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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA

EM GESTANTES NA ODONTOLOGIA
CENTRO UNIVERSITARIO UNINOVAFAPI
ODONTOLOGIA

ATLAS DE TERAPÊUTICA
Professor: Elesbão Viana
Alunas:
• Daniele Lima Souza
• Jullyana Oliveira Galvão de Sousa
• Leandra da Silva Negreiros
• Maria Raquel Nunes Magalhães
• Milena Mila da Silva Brito
• Myllena Oliveira Nunes
• Vanessa Lopes de Moraes

TERESINA-PI
Sumário:

Capítulo 1(Atendimento odontológico em gestantes) ...................................................................................... 4


Capítulo 2 (pré-natal odontológico) ................................................................................................................... 6
Capítulo 3 (prescrição medicamentosa no tratamento odontológico em pacientes gravidas) ......................... 7
Capítulo 4 – (Anestesia em gestantes na odontologia) ...................................................................................... 10
Referencias .......................................................................................................................................................... 11
Capítulo 1 - Atendimento odontológicos em
gestantes

Atualmente, alguns dentistas ainda demonstram preocupação


em desmistificar a crença popular, de que mulheres grávidas
não podem receber assistência odontológica. Isso ocorre devido
às controvérsias de opiniões e abordagem deficiente do assunto
em questão. Por isso, as próprias gestantes são inseguras, tendo
em mente que o tratamento odontológico pode causar
problemas a sua gravidez, como anormalidades congênitas ou
aborto.

O primeiro trimestre de gestação corresponde o mais delicado,


pois está ocorrendo a organogênese do feto e existe uma maior
incidência de abortos espontâneos. Por isso, não é um período
adequado para se promover o tratamento odontológico. Já o
segundo trimestre de gestação representa o melhor momento
para o atendimento.

No terceiro trimestre da gestação, é ideal que o atendimento


seja breve, pois pacientes têm a frequência urinária aumentada,
edema nas pernas e sentem-se desconfortáveis na posição
supina. A posição ideal para atendimento é de decúbito lateral
para esquerda em um ângulo de aproximadamente 15°, para
que o peso fetal se desloque para a esquerda e não comprima a
veia cava.
• Em casos de urgência odontológica, o atendimento
deve ser feito em qualquer período da gestação,
considerando as limitações da paciente, evitando
sessões demoradas e optando por tratamento mais
conservador e menos interventivo.

Na gestação, é bastante comum o aparecimento de algumas afecções bucais. Podem ocorrer


aumento da atividade cariogênica e alterações periodontais, em casos de desequilíbrio da dieta e
acúmulo de placa bacteriana.

GENGIVITE GRAVÍDICA

ETIOLOGIA

 Alteração comum durante o


período de gravidez, causada por
acumulo de biofilme.

CARACTERÍSTICAS

 Hiperemia
 Edema
 Sangramento gengival

 Relacionadas a deficiência
nutricional
 Altos níveis hormonais

PREVENÇÃO

 Profilaxia
 Raspagem
 Aplicação tópica de flúor
Capítulo 2 – Pré-natal odontológico

• COMO FUNCIONA O PRÉ-NATAL


ODONTOLÓGICO?

O pré-natal odontológico é um
acompanhamento que a gestante faz com o
dentista, a fim de evitar o agravamento de
problemas já instalados, além de prevenir o
surgimento de outras patologias.

• QUANDO INICIAR O
ACOMPANHAMENTO?

O primeiro trimestre costuma ser um período


mais crítico da gravidez, por isso, o normal é
que o pré-natal odontológico comece nos
últimos três meses.

• POR QUE É IMPORTANTE?

Da mesma maneira que o acompanhamento com o obstetra é indispensável,


visitas regulares ao dentista também são de suma importância. Isso acontece
porque a saúde bucal da mãe influencia diretamente na saúde do bebê.
Problemas periodontais podem levar a um parto prematuro e nascimento de
crianças abaixo do peso, por exemplo. A supervisão de um dentista, portanto,
é capaz de garantir uma gravidez mais segura.
Capítulo 3 – Prescrição Medicamentosa no tratamento
Odontológico de Pacientes Gravidas

A gestação, por suas peculiaridades biológicas, torna a


mulher e seu concepto particularmente expostos a
riscos, entre os quais se destacam aqueles decorrentes
do consumo de medicamentos.
Apesar do avanço de pesquisas, as malformações
induzidas por medicamentos variam de 5 a 10%, e estão
entre as dez principais causas de mortalidade infantil no
mundo.

Dessa forma, a terapêutica medicamentosa durante


a gravidez deve ser cuidadosa, pois alguns fármacos
podem causar sérios efeitos adversos à mãe e ao
feto. É imprescindível que a terapêutica cautelosa se
estenda pelo período de amamentação, pois a
maioria dos fármacos administrados às mulheres
durante a lactação pode ser detectada no leite
materno (FLORES, 2018).

Durante o atendimento odontológico às grávidas, o dentista defronta-se com a difícil tarefa de


decidir sobre as condutas a serem seguidas, tendo cuidado redobrado. Desta maneira, visando
sempre à melhor conduta, o profissional deve conhecer os medicamentos que podem ser
prescritos para tais pacientes, além de sua eficácia e segurança.

Contudo, segundo Poletto et al. (2008), nenhum


medicamento deveria ser prescrito durante a
gravidez, e mesmo quando indicados, devem ser
utilizados somente nos casos de real necessidade.
Felizmente, a maioria das drogas habitualmente
utilizadas em Odontologia não tem contra-indicações
durante a gravidez.
• Analgésicos e anti-inflamatórios não-esteroidais

O emprego de anti-inflamatórios não esteroides (AINES) e


ácido acetilsalicílico (AAS) deve ser feito com extremo
cuidado durante a gravidez, devido à tendência de causarem
hemorragias na mãe e no feto, inércia uterina e fechamento
prematuro dos canais arteriais do feto. Além disso, de forma
geral, o uso dos AINES no último trimestre da gravidez está
associado ao prolongamento do trabalho de parto.

O paracetamol é um analgésico que, quando empregado em doses terapêuticas, não apresenta efeitos
teratogênicos. Sendo assim, é o analgésico mais indicado para pacientes grávidas. A dipirona sódica é
o analgésico de segunda escolha, tendo como desvantagem o risco de agranulocitose, o qual pode
predispor a gestante a infecções.

• Corticóides

Os corticosteroides, são considerados mais seguros que os AINES para o tratamento de lesões
inflamatórias orais, quando administrados topicamente. Em situações de necessidade de uso
dessas drogas deve-se administrar, preferencialmente, prednisona ou prednisolona. Apesar
de os corticosteroides serem considerados relativamente seguros para a gestante, é prudente
investigar se a paciente se encontra com diabetes mellitus ou hipertensão arterial.
• Antibióticos

O clínico deve considerar cuidadosamente a relação entre benefício e risco,


quando indica o uso de antibióticos para gestante. Para a prevenção e
tratamento de infecções orais durante a gestação, os antibióticos de primeira
escolha são as penicilinas.
Por apresentarem ação específica contra substâncias da parede celular das
bactérias, não causam danos ao organismo materno ou ao feto, sendo
praticamente atóxicas

 Categoria B: Cefalosporinas e macrolídeos


* pacientes alérgicos a penicilina
 Categoria D: contraindicados, pois atravessam
com facilidade a membrana placentária,
quelando-se ao cálcio dos tecidos dentários
do feto durante a mineralização, causando
malformações no esmalte e descoloração
dentária.

A maioria dos antibióticos administrados a mulheres


durante a lactação pode ser detectada no leite
materno. As concentrações de tetraciclina no leite
materno correspondem a cerca de 70% das
concentrações séricas maternas, assim, o uso de
altas doses, por tempo prolongado, pode impregnar
os dentes e inibir o crescimento ósseo do lactente.
Durante as primeiras semanas do pós-parto, ainda
pode induzir icterícia ou anemia hemolítica.
Capítulo 4 – Anestesia em gestantes na odontologia

A gravidez parece aumentar a suscetibilidade aos


anestésicos locais, de modo que as doses necessárias para
bloqueio nervoso e para produzir toxicidade são reduzidas,
não se sabendo ao certo se esse efeito é devido aos níveis
elevados de estrogênio, à elevação de progesterona ou a
algum outro fator.
Em geral, os anestésicos locais são considerados seguros
para uso durante todo o período gestacional e estudos
retrospectivos de mulheres que receberam anestesia
local para procedimentos de emergência no primeiro
trimestre confirmaram tal ponto de vista.

A solução anestésica mais empregada é a lidocaína a


2% com epinefrina na concentração de 1:100.000. A
presença do vasoconstritor na solução anestésica é
essencial e também não apresenta contraindicações,
tendo como vantagens o aumento da concentração
local dos anestésicos (reduzindo a toxicidade
sistêmica), a ação hemostática e o prolongamento do
seu efeito farmacológico.

CUIDADOS

 Injetar com cuidado a solução anestésica, lentamente, com aspiração prévia;


 Utilizar no máximo dois tubetes (3,6 ml);
 Evitar repetições.

* Benzocaína e prilocaína são contraindicados, pois diminuem a circulação


placentária e apresentam o risco de metemoglobinemia e hipóxia fetal.

* Felipressina na composição deve ser feito com cautela, uma vez que este
vasoconstritor, quando em doses elevadas, pode estimular as contrações uterinas,
devido à sua semelhança estrutural com a ocitocina
Referencias:

https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2316.pdf
http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72722012000100027
file:///C:/Users/VANESSA/AppData/Local/Temp/RGO-2008-932.pdf
https://www.minhavida.com.br/familia/materias/36644-gravida-pode-tomar-anestesia-no-dentista
http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-86372011000500005

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