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ASSIS
2016
DAIANE VAIZ MACHADO
ASSIS
2016
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca da F.C.L. – Assis – UNESP
Durante meu percurso como doutoranda, pude contar com o apoio e a amizade de
inúmeras pessoas e a tarefa de nomeá-las é difícil, peço, então, que não meçam as falhas de
Agradeço Karina Anhezini, minha orientadora, pelo diálogo sempre franco, pela
paciência na correção das várias versões deste trabalho e pelo encorajamento permanente. Seu
participando ativamente desta fase de minha formação: Rebeca Gontijo, Hélio Rebello
Cardoso Junior, Diogo da Silva Roiz, Teresa Malatian e Wilton Carlos Lima da Silva.
Gabriela D’Avila Brönstrup, amiga que o mundo acadêmico me deu, obrigada por ter
me ouvido, pelas contribuições e pelos debates. Obrigada Aline Menoncello, que mesmo
atarefada com o seu trabalho se dispôs a ler o meu, e Dayane Mussulini, que gentilmente me
auxilia com o francês. Entre os leitores, ainda agradeço às contribuições dos integrantes do
forjaram espaços para que eu pudesse me alocar e vasculhar papéis institucionais. Em Paris,
agradeço pela breve recepção e pelo auxílio com ideias, pessoas e lugares.
Ao auxílio, palavras de conforto e incentivo que recebi dos amigos: Grazi, Elizabete,
À minha mãe, Sirlei, meus irmãos, Thiago e Geovana, e meu sobrinho sapeca,
processo de escrita com um sorriso sempre doce. Seus gestos gentis, sua música, seu amor,
RESUMO
Ter uma vida como objeto central de estudo é adentrar no terreno movediço das múltiplas
relações, pois uma pesquisa de percurso intelectual tem como premissa a convergência entre o
autor, as obras e o seu contexto de produção. Para nós, interpretar o percurso intelectual de
Cecília Westphalen (1927-2004), no período que medeia 1950 e 1998, implica investigar a
singularidade de uma vida nas tensões do campo historiográfico brasileiro da segunda metade
do século XX, tempo de delineamento da profissionalização do ofício. Nossa questão central
repousa na sua construção de si como historiadora filiada à história econômica e social
quantitativa, prática que aprendeu nos deslocamentos historiográficos à capital da
historiografia francesa. A História como ciência social, a dialética da duração, os ciclos
econômicos, as séries, a informática, passam a compor sua linguagem no ensino e na
pesquisa. É na historiografia à la Annales que ela identifica o signo da cientificidade capaz de
consolidar o status acadêmico da pesquisa histórica no país. Para compreender este modo de
ser historiadora é fundamental a historicização dos seus encontros e desencontros acadêmicos
configurados em diferentes espaços de sociabilidade e produção do conhecimento, como a
Universidade Federal do Paraná, a VIª Section de l’École Pratique des Hautes Études/École
des Hautes Études en Sciences Sociales, a Associação dos Professores Universitários de
História e a Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica. Assim, também buscamos analisar a
reconfiguração da historiografia brasileira por meio da história destas instituições. Para tanto,
mobilizamos a produção intelectual de Westphalen, a sua rede de correspondência, anais de
encontros acadêmicos e atas de reuniões departamentais. A sociologia do campo acadêmico
de Pierre Bourdieu, a reflexão pragmática sobre a história de Gérard Noiriel e a problemática
do lugar social do historiador em Michel de Certeau orientam o olhar e instigam questões que
perpassam todo este empreendimento historiográfico.
ABSTRACT
Have a life as the main object of study is going into a shaky ground of multiple relationships,
because a research of an intellectual way has as premiss the convergence between the author,
the works and their production environment. For us, interpret the intellectual journey of
Cecília Westphalen (1927-2004), during the period from 1950 to 1998 implies investigate the
uniqueness’ life in the tensions from Brazilian historiography’s field from the second half of
the twentieth century, time of designing professionalization craft. Our central question lies in
its construction of itself as a historian affiliated with the economic history and social
quantitative, practice that has learned in historiographical shifts to the capital of French
historiography. The History as a social science, the dialectic of duration, economic cycles, the
series, the informatics, became part of their language in education and research. It is in
historiography à la Annales, that she identifies the sign of scientific able to consolidate the
academic status of historical research in the country. To understand this way of being a
historian is fundamental the historicizing of their meetings and academic disagreements
configured in different spaces of sociability and production of knowledge, such as the Federal
University of Paraná, VIª Section de l’École Pratique des Hautes Études/École des Hautes
Études en Sciences Sociales, the University Teachers of History Association and the Brazilian
Historical Research Society. Therefore, we analyze the Brazilian history reconfiguration
through the history of these institutions. Thus, we mobilize the Westphalen’s intellectual
production, his correspondence network, academic meetings chronicals and departmental
meetings records. The sociology of Pierre Bourdieu’s academic field, the pragmatic reflection
about Gérard Noiriel’s history and the problem of the historian’s social place in Michel de
Certeau guide the look and instigate issues that pass over all this historiographical project.
IHEAL - Institut des Hautes Études de l’Amérique Latine, Universidade de Paris III.
INTRODUÇÃO 12
CAPÍTULO 1 28
EM BUSCA DE UM “LUGAR” HISTORIOGRÁFICO
CAPÍTULO 2 77
UN TOURNANT HISTORIOGRAPHIQUE: EXPERIÊNCIAS
HISTORIOGRÁFICAS ENTRE 1958/59 E 1970
CAPÍTULO 3 141
“PAS DE CHIFFRES, PAS D’HISTOIRE:” A CONSTRUÇÃO
IDENTITÁRIA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
HISTÓRIA DA UFPR
CAPÍTULO 4 214
ENTRE ENCONTROS E DESENCONTROS, TRAMAS E LUGARES
CONCLUSÃO 288
FONTES 296
REFERÊNCIAS 311
APÊNDICE A – CRONOLOGIA 331
ANEXO 337
12
INTRODUÇÃO
Maria Westphalen (1927-2004), entre 1950 e 1998. Nossa intenção é investigar seu modo de
História no Brasil.
Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1950, instituição que foi seu principal lugar de
prática dos institutos históricos e geográficos e, ainda, das jovens Faculdades de Filosofia. O
Braudel e sua concepção de história, na VIª Section de l’École Pratique des Hautes Études
dos Professores Universitários de História (APUH, hoje ANPUH). A História como ciência
Histórica (SBPH), que nasce do rompimento ideológico com aquela. Em 1998, num contexto
13
de esquivas à história quantitativa e crítica aos grandes sistemas de referência praticados pelos
iniciado em 1959.
Neste transcurso de 1950 a 1998 não foram poucas as situações históricas que
científica; como justificou seu modo de fazer história econômica e sustentou a abordagem
quantitativa como signo de cientificidade. Para nós, interpretar este percurso intelectual
irrupção teria sido a reunião de 1961 que resultou na criação da APUH, e que recebeu outras
roupagens nos turbulentos anos pós-1968 com a Reforma Universitária e a criação dos Cursos
produto de uma prática científica específica.1 Voltar-se para os procedimentos que perpassam
dos objetos, conceitos, metodologias e autores. Suas práticas científicas são situadas na
conjuntura historiográfica em que foram executadas e sua produção analisada em diálogo com
outros textos e com seus supostos leitores.2 A consideração desta dimensão do ofício se
amplia com a indagação individual dos lugares de inserção social, com o mapeamento das
redes de pertencimento, a elucidação dos jogos acadêmicos e políticos que convergem para a
1
Cf. CERTEAU, M. de. A escrita da história. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
2
Cf. GUIMARÃES, M. L. S. Historiografia e cultura histórica: notas para um debate. Ágora, Santa Cruz do Sul, v. 11. n. 1,
p. 32, jan./jun. 2005; HARTOG, F. O século XIX e a história: o caso Fustel de Coulanges. Rio de Janeiro: Editora UFRJ,
2003.
14
construção de um nome, “um lugar para si”, e a definição de uma posição particular no campo
intelectual.3 O historiador também é o sujeito de uma vida singular, o que envolve ter como
sociedade e considerar que possam existir diferentes formas de “estar no mundo”, de atribuir
investigativas fornecidas pela história intelectual e pela história da historiografia e, assim, três
Os escritos de Michel de Certeau sobre a “instituição histórica” são capitais para este
de onde Westphalen arquitetou seus projetos de pesquisas, onde conquistou espaço para
historiográfica” suscita atenção ao duplo papel do lugar. Como espaço onde se elaboram as
regras e os critérios que organizam o discurso, a instituição social “torna possíveis certas
permissão e interdição dado pelo meio de inscrição social, nos estimula a pensar como as
3
Cf. SILVA, H. R. da. A História Intelectual em questão. In: LOPES, M. A. (Org.). Grandes Nomes da História
Intelectual. São Paulo: Contexto, 2003, p. 15-25; ______. Fragmentos da história intelectual: Entre
questionamentos e perspectivas. Campinas, SP: Papirus, 2002.
4
Cf. LORIGA, S. O pequeno x: da biografia à história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011; DOSSE, F. O
desafio biográfico: escrever uma vida. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
5
CERTEAU, op. cit., p. 77.
15
texto historiográfico.
no “campo” da produção histórica. As aspas que foram postas na palavra campo referem-se a
sua localização no léxico de Pierre Bourdieu, para quem o lugar científico se torna também
investimos nos jogos de interesses epistemológicos e políticos, nas relações de força e nas
institucionais (que podem ser independentes do valor científico das produções), e contribuem
competições científicas não é fazer da busca do lucro simbólico o fim ou a razão de ser
6
Para escapar a ideia de que a ciência engendra-se a si própria, Bourdieu elaborou a noção de “campo”, que
também se relaciona com a crítica à tentativa de correlação direta entre o texto e o contexto, o determinismo da
explicação histórico-social, causador de “erro de curto-circuito”. Para ele, existe um universo intermediário, é o
campo literário, artístico, jurídico ou científico: “isto é, o universo no qual estão inseridos os agentes e as
instituições que produzem, reproduzem ou difundem a arte, a literatura ou a ciência. Esse universo é um mundo
social como os outros, mas que obedece a leis sociais mais ou menos específicas.” BOURDIEU, P. Os usos
sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: UNESP, 2004, p. 20. Na obra As
regras da arte, Bourdieu sistematiza a gênese social do campo literário como mundo à parte dotado de regras
internas próprias ao meio e relativamente autônomo em relação ao campo político e econômico (explorando
centralmente a figura de Gustave Flaubert e Charles Baudelaire e a tensão dos grupos que se formam com eles e
contra eles), objetivando as posições e disposições, os interesses, modos de ser, de interpretar dos autores em
relação com as estruturas do mundo histórico-social francês do século XIX. BOURDIEU, P. As regras da arte:
gênese e estrutura do campo literário. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
7
BOURDIEU, P. Homo academicus. Florianópolis: Editora da UFSC, 2011.
8
“acumular capital é fazer um ‘nome’, um nome próprio, um nome conhecido e reconhecido, marca que
distingue imediatamente seu portador, arrancando-o como forma visível do fundo indiferenciado, despercebido,
obscuro, no qual se perde o homem comum.” BOURDIEU, P. Campo científico. In: ORTIZ, Renato. (Org.).
Bourdieu – Sociologia. São Paulo: Ática. Coleção Grandes Cientistas Sociais, 1983. 39 v. p. 122-155.
16
Com Gérard Noiriel nossa atenção se volta para a prática do ofício de historiador a
partir da sua reflexão pragmática sobre a história, que tem como princípio falar do métier de
um modo mais próximo do que nós fazemos em nossa prática cotidiana.10 Esta proposição foi
sistematiza em 1996, período de intensa agitação sobre a “crise” da história no meio francês.
provocação, pois os debates sobre a “crise” pareciam ter se tornado um dos motores da
própria “crise”. Para ele, a repetição incessante dos argumentos mobilizados na década de
1970 era o sintoma do impasse em que se engajavam os historiadores que acreditavam que os
filósofos eram capazes de resolver seus problemas.12 Evocando Ludwig Wittgenstein, Jacques
Bouveresse e Richard Rorty, o historiador lembra que a filosofia “n’a pas pour vocation de
régenter les savoirs.”13 Para escapar dessa circularidade, Noiriel convida-nos a reler Apologia
da História de Marc Bloch em busca de material de base para formulação de uma perspectiva
pragmática da disciplina.14
9
BOURDIEU, P.; CHARTIER. R. O sociólogo e o historiador. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012, p. 99.
10
NOIRIEL, G. Sur la “crise” de l’histoire. Paris: Gallimard, 2005, p. 212.
11
Infelizmente não traduzida no Brasil.
12
NOIRIEL, op. cit, p. 393.
13
“não tem por vocação governar todos os saberes.” Ibid., p. 11, tradução nossa.
14
Sobre a relação com a filosofia, Noiriel foi acusado de sugerir que os historiadores deveriam recuar para o
interior de sua “comunidade”, o que comprometeria a perspectiva interdisciplinar da disciplina. Ele respondeu
que não contestava o diálogo com a filosofia, mas os usos que os historiadores faziam dela nas lutas de
concorrência que entretinham entre si. Segundo o historiador, o ideal de “comunidade”, herança dos Annales,
ganharia impulsão se aliado às críticas dos “historiadores-epistemólogos”: “[...] à savoir que tout discours sur
l’histoire, même quand il s’abrite derrière les prérogatives de la ‘pratique’, est un ‘métalangage’ qui necessite
l’acquision de compétences étrangères au ‘savoir normal’ de l’historien”. “[...] a saber, que todo discurso sobre a
história, mesmo quando se esconde atrás das prerrogativas da ‘prática’, é uma metalinguagem que necessita de
aquisição de competências estranhas ao ‘saber normal’ do historiador”. Ibid., p. 213-214, tradução nossa. Entre
as apreciações críticas: DELACROIX, C. Histoire: Le syndrome épistémologique [Gérard Noiriel, Sur la “crise”
de l’histoire]. Espaces Temps, n. 64/65, p. 63-68, 1997. Disponível em:
<http://www.persee.fr/doc/espat_0339-3267_1997_num_64_1_4016>. Acesso em: 13 jul. 2016; GARNER, G.
Sur la “crise de l’histoire”. Vingtième Siècle, Revue d’histoire, Paris, n. 59, p. 161-164, jul./ set. 1998.
Disponível em: < http://www.persee.fr/doc/xxs_0294-1759_1998_num_59_1_3793>. Acesso em: 13 jul. 2016.
17
dimensão do poder, ele recorre a Max Weber e suas análises consagradas a “vocação do
cientista”.
Estas três dimensões não são dissociáveis, mas como aparato analítico nos deteremos
nas “atividades de poder” para investigar a relação entre o exercício destas atividades e suas
graduação parece ter contribuído para que a finalização de seu principal projeto de pesquisa
admitir os constrangimentos que pesam sobre a diversidade das atividades profissionais que
se livrent si souvent les historiens pour conforter l’image du ‘savant’ qu’ils tiennent, malgré
18
arquivo pessoal de Cecília Westphalen. A despeito de termos habitado esse espaço por longo
tempo, de imediato reconhecemos não exercer o poder arcôntico de seu arquivo e do nome
hermenêutica legítima.
palavra autorizada. “Foi assim nesta domiciliação, nesta obtenção consensual de domicílio,
relacionada com o interesse do Estado, este detentor do poder de arbitrar sobre a memória a
ser preservada.
arquivo,
com o espectro do arquivo absoluto, com essa ideia louca segundo a qual podemos
arquivar tudo. Existe em todo o historiador, em toda pessoa apaixonada pelo arquivo
uma espécie de culto narcísico do arquivo, uma captação especular da narração
histórica pelo arquivo, e é preciso se violentar para não ceder a ele.18
instigam a refletir sobre o intuito de fazer do arquivo pessoal um espelho de si para o outro,
privado pessoal, é uma possibilidade fecunda, mas não foi esta via que seguimos.
Primeiramente porque o arquivo nos venceu (não pelo cansaço, mas pelo tempo acadêmico).
Depositado no Arquivo Público do Paraná, um ano após a morte de sua portadora por embolia
pulmonar, em 2005, a coleção ainda não possui um inventário. Embora tenha acesso
franqueado ao público, a falta de ordenação funciona como mecanismo de inibição, visto que
ela é muito extensa. O caráter extremamente fragmentado do arquivo, o fato de não se saber o
deliberada (ato de descartar, fazer esquecer, por exemplo, uma carta inconveniente), pois pode
ser que o documentado amputado esteja na próxima ou na próxima.... caixa. Enfim, pensamos
(talvez ingenuamente) que seria prudente ter um panorama geral destes conteúdos para um
De qualquer forma, nunca tivemos a intenção de tomar o arquivo como objeto, mas de
fazer uma pesquisa no arquivo, explorando seus papéis.20 Esta postura, no entanto, não
permite desconsiderar que esse tipo de fundo de arquivo é portador de especificidades e o seu
colecionar os próprios registros cotidianos, pois “o arquivo pessoal é sempre organizado para
19
DERRIDA, op. cit., p. 50.
20
Indicamos duas obras estimulantes em questões para estudos em um arquivo e para estudos sobre o arquivo:
TRAVANCAS, I.; ROUCHOU, J.; HEYMANN, L. (Orgs). Arquivos pessoais: reflexões multidisciplinares e
experiências de pesquisa. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013; FARGE, A. O Sabor do Arquivo. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
21
VENÂNCIO, G. M. Presentes de papel: cultura escrita e sociabilidade na correspondência de Oliveira Vianna.
Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 28, n. 28, p. 26, 2001. Também: ARTIÈRES, P. Arquivar a própria vida.
Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 11, n. 21, p. 9-34, 1998.
20
O plano inicial (“bem coisa de principiante”, dirão) era “possuir” vorazmente todo o
arquivo (fotos e mais fotos para compor o nosso arquivo de pesquisa), e deixar que o arquivo
nos sugerisse (e não impusesse!) as retas e as curvas de uma vida. A face de maior
Há material concernente ao seu cotidiano familiar, ao seu estado de saúde, seus bens, mas o
volume (o peso) é significativamente menor. Assim, foi o próprio trabalho no arquivo em sua
rabiscos, nas diversas versões, observamos o jogo de interdições entre o publicável e o não
publicável, e o que deveria ser ensinado. O material de sua Biblioteca,22 os inúmeros maços
deslocamentos nacionais e estrangeiros que lhe permitiram criar uma extensa rede de
22
A Biblioteca Cecília Westphalen possui uma listagem de suas obras, mas por um mal entendido interno ela
não é plenamente confiável. Positivamente, o trabalho de catalogação está sendo realizado.
23
A noção de “rede de sociabilidade” nos ajuda a refletir sobre os vínculos que Westphalen constituiu nos
agrupamentos que fez parte. As redes, como indica Jean-François Sirinelli, organizam-se em torno de interesses
e afinidades difusas, de ordem intelectual, institucional, política, afetiva. A reconstituição desta teia de
indivíduos torna aparente a existência de microclimas singulares. Quando nos aproximamos do microcosmo
universitário, as eleições podem ocorrer pelo estrito relacionamento profissional (pensando-o como estratégia de
pertencimento que pode possibilitar ascensão na carreira), pelo desejo do trabalho conjunto; pela cumplicidade
de orientações teórico-metodológicas e problemáticas partilhadas, e, o contrário, a oposição ao outro, a
hostilidade a outras redes e as particularidades que as unem. Cf. SIRINELLI, J.- F. Os intelectuais. In:
RÉMOND, R. Por uma história política. 2. ed. Rio de Janeiro: UFRJ; FGV, 2003, p. 231-269; ______. As elites
culturais. In: RIOUX, J.- P.; ______ (Dir.). Para uma história cultural. Lisboa: Estampa, 1998, p. 259-279;
______. Le hasard ou la nécessité? Une histoire en chantier: l’histoire des intellectuels. Vingtième Siècle. Revue
21
de obras, tutelas de estudantes, enfim, relações regidas por trocas intelectuais, institucionais e
políticas que, inclusive, moldaram diferentes projetos, entre eles as linhas de pesquisa do
conjunto com Altiva Pilatti Balhana, Maria Beatriz Nizza da Silva e Adeline Daumard.
O mapeamento dos sujeitos que compuseram seu círculo de relações sociais nos
sugere que seu arquivo é também domicílio dos outros. “Ardente de paixão”,24 foi em busca
da compreensão das conexões entre pessoas, projetos e obras que fizemos pesquisa de campo
expectativas foi o Fundo Daumard. Neste lugar também coletamos alguns papéis sobre
Fernand Braudel e sobre a EPEH/EHESS. Nos Archives Nationales site Paris, em uma
experiência pouco comum para o formalismo francês, sozinha (e trancada!) em uma sala de
sucesso. Não localizamos nenhum fundo de arquivo pessoal de Ruggiero Romano e Frédéric
Mauro, apenas alguns vestígios esparsos nos arquivos dos outros, principalmente na
trabalho de coleta se centrou nas atas das reuniões do DEHIS e do Colegiado da Pós-
Graduação, documentos, poder-se-ia pré-julgar, de mera função administrativa, mas nos quais
Este material sem suporte é praticamente um não arquivo, com seus papéis condenados ao
desinteresse.
Foi um processo moroso de coleta, pois em decorrência dos longos períodos de greve
pesquisa, apesar da boa vontade das secretárias. Foi entre este mesmo período, 2014 e 2015,
que realizamos algumas entrevistas. Impremeditadas no plano inicial, elas também são o
testemunhos de Sergio Odilon Nadalin, Oksana Olga Boruszenko, Márcia Elisa de Campos
Martins, sócio fundador da SBPH. Nas entrevistas, com cerca de uma a duas horas de duração
cada, esses historiadores narraram os momentos em que suas experiências profissionais ora se
sob direção de Adeline Daumard. Este historiador trocou cartas com Cecília Westphalen e
ajudado por ela desenvolveu projetos de pesquisa no Brasil e também participou dos
encontros da SBPH.
Westphalen e do nome arquivável Cecília Westphalen, não obstante nosso explícito “mal de
arquivo”, mas oferecemos uma interpretação do seu processo de construção de si tendo como
lócus de produção o seu acervo pessoal nas conexões com os de outros. Esta interpretação
retornar a idos de 1950. Este movimento é orientado pelos artigos de Cecília Westphalen
das décadas de 1970 e 1980 e buscando mapear os caracteres que a noção de historiografia
carregava consigo, pesquisamos como a questão foi posta pela historiadora no meio
acadêmico e quais foram seus mais diretos interlocutores. O termo historiografia parece ter
24
sobre a historiografia paranaense como “discurso de justificação”, pois neles notamos que
construção do seu modo de ser historiadora, ou seja, analisamos como foi fabricada sua
primeira produção historiográfica, em 1953, que situação política e quais diálogos tornaram-
campo historiográfico passava a ser configurada a partir do meio universitário, assim trata-se
conhecimento historiográfico.
Westphalen fez de seu percurso intelectual a partir de sua experiência historiográfica francesa
entre 1958/59, quando passou a compor sua identidade como historiadora afiliada às práticas
com Altiva Pilatti Balhana e com Fernand Braudel, desejamos tornar complexa a narrativa do
divulgação da tese Carlos-Quinto, 1500/1558: seu Império universal, com as críticas a ela
capítulo são os seus deslocamentos de 1958/59 e 1970 – ano de regresso a VIª Section de
l’EPHE à procura de orientação metodológica e apoio técnico para seu projeto sobre as
significou o encontro historiográfico com Fernand Braudel na prática do seu ofício no DEHIS
“espírito científico”.
entre 1958/59 e 1970 no momento de formação dos primeiros mestres em história econômica
buscamos compreender a configuração dos múltiplos encargos que passam a ser atribuídos
historiográficas com Louis Henry, Jacques Bertin, Frédéric Mauro, Adeline Daumard e
comando, seja dentro da universidade, seja no governo estadual ou federal. O que nos instiga
a questionar, no quarto capítulo, a relação entre sua proximidade com o poder político e seu
Westphalen rompeu com a associação que ajudou a formar e crescer, a ANPUH. A trama
deste rompimento colocou em debate a concepção do papel social do historiador com o seu
tempo presente.
produção do conhecimento. Com Maria Beatriz Nizza da Silva, fundou a SBPH, em 1981.
de sua figura pelos novos grupos que se formavam no DEHIS, fora do maior espaço de
circulação acadêmica, a ANPUH, e tendo como principal reduto a SBPH, com poder de
alcance mais reduzido, e o IHGB, pouco quisto pelos historiadores universitários, publicou o
27
Porto de Paranaguá, um sedutor. Passados dois anos, num cenário agravado pela
instabilidade de sua saúde e pelo mal de Alzheimer de Altiva Balhana, para quem direcionava
com pose de objetiva. Com esta imagem do contexto intelectual, supomos que a obra, que
simboliza uma vida dedicada ao estudo do porto e suas flutuações econômicas, não obteve a
almejada consagração. Contribuição, talvez, um pouco tardia, algo como uma obra “fora de
lugar” em meio aos outros tipos de escrita da história que então dominavam.
CONCLUSÃO
questionando sobre o alcance dessa profissão. Cecília Westphalen construiu sua identidade de
SBPH, divulgou e militou por essa concepção de história. Compreendendo-a como mais
científica e livre de ideologias políticas, esse tipo de escrita seria capaz de consolidar o status
(1983/84) norteou o tom não somente do primeiro capítulo, mas de todo o trabalho. O jogo
entre construção e desconstrução presente nestas páginas tem como epicentro a leitura deste
texto como “discurso de justificação”. Não se trata de propor que todos os textos que
constroem balanços de história da historiografia possam ser lidos desta forma, mas de mostrar
como esta via pode ser pertinente para problematizar a personalização “não-dita” deste tipo de
escrita.
fundante nesta identidade, é onde Westphalen se localiza e de onde defende uma forma de
fazer história. A síntese do percurso da História no Brasil, assim como a da História do Brasil,
praticada pelos historiadores em torno do círculo Labrousse/Braudel. Esse encontro tem raízes
tornou possível a intensificação da linguagem annalítica. Nossa medida desta presença foi a
estruturação, na UFPR, da grade curricular do curso de graduação em História, nos anos 1960
Carlos-Quinto, 1500/1558: seu Império universal (1955), para compreender a negação destas
historiadora. A guinada aos números, séries, ciclos econômicos e softwares foi ganhando
para tentar tornar complexa esta atribuição de identidade, mostrando-a como uma construção
e acertos. Este processo foi investigado no segundo capítulo no que diz respeito à Westphalen
290
doutorandos em Paris. Foi então que o trabalho com a correspondência ganhou intensidade,
estas narrativas de si, tomadas como objetos do mundo acadêmico, tornaram-se nosso
microscópio para observação dos constrangimentos das escolhas, das alegrias e expectativas
Santos, Jayme Antônio Cardoso e Sergio Odilon Nadalin, coloca em cena visões singulares
inconfessadas. Mas, a despeito das inúmeras quedas, o roxo da pele (hematoma signo do
epiderme aveludada. O trabalho com a história quantitativa e a fontes seriais era árduo e
meticuloso, requeria diferentes competências e despendia muito tempo, o que, por vezes,
conflitava com o tempo das exigências acadêmicas. O tempo com a metodologia e a técnica
poderia ser amenizado com o uso da informática, porém, ironicamente, quando a informática,
enfim, se popularizava, iniciava entre os historiadores o desamor pelo quantitativo. Não para
com utilização da semiologia gráfica ensinada por Jacques Bertin, e fundamentada na teoria
dos ciclos econômicos. Publicada apenas em 1998, sua aceitabilidade foi constrangida pela
conjuntura historiográfica, pois as ênfases do campo eram outras. Quando Westphalen forjou
a tradição da produção científica da história no Paraná, ela a fez coincidir justamente com a
então, defender a fecundidade desta projeção, pois atenta ao estado da pesquisa no campo a
historiadora compreendia muito bem o progressivo desinteresse pela história econômica, pelas
por seguir na década 1970. Imiscuiu-se em cargos no governo estadual e federal, assumiu
Jacques Bertin e Adeline Daumard), publicações a partir de suas aulas, foram ações inter-
remete à função “orientação”. Ao observá-la nas trocas de cartas de Cecília Westphalen com
os seus ex-alunos doutorando em Paris, temos uma conduta que tenta equilibrar o
rompimento de Cecília Westphalen com a ANPUH, em 1977, até então seu principal espaço
Abriu-se uma fenda para a interrogação sobre o seu papel como ator em seu tempo. Os
discursos de legitimação de criação da SBPH, modelados por Maria Beatriz Nizza da Silva e
histórico e da relação entre este momento e o modo de ser historiador. Como percebeu
Tolstoi, interpretado por Sabina Loriga, “os acontecimentos não têm sempre a mesma
quase incomparáveis.”1
em que a ciência pudesse não ser incomodada pelas convulsões políticas. No limite, o perigo
pela via do interesse (ponto este denunciado por Nizza da Silva e Westphalen quando
criticaram a história imediata): “Entre um extremo e outro decide, em última instância, não o
responsabilidade”.2
ANPUH, e problematizar se este episódio enraizou uma cultura mais aberta ao debate sobre a
social de seu tempo, sem, contudo, negligenciar as discussões tocantes às implicações entre a
1
LORIGA, S. O pequeno x: da biografia à história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 220.
2
MATA, S. da. A Fascinação weberiana: as origens da obra de Max Weber. Belo Horizonte: Fino Traço, 2013,
p. 133.
294
historiadores, já a SBPH encerrou suas atividades entre 2005 e 2008. Foram diversas as
razões que concorreram para o fim da SBPH, mas durante o seu período de vivência ela foi
reduzida que foi capaz de reunir profissionais nacionais e estrangeiros desejosos de divulgar
suas pesquisas e dispostos a empreender debates sobre o “estado da arte” do campo, sobre o
inflexões teórico-metodológicas e as ênfases temáticas das últimas décadas do século XX, ela
foi o lugar a partir do qual Westphalen estreitou encontros historiográficos, desafiou-se com
brasileira. Com desconfiança, observou tudo que se proclamou como “novo” e em nenhum
angústias que sentiu. Pertinente e impertinente, a historiadora suscitou questões e ainda nos
faz pensar.
Na trilha dos lugares em que Cecília Westphalen construiu relações sociais, dois
espaços não foram por nós alcançados. O pertencimento ao Conselho Federal da Cultura
O CFC foi um órgão criado em 1966 com o objetivo “elaborar políticas associadas ao
Westphalen neste conselho está articulado à proximidade que estabeleceu com intelectuais
integrados ao Estado, como Gilberto Freyre, Raquel de Queiroz, Afonso Arinos de Mello
Franco, Pedro Calmon, Arthur Cézar Ferreira Reis, entre outros. O convite na gestão de Ney
3
MAIA, T. de A. Os usos do civismo em tempos autoritários: as comemorações e ações do Conselho Federal de
Cultura (1966-1975). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 34, n. 67, p. 90, 2014.
295
deu a Westphalen impulsão na escalada de posições que vinha construindo desde a década de
1960. Apesar da importância deste lugar, ela foi convidada a tornar-se conselheira apenas em
1976, quando o órgão já possuía relativo enfraquecimento quanto à orientação das políticas
IHGB. Nota-se o intercâmbio de pessoas e textos entre os dois espaços, o que instiga a refletir
sobre a própria configuração do IHGB no período, local que acolherá Westphalen e outros
recordar, um dos suportes de manutenção da SBPH, por isso mesmo caberia investigar como
do país.
Estes são outros lugares sociais que configuraram o percurso intelectual desta
historiadora, eles mobilizam outras obras, autores e arquivos, desejamos que a partir de nosso
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Público do Paraná, caixa 3.
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Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
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Westphalen. Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
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Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
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Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Cecília Westphalen. São Paulo, 4 dez. 1979. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 12 dez. 1975. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 5.
301
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 8 fev. 1976. Coleção Cecília Westphalen. Arquivo
Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 23 mar. 1976. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 25 set. 1976. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 20 nov. 1976. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 17 jan. 1977. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 5 jun. 1977. Coleção Cecília Westphalen. Arquivo
Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 21 dez. 1977. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 31 jul. 1975. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
IGLÉSIAS, F. Carta a Cecília Westphalen. Belo Horizonte, 1 set. 1995. Coleção Cecília
Westphalen. Arquivo Público do Paraná, caixa 9.
______. Carta a Cecília Westphalen. Belo Horizonte, 28 out. 1986. Coleção Cecília
Westphalen. Arquivo Público do Paraná, caixa 10.
NADALIN, S. O. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 7 jan. 1976. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 13 set. 1976. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 26 fev. 1976. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 21 abr. 1976. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
302
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 17 jun. 1976. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
______. Carta a Cecília Westphalen. Paris, 13 set. 1976. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
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Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
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NIZZA DA SILVA, M. B. Carta a Cecília Westphalen. São Paulo, 8 mar. 1978. Coleção
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Arquivo Público do Paraná, caixa 3.
Correspondência enviada
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Colônia, 20 set. 1958. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Madri, 3 out. 1958. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Madri, 15 out. 1958. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Paris, 24 out. 1958. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Colônia, 3 nov. 1958. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Colônia, 6 nov. 1958. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
303
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Colônia, 10 nov. 1958. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
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Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
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Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Colônia, 29 nov. 1958. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
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Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Colônia, 28 jan. 1959. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
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Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
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Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
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Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
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Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Paris, 20 abr. 1970. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Paris, 21 abr. 1970. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Paris, 27 abr. 1970. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Paris, 14 maio 1970. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Paris, 24 mai. 1970. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Paris, 1 jun. 1970. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
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______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Paris, 12 jun. 1970. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Paris, 14 jun. 1970. Coleção Cecília Westphalen.
Arquivo Público do Paraná, caixa sem identificação.
______. Carta a Altiva Pilatti Balhana. Paris, 18 jun. 1970. Coleção Cecília Westphalen.
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