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2 – Dispositivos de Comando

Chaves Seccionadoras

Utilizadas para energizar e desenergizar equipamentos e


máquinas industriais. Exercem a função de chave geral, porque permitem o
desligamento da tensão, normalmente trifásica, do painel elétrico de comando
da máquina.

Atualmente, devido à exigência da NR 10 (2004), encontramos chaves


seccionadoras gerais dos painéis que exercem três funções distintas:
Botões e Chaves fim de curso

Dispositivos que, quando acionados, movimentam seus contatos


internos.

- Botões

Possuem contatos que podem ser:

- Normalmente abertos (NA) / em inglês Normally Open


(NO)

3e4

- Normalmente fechados (NF) / em inglês Normally Closed


(NC)

1e2
A norma NBR IEC 60947-4 (2008) trata de dispositivos de
manobra e comando de baixa tensão e é utilizada pelos fabricantes para
identificação dos terminais dos dispositivos de comandos elétricos.
- Chaves fim de curso

Também conhecidas por interruptor de posição, ou por limite,


foram criadas para “avisarem” que atingiu uma determinada posição.

As principais partes da chave fim de curso são acionadores e


contatos. O acionador (alavanca, pino, rolete, gatilho, haste etc) recebe o
movimento do processo e o transmite aos contatos elétricos NA ou NF, que
mudam de posição.
Contatores

O contator pode ser considerado uma chave de operação não manual,


capaz de estabelecer a condução ou interrupção de corrente elétrica.

Chaves eletromagnéticas destinadas a ligar ou desligar cargas elétricas


(lâmpadas, motores, válvulas etc). Uma vantagem desse dispositivo é permitir
o acionamento à distância por comando remoto.

Usando um contator, é possível controlar elevadas correntes por meio


de um circuito de baixa potência.

O contator possui uma bobina que, ao ser energizada, faz com que os
contatos internos do contator comutem, permitindo a passagem de corrente
elétrica. As bobinas necessitam de uma potência baixa para que possam
comutar os contatos.

Os contatores possuem contatos de força, que são utilizados para


suportar altas correntes e contatos auxiliares, que são utilizados para controle,
intertravamento e contatos de selo.
NBR IEC 60947 – Dispositivos de Manobra e comando de baixa tensão

Identificação dos contatos principais / potência: um número, uma


letra maiúscula e um número

1L1,3L2 e 5L3 – rede elétrica

2T1, 4T2 e 6T3 – carga


Os contatos auxiliares são usados para desligar ou desligar circuitos de
baixa potência, pois têm capacidade de corrente da ordem de no máximo 10ª.

Lógica de comando acionando as bobinas dos contatores, lâmpadas de


sinalização do painel, solenoide etc.
Quando necessitamos de mais contatos de comando do que o contator
dispõe, podemos acrescentar blocos adicionais de contatos auxiliares.
Relé Falta de Fase e Neutro

Os relés de falta de fase monitoram todas as fases e neutro da


instalação elétrica. Atuam sempre que a tensão em uma fase tenha a variação
maior do que o valor estipulado pelo usuário.

A falta de fase em uma instalação pode causar danos ao motor elétrico,


ou ainda impor a sobrecarga no circuito.
O relé falta de fase monitora as fases do circuito de acordo com o ajuste
feito pelo usuário. Esse ajuste é realizado na interface do relé e geralmente
pode ser feito com um valor que varia de 7% a 20% da tensão nominal do
circuito. Se ocorrer uma queda de tensão com valor menor do que o limite
estabelecido no ajuste, o relé atua comutando os contatos internos – NA e NF.
Relé sequencial de Fase

Os relés sequenciais de fase são dispositivos adequados para o


monitoramento e controle de instalações trifásicas que devem impedir a
inversão da sequência das fases (L1 – L2 – L3). O dispositivo aponta qualquer
inversão de sequência de fases e, por isso, é comumente utilizado para a
proteção de motores trifásicos, circuitos de comando e outros acionamentos.
Acompanhe o diagrama de funcionamento a seguir.

Veja que o relé de sequência de fase não substitui a saída 15-18 contato
aberto do relé, o que dificulta o funcionamento do circuito nela inserido. Isso
ocorre devido à inversão de fases na alimentação do circuito. Observe o
diagrama de alimentação na sequência.
Temporizadores

Os temporizadores ou relés de tempo são dispositivos eletrônicos com


funcionamento destinado a abertura ou fechamento de contatos a partir de um
intervalo de tempo predeterminado pelo usuário. Esse ajuste de tempo é feito
através de um seletor na interface do temporizador.

Esses dispositivos podem ser configurados com uma ou duas saídas de


contato NA/NF.

Os relés de tempo podem ser aplicados na automação de equipamentos


industriais, preferencialmente em sequenciamento, interrupções de comando e
ainda em chaves de partida de motores, etc.

Como exemplo de aplicações, podem-se citar o painel de comando de uma


fresadora, de um torno mecânico, entre outros. Esses relés serão aplicados de
acordo com a configuração do
equipamento e também do relé.
Principais configurações de relés temporizadores:

- Relé de tempo com retardo na energização (RE)

Quando há energização do relé, inicia-se a contagem do tempo (T)


previamente ajustado no dial (mostrador, indicador). Depois desse período de
tempo, ocorrerá a comutação dos contatos de saída, que continuarão nesse
estado até que a alimentação seja cessada.

- Relé de tempo com retardo após a energização ou desenergização (RD)

Quando o relé é alimentado por meio da energização do terminal de


comando, os contatos de saída comutam instantaneamente, assim como,
quando retirados do comando, os contatos de saída regressam à situação
original, depois de transcorrido o tempo (T) regulado no dial.

- Relé de tempo estrela-triângulo

Nessa configuração, depois da energização do relé, os contatos de


saída estrela comutam instantaneamente, conservando-se ativados durante o
tempo (T) transcorrido e ajustado pelo dial. Depois de um período de tempo –
determinado de acordo com as configurações do dispositivo –, os terminais
Triângulo serão ativados e continuarão nesse estado até que a alimentação
seja cessada.

- Relé de tempo Cíclico (CI)

Nesse modelo de relé, o funcionamento ocorre da seguinte maneira:


depois de energizado o relé, os contatos de saída são ativados e desativados
ciclicamente (em ciclos). O dial superior de ajuste estabelece o tempo (T – on),
em que os contatos permanecem ativos. O dial inferior estabelece o tempo (T –
off), no qual os contatos conservam-se desativados.
Sinalizadores

Utilizados para indicação de funcionamento ou de falhas do


equipamento ou circuito. Possibilitam maior segurança na instalação, operação
e manutenção das instalações elétricas, pois permitem saber se o circuito está
energizado.

De acordo com a norma IEC 60073, as lâmpadas de sinalização são


utilizadas para indicar o estado de uma máquina, se está ligada ou desligada,
por exemplo. Nas aplicações residenciais, comerciais e industriais, são
utilizados na grande maioria das aplicações os LEDs, devido à durabilidade,
facilidade de instalação e baixa potência.
Termostatos

O termostato interno presente nos sistemas de refrigeração e


climatização tem funcionamento semelhante ao componente utilizado nos
quadros elétricos, ou seja, ele tem a função de controlar a temperatura, ligando
ou desligando o sistema.

O funcionamento do termostato é baseado no princípio da dilatação dos


corpos. O termostato contém em seu capilar um gás que sofre dilatação
conforme a elevação da temperatura. Esse movimento faz que os contatos
sejam abertos ou fechados, ligando ou desligando o sistema.

- Termostato Mecânico

Os termostatos mecânicos são compostos de materiais bimetálicos ou


gases de expansão. São formados por um bulbo, que entra em contato com o
produto ao qual se deseja controlar a temperatura. Esse bulbo é ligado a um
elemento de conversão, geralmente um tubo de Bourdon, que converte a
proporção entre a pressão exercida pelo bulbo, que é ocasionada pela
mudança de temperatura, e a temperatura do ambiente

- Termostato Eletrônico
Os termostatos eletrônicos possuem elementos sensores que podem ser
termopares ou PT100 e emitem uma tensão proporcional à variação de
temperatura possibilitando a conversão através de circuitos eletrônicos.
Pressostatos
Os pressostatos são dispositivos automáticos de controle de pressão
que atuam na parte interna de inúmeros sistemas, como nos de refrigeração,
nos compressores de ar, entre outros. Esses dispositivos têm a função de
analisar a variação de pressão inferior ou superior do equipamento e compará-
los a valores previamente estabelecidos.
Pode ser usado no controle de pressão indicando quando deve ser
ligado ou desligado um equipamento.
O pressostato possui um circuito eletrônico que emite um sinal assim
que a pressão programada é atingida, daí o nome interruptor de pressão.
Portanto, monitora a pressão desligando o circuito assim que a mesma é
atingida, por isso é usado para a segurança dos equipamentos.

- Tipos de pressostato

a) De baixa

Tem como característica abrir os contatos quando a pressão for menor que a
pressão ideal de funcionamento. Os pressostatos de baixa aplicados no lado
de mínima pressão apontam as eventuais quedas de pressão que podem ser
causadas por fuga de fluidos. No caso da refrigeração e climatização, serve
para analisar a pressão dos fluidos refrigerantes.

b) De alta

Possui como característica abrir os contatos quando a pressão que incide no


fole for maior que a pressão ideal de funcionamento. Os pressostatos de alta,
aplicados ao lado de máxima pressão, atuam quando a pressão adquire
valores acima dos toleráveis pelos sistemas ou pelo equipamento.

c) De alta e baixa

Possuem as mesmas características de funcionamento e utilização dos


pressostatos de alta e baixa separadamente.

d) De óleo
Tem como característica controlar a variação de pressão dos fluidos
lubrificantes dos equipamentos, motores e compressores. Caso haja uma
diminuição excessiva de pressão, o dispositivo é desligado e, dessa maneira,
suas partes mecânicas serão protegidas da falta de lubrificação.

Controladores Eletrônicos de pressão e temperatura

Esses equipamentos são dispositivos utilizados para manter a


temperatura ou a pressão nos valores desejados e de forma contínua. Os
controladores eletrônicos precisam de um sensor para medir a temperatura ou
a pressão, para a partir disso, tomar as decisões no controle das duas
variáveis.

Os controladores eletrônicos de pressão e temperatura geralmente


operam em faixas de pressão conforme as necessidades dos sistemas ou
equipamentos.

Em aplicações onde se deseja manter os valores de Set Point (ponto


definido) de pressão e temperatura constantes, pode-se fazer uso dos
controladores eletrônicos. A maioria dos exemplares apresenta as opções de
controle ON/OFF ou PID, o que amplia sua possibilidade de uso.

Os controladores On/Off ou Liga/Desliga são os mais simples,


comparando o valor desejado (Set Point) e o valor medido pelo sensor e
somente ligam ou desligam a saída. Já os controladores PID (Proporcional
Integral Derivativo) atuam a saída de forma proporcional à diferença entre o Set
Point e o valor medido.

Os controladores eletrônicos funcionam com base nos valores medidos


e o Set Point, este sendo o valor que se deseja manter controlado e deve ser
definido pelo operador do sistema. A partir disso, o controlador opera nas
saídas, para que se mantenham as temperaturas e pressões de Set Point.

Definição das funções:

a) medição de variável (pressão ou temperatura);


b) ajuste do Set Point;
c) modo de operação;
d) calibração.

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