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Alice Hamilton

Alice Hamilton

27 de fevereiro de 1869
Nascimento
Manhattan
22 de setembro de 1970 (101 anos)
Morte
Hadlyme North Historic District
Residência Hull House
Cidadania Estados Unidos
• Universidade de Michigan
• Universidade de Leipzig
• Universidade Johns Hopkins
Alma mater • University of Michigan Medical School
• Miss Porter's School
• Universidade de Munique

Ocupação toxicologist, patologista, professora universitária, médica, bacteriologista, escritora


Prêmios

Empregador Universidade Harvard, Universidade do Noroeste


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Alice Hamilton (27 de fevereiro de 1869 – 22 de setembro de 1970) foi uma das principais
especialistas na área de saúde ocupacional e a primeira mulher nomeada para o corpo docente da
Universidade Harvard. Ela foi uma pioneira no campo da toxicologia, estudando doenças ocupacionais
e os efeitos perigosos dos metais industriais e dos compostos químicos no corpo humano.

Biografia
Alice Hamilton nasceu em 1869, filha de  Montgomery Hamilton e Gertrudes Hamilton (nascida Pond),
na Cidade de Nova York, Nova York,[1] e foi criada em Fort Wayne, Indiana.[2] Ela foi a segunda de
quatro meninas, com quem permaneceu próxima durante toda a sua infância e em sua carreira
profissional. Entre suas irmãs esteve a classicista Edith Hamilton. Alice foi educada em casa e
completou a sua educação na Escola Miss Porter em Farmington, Connecticut, como fez sua irmã Edith
Hamilton.

Alice Hamilton, em 1893, o ano em que ela se formou na escola de medicina


Ela matriculou-se na escola de medicina da Universidade de Michigan, em 1892, e recebeu seu
diploma de médica, em 1893. Ela completou estágios no Northwestern Hospital for Women and
Children em Minneapolis e no New England Hospital para Mulheres e Crianças, perto de Boston.[3]
Durante seus estágios, Hamilton desenvolveu interesse em saúde pública.
Sob orientação de seus professores, Hamilton viajou para a Europa para estudar bacteriologia e
patologia, de 1895 a 1897. Ela foi acolhida em Frankfurt, rejeitada em Berlim, e teve algumas más
experiências nas universidades de Munique e Leipzig.[4] Quando ela voltou para os Estados Unidos,
continuou seus estudos de pós-graduação na Universidade Johns Hopkins, onde trabalhou com Simon
Flexner. Em 1897, ela se mudou para Chicago, onde ela se tornou um professor de patologia na
Northwestern University.
Logo depois de se mudar para Chicago, Hamilton tornou-se um membro e residente da Hull House, a
casa fundada pela assistente social Jane Addams.[5] Hamilton tentou identificar as causas da febre
tifóide e a tuberculose na comunidade envolvente. Seu trabalho sobre a febre tifoide, em 1902, levou à
substituição do chefe da inspeção sanitária de Chicago.[6] Ao viver com os moradores pobres de sua
comunidade, ela se tornou cada vez mais interessada nos problemas que os trabalhadores enfrentavam,
especialmente lesões e doenças ocupacionais.[7] O estudo da "medicina industrial" (as doenças
causadas por determinados postos de trabalho) tinha-se tornado cada vez mais importante, pois a
Revolução Industrial do final do século 19 gerou novos riscos no local de trabalho. Em 1907, Hamilton
começou a investigar a literatura estrangeira existente, percebendo que a medicina industrial não estava
sendo estudada muito na América. Ela decidiu mudar isso e, em 1908, publicou seu primeiro artigo
sobre o tema.[8]

Impacto
Em 1908, Hamilton foi nomeada pelo governador de Illinois para a recém-formada Comissão de
Doenças Ocupacionais do Estado de Illinois, o primeiro organismo de investigação desse tipo, nos
Estados Unidos.[9] A comissão centrou-se em venenos industriais, com Hamliton conduzindo a
investigação.[10] O relatório da comissão resultou em leis sobre doença ocupacional sendo passadas
em Illinois e em outros estados, exigindo que os empregadores tomassem medidas de segurança para
proteger os trabalhadores.

Mídia externa
Imagens

Vídeos
Jane Addams, Alice Hamilton e Aletta Jacobs em Berlim
Durante seus anos na Hull House, Hamilton foi ativa nos direitos das mulheres e nos movimentos pela
paz . Ela viajou com Jane Addams e Emily Greene Balch para o Congresso Internacional de Mulheres
na Haia,[11] em 1915.[12][13]
Em 1919, Hamilton foi contratada como professora assistente em um novo Departamento de Medicina
Industrial na Escola de Medicina de Harvard, fazendo dela a primeira mulher nomeada para uma
faculdade lá, em qualquer campo. a Sua nomeação foi saudada pelo New York Tribune, com o título:
"Uma Mulher Professora da Harvard—A Última Fortaleza Caiu—O Sexo Tem a Sua Própria". Seu
próprio comentário foi "Sim, eu sou a primeira mulher na Harvard—mas não sou a primeira que
deveria ter sido nomeada!"[14]
 Após a sua aposentadoria da universidade de Harvard, em 1935, Hamilton serviu como médica
consultora da Divisão Estadunidense de Normas de Trabalho.[15]
 Contribuições Cientificas
Alice Hamilton iniciou sua longa carreira em saúde pública e segurança no trabalho em 1910, quando o
governador do Illinois Charles S. Deneen a nomeou como um investidor médico para a recém-formada
Comissão de Illinois sobre Doenças Profissionais.[16][17] Ela liderou as investigações da comissão,
que se concentraram em venenos industriais, como chumbo e outras toxinas.[18] Ela também escreveu
o "Illinois Survey", o relatório da comissão que documentou suas descobertas de processos industriais
que expunham os trabalhadores ao envenenamento por chumbo e outras doenças. Os esforços da
comissão resultaram na aprovação das primeiras leis de indenização de trabalhadores em Illinois em
1911, em Indiana, em 1915, e em leis de doenças ocupacionais em outros estados.[18] As novas leis
exigiam que os empregadores tomassem precauções de segurança para proteger os trabalhadores.
Na década de 1920, a Dra. Alice Hamilton investigou uma série de questões em vários comitês
estaduais e federais de saúde. Hamilton focou seus estudos nos distúrbios decorrentes de exposições
tóxicas ocupacionais, examinando os efeitos de substâncias como os corantes de anilina, monóxido de
carbono, mercúrio, tetraetilo, radium, benzeno, dissulfeto de carbono e sulfeto de hidrogênio. Em 1925,
em uma conferência do Serviço de Saúde Pública sobre o uso de chumbo na gasolina, ela testemunhou
contra o uso de chumbo e advertiu sobre o perigo que representava para as pessoas e para o meio
ambiente. No entanto, a gasolina com chumbo foi permitida. A EPA, em 1988, estimou que, nos
últimos 60 anos, 68 milhões de crianças sofreram alta exposição tóxica ao uso de combustíveis com
chumbo.[19] Seu trabalho na fabricação de chumbo branco e óxido de chumbo, como investigador
especial para o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos, é considerado um
"estudo histórico".[16] Baseando-se principalmente num seu processo de fazer visitas pessoais a
fábricas, entrevistar trabalhadores e compilar detalhes de casos de envenenamento diagnosticados
contribuíram para a emergente ciência de laboratório de toxicologia. Alice Hamilton foi pioneira na
epidemiologia ocupacional e na higiene industrial. Ela também criou o campo especializado da
medicina industrial nos Estados Unidos. Suas descobertas foram cientificamente persuasivas e
influenciaram as amplas reformas da saúde que mudaram as leis e a prática geral para melhorar a saúde
dos trabalhadores.[20]

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