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Personagens da trama:

- Nora: Julia Cardoso


- Victor: Rannier
- Anne (filha mais velha): Laura
- Íris (Filha do meio): Evelyn
- Luca (filho mais novo): Pedro Yokoiama
- Narrador: Danillo
[] = ações e emoções
{} = pensamentos
Narrador: -Victor chega do trabalho, e quando adentra a cozinha, Nora, sua esposa,
o espera sentada a mesa da sala. -
[nora sentada a mesa, consulta o relógio]
Nora: “Sente-se Victor. Temos muito o que conversar “
[Victor se senta a frente dela]
Victor: “Você está me inquietando, Nora....”
Nora: “precisamos acertar as contas”
Victor: “não a compreendo”
Nora: “exatamente, não me compreende. Tenho sido tratada de forma injusta, primeiro
por papai, e depois por você”
Victor: [indignação] “o que? Por nós?
Nora: “sim, vocês! [começa a se irritar] oitos anos se passaram, até mais se contarmos
desde nosso primeiro encontro. [aumenta tom de voz] Oitos anos da qual vivemos
uma mentira, uma farsa que apelidamos de casamento. Oitos anos da qual eu fiquei
submetida a você!”
Victor: [alteração do tom de voz] “ninguém jamais a amou tanto quanto eu Nora!”
Nora: [balança a cabeça com desgosto] [tom de repulsa] “você jamais me amou
Victor, era apenas cômodo para você se divertir comigo”
Victor: [tom de incredulidade] “Nora você está fora de si, pare de dizer
imbecilidades!”
Nora: “você arranjou tudo ao seu gosto, gosto que eu partilhava, [tom de confusão]
ou fingia partilhar, não sei ao certo”
Victor: “você é injusta Nora, e ingrata! Não foi feliz aqui? Comigo? [tom de
desprezo] com nossos filhos?”
Nora: “eu achei que tivesse sido, mas pelo jeito, julguei errado...
Nossa casa nunca passou de uma casa de bonecas, fui uma boneca-esposa, assim
como fui uma boneca-filha na casa de meu pai”
Victor: [tom de desgosto] É revoltante ver você ser capaz de negar a tal ponto seus
deveres mais sagrados!
Nora: [tom de esclarecimento] “Já não creio nisso. Antes de mais nada sou um ser
humano, tanto quanto você, ou pelo menos, devo tentar vir a sê-lo.
Victor: [se esforça para se manter calmo] “você parece uma criança falando, está
certa do que está dizendo?”
Nora: [tom de convicção] “sim, esse é mais um dos motivos da qual não quero mais
permanecer nesta casa. [se levanta da mesa] nesse momento tornou-se evidente
para mim que vivi oito anos dentro de quatro paredes vivendo com um completo
estranho que eu chamava de marido, um, a quem dei três filhos. Tenho vontade de
partir-me em mil pedaços.
Victor: [tom de tristeza] “abriu-se um abismo entre nós, minha pequena Nora, não
seria possível fechá-lo?”
Nora: [tom de pesar] “apenas com um milagre meu querido Victor, e infelizmente,
eu já não acredito em mais nenhum deles.”
Victor: [tom de súplica] “espere nora! Espere o amanhecer!”
Nora: “sinto muito, mas não posso. Com licença Victor.” [vai em direção ao quarto
dos filhos, entra e fecha e tranca a porta]
{pensamento Nora} “me espantava que Victor estivesse tão calmo com meu
anúncio de partida, o que há com ele?”
Nora: [tom calmo] “meus filhos, arrumem uma pequena mala com o essencial, vamos
passar um tempo na casa de seus avós.”
Anne: [tom de preocupação] “por que mãe? Aconteceu algo entre você e o papai?”
Nora: “conversamos depois minha filha”
Luca: “o que eu levo mamãe?”
Íris: “eu quero ficar com o papai”
Nora: “É melhor você ir comigo Íris”
Íris: “Mãe eu não quero! [aumenta tom de voz] papai foi o único nessa casa que
sempre me apoiou, se eu for com você que vai me apoiar? [grita] já chega disso!”
[abre a porta, sai do quarto, e a bate com um estrondo]
Narrador: Victor ao escutar a mudança de voz, vai em direção ao quarto, e vê sua
filha saindo.
Victor: [esmurra a porta do quarto e grita] “O que você fez nora?! O que você fez
sua desgraçada?!” [esmurra a porta de novo e ela abre com a força da batida]
[suspiro] “me desculpa nora me exaltei, não irei te machucar”
[Victor fica irritado de novo ao ver as malas dos filhos]
[Victor avança em cima de Nora]
[Victor deposita uma sequência de tapas e socos em nora]
Nora: [grito] “não, Victor não! Na frente dos nossos filhos não!”
[Victor para, e saí do quarto]
Narrador: - Nora aproveita, e foge de casa com os dois filhos, com destino a casa
dos pais. -
(quebra de tempo)
Narrador: - ao chegar na casa dos pais, seu pai preocupado com a filha vem
perguntar-lhe o que aconteceu devido às vermelhidões pelo corpo. Nora, não
querendo o preocupar diz que foi apenas uma queda e que vai passar um tempo na
casa deles por conta de um problema no encanamento da casa.
Um moço encantador chamado Alexander da qual Nora não tinha consciência da
existência, mora na mesma casa, como um ajudante de seus pais. Ele foi quem
ajudou Nora com as malas e as crianças. O coração de Nora amolece um pouco,
talvez por estar fragilizada e pela mínima demonstração de afeto que tem em um
par de anos.
Ao passar dos dias, Nora vai ficando mais próxima de Alexander, que se mostrou
um homem extremamente carinhoso e gentil. Sempre interagindo e brincando com
seus filhos, conquistando cada vez mais o coração de Nora. Roubando pedacinho
por pedacinho, como um animal sorrateiro rouba comida.
1 mês que Nora está na casa de seus pais, aos poucos, cada vez um pouco melhor,
os hematomas já sumiram e parou de pensar no ex-marido e na filha que a largou.
Em uma noite Nora está dormindo com seus filhos na cama, bem na beirada, para
que eles tenham o maior espaço e grande parte da coberta. Alexander que acordou
com o barulho da chuva torrencial, vai conferir Nora. E a encontra descoberta na
noite fria. -
[Alexander pega uma coberta, e a cobre, depositando o beijo em sua testa]
[Alexander saí do quarto]
(quebra de tempo)
- Dia seguinte-

Narrador: - Nora está na cozinha passando café, quando escuta uma batida na
porta e vai atender, é Victor. –
Nora: [aumenta tom de voz] “Não! Você não!” [tenta fechar a porta]
Victor: [segura a porta e a empurra] [enquanto fala, vai avançando para cima de
Nora] “Nora, espere, me perdoe. Me perdoe por tudo! vamos voltar, por nós, por
nossos filhos. Ísis sente sua falta meu amor.”
Nora: [enquanto reponde, vai recuando de Victor] “Não eu não quero mais nada
vindo de você!”
[somem de cena]
Narrador: - Alexander que tinha visto Victor batendo na porta, liga para a polícia. –
[aparecem em cena]
[Victor avança para cima de nora, a chacoalhando e pedindo para ela voltar]
[policial entra pela porta e intervêm]
Policial: [aumenta tom de voz] “se afasta dela agora!”
Victor: [tom de descrença] “e você é quem pra falar assim comigo?”
Nora: [tom de desespero] “ele é meu ex-marido, por favor tire ele daqui”
Policial: “você quer abrir um boletim contra agressão?”
[Victor tenta interromper]
Policial: “silencio, eu estou falando com ela!”
Nora: “sim, por favor!”
[Nora assina um documento e Victor é levado à delegacia mais próxima]
Alexander: “você está bem Nora?”
Nora: “melhor agora, definitivamente”
Alexander: “que bom, agora ele não pode mais chegar perto de você. E tem algo que
eu venho querendo te falar a alguns dias minha linda Nora....”
Nora: “pode falar, estou te ouvindo”
Alexander: “Em meio a todas essas estrelas, você é a que tem mais beleza com esses
seus belos olhos castanhos, assim como chocolate. Meu coração louco por você
bate com ideias surpreendentes, você sempre me entende, é só você escutar e
entender o quanto eu amo você. Palavras do fundo da alma, você sempre mantém
a calma, eu queria poder escrever as mais belas palavras sobre você pra tentar
demonstrar o quanto eu estou a te amar, se algum dia você demonstrar, contigo
eu vou me casar, seus filhos vou criar e felizes vamos nos tornar. Se da minha
barba você não gostar, e te pinicar quando teu belo rosto eu for beijar, tudo bem
eu posso raspar, porque no final você tem que entender, que tudo o que eu quero é
você.”

Nora: [emocionada] “posso dizer nas minhas humildes palavras que sinto o mesmo
por você querido Alexander!”
[se abraçam]
FIM

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