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Diagrama elétrico
Diagrama de comando
O diagrama de comando faz a representação esquemática dos
circuitos elétricos. Ele mostra os seguintes aspectos:
! funcionamento seqüencial dos circuitos;
! representação dos elementos, suas funções e as
interligações, conforme as normas estabelecidas;
3
! visão analítica das partes ou do conjunto;
! possibilidade de rápida localização física dos componentes.
Tipos de diagramas
Os diagramas podem ser:
! multifilar completo (ou tradicional),
! funcional, e
! de execução.
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Em razão das dificuldades de interpretação desse tipo de
diagrama, os três elementos básicos dos diagramas, ou seja, os
caminhos da corrente, os elementos e suas funções e a
seqüência funcional são separados em duas partes
representadas por diagramas diferentes.
5
Símbolos literais
De acordo com a norma NBR 5280 de abril de 1983, símbolos
literais para elementos de circuitos são representações em forma
de uma letra maiúscula inicial, podendo ser seguida por
números, outras letras ou combinações alfanuméricas para
particularizar cada elemento do circuito.
Exemplos:
! PVI - voltímetro para tensões de 0 mV – 10 mV
! PA3 - amperímetro para correntes de 0 mA – 100 mV
! R15 - resistor de 1 M Ω
6
Quando o contator é identificado por meio de letras, sua função
só é conhecida quando o diagrama de potência é analisado.
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Resistores ajustáveis, potenciô-
R Resistores metros reostatos, derivadores
(shunts), termistores.
Chaves de controle, "push buttons"
S Seletores, chaves chaves limitadoras, chaves
seletoras, seletores.
Transformadores de tensão, de
T Transformadores
corrente.
Discriminadores, demoduladores,
U Moduladores codificadores, inversores,
conversores.
Válvulas, tubos de descarga de
V Válvulas, semicondutores..
gás, diodos, transistores, tiristores
“Jumpers”, cabos, guias de onda,
Elemento de transmissão, guias de
W acopladores direcionais, dipolos,
onda, antenas.
antenas parabólicas.
Tomadas macho e fêmea, pontos
X Terminais, plugues, soquetes. de prova, quadro de terminais,
barra de terminais.
Dispositivos mecânicos operados Válvulas pneumáticas, freios, em-
Y
eletricamente breagens.
Transformadores híbridos, equa- Filtros a cristal, circuitos de balan-
Z lizadores, limitadores, cargas de ceamento, compressores expanso-
terminação sores ("compandors").
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Nos contatores e relés, os contatos são identificados por
números que indicam:
• função - contatos abridores e fechadores do circuito de
força ou de comando; contatos de relés temporizados ou
relés térmicos;
• posição - entrada ou saída e a posição física dos
contatores. Nos diagramas funcionais, essa indicação é
acompanhada da indicação do contator ou elemento
correspondente.
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A tabela a seguir mostra alguns símbolos utilizados e os
respectivos componentes.
Condutor
Lâmpada
Interruptor
10
Resistores
Símbolo Descrição
Resistor variável
Elemento de aquecimento
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Capacitores
Símbolo
Capacitor de passagem
Capacitor variável
12
Capacitor variável a dupla armadura móvel
Símbolo
Indutores
Símbolo Descrição
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Indutor com duas derivações
Variômetro (variometer)
Diodos semicondutores
Símbolo Descrição
Diodo túnel
Diodo de avalanche, ou Zener, unidirecional (diodo regulador
de tensão)
Diodo de avalanche, ou Zener, bidirecional
Diodo unitúnel
Diodo bidirecional (varistor)
Diac
14
Tiristores
Símbolo Descrição
15
Exemplos de transistores
Símbolo Descrição
Transistor PNP
16
Transistor de efeito de campo à porta isolada (IGFET), tipo
a enriquecimento, uma porta, com canal tipo N, sem
conexão ao substrato
Transistores (cont.)
17
Dispositivos fotossensíveis e magnetos
sensíveis
Símbolo Descrição
Fotodiodo
Célula fotocondutora com condutividade assimétrica
Célula fotovoltaica
Fototransistor PNP
18
Dispositivos de proteção e
segurança
Seguranças fusíveis
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Fusíveis de efeito retardado
Os fusíveis de efeito retardado são apropriados para uso em
circuitos cuja corrente de partida atinge valores muitas vezes
superiores ao valor da corrente nominal e em circuitos que
estejam sujeitos a sobrecargas de curta duração.
Fusíveis NH
Os fusíveis NH suportam elevações de tensão durante um certo
tempo sem que ocorra fusão.
Construção
Os fusíveis NH são constituídos por duas partes: base e fusível.
20
de garras às quais estão acopladas molas que aumentam a
pressão de contato.
Fusíveis DIAZED
Os fusíveis DIAZED podem ser de ação rápida ou retardada.
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Os de ação retardada são usados em circuitos com motores e
capacitores, sujeitos a picos de corrente.
Construção
O fusível DIAZED (ou D) é composto por: base (aberta ou
protegida), tampa, fusível, parafuso de ajuste e anel.
22
O parafuso de ajuste tem a função de impedir o uso de fusíveis
de capacidade superior à desejada para o circuito. A montagem
do parafuso é feita por meio de uma chave especial.
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Intensidade de Intensidade de
Cor Cor
corrente (A) corrente (A)
Rosa 2 Azul 20
Marrom 4 Amarelo 25
Verde 6 Preto 35
Vermelho 10 Branco 50
Cinza 16 Laranja 63
24
Instalação
Os fusíveis DIAZED e NH devem ser colocados no ponto inicial
do circuito a ser protegido.
A instalação deve ser feita de tal modo que permita seu manejo
sem perigo de choque para o operador.
Dimensionamento do fusível
A escolha do fusível é feita considerando-se a corrente nominal
da rede, a malha ou circuito que se pretende proteger. Os
circuitos elétricos devem ser dimensionados para uma
determinada carga nominal dada pela carga que se pretende
ligar.
25
26
Relés como dispositivos de
segurança
Relés
27
Tipos de relés
Relés eletromagnéticos
Os relés eletromagnéticos funcionam com base na ação do
eletromagnetismo por meio do qual um núcleo de ferro próximo
de uma bobina é atraído quando esta é percorrida por uma
corrente elétrica.
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O relê de máxima corrente é regulado para proteger um circuito
contra o excesso de corrente. Esse tipo de relê abre,
indiretamente, o circuito principal assim que a corrente atingir o
limite da regulagem.
Relés térmicos
Esse tipo de relê, como dispositivo de proteção, controle ou
comando do circuito elétrico, atua por efeito térmico provocado
pela corrente elétrica.
29
O elemento básico dos relés térmicos é o bimetal.
30
Embora a ação do bimetal seja lenta, o desligamento dos
contatos é brusco devido à ação do gatilho. Essa abertura rápida
impede a danificação ou soldagem dos contatos.
31
Veja representação esquemática a seguir.
Observação
É necessário sempre verificar o motivo por que o relê desarmou,
antes de desarmá-lo.
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para disparar em cinco minutos com carga de 10 A, disparará
antes, se faltar uma fase.
33
34
Contatores
Contatores
Tipos de contatores
Basicamente, existem dois tipos de contatores:
! contatores para motores;
! contatores auxiliares.
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Assim, os contatores para motores caracterizam-se por
apresentar:
! dois tipos de contatos com capacidade de carga diferentes
chamados principais e auxiliares;
! maior robustez de construção;
! possibilidade de receberem relés de proteção;
! câmara de extinção de arco voltaico;
! variação de potência da bobina do eletroímã de acordo com
o tipo do contator;
! tamanho físico de acordo com a potência a ser comandada;
! possibilidade de ter a bobina do eletroímã com secundário.
36
Um contator auxiliar é mostrado na ilustração a seguir.
Construção
Os principais elementos construtivos de um contator são:
! contatos;
! sistema da acionamento;
! carcaça;
! câmara de extinção de arco-voltaico.
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Os contatos móveis são sempre acionados por um eletroímã
pressionado por molas. Estas devem atuar uniformemente no
conjunto de contatos e com pressão determinada conforme a
capacidade para a qual eles foram construídos.
38
Os contatos simples têm apenas uma abertura. Eles são
encontrados em contatores de maior potência.
39
Sistema de acionamento
O acionamento dos contatores pode ser feito com corrente
alternada ou com corrente contínua.
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O sistema de acionamento com CC é recomendado para
aplicação em circuitos onde os demais equipamentos de
comando são sensíveis aos efeitos das tensões induzidas pelo
campo magnético de corrente alternada. Enquadram-se nesse
caso os componentes CMOS e os microprocessadores,
presentes em circuitos que compõem acionamentos de motores
que utilizam conversores e/ou CPs (controladores
programáveis).
Carcaça
É constituída de duas partes simétricas (tipo macho e fêmea)
unidas por meio de grampos.
41
Com a câmara de extinção de cerâmica, a extinção do arco é
provocada por refrigeração intensa e pelo repuxo do ar.
Funcionamento do contator
Como já sabemos, uma bobina eletromagnética quando
alimentada por uma corrente elétrica, forma um campo
magnético. No contator, ele se concentra no núcleo fixo e atrai o
núcleo móvel.
42
A velocidade de fechamento dos contatores é resultado da força
proveniente da bobina e da força mecânica das molas de
separação que atuam em sentido contrário.
Intertravamento de contatores
O intertravamento é um sistema de segurança elétrico ou
mecânico destinado a evitar que dois ou mais contatores se
fechem acidentalmente ao mesmo tempo provocando curto-
circuito ou mudança na seqüência de funcionamento de um
determinado circuito.
43
Na utilização dos contatos auxiliares (K1 e K2), estes impedem a
energização de uma das bobinas quando a outra está
energizada.
44
Quando se utilizam botões conjugados, pulsa-se
simultaneamente S1 e S2. Nessa condição, os contatos abridor e
fechador são acionados. Todavia, como o contato abridor atua
antes do fechador, isso provoca o intertravamento elétrico.
Assim, temos:
Botão S1: fechador de K1 conjugado com S1, abridor de K2.
Botão S2: fechador de K2 conjugado com S2, abridor de K1.
Observação
Quando possível, no intertravamento elétrico, devemos usar
essas duas modalidades.
45
Quando um dos contatores é acionado, este atua sobre uma das
extremidades da régua, enquanto que a outra impede o
acionamento do outro contator.
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A tabela a seguir indica o emprego dos contatores conforme a
categoria.
Categoria
Exemplos de uso
de emprego
Cargas fracamente indutivas ou não-indutivas.
AC1
Fornos de resistência.
AC2 Partida de motores de anel sem frenagem por contracorrente.
Partida de motores de indução tipo gaiola.ı Desligamento do motor
AC3 em funcionamento normal.ı Partida de motores de anel com
frenagem por contracorrente.
Partida de motores de indução tipo gaiola.ı Manobras de ligação
AC4
intermitente, frenagem por contracorrente e reversão.
Cargas fracamente indutivas ou não-indutivas.ı Fornos de
DC1
resistência.
Motores em derivação.
DC2
Partida e desligamento durante a rotação.
Partida, manobras intermitentes, frenagem por contracorrente,
DC3
reversão.
DC4 Motores série.ı Partida e desligamento durante a rotação.
Partida, manobras intermitentes, frenagem por contracorrente,
DC5
reversão.
Observação
Na tabela anterior, AC = corrente alternada; DC = corrente
contínua.
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Partida direta de um motor comandada por
contator
O circuito de partida direta de motor comandada por contator é
mostrado a seguir.
48
Observação
O contator também pode ser comandado por uma chave de um
pólo. Neste caso, eliminam-se os botões b0 e b1 e o contato de
selo c1. Em seu lugar, coloca-se a chave b1 como mostra afigura
a seguir.
Defeito Causas
Contator não liga Fusível de comando queimado.
Relê térmico desarmado.
Comando interrompido.
Bobina queimada.
Contator não desliga Linhas de comando longas (efeito de "colamento" capacitivo).
Contatos soldados.
Faiscamento Instabilidade da tensão de comando por:
excessivo . regulação pobre da fonte;
. linhas extensas e de pequena seção;
. correntes de partida muito altas;
. subdimensionamento do transformador de comando com
diversos contatores operando simultaneamente.
Fornecimento irregular de comando por:
. botoeiras com defeito;
. chaves fim-de-curso com defeito.
Contator zumbe Corpo estranho no entreferro.
Anel de curto-circuito quebrado.
Bobina com tensão ou freqüência errada.
Superfície dos núcleos (móvel e fixo) sujas ou oxidadas,
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especialmente após longas paradas.
Fornecimento oscilante de contato no circuito de comando.
Quedas de tensão durante a partida de motores.
Relê térmico atua e o Relê inadequado ou mal regulado.
motor não atinge a Tempo de partida muito longo.
rotação normal (con- Freqüência muito alta de ligações.
tator com relê) Sobrecarga no eixo.
Bobina magnética se Localização inadequada da bobina.
aquece Núcleo móvel preso às guias.
Curto-circuito entre as espiras por deslocamento ou remoção
de capa isolante (em CA).
Curto-circuito entre bobina e núcleo por deslocamento da
camada isolante.
Saturação do núcleo cujo calor se transmite à bobina.
Bobina se queima Sobretensão.
Ligação em tensão errada.
Subtensão (principalmente em CC).
Corpo estranho no entreferro.
Contatos Carga excessiva.
sobreaquecem Pressão inadequada entre contatos.
Dimensões inadequadas dos contatos.
Sujeira na superfície dos contatos.
Superfície insuficiente para a troca de calor com o meio-
ambiente.
Oxidação (contatos de cobre).
Acabamento e formato inadequados das superfícies de
contato.
Contatos se fundem Correntes de ligação elevadas (como na comutação de
transformadores a vazio)
Comando oscilante.
Ligação em curto-circuito.
Comutação estrela-triângulo defeituosa.
Contatos se desgas- Arco voltaico.
tam excessivamente Sistema de desligamento por deslizamento (remove certa
quantidade de material a cada manobra).
Isolação é deficiente Excessiva umidade do ar.
Dielétrico recoberto ou perfurado por insetos, poeira e outros
corpos.
Presença de óxidos externos provenientes de material de
solda.
Defeitos mecânicos
Os defeitos mecânicos são provenientes da própria construção
do dispositivo, das condições de serviço e do envelhecimento do
material.
50
Salientam-se nesse particular:
! lubrificação deficiente;
! formação de ferrugem;
! temperaturas muito elevadas;
! molas inadequadas;
! trepidações no local da montagem.
51
52
Chaves auxiliares tipo botoeira
Construção
As chaves auxiliares tipo botoeira são constituídas por botão,
contatos móveis e contatos fixos.
53
Em alguns tipos de botoeiras, o contato móvel tem um
movimento de escorregamento que funciona como
automanutenção, pois retira a oxidação que aparece na
superfície do contato.
54
Botoeiras do tipo pendente
As botoeiras do tipo pendente destinam-se ao comando de
pontes rolantes e máquinas operatrizes nas quais o operador
tem que acionar a botoeira enquanto em movimento ou em
pontos diferentes.
55
56
Sinalizadores luminosos
Sinalização
57
A tabela a seguir mostra o significado das cores de sinalização
de acordo com a norma VDE.
Sinalização sonora
58
As buzinas são usadas para indicar o início de funcionamento de
uma máquina ou para ficar à disposição do operador, quando
seu uso for necessário. Elas são usadas, por exemplo, na
sinalização de pontes rolantes.
Instalações de sinalizadores
59
60
Relés temporizadores
Relés temporizadores
Nos relés temporizadores, a comutação dos contatos não ocorre
instantaneamente. O período de tempo (ou retardo) entre a
excitação ou a desexcitação da bobina e a comutação pode ser
ajustado.
Os retardos, por sua vez, podem ser obtidos por meio de:
! relê pneumático de tempo;
! relê mecânico de tempo;
! relê eletrônico de tempo.
61
O retardo é determinado pela passagem de uma certa
quantidade de ar através de um orifício regulável. O ar entra no
dispositivo pneumático que puxa o balancim para cima,
fornecendo corrente para os contatos. Veja ilustração a seguir.
Funcionamento
Na condição inicial, o eletroímã é energizado e libera a alavanca
(1). A mola (6) tende a abrir a sanfona, mantendo a válvula (5)
fechada. A velocidade de abertura depende diretamente da
vazão permitida pelo parafuso (9) que controla a admissão do ar.
62
Após um tempo "t", que depende da regulagem do parafuso, a
sanfona está completamente aberta e aciona os contatos
fechadores e abridores.
63
Relê mecânico de tempo
O relê mecânico de tempo é constituído por um pequeno motor,
um jogo de engrenagens de redução, um dispositivo de
regulagem, contatos comutadores e mola de retorno. Veja
ilustração a seguir.
Funcionamento
No relê de retardo mecânico, um came regulável é acionado pelo
redutor de um motor. Após um tempo determinado, o came abre
ou fecha o contato.
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Transformadores para comandos
65
Os transformadores de comando podem ser de vários tipos, a
saber:
! transformadores de tensão;
! transformadores para chaves compensadoras;
! transformadores de corrente.
Transformadores de tensão
Os transformadores de tensão são usados para:
! reduzir a tensão a níveis compatíveis com a tensão dos
componentes do comando (relés, bobinas);
! fornecer proteção nas manobras e nas correções de defeitos;
! separar o circuito principal do circuito de comando,
restringindo e limitando possíveis curto-circuitos a valores
que não afetem o circuito de comando;
! amortecer as variações de tensões, evitando possíveis
ricochetes e prolongando, portanto, a vida útil do
equipamento.
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São construídos com duas colunas com ligações em triângulo;
ou com três colunas com ligação em estrela.
Transformador de corrente
O transformador de corrente atua com relés térmicos de
proteção contra sobrecarga. Ele é associado a relés térmicos
cuja corrente nominal é inferior à da rede.
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Sua relação de transformação é indicada na placa. Por exemplo,
uma indicação 200/5 indica que, quando houver uma corrente de
200 A na rede principal, a corrente do relê será de 5 A.
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Máquinas de corrente contínua
Geradores e motores
Construção
As máquinas de CC são compostas basicamente por duas partes: o
estator e o rotor.
O estator (ou carcaça) é a parte fixa da máquina. Nele alojam-se as
bobinas de campo cuja finalidade é conduzir o fluxo magnético.
69
O estator é formado por:
70
Gerador de CC - princípio de funcionamento
Ef = k . n . f
Onde
k é uma constante que depende das características construtivas da
máquina
n é a velocidade de rotação
f é o fluxo magnético
71
Classificação dos geradores de CC
72
Nesses tipos de geradores, para que a tensão se mantenha constante, a
cada aumento de carga deve haver, manual ou automaticamente, um
aumento da excitação.
Tipos de geradores
73
Ao elevar-se a tensão, a corrente aumenta e, conseqüentemente,
aumenta também o fluxo indutor. Isso se repete até que se verifique a
saturação magnética, quando a tensão se estabiliza.
Observação
Antes da saturação magnética, a tensão pode alcançar valores perigosos.
Para evitar que a tensão se eleve, quando se acrescenta uma carga ao
circuito, coloca-se um reostato em paralelo com a excitação.
74
A corrente do gerador deve alimentar tanto a carga como a bobina de
campo, pois ambas estão em paralelo. Assim, a tensão gerada diminui
com o aumento de carga.
Observação
A relação entre as tensões em vazio e em carga de qualquer tipo de
gerador é denominada detensão de regulação e é dada em porcentagem
pela seguinte fórmula:
VR = Eo – Et
Et
75
Motor de CC - funcionamento
76
Podemos observar que a corrente que circula pela espira faz este
movimento nos dois sentidos: por um lado, a corrente está entrando e,
por outro, saindo. Isso provoca a formação de duas forças contrárias de
igual valor (binário), das quais resulta um movimento de rotação
(conjugado), uma vez que a espira está presa à armadura e suspensa por
mancal.
Essas forças não são constantes em todo giro. À medida que o condutor
vai se afastando do centro do pólo magnético, a intensidade das forças
vai diminuindo.
Nos motores, para que haja força constante, as espiras colocadas nas
ranhuras da armadura devem estar defasadas entre si e interligadas ao
circuito externo através do coletor e escova.
Onde
n é a rotação
f é o fluxo magnético
k é a constante da máquina
A corrente total que circulará pela armadura (Ia) será dada por:
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Ia = E – Eo
Ra
Onde
E é a tensão aplicada
Eo é a força contra-eletromotriz
Ra é a resistência
Tipos de motores
Como acontece com os geradores, os motores também são classificados
segundo o tipo de ligação de seus campos, ou seja: motor de CC em
série, motor de CC em paralelo, motor de CC misto.
Esse tipo de motor é indicado para casos em que é necessário partir com
toda a carga. Por isso, eles são usados em guindastes, elevadores e
locomotivas, por exemplo.
78
No motor de CC em paralelo, as bobinas de campo são constituídas por
muitas espiras de fio relativamente fino e ligadas em paralelo com o
induzido.
79
Esse tipo de motor apresenta características comuns ao motor em série e
ao motor em paralelo.Assim, seu arranque é vigoroso e sua velocidade
estável em qualquer variação de carga. Pode também partir com carga.
Comutação
80
Para que o motor ou o gerador não seja danificado, devido ao
faiscamento, o curto deverá ocorrer quando a bobina estiver passando
pela zona neutra do campo magnético, já que neste ponto não há tensão
induzida.
Reação do induzido
Nas máquinas de CC, quando não circula corrente no induzido, o campo
magnético produzido pelas bobinas do estator é constituído por linhas
retas, e a densidade do fluxo é praticamente uniforme.
81
Quando uma corrente é aplicada ao induzido com uma fonte externa
qualquer e se interrompe a corrente das bobinas do estator, o campo
magnético produzido no induzido será constituído por linhas concêntricas.
82
Nas extremidades polares A e D, as linhas do campo magnético, criado
pela corrente que circula no induzido, têm sentido oposto ao campo
produzido pela corrente que flui do estator.
83
Identificação dos terminais das máquinas de CC
Normas
Elemento DIN ASA
Armadura ou induzido A.B. A1 A2
Campo de derivação C.D. F1 F2
Campo em série E.F. S1 S2
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Motores de CA monofásicos
Motores monofásicos
Motor universal
Os motores do tipo universal podem funcionar tanto em CC como em CA;
daí a origem de seu nome.
A figura abaixo mostra o rotor (parte que gira) e o estator (parte fixa) de
um motor universal.
85
O motor universal é o único motor monofásico cujas bobinas do estator
são ligadas eletricamente ao rotor por meio de dois contatos deslizantes
(escovas). Esses dois contatos, por sua vez, ligam em série o estator e o
rotor.
Observação
É possível inverter o sentido do movimento de rotação desse tipo de
motor, invertendo-se apenas as ligações das escovas, ou seja, a bobina
ligada à escova A deverá ser ligada à escova B e vice-versa.
86
Esse tipo de motor é o motor de CA mais empregado e está presente em
máquinas de costura, liquidificadores, enceradeiras e outros
eletrodomésticos, e também em máquinas portáteis, como furadeiras,
lixadeiras e serras.
Motor de indução
87
Se o rotor estiver girando, ele continuará o giro na direção inicial, já que o
conjugado será ajudado pela inércia do rotor e pela indução de seu
campo magnético. Como o rotor está girando, a defasagem entre os
campos magnéticos do rotor e do estator não será mais que 1800.
Para dar o giro inicial do rotor, são usados comumente dois tipos de
partida:
• de campo distorcido - motor de campo distorcido;
• de fase auxiliar com capacitor - motor de fase auxiliar.
88
Uma vez que, no motor de campo destorcido, o rotor é do tipo gaiola de
esquilo, todas as ligações encontram-se no estator.
Com o aumento gradativo do campo até 900, a maior parte das linhas de
força fica concentrada fora da região do anel. Quando o campo atinge o
máximo, ou seja, os 900, não há campo criado pela bobina auxiliar,
formada pelo anel, e ele se distribui na superfície da peça polar.
89
De 900 a 1800 o campo vai se contraindo, e o campo da bobina auxiliar
tende a se opor a essa contração, concentrando as linhas de força na
região da bobina auxiliar.
90
O enrolamento principal fica ligado durante todo o tempo de
funcionamento do motor, mas o enrolamento auxiliar só atua durante a
partida. Esse enrolamento é desligado ao ser acionado um dispositivo
automático localizado parte na tampa do motor e parte no rotor.
91
Depois da partida, ou seja, quando o motor atinge aproximadamente 80%
de sua rotação nominal, o interruptor automático se abre e desliga o
enrolamento de partida. O motor, porém, continua funcionando
normalmente.
92
Os motores de seis terminais são construídos para duas tensões (110 e
220V) e para dois sentidos de rotação.
93
também chave de reversão, mas nesse caso, a reversão só é possível
com o motor parado.
A potência desse motor varia de 1/6cv até 1cv, mas para trabalhos
especiais existem motores de maior potência.
94
Motores trifásicos de CA
Motores trifásicos de CA
95
Tipos de motores trifásicos de CA
Os motores trifásicos de CA são de dois tipos: motores assíncronos (ou
de indução) e motores síncronos.
Motor assíncrono de CA
O motor assíncrono de CA é o mais empregado por ser de construção
simples, resistente e de baixo custo. O rotor desse tipo de motor possui
uma parte auto-suficiente que não necessita de conexões externas.
96
Funcionamento - Quando a corrente alternada trifásica é aplicada aos
enrolamentos do estator do motor assíncrono de CA, produz-se um
campo magnético rotativo (campo girante).
A figura seguinte mostra a ligação interna de um estator trifásico em que
as bobinas (fases) estão defasadas em 1200 e ligadas em triângulo.
97
No esquema vemos que no instante 1, o valor da corrente A é nulo e,
portanto, não há formação de campo magnético. Isto é representado pelo
0 (zero) colocado no pólo do estator.
98
Se analisarmos, em todos os instantes, a situação da corrente durante
um ciclo completo, verificaremos que o campo magnético gira em torno
de si. A velocidade de campo relaciona-se com a freqüência das
correntes conforme já foi demonstrado.
99
Entre o núcleo de ferro e o enrolamento de barras não há necessidade de
isolação, pois as tensões induzidas nas barras do rotor são muito baixas.
Esses motores são usados para situações que não exigem velocidade
variável e que possam partir com carga. Por isso são usados em
moinhos, ventiladores, prensas e bombas centrífugas, por exemplo.
100
Se o rotor alcançasse a velocidade do campo magnético do estator, não
haveria sobre ele tensão induzida, o que o levaria a parar. Na verdade, é
a diferença entre as velocidades do campo magnético do rotor e a do
campo do estator que movimenta o rotor. Essa diferença recebe o nome
de escorregamento e é dada percentualmente por:
S = Vs – Vr . 100
Vs
Onde
VS é a velocidade de sincronismo
VR é a velocidade real do rotor
101
O rotor bobinado usa enrolamentos de fios de cobre nas ranhuras, tal
como o estator.
102
O motor trifásico de rotor bobinado é recomendado nos casos em que se
necessita de partidas a plena carga. Sua corrente de partida apresenta
baixa intensidade: apenas uma vez e meia o valor da corrente nominal.
Deve-se lembrar, porém, que o motor de rotor bobinado é mais caro que
os outros devido ao elevado custo de seus enrolamentos e ao sistema de
conexão das bobinas do rotor, tais como: anéis, escovas, porta-escovas,
reostato.
Observação
É importante verificar na plaqueta do motor as correntes do estator e do
rotor.
103
Em resumo, pode-se dizer que, para a formação de um campo girante
homogêneo, devem existir duas condições:
• o estator deve ser dotado de três bobinas deslocada entre si de 1200;
• nas três bobinas do estator devem circular três correntes alternadas
senoidais defasadas em 1200, ou seja, 1/3 do período.
N = f . 60 (rpm)
p
104
Motor síncrono de CA
105
Quando parado, o motor síncrono não pode partir com aplicação direta de
corrente CA trifásica no estator, o que é uma desvantagem. De modo
geral, a partida é feita como a do motor de indução (ou assíncrono). Isso
porque o rotor do motor síncrono é constituído, além do enrolamento
normal, por um enrolamento em gaiola de esquilo.
106
Na ligação em triângulo, o início de uma fase é fechado com o final da
outra, e essa junção é ligada à rede.
107
Veja a representação da placa de ligação desse tipo de motor.
108
Sistemas de partida de motores
trifásicos
Conjugado ou momento
109
O conjugado pode ser calculado pela fórmula:
P( w )
M = 9,55 ⋅ (em newton/ metro)
n
110
• conjugado resistente se mantém constante com o aumento
da velocidade
111
De modo geral, quanto mais alta a curva do conjugado do motor
em relação ao conjugado resistente, melhor será o desempenho
do motor.
Tipos de partida
Partida direta
A partida direta é realizada por meio de chaves de partida direta
ou de contatores e se presta a motores trifásicos de rotor tipo
gaiola.
112
mostra que o conjugado na partida atinge aproximadamente 1,5
vezes o valor do conjugado nominal.
113
! custo elevado devido à necessidade de
superdimensionamento do sistema de proteção (cabos e
condutores).
Partida indireta
Quando não é possível o emprego da partida direta, deve-se
usar a partida indireta, cuja finalidade é reduzir o pico de
corrente na partida do motor.
114
O motor parte em dois estágios. No primeiro estágio, ele está
ligado em estrela e pronto para receber uma tensão 3 vezes
maior que a tensão da rede. Com isso, a corrente que circulará
nos enrolamentos será três vezes menor, ou seja, será 1/3 da
corrente para a ligação triângulo (2o estágio).
Observação
Como a curva do conjugado reduz-se a 1/3 do valor, sempre que
se usar esse tipo de partida, deve-se empregar um motor com
curva de conjugado elevada.
115
Dessa forma, o motor parte em dois pequenos picos de corrente,
ao invés de um pico de grande intensidade como na partida
direta.
Desvantagens
As desvantagens da partida estrela-triângulo são:
! necessidade da existência de seis bornes ou terminais
acessíveis para a ligação da chave;
! necessidade de coincidência da tensão da rede com a
tensão em triângulo do motor;
! redução do momento de partida para 1/3 como conseqüência
da redução da corrente de partida para 1/3;
! pico de corrente na comutação quase correspondente a uma
partida direta caso o motor não atinja pelo menos 85% de
sua velocidade nominal. Como conseqüência, aparecem
problemas nos contatos dos contatores bem como na rede
elétrica.
116
Em geral, esse tipo de partida só pode ser empregado em
partidas de máquinas em vazio, ou seja, sem carga. Somente
depois de o motor atingir 95% da rotação, a carga poderá ser
ligada.
117
O segundo pico de corrente é bastante reduzido porque o
autotransformador, por um curto período de tempo, se torna uma
reatância ligada em série com o motor.
143 V ⋅ 65 A
IE = = 42,25 A
220 V
! conjugado no "tap" de 65% será então de 42%, ou seja:
M = V2
M = 0,65 ⋅ 0,65 = 0,42
Desvantagens
As desvantagens desse sistema de partida são as seguintes:
! limitação da freqüência de manobra;
! custo mais elevado quando comparado ao da partida estrela-
triângulo;
118
! necessidade de quadros maiores devido ao tamanho do
autotransformador.
119
À medida que a velocidade do motor aumenta, a resistência
externa é reduzida gradualmente.
120
Verificar sistema de partida direta de
motor trifásico com contator comandado
por botões
Seqüência operacional
121
• Interrupção: Para interromper o funcionamento do contator,
pulsamos o botão b0; este se abrirá, eliminando a alimentação da
bobina, o que provocará a abertura do contato de selo C1 e
conseqüentemente dos contatos principais e a parada do motor.
122
Verificar sistema de partida direta de
motor 3Φ com reversão comandado por
botões
Seqüência operacional
123
• Ligação do motor em um sentido: Estando sob tensão os bornes R,
S e T e pulsando-se o botão conjugado b1, o contator C1 será
energizado, fechando o contato de selo C1(13-14) e impedindo a
entrada do contator C2 através da abertura dos contatos de
segurança C1(31-32), o qual a mantém energizada. Permanecendo
energizado C1, haverá o fechamento dos contatos principais e o
acionamento do motor em um sentido.
124
Verificar sistema de partida com
comutação automática estrela-triângulo
Seqüência operacional
125
• Permanecendo energizadas as bobinas dos contatores C2 e C1,
haverá o fechamento dos contatos principais e consequentemente, o
acionamento do motor na ligação estrela.
• Decorrido o tempo para o qual foi ajustado o temporizador d1, este
atuará, desligando o contato NF d1, que desenergizará a bobina do
contator C2, acarretando a abertura de seus contatos principais.
• Estando desenergizada a bobina C2, o contato NF C2(31-32 retorna,
energizando a bobina C3, que acionará o motor na ligação triângulo.
Parada do motor
Segurança do sistema
126
Verificar sistema de partida com
comutação automática estrela-triângulo
com reversão
127
Seqüência operacional
128
Verificar sistema de partida automática
de motor 3Φ com autotransformador
129
Seqüência operacional
130
Comutação
131
132
Verificar sistema de comutação polar de
motor Dahlander com contatores
comandados por botões
133
Seqüência operacional
134
Verificar sistema de mudança de
velocidade em motor trifásico com
2 enrolamentos comandada por botões
Seqüência operacional
135
• Velocidade 2: (Enrolamento b) C1 e C2 desenergizados. Pulsando-se
b2(3-4), energiza-se C2, ocorrendo o selo por C2(13-14). O motor
parte em alta rotação.
⇒ Obs: Os contatos C1(21-22) e C2(21-22) garantem o
intertravamento dos contatores.
136
Verificar sistema de partida de motor
trifásico de rotor bobinado com
comutação automática de resistores
137
Seqüência operacional
138
• 3º Estágio de partida: Decorrido o tempo de d2, ocorre o
acionamento de d2(15-18), ligando C12, o qual se mantém ligado
através de seu selo C12(13-14).
Neste instante C11 é desligado, retornando seus contatos à posição
de repouso.
O contato C12(43-44) se fecha, alimentando d3, que fechará d3(43-
44), ligando novamente d1. Ligado C12, seus contatos principais se
fecham, retirando do circuito o resistor R2.
139
140
Verificar sistema de partida de motor
trifásico de rotor bobinado com
comutação semi-automática de
resistores
141
Seqüência operacional
142
R1 da resistência total; o motor aumenta sua velocidade, ficando
intercalados no rotor os resistores R2 e R3.
Liberando-se novamente o botão b1, o relê d1 é desligado e seu
contato d1(61-62) se fecha. Como C11(43-44) já está fechado, d3 fica
energizado através de d1(61-62) e de C11(43-44) e assim se mantém
por d3(13-14).
• 3º Estágio de partida: Apertando-se novamente b1, d1 ligará e seu
contator d1(33-34) liga C12, mantendo-se energizado através do selo
C12(13-14) e fechando C12(43-44) para energizar d4. C12 retira o
resistor R2 mantendo somente R3, aumentando desta maneira a
velocidade do motor.
Liberando-se o botão b1, a bobina d1 desenergiza-se e d1(71-72)
energiza d4 senado através de d4(13-14).
143
144
Seqüência operacional
146
Sistemas de numeração
Sistemas de numeração
Com esses dez algarismos, é possível representar qualquer grandeza numérica graças
à característica do valor de posição. Desse modo, temos:
números que representam as unidades: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9.
números que representam as dezenas: 10, 11, 12, 13, 14, 15 ...; nos quais o número
da posição 1 indica uma dezena e o outro dígito, a unidade.
números que representam as centenas: 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116 ... , nos
quais o valor de posição 1 indica a centena, seguida pela dezena e pela unidade.
147
Assim, por exemplo, o número 385 indica:
Observação
A potência da base 10 indica o valor da posição do número.
148
A tabela a seguir mostra a correspondência entre números
decimais e binários.
Potências de base 2 24 2
3 2
2 2
1 0
2
Valor de posição 16 8 4 2 1
Binário 1 0 0 1 1
149
Por exemplo, 101011 é um número binário de 6 bits. Ao aplicar a
fórmula, temos 6 - 1 = 5. Assim, o bit mais significativo terá
como valor de posição 25.
Binário 1 0 1 0 1 1
5 4 3 2 1 0
Valor de posição 2 2 2 2 2 2
(*)
MSB LSB (**)
Exemplo
Na conversão de 10102 para o sistema decimal, procede-se da
seguinte forma:
Potência de 2 23 2
2 1
2 2
0
Binário 1 0 1 0
valor de posição 1⋅8 0⋅4 1⋅2 0⋅1
o
n decimal 8 + 0 + 2 + 0 = 1010
150
Observe a seguir uma tabela das potências de base 2.
Observação
Todo número decimal par, ao ser convertido para binário,
termina em zero. Por outro lado, todo o número decimal ímpar
ao ser convertido para binário, terminará em um.
151
Sistema de numeração hexadecimal
O sistema de numeração hexadecimal tem a base 16. Os
dezesseis símbolos que constituem a numeração hexadecimal
são os seguintes algarismos e letras: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,
A, B, C, D, E, F.
152
Conversão de números do sistema hexadecimal
para o sistema decimal
A conversão de um número hexadecimal é realizada de mesmo
modo como nos sistemas já estudados. Ou seja, multiplicando-
se cada dígito hexadecimal por seu valor de posição e somando-
se os resultados.
Exemplo
Converter 1A816 em decimal.
potências de 16 162 16
1
16°
número hexadecimal 1 A 8
valor de posição 1 ⋅ 256 10 ⋅ 16 8⋅1
número decimal 256 + 160 + 8 = (424)10
Exemplo
153
Conversão de números do sistema hexadecimal
para o sistema binário
A tabela a seguir mostra a correspondência entre o sistema
hexadecimal e o binário.
Exemplo
Converter o número hexadecimal FACA16 em seu
correspondente no sistema binário.
dígitos hexadecimais F A C A
dígitos binários 1111 1010 1100 1010
154
Observação
Se não for possível formar um grupo de 4 bits, completa-se o
grupo com zeros, ou seja: 100112, por exemplo, daria
000100112.
Exemplo
Converter 1010011012 para o sistema hexadecimal
155
156
Portas lógicas básicas
157
Assim, um ponto qualquer do circuito digital pode assumir
apenas um de dois estados antagônicos:
ligado ou desligado
alto ou baixo
fechado ou aberto
saturado ou cortado
com pulso ou sem
pulso
excitado ou
desexcitado
Função lógica
158
Veja os circuitos a seguir.
Convenção
A e B - variáveis independentes (de entrada)
Y ou S - variável dependente (de saída)
Operações lógicas
159
Portas lógicas básicas
Porta E
A função E é aquela que assume o valor 1 quando todas as
variáveis de entrada forem iguais a 1; e assume o valor 0
quando pelo menos uma das variáveis de entrada for igual a 0.
Observação
O ponto “⋅⋅” é uma função lógica e lê-se “e”.
160
A figura a seguir mostra o circuito elétrico equivalente à porta E.
Convenção
Chave aberta = 0
Chave fechada = 1
Lâmpada apagada = 0
Lâmpada acesa = 1
161
Os símbolos da porta E com três variáveis de entrada são
mostrados a seguir.
Observação
É possível construir uma porta E de três entradas empregando
duas portas E de duas entradas. A ilustração a seguir mostra o
diagrama de blocos lógicos da porta E de três entradas bem
como seu circuito elétrico equivalente.
162
Porta OU
A função OU é aquela que assume valor 1 quando uma ou mais
variáveis de entrada forem iguais a 1; e assume o valor 0
quando todas as variáveis de entrada forem iguais a 0.
Observação
O símbolo “+” nesta expressão significa OU.
A figura a seguir mostra o circuito elétrico equivalente à porta OU.
Convenção
Chave aberta = 0
Chave fechada = 1
Lâmpada apagada = 0
Lâmpada acesa = 1
163
A seguir, veja as combinações possíveis das chaves e também a
tabela-verdade da função OU.
Combinações
Tabela-verdade
possíveis
Chaves Saída
Entrada Saída
de entrada lâmpada
B A Y B A Y
aberta aberta apagada 0 0 0
aberta fechada acesa 0 1 1
fechada aberta acesa 1 0 1
fechada fechada acesa 1 1 1
164
Observação
É possível construir uma porta OU de três entradas utilizando
duas portas OU de duas entradas.
165
Observe agora a tabela das combinações possíveis da porta OU
de três variáveis e sua respectiva tabela-verdade.
Porta NÃO
A função NÃO, ou função complemento, ou ainda, função
inversora é a que inverte o estado da variável de entrada. Se a
variável de entrada for 1, ela se tornará 0 na saída. Se a variável
de entrada for 0, ela se tornará 1 na saída.
166
Veja a seguir o circuito elétrico equivalente a uma porta NÃO e
seus símbolos lógicos.
Convenção
Chave aberta = 0
Chave fechada = 1
Lâmpada apagada = 0
Lâmpada acesa = 1
Combinações
Tabela verdade
possíveis
Chaves de Saida
Entrada Saída
entrada (lâmpada)
A Y A Y
aberta acesa 0 1
fechada apagada 1 0
167
O diagrama de blocos dessa expressão apresenta a seguinte
configuração:
Entradas Y
A B A+B A +B
0 0 0 1
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 1 0
168
Portas lógicas derivadas
Álgebra de Boole
169
A álgebra booleana é aplicada aos sistemas digitais que também
trabalham com dois estados ou níveis lógicos. Para operar
matematicamente dentro dos princípios da álgebra-booleana,
basta associar o valor binário 1 a um dos estados lógicos e o
valor binário 0 ao outro estado.
A B Y (A ⋅ B)
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
170
Propriedades da operação E
As propriedades da operação E e as respectivas expressões
booleanas são as seguintes:
associativa: A (BC) = (AB) C
comutativa: AB = BA
distributiva: A + (BC) = (A + B) (A + C)
Variaveis Y1 Y2
A B C (B ⋅ C) A (BC) (A ⋅ B) (AB) C
0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0
0 1 1 1 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0
1 0 1 0 0 0 0
1 1 0 0 0 1 0
1 1 1 1 1 1 1
Observação
As colunas dos resultados ou saídas (Y1 e Y2) apresentam, linha
por linha, os mesmos valores. Isso prova que A (BC) = (AB) C.
Identidades básicas
A operação E possui as seguintes identidades básicas:
a) A ⋅ 0 =0
b) A ⋅ 1 =A
c) A ⋅ A =A
d) A ⋅ A = 0
171
Observação
É o postulado da multiplicação lógica que determina as regras
da multiplicação booleana, ou seja:
172
d) A ⋅ A = 0 Analisando as possibilidades: (A) ⋅ (B) = (Y) sendo
B= A
Se A = 0, A = 1 → 0 ⋅ 1 = 0
Se A = 1, A = 0 → 1 ⋅ 0 = 0
Portanto: A ⋅ A = 0
A B Y (A + B)
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
Propriedades da operação OU
As propriedades da operação OU e as respectivas expressões
booleanas são as seguintes:
associativa: A + (B + C) = (A + B) + C
comutativa: A + B = B + A
distributiva: A (B + C) = AB + AC
173
A título de exemplo, a propriedade distributiva da operação OU A
(B + C) = AB + AC, é demonstrada a seguir por meio da tabela-
verdade.
Variáveis Y1 Y2
A B C (B + C) A (B + C) (A ⋅ B) (A ⋅ C) AB + AC
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 1 0 0 0 0
0 1 0 1 0 0 0 0
0 1 1 1 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0
1 0 1 1 1 0 1 1
1 1 0 1 1 1 0 1
1 1 1 1 1 1 1 1
Observação
As colunas dos resultados ou saídas apresentam, linha por linha,
os mesmos valores, isto é Y1 = Y2. Deste modo provamos que: A
(B + C) + AB + AC
Identidades básicas
A operação OU possui as seguintes identidades básicas:
a) A + 0 = A
b) A + 1 = 1
c) A + A = A
d) A + A = 1
Observação
O postulado da adição determina as regras da adição dentro da
álgebra booleana.
(A) + (B) = (Y)
a) 0 + 0 = 0
b) 0 + 1 = 1
c) 1 + 0 = 1
d) 1 + 1 = 1
174
A partir desse postulado é possível analisar cada identidade
básica.
a) A + 0 = A As possibilidades são:
(A) + (B) = (Y), sendo B = 0
Se A = 0 → 0 + 0 = 0
A=1 → 1 + 0 = 1
O resultado será, portanto, sempre A.
b) A + 1 = 1
(A) + (B) = (Y), sendo B = 1
Se A = 0 → 0 + 1 = 1
A=1 → 1 + 1 = 1
O resultado será sempre 1. Portanto, A + 1 = 1
c) A + A = A
(A) + (B) = (Y), sendo B = A
Se A = 0 → 0 + 0 = 0
A=1 → 1 + 1 = 1
Conclui-se que ao efetuar a soma lógica da
mesma variável, o resultado será essa mesma
variável.
Operação inversão
A operação lógica inversão ou negação ou complementação
consiste em converter uma proposição dada numa proposição a
ela antagônica.
175
A operação NÃO é definida pela seguinte tabela:
A Y (A)
0 1
1 0
Identidades básicas
As identidades básicas da operação NÃO são:
(A) (B) (Y), sendo B = A
a) A + A = 1
b) A ⋅ A = 0
c) A = A
d A = A
Observação
Ao complemento de A, chamamos A (lê-se: não A ou A
barrado). Desse modo, temos:
A = 0 A = 1
A = 1 A = 0
a) A + A = 1
(A) + (B) = (Y)
Se A = 0, A = 1 0 + 1 = 1
A = 1, A = 0 1 + 0 = 1
Portanto, A ou A = 1.
b) A . A = 0
Se A = 0, A = 1 0 ⋅ 1 = 0
A = 1, A = 0 1 ⋅ 0 = 0
Portanto, A e A = 0.
176
c) A = A (não não A = A)
Se A = 0, A = 1; então A = 0
Portanto, A = A
Ou, A = 1 → A = 0, donde: A = 1
Portanto, A = A.
A identidade é válida para número par de barras na
variável de entrada
177
Nos diagramas, as entradas A e B são submetidas a uma
operação E (A ⋅ B). em seguida, A ⋅ B é invertida pela porta NÃO
formando à saída a seguinte expressão booleana:
Y = AB
Entradas Saída
A B (A ⋅ B) (AB)
0 0 0 1
0 1 0 1
1 0 0 1
1 1 1 0
Observação
É possível obter um circuito NÃO, a partir de um NÃO E de
várias entradas. Para isso, basta ligar as entradas em paralelo
de modo que elas constituam uma única entrada, conforme
mostra a ilustração a seguir.
178
Porta NÃO OU
Quando se conecta um inversor à saída de um porta OU,
obtemos uma porta NOU ("NOR" em inglês). O diagrama de
blocos a seguir indica como é formada uma porta NOU.
Entradas Saída
A B (A + B) (A +B)
0 0 0 1
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 1 0
179
Porta OU-EXCLUSIVO (XOU)
A porta OU-EXCLUSIVO ("XOR" em inglês) é ativada somente
quando na entrada aparecer um número ímpar de uns (regra
geral). Ou, a saída será 1 quando as variáveis de entrada forem
diferentes. Na tabela-verdade a seguir, observe que as entradas
das linhas 2 e 3 têm um número ímpar de uns.
Entradas Saída
A B Y (AB + A B )
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
180
Este circuito executa a função lógica XOU. A entrada A e a
entrada B são submetidas juntas e exclusivamente a uma
operação OU.
Entradas Saída
A B (A ⊕ B) (A ⊕B)
0 0 0 1
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 0 1
181
Enquanto a porta XOU é um detetor de número ímpar de uns, a
porta XNOU detecta números pares de uns. A porta XNOU
produzirá uma saída 1 quando um número par de uns aparecer
nas entradas. Esta porta também é denominada
COINCIDÊNCIA pois a saída será 1 quando os níveis lógicos
das duas entradas forem iguais (coincidirem).
182