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Alfred Marshall, considerado com um dos grandes ícones da economia nos dias
de hoje, nasceu em Londres, Inglaterra, em 26 de julho de 1842. Filho de William
Marshall, um religioso e caixa no Banco da Inglaterra, e Rebecca Oliver, Marshall
cresceu em Clapham, um subúrbio londrino. Estudou na Merchant Taylor’s School por
seu pai ter implorado para o diretor de seu banco conseguir a nomeação de seu filho
para o colégio, isso pois ele já havia visto o futuro talento que o menino apresentaria
para o mundo. E assim, após ingressar em sua jornada acadêmica, o futuro economista
teve seu primeiro contato com as ciências exatas e acabou se destacando em
matemática.
Em 1877, Alfred acaba casando-se com Mary, tendo assim que abandonar seu
posto de professor na Universidade de Cambridge, isso, devido ao celibato e às regras
da universidade sobre ela. Então, Marshall acaba tornando-se diretor da University
College, em Bristol, uma cidadezinha pequena da Inglaterra.
Contexto Histórico
O círculo social que Alfred Marshall vivenciava era rodeado pelos principais
professores das universidades que passou. Em destaque temos a Universidade de
Cambridge, Saint John's College, University College of Bristol, University of
Cambridge entre outras, em que se pode aprender e ensinar muito com professores e
alunos.
Em destaque temos nomes como A.C., um grande que foi sucessor à cadeira de
Marshall em Cambridge. Outro amigo e aluno de Alfred foi J.M. Kenynes que teve um
papel importantíssimo para a economia mundial, em que foi fundador da
Macroeconomia, e destaca a respeito da importância da obra de Marshall para sua
formação: “descoberta de um complexo sistema copernicano no qual todos os elementos
do universo econômico são mantidos em seus lugares por mútuo contrapeso e
interação”. O discípulo, ainda em seu livro escrito sobre a vida de Marshall, deixou
claro o motivo pelo qual o teórico obteve tamanho êxito em sua vida de economista.
O Economista deve ser matemático, historiador, político,
filósofo – em algum nível. Ele deve entender símbolos e traduzi-los
em palavras. Ele deve abordar as particularidades nos termos gerais, e
tocar o abstrato e o concreto no mesmo voô de pensamento. Ele deve
estudar o presente, à luz do passado, para as propostas do futuro.
Nenhuma parte da natureza humana deve estar inteiramente fora de
seu conhecimento. Ele deve ser disposto e desinteressado
simultaneamente; tão indiferente e incorruptível como um artista, às
vezes tão próximo da realidade como um político. Muito disso, mas
não tudo, Marshall possuía. (KEYNES, 1933, p.141).
Teorias e Ideias
Sua grande e mais importante obra, de onde a maioria de suas ideias e teorias
foram extraídas foi o livro Princípios de Economia, esta que serviu como base da
economia britânica por muitos anos e que traz uma excelente apresentação da
concepção marginalista da época. A vontade de Marshall para passar a estudar
economia e que motivou ele a produzir a obra, de acordo com Ottolmy Strauch em uma
resenha foi devido a “preocupação com a questão social, sendo levado à percepção de
que a pobreza estava na raiz de muitos males sociais”. Tanto que em todo momento de
sua obra é possível ver o inconformismo de Marshall com a questão da desigualdade
entre as classes e a má distribuição de renda e funcionamento do sistema econômico,
como relata: “elucidar a questão social em torno da real necessidade de existirem pobres
para que houvesse ricos”.
Uma das contribuições de Marshall foi a sua teoria de valor, esse que era uma
diferente da época e se baseia na Tesoura Marshalliana, em que a economia é voltada
pelo valor de troca de um produto que depende da utilidade da sua última unidade
disponível, utilidade necessariamente menor em função da lei da utilidade marginal
decrescente, seu funcionamento funciona como duas linhas constantes em um gráfico
que se cruzam em um certo ponto, me que uma linha é chamada de custo marginal
crescente e a outra beneficio marginal decrescente. De acordo com ele: “Seria tão
razoável discutir se é a parte superior ou inferior de uma tesoura que corta o papel como
determinar se o valor é dominado pela utilidade ou o custo de produção.” Basicamente
era a relação entre a oferta e a demanda que ditava os preços.
Outro tema que Marshall trouxe é a respeito da sua Teoria de Escala, que foi
considerado como um dos maiores pensadores a respeito dessa. Ele trouxe que as
economias de escala eram predominantemente internas a uma firma operando uma
única planta e que juntamente a isso as economias externas eram fadadas ao
desenvolvimento de uma indústria como um todo. Ele via as indústrias sem limites e
que conforme a indústria crescia a empresa também.
De acordo com ele, os empresários tinham um objetivo principal que era de
maximizar seus lucros, e devido a concorrência livre do mercado eles não possuíam o
poder de alteração do preço dos produtos, portanto os empresários focaram seus
investimentos no processo de em minimização do custo de produção ao máximo.
A respeito dos ajustes possíveis quando se alteravam as condições de mercado,
ele dizia que em um período específico era possível alterar essas condições, que era o
período de curto prazo, que diferentemente do período de mercado era possível
empregar mais trabalhadores ou mais horas de trabalho, que resultava numa medida que
permitiu a ampliação da produção em resposta ao ajustamento de mercado. Esse
fenômeno dava abertura para muitas outras particularidades na economia, uma delas por
exemplo é o rendimentos crescentes de escala, que punha em risco o mercado
competitivo.
Marshall tinha uma teoria sobre o funcionamento da oferta de moeda, é que ela
funcionava como uma reguladora que precisava ser mantida em equilíbrio entre o
encaixe monetário da comunidade e o volume administrado pelas instituições
financeiras que era ele tratava como constante, porém não imune a instabilizações
financeiras. Ele retrata:
O valor total do dinheiro requerido pelos negócios da Inglaterra é,
obviamente, relativamente pequeno, pois as classes médias e altas pagam suas
obrigações com cheques a apenas uma fração diminuta desses cheques é
apresentada para conversão em dinheiro. Em sua maior parte, eles
simplesmente transferem comando sobre poder de compra de uma conta
bancária para outra. (Marshall, 1929 [1923], p. 46)
Principais Obras
Outra obra que merece destaque das muitas obras produzidas por Marshall é
Indústria e Comércio publicada em 1919 que segundo Marshall, foi a continuação dos
Princípios. Temos também “Dinheiro, Crédito e Comercio", obra publicada em 1923 e
que traz uma forte característica relacionada à matemática, principalmente em teoria
monetária, pois foi criada com material dos primeiros estudos de Marshall.
Conclusão
Dessa maneira, com esta pesquisa bibliográfica, foi possível analisarmos a vida e
obra do autor, destacando os principais aspectos que levaram-o a desenvolver sua ideias,
e consequentemente formular suas teorias. Marshall com todo seu repertório econômico
e acadêmico, foi capaz de elevar seu nível de abstração perante os períodos históricos
que antecederam sua existência, desse modo, causando influências diretas ao seu tempo
que buscam melhorá-lo e supri-lo economicamente.
Suas teorias foram utilizadas como base de muito dos valores existentes na
atualidade, mesmo que não da maneira exata em que ele idealizou, uma vez que com a
mudança de tempo, ocorre também a mudança das necessidades sociais na
contemporaneidade.