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COORDENAÇÃO ACADÊMICA DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

PROFESSOR: WILSON MENDES CAVALCANTE

APOSTILA DE ACIONAMENTOS
ELÉTRICOS
MÓDULO 01: CHAVES MAGNÉTICAS
SIMBOLOGIA
SIMBOLOGIA NOMENCLATURA

Contatos principais do contator

Contato auxiliar NA

Contato auxiliar NF

Contato auxiliar NF do relé térmico

Contatos principais do relé térmico


SIMBOLOGIA
Bobina do contator

Botão de comando (botoeira) NF

Botão de comando (botoeira) NA

Bobina do relé de tempo

Contatos NF e NA do relé de tempo


SIMBOLOGIA
Lâmpada piloto (sinalização)

Fusível

Sistema trifásico

Motor de corrente alternada trifásico

Autotransformador
NOÇÕES FUNDAMENTAIS
Motor elétrico é um dispositivo que
transformar energia elétrica em mecânica, em
geral, energia cinética. (FRANCHI, 2010, p.
17).
Motor de Indução Trifásico
São aqueles alimentados por um sistema
trifásico a três fios, em que as tensões estão
defasadas de 120º elétricos. Representam a
grande maioria dos motores empregados nas
instalações industriais. (MAMEDE, 2007, p.
265).
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO
PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
CONFIGURAÇÃO ESTRELA-
TRIÂNGULO
CHAVE TRIFÁSICA DE PARTIDA
MANUAL
ESQUEMAS DE LIGAÇÃO
PARTIDA DIRETA
ESQUEMAS DE LIGAÇÃO
PARTIDA REVERSORA
ESQUEMAS DE LIGAÇÃO
ESTRELA-TRIÂNGULO
ESQUEMAS DE LIGAÇÃO
COMPENSADORA
CHAVES DE COMANDO
MAGNÉTICO
As chaves de comando magnético são
equipamentos eletromagnéticos de controle e
proteção, capazes de estabelecer, conduzir e
interromper correntes de motores em
condições normais, inclusive em sobrecargas e
curto-cicuitos. Proporcionam:
1. Proteção do operador contra acidentes;
2. Proteção do motor;
3. Proteção das instalações;
4. Comando manual, acionamento à distância
ou automático.
CONTATORES
Os contatores são os elementos principais de
comandos eletromecânicos, que permitem o
controle de elevadas correntes por meio de
um circuito de baixa corrente. (FRANCHI,
2010, p. 134).
CONTATORES FUNCIONAMENTO
RELÉS TÉRMICOS
Os relés térmicos são dispositivos baseados no
princípio de dilatação de partes termoelétricas
(bimetálicas).
RELÉS TÉRMICOS
FUNCIONAMENTO
RELÉS DE FALTA DE FASE
Os Relés de Falta de Fase são dispositivos
eletrônicos destinados à proteção de
equipamentos ligados a sistemas trifásicos
contra ausência de fase.
RELÉS DE NÍVEL
Os relés de nível são dispositivos eletrônicos
de controle e supervisão automática do nível
de líquidos condutores de corrente elétrica.
RELÉS DE NÍVEL CONTROLE
SUPERIOR
RELÉS DE TEMPO
Os relés de tempo são dispositivos eletrônicos
que permitem, em função de tempos
ajustados, comutar um sinal de saída de
acordo com sua função.
RELÉS DE TEMPO CONTATOS
PROGRAMADOR DIÁRIO E
SEMANAL
O programador diário e semanal (PDS) é um
dispositivo eletrônico usado para o
acionamento e desacionamento de
equipamentos elétricos em horários e dias da
semana pré-estabelecidos.
FUSÍVEIS

É um dispositivo dotado de um elemento


metálico, com seção reduzida na sua parte
média, normalmente colocado no interior de
um corpo de porcelana hermeticamente
fechado, contendo areia de quartzo de
granulometria adequada. (MAMEDE, 2007, p.
441).
FUSÍVEIS
FUSÍVEIS
Dimensionar os fusíveis para proteger o motor
WEG de 5 cv, 220V/60Hz, IV polos, supondo
que o seu tempo de partida (TP) seja 5
segundos (partida direta):
Resolvendo pelo primeiro critério, tem-se:
Do catálogo de motores WEG:

Sendo In = 13,8A;
Tem-se que, Ip = 131,16A.
FUSÍVEIS
Com o valor de Ip e o tempo de partida obtemos no gráfico de curvas características obtemos um fusível de 35A, conforme Figura 3.16.

FUSÍVEIS
Com o valor de Ip e o tempo de partida
obtemos no gráfico de curvas características
obtemos um fusível de 35A, conforme a
Figura anterior.
Levando em consideração o segundo critério,
tem-se:
Logo, IF ≥ 16,56A. Nota-se que o fusível
de 35A satisfaz a condição acima.
O terceiro critério é verificar se o contator e o
relé admitem este fusível, como fusível
máximo.
CHAVE MAGNÉTICA DE PARTIDA
DIRETA

A partida direta é a forma mais simples de


partir um motor elétrico, na qual as três fases
são ligadas diretamente ao motor, ocorrendo
um pico de corrente. (FRANCHI, 2010, p.
154).
CHAVE MAGNÉTICA DE PARTIDA
DIRETA
CHAVE MAGNÉTICA DE PARTIDA
DIRETA REVERSORA
Esta chave é a forma mais simples de partida
para acionar motores nos dois sentidos de
giro (horário e anti-horário), tem as mesmas
vantagens e limitações da chave magnética
de partida direta. A sua utilização se destina
para máquinas operatrizes (tornos,
frezadoras, plainas, etc.) e transportadores
(elevadores, esteiras, talhas elétricas, etc.).
CHAVE MAGNÉTICA DE PARTIDA
DIRETA REVERSORA
CHAVE MAGNÉTICA DE PARTIDA
ESTRELA-TRIÂNGULO
Este tipo de partida consiste na alimentação
do motor com redução de tensão nas suas
bobinas, durante a partida. Só pode ser
empregada nos motores de seis terminais e
ainda os que a tensão nominal em triângulo
do motor corresponda à tensão nominal da
linha da rede.
CHAVE MAGNÉTICA DE PARTIDA
ESTRELA-TRIÂNGULO
CHAVE MAGNÉTICA DE PARTIDA
COMPENSADA
A chave compensadora pode ser usada para
acionar motores sob carga. Ela reduz a
corrente de partida, evitando uma sobrecarga
no circuito, deixando o motor com um
conjugado suficiente para a partida e
aceleração. A tensão na chave é reduzida
através de um autotransformador, que possui
“taps” (diferentes níveis de tensão)
normalmente 50, 65 e 80 % da tensão
nominal.
CHAVE MAGNÉTICA DE PARTIDA
COMPENSADA
MANUTENÇÃO EM QUADROS DE
COMANDO
Manutenção preventiva Toda instalação
deve ser periodicamente verificada por
pessoas qualificadas, devendo o intervalo
entre as verificações ser compatível com a
importância da instalação. São feitas todas as
verificações necessárias (tensão, corrente,
estado dos condutores, reaperto de todas as
conexões elétricas, verificação de desgastes
de componentes, resistência de isolamento
em relação à terra, etc.);
MANUTENÇÃO EM QUADROS DE
COMANDO
Manutenção preditiva - É feita através de
monitoramentos externos, onde são observados
os níveis de tensão e corrente através de
instrumentos fixados nos painéis, observa-se
algum tipo de ruído anormal, o tempo médio das
partidas, etc. Este tipo de manutenção tem como
vantagem sobre a anterior pelo fato de somente
ter paradas quando necessário, por outro lado,
quando se percebe uma anormalidade, o
desgaste pode ser tanto a ponto de elevar muito
o valor do reparo;
MANUTENÇÃO EM QUADROS DE
COMANDO
Manutenção corretiva - É o pior tipo de
manutenção existente, pois só é feito quando
dá problema mesmo, porém em empresas
que funcionam 24 horas por dia e não há
outro equipamento reserva para colocar em
funcionamento durante uma possível
manutenção, opta-se por este tipo de
manutenção, porém requer um maior gasto
com reposição dos componentes danificados.
ALGUNS DEFEITOS E CAUSAS
1. Contator não liga:
Fusível de comando ou força queimado;

Relé térmico desarmado;

Comando interrompido (algum contato NF


aberto, botoeira sem acionar fechar seu
contato NA ou cabo partido);

Bobina do contator queimada;

Falta de energia ou fase.


ALGUNS DEFEITOS E CAUSAS

2. Contator não desliga:

Contatos soldados (bD, contator);

Defeito mecânico do mesmo;

Instalação errada.
ALGUNS DEFEITOS E CAUSAS
3. Contator desliga de forma indesejável:

Fortes quedas de tensão por oscilações na


rede elétrica;

Atuação de religadores automáticos;

Sobre carga do motor (relé térmico com


rearme automático).
ALGUNS DEFEITOS E CAUSAS
4. Faiscamento excessivo:
Instabilidade da tensão de comando
(correntes de partidas muito elevadas);
Subdimensionamento do contator;
Desgaste, mau contato nos contatos
principais do contator);
Fornecimento irregular de comando
(botoeiras ou contatos NA e NF com
defeito).
ALGUNS DEFEITOS E CAUSAS
5. Contator zumbe:
Corpo estranho no entreferro;
Contato móvel principal quebrado;
Bobina com tensão e/ou frequência
erradas;
Superfícies magnéticas sujas ou
oxidadas, especialmente após longas
paradas;
Quedas de tensão elevadas durante a
partida.
ALGUNS DEFEITOS E CAUSAS
6. O relé térmico atuou:
Relé inadequado ou mal regulado;
Partida muito longa;
Frequência de ligações muito alta
(várias ligações em intervalos curtos);
Falta de fase ou fusível de força
queimado;
Carga muito elevada (sobrecarga);
Eixo bloqueado.
DISJUNTOR-MOTOR
O disjuntor-motor é uma solução compacta
para proteção do circuito elétrico além de
partida de motores até 100A. Possui alta
capacidade de interrupção, permitindo sua
utilização mesmo em instalações com elevado
nível de corrente de curto-circuito. Possui
disparador térmico ajustável para proteção
contra sobrecargas, mecanismo diferencial
com sensibilidade a faltas de fase e magnético
calibrado em 12xIn para proteção contra
curtos-circuitos.
DISJUNTOR-MOTOR
FUNCIONAMENTO
Seu acionamento é rotativo e possui indicação
de disparo (TRIP), permitindo ao operador a
visualização do desligamento manual do
disjuntor ou de seu disparo via mecanismo de
proteção. A manopla de acionamento pode ser
bloqueada com cadeado ou similar na posição
“desligado”, garantindo assim segurança em
manutenções. O disjuntor-motor pode ser
usado como chave de partida direta manual,
onde o operador deverá acionar sua manopla
de disparo.
ACIONAMENTO MANUAL
PARTIDA COM CONTATOR
O Disjuntor-motor pode ser acoplado a um
contator, com isso, tem-se a proteção contra
curto-circuito, sobrecarga, falta de fase e a
partida do motor com operação
automática/remota. Esta partida é manobrada
pelo contator o que eleva o número de
operações realizadas. Quando ocorre alguma
falta no motor ou na instalação, tem-se
igualmente a sinalização através da posição de
TRIP da manopla rotativa do disjuntor-motor,
com reset manual.
INSTALAÇÃO
REFERÊNCIAS
• FILHO, João Mamede. Instalações Elétricas Industriais, 7. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2007.
• FRANCHI, Claiton Moro. Acionamentos Elétricos, 4. ed. São Paulo: Érica
Ltda, 2010.
• WEG. Guia de Especificação de Motores Elétricos, rev. 11. Jaraguá do Sul:
2012.
• WEG. Módulo 1: Comando Proteção. Jaraguá do Sul.
• WEG. Disjuntores-motores MPW, rev. 30. Jaraguá do Sul: 2012.
• CAVALCANTE, Wilson Mendes. Apostila de Comandos Elétricos, 1. ed.
Palmeira dos Índios: IFAL, 2009.
• <http://www.jng.com.br/>. Acesso em: 18 abr. 2013.
• < eletrosim.blogspot.com.br/2012/05/reles-de-nivel.html>. Acesso em 18
abr. 2013.

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