Você está na página 1de 5

Badur I

Xá Badur I

Imperador Badur I, quando era o Príncipe Maomé Muazão, por Paul F. Walter, cerca de 1675. Museu
de Arte do Condado de Los Angeles
14 de outubro de 1643
Nascimento
Burhanpur
27 de fevereiro de 1712, 18 de fevereiro de 1712 (Error: Second date should be
Morte year, month, day anos)
Laore
Sepultamento Complexo de túmulos em Mehrauli Dargah, Moti Masjid
Cidadania Império Mogol
• Aurangzeb
Progenitores • Nawab Bai

Cônjuge Nizam Bai, Maharajkumari Amrita Bai Sahiba, Nur un-nisa Begum
Filho(s) Azim-ush-Shan, Jahandar, Rafi-ush-Shan, Khujista Akhtar Jahan
Badr-un-Nissa Begum, Zinat un-nisa, Zubdat-un-Nissa, Zeb-un-Nisa, Mehr-un-Nissa,
Irmão(s)
Maomé Akbar, Maomé Azam, Maomé Kam Bakhsh, Maomé Sultão de Mogol
Ocupação monarca
Religião xiismo
[edite no Wikidata]
Burhanpur, 14 de outubro de 1643 – Laore, ( )—Bahādur Shāh Awwal ‫ بہادر شاه اول‬:em urdu( Badur[1]
o sétimo imperador mogol da Índia, governou de 1707 até sua morte em ,)27 de fevereiro de 1712
1712. Nascido Muazão, era o terceiro filho de Aurangzeb com sua esposa rajapute muçulmana Begum
Nauabe Bai e neto do xá Jahan. Em sua juventude, conspirou inúmeras vezes para derrubar seu pai e
ascender ao trono. Seus planos foram todos interceptados pelo imperador, que o mandou prender várias
vezes. De 1696 até 1707, Badur foi governador de Aquebarabade (mais tarde conhecida como Agra),
.Cabul e Laore
Após a morte de Aurangzeb, o irmão de Badur, o xá Maomé Azão, declarou-se sucessor mas, foi
derrotado por este na Batalha de Jajau. Durante o seu governo, Badur conseguiu, sem derramamento de
sangue, anexar os estados rajaputes de Jodhpur e Amber e causou polêmica na khutba ao inserir a
declaração de Ali como uale. Uma rebelião liderada pelo líder sique Banda Singue Badur, iniciada
durante o governo do xá, continuou até depois de sua morte. O xá Badur foi enterrado na Moti Masjid
(Mesquita Pérola), no interior do complexo do Forte Vermelho em Deli.

Juventude

Xá Badur I da Índia, cerca de 1670


Muazão nasceu em 14 de outubro de 1643 em Burhanpur, filho do sexto imperador mogol, Aurangzeb,
e de sua esposa Begum Nauabe Bai.[2] Em 1663, quando tinha vinte anos de idade, foi nomeado
governador da província do Decão.[3] Muazão viu o surgimento de Shivaji, que conquistou a atual
Bombaim e seus arredores do Império Mogol. Naquele ano, ele atacou Pune, onde foi derrotado e ficou
preso por oito anos.[4]
Em 1670, Muazão organizou uma insurreição para derrubar Aurangzeb e proclamar-se imperador
mogol. Porém, Aurangzeb ficou sabendo de seus planos e enviou Begum Nauabe Bai para dissuadi-lo.
Begum Nauabe Bai trouxe Muazão de volta para a corte mogol, onde permaneceu os sete anos
seguintes sob a supervisão de Aurangzeb. Em 1680, Muazão se revoltou novamente, sob o pretexto de
que era contrário ao tratamento que Aurangzeb dispensava aos chefes rajaputes. Aurangzeb mais uma
vez adotou sua política anterior de dissuadir Muazão e aumentou a vigilância sobre ele.[5]
Pelos sete anos seguintes, de 1681 até 1687, Muazão era um "filho obediente a contragosto". Em 1681
ele recebeu ordens para esmagar uma revolta contra Aurangzeb iniciada por seu irmão, o sultão Maomé
Aquebar, no Decão. Segundo o historiador Munis Faruqui, Muazão deliberadamente fracassou em sua
missão. Em 1683 ele recebeu ordens para invadir a costa do Concão e evitar que Akbar o fizesse, mas
novamente a sua missão "tímida" não conseguiu atingir a meta atribuída.[5]
Em 1687 Aurangzeb ordenou que Muazão marchasse contra o sultanato de Golconda, e espiões do
imperador interceptaram mensagens entre Muazão e governante do sultanato, Alboácem.[6] Depois de
ficar sabendo das intenções do filho, Aurangzeb o acusou de traição e o mandou prender; seu harém foi
transferido para longe de Deli,[7] e também acusado de traição.[8] Os servos leais a Muazão foram
enviados por seu pai para o serviço imperial, e os servos restantes foram dispensados.[7] Aurangzeb
proibiu Muazão de cortar as unhas e o cabelo por seis meses, de receber "boa comida e água fresca" e
de encontrar-se com pessoas sem a permissão do governante.[9]
Por volta de 1694, Aurangzeb reabilitou Muazão e permitiu-lhe "reconstruir a sua casa", com a
recontratação de alguns de seus servos que haviam sido dispensados.[10] Aurangzeb continuou a
espionar seu filho, colocou homens de sua confiança dentro da casa de Muazão, enviou informantes
para seu harém e escolheu seus representantes na corte imperial.[7] Muazão e seus filhos foram
transferidos do Decão para o norte da Índia, e foram proibidos de comandarem expedições militares na
região enquanto durasse o governo de Aurangzeb.[9]
Em 1695, Aurangzeb enviou Muazão para a região de Panjabe a fim de lutar contra os chefes locais e
subjugar uma rebelião liderada pelo sique Guru Gobind Singh. Apesar de Muazão concordar que os
chefes impunham uma "tributação pesada" sobre os rajás, achou que era necessário deixar os siques
imperturbáveis em sua cidade fortificada de Anandepur e se recusou a travar uma guerra contra eles
devido a seu "respeito genuíno" por sua religião.[11]
Naquele ano Muazão foi nomeado governador de Aquebarabade, e em 1696 foi transferido para Laore.
Após a morte de Amim Cã (governador de Cabul), ele assumiu esse cargo em 1699, mantendo-o até a
morte de seu pai em 1707.[12]

Governo
Guerra de sucessão
Sem nomear um príncipe herdeiro, Aurangzeb morreu em 1707, quando Muazão era governador de
Cabul e seus meios-irmãos (Maomé Baques Cã e Maomé Azão) eram os governantes do Decão e
Gujarate, respectivamente. Todos os três filhos queriam herdar o império, e Cã Baques começou a
cunhagem de moedas em seu nome. Azam preparou-se para marchar até Agra e se declarar sucessor,
[13] mas foi derrotado por Muazão na Batalha de Jajau em junho de 1707. Azam e seu filho, Ali Tabar,
foram mortos na batalha.[14] Muazão subiu ao trono mogol quando tinha sessenta e três anos de idade,
em 19 de junho de 1707, com o título de xá Badur I.[15]
Anexações
Amber

Em sua marcha para Amber, Badur visitou o túmulo de Salim Chishti em Fatehpur Sikri.
Jasuante Singue era o líder da Rathore em Jodhpur durante o governo de Aurangzeb. Durante uma
guerra de sucessão, Singue tomou o partido do irmão mais velho de Aurangzeb, Dara Shikoh, que foi
morto por Aurangzeb. Singue foi perdoado, tornou-se governante titular da região e foi nomeado
governador da província de Cabul antes de sua morte em 18 de dezembro de 1678. Após sua morte,
Aurangzeb ordenou que as viúvas de Singue e seu filho fossem levados para Deli para tentar "obter as
propriedades" do filho "pela força". Durgadas Rathore travou uma guerra mal sucedida para evitar isso,
e as viúvas e o jovem Ajite Singue fugiram de Jodhpur.[16] Após a morte de Aurangzeb, Singue
marchou para Jodhpur e libertou-a do governo mogol.[17]
Depois de subir ao trono, Badur fez da retomada de Jodhpur e de outras cidades perdidas da Rajputana
o seu objetivo principal. Em outubro de 1707 o governante de Udaipur, Amar Singue II, enviou seu
irmão, Baquete Singue, para Agra com oferendas de cem moedas de ouro, dois cavalos e um elefante.
[17] Em 10 de novembro, Badur começou sua marcha para Amber, visitando o túmulo de Salim Chishti
em Fatehpur Sikri em 21 de novembro. Nesse meio tempo, Mirabe Cã recebeu ordens para tomar posse
de Jodhpur.[18]
Badur chegou em Amber em 20 de janeiro de 1708. Seu trono era disputado por dois irmãos: Jai
Singue e Bijai Singue. Badur declarou que devido à disputa, a região se tornaria parte do império
mogol e da cidade renomeada Islamabade. Os bens e propriedades de Jai Singue foram confiscados;
[18] Bijai Singue foi nomeado seu governador em 30 de abril de 1708; Badur deu-lhe o título de Mirza
Rajá, e ele recebeu presentes no valor de cem mil rúpias. Amber passou para o domínio mogol sem
uma guerra.[19]

Jodhpur
Em Amber, Badur anunciou sua intenção de marchar para Jodhpur quando Mirabe Cã derrotou Ajite
Singue em Mairta, e chegou à cidade em 21 de fevereiro de 1708. Os filhos do vizir Assade Cã — Cã
Zamã, Bude Singue e Hejebate Cã — foram enviados para trazer Singue para a cidade para uma
conversa com Badur, onde Singue recebeu "vestes especiais de honra" e um cachecol ornamentado.[20]
Badur chegou a Jodepur em 24 de março, e visitou o xarife Dargá.[21] Em 23 de abril, o xarife Dargá
foi nomeado governador da província, com o título de Marajá, e recebeu três mil cavalos. Assim como
em Amber, Jodepur passou para o controle mogol sem derramamento de sangue.[20]
Em Jodhpur, Badur ouviu que Amar Singue II tinha fugido de Udaipur para as montanhas. De acordo
com a crônica Badur Xá Nama, por causa disso, Badur chamou Amar Singue de incrédulo. Badur
travou uma guerra contra o rei até que a insurgência de seu irmão Maomé Baques Cã desviasse a sua
atenção para o sul.[21]

Você também pode gostar