Erros em detalhes que acabam favorecendo o desenvolvimento de
corrosão como:
5.2.8 Fabricação
Uma vez aprovados para construção os desenhos de detalhes são
enviados a fabrica ao pessoal da fabricação, com base nesses desenhos
inicia-se a confecção de gabaritos.
No gabarito são marcadas as dimensões do material, quantidade de peças
a serem fabricadas, marcas de identificação e outras formas de controle a
critério de cada fabricante. A pessoa encarregada da confecção do gabarito
chama-se “traçador”.
O aço comumente empregado é o ASTM A 36 ou NBR 7007 MR250 e ainda
o ASTM 242 (COS-AR-COR) resistente a corrosão.
Erro na traçagem;
Erro no emprego do material (perfil soldado);
Troca de espessura da chapa indicada no projeto;
Não observância da centragem das furações;
Desobediência ao padrão indicado para a estrutura projetada
(tolerância de fabricação);
Erro de identificação das peças ou identificação indecifrável;
Acidentes no transporte da estrutura gerando deformação.
Não observância das normas e padrões técnicos provocando
assim empeno ou deformações nas peças;
Acabamento ruim e falta de limpeza final (rebarbas, contos
vivos, respingos de solda e outros);
Preenchimento incorreto do romaneio de transporte gerando
confusão para quem recebe a encomenda;
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5.2.9 Montagem
Alguns dos problemas encontrados na montagem:
Fios rompidos;
Mordeduras;
Sub dimensionamento;
Mau estado;
Corrosão.
No caso das cintas:
Mau estado de conservação;
Sub dimensionamento (capacidade aquém
da necessária);
Fibras esgarçadas.
Uso de peças inadequadas, por exemplo, parafusos, no lugar
das corretas (solicitadas no projeto) por falta de suprimento
adequado.
Inversão na posição de montagem, principalmente no caso de
peça DIREITA e ESQUERDA.
Execução de soldas sem a observação das normas ou
exagerando na quantidade de material depositando provocando
assim excesso de calor localizadamente, empenos, deformação e
outros problemas.
Emprego de mão de obra não qualificada para execução de itens
mais complexos como soldas de responsabilidade, içamento de
peças de grandes dimensões e outros.
Desobediência às informações determinadas no diagrama de
montagem (improvisar no campo sem o conhecimento da
engenharia).
Modificação da fixação constante no projeto, dimensionada para
uso especifico do esquema estático projetado.
Inversão do posicionamento das peças possibilitando acúmulo de
água e pó com o decorrer do tempo facilitando assim o processo
de corrosão (perfil bebendo água).
Soldas de campo sem o controle de qualidade (tolerância e tipo
de solda a ser usado).
Descumprimento dos prazos acordados.
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Introdução
As estruturas metálicas que são o objetivo deste curso não têm manuais
de manutenção como os que existem para equipamentos eletromecânicos.
Portanto, baseados em critérios de cálculo de resistência dos materiais e
experiência vivida ao longo dos anos, apresentamos a seguir alguns padrões
que podem ser seguidos.
Vigas de rolamento
Monovias L/400
Pontes rolantes Manuais L /500
Pontes rolantes Elétricas L /700
Vigas em geral
Vigas suportando lajes para trafego L /600
Principais L /250
Secundárias L /200
Principais L /400
Secundarias L /250
Figura 78 – limites aceitáveis para desvios de alinhamento nos trilhos dos caminhos de
rolamento
Figura 8
1 –
limites aceitáveis para excentricidade de trilhos
5.6 Ligações
5.8 Segurança
e. Bota
f. Blusão de lona
g. Máscara contra pó e gases
h. Cinto de segurança
i. Detector de CO
2. Preenchimento da ART (análise de risco da tarefa).
3. Liberação da ART pelo supervisor responsável da área a ser
inspecionada (supervisor da operação).
4. Nunca executar a inspeção sem o acompanhamento de outra pessoa
(indicado pelo responsável da área).
5. Se o equipamento a ser inspecionado oferecer risco de acidentes de
qualquer natureza, não proceder a inspeção antes do impedimento
autorizado pela operação.
6. Em caso de escada, passadiços, plataformas e pisos verificar o
estado de corrosão em que se encontram, antes de se locomover para estas
estruturas.
7. Sob hipótese nenhuma acessar área sem o conhecimento do seu
supervisor direto e também o supervisor da área responsável pela estrutura
a ser inspecionada.
8. Para você exercer a função de inspetor de estruturas e ter acesso
permitido a locais de grande altura deverá ter sido anteriormente habilitado
pela área médica da empresa para executar este tipo de trabalho.
5.9 Check-List
Para uma inspeção preliminar, com o intuito de se levantar dados
para uma inspeção posterior mais detalhada, inclusive informações para o
relatório de inspeção, podemos utilizar um recurso que nos auxilia muito
que é o check-list.
Nesse documento anotamos informações preliminares que são levantadas
numa inspeção visual, numa rápida visita ao campo, podendo ser anotadas
de forma matricial de simples e fácil entendimento.
Como exemplo, mostramos a seguir dois modelos.
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Inspeção em galpões:
Elementos
Corrosão Deformações Sobrecarga Outros
estruturais
Colunas
Chumbadores
Parafusos
Travamentos
Tesouras
Vigas de
rolamento
Passadiços
Inspeção em transportadores:
Elementos
Corrosão Deformações Sobrecarga Outros
estruturais
Apoios
Articulações
Passadiços
Ligações
Banzos
Diagonais,
montantes e
Travessas
Pórticos ou
colunas e
travessas de
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sustentação
5.10.1 Eletrodeposição
É aplicação através da passagem de corrente elétrica entre uma
solução (eletrólito), que contém o metal que vai revestir a peça e a própria
peça, estando essa imersa na solução.
5.10.1.2 Metalização
É aplicada por meio de fusão do metal de revestimento através de
uma chama que espalha (esperge) o metal fundido sobre o metal e ser
protegido.
A metalização pode deixar a superfície porosa o que não é bom sob o
aspecto galvânico (corrosão galvânica pela presença de metais diferentes).
Por esse processo pode-se revestir, por exemplo, peças de aço comum com
aço inoxidável.
5.10.1.3 Revestimentos
Consiste em revestir o metal base por meio de finas folhas metálicas
mais nobres, através de laminação.
Por exemplo: ligas de duralumínio revestido por alumínio comum uma vez
que o duralumínio é mais susceptível à corrosão sob tensão.
É a utilizado quando o metal que vai revestir o metal base tem baixo
ponto de fusão e pode-se preparar um banho quente onde se mergulha a
peça a ser protegida.
Exemplo clássico é a galvanização.
5.10.1.6 Difusão
Consiste em promover a difusão de outro metal na superfície do
material base e por esse motivo a difusão é também chamada de liga de
superfície.
Proteções com zinco, cromo e alumínio, podem ser obtidos por esse
método.